Município :IVOLANDIA Assunto :CONTAS DE …Valor da multa R$ 500,00 (5% de R$ 10.000,00) previsto no art. 47-A, IX, da LO TCM, definido conforme extrato de ata nº 017/2018, encaminhado

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ACÓRDÃO Nº 08895/2018 - Tribunal Pleno Extraordinário

Processo : 07877/18

Município : IVOLANDIA

Assunto : CONTAS DE GOVERNO

Período : 2017

Chefe de Governo : FABIO SEABRA GUIMARAES

CPF : 412.456.601-87

MUNICÍPIO.IVOLANDIA. PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GOVERNO. EXERCÍCIO 2017.FABIO SEABRA GUIMARAES. DECLARA.APROVAÇÃO COM RESSALVA E MULTA.

Trata-se da análise das contas de governo, do Município de

IVOLÂNDIA, referente ao exercício de 2017, de responsabilidade de FABIO

SEABRA GUIMARAES, Chefe do Poder Executivo, protocolizadas na sede deste

Tribunal em 16/04/2018, na forma prevista no art. 15 da IN TCM nº 008/2015, para

apreciação e emissão de parecer prévio, nos termos do art. 6º da Lei Estadual nº

15.958/2007 – Lei Orgânica do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de

Goiás.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos Acordam os

Conselheiros integrantes do Pleno deste Tribunal de Contas dos Municípios do

Estado de Goiás, nos termos do Voto do Relator, Conselheiro Daniel Goulart:

1 - DECLARAR que na análise das contas de responsabilidade do

senhor FABIO SEABRA GUIMARAES, Chefe de Governo do Município de

IVOLANDIA, exercício 2017, foram constatadas as falhas mencionada nos itens

20.1, 20.2, 20.3, 20.4, 20.6 e 20.7.

2- APLICAR MULTA com eficácia de título executivo, com base no art.

71, VIII, § 3º combinado com o art. 75, ambos da Constituição Federal, reproduzida

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no art. 2º, IX, § 1º da Lei Estadual nº 13.251/98, e ainda, nos termos do art. 47-A da

Lei Estadual nº 15.958/07, alterada pela Lei nº 16.467/09 e art. 237, do Regimento

Interno desta Casa, na forma abaixo:

Chefe de Governo FABIO SEABRA GUIMARAES

CPF 412.456.601-87

Irregularidade

praticada

Apresentação incompleta do relatório conclusivo da comissão especial de

inventário anual dos bens patrimoniais, no prazo determinado por este Tribunal,

conforme IN TCM nº 008/2015 (item 20.2).

Dispositivo legal ou

normativo violado

Arts. 85, 95 e 96 da Lei Federal nº 4.320/64 e art. 15, § 3°, XXI, da IN TCM nº

008/2015.

Base legal para

imputação de multa

Art. 47-A, IX, da LO TCM.

Valor da multa R$ 500,00 (5% de R$ 10.000,00) previsto no art. 47-A, IX, da LO TCM, definido

conforme extrato de ata nº 017/2018, encaminhado à Secretaria dia 26/10/2018.

Prazo máximo para

recolhimento

20 (vinte) dias após a notificação via Diário Oficial de Contas.

3-POR força da tese fixada pelo Supremo Tribunal Federal ao decidir

no Recurso Extraordinário nº 848.826/DF, este acórdão não produz efeitos para os

fins do art. 1º, l, g, da Lei Complementar nº 64/1990, em relação ao FABIO SEABRA

GUIMARAES, Chefe de Governo do Município de IVOLÂNDIA no exercício de 2017.

4. RESSALTAR que a Constituição Federal manteve a missão deste

Órgão de apreciar as contas do Governo Municipal, mediante Parecer Prévio. Nesta

mesma linha, a Lei Orgânica do TCMGO alterada pela Lei Estadual nº 16.467/2009,

estabelece no seu art. 6º que compete ao Tribunal de Contas, exclusivamente, emitir

Parecer Prévio acerca das contas de governo prestadas anualmente pelo Chefe do

Poder Executivo. O Parecer Prévio, embora seja de caráter técnico, contendo um

resumo crítico da gestão governamental no seu conjunto, continua a ser submetido

ao Poder Legislativo, a quem cabe a titularidade para julgar as Contas do Executivo.

5. EVIDENCIAR que na aferição dos documentos apresentados no

Balanço e as informações constantes do SICOM foram considerados sob o aspecto

da veracidade ideológica presumida.



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6. SOLICITAR à Câmara de Vereadores que comunique ao Tribunal de

Contas dos Municípios o resultado do julgamento das Contas de Governo em

questão, inclusive com a remessa do ato respectivo e da ata da sessão de

julgamento.

7 - OBSERVAR que na aferição da prestação de contas os

documentos constantes do Balancete Físico e as informações apresentadas ao

SICOM foram considerados sob o aspecto da veracidade ideológica presumida.

8 - DETERMINAR a publicação do Acórdão, nos termos do artigo 101

da Lei nº 15.958/2007, para que surta os efeitos legais necessários.

À Superintendência de Secretaria para os fins.

TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE GOIÁS,

4 de Dezembro de 2018.

Presidente: Joaquim Alves de Castro Neto

Relator: Daniel Augusto Goulart.

Presentes os conselheiros: Cons. Daniel Augusto Goulart, Cons.

Francisco José Ramos, Cons. Joaquim Alves de Castro Neto, Cons. Maria Teresa

Garrido Santos, Cons. Nilo Sérgio de Resende Neto, Cons. Sérgio Antônio Cardoso

de Queiroz, Cons. Valcenôr Braz de Queiroz, Cons. Sub. Irany de Carvalho Júnior,

Cons. Sub. Vasco Cícero Azevedo Jambo e o representante do Ministério Público de

Contas, Procurador Henrique Pandim Barbosa Machado.

Votação:

Votaram(ou) com o Cons.Daniel Augusto Goulart: Cons. Francisco

José Ramos, Cons. Maria Teresa Garrido Santos, Cons. Nilo Sérgio de Resende

Neto, Cons. Sérgio Antônio Cardoso de Queiroz, Cons. Valcenôr Braz de Queiroz.



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Processo : 07877/18 Município : IVOLANDIA Assunto : CONTAS DE GOVERNO Período : 2017 Chefe de Governo : FABIO SEABRA GUIMARAES

CPF : 412.456.601-87

I - RELATÓRIO

Trata-se da análise das contas de governo, do Município de

IVOLÂNDIA, referente ao exercício de 2017, de responsabilidade de FABIO

SEABRA GUIMARAES, Chefe do Poder Executivo, protocolizadas na sede deste

Tribunal em 16/04/2018, na forma prevista no art. 15 da IN TCM nº 008/2015, para

apreciação e emissão de parecer prévio, nos termos do art. 6º da Lei Estadual nº

15.958/2007 – Lei Orgânica do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de

Goiás.

II - DA MANIFESTAÇÃO DA SECRETARIA DE CONTAS DE

GOVERNO.

Instada a manifestar, a Secretaria de Contas de Governo, por meio

do Certificado nº 798/2018 (fls. 346/356) externou entendimento no seguinte sentido:

CERTIFICADO Nº 798/2018

RELATÓRIO

1. Trata-se da análise das contas de governo, do Município de IVOLÂNDIA,

referente ao exercício de 2017, de responsabilidade de FABIO SEABRA GUIMARAES, Chefe do

Poder Executivo, protocolizadas na sede deste Tribunal em 16/04/2018, na forma prevista no art. 15

da IN TCM nº 008/2015, para apreciação e emissão de parecer prévio, nos termos do art. 6º da Lei

Estadual nº 15.958/2007 – Lei Orgânica do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás.

2. As contas de governo, previstas no art. 77, X, da Constituição do Estado de

Goiás, compõem-se dos balanços gerais do município e do relatório do órgão de controle interno do




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Poder Executivo Municipal, contendo manifestação conclusiva acerca da conformidade da execução

orçamentária e financeira no exercício com as metas fixadas no Plano Plurianual e com os

dispositivos constitucionais e legais, em especial a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei

Orçamentária Anual, conforme disciplinado no art. 6º, § 2º, da Lei Estadual nº 15.958/2007 c/c art. 15

da IN TCM nº 008/2015.

3. A análise das contas de governo, de competência da Secretaria de Contas de

Governo – SCG, nos termos do art. 106, III, da Resolução Administrativa nº 073/2009 – Regimento

Interno, consiste na execução de procedimentos que visam a identificação do(s) responsável(is); a

verificação da tempestividade da prestação de contas e da adequação dos instrumentos de

planejamento governamental do período; a análise técnica da conformidade da gestão orçamentária,

financeira, patrimonial e fiscal; a verificação da transparência da Gestão Fiscal; e a análise da

manifestação do Sistema de Controle Interno.

4. Os principais critérios legais e regulamentares observados na análise das

contas de governo remetem às disposições pertinentes da Constituição Federal de 1988, da

Constituição do Estado de Goiás de 1989, da Lei Orgânica do Tribunal de Contas dos Municípios do

Estado de Goiás e legislação infra. Observam-se, particularmente, as normas de Direito Financeiro

para Elaboração e Controle dos Orçamentos e Balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do

Distrito Federal, estabelecidas na Lei nº 4.320/64 e nos normativos decorrentes das competências

delegadas ao Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministério da Fazenda, assumidas pela

Secretaria do Tesouro Nacional - STN. Também são observadas as normas de finanças públicas

voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal instituídas na Lei Complementar nº 101/00. No caso

das especificidades atinentes aos serviços de contabilidade, tomam-se por base as Resoluções do

Conselho Federal de Contabilidade – CFC que tratam das Normas Brasileiras de Contabilidade

Aplicadas ao Setor Público. Ademais, verifica-se o cumprimento dos atos normativos editados pelo

TCMGO no exercício da sua competência normativa e regulamentar.

5. Esta especializada adota ainda, na análise levada a efeito, critérios objetivos de

relevância e materialidade comuns nas práticas contábeis adotadas no país, que asseguram um nível

suficiente dessas características qualitativas fundamentais da informação contábil-financeira e

resguardam o valor preditivo e o valor confirmatório das informações prestadas pelos jurisdicionados,

utilizadas pelos diversos usuários na tomada de decisão.

6. Não é objeto de análise o exame de legalidade e legitimidade dos atos de

gestão, os quais são apreciados por este Tribunal em processos específicos.

TEMPESTIVIDADE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

7. A apresentação das Contas de Governo ocorreu em 16/04/2018, estando dentro

do prazo estipulado no art. 77, X, da Constituição Estadual e no art. 15, da IN TCM nº 008/2015.

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL

8. A Lei nº 143/2014 que instituiu o Plano Plurianual para o quadriênio 2014/2017

foi registrada neste Tribunal por meio do Acórdão nº 06877/2014. A Lei de Diretrizes Orçamentárias –

LDO (Lei nº 244/2016) e a Lei Orçamentária Anual – LOA (Lei nº 250/2016), referentes ao exercício




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de 2017, foram consideradas próprias ao acompanhamento de sua execução, conforme Acórdão nº

03517/2017.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

9. Balanço Orçamentário

O Balanço Orçamentário, nos termos do art. 102 da Lei Federal nº 4.320/64,

demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas, considerando-se que

o registro contábil da receita e da despesa far-se-á de acordo com as especificações constantes da

Lei de Orçamento e dos créditos adicionais (art. 91).

O Balanço Orçamentário – Anexo 12 apresentado para fins de análise é o

demonstrado a seguir:

Tabela 1 – Balanço Orçamentário (resumido)

Títulos Previsão/Autorização Execução Diferença

1. Receitas Correntes 15.604.119,89

2. Receitas de Capital

895.313,27

3. Total das Receitas (1 + 2) 20.600.000,00 16.499.433,16 (4.100.566,84)

4. Despesas Correntes

15.453.947,26

5. Despesas de Capital

1.473.931,88

6. Total das Despesas (4 + 5) 20.600.000,00 16.927.879,14 3.672.120,86

7. Déficit (3 - 6) (428.445,98)

Fonte: Sistema de Controle de Contas Municipais – SICOM

A análise do Balanço Orçamentário tem como objetivo preparar os indicadores que

servirão de base para a avaliação da gestão orçamentária.

A gestão orçamentária evidenciada na demonstração contábil reproduzida acima

conduz às seguintes constatações:

Ao confrontar a Receita Arrecadada com a Receita Prevista, verifica-se

insuficiência de arrecadação de R$ 4.100.566,84, sendo a arrecadação 19,91% menor do que a

previsão. Ou seja, para cada R$1,00 de Receita Orçamentária Prevista na LOA foram arrecadados

R$ 0,80.

Ao confrontar a Despesa Autorizada com a Despesa Empenhada, verifica-se

economia de despesas de R$ 3.672.120,86, sendo o autorizado 17,83% maior do que o empenhado.

Ou seja, para cada R$1,00 de Despesa Autorizada na LOA e em Créditos Adicionais foram

empenhados R$ 0,82.

Ao confrontar a Receita Arrecadada com a Despesa Empenhada, verifica-se déficit

orçamentário de execução no montante de R$ 428.445,98, sendo a despesa 2,60% maior do que a

receita.

Note-se que o déficit orçamentário apurado no exercício de 2017, no montante de

R$ 428.445,98, é parcialmente amparado pelo superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial

do exercício anterior (Ativo Financeiro maior que o Passivo Financeiro), no montante de R$ R$

383.653,39. Note-se que para fins de cálculo do superávit financeiro do exercício anterior foram




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excluídos os restos a pagar não processados cancelados por meio do Decreto nº 137 de 1/8/2018, no

montante de R$192.675,59 e as despesas vinculadas aos convênios empenhadas pelo valor global e

pendentes de repasse no exercício de 2016, no valor total de R$ 668.105,73, restando, portanto, o

déficit orçamentário ajustado, no montante de R$14.542,59.

A apreciação do resultado orçamentário também pode ser calculado por categoria

econômica.

Ao confrontar a Receita Corrente com a Despesa Corrente verifica-se superávit

corrente no montante de R$ 150.172,63, sendo a receita 0,97% maior do que a despesa.

Ao confrontar a Receita de Capital com a Despesa de Capital verifica-se déficit de

capital no montante de R$ 578.618,61, sendo a receita 64,63% menor do que a despesa.

Note-se, nessa análise detalhada, que na ocorrência de superávit corrente e déficit

de capital, do ponto de vista econômico, houve capitalização na execução do orçamento, pois se

verifica a aplicação de recursos correntes em bens de capital no montante de R$ 578.618,61.

O resultado orçamentário é verificado ainda por meio do quociente entre a receita

realizada e a despesa empenhada, indicando a existência de superávit (maior que 1) ou déficit

(menor que 1). Dessa forma, é facilitada a comparabilidade do desempenho da execução

orçamentária do Município nos últimos exercícios financeiros, conforme quadro e gráfico ilustrativo a

seguir:

Tabela 2 – Evolução Orçamentária

Descrição 2014 2015 2016 2017

1. Receita arrecadada 12.670.355,23 13.957.413,75 17.168.694,25 16.499.433,16

2. Despesa empenhada 12.622.725,13 18.455.263,20 14.389.855,00 16.927.879,14

3. Superávit ou (-) Déficit Orçamentário (1-2) 47.630,10 (4.497.849,45) 2.778.839,25 (428.445,98)

4. Resultado Orçamentário (1÷2) 1,00 0,76 1,19 0,97


É interessante observar que apenas a análise do resultado orçamentário não

permite obter conclusões acerca da eficiência na gestão fiscal. Para tal, existem as metas de

resultado primário, nominal e montante da dívida consolidada líquida estabelecidas na Lei de

Diretrizes Orçamentárias. A análise do balanço orçamentário gera informações complementares

acerca da influência da execução orçamentária no atingimento dessas metas fiscais.




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10. Balanço Financeiro

Segundo o art. 103 da Lei Federal nº 4.320/64, o Balanço Financeiro demonstrará

a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza

extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os

que se transferem para o exercício seguinte. Além disso, nesta demonstração contábil os Restos a

Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na

despesa orçamentária (Parágrafo único do art. 103).

O Balanço Financeiro – Anexo 13 apresentado para fins de análise é o

demonstrado a seguir:

Tabela 3 – Balanço Financeiro

Receita Despesa

Orçamentária 16.499.433,16

Orçamentária 16.927.879,14

Extraorçamentária 7.537.750,97

Extraorçamentária 7.313.684,31

Restos a Pagar 695.209,60 Restos a Pagar 667.492,90

Serviços da Dívida a Pagar - Serviços da Dívida a Pagar -

Depósitos 1.983.693,18 Depósitos 1.778.614,57

Débitos de Tesouraria 6.153,79 Débitos de Tesouraria 6.153,79

Diversos - Diversos -

Realizável 4.852.694,40 Realizável 4.861.423,05

Saldos do Exercício Anterior 4.555.828,74 Saldos para o Exercício Seguinte 4.351.449,42

Total 28.593.012,87 Total 28.593.012,87


A análise do Balanço Financeiro tem como objetivo preparar os indicadores que

servirão de suporte para a avaliação da gestão financeira.

A gestão financeira evidenciada na demonstração contábil reproduzida acima

conduz às seguintes constatações:

Ao confrontar o valor da inscrição de Restos a Pagar com a Despesa

Orçamentária verifica-se que 4,11% das despesas empenhadas no exercício financeiro não foram

pagas.

Ao confrontar a Receita Arrecadada com a Despesa Paga (correspondente à

Despesa Empenhada menos os Restos a Pagar inscritos e o Serviço da Dívida a Pagar que passa

para o exercício seguinte) constata-se superávit de R$ 266.763,62, sendo a receita 2,60% maior do

que a despesa.

Ao confrontar a Receita Extraorçamentária com a Despesa Extraorçamentária

verifica-se o acréscimo do saldo da Dívida Flutuante (Passivo Financeiro) no montante de R$

232.795,31, que equivale a um aumento de 9,81% do saldo anterior (R$ 2.372.957,22).

Ao confrontar o Saldo para o Exercício Seguinte com o Saldo do Exercício Anterior

verifica-se redução da disponibilidade financeira de R$ 204.379,32, sendo 4,70% menor do que o

Saldo do Exercício Anterior, o que corresponde ao resultado financeiro do exercício. Ou seja, para




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cada R$ 1,00 de saldo disponível que se transfere para o exercício seguinte havia R$ 1,05 de saldo

disponível no término do exercício anterior.

Em geral, um resultado financeiro positivo é um indicador de equilíbrio financeiro.

No entanto, é importante mencionar que uma variação positiva na disponibilidade do período não é

sinônimo, necessariamente, de bom desempenho da gestão financeira, pois pode acontecer, por

exemplo, mediante elevação do endividamento público. Da mesma forma, a variação negativa na

disponibilidade do período não significa, necessariamente, um mau desempenho, pois pode refletir

uma redução no endividamento. Portanto, a análise deve ser feita conjuntamente com o Balanço

Patrimonial, considerando esses fatores mencionados e as demais variáveis orçamentárias e

extraorçamentárias.

11. Demonstração das Variações Patrimoniais

Dispõe o art. 104 da Lei Federal nº 4.320/64 que a Demonstração das Variações

Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da

execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. À vista disso, o art. 100 da

mesma lei determina que as alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados

da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as

superveniências e insubsistências ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.

A Demonstração das Variações Patrimoniais – Anexo 15 apresentada para fins de

análise é reproduzida a seguir:

Tabela 4 – Demonstração das Variações Patrimoniais (resumida)

Variações Ativas Variações Passivas

Resultantes da Execução Orçamentária

Resultantes da Execução Orçamentária

Receita Orçamentária 16.499.433,16

Despesa Orçamentária 16.927.879,14

Mutações Patrimoniais 1.207.057,85 Mutações Patrimoniais -

Independentes da Exec. Orçamentária 8.309.255,52 Independentes da Exec. Orçamentária 10.228.491,97

Déficit 1.140.624,58

Total 27.156.371,11 Total 27.156.371,11


As variações patrimoniais consistem na alteração de valor de qualquer dos

elementos do patrimônio público, causadas por incorporações e desincorporações ou baixas. O

Resultado Patrimonial do exercício é apurado pelo confronto entre as Variações Ativas e as Variações

Passivas, resultantes da execução orçamentária e independentes da execução orçamentária, e

representa um medidor do quanto o serviço público ofertado à população promoveu alterações

quantitativas e qualitativas dos elementos patrimoniais.

No caso, verifica-se resultado patrimonial deficitário no montante de

R$1.140.624,58, a traduzir a ocorrência de variações ativas inferiores às variações passivas. Este

resultado comporá o saldo da conta Ativo Real Líquido ou Passivo Real a Descoberto.

12. Balanço Patrimonial




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O Balanço Patrimonial evidencia a situação patrimonial da entidade num dado

momento, compreendendo os bens e direitos (ativo circulante e não circulante), as obrigações

(passivo circulante e não circulante) e as contas de compensação, em que serão registrados os bens,

valores, obrigações e situações que, mediata ou imediatamente, possam afetar o patrimônio da

entidade.

A situação patrimonial informada pelo Município é apresentada a seguir:

Tabela 5 – Balanço Patrimonial referente aos exercícios de 2017 e 2016

2017 2016

2017 2016

ATIVO

PASSIVO

Ativo Circulante 4.367.184,50 4.571.563,82 Passivo Circulante 2.253.805,42 2.372.957,22

Caixa e Equiv. de Caixa 4.351.449,42 4.555.828,74 Restos a Pagar 1.889.391,87 2.213.622,28

Disponível 4.351.449,42 4.555.828,74 Serv. da Dívida a Pagar - -

Demais Créd. e Valores 15.735,08 15.735,08 Depósitos 364.119,58 159.040,97

Realizável 15.735,08 15.735,08 Débitos de Tesouraria 293,97 293,97

Diversos - -

Ativo Não Circulante 6.931.927,06 6.460.575,36 Passivo Não Circulante 6.664.488,90 5.137.740,14

Realizável a Longo

Prazo 891.361,22 918.602,25 Empr. e Financiamentos 6.664.488,90 5.137.740,14

Dívida Ativa 227.756,53 269.897,56 Dívida Fundada Interna 6.664.488,90 5.137.740,14

Valores (Ações) - - Diversos - -

Diversos 663.604,69 648.704,69 Total do Passivo 8.918.294,32 7.510.697,36

Imobilizado 6.040.565,84 5.541.973,11

Bens Móveis 2.505.344,00 2.417.861,43 Patrimônio Líquido 2.380.817,24 3.521.441,82

Bens Imóveis 3.306.374,19 2.897.264,03 Resultados Acumulados 2.380.817,24 3.521.441,82

Bens Nat. Industrial 228.847,65 226.847,65 Superávit/Déficit Acum. 2.380.817,24 3.521.441,82

TOTAL 11.299.111,56 11.032.139,18 TOTAL 11.299.111,56 11.032.139,18


Pode-se dizer que o Balanço Patrimonial é estático, pois apresenta a posição

patrimonial em determinado momento, funcionando como uma “fotografia” do patrimônio da entidade

para aquele momento.

12.1 Análise por quocientes

A avaliação dos elementos do Ativo e Passivo pode ser realizada mediante a

utilização da análise por quocientes, dentre os quais se destacam os índices de liquidez e

endividamento.

12.1.1 Liquidez Imediata (LI)

A Liquidez imediata indica a capacidade financeira da entidade em honrar

imediatamente seus compromissos de curto prazo contando apenas com suas disponibilidades, ou

seja, os recursos disponíveis em caixa ou bancos.




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LI = Disponibilidades

= 4.351.449,42

= 1,93 Passivo Circulante 2.253.805,42

Para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo o município possui R$ 1,93 em caixa

ou equivalente de caixa.

12.1.2 Liquidez Corrente (LC)

A liquidez corrente demonstra quanto a entidade poderá dispor em recursos a

curto prazo (caixa, bancos, clientes, estoques, etc.) para pagar suas dívidas circulantes

(fornecedores, empréstimos e financiamentos a curto prazo, contas a pagar, etc.).

LC = Ativo Circulante

= 4.367.184,50

= 1,94 Passivo Circulante 2.253.805,42

Para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo o município possui R$ 1,94 em bens,

direitos e valores, realizáveis a curto prazo para pagamento.

12.1.3 Índice de Solvência (IS)

Uma entidade é solvente quando está em condições de fazer frente a suas

obrigações e ainda apresenta uma situação patrimonial que garanta sua sobrevivência no futuro.

IS = Ativo Circulante + Ativo Não Circulante

= 11.299.111,56

= 1,27 Passivo Circulante + Passivo Não Circulante 8.918.294,32

Para cada R$ 1,00 de obrigação o município possui R$ 1,27 em bens, direitos e

valores para pagamento.

12.1.4 Endividamento Geral (EG)

Esse índice demonstra o grau de endividamento da entidade. Reflete também a

sua estrutura de capital.

EG = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante

= 8.918.294,32

= 0,79 Ativo Total 11.299.111,56

Para cada R$ 1,00 de bens, direitos e valores estão comprometidos com

obrigações R$ 0,79.

12.1.5 Composição do Endividamento (CE)

Representa a parcela de curto prazo sobre a composição do endividamento total.

Geralmente é melhor para a entidade que suas dívidas sejam de longo prazo.

CE = Passivo Circulante

= 2.253.805,42

= 0,25 Passivo Circulante + Passivo Não Circulante 8.918.294,32

Para cada R$ 1,00 de obrigação são exigíveis a curto prazo R$ 0,25.




Pág. 12

12.2 Análise Horizontal (AH)

A análise horizontal consiste em se verificar a evolução dos elementos

patrimoniais ou de resultado em diferentes períodos.

A finalidade da análise horizontal é elucidar as variações de cada conta ou grupo

de conta dos balanços e demonstrações de resultados, bem como de outros demonstrativos, através

dos exercícios sociais, com o objetivo de identificar tendências.

12.2.1 Variação das obrigações de curto prazo

AH = ( Passivo Circulante exercício atual

– 1 ) X 100 = 2.253.805,42

= -5,02% Passivo Circulante exercício anterior 2.372.957,22

As obrigações de curto prazo (Passivo Circulante) diminuíram 5,02% se

comparadas com o exercício anterior.

12.2.2 Variação das obrigações de longo prazo

AH = ( Passivo Não Circulante exercício atual

– 1 ) X 100 = 6.664.488,90

= 29,72% Passivo Não Circulante exercício anterior 5.137.740,14

As obrigações de longo prazo (Passivo Não Circulante) aumentaram 29,72% se

comparadas com o exercício anterior.

12.2.3 Variação dos bens, direitos e valores realizáveis a curto prazo

AH = ( Ativo Circulante exercício atual

– 1 ) X 100 = 4.367.184,50

= -

4,47% Ativo Circulante exercício anterior 4.571.563,82

Os bens, direitos e valores realizáveis a curto prazo (Ativo Circulante) diminuíram

4,47% se comparados com o exercício anterior.

12.2.4 Variação dos bens, direitos e valores realizáveis a longo prazo

AH = ( Ativo Não Circulante exercício atual

– 1 ) X 100 = 6.931.927,06

= 7,30% Ativo Não Circulante exercício anterior 6.460.575,36

Os bens, direitos e valores realizáveis a longo prazo (Ativo Não Circulante)

aumentaram 7,30% se comparados com o exercício anterior.

LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS

13. Aplicação no Ensino

A aplicação de recursos na manutenção e desenvolvimento do ensino foi no

montante de R$3.919.798,43, correspondendo a 27,34% dos Impostos e Transferências, no valor de




Pág. 13

R$ 14.339.215,77, atendendo ao limite mínimo de aplicação de 25%, conforme determina o art. 212

da Constituição Federal de 1988.

Tabela 6 – Aplicação no Ensino

Descrição Valor Percentual (%)

1. Receitas Resultante de Impostos 14.339.215,77

2. Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino - MDE 3.919.798,43 27,34%

3. Mínimo a ser Aplicado (1 x 25%) 3.584.803,94

4. Aplicação Acima do Limite (2-3) 334.994,49 2,34%

Fonte: Relatório de Gastos com Educação – SICOM

O gráfico seguinte apresenta a evolução histórica e comparativa da aplicação de

recursos na manutenção e desenvolvimento do ensino:

Note-se que não constam informações sobre o Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica (IDEB) no sítio eletrônico: http://ideb.inep.gov.br/, não sendo possível comparar o

projetado com o observado (apurado).

14. Aplicação na Saúde

A aplicação em ações e serviços públicos de saúde foi no montante de

R$3.106.111,73, correspondendo a 21,66% da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e

dos recursos de que tratam o art. 158 e a alínea “b” do inciso I do caput e o § 3º do art. 159, todos da

Constituição Federal, no valor de R$ 14.339.215,77, atendendo ao limite mínimo de aplicação de

15%, conforme determina o art. 7º da Lei Complementar nº 141/2012.

Tabela 7 – Aplicação na Saúde

Descrição Valor Percentual (%)

1. Receitas 14.339.215,77

2. Despesas com saúde consideradas para efeito de cálculo 3.106.111,73 21,66%

Despesas totais com saúde 4.528.434,65

(-) Despesas não computadas 1.422.322,92

3. Mínimo a ser aplicado (1 x 15%) 2.150.882,37 15,00%




Pág. 14

4. Aplicação acima do limite (2-3) 955.229,36 6,66%

Fonte: Relatório de Gastos com Saúde – SICOM

O gráfico seguinte apresenta a evolução histórica e comparativa da aplicação em

ações e serviços públicos de saúde:

15. Despesa com Pessoal

Os gastos com pessoal do Poder Executivo (R$6.594.884,01) atingiram 45,28% da

Receita Corrente Líquida – RCL, assegurando o cumprimento do limite máximo de 54% estabelecido

no art. 20, III, “b”, da LC nº 101/00 – LRF.

Os gastos com pessoal do Poder Legislativo (R$847.006,63) atingiram 5,82% da


no art. 20, III, “a”, da LC nº 101/00 – LRF.

Os gastos com pessoal do Município (R$7.441.890,64) atingiram 51,10% da


no art. 19, III, da LC nº 101/00 – LRF.

Tabela 8 – Despesa com Pessoal

Poder Valor Percentual (%)

1. Receita Corrente Líquida - RCL 14.563.984,56

2. Executivo 6.594.884,01 45,28%

3. Executivo - máximo de 54% da RCL 7.864.551,66 54,00%

4. Executivo abaixo do limite máximo (3-2) 1.269.667,65 8,72%

5. Legislativo 847.006,63 5,82%

6. Legislativo - máximo de 6% da RCL 873.839,07 6,00%

7. Legislativo abaixo do limite máximo (6-5) 26.832,44 0,18%

8. Total do município 7.441.890,64 51,10%

9. Total do município - máximo de 60% da RCL 8.738.390,74 60,00%

10. Total do município abaixo do limite máximo (9-8) 1.296.500,10 8,90%

Fonte: Relatório de Despesas com Pessoal – SICOM




Pág. 15

O gráfico a seguir apresenta a evolução histórica da despesa com pessoal:

16. Operações de Crédito e Despesas de Capital

Não foram contratadas operações de crédito, portanto, não se aplica o disposto no

art. 167, III, da CF/88, que veda a realização de operações de crédito que excedam o montante das

despesas de capital (R$1.473.931,88), ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares

ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

17. Limite da Dívida Consolidada Líquida

A Dívida Consolidada Líquida é de R$ 3.555.840,23, portanto, abaixo do limite de

1,2 vezes a RCL (R$ 17.476.781,47) previsto no art. 3º, II da Resolução do Senado Federal nº

40/2001.

Tabela 9 – Limite da Dívida Consolidada Líquida

1. Dívida Consolidada (2+3+4-5) 4.012.965,20

2. Obrigações evidenciadas no Anexo 16 6.664.488,90

3. Precatórios Posteriores a 05/05/2000 (Inclusive) – Vencidos e não Pagos -

4. Obrigações ajustadas de acordo com a documentação de suporte -

5. (-) Provisões Matemáticas Previdenciárias 2.651.523,70

6. Deduções (7-8-9) 457.124,97

7. Disponibilidade de Caixa 4.351.449,42

8. (-) Disponibilidade de Caixa do RPPS 3.052.506,76

9. (-) Restos a Pagar Processados – saldo em 31/12 841.817,69

10. Dívida Consolidada Líquida – DCL (1-6) 3.555.840,23

11. Receita Corrente Líquida – RCL 14.563.984,56

12. % da DCL sobre a RCL (10÷11) 0,24

13. Valor limite da DCL (1, 2 vezes a RCL) 17.476.781,47

Fonte: Sistema de Controle de Contas Municipais – SICOM.

Metodologia utilizada: Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida, conforme Manual de Demonstrativos Fiscais, STN.




Pág. 16

18. Disponibilidade de Caixa e inscrição em Restos a Pagar

O Município apresenta indisponibilidade de caixa líquida (R$ 109.431,02) após a

inscrição de restos a pagar processados (R$ 483.213,88), em desacordo com o princípio do equilíbrio

das contas públicas estabelecido no art. 1º da LC nº 101/2000 (LRF).

Tabela 10 – Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa e dos Restos a Pagar (MDF/STN)

Descrição Município (exceto RPPS) RPPS

1. Disponibilidade de Caixa Bruta 1.298.942,66 3.052.506,76

1.1. Disponibilidade de Caixa 1.298.942,66 3.052.506,76

1.2. Aplicações Financeiras registradas no Ativo Realizável - -

2. Restos a Pagar Liquidados de Exercícios Anteriores 358.603,81 -

3. Restos a Pagar Liquidados do Exercício 483.213,88 5.049,42

4. Restos a Pagar Não Liquidados de Exercícios Anteriores* 202.147,04 -

5. Demais Obrigações Financeiras 364.408,95 4,60

6. Disponibilidade de Caixa Líquida (Antes da Inscrição em Restos a Pagar Não

Liquidados)

(109.431,02) 3.047.452,74

7. Restos a Pagar Não Liquidados do Exercício** 175.196,30 1.500,00

8. Disponibilidade de Caixa Líquida (Após a Inscrição em Restos a Pagar Não

Liquidados)

(284.627,32) 3.045.952,74

Fonte: Informações extraídas da prestação de contas enviada por meio eletrônico (vide Sistema de Controle de Contas

Municipais – SICOM).

* Excluídos os restos a pagar vinculados a convênios com recursos pendentes de repasse ao término do exercício de

referência, no montante de R$ 471.005,73, comprovados por meio de documentação hábil, a saber: convênio nº 61845/13,

pendente de repasse em R$ 49.170,00, empenho nº 13570 de R$ 257.957,79, restos a pagar não processados de

R$58.871,37, convênio nº 54138/14, pendente de repasse em R$ 300.000,00, empenho nº 18227 de R$ 598.910,73, restos

a pagar não processados de R$ 390.474,83 e convênio nº 60793/13, pendente de repasse em R$ 122.925,00, empenho nº

13578 de R$ 249.506,98, restos a pagar não processados de R$ 142.705,13. Ainda, excluídos os restos a pagar não

processados cancelados por meio do Decreto nº 137 de 01/08/2018, no montante de R$ 162.425,69, comprovados por meio

de documentação hábil, a saber: empenho nº 15968 de 05/01/2016, restos a pagar não processados de R$ 10.000,00,

empenho nº 13581 de 18/05/2015, restos a pagar não processados de R$ 90.996,11 e empenho nº 12112 de 26/01/2015,

restos a pagar não processados de R$ 61.429,58.

** Excluídos os restos a pagar não processados cancelados por meio do Decreto nº 137 de 01/08/2018, no montante de

R$30.250,00, referente ao empenho nº 24014 de 23/10/2017, restos a pagar não processados de R$ 30.250,00.

Além disso, o município apresenta indisponibilidade de caixa líquida

(R$284.627,32) após inscritos os restos a pagar não processados/não liquidados no exercício, em

desacordo com o disposto no art. 1º da LC nº 101/2000 (LRF).

TRANSPARÊNCIA

19. Evolução da Transparência




Pág. 17

A pontuação da transparência objetiva a verificação do cumprimento pelos

Poderes Executivos dos Municípios Goianos das determinações constantes na Lei 12.527/2011 (Lei

de Acesso à Informação), conforme parâmetros estabelecidos segundo a Estratégia Nacional de

Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA).

Tabela 11 – Variação da pontuação da transparência dos municípios goianos ao longo do exercício de 2017

Descrição 1º Semestre 2º Semestre Média Anual

Pontuação 41,00 60,00 50,50

Pontuação Média dos Municípios Goianos 56,32 71,76 64,04

Pontuação Mínima / Máxima dos Municípios Goianos 0 / 96 0 / 98

Conclusão: A pontuação do segundo semestre aumentou 19 pontos em relação ao primeiro semestre.

Fonte: Acórdãos nº 03309/2017 (1º semestre) e nº 00531/2018 (2º semestre).

O gráfico seguinte apresenta a variação histórica da pontuação da transparência

do município:

ABERTURA DE VISTA, MANIFESTAÇÃO DO CHEFE DE GOVERNO E ANÁLISE DO MÉRITO

20. Após análise preliminar dos presentes autos foi concedida abertura de vista ao

responsável pelas contas para conhecimento das ocorrências apontadas pela Secretaria de Contas

de Governo – SCG, mediante despacho nº 2633/2018 (fls. 317/318, vol. I). Em resposta dentro do

prazo regimental, foram juntados aos autos os documentos de fls. 001/319, vol. II. Assim, na análise

conclusiva dos autos tem-se o seguinte:

20.1. Déficit orçamentário de execução apurado no Balanço Orçamentário – Anexo

12 (fls. 309), como resultado de receita orçamentária arrecadada menor que despesa orçamentária

empenhada, no montante de R$ 428.445,98, equivalente a 2,60% da Receita Arrecadada, não

atendendo ao princípio do equilíbrio das contas públicas estabelecido no art. 1º da LC nº 101/00

(LRF), conforme demonstrado a seguir:

Apuração do resultado orçamentário do exercício

1. Receita arrecadada 16.499.433,16

2. Despesa empenhada 16.927.879,14

3. Déficit orçamentário de execução (428.445,98)




Pág. 18

4. Despesas empenhadas vinculadas a convênios com recursos pendentes de repasse -

5. Superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial do exercício anterior (5.1 - 5.2 - 5.3 + 5.4) -

5.1. Disponibilidade de caixa 4.555.828,74

5.2. Disponibilidade de caixa do RPPS 2.651.523,70

5.3. Passivo financeiro 2.372.957,22

5.4. Passivo financeiro do RPPS 21.774,15

6. Déficit orçamentário de execução ajustado (3 - 4 - 5) (428.445,98)

7. % do Déficit sobre a receita arrecadada (6 ÷ 1) 2,60%

Manifestação do Chefe de Governo: Em sua manifestação o Chefe de Governo

alega que o déficit é decorrente de despesas vinculadas às transferências "fundo a fundo" do FMS

que somente foram repassadas no mês de janeiro de 2018 e despesas vinculadas à execução de

convênios com recursos pendentes de repasse. Alega, ainda, que grande parte das despesas

empenhadas em 2017 constitui-se de despesas não processadas, que são passíveis de

cancelamento e cita despesas não processadas canceladas por meio do Decreto nº 137/2018.

Análise do Mérito: Em relação à alegação do Chefe de Governo acerca das

transferências "fundo a fundo", não foi apresentada documentação comprobatória de que os repasses

não obedeceram ao cronograma estabelecido, levando em consideração, ainda, que os repasses são

conhecidamente creditados no mês subsequente ao de sua referência, assim, os repasses do mês de

janeiro de 2018, correspondentes a dezembro de 2017 não qualificam atraso no pagamento dos

valores.

Em relação aos valores pendentes de repasse de convênios, após análise da

justificativa e documentação apresentadas pelo responsável, foram verificadas despesas

empenhadas no exercício vinculadas à execução de convênios com recursos pendentes de repasse

ao término do exercício, todavia, com valor já repassado maior que o valor das despesas

empenhadas, conforme tabela abaixo.

Nº do

convênio e

afins

Doc. Comprobatória Valor do

convênio

Valor

Repassado

Nº

empenho Valor empenho

Despesas

excluídas

24006/2014 17/23, vol. II 275.000,00 137.500,00 20253 34.028,78 -

35260/2015 43/48, vol. II 394.200,00 197.100,00 20255 29.351,70 -

Total das despesas empenhadas excluídas da apuração do resultado orçamentário -

Ademais, foram constatados restos a pagar vinculados à execução de convênios

com recursos pendentes de repasse ao término do exercício de 2016, no valor de R$668.105,73, os

quais foram excluídos das obrigações financeiras (passivo financeiro) para efeito de cálculo do

superávit financeiro no Balanço Patrimonial do exercício anterior, conforme abaixo:

Nº do

convênio e

afins

Doc.

Comprobatória

Valor do

convênio

Valor

pendente

de repasse

Nº

empenho

Valor do

empenho

Restos a

pagar

Restos a

pagar

excluído




Pág. 19

57767/2014 50/55 e 334, vol. II 394.200,00 197.100,00 13576 400.963,09 223.413,59 197.100,00

61845/2013 009/014 e 118, vol. II 245.850,00 49.170,00 13570 257.957,79 98.534,59 49.170,00

54138/2014 25/31 e 144, vol. II 600.000,00 300.000,00 18227 598.910,73 598.910,73 298.910,73

026088/2015 32/39, vol. II 218.804,63 0,00 - - - -

60793/2013 58/63 e 93, vol. II 245.850,00 122.925,00 13578 249.506,98 142.705,13 122.925,00

Total dos restos a pagar excluídos das obrigações financeiras (passivo financeiro) 668.105,73

Em relação aos valores de Restos a Pagar cancelados pelo Decreto nº 137, de

01/08/2018 (fls. 166/170, vol. II) têm-se o seguinte:

Decreto Empenho CREDOR Dt. Emp. RPP

Cancelados

RPNP

Cancelados

Restos a

pagar

excluídos

0137/18

22106 ÚNICA PRESTADORA DE SERVIÇOS 24/04/2017 11.690,00 - -

15968 JUBE ADVOGADOS S/S - EPP 05/01/2016 5.000,00 10.000,00 10.000,00

13581 SERGIO PEDRO DA SILVA - ME 18/05/2015 10.514,00 90.996,11 90.996,11

24030

BRPREV AUDITORIA E

CONSULTORIA LTDA 20/10/2017 4.000,00 - -

24014

JSM AGRIMENSURA E PROJETOS

AMBIENTAIS* 23/10/2017 17.250,00

41.000,00

30.250,00

12112

APICE EMPREENDIMENTOS PART

REPRE EMPRE 26/01/2015 215.485,14

61.429,58

61.429,58

TOTAL

263.939,14 203.425,69 192.675,59

* Considerado o valor autorizado no Decreto 137/2018

Assim, excluindo as despesas acima mencionadas, foi apurado déficit orçamentário

ajustado no valor de R$ 14.542,59, correspondendo a 0,09% da receita arrecadada no exercício,

conforme tabela abaixo. Todavia, considerando que o déficit orçamentário de execução ajustado é

inferior a 1% (um inteiro por cento) da Receita Arrecadada apurada no exercício, com base nos

critérios de relevância e materialidade, a referida falha será ressalvada na presente prestação de

contas, pois esta especializada entende que a ocorrência não macula por si as contas de governo

examinadas.

Apuração do resultado orçamentário do exercício

1. Receita arrecadada 16.499.433,16

2. Despesa empenhada 16.927.879,14

3. Déficit orçamentário de execução (428.445,98)

4. Despesas empenhadas vinculadas a convênios com recursos pendentes de repasse -

5. Superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial do exercício anterior (5.1 - 5.2 - 5.3 + 5.4) -

5.1. Disponibilidade de caixa 4.555.828,74

5.2. Disponibilidade de caixa do RPPS 2.651.523,70

5.3. Passivo financeiro* 1.542.425,80




Pág. 20

5.4. Passivo financeiro do RPPS 21.774,15

6. Déficit orçamentário de execução ajustado (3 - 4 - 5)** (14.542,59)

7. % do Déficit sobre a receita arrecadada (6 ÷ 1) 0,09%

* Excluído o montante de R$ 668.105,73, referente a restos a pagar vinculados à execução de convênios com recursos

pendentes de repasse ao término do exercício de 2016 e o montante de R$162.425,69 referente a restos a pagar não

processados de exercícios anteriores, cancelados por meio do Decreto nº 137/2018.

** Excluído o montante de R$30.250,00, referente a restos a pagar não processados do exercício, cancelados por meio do

Decreto nº 137/2018.

20.2. Relatório conclusivo da comissão especial designada para realizar o

inventário anual dos bens patrimoniais (fls. 290/300) não apresenta informações no que se refere ao

estado de conservação dos bens inventariados; as informações analíticas de bens levantados por

detentor de carga patrimonial; ao resumo do fechamento contábil dos valores (individualizada por

grupos: Bens Móveis e Imóveis).

Manifestação do Chefe de Governo: "Estamos encaminhando o Relatório

conclusivo da comissão designada para realizar o inventário físico de bens patrimoniais do município

de Ivolândia, evidenciando informações no que se refere ao estado de conservação dos bens

inventariados, as informações analíticas de bens levantados por detentor de carga patrimonial, bem

como resumo do fechamento contábil dos valores dos bens móveis e imóveis." (sic)

Análise do Mérito: Relatório conclusivo da comissão especial designada para

realizar o inventário anual dos bens patrimoniais apresentado às fls. 178/248, vol. II não evidencia as

informações requeridas pelo art. 15, § 3º, XXI, da IN TCM nº 08/15, notadamente, quanto ao estado

de conservação dos bens inventariados e às informações analíticas de bens levantados por detentor

de carga patrimonial (Unidade Administrativa/Servidor). Note-se que a Relação dos Elementos que

compõem o Ativo Permanente apresentada não foi elaborada pela Comissão Especial designada

para realizar o inventário anual dos bens patrimoniais. Todavia, considerando os princípios da

razoabilidade e proporcionalidade, a referida falha será ressalvada na presente prestação de contas.

20.3. Saldo da conta Créditos / Dívida Ativa (R$ 227.756,53) informado no

Balanço Patrimonial – Anexo 14 (fls. 310) diverge do respectivo montante (R$ 238.402,29) apurado

no Detalhamento da Dívida Ativa – DDA (fls. 311/312, vol. I).

Manifestação do Chefe de Governo: "O Saldo da conta Crédito/Dívida Ativa foi

devidamente corrigido, conforme Balanço Patrimonial - Anexo 14 em anexo. Em razão das correções

ocorridas, solicitamos autorização para reenvio de dados."

Análise do Mérito: O Detalhamento da Dívida Ativa – DDA encaminhado por meio

eletrônico (fls. 311/312, vol. II), no montante de R$ 238.402,29, diverge do saldo informado no

Balanço Patrimonial – Anexo 14 (fls. 310), no valor de R$ 227.756,53. Apesar da divergência, o Chefe

de Governo apresenta documentação (fls. 250, vol. II) comprovando providências para a

regularização dos saldos contábeis no exercício corrente. Assim, considerando tratar-se de uma falha

corrigida no exercício corrente, será ressalvada na presente prestação de contas.

20.4. Saldos das obrigações informadas no Demonstrativo da Dívida Fundada –

Anexo 16 (fls. 315, vol. I) não comprovados por documentação hábil (certidões, extratos, declarações,

contratos e/ou outros), conforme relacionado abaixo:

Descrição da obrigação Saldo contábil




Pág. 21

INST. PREV. E ASSIST. DOS SERVIDORES 2.651.523,70

CELG DISTRIBUICAO SA - CELG D* 436.964,87

Totais 3.202.651,10

* A documentação apresentada às fls. 103/117 não evidencia o saldo total da obrigação em 31/12/2017. Além disso, foi

apresentado uma “consulta de negociação de dívida” que indica a existência de Parcelamento que, no entanto, não foi

anexado aos autos.

Manifestação do Chefe de Governo: "Segue em anexo para a devida aferição,

os comprovantes dos saldos em 31/12/2017 relativamente às obrigações informadas no

Demonstrativo da Dívida Fundada - Anexo 16." (sic)

Análise do Mérito: Após manifestação do Chefe de Governo tem-se:

a) quanto ao saldo da obrigação “INST. PREV. E ASSIST. DOS SERVIDORES” foi

comprovado por meio da documentação apresentada (fls. 252/305, vol. II). Falha sanada.

b) quanto à obrigação “CELG - COMPANHIA ENERGETICA DE GOIÁS”, em

31/12/2017, não foi comprovado o saldo. Todavia, considerando que o Chefe de Governo comprova

nos autos (fls.304/312, vol. III) haver requerido tempestivamente ao órgão responsável a referida

documentação comprobatória da obrigação sem, contudo, lhe ter sido fornecida documentação capaz

de comprovar o saldo existente em 31/12/2017, a referida falha será ressalvada na presente

prestação de contas.

20.5. Despesa com pessoal do Poder Executivo não certificada pela Secretaria de

Atos de Pessoal devido à falta de envio eletrônico do movimento contábil mensal do Órgão, conforme

evidenciado no demonstrativo de gastos com pessoal (fls. 316, vol. I).

Manifestação do Chefe de Governo: "A Despesa com pessoal do Poder

Executivo relativamente ao 3º quadrimestre de 2017 foi certificada pela Secretaria de Atos de

Pessoal, de acordo com os limites constitucionais."(sic)

Análise do Mérito: Após manifestação do Chefe de Governo verificamos que o

Município realizou o envio eletrônico do movimento contábil do exercício de 2017 e que a despesa

com pessoal foi certificada pela Secretaria de Atos de Pessoal, dentro dos limites legais. Falha

sanada.

20.6. Inscrição de restos a pagar processados, no valor de R$ 483.213,88, sem

suficiente disponibilidade de caixa, em desacordo com o princípio do equilíbrio das contas públicas

estabelecido no art. 1º da LC nº 101/2000 (LRF), conforme demonstrado a seguir:

Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa e dos Restos a Pagar

1. Disponibilidade de Caixa Bruta 1.298.942,66

1.1. Disponibilidade de Caixa 1.298.942,66

1.2. Aplicações Financeiras registradas no Ativo Realizável -

2. Restos a Pagar Liquidados de Exercícios Anteriores 358.603,81

3. Restos a Pagar Liquidados do Exercício 483.213,88

4. Restos a Pagar Não Liquidados de Exercícios Anteriores 835.578,46

5. Demais Obrigações Financeiras 364.408,95




Pág. 22

6. Disponibilidade de Caixa Líquida (Antes da Inscrição em Restos a Pagar Não Liquidados) (742.862,44)

7. Restos a Pagar Não Liquidados do Exercício 205.446,30

8. Disponibilidade de Caixa Líquida (Após a Inscrição em Restos a Pagar Não Liquidados) (948.308,74)



Manifestação do Chefe de Governo: "Inicialmente, esclarecemos que houve

disponibilidade de caixa com saldo suficiente para cobertura de todos os compromissos assumidos

durante o exercício de 2017 (Restos a Pagar Liquidados de exercícios anteriores, Restos a Pagar do

exercício e demais Obrigações Financeiras). No que tange aos restos a pagar não processados, que

define as despesas que passaram apenas pelo estágio de empenho e não passaram pela liquidação

e pagamento, ou seja, ainda não se constituem direito liquido e certos do credor não poderão

determinar a indisponibilidade de caixa do ente, haja vista que tais despesas poderão ser anuladas

sem, contudo, se concretizarem. Assim, com base em precedentes julgados desse TCM, solicitamos

que este item seja ressalvado."(sic)

Análise do Mérito: Após a manifestação do Chefe de Governo, verificou-se que o

município possui restos a pagar vinculados a convênios com recursos pendentes de repasses e

realizou cancelamento de restos a pagar por meio do Decreto nº 137, de 01/08/2018.

Em relação aos valores vinculados a convênios com recursos pendentes de

repasse tem-se:

Nº do

convênio e

afins


convênio

Valor

pendente de

repasse

Nº

empenho

Valor do

empenho

RPNP Restos a

pagar

excluído

24006/2014 17/23 e 325/326, vol. II 275.000,00 137.500,00 20253 34.028,78 - -

35260/2015 43/48 e 332/333, vol. II 394.200,00 197.100,00 20255 29.351,70 - -

57767/2014 50/55 e 334, vol. II 394.200,00 0,00 13576 400.963,09 65.351,95 -

61845/2013 009/014, 118 e 323,

vol. II

245.850,00 49.170,00 13570 257.957,79

58.871,37

49.170,00

54138/2014 25/31, 144 e 328, vol. II 600.000,00 300.000,00 18227 598.910,73 390.474,83 298.910,73

26088/2015 32/39 e 336, vol. II 218.804,63 0,00 - - - -

60793/2013 58/63 e 93 e 334, vol. II 245.850,00 122.925,00 13578 249.506,98 142.705,13 122.925,00




Decreto Empenho CREDOR Dt. Emp. RPP

Cancelados

RPNP

Cancelados

Restos a

pagar

excluídos

0137/18







Pág. 23

24030

BRPREV AUDITORIA E


24014


AMBIENTAIS* 23/10/2017 17.250,00

41.000,00

30.250,00

12112


REPRE EMPRE 26/01/2015 215.485,14

61.429,58

61.429,58

TOTAL

263.939,14 203.425,69 192.675,59


Assim, excluindo os restos a pagar do passivo financeiro, conforme relacionado

nas tabelas acima, o Município apresenta indisponibilidade de caixa líquida (R$109.431,02) após

inscritos os restos a pagar processados no exercício, em desacordo com o disposto no art. 1º da LC

nº 101/2000 (LRF), conforme demonstrado a seguir:







4. Restos a Pagar Não Liquidados de Exercícios Anteriores* 202.147,04



7. Restos a Pagar Não Liquidados do Exercício** 175.196,30









Em relação à alegação de que os Restos a Pagar Não Processados não devem

ser considerados no cálculo da disponibilidade de caixa sob o argumento de que ainda não foram

liquidados/processados não merece ser acatada, tendo em vista que contraria a metodologia utilizada

para apuração da disponibilidade de caixa para fins de cobertura financeira (pagamento) dos restos a

pagar inscritos no exercício obtida pelo Manual de Demonstrativos Fiscais - MDF, da Secretaria do

Tesouro Nacional – STN. Embora não configurem despesa do ponto de vista contábil, são

considerados obrigação do ponto de vista fiscal, pois, à época de sua inscrição, foi exigida a

correspondente disponibilidade de caixa líquida. Como regra geral, as despesas devem ser

executadas e pagas no exercício financeiro e, extraordinariamente, podem ser deixadas obrigações a

serem cumpridas no exercício seguinte desde que haja suficiente disponibilidade de caixa líquida.

Todavia, considerando que a indisponibilidade de caixa, após a inscrição de restos a pagar

processados, é inferior a 1% (um inteiro por cento) da Receita Arrecadada apurada no exercício




Pág. 24

(R$16.499.433,16), com base nos critérios de relevância e materialidade, a referida falha será

ressalvada na presente prestação de contas, pois esta especializada entende que a ocorrência não

macula por si as contas de governo examinadas.

20.7. Inscrição de restos a pagar não processados, no valor de R$205.446,30,

sem suficiente disponibilidade de caixa, em desacordo com o princípio do equilíbrio das contas

públicas estabelecido no art. 1º da LC nº 101/2000 (LRF), conforme demonstrado na tabela

''Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa e dos Restos a Pagar''.

Manifestação do Chefe de Governo: "Inicialmente, esclarecemos que houve

disponibilidade de caixa com saldo suficiente para cobertura de todos os compromissos assumidos

durante o exercício de 2017 (Restos a Pagar Liquidados de exercícios anteriores, Restos a Pagar do

exercício e demais Obrigações Financeiras). No que tange aos restos a pagar não processados, que

define as despesas que passaram apenas pelo estágio de empenho e não passaram pela liquidação

e pagamento, ou seja, ainda não se constituem direito liquido e certos do credor não poderão

determinar a indisponibilidade de caixa do ente, haja vista que tais despesas poderão ser anuladas

sem, contudo, se concretizarem. Assim, com base em precedentes julgados desse TCM, solicitamos

que este item seja ressalvado."(sic)

Análise do Mérito: Após a manifestação do Chefe de Governo, verificou-se que o

município possui restos a pagar vinculados a convênios com recursos pendentes de repasses e

realizou cancelamento de restos a pagar por meio do Decreto nº 137, de 01/08/2018.

Em relação aos valores vinculados a convênios com recursos pendentes de

repasse tem-se:

Nº do

convênio e

afins


convênio

Valor

pendente de

repasse

Nº

empenho

Valor do

empenho

RPNP Restos a

pagar

excluído

24006/2014 17/23 e 325/326, vol. II 275.000,00 137.500,00 20253 34.028,78 - -

35260/2015 43/48 e 332/333, vol. II 394.200,00 197.100,00 20255 29.351,70 - -

57767/2014 50/55 e 334, vol. II 394.200,00 0,00 13576 400.963,09 65.351,95 -

61845/2013 009/014, 118 e 323,

vol. II

245.850,00 49.170,00 13570 257.957,79

58.871,37

49.170,00

54138/2014 25/31, 144 e 328, vol. II 600.000,00 300.000,00 18227 598.910,73 390.474,83 298.910,73

26088/2015 32/39 e 336, vol. II 218.804,63 0,00 - - - -

60793/2013 58/63 e 93 e 334, vol. II 245.850,00 122.925,00 13578 249.506,98 142.705,13 122.925,00




Decreto Empenho CREDOR Dt. Emp. RPP RPNP Restos a




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Cancelados Cancelados pagar

excluídos

0137/18




24030

BRPREV AUDITORIA E


24014


AMBIENTAIS* 23/10/2017 17.250,00

41.000,00

30.250,00

12112


REPRE EMPRE 26/01/2015 215.485,14

61.429,58

61.429,58

TOTAL

263.939,14 203.425,69 192.675,59


Assim, excluindo os restos a pagar do passivo financeiro, conforme relacionado

nas tabelas acima, o Município apresenta indisponibilidade de caixa líquida (R$284.627,32) após

inscritos os restos a pagar não processados no exercício, em desacordo com o disposto no art. 1º da

LC nº 101/2000 (LRF), conforme demonstrado a seguir:







4. Restos a Pagar Não Liquidados de Exercícios Anteriores* 202.147,04



7. Restos a Pagar Não Liquidados do Exercício** 175.196,30









Em relação à alegação de que os Restos a Pagar Não Processados não devem

ser considerados no cálculo da disponibilidade de caixa sob o argumento de que ainda não foram

liquidados/processados não merece ser acatada, tendo em vista que contraria a metodologia utilizada

para apuração da disponibilidade de caixa para fins de cobertura financeira (pagamento) dos restos a

pagar inscritos no exercício obtida pelo Manual de Demonstrativos Fiscais - MDF, da Secretaria do

Tesouro Nacional – STN. Os restos a pagar não processados, embora não configurem despesa do

ponto de vista contábil, são considerados obrigação do ponto de vista fiscal, e para a sua inscrição




Pág. 26

deve existir a correspondente disponibilidade de caixa. Como regra geral, as despesas devem ser

executadas e pagas no exercício financeiro e, extraordinariamente, podem ser deixadas obrigações a

serem cumpridas no exercício seguinte desde que haja suficiente disponibilidade de caixa líquida.

Todavia, nesta prestação de contas a referida falha será ressalvada considerando os princípios da

razoabilidade e proporcionalidade.

CONCLUSÃO

Diante do contexto da análise levada a efeito (observados os critérios de

relevância e materialidade e os princípios da razoabilidade e proporcionalidade) tem-se:

As ocorrências apontadas na análise inicial descritas nos itens 20.4.a e 20.5 foram

sanadas.

Os apontamentos registrados nos itens 20.1, 20.2, 20.3, 20.4.b, 20.6 e 20.7 foram

ressalvados.

A falha apontada no item 20.2 enseja a imputação de multa.

CERTIFICADO

A Secretaria de Contas de Governo CERTIFICA que pode o Tribunal de Contas

dos Municípios:

MANIFESTAR à respectiva Câmara Municipal o seu Parecer Prévio pela

APROVAÇÃO COM RESSALVAS das Contas de Governo de 2017, de responsabilidade de FABIO

SEABRA GUIMARAES, Chefe de Governo do Município de IVOLÂNDIA, em decorrência das falhas

mencionadas nos itens 20.1, 20.2, 20.3, 20.4, 20.6 e 20.7.

EMITIR Acórdão para:

APLICAR MULTA com eficácia de título executivo, com base no art. 71, VIII, § 3º

combinado com o art. 75, ambos da Constituição Federal, reproduzida no art. 2º, IX, § 1º da Lei

Estadual nº 13.251/98, e ainda, nos termos do art. 47-A da Lei Estadual nº 15.958/07, alterada pela

Lei nº 16.467/09 e art. 237, do Regimento Interno desta Casa, na forma abaixo:


CPF 412.456.601-87

Irregularidade praticada Apresentação incompleta do relatório conclusivo da comissão especial de inventário anual dos

bens patrimoniais, no prazo determinado por este Tribunal, conforme IN TCM nº 008/2015 (item

20.2).


normativo violado

Arts. 85, 95 e 96 da Lei Federal nº 4.320/64 e art. 15, § 3°, XXI, da IN TCM nº 008/2015.

Base legal para



Valor da multa R$ 1.000,00 (10% de R$ 10.000,00) previsto no art. 47-A, IX, da LO TCM, definido conforme

extrato de ata nº 017/2018, encaminhado à Secretaria dia 26/10/2018.




Pág. 27

Prazo máximo para

recolhimento


RECOMENDAR ao Chefe de Governo atual que:

(a) adote as providências e cautelas necessárias para que nos exercícios

subsequentes as falhas apontadas nos itens 20.1, 20.2, 20.3, 20.4, 20.6 e 20.7 não tornem a ocorrer;

(b) promova as medidas necessárias para compor seu sistema de Controle Interno

com servidores do quadro efetivo, com a finalidade de se evitar a alternância inadequada de pessoas

nesta função, nos termos da IN TCM nº 008/2014;

(c) promova as medidas necessárias para se adaptar às exigências constantes da

Lei n.º 12.527/2011, devendo, ainda, atualizar periodicamente as informações disponíveis no portal

oficial da prefeitura, nos termos da IN TCM nº 005/2012;

(d) promova as medidas necessárias para adequar o quantitativo de cargos

comissionados e efetivos de cada órgão/entidade da administração municipal, de forma a resguardar

a proporcionalidade exigida pela Constituição Federal, ou seja, em qualquer órgão/entidade da

administração os cargos efetivos devem constituir a maioria do quantitativo total de cargos, nos

termos do Acórdão nº 04867/10 do TCM/GO;

(e) na escolha dos membros da comissão de licitação e na designação dos

pregoeiros sejam selecionados servidores pertencentes ao quadro efetivo da unidade ou ente

promotor do certame, devendo, ainda, a equipe de apoio ser integrada em sua maioria por servidores

ocupantes de cargo efetivo da administração, nos termos da IN TCM nº 009/2014.

ALERTAR o gestor sobre a obrigação do cumprimento das disposições constantes

na Lei Federal nº 12.305/2010, notadamente as inseridas em seus artigos 18 e 19, em especial no

tocante à criação e à manutenção de aterros sanitários municipais.

Destaca-se que os documentos/informações foram analisados sob o aspecto da

veracidade ideológica presumida, e ainda, que as conclusões registradas no presente certificado não

elidem responsabilidades por atos não alcançados pelo conteúdo da prestação de contas e por

constatações de procedimentos fiscalizatórios diferenciados, tais como inspeções, auditorias e

denúncias.

SECRETARIA DE CONTAS DE GOVERNO, em Goiânia, 30 de outubro de 2018.

III - DA MANIFESTAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS

Por sua vez, o Ministério Público de Contas, através do Parecer nº

06394/2018, fls. (357) concorda plenamente com o entendimento exarado pela

Unidade Técnica, manifestando-se, nos seguintes termos:




Pág. 28

PARECER Nº 06394/2018

Cuida-se das contas de governo referentes ao exercício de 2017 do município em epígrafe.

Realizada a análise financeira, orçamentária, contábil e patrimonial pela unidade técnica do TCM/GO, foi sugerida a aprovação das presentes contas, com ressalvas, imputação de multa e recomendações ao gestor, como revela a leitura do Certificado de nº 00798/2018.

Ancorado em tal exame, de cunho eminentemente técnico, e a bem da maior efetividade no exercício do controle externo, o Ministério Público de Contas:

a) Opina pela aprovação, com ressalvas e imputação de multa, das presentes contas, com as recomendações indicadas pela referida unidade técnica;

b) Postula no sentido de que esta Corte de Contas incremente suas ações para possibilitar a realização de inspeção voluntária nas unidades jurisdicionadas, inclusive no município em foco, com base no estabelecido pelo art. 24, § 1º, da Resolução Normativa nº 012/14. (APRM)

Ministério Público de Contas, Goiânia aos 06 dias de novembro de 2018.

IV- DA FUNDAMENTAÇÃO

A Secretaria de Contas de Governo e o Ministério Público de Contas

analisaram o mérito das contas prestadas, do exercício de 2017, opinando, assim,

pela APROVAÇÃO com Ressalvas e Aplicação de Multa, com a qual coadunamos,

pelos motivos que passo a demonstrar:

Inicialmente, é preciso dizer que a Lei Orgânica do Tribunal de Contas

dos Municípios do Estado de Goiás – Lei 15.958/2007 - prescreve No inciso I, do art.

1º, que compete ao Tribunal de Contas dos Municípios, órgão de controle externo,

“Ao Tribunal de Contas dos Municípios, órgão de controle externo, compete, nos

termos da Constituição Estadual e na forma estabelecida nesta Lei: I – apreciar e

emitir parecer prévio nas contas anuais de governo prestadas pelo Chefe do Poder

Executivo municipal”. In Verbis:




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“Art. 1º Ao Tribunal de Contas dos Municípios, órgão de controle externo,

compete, nos termos da Constituição Estadual e na forma estabelecida nesta Lei:

I – apreciar e emitir parecer prévio nas contas anuais de governo prestadas pelo

Chefe do Poder Executivo municipal;

As Contas de Governo apresentadas, tempestivamente, em

16/04/2018, dentro do prazo estipulado no art. 77, inciso X, da Constituição Estadual

e no art. 27, da IN TCM nº 008/2015.

Ademais, a Secretaria de Contas de Governo, emitiu o Certificado

nº798/2018(fls.346/356), sugere a APROVAÇÃO com Ressalvas e multa das contas

apresentadas pelo gestor.

Recebido os autos no Ministério Público de Contas foi emitido Parecer

de nº 06394/2018(fls. 357) concordando plenamente com a Unidade Técnica.

A multa resultante do item 20.2, revela certo grau de

desproporcionalidade entre a falha cometida pelo Chefe de Governo e o caráter

punitivo/educativo que a penalidade denota. É notório que não houve por parte do

interessado atitude gerencial necessária por apresentar o relatório conclusivo da

comissão especial de inventário anual dos bens patrimoniais de forma incompleta,

no prazo determinado por este Tribunal, conforme IN TCM 8/2015 (item 20.2).

Entretanto, partindo sempre do pressuposto da adequação do fato à norma, e,

invocando o princípio da adequação social, reduzo, excepcionalmente, o valor da

multa de R$ 1.500,00 para R$ 500.00,00.

Em atenção à tese fixada pelo Supremo Tribunal Federal no Recurso

Extraordinário nº 848.826/DF, em 17 de agosto de 2016, e tendo em vista as

orientações contidas na Resolução nº 01/2018 da Associação dos Membros dos

Tribunais de Contas do Brasil - ATRICON, o Tribunal de Contas dos Municípios do

Estado de Goiás editou a IN nº 010/2018, estabelecendo os ritos processuais para




Pág. 30

as análises das Contas de Governo, Contas de Gestão e Tomada de Contas

Especial em que o Prefeito Municipal figure como gestor/ordenador da despesa.

Em razão desse fato, o presente Voto será convertido em 2

instrumentos processuais distintos:

1) Parecer Prévio - que manifestará a Câmara Municipal o

posicionamento técnico deste Tribunal acerca das Contas de Governo de

responsabilidade do Prefeito;

2) Acórdão – que declarará a situação das contas do Prefeito, apontará

as possíveis ressalvas e irregularidades, aplicará as sanções, recomendações e

determinações quando cabíveis. Caso constatado que nas Contas de Governo, além

do Prefeito, atuaram um ou mais Gestores, o julgamento das respectivas contas

deverá compor o mesmo Acórdão.

É o Relatório, passo ao Voto.

V - VOTO DO RELATOR

Esta relatoria acompanha o entendimento da Unidade Técnica e do

Ministério Público de Contas, exceto quanto ao valor da multa, que aplico na

ordem de R$500,00, VOTO no sentido de:

1- EMITIR parecer prévio pela APROVAÇÃO COM RESSALVAS das

Contas de Governo de 2017, de responsabilidade de FABIO SEABRA GUIMARAES,

Chefe de Governo do Município de IVOLÂNDIA, em decorrência das falhas

mencionadas nos itens 20.1, 20.2, 20.3, 20.4, 20.6 e 20.7.

2- ENVIAR, após o trânsito em julgado, o processo contendo o parecer

prévio à Câmara Municipal de IVOLÂNDIA para providências e julgamento, por força




Pág. 31

da tese fixada pelo Supremo Tribunal Federal ao decidir no Recurso Extraordinário

nº 848.826/DF, em 17 de agosto de 2016.

Acórdão

1 - DECLARAR que na análise das contas do senhor de

responsabilidade do senhor FABIO SEABRA GUIMARAES, Chefe de Governo do

Município de IVOLANDIA, exercício 2017, foram constatadas as falhas mencionada

nos itens 20.1, 20.2, 20.3, 20.4, 20.6 e 20.7.

2- APLICAR MULTA com eficácia de título executivo, com base no art.

71, VIII, § 3º combinado com o art. 75, ambos da Constituição Federal, reproduzida

no art. 2º, IX, § 1º da Lei Estadual nº 13.251/98, e ainda, nos termos do art. 47-A da

Lei Estadual nº 15.958/07, alterada pela Lei nº 16.467/09 e art. 237, do Regimento

Interno desta Casa, na forma abaixo:


CPF 412.456.601-87

Irregularidade

praticada

Apresentação incompleta do relatório conclusivo da comissão especial de

inventário anual dos bens patrimoniais, no prazo determinado por este Tribunal,

conforme IN TCM nº 008/2015 (item 20.2).


normativo violado

Arts. 85, 95 e 96 da Lei Federal nº 4.320/64 e art. 15, § 3°, XXI, da IN TCM nº

008/2015.

Base legal para



Valor da multa R$ 500,00 (5% de R$ 10.000,00) previsto no art. 47-A, IX, da LO TCM, definido

conforme extrato de ata nº 017/2018, encaminhado à Secretaria dia 26/10/2018.

Prazo máximo para

recolhimento


3-POR força da tese fixada pelo Supremo Tribunal Federal ao decidir

no Recurso Extraordinário nº 848.826/DF, este acórdão não produz efeitos para os

fins do art. 1º, l, g, da Lei Complementar nº 64/1990, em relação ao FABIO SEABRA

GUIMARAES, Chefe de Governo do Município de IVOLÂNDIA no exercício de 2017.




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4. RESSALTAR que a Constituição Federal manteve a missão deste

Órgão de apreciar as contas do Governo Municipal, mediante Parecer Prévio. Nesta

mesma linha, a Lei Orgânica do TCMGO alterada pela Lei Estadual nº 16.467/2009,

estabelece no seu art. 6º que compete ao Tribunal de Contas, exclusivamente, emitir

Parecer Prévio acerca das contas de governo prestadas anualmente pelo Chefe do

Poder Executivo. O Parecer Prévio, embora seja de caráter técnico, contendo um

resumo crítico da gestão governamental no seu conjunto, continua a ser submetido

ao Poder Legislativo, a quem cabe a titularidade para julgar as Contas do Executivo.

5. EVIDENCIAR que na aferição dos documentos apresentados no

Balanço e as informações constantes do SICOM foram considerados sob o aspecto

da veracidade ideológica presumida.

6. SOLICITAR à Câmara de Vereadores que comunique ao Tribunal de

Contas dos Municípios o resultado do julgamento das Contas de Governo em

questão, inclusive com a remessa do ato respectivo e da ata da sessão de

julgamento.

7 - OBSERVAR que na aferição da prestação de contas os

documentos constantes do Balancete Físico e as informações apresentadas ao

SICOM foram considerados sob o aspecto da veracidade ideológica presumida.

8 - DETERMINAR a publicação do Acórdão, nos termos do artigo 101

da Lei nº 15.958/2007, para que surta os efeitos legais necessários.

RECOMENDAR ao Chefe de Governo atual que:

(a) adote as providências e cautelas necessárias para que nos

exercícios subsequentes as falhas apontadas nos itens 20.1, 20.2, 20.3, 20.4, 20.6 e

20.7 não tornem a ocorrer;




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(b) promova as medidas necessárias para compor seu sistema de

Controle Interno com servidores do quadro efetivo, com a finalidade de se evitar a

alternância inadequada de pessoas nesta função, nos termos da IN TCM nº

008/2014;

(c) promova as medidas necessárias para se adaptar às exigências

constantes da Lei n.º 12.527/2011, devendo, ainda, atualizar periodicamente as

informações disponíveis no portal oficial da prefeitura, nos termos da IN TCM nº

005/2012;

(d) promova as medidas necessárias para adequar o quantitativo de

cargos comissionados e efetivos de cada órgão/entidade da administração

municipal, de forma a resguardar a proporcionalidade exigida pela Constituição

Federal, ou seja, em qualquer órgão/entidade da administração os cargos efetivos

devem constituir a maioria do quantitativo total de cargos, nos termos do Acórdão nº

04867/10 do TCM/GO;

(e) na escolha dos membros da comissão de licitação e na

designação dos pregoeiros sejam selecionados servidores pertencentes ao quadro

efetivo da unidade ou ente promotor do certame, devendo, ainda, a equipe de apoio

ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo da

administração, nos termos da IN TCM nº 009/2014.

ALERTAR o gestor sobre a obrigação do cumprimento das

disposições constantes na Lei Federal nº 12.305/2010, notadamente as inseridas em

seus artigos 18 e 19, em especial no tocante à criação e à manutenção de aterros

sanitários municipais.




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Destaca-se que os documentos/informações foram analisados sob o

aspecto da veracidade ideológica presumida, e ainda, que as conclusões registradas

no presente certificado não elidem responsabilidades por atos não alcançados pelo

conteúdo da prestação de contas e por constatações de procedimentos

fiscalizatórios diferenciados, tais como inspeções, auditorias e denúncias.

É o VOTO.

Gabinete do Conselheiro Daniel Goulart, 26 de novembro de 2018.

DANIEL GOULART

CONSELHEIRO


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Município :IVOLANDIA Assunto :CONTAS DE …Valor da multa R$ 500,00 (5% de R$ 10.000,00) previsto no art. 47-A, IX, da LO TCM, definido conforme extrato de ata nº 017/2018, encaminhado