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Música da África Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Udu , um dos instrumentos característicos damúsica igbo . . A África é um continente com um leque enorme de diversidade étnica , cultural e linguística . Uma descrição geral da chamada música africana não seria possível dada a quantidade e variedade de expressões. No entanto, existem semelhanças regionais entre grupos desiguais, assim como as tendências que são constantes ao longo de todo o comprimento e a largura do continente africano . A música da África é tão vasta e variada como as muitas regiões , nações e grupos étnicos do continente.Embora não haja distintamente música pan-africana, não são comuns formas de expressões musicais, especialmente no interior das regiões. Segundo o etno musicólogo Alan P. Merriam (1923 - 1980) a música do Norte de África e partes da região do Saara , têm uma ligação à música européia e oriental mais que da metade da África sub-saariana que de certa forma deu inicio influenciando e sendo influenciada por variados estilos musicas tais como samba , blues , jazz , reggae e rap inspirados nas tradições africanas dos escravos transferidos a diferentes pontos do mundo em relações comerciais, com retorno de escravos livres e comerciantes.

Música da África

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Page 1: Música da África

Música da ÁfricaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Udu, um dos instrumentos característicos damúsica igbo.

.

A África é um continente com um leque enorme de diversidade étnica, cultural e linguística. Uma

descrição geral da chamada música africana não seria possível dada a quantidade e variedade de

expressões. No entanto, existem semelhanças regionais entre grupos desiguais, assim como as

tendências que são constantes ao longo de todo o comprimento e a largura do continente africano.

A música da África é tão vasta e variada como as muitas regiões, nações e grupos étnicos do

continente.Embora não haja distintamente música pan-africana, não são comuns formas de

expressões musicais, especialmente no interior das regiões.

Segundo o etno musicólogo Alan P. Merriam (1923 - 1980) a música do Norte de África e partes da

região do Saara, têm uma ligação à música européia e oriental mais que da metade da África sub-

saariana que de certa forma deu inicio influenciando e sendo influenciada por variados estilos

musicas tais como samba, blues, jazz, reggae e rap inspirados nas tradições africanas dos escravos

transferidos a diferentes pontos do mundo em relações comerciais, com retorno de escravos livres e

comerciantes.

Ainda segundo esse autor do livro The Anthropology of Music entre outros sobre o tema a música

deve ser estudada em três níveis de análise: conceituação sobre música, comportamento em

relação à música e som de música ou a música propriamente dita.

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Xavier Vatin[1] estudou nações de candomblé na Bahia (descendentes de distintas nações e grupos

étnicos africanos) quanto ao seu patrimônio musical específico. Reuniu dados históricos,

etnográficos, lingüísticos e confrontando-os no respeito da pertinência relativa a sua origem,

interpenetrações de civilizações e revelou a existência de constantes e divergências, bem como de

um número considerável de empréstimos e influências recíprocas tanto no plano etnográfico como

estritamente musical. Sinteticamente falando encontrou 20 toques: 8 são originários da nação Ketu;

7 originários da nação Jêje; 4 da nação Angola e um total de 15 empréstimos recíprocos. Analise

similar tem sido feita nos grandes grupos etno-linguísticos africanos bem como da música popular

da África correlacionando estas com a denominada música negra ao redor do mundo.

Índice

  [esconder]

1 Geografia etnomusical

2 Ver também

3 Referências

4 Ligações externas

[editar]Geografia etnomusical

mapa geo-político da África dividido para fins de Etnomusicologia, por Alan P. Merriam, 1959.

A África é um grande continente e as suas regiões e nações possuem distintas tradições musicais. É

relevante, a música do norte da África (região vermelha no mapa) tem uma história diferente da

musica da África Sub-saariana[2]

Norte de África é a sede da cultura mediterrânica que construiu o Egito e Cartago, antes de ser

governado sucessivamente por gregos, romanos e godos e, de tornar-se, em seguida, o

ocidente (Magrebe) do mundo árabe. Como os gêneros musicais do Vale do Nilo e doNordeste

Page 3: Música da África

africano (região azul-celeste e verde-escuro no mapa), a sua música tem laços estreitos com

música do Oriente Médio.

África Oriental Madagascar e ilhas do Oceano Índico (regiões verde-claro no mapa) áreas

ligeiramente influenciadas pela música árabe e também pela música da Índia, da Indonésia e

da Polinésia. No entanto, nas populações indígenas as tradições musicais são principalmente

em sua maioria típica da áfrica sub-saariana de línguas nigero-congolesas.

África do Sul, Central e Ocidental (regiões marrom, azul-escuro, e amarela no mapa)

caracterizam-se também na ampla tradição musical subsaariana, mas também possuem

influências vindas da Europa Ocidental e América do Norte. A música e as formas de dança da

diáspora Africano, incluindo a música afro-americana e muitos gêneros caribenhos

como soca, calipso (gêneros afro-caribenhos), zouk(musica antilhana) e gêneros musicais

latino-americanos como a salsa, rumba, e outros derivados do clave-ritmo (cubano), se

originaram com diversos graus de variação na música dos escravos africanos, que por sua vez

influenciou a música popular africana.

A musica Africana dos negros foi dedicado a zumbido navio negreiro,e a Amanda Ferraresi.

[editar]Ver também

Igbo tocando um arco musical.

Portal África

Portal Arte

Portal Cultura

Portal Música

Portal Religião

África (secção Etnias)

Línguas africanas

Etnomusicologia

Atabaque

Berimbau

Page 4: Música da África

Marimba

Atabaque (candomblé)

Música da Nigéria

Música popular da África

Instrumentos musicais de Angola

Referências

1. ↑  Vatin, Xavier. dez., 2001. Música e Transe na Bahia: as nações de candomblé abordadas

numa perspectiva comparativa. Ictus: 7-17. Bahia disponível em pdf

2. ↑  GCSE Music - Edexcel Areas of Study, Coordination Group Publications, UK, 2006, page 34,

quoting examination board syllabus.

[editar]Ligações externas

Música Popular Africana: Evolução e Diversidade

Música Africana

Uma coleção de videos clássicos e contemporâneos de mpusica africana

Glossário de estilos de música africana

International Library of African Music  Rhodes University Departmento de Música e Musicologia

Ritmos do Continente (BBC)

Alguns instrumentos musicais Africanos

[Expandir]

v • e

Música da África

[Expandir]

v • e

Gêneros de Música popular da África

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A Música Na África

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Page 5: Música da África

Tema: Música

Na sociedade africana, a música é um elemento indispensável no cumprimento de certos ritos sociais e religiosos. Os instrumentos musicais não servem apenas para tocar, aparecendo, similarmente, como veículos de correspondência com os outros e com a divindade. Por vezes, adquirem o poder de invocar entes espirituais com fins curativos e, nalguns casos, tornam-se mesmo a voz da divindade e dos antepassados.

Na África, há uma grande variedade de instrumentos musicais e talvez este seja o continente onde eles são mais originais, devido à pobreza dos materiais usados. Peles, madeira, fibras vegetais, cabaças, pedras e, mais raramente, o ferro são as matérias-primas com que se fabricam tais instrumentos.

Segundo uma classificação, geralmente aceite, os instrumentos dividem-se em quatro grupos, de acordo com o corpo vibrante que produz o som: idiofónicos, quando o que vibra é um material sonoro, como a madeira, as pedras, o metal, as cascas, …; membranofónicos, se for uma membrana a gerar som ao vibrar; aerofónicos ou instrumentos de sopro, sempre que o corpo vibrante que origina som é o ar; cordofónicos, quando o som é obtido através de cordas.

A expressão «música africana» não é correta. Seria mais exato falar de «músicas africanas tradicionais», uma vez que a África é um mosaico de grupos étnicos, cada um com o seu património histórico e cultural próprio. Contudo, apesar das numerosas e variadas singularidades das tradições musicais de cada povo, notam-se nessas tradições muitas características técnicas, culturais e sociais comuns, fruto de contactos e intercâmbios recíprocos. 

Um dos influxos culturais que a África sofreu veio do exterior. A partir

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do século VII, deu-se a introdução da cultura árabe. O alargamento às zonas subsarianas prolongou-se nos séculos seguintes. A influência islâmica fez-se sentir sobretudo no âmbito dos instrumentos musicais. 

A música africana não adotou nem o sistema de escrita nem as pautas. Toca-se de ouvido e a sua harmonia não é complexa, andando vinculada à melodia e às escalas, enquanto que a música europeia, nomeadamente após o barroco, se baseia essencialmente no sistema de acordes. Emprega, na essência, a escala pentatónica, embora, por vezes, se sirva, de igual modo, da escala de seis e sete tons e, inclusive, de escalas mais alargadas. 

Outros predicados a ter em conta: vincula um tempo fraco a um forte, obtendo desta forma a troca de acento (síncope); a improvisação; a presença da percussão e a estrutura antifónica (entoação e réplica), frequente nos cânticos. 

Mas a particularidade que mais chama a atenção é a polirritmia, ou seja, o facto de uma mesma composição poder ser usada em dois ou mais ritmos diferentes. Além disso, o cantor acrescenta maior complexidade ao ritmo batendo as palmas e os pés. 

Há que ter ainda presente que a música «por si mesma» não existe na África. Acompanha sempre o dia a dia e os diversos dinamismos subjacentes. Na África, a vida e os seus múltiplos aspetos falam a linguagem da música.

Com efeito, na cultura africana, a música faz parte do quotidiano das populações e está relacionada com uma imensidão de atividades sociais. Em diversas ocasiões, é meio de transmissão de mensagens e informações. Estas mensagens não têm, porém, uma função puramente informativa, fazendo, igualmente, referência aos significados simbólicos da música relativos ao desempenho do poder, aos ciclos das estações do ano, ao culto dos antepassados, entre outros. A música serve, de modo similar, de apoio aos cânticos durante o trabalho e à dança. As canções que as mulheres entoam enquanto moem o trigo no pilão têm por finalidade coordenar o esforço e marcar a cadência, para que cada uma delas desfira a pancada na altura certa. 

O canto também se emprega na dança, verificando-se uma relação entre a música, a magia e a religião. São bastante frequentes as situações em que a música e a dança acompanham cerimónias relacionadas com as distintas etapas do ciclo da vida e das estações: nascimento, circuncisão, matrimónio, funerais; mas também a preparação da terra, a

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sementeira e a colheita. Nessas alturas, a música constitui um complemento essencial. Além disso, desempenha outras funções: identificativa, quando se realiza para distinguir uma personagem, uma situação ou um objeto; narrativa-descritiva, ao manifestar ou relatar uma coisa qualquer; anímica, para exprimir os estados de alma, um acontecimento, um episódio específico, uma circunstância vivida na primeira pessoa ou que causou uma forte impressão no autor da música; reguladora-indutora dos estados de alma, ao utilizar a música para conseguir um determinado estado de espírito em quem a escuta; agregação, em que usa a música como contributo para reforçar o sentimento de pertença a um grupo, concorrendo para um sentido de união entre as pessoas que tocam, cantam e/ou escutam a música; lúdico-organizativa, sempre que o objetivo de quem faz a música é o prazer proporcionado pela harmonia dos sons, pela combinação elegante de ritmos, timbres, melodias, etcétera. 

É possível que uma mesma música tenha simultaneamente, mais de uma função. Por exemplo, com um cântico pode-se exprimir um determinado estado de alma, mas, sendo entoado no decorrer de um acontecimento coletivo, essa música pode possuir, identicamente, um papel agregador.

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Título:A música na ÁfricaAutor:Maria Bijóias(todos os textos)Imagem por: SignalPAD

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