4
Durante a ditadura militar qualquer manifestaçao ou organizaçao feita para questionar a situação política da época era censurada, as pessoas que as compunham eram exiladas, mortas ou desapeareciam. Música Música Elis Regina

Música na Ditadura Militar

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Música na Ditadura Militar

Durante a ditadura militar qualquer manifestaçao ou organizaçao feita para questionar a situação política da época era censurada, as pessoas que as compunham eram exiladas, mortas ou desapeareciam.

MúsicaMúsica

Elis Regina

Page 2: Música na Ditadura Militar

Um dos artifícios que os músicos utilizavam para se expressar era a música. Nas letras, questionavam a situação pela qual o Brasil estava passando, mostravam o que o governo e os militares estavam fazendo. Porém como não podiam colocar explicitamente os problemas nas letras, pois eram censuradas , se utilizavam de metáforas (veja a música “Cálice” de Chico Buarque e Gilberto Gil) ou, no trecho que era censurado, colocavam palavras sem sentido com o resto da música, ironizando e mostrando para a população que alí houve uma CENSURA.

Caetano Veloso

Page 3: Música na Ditadura Militar

Por isso, mesmo com a censura a música foi um importante meio de crítica a sociedade.

Alguns compositores:

- Chico Buarque- Caetano Veloso- Gilberto Gil- Geraldo Vandré- Elis Regina

Gilberto Gil- Hoje ministro da cultura no Brasil.

Page 4: Música na Ditadura Militar

Cálice>> Chico Buarque Pai, afasta de mim esse cálicePai, afasta de mim esse cálicePai, afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amargaTragar a dor, engolir a labutaMesmo calada a boca, resta o peitoSilêncio na cidade não se escutaDe que me vale ser filho da santaMelhor seria ser filho da outraOutra realidade menos mortaTanta mentira, tanta força bruta

Como é difícil acordar caladoSe na calada da noite eu me danoQuero lançar um grito desumanoQue é uma maneira de ser escutadoEse silêncio todo me atordoaAtordoado eu permaneço atentoNa arquibancada pra a qualquer momentoVer emergir o monstro da lagoa

De muito gorda a proca já não andaDe muito suada a faca já não cortaComo é difícilo, pai, abrir a portaEssa palavra presa na gargantaEsse pileque homérico no mundoDe que adianta ter boa vontgadeMesmo calado o peito, resta a cucaDos bêbados do centro da cidade

Talvez o mundo não seja pequenoNem seja a vida um fato consumadoQuero inventar o meu próprio pecadoQuero morrer do meu próprio venenoQuero perder de vez tua cabeçaMinha cabeça perder teu juízoQuero cheirar fumaça de óleo dieselMe embriagar até que alguém me esqueça

Grupo: Helena JobPedro PeroniRebecca Barth