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Revista Suma Economica - Maio 2018 22 Fundos de Invesmento MUTUAL FUNDS 2013 2014 2015 2016 2017 45,5% 10,2% 17,4% 5,9% 21,0% COMPORTAMENTO DA INDÚSTRIA DE FUNDOS Patrimônio Líquido Mercado Domésco Em Março Captação em 12 meses (em R$ bi) 48,8 00 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 2018 Março 260 Pelo segundo mês seguido -12,0 -8,0 -4,0 4,0 8,0 12,0 16,0 20,0 0,0 CAPTAÇÃO LÍQUIDA POR CATEGORIA NO MÊS DE MARÇO Em R$ Bilhões |Março de 2017 -16,0 -20,0 -24,0 24,0 28,0 E m março deste ano, a indústria de fundos de invesmento registrou entrada líquida de R$ 18,868 bilhões, voltando a apresentar um ritmo bastante significavo. No terceiro mês de 2018, a entrada líquida foi, mais uma vez, assim como em fevereiro, liderada por Mulmercados, com R$ 10,069 bilhões, Em sequência, Ações, com R$ 4,518 bilhões e Previdência com R$ 3,103 bilhões de entrada líquida. No quesito saída líquida, destaque negavo para Renda Fixa com rerada de R$ 2,003 bilhões. Renda Fixa foi a única categoria a apresentar resultado negavo no quesito rerada líquida no terceiro mês do ano. No primeiro trimestre, a liderança, em termos de captação líquida, fica para Mulmercados, com R$ 33,281 bilhões. Logo após vem Ações, que angiu R$ 8,788 bilhões nos três primeiros meses do ano. FIDC lidera a saída líquida no ano com R$ 4,750 bilhões. Em 12 meses, o destaque fica para Mulmercados, com R$ 99,881 bilhões, seguido de Ações com R$ 48,015 bilhões. Em termos de rentabilidade, para o mês de março, em Renda Fixa destacou-se Renda Fixa Dívida Externa com alta de 2,42%. Entre os fundos de Ações, destacou-se Fundo Ações Dividendos, com rentabilidade de 0,88%. Em Mulmercados, alta de 1,53% em Mulmercados Long and Short Neutro. Na categoria Previdência, o melhor desempenho de janeiro ficou para Previdência Mulmercados, com variação de 0,65%. No trimestre, a liderança em termos de rentabilidade fica para Ações FMP-FGTS com 19,52%. Em Renda Fixa destaque para Renda Fixa Indexados, que, registrou variação de 3,32%. Em Mulmercados destaque para Long and Short Direcional, com alta de 5,86%. Previdência Ações é destaque em sua categoria com crescimento de 11,79% entre janeiro e março. Em 12 meses, o fundo de maior rentabilidade no geral é Ações FMP-FGTS, com alta de 49,85%. O patrimônio líquido da indústria de fundos chegou, em março deste ano, a R$ 4,307 trilhões, considerando os fundos Off-Shore, variando 29,32% no ano.

MUTUAL FUNDS Pelo segundo mês seguidoOs supermercados também registraram alta das vendas na semana da Páscoa, algo em torno de 2,4%, mas com um destaque importante, a queda nas

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Page 1: MUTUAL FUNDS Pelo segundo mês seguidoOs supermercados também registraram alta das vendas na semana da Páscoa, algo em torno de 2,4%, mas com um destaque importante, a queda nas

Revista Suma Economica - Maio 201822

Fundos de InvestimentoMUTUAL FUNDS

2013 2014 2015 2016 2017

45,5%

10,2%

17,4%

5,9%

21,0%

COMPORTAMENTO DA INDÚSTRIA DE FUNDOS

Patrimônio Líquido Mercado Domés�coEm Março Captação em 12 meses (em R$ bi)

48,8

00

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

2018Março

260

Pelo segundo mês seguido

-12,0 -8,0 -4,0 4,0 8,0 12,0 16,0 20,00,0

CAPTAÇÃO LÍQUIDA POR CATEGORIA NO MÊS DE MARÇO

Em R$ Bilhões |Março de 2017

-16,0-20,0-24,0 24,0 28,0

Em março deste ano, a indústria de fundos de investimento registrou entrada líquida de R$ 18,868 bilhões, voltando a apresentar um ritmo bastante significativo.No terceiro mês de 2018, a entrada líquida foi, mais uma

vez, assim como em fevereiro, liderada por Multimercados, com R$ 10,069 bilhões, Em sequência, Ações, com R$ 4,518 bilhões e Previdência com R$ 3,103 bilhões de entrada líquida. No quesito saída líquida, destaque negativo para Renda Fixa com retirada de R$ 2,003 bilhões. Renda Fixa foi a única categoria a apresentar resultado negativo no quesito retirada líquida no terceiro mês do ano.

No primeiro trimestre, a liderança, em termos de captação líquida, fica para Multimercados, com R$ 33,281 bilhões. Logo após vem Ações, que atingiu R$ 8,788 bilhões nos três primeiros meses do ano. FIDC lidera a saída líquida no ano com R$ 4,750 bilhões.

Em 12 meses, o destaque fica para Multimercados, com R$ 99,881 bilhões, seguido de Ações com R$ 48,015 bilhões.

Em termos de rentabilidade, para o mês de março, em Renda Fixa destacou-se Renda Fixa Dívida Externa com alta de 2,42%.

Entre os fundos de Ações, destacou-se Fundo Ações Dividendos, com rentabilidade de 0,88%. Em Multimercados, alta de 1,53% em Multimercados Long and Short Neutro. Na categoria Previdência, o melhor desempenho de janeiro ficou para Previdência Multimercados, com variação de 0,65%.

No trimestre, a liderança em termos de rentabilidade fica para Ações FMP-FGTS com 19,52%. Em Renda Fixa destaque

para Renda Fixa Indexados, que, registrou variação de 3,32%. Em Multimercados destaque para Long and Short Direcional, com alta de 5,86%. Previdência Ações é destaque em sua categoria com crescimento de 11,79% entre janeiro e março.

Em 12 meses, o fundo de maior rentabilidade no geral é Ações FMP-FGTS, com alta de 49,85%.

O patrimônio líquido da indústria de fundos chegou, em março deste ano, a R$ 4,307 trilhões, considerando os fundos Off-Shore, variando 29,32% no ano.

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Revista Suma Economica - Maio 2018 23

SegurosINSURANCE

JAN.2016

JAN.2017

2.611

1.163

1.137

303

260

285

146

382

6.287

2.993

1.253

914

337

289

282

148

391

6.607

14,6

7,7

-19,5

11,3

11,3

-1,0

1,2

2,3

5,1

2017

2018(Fev.) 3,257

Em % | Fevereiro 2018

13,1

27,8

22,7

13,9

7,6

5,9

5,2

3,8

No primeiro bimestre, Seguro Auto mantém destaque

Os dados sobre Prêmio Direto de Seguros Gerais, no que diz respeito ao primeiro bimestre deste ano, foram divulgados e mantiveram o destaque para o ramo Auto,

com prêmios de R$ 5,579 bilhões entre janeiro e fevereiro, uma alta de 13,4% e que levou a categoria a uma participação de 52,8% nos prêmios distribuídos no período. Por setor, em 2017, o ramo vida teve participação de 39,7% do mercado de prêmios diretos, seguido de Prestamista, com 27,5%, e Acidentes Pessoais, com 15,5%. Os demais ramos diretos ficaram divididos em termos de participação da seguinte forma: Dotais com 8,1%; Eventos Aleatórios com 3,0%; Demais Ramos com 6,2%.

Na segunda colocação, com um mix de 21,0%, ficou o ramo patrimonial, com uma alta de 2,3% no primeiro bimestre para os prêmios, com R$ 2,219 bilhões. Importante destacar neste ramo, as altas em Garantia Estendida e em Compreensivo Residencial e Empresarial, que compensaram as queda em Médios e Grandes Riscos.

Com prêmios distribuídos na casa dos milhões, ocuparam as próximas posições no ranking, os ramos Habitacional, Transportes e Riscos Financeiros, com participações de 6,3%, 5,1% e 5,1% respectivamente. Transportes, entre as categorias de maior relevância, foi o de maior crescimento percentual, alta de 18,4% no primeiro bimestre frente ao mesmo período anterior. Porém, a maior alta neste sentido no bimestre foram os 437,8% apresentados pelo ramo Riscos Especiais, que atingiu um prêmio de R$ 145 milhões, tendo agora uma participação de 1,4%.

Com relação ao DPVAT, o primeiro bimestre de 2018 registrou uma queda de 21,5% nos prêmios, chegando a R$ 1,415 bilhão. No ano passado, a retração foi de 32,0%, com R$ 5,935 bilhões em prêmios diretos.

No total, com o DPVT, os prêmios entre janeiro e fevereiro, atingiram R$ 1,989 bilhão, alta de 4,8% frente ao mesmo

período do ano passado. Sem o DPVAT, a alta registrada foi de 9,7%, com R$ 10,574 bilhões.

DADOS DA FENACAPDe acordo com a Federação Nacional de Capitalização

(Fenacap), a receita do setor de capitalização alcançou R$ 3,257 bilhões no primeiro bimestre deste ano, alta de 7,1% em relação ao registrado no mesmo período de 2017. As provisões técnicas chegaram R$ 29,069 bilhões, queda de 0,2%.

Por empresa, em fevereiro, a liderança em receita ficou para o Bradesco, com R$ 908,44 milhões e participação de 27,8% no mercado. A seguir, o Brasilcap, com R$ 737,93 milhões e 22,7% de participação. Com relação às provisões técnicas, a liderança ficou com a Brasilcap, com R$ 9,747 bilhões, seguida do Bradesco, com R$ 7,161 bilhões.

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Revista Suma Economica - Maio 201824

Vendas do ComércioRETAIL SALES

2016 2017 2018

2,5

-4,9

-7,0

-3,2 -4,0

Jan. Mar. Abr.

1,9

Mai.

2,4

Jun.

3,0 3,1

Jul.

3,6

6,45,9

Nov.

3,3 3,2

1,3

Dez. Jan.

Páscoa favorávelAConfederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e

a SPC Brasil divulgaram dados referentes ao movimento do comércio durante a Páscoa. A tendência é de que os

bons números se mantenham durante este ano, talvez não com as altas de dois dígitos nesta base que têm sido registradas, mas garantindo um comportamento sustentado ao setor.

As vendas cresceram 3,4% no período quando comparadas ao movimento do ano passado, após amargar alguns anos de dificuldades. Para se ter uma ideia, em 2015 e em 2016 houve queda nas vendas, e no ano passado a alta foi de apenas 0,93%.

Para as entidades, os números são importantes sinalizadores do comportamento da economia para o primeiro semestre e para o ano. Mesmo sendo um crescimento frente a uma base fraca, indica uma melhora na conjuntura macroeconômica, e baliza o varejo para as datas comemorativas futuras, já que esta foi a primeira do ano, e teve um resultado, embora não efusivo, pelo menos alentador.

Os supermercados também registraram alta das vendas na semana da Páscoa, algo em torno de 2,4%, mas com um destaque importante, a queda nas vendas de Ovos de Páscoa e a alta nas vendas de chocolates em barra.

Importante para vermos como está o varejo é que já neste mês de maio temos o Dia das Mães e iremos ter mais uma amostra de como está sendo o comportamento do consumidor, ou seja, se esta pode estar sendo uma tendência positiva a ser confirmada para o decorrer do ano.

INADIMPLÊNCIA AINDA ALTAA CNDL e a SPC Brasil também divulgaram dados sobre a

inadimplência do consumidor, neste caso, mostrando o comportamento durante o mês de março.

Houve uma alta de 3,13% frente ao número de inadimplentes de março do ano passado, chegando a 62,1 milhões de brasileiros com problemas relacionados ao crédito.

O único destaque apontado pelos analistas das entidades é que parece que o movimento de entrada do consumidor em inadimplência está diminuindo, os seja, o crescimento que está sendo registrado agora está menos significativo do que vinha

sendo apresentado em anos anteriores, sobretudo no auge da crise econômica.

A faixa etária mais negativada, segundo a pesquisa, situa-se entre 30 e 39 anos, com cerca de 51% registrada em algum órgão de proteção ao crédito.

O Sudeste lidera em termos absolutos, com 26,94 milhões de pessoas inadimplentes, mas em termos de percentual da população, o destaque negativo vai para o Norte, onde 46% da população adulta estão inadimplentes.

CONFIANÇA PRATICAMENTE ESTÁVELTambém apresentadas pelas duas entidades os números

sobre confiança do consumidor. Os dados indicam uma estabilidade em 42,2 pontos em março, patamar semelhante ao registrado no mesmo mês em 2017, que ficou em 42,3 pontos. Houve uma ligeira queda em relação ao dado de fevereiro, que fechou em 42,8 pontos. Cabe lembrar que o indicador demonstra um indicativo de otimismo quando supera os 50 pontos.

Para 76% dos consumidores, segundo a pesquisa, há ainda um certo pessimismo em relação ao desenrolar da economia., com desemprego, inflação e juros ainda no radar dos motivos para tal pessimismo.

Considerando essa tendência, pode ser que os dados venham melhorando aos poucos, pois juros parecem estar em queda, há uma tendência de melhora do nível de emprego e a inflação deve subir, mas de maneira moderada e relativamente controlada. Porém, a percepção do consumidor não necessariamente bate com as dos analistas macroeconômicos, bastando ver o alto grau de insatisfação demonstrado, mesmo com os claros sinais de que a economia está melhorando.

DEMANDA DO CONSUMIDOR POR CRÉDITODe acordo com o Serasa, a demanda do consumidor por

crédito cresceu 5,5% em março na comparação com o mesmo mês de 2017. Frente ao mês de fevereiro houve alta de 13,2%. No primeiro trimestre a alta registrada foi de 12,5%.

Na análise por renda em março, todas as faixas tiveram bom desempenho, com a faixa até R$ 500 apresentando alta

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Revista Suma Economica - Maio 2018 25

Vendas do ComércioRETAIL SALES

Variação do volume por ramo de atividade, em fevereiro

2017 2018

3,4 3,1 2,4 1,2

2,0%

6,0%

20,0%

4,3% 5,8% 3,2%

-5,8%

-7,0%-5,6%

12,0

RR

10,0

RS

9,5

AC

9,5

MA

9,3

SC

9,2

PA

8,6

RO

-3,6

MS

-4,4

PB

-8,2

DF

8,0

PI2,9

MT1,3

BR0,8MG GO

-9,7

SE SPAP0,10,6

CE PE-1,4-1,3-1,3

AL -3,1

BA-2,0

RJ-1,6

RN

8,9

AM

11,4

TO

19,7

ES

16,9

PR

3,4

5,1

8,3%

4,5

1,0

4,62,6

Abr. Mai. Jun. Ago. Set. Out.Jul. Nov. Dez.

3,31,6

Jan. Fev.

significativa de 28,1%. Nas restantes todas as acelerações foram em torno de 3%.

Na comparação com fevereiro, alta de dois dígitos em todas as faixas de renda. No ano, também dois dígitos em todas as faixas com destaque para a alta de 35,2% no corte até R$ 500.

Por região, em março frente ao mesmo mês de 2017, alta generalizada, com o Nordeste mantendo destaque, mesmo não apresentando o mesmo desempenho do primeiro bimestre. Em março a aceleração foi de 11,2%. Na comparação com fevereiro houve alta em todas, não sendo de dois dígitos apenas no Nordeste. Nos três primeiros meses do ano, crescimento nas cinco regiões do país, com o Nordeste liderando: 19,5%

VENDAS DE VEÍCULOSDe acordo com a ANFAVEA, o licenciamento de autoveículos

nacionais e importados novos (automóveis, utilitários, caminhões e ônibus) foi de 207,365 mil unidades em março, decomposta em 24,430 mil importados e 182,935 mil nacionais, e um alta de 9,6% frente ao mesmo mês de 2017. Na comparação com fevereiro, houve uma aceleração de 32,2%%. O resultado do primeiro trimestre aponta um licenciamento de 545,536 mil veículos novos, alta de 15,6% frente ao resultado do mesmo período do ano passado.

Especificamente para caminhões foram 5,932 mil unidades comercializadas em março, alta de 44,5% frente ao mesmo mês

de 2017. Sobre fevereiro houve crescimento de 46,8%. O resultado acumulado dos três primeiros meses do ano ficou 14,533 mil unidades, crescimento de 50,4% em comparação com o registrado no primeiro trimestre de 2017.

NÚMEROS DO IBGE PARA FEVEREIROEm fevereiro, as vendas do comércio cresceram 1,3% na

comparação com o mesmo mês de 2017, com um desempenho significativo de Móveis e Eletrodomésticos (sobretudo eletrodomésticos) e de Hiper e Supermercados.

Na comparação com janeiro, o varejo apresentou queda de 0,2%, influenciada por Combustíveis e Lubrificantes e Hiper e Supermercado, além de Tecidos, Vestuário e Calçados.

O resultado acumulado em 12 meses aponta uma alta de 2,8%. No primeiro bimestre, o crescimento foi de 2,3%, com destaque positivo para Móveis e Eletrodomésticos. Pelo lado negativo, queda de 5,5% em Combustíveis e Lubrificantes, ramo de grande peso na composição do índice geral.

O varejo ampliado registrou alta de 5,2% em fevereiro, em virtude do bom desempenho de Veículos e Motos, com aceleração de 20,0%. Construção Civil cresceu 6,0%. O varejo ampliado tem alta de 5,9% no primeiro bimestre e de 5,4% em 12 meses. No ano, a vendas de veículos, motos, partes e peças chegam a uma alta de 19,0%,

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Revista Suma Economica - Maio 201826

Produção IndustrialINDUSTRIAL PRODUCTION

Fevereiro de 2018em %

2017 2018

0,1 7,8-0,7 1,51,2 4,41,7 15,6-0,6 1,60,2 2,8

0,2

2,8

12,6 7,22,9 2,15,3 3,617,9 14,22,2 1,14,3 3,0

Ainda tentando embalar

AAssociação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) divulgou em abril dados do primeiro bimestre de 2017 para o setor. De acordo com a

associação, a produção cresceu 5,7% nos dos primeiros meses do ano, o que segundo eles, está aquém do esperado, inclusive com a indicação de que em fevereiro, frente ao mês anterior, foi registrada uma queda de 0,4%.

A Abiplast afirma que as empresas têm sofrido com margens pouco atrativas, sobretudo pelos preços altos das matérias-primas e pela alta ociosidade, com a utilização da capacidade instalada em torno de 70,0%.

O alento veio da melhora da produtividade do setor, e da maior contratação de mão de obra. A produtividade maior no chão de fábrica é que está trazendo, segundo a associação, um crescimento da produção do setor.

A expectativa é de uma alta de 3,0% em 2018, ainda bastante longe de fazer o setor se recuperar das perdas com a queda de 11,0% registrada em 2016. No ano passado, a alta foi de 2,5%.

IMPORTAÇÃO X PRODUÇÃO LOCALO setor têxtil e de vestuário apresentou queda de 7,5%

na produção do primeiro bimestre deste ano, enquanto o varejo do setor apresentou ligeira alta de 0,2%.

Se o ritmo do varejo começa a dar sinais de melhora, não se pode dizer isso da indústria, mesmo ela tendo crescido no ano passado após três anos de queda.

A explicação está na concorrência das importações. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), as importações no mercado paulista, que representa 30% do mercado nacional, cresceram 17,3% no primeiro trimestre, o que indica uma concorrência bastante significativa para a indústria local, mesmo com esta indústria tendo recebido benefícios importantes com a redução de alíquotas de ICMS.

Segundo a associação, os preços importados estão mais baixos que o nacional, e a formação de estoques dos lojistas com o produto importado impede que a indústria nacional escoe a sua produção.

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Revista Suma Economica - Maio 2018 27

Produção IndustrialINDUSTRIAL PRODUCTION

A expectativa para 2018 é de uma alta de 2,5% na produção de vestuário.

PRODUÇÃO DE AÇO BRUTOEm março, a produção nacional de aço bruto atingiu

3,065 milhões de toneladas, alta de 7,7% frente ao mesmo mês de 2017. Em 12 meses, a produção chegou a 34,754 milhões de toneladas produzidas. No primeiro trimestre foram 8,645 milhões de toneladas, alta de 4,9%.

No terceiro mês do ano foram 1,265 milhão de toneladas de laminados planos e 831 mil toneladas de laminados longos, altas de 6,0% e de 11,2% respectivamente frente ao mesmo mês do ano anterior. Em 12 meses, a produção de laminados planos atingiu 13,920 milhões de toneladas, enquanto a de longos ficou em 8,890 milhões de toneladas. Nos três primeiros meses do ano, foram 3,511 milhões de toneladas de planos e 2,300 milhões de toneladas de longos.

O primeiro trimestre apontou o Rio de Janeiro na liderança da produção de aço bruto, com 2,686 milhões de toneladas, seguido bem de perto por Minas Gerais com 2,645 milhões de toneladas. Na sequência vem o Espírito Santo com 1,738 milhões de toneladas. A região Sudeste respondeu, entre janeiro e março, por 87,5% do total produzido no país.

As vendas no mercado interno cresceram 6,7% em março na comparação com o mesmo mês de 2017, chegando a 1,584 milhão de toneladas. O resultado acumulado dos três primeiros meses do ano também registrou alta (de 11,4%), ficando em 4,414 milhões de toneladas.

Em laminados planos foram 2,639 milhões de toneladas em vendas no primeiro trimestre enquanto para laminados longos as vendas internas chegaram a 1,702 milhão de toneladas.

O consumo aparente ficou em 5,0 milhões de toneladas até março, alta de 9,6% frente ao mesmo período do ano passado. As importações ficaram em 588 mil toneladas, queda de 7,7%. Foram US$ 646 milhões no primeiro trimestre do ano, alta de 23,5%. As exportações renderam US$ 2,2 bilhões, com 3,6 milhões de toneladas embarcadas, queda de 6,4% em volume e alta de 16,4% em valor.

PRODUÇÃO AUTOMOBILÍSTICADe acordo com a Associação Nacional de Veículos

Automotores (Anfavea), a produção total de autoveículos atingiu 267,460 mil unidades em março, aumento de 13,5% em relação ao resultado do mesmo mês de 2017. Frente ao mês de fevereiro, alta de 25,3%. No primeiro trimestre foram 669,657 mil unidades, 14,6% acima do registrado no mesmo período do ano passado.

Deste total, para caminhões, a produção chegou a 9,947 mil unidades no terceiro mês do ano, mostrando alta de 67,1% na comparação com março de 2017 e alta de 28,0% frente ao mês de fevereiro. No primeiro trimestre foram 24,427 mil unidades, alta de 55,1% frente ao registrado no mesmo período de 2017.

NÚMEROS DO IBGEA produção industrial brasileira cresceu 2,8% em

fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2017, influenciada alta de 15,6% em Bens de Consumo Duráveis e de 7,8% em Bens de Capital. A variação em Bens Intermediários foi de 1,5%.

Por ramo, importantes destaques para Veículos Automores, Materiais de Informática, Metalurgia, Celulose, entre outros.

Em relação ao mês de janeiro, a indústria registrou alta de 0,2%, com importante desempenho, de Bens de Consumo Duráveis, que fechou com alta de 1,7%. Nesta

PRODUÇÃO NACIONAL DE AUTOVEÍCULOS2015

2016

2017

2018

JAN

205305

JAN

148693

JAN

174713

JAN

216834

MAI

213843

MAI

177159

MAI

250.872

MAI

OUT

205068

OUT

175710

OUT

249932

OUT

MAR

255866

MAR

198830

MAR

235.433

MAR

267460

JUL

224140

JUL

190612

JUL

225518

JUL

DEZ

142848

DEZ

200887

DEZ

213707

DEZ

FEV

206400

FEV

144183

FEV

200385

FEV

213480

JUN

188185

JUN

184483

JUN

212328

JUN

NOV

175114

NOV

216297

NOV

249089

NOV

ABR

220272

ABR

171517

ABR

189.547

ABR

SET

174611

SET

170304

SET

236944

SET

AGO

217769

AGO

178704

AGO

260914

AGO

Page 7: MUTUAL FUNDS Pelo segundo mês seguidoOs supermercados também registraram alta das vendas na semana da Páscoa, algo em torno de 2,4%, mas com um destaque importante, a queda nas

Revista Suma Economica - Maio 201828

Produção IndustrialINDUSTRIAL PRODUCTION

PRINCIPAIS SEGMENTOS INDUSTRIAIS (2018)

Indústria Geral --> 102,8 | Extra�va Mineral --> 94,5 | Transformação --> 104,1Produtos Alimentares--> 102,3 | Bebidas-->110,0 | Fumo--> 99,4 | Têx�l--> 101,3

Madeira--> 119,3 | Celulose, Papel e Papelão--> 111,6 | Farmacêu�ca--> 99,8 Perfumaria, Sabões e Detergentes-->110,6 | Borracha e Plás�co-->105,7

Minerais não-metalicos-->100,4| Metalúrgica-->108,3 | Mobiliário-->107,6

Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Set.

base, o peso da indústria extrativa foi determinante para a pequena aceleração, já que o ramo registrou queda de 5,2%.

No primeiro bimestre, a alta da produção industrial ficou em 4,3%, com influência significativa de Bens de Consumo Duráveis (+17,9%) e de Bens de Capital (+12,6%).

Em 12 meses, o cenário aponta um crescimento de 3,0% na indústria geral, com Bens de Consumo Duráveis sendo a única categoria com dois dígitos de alta.

A tendência para os próximos meses é de que a recuperação mantenha-se em ritmo lento, mas com perspectivas interessantes, sobretudo com a composição prevista para a conjuntura econômica, com inflação controlada e juros baixos. O consumo das famílias será importante balizador, na medida em que a renda melhore e o desemprego caia. Por enquanto, a recuperação do consumo ainda é modesta.

As importações do setor industrial mantêm bom ritmo, assim como as perspectivas para as exportações, sobretudo se a economia argentina mantiver-se firme, já que está tendo alguns abalos no setor agrícola.

NÚMEROS REGIONAISEm fevereiro deste ano, na comparação

com o mesmo mês do ano anterior, a produção industrial regional indicou a liderança da indústria amazonense, com alta de 16,2% e suporte do setor de informática e eletrônicos, seguida por Santa Catarina com elevação de 6,2%. Nesta base, o destaque negativo ficou para a quedas de 6,4% na produção industrial mineira e de 6,3% na capixaba.

Na comparação com janeiro poucas altas registradas, com destaque para o Paraná, cuja produção industrial cresceu 3,3%. Pelo lado negativo, retração de 10,9% na indústria paraense.

No ano, liderança folgada da produção industrial amazonense com 24,5%, única alta de dois dígitos. Pelo lado negativo, a produção capixaba registrou queda de 7,8% no primeiro bimestre.

Em 12 meses, o Pará ainda lidera com uma alta de 9,9%,vindo o Amazonas em sequência, com 6,9%.

Page 8: MUTUAL FUNDS Pelo segundo mês seguidoOs supermercados também registraram alta das vendas na semana da Páscoa, algo em torno de 2,4%, mas com um destaque importante, a queda nas

Revista Suma Economica - Maio 2018 29

Produção IndustrialINDUSTRIAL PRODUCTION

Em %

2,8

16,2

2,82,0

-6,4

-1,0-0,2

5,0

-6,3

3,22,4

3,0

0,3

6,24,8

0,2

-5,9

-1,1

0,0

-2,8

10,9

3,31,3 2,6 1,2

-0,1

0,90,9

-0,7 -0,5

Acumulado em 12 meses

3,0

6,9

0,5

3,1

-0,4

0,7

9,9

3,3

-1,8

0,0

4,1

0,9

5,14,4

3,0

Em Fevereiro de 2017

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Revista Suma Economica - Maio 201830

Bens de Capital Bens de ConsumoBens IntermediáriosGeral Extrativa Mineral Transformação

Produção IndustrialINDUSTRIAL PRODUCTION

Período Acumul. 12 Acumul. 12 Acumul. 12 Acumul. 12 Acumul. 12 Acumul. 12 até o mês meses até o mês meses até o mês meses até o mês meses até o mês meses até o mês meses

NÍVEL DE ATIVIDADE INDUSTRIAL

- Variação Acumulada até o mês: compara a produção acumulada no ano, de janeiro até o mês de referência do índice, com igual período do ano anterior.- Variação Acumulada em 12 meses: compara a produção acumulada nos últimos 12 meses de referência do índice, com igual período do ano anterior.

DEZ/14 -3,20 -3,20 5,70 5,70 -4,30 -4,30 -9,60 -9,60 -2,70 -2,70 -2,50 -2,50

JAN -5,20 -3,50 10,40 6,40 -7,30 -4,70 -16,40 -10,90 -2,40 -2,70 -7,40 -2,90

FEV -7,10 -4,50 10,90 7,20 -9,30 -5,90 -21,10 -13,50 -3,20 -3,00 -10,30 -4,60

MAR -5,90 -4,70 10,30 7,30 -7,90 -6,10 -18,00 -13,80 -2,80 -3,20 -8,40 -5,00

ABR -6,30 -4,80 10,50 7,80 -8,40 -6,30 -19,70 -14,50 -2,90 -3,00 -9,10 -5,40

MAI -6,60 -5,30 9,90 7,90 -9,00 -6,90 -20,60 -15,80 -3,40 -3,20 -9,60 -6,20

JUN -6,30 -5,00 9,40 8,40 -8,30 -6,60 -20,00 -15,40 -3,10 -3,10 -8,60 -5,60

JUL -6,60 -5,30 8,40 8,10 -8,50 -7,00 -20,90 -16,80 -3,40 -3,20 -8,70 -6,20

AGO -6,90 -5,70 7,70 7,70 -8,80 -7,40 -22,40 -18,40 -3,70 -3,40 -8,80 -6,50

SET -7,40 -6,50 7,30 7,30 -9,20 -8,20 -23,60 -20,40 -4,10 -3,90 -9,10 -7,50

OUT -7,80 -7,20 6,30 6,50 -9,60 -9,00 -24,50 -22,30 -4,50 -4,40 -9,50 -8,60

NOV -8,10 -7,70 4,70 5,20 -9,70 -9,30 -25,10 -24,10 -4,90 -4,60 -9,50 -9,00

DEZ/15 -8,30 -8,30 3,90 3,90 -9,90 -9,90 -25,50 -25,50 -5,20 -5,20 -9,40 -9,40

JAN -13,80 -9,00 -16,80 1,30 -13,30 -10,40 -35,90 -27,00 -11,90 -6,00 -11,90 -9,90

FEV -11,80 -9,00 -14,60 -0,60 -11,30 -10,20 -30,80 -27,10 -10,10 -6,30 -29,00 -20,00

MAR -11,70 -9,70 -15,30 -2,80 -11,10 -10,70 -28,90 -28,30 -10,30 -7,00 -9,80 -10,00

ABR -10,50 -9,60 -15,00 -4,60 -9,80 -10,30 -25,90 -27,90 -9,60 -7,30 -8,30 -9,30

MAI -9,80 -9,50 -14,40 -6,20 -9,00 -10,00 -23,00 -26,90 -9,20 -7,60 -7,50 -8,70

JUN -9,10 -9,80 -14,00 -7,90 -8,40 -10,10 -20,10 -26,60 -8,80 -8,10 -6,70 -8,80

JUL -8,70 -9,60 -13,40 -9,00 -8,00 -9,70 -18,50 -24,70 -8,30 -8,10 -6,90 -8,60

AGO -8,20 -9,30 -13,10 -10,30 -7,40 -9,20 -15,90 -21,90 -8,00 -8,30 -6,50 -8,20

SET -7,80 -8,80 -12,60 -11,30 -7,00 -8,50 -15,00 -19,80 -7,60 -8,10 -6,40 -7,60

OUT -7,70 -8,40 -12,10 -11,90 -7,00 -7,90 -14,40 -17,40 -7,40 -8,00 -6,50 -7,10

NOV -7,10 -7,50 -10,80 -10,80 -6,50 -7,00 -13,20 -14,70 -6,80 -7,10 -6,10 -6,40

DEZ/16 -6,60 -6,60 -9,40 -9,40 -6,10 -6,10 -11,10 -11,10 -6,30 -6,30 -5,90 -5,90

JAN 1,40 -5,40 12,50 -7,30 -0,30 -5,20 3,30 -7,90 0,80 -5,50 2,30 -4,80

FEV 0,30 -4,80 8,70 -6,10 -0,90 -4,60 3,70 -5,20 -0,80 -4,90 1,70 -4,30

MAR 0,60 -3,80 8,20 -4,30 -0,50 -3,70 4,40 -2,30 -0,40 -4,20 1,50 -3,40

ABR -0,70 -3,60 7,20 -2,70 -1,80 -3,70 1,90 -1,20 -1,00 -3,80 -0,80 -3,70

MAI 0,50 -2,40 6,30 -1,40 -0,30 -2,60 3,50 0,90 -0,30 -2,90 1,10 -2,30

JUN 0,50 -1,90 6,00 0,00 -0,20 -2,20 2,90 1,00 -0,10 -2,10 0,90 -2,10

JUL 0,80 -1,10 5,20 1,00 0,20 -1,40 3,70 2,80 0,00 -1,70 1,40 -1,00

AGO 1,50 -0,10 6,60 3,50 0,80 0,00 4,40 3,10 0,70 -0,60 2,10 -0,20

SET 1,60 0,40 6,10 4,60 0,90 -0,20 4,50 3,90 0,70 -0,30 2,40 0,80

OUT 1,90 1,50 5,80 5,80 1,40 0,90 5,60 6,00 0,90 0,70 2,90 2,10

NOV 2,30 2,20 5,30 5,50 1,90 1,70 5,80 6,50 1,40 1,20 3,20 2,90

DEZ/17 2,50 2,50 4,60 4,60 2,20 2,20 6,00 6,00 1,60 1,60 3,20 3,20

JAN/18 5,70 2,80 -0,10 3,50 6,70 2,60 18,30 6,90 4,20 1,80 6,20 3,40

FEV 4,30 3,00 -2,70 2,60 5,40 3,00 12,60 7,20 2,90 2,10 5,30 3,60

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Revista Suma Economica - Maio 2018 31

Câmbio & Comércio ExteriorENCHANGE RATES & FOREING COMMERCE

Boa rentabilidade das exportações

223.907

158.193

18

Enquanto o real mantém a sua escalada de desvalorização frente ao dólar, a rentabilidade das exportações permanece em alta, com avanços importantes durante

este início de ano. Os preços de exportação estão melhores, de acordo com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) e, além disso, os custos de produção praticamente não se alteraram no período, indicado pela queda dos índices de preços ao produtor.

Importante destacar que este cenário reflete a conjuntura da indústria extrativa e de exportação, que mantêm boa rentabilidade. No caso da agricultura e da pecuária, segundo a Funcex, o cenário diverge dos setores anteriormente citados. Nos dois ramos, embora os custos de produção estejam estáveis, os preços de exportação têm sofrido boa desvalorização.

Na indústria, alguns ramos são destaque. Números do primeiro bimestre apontam que Petróleo e Gás, Têxtil, Metalurgia e Celulose fecharam o período com boas margens. De 29 segmentos analisados, 21 apresentaram este cenário.

IMPORTAÇÕES AVANÇAM NA INDÚSTRIAO Instituto de estudo para o Desenvolvimento

Industrial (Iedi) divulgou relatório sobre o comportamento das importações nos diversos segmentos da indústria de transformação.

De acordo com o instituto, as importações do setor cresceram 11,8% no primeiro trimestre deste ano, enquanto a produção de bens intermediários no primeiro bimestre apresentou aceleração de 2,9%. O déficit comercial entre janeiro e março foi de US$ 2,5 bilhões, mesmo com o avanço de 12,6% nas exportações.

Alguns segmentos se destacam quanto ao avanço das importações no primeiro trimestre deste ano. Produtos Metálicos viu as suas compras externas avançarem 26,6% até março, enquanto Borracha e Plástico apresentou aceleração de 18,3%. Têxteis, Couro e Calçados cresceu 17,7%. Importante destacar também o aumento das importações de veículos automotores em 11,5%, mostrando um cenário bastante favorável ao setor, tanto em produção quanto para o consumo aparente.

Outro destaque bastante relevante vai para o ramo de material de escritório e de informática. A alta de 27,1% nas importações do primeiro trimestre deste ano é reflexo de um setor, segundo o Iedi, estruturalmente dependente do exterior, já que o ramo de informática, como o de eletrônicos, é altamente sujeito ao ciclo rápido de inovação tecnológica, demandando sempre uma rapidez da chegada da novidade em nosso mercado via importações.

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Revista Suma Economica - Maio 201832

Câmbio & Comércio ExteriorENCHANGE RATES & FOREING COMMERCE

COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO em US$ milhões

EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES SALDO COM.

Período No Mês No Mês No Mês12 Meses 12 Meses 12 Meses

DEZ 16.783 191.134 10.543 171.453 6.240 19.681 JAN/16 11.246 188.676 10.323 164.898 923 23.778 FEV 13.348 189.931 10.305 160.271 3.043 29.660 MAR 15.994 188.944 11.559 155.311 4.435 33.633 ABR 15.374 189.150 10.513 151.157 4.861 37.993 MAI 17.571 189.947 11.134 148.280 6.437 41.667 JUN 16.743 187.042 12.770 145.950 3.974 41.092 JUL 16.331 184.555 11.752 141.555 4.578 43.301 AGO 16.989 186.361 12.849 141.612 4.140 44.749 SET 15.790 185.999 11.987 140.391 3.803 45.609 OUT 13.721 183.677 11.375 137.713 2.346 45.965 NOV 16.220 186.090 11.463 136.568 4.758 49.522 DEZ 15.941 185.244 11.525 137.552 4.415 47.692 JAN/17 14.911 188.933 12.187 139.420 2.727 49.514 FEV 15.472 191.038 10.912 140.027 4.560 51.011 MAR 20.085 195.129 12.940 141.410 7.145 53.719 ABR 17.686 197.440 10.717 141.620 6.969 55.820 MAI 19.792 199.654 12.131 142.622 7.661 57.033 JUN 19.788 202.699 12.593 142.447 7.195 60.252 JUL 18.769 205.136 14.471 143.165 6.298 61.971 AGO 19.475 207.616 13.876 144.188 5.599 63.428 SET 18.666 210.478 13.488 145.688 5.178 64.789 OUT 18.877 215.638 13.676 147.992 5.201 67.645 NOV 16.688 216.095 13.142 149.672 3.546 66.424 DEZ 17.595 217.746 12.598 150.745 4.998 67.001 JAN/18 16.968 219.799 14.199 152.751 2.768 67.048 FEV 17.315 221.645 12.408 154.246 4.907 67.399 MAR 20.089 221.658 13.809 155.118 6.281 66.540 ABR 19.932 223.907 13.790 158.193 6.142 65.715

Crescimento:

Mês/mesmomês ano ant.

Em 12 meses

12,70 ---- 28,67 ---- -11,87 ---- ---- 1,13 ---- 11,70 ---- 17,73

4.907

6.281

7.661 7.195

6.298

5.5995.168 5.201

3.546

4.998

2.768

Out. Jan./2018 Fev.

6.142

Abr.

NÚMEROS DAS TRANSAÇÕES CORRENTES E DO IDP

Em março, as transações correntes tiveram um superávit de US$ 798 milhões. Em 12 meses o déficit ficou em US$ 8,337 bilhões, ou –0,41% do PIB. No primeiro trimestre, o déficit chegou a US$ 3,219 bilhões. Para 2018, a previsão está mantida em um déficit torno de US$ 23,3 bilhões, o que representará -1,09% do PIB.

O IDP de março de 2018 ficou em US$ 6,539 bilhões, levando o resultado em doze meses para US$ 64,298 bilhões ou 3,13% do PIB. No primeiro trimestre, o resultado ficou em US$ 17,747 bilhões. A projeção é de uma entrada de US$ 80 bilhões em 2018, ou 3,75% do PIB.

EXPORTAÇÃO DE AUTOVEÍCULOSA exportação brasileira de autoveículos atingiu

67,488 mil unidades em março deste ano, queda de 2,6% frente ao mesmo mês de 2017. Frente ao mês de fevereiro, alta de 1,8%. No primeiro trimestre foram 180,200 mil veículos, alta de 3,3% frente ao registrado no mesmo período do ano passado.

Especificamente para caminhões, as vendas externas chegaram a 2,757 mil unidades no terceiro mês do ano, crescimento de 3,8% frente ao mesmo mês de 2017. Na comparação com fevereiro, alta de 2,0%. No trimestre, alta de 25,3% na comparação com o mesmo período de 2017, chegando 7,324 mil unidades.

Para ônibus, as vendas externas atingiram 1,046 unidades em março. No trimestre, 2,473 mil unidades, alta de 51,2%.