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N-1965 REV. A MAI / 99 PROPRIEDADE DA PETROBRAS 21 páginas MOVIMENTAÇÃO DE CARGA COM GUINDASTE Procedimento Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior. Esta Norma é a Revalidação da revisão anterior. Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela adoção e aplicação dos itens da mesma. CONTEC Comissão de Normas Técnicas Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico- gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo. SC – 23 Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada]. Inspeção de Sistemas e Equipamentos em Operação Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão Autora. As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma. “A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade industrial.” Apresentação As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho – GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia, Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

N-1965 - Movimentação de carga com guindaste

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N-1965 REV. A MAI / 99

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 21 páginas

MOVIMENTAÇÃO DECARGA COM GUINDASTE

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Esta Norma é a Revalidação da revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do textodesta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pelaadoção e aplicação dos itens da mesma.

CONTECComissão de Normas

Técnicas

Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve serutilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução denão seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário destaNorma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outrosverbos de caráter impositivo.

SC – 23

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nascondições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidadede alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. Aalternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuáriodesta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [PráticaRecomendada].

Inspeção de Sistemas eEquipamentos em Operação

Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuirpara o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - SubcomissãoAutora.

As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - SubcomissãoAutora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, aproposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadasdurante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIROS.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reproduçãopara utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorizaçãoda titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. Acirculação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo eConfidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedadeindustrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelosRepresentantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas portécnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) eaprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dosÓrgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnicaPETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve serreanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicasPETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Parainformações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas TécnicasPETROBRAS.

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PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-1965 REV. A MAI/99 é a Revalidação da NormaPETROBRAS N-1965 REV. Ø JUN/84, não tendo sido alterado o seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a execução dos serviços de movimentaçãode carga em terra, com utilização de guindastes móveis.

1.2 Esta Norma se aplica a serviços de movimentação de carga com guindaste, a partir dadata de sua edição.

1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Mandatórios.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para apresente Norma.

PETROBRAS N-133 - Soldagem;PETROBRAS N-269 - Montagem de Vaso de Pressão;PETROBRAS N-1590 - Ensaio Não-Destrutivo - Qualificação de Pessoal;PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquido Penetrante;PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual;PETROBRAS N-1644 - Construção de Fundações e Estruturas de Concreto

Armado;PETROBRAS N-2161 - Inspeção em Serviço de Cabos de Aço;ABNT NB 27 - Prova de Carga Direta sobre Terreno de Fundação;ANSI B30.5 - Crane, Locomotive and Truck Cranes.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.24.

3.1 Acessórios de Movimentação

Qualquer dispositivo utilizado na movimentação de carga, situado entre a carga e o cabo deelevação, tais como: moitões, estropos, manilhas, balanças, grampos, destorcedores, olhais desuspensão, cintas e ganchos.

3.2 Cabo de Carga (“Hoist Rope”)

Cabo principal de levantamento.

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3.3 Cabo Estacionário (“Pendant Line” - “Jib Stay Line”)

Cabo auxiliar que mantém constante a distância entre os pontos de amarração dos2 componentes unidos por este cabo (tirante, estaiamento do jibe).

3.4 Cabo do Jibe (“Whip Line” ou “Auxiliary Hoist Line”)

Cabo auxiliar de levantamento.

3.5 Cabo da Lança (“Boom Hoist Wire Rope”)

Cabo de levantamento da lança.

3.6 Capacidade Nominal da Máquina

Capacidade máxima indicada pelo fabricante para uma determinada configuração, isto é,comprimento de lança e raio de carga definidos ou exigidos pela norma de fabricação damáquina.

3.7 Capacidade da Máquina (“Rated Load”)

Capacidade indicada na tabela de carga do fabricante para uma determinada configuração,isto é, comprimento da lança e raio de carga definidos.

3.8 Carga (“Load”)

Todo e qualquer corpo, objeto de movimentação.

3.9 Jibe (“Jib”)

Extensão fixada à ponta da lança com a finalidade de aumentar o raio de carga da máquina.

3.10 Lingada (“Sling”)

Conjunto de estropo(s) com manilha(s) utilizado para amarrar a carga ao gancho.

3.11 Moitão (“Block”)

Polia ou polias formando um conjunto único móvel que serve para acoplar o cabo de cargaa(s) lingada(s).

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3.12 Moitão Principal (“Load Block-Lower” ou “Hock Block”)

Conjunto formado por moitão, manilha ou gancho, este com ou sem destorcedor (“Swivel”),suspenso pelo cabo de carga.

3.13 Moitão Secundário (“Load Block-Upper”)

Conjunto formado por moitão, manilha ou gancho, este com ou sem destorcedor (“Swivel”),fixado na ponta da lança.

3.14 Obstáculo

Qualquer acidente topográfico, instalações elétricas e subterrâneas, construção ou unidadeindustrial que interfira com a movimentação de carga.

3.15 Patola (“Outrigger”)

Braços extensíveis ou fixos montados na máquina para aumentar a sua estabilidade ecapacidade.

3.16 Pé da Lança (“Inner” ou “Lowar Boom”)

Parte da lança fixada à superestrutura da máquina.

3.17 Peso da Carga

Aquele obtido através de pesagem da carga ou do desenho certificado de fabricação da carga.

3.18 Peso de Movimentação

Peso total ou parcial máximo da carga acrescido do peso de todos os acessórios delevantamento (moitões, balanças, manilhas) suspenso na ponta da lança de uma máquinadurante uma operação de movimentação de carga.

3.19 Plano de Movimentação de Carga

Um dos documentos, integrante do procedimento de movimentação de carga da executante,constituído de desenho(s), em escala, com vistas de planta e elevação.

3.20 Procedimento de Movimentação de Carga da Executante

Documento emitido pela firma executante que define os parâmetros e as condições deexecução dos serviços de movimentação de carga.

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3.21 Quadrantes

Regiões definidas pelas retas que passam pelo centro de giro e da máquina pelos centros deapoio das sapatas das patolas estendidas.

3.22 Raio de carga

Distância entre o centro de giro da máquina e a vertical que passa pela ponta da lança e ocentro de massa da carga suspensa.

3.23 Sobre-Cabine

Quadrante que abrange a região compreendida entre as patolas dianteiras.

3.24 Superestrutura

Estrutura com parte rotativa onde são montados os mecanismos de acionamento da máquinae/ou cabine de operação.

4 DOCUMENTAÇÃO

4.1 Procedimento de Movimentação de Carga

4.1.1 O procedimento de movimentação de carga deve ser elaborado em conformidade comos documentos de projeto, com as recomendações do fabricante dos equipamentos e com oitem 4.1.2 e deve conter os seguintes itens mínimos, quando aplicáveis.

4.1.1.1 Plano de movimentação de carga contendo, desenhos, escala, com vistas de planta eelevação, com, no mínimo, as seguintes informações:

a) coordenadas e elevação da base do equipamento, construções e eventuaisobstáculos (atenção especial a redes elétricas e instalações subterrâneas);

b) dimensões e elevações das extremidades do equipamento de movimentação decarga (contrapeso, caminhão, lança, mastro e patolas/esteiras);

c) detalhes de fixação e/ou estaiamento do equipamento de movimentação decarga;

d) lista indicando quantidades, especificações e capacidades de todos os materiais eacessórios de movimentação a serem utilizados na operação;

e) indicação dos pontos de amarração da carga;f) indicação do tipo de preparação do terreno na área de operação, indicando

inclusive a necessidade ou não do uso dos pranchões (matis);g) seqüência de liberação do(s) equipamento(s) de movimentação de carga em

função da seqüência de montagem;

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h) posições iniciais e finais em coordenadas dos centros de giro e dos pés daslanças dos equipamentos de movimentação de carga, envolvidos nas fases demovimentação;

i) indicação em metros dos raios de carga dos equipamentos de movimentação decarga envolvidos;

j) indicação do acesso e deslocamentos dos equipamentos de movimentação decarga na área de operação;

k) indicar a folga mínima do moitão com as polias da ponta da lança;l) vista(s) indicando a(s) seguinte(s) folga(s) mínima (s):

- lança x carga;- lança(s) x obstáculo(s);- cabo de carga x obstáculos,- acessórios de movimentação x lança;- acessórios de movimentação x obstáculos;

m) dimensões e posições da carga em cada fase de operação;n) peso da carga;o) peso de movimentação;p) tabela indicando para cada fase de movimentação e para cada equipamento de

movimentação de carga envolvido, os seguintes dados:- modelo e capacidade nominal do equipamento de movimentação de carga;- tipo e composição da lança;- tipo e composição do mastro;- tipo e composição do jibe;- raios de trabalho e correspondentes capacidades;- tipo de contrapeso;- tabela de carga utilizada;- fatores de segurança utilizados nos cálculos de dimensionamento dos

acessórios de movimentação.

4.1.1.2 Memória de cálculo de acessórios de levantamento (balanças, olhais).

4.1.1.3 Memória de cálculo de peso de levantamento e do centro de gravidade da carga.

4.1.1.4 Memória de cálculo da verificação estrutural da peça a ser levantada em relação aoponto de amarração.

4.1.1.5 Memória de cálculo das pressões atuantes pelo equipamento de movimentação decarga sobre o terreno.

4.1.1.6 Memória de cálculo de verificação de resistência estrutural de juntas soldadas noacoplamento.

4.1.1.7 Relatório de prova de carga direta sobre terreno de fundação (ABNT NB 27) nasáreas de operação de movimentação de carga.

4.1.1.8 Memorial descritivo abordando todas as fases de movimentação de carga.

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4.1.1.9 Certificado do teste de todos os acessórios de movimentação.

4.1.2 O procedimento de movimentação de carga da executante deve atender, ainda, aosseguintes requisitos adicionais:

a) as folgas entre lança e carga, lança e obstáculos, cabo de carga e obstáculos,acessórios de movimentação de lança, acessórios de movimentação e obstáculosdevem ser de, no mínimo, 500 mm;

b) moitão não deve forçar as polias da ponta da lança, em qualquer fase dolevantamento da carga;

c) deve ser prevista proteção para pontos onde os cabos entram em contato com acarga;

d) em nenhum instante da movimentação, a capacidade da máquina deve sersuperada pelo peso de movimentação;

e) equipamento de movimentação de carga deve operar dentro dos quadrantespermitidos pelo fabricante;

f) as lingadas não devem introduzir componentes de força inadmissíveis na carga;g) as capacidades dos acessórios de movimentação a serem utilizados devem ser

compatíveis com as cargas aos quais estão sujeitos.

4.2 Ficha de Identificação de Equipamentos de Movimentação de Carga

A ficha deve conter, no mínimo, as seguintes informações, quando aplicáveis (ver modelo noANEXO A):

a) identificação;b) características;c) contrapeso;d) indicação do horímetro;e) relação de acessórios;f) data de liberação.

4.3 Ficha de Inspeção para Liberação de Equipamentos de Movimentação de Carga

A ficha deve conter informações sobre as inspeções a serem realizadas contendo os seguintesitens:

a) cabine do equipamento de movimentação quanto a funcionamento, trincas,empenos e amassamentos;

b) conjunto moto-propulsor (motor, conversor de torque e transmissão) quanto afuncionamento, vazamentos, trincas, amassamentos e regulagens;

c) sistema de locomoção sobre esteiras quanto a funcionamento, desgaste, empenoe regulagens;

d) mesa de giro, quanto a funcionamento, desgastes, trincas e regulagens;e) lança, mastro e jibe quanto a desgaste, empeno, amassamentos e trincas quando

forem detectados empeno e/ou amassamento;f) cabos de aço quanto a desgaste, amassamento, fios rompidos, redução de

diâmetro do cabo, corrosão, gaiola de passarinho, soltura de pernas edobramento;

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g) sistema elétrico quanto a funcionamento de buzina, lanternas, faróis;h) sistema pneumático quanto a funcionamento, vazamentos internos e externos e

amassamentos;i) sistema hidráulico quanto a funcionamento, vazamentos internos e externos,

desgastes e regulagens;j) transmissão do cavalo (caminhão) quanto a funcionamento, vazamentos,

desgastes, trincas e empenos;k) direção hidráulica quanto a funcionamento e vazamentos;l) extintor de incêndio (data de validade do carregamento).

4.4 Relatório de Inspeção e Teste de Liberação

Os relatórios de inspeção e teste para as inspeções de liberação do equipamento e dosacessórios de movimentação e dos serviços de movimentação de carga devem ter o seguinteconteúdo mínimo:

a) itens inspecionados (tipo, extensão e resultado da inspeção);b) testes operacionais executados.

4.5 Certificado de Teste de Capacidade da Máquina

Deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) configuração geométrica da lança (comprimento da lança, mastro, patolas,quando aplicável);

b) raio de carga;c) cargas utilizadas;d) resultados obtidos.

5 MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

5.1 O recebimento do equipamento de movimentação de carga deve ser feito de acordo como item 9.1.

5.2 As operações de movimentação de carga devem ser executadas de acordo com o plano demovimentação de carga da executante (ver item 4.1.1.1).

5.3 A operação de movimentação de carga deve ser executada o mais próximo possível dosolo, com o equipamento de movimentação posicionado em terreno firme, uniforme e com osseus dois eixos principais nivelados, de acordo com as recomendações do fabricante e,quando aplicável, as patolas do equipamento de movimentação devem estar estendidas eapoiadas.

5.4 O número de voltas de cabo deve ser compatível com a capacidade do equipamento eestar de acordo com a tabela de carga do fabricante ou documentos de projetos.

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5.5 Não é permitida a movimentação simultânea da carga através da lança e do jibe.

5.6 Nos casos de movimentação de carga utilizando guindaste montado sobre caminhão nãodevem ser executadas movimentações no quadrante sobre-cabine.

5.7 As operações de movimentação de carga devem ser inspecionadas de acordo com oitem 9.2.

6 SEGURANÇA OPERACIONAL

6.1 A área deve ser isolada às pessoas estranhas aos serviços de movimentação.

6.2 Os cabos de aço a serem utilizados nos serviços de movimentação de carga devem estarde acordo com os itens 8.4 e 9.3.3.

6.3 A lança, mastro, contrapeso, cabos ou qualquer componente da máquina demovimentação de carga, devem observar a TABELA 1.

TABELA 1 - DISTÂNCIA MÍNIMA EM RELAÇÃO AOS CABOS DE ALTA TENSÃO

Voltagem(kV)

Distância(m)

até 6,6 2,5

de 6,6 a 11 2,7

de 11 a 50 3,0

de 50 a 66 3,2

de 66 a 100 4,6

de 100 a 138 5,2

6.4 Os trabalhos de movimentação de carga não devem ser executados em dias de chuva,ventos fortes ou condições adversas de iluminação.

6.5 O operador do equipamento de movimentação de carga não deve se afastar da cabine decomando durante a operação de movimentação.

6.6 Durante a execução dos serviços a lança não deve estar apoiada em nenhum ponto.

6.7 O içamento da carga deve ser feito com a mesa de giro destravada.

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6.8 Não devem existir ferramentas ou peças soltas sobre e/ou dentro da carga a sermovimentada.

6.9 A tabela de carga deve estar à disposição na cabine do operador.

6.10 Para o caso de máquinas operando em locais propícios à queda de descargasatmosféricas ou em estações de chuva deve ser feito aterramento conectando-se o cabode Ø 1/2” entre o pé da lança e a malha terra ou barra de aterramento.

6.11 Durante a execução dos serviços, a carga não deve passar por cima de pessoas.

6.12 O içamento de pessoas, por máquinas de movimentação de carga, só pode ser feito comutilização de “gaiolas” com guarda-corpos.

7 SINALIZAÇÃO

7.1 Durante a execução dos serviços devem ser utilizados sinais padronizados pelaANSI B30.5 e conforme FIGURA B-1 do ANEXO B, a menos que seja utilizado sistema decomunicação sonora (telefone, rádio ou equivalente).

7.2 Para operações não cobertas pelos sinais do ANEXO B, devem ser previstas adições aossinais padronizados. Estas devem ser previamente acordadas entre operadores, sinaleiro eresponsável pela execução dos serviços.

7.3 Apenas uma pessoa deve sinalizar ao operador do guindaste.

8 FABRICAÇÃO DE ACESSÓRIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

8.1 Devem ser utilizados na fabricação de olhais, chapas, chapas de ligação (“link-plates”,“tri-plates”), balanças, estropos e manilhas, materiais que tenham certificado.

8.2 Os olhais devem ser fabricados de modo que a direção da resultante dos esforços queatuam sobre o olhal seja coincidente com a direção de laminação de chapa principal do olhal.

8.3 Os furos em olhais devem ser usinados para garantir o contato contínuo dos olhais com ospinos das manilhas ou chapas de ligação.

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8.4 No dimensionando dos acessórios de movimentação devem ser considerados os valoresde eficiência de ligação dos terminais fornecidos pelo fabricante do acessório.

8.5 Na soldagem dos acessórios de movimentação devem ser utilizados procedimentos desoldagem qualificados e a soldagem deve ser de acordo com a norma PETROBRAS N-133.

8.5.1 Os soldadores e operadores de soldagem devem estar qualificados de acordo com anorma PETROBRAS N-133.

8.5.2 As soldas devem ser inspecionadas de acordo com o item 9.2.

8.6 Na fabricação dos estropos, o torque das porcas e a quantidade de grampos (“clips”) aserem utilizados devem estar de acordo com os catálogos dos fabricantes dos grampos e nafalta desses os valores apresentados na TABELA C-1 do ANEXO C.

9 INSPEÇÃO

9.1 Inspeção para Liberação

9.1.1 O equipamento de movimentação de carga deve ser submetido a uma inspeção deliberação para o trabalho conforme as recomendações contidas nos manuais do fabricante.

9.1.1.1 Os cabos de aço devem ser inspecionados conforme critérios estabelecidos na normaPETROBRAS N-2161.

9.1.1.2 As manilhas e “clips”, no recebimento, devem ser inspecionados de acordo com oitem 9.3.4.

9.1.2 Devem ser executados testes operacionais no equipamento, conforme recomendação dofabricante, para os seguintes itens:

a) freios;b) embreagens;c) controles;d) mecanismos de abaixamento e levantamento de carga;e) mecanismos de abaixamento e levantamento da lança;f) mecanismos de giro;g) mecanismos de deslocamento;h) dispositivos de segurança;i) teste de capacidade.

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9.1.2.1 No teste de capacidade devem ser verificados 2 pontos da tabela de carga: um naregião limitada pela estabilidade e outro na região limitada pela resistência do material.

9.1.2.2 O certificado de teste de capacidade deve estar de acordo com o item 4.5.

9.1.3 Os relatórios de inspeção e testes devem estar de acordo com o item 4.4.

9.2 Fabricação de Acessórios de Movimentação na Obra

9.2.1 Para o caso de olhais, chapas, chapas de ligação (“link-plates”, “tri-plates”), as soldasde fixação dos olhais à carga devem ser inspecionados por ensaios não-destrutivos na seguinteextensão mínima:

a) 100 % de ensaio visual, de acordo com a norma PETROBRAS N-1597;b) 100 % de ensaio por líquido penetrante, de acordo com a norma PETROBRAS

N-1596.

Nota: No caso de reutilização dos acessórios, estes devem ser reinspecionados através dosensaios não-destrutivos de acordo com o item 9.2.1.

9.2.2 Os inspetores e operadores de ensaios não-destrutivos devem estar qualificados deacordo com a norma PETROBRAS N-1590.

9.3 Serviços de Movimentação de Carga

9.3.1 Antes de cada jornada de trabalho ou quando for realizada uma movimentação de cargade alta responsabilidade, deve ser verificada a máquina quanto a:

a) o adequado funcionamento do freio e da embreagem;b) níveis de óleo combustível, óleo lubrificante, fluído refrigerante;c) nível de água das baterias;d) instrumento de painel de comando;e) a correta amarração da carga;f) o correto nivelamento da máquina.

9.3.2 Quando a carga a ser movimentada for equipamento a ser instalado em base deconcreto, antes do início da movimentação, deve ser verificado se a base do equipamento estáde acordo com os Capítulos 13 e 15 da norma PETROBRAS N-1644 e itens 7.3 e 7.4 danorma PETROBRAS N-269.

9.3.3 Os cabos de aço utilizados nos serviços de movimentação devem ser inspecionadosconforme prescrições constante na norma PETROBRAS N-2161.

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9.3.4 As manilhas e grampos (“clips”) devem ser inspecionados quanto ao desgaste conformeestabelecido na norma PETROBRAS N-2161.

9.3.5 Deve ser verificado se a lança, mastro, contrapeso, cabos ou qualquer componente doequipamento de movimentação de carga está posicionado em relação aos cabos de alta tensão,de acordo com o estabelecido no item 6.3.

9.3.6 Antes da liberação do equipamento de movimentação deve ser feito um examedimensional ou topográfico para garantir que a carga já posicionada (equipamentos, conjuntosde estruturas metálicas) está dentro das tolerâncias dimensionais especificadas.

Nota: Quando a carga a ser movimentada for conjuntos de estruturas metálicas, devem serprevistas marcações no conjunto para permitir o acompanhamento topográfico dosserviços de movimentação.

9.3.7 Para conjuntos de estruturas metálicas, quando o acoplamento do conjunto for atravésde soldas de fixação, antes da liberação do equipamento de movimentação, deve serverificado se as soldas estão executadas na extensão necessária a resistirem às cargas atuantes.

9.3.8 O serviço de movimentação de carga deve ser iniciado após o recebimento do termo deliberação da base, quando aplicável.

_____________

/ANEXO A

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ANEXO A

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DE GUINDASTE

A-1 - IDENTIFICAÇÃO

Fabricante: Modelo:Representante: N.° de Série:Capacidade Nominal: (toneladas)

A-2 - CARACTERÍSTICAS

A-2.1 - Auto propulsor ! Sobre caminhão !Sobre pneus !Sobre esteiras !

A-2.2 - Tipo da lançaTelescópica ! Comprimento máximo m

Treliçada ! Comprimento máximo m (ver A–2.2.1)

A-2.2.1- Composição da lança, em pés:

Pé ´ Ponta ´

Seleções intermediárias (quantidade de peças)

10´ 20´ 30´ 50´

A-2.2.2- Composição do jibe, em pés:

Pé ´ Ponta ´

Seleções intermediárias (quantidade de peças)

10´ 20´ 30´

A-2.3 -Contrapeso (em kg): 1 2

A-2.4 -Guincho: auxiliar ! frontal !

A-2.5 -Horímetro: caminhão guindaste

A-2.6 -Relação de acessórios

Item Descrição Número da Peça Quantidade

A-3 DATA DE RECEBIMENTO ____/____/____Visto

_____________

/ANEXO B

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ANEXO B - FIGURAS

Pare

Braço estendido palma parabaixo, mova a mão paradireita e para a esquerda.

Trave Tudo

Segure as mãos em frenteao corpo.

Movimento Lento

Use uma das mãos paraindicar qualquer sinal demovimento e coloque aoutra mão parada na frente.(ex.: içar lentamente)

Içar

Com o antebraço navertical, dedo indicadorapontando para cima,movimente a mão empequenos círculoshorizontais.

Arriar

Com o braço estendidopara baixo, indicadorapontando a mão empequenos círculos nahorizontal.

Use o Cabo de Carga

Bata com punho na cabeça euse então os sinaisconvencionais.

FIGURA B-1 - SINAIS MANUAIS PARA CONTROLE DE OPERAÇÕES COMEQUIPAMENTO DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA (CONTINUA)

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Use Cabo de Carga -Auxiliar

Bata no cotovelo com umadas mãos; use então ossinais convencionais.

Suspender a Lança

Braço estendido, dedoscerrados, polegar apontandopara cima.

Arriar a Lança

Braço estendido, dedoscerrados, polegar apontandopara baixo.

Giro

Braço estendido apontandocom o dedo na direção dogiro da lança.

Suspender a Lança eArriar e Carga

Com o braço estendido e opolegar apontando paracima flexione os dedospara dentro e para fora,enquanto for desejado omovimento da carga.

Arriar a Lança eSuspender a Carga

Com o braço estendido,polegar apontando parabaixo, flexione os dedos paradentro e para fora, enquantofor desejado o movimento dacarga.

FIGURA B-1 (CONTINUAÇÃO) - SINAIS MANUAIS PARA CONTROLE DEOPERAÇÕES COM EQUIPAMENTO DEMOVIMENTAÇÃO DE CARGA (CONTINUA)

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Deslocamento(Sobre Trilhos ou Carros)

Braço estendido, mão abertae um pouco levantada,fazendo movimento deempurrar na direção dodeslocamento.

Estender a Lança(Lanças Telescópicas)

Ambos os punhos na frentedo corpo com os polegaresapontando para fora.

Recolher a Lança(Lanças Telescópicas )

Ambos os punhos nafrente do corpo com ospolegares apontando paradentro.

Deslocamento(Com Ambas Esteiras)

Ambos os punhos na frentedo corpo, fazendomovimento circular, umsobre o outro, indicando osentido do deslocamento(para frente ou para trás).

Deslocamento(Com Uma Esteira)

Trave a esteira do ladoindicado pelo punho erguido.Desloque a esteira oposta nosentido indicado pelomovimento circular do outropunho, girando verticalmente,na frente do corpo.

FIGURA B-1 (CONCLUSÃO) - SINAIS MANUAIS PARA CONTROLE DEOPERAÇÕES COM EQUIPAMENTO DEMOVIMENTAÇÃO DE CARGA

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/ANEXO C

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PÁGINA EM BRANCO

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ANEXO C - TABELA

TABELA C-1 - USO DE GRAMPOS NA FABRICAÇÃO DE ESTROPOS

Tamanho do“Clips” (pol.)

QuantidadeMínima de “Clips”

Comprimento de Cabo para a Laçada

(mm)

Torque dasPorcas(N.m)

1/8 2 85 (3 1/4”)

3/16 2 95 (3 3/4”)

1/4 2 120 (4 3/4”) 20

5/16 2 135 (5 1/4”) 40

3/8 2 165 (6 1/2”) 60

7/16 3 180 (7”) 90

1/2 3 295 (11 1/2”) 90

9/16 3 305 (12”) 130

5/8 3 305 (12”) 130

3/4 4 460 (18”) 175

7/8 4 485 (19”) 305

1 5 660 (26”) 305

1 1/8 6 865 (34”) 305

1 1/4 6 940 (37”) 490

1 3/8 7 1120 (44”) 490

1 1/2 7 1220 (48”) 490

1 5/8 7 1295 (51”) 585

1 3/4 7 1345 (53”) 800

2 8 1805 (71”) 1020

2 1/4 8 1855 (73”) 1020

2 1/2 9 2135 (84”) 1020

2 3/4 10 2540 (100”) 1020

3 10 2690 (106”) 1630

Notas: 1) Se o número de “clips” a ser usado for maior que o constante da TABELA C-1,o comprimento do cabo deve ser aumentado proporcionalmente.

2) Esses valores são para grampos com corpo em aço forjado e parafuso U em açotrefilado a frio e rosca rolada.

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