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Cocorent traz as melhores motas eléctricas para Portugal Stefano Somma, CEO da Cocorent, empresa que trouxe a prestigiada marca de motas eléctricas chinesas YADEA para Portugal e Europa. Já presente em Lisboa e no Algarve, a Cocorent acaba de abrir no Porto e quer chegar às principais cidades portuguesas. Já está também em Espanha, Itália e Reino Unido, chegando igualmente ao Brasil. Nº 203 Mensal Setembro 2019 2.20# (IVA incluído) Ana Carla Lopes Sócia-Gerente da HACL CONSTRUÇÃO ACREDITA NA RETOMA DO SETOR EM PORTUGAL

Nº 203 Mensal Setembro 2019 (IVA incluído) · tugal, no passado, mas igualmente no futuro a médio e longo prazos. Sem eufemismos, há que aprofundar e desenvolver as relações

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 1

Cocorent traz as melhores motas eléctricas para PortugalStefano Somma, CEO da Cocorent, empresa que trouxe a prestigiada marca de motas eléctricas chinesas YADEA para Portugal e Europa. Já presente em Lisboa e no Algarve, a Cocorent acaba de abrir no Porto e quer chegar às principais cidades portuguesas. Já está também em Espanha, Itália e Reino Unido, chegando igualmente ao Brasil.

Nº 203 › Mensal › Setembro 2019 › 2.20# (IVA incluído)

Ana Carla Lopes Sócia-Gerente da HACL

CONSTRUÇÃO ACREDITA NA RETOMA DO SETOR EM PORTUGAL

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2 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019 Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 3

Editorial

O Primeiro-Ministro António Costa tem sido bastante pressionado

pelos partidos à sua esquerda, os que tem suportado a maioria

política no parlamento, para tomar uma posição pública relati-

vamente aos incêndios que têm ocorrido na Amazónia brasileira, porque

relativamente à Amazónia boliviana, nem uma palavra esses partidos pro-

feriram até agora. Compreende-se...

Naturalmente, António Costa poderia ter-se pronunciado publicamente,

como outros o fizeram sobre os incêndios na Amazónia. Estava no seu

direito. Preferiu, no entanto, não o fazer, pelo menos publicamente. Que

se saiba.

Entretanto, surgiu a notícia – não desmentida – de que na passada quar-

ta-feira (28 de agosto), o presidente brasileiro Jair Bolsonaro terá telefona-

do ao primeiro-ministro português e com este tido uma conversa muito

proveitosa, incluindo sobre a temática dos incêndios na Amazónia.

Sejamos claros. A preservação da Amazónia brasileira é muito importan-

te! Como o é a Amazónia boliviana, a Amazónia peruana ou a Amazónia

colombiana. O planeta quer a sua preservação e deve dar um contributo

para garantir esse objetivo. Mas, também não deve cercear completamente

algum grau de desenvolvimento económico com vantagens sociais e com

sustentabilidade para toda a Amazónia. Porque não podemos querer para

os outros o que para nós já à muito destruímos e por isso não choramos

ou nos lamentamos!

No plano da relações internacionais, entre estados, dirão os adeptos da

real politic, “apenas contam os interesses”. Não julgamos que tenha de ser

assim, mas também é assim. Sem dúvida.

Por isso, se compreendem bem as palavras de Antónia Costa na cerimó-

nia recente da aquisição de cinco aviões de transporte militar brasileiros

fabricados pela Embraer, com vários dos seus componentes fabricados

pela empresa brasileira em Portugal, a denominar as relações entre os dois

países como «excelentes», e com o forte desejo da sua ampliação. Não é de

hoje, é de sempre, o Brasil é um país absolutamente estratégico para Por-

tugal, no passado, mas igualmente no futuro a médio e longo prazos. Sem

eufemismos, há que aprofundar e desenvolver as relações entre Portugal e

o Brasil, a todos os níveis!

JORGE GONÇALVES ALEGRIA

Os laços entre os dois lados do Atlântico

Ficha TécnicaPropriedadeEconomipress – Edição de Publicações e Marketing, Lda.

Sócios com mais de 10% do capital social› Jorge Manuel Alegria

Contribuinte506 047 415

Director› Jorge Gonçalves Alegria

Conselho Editorial:› Bracinha Vieira › Frederico Nascimento› Joanaz de Melo › João Bárbara › João Fermisson› Lemos Ferreira › Mónica Martins› Olímpio Lourenço › Rui Pestana › Vitória Soares

Redacção› Manuel Gonçalves › Valdemar Bonacho› Jorge Alegria

Fotografia› Rui Rocha Reis

Grafismo & Paginação› António Afonso

Departamento Comercial› Valdemar Bonacho (Director)

Direccção Administrativa e Financeira› Ana Leal Alegria (Directora)

Serviços Externos› António Emanuel

MoradaAvenida 5 de Outubro, nº11 – 1º Dto.

2900-311 Setúbal

Telefone26 554 65 53

Fax26 554 65 58

Sitewww.paiseconomico.eu

[email protected]

Delegação no BrasilAldamir AmaralNS&A CearáAv. Rogaciano Leite, 2001003 - Tulipe - Bairro: SalinasCEP: 60810-786Fortaleza - Ceará - BrasilTel: 005585 3264-0406 • Celular: 005585 88293149

[email protected]

Pré-impressão e ImpressãoLisgráficaRua Consiglieri Pedroso, 90Queluz de Baixo2730-053 Barcarena

Tiragem30.000 exemplares

Depósito legal223820/06

DistribuiçãoURBANOS PRESSRua 1º de SetembroCentro Empresarial da Granja – Junqueira2625 – 717 VialongaInscrição no I.C.S. nº 124043

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 54 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

Grande Entrevista

ÍndiceStefano Somma é o grande responsável pela chegada à Europa,

e por isso também a Portugal, das melhoras motas elétricas fabri-

cadas a nível mundial, as chinesas da YEDEA. Com uma projeto

de abertura de lojas próprias e de crescimento através de franchi-

sados em Portugal, o projeto Cocorent vai-se alargando a outros

países europeus e chega este mês ao Reino Unido e ao Brasil. De-

mocratizar o acesso das motas eléctricas aos cidadãos e ajudar na

melhoria e sustentabilidade da mobilidade nas cidades, constitui

um contributo notável da empresa Cocorent para as cidades por-

tuguesas e nos restantes países onde está e estará presente.

Pág. 18 a 2

O setor da construção civil e obras pú-

blicas parece querer recuperar algum do

tempo perdido das duas décadas passa-

das, sabendo que nunca voltaremos aos

tempos áureos de tempos mais recuados.

Mas, existem projetos ferroviários (de su-

perfície e metropolitanos), portuários, e

alguns rodoviários, bem como ao nível ae-

roportuário, prosseguindo também com a

renovação urbana, ou a construção nova,

existe uma retomada como as notícias

existentes neste espaço bem exemplifi-

cam os dias mais positivos, em Portugal

e no exterior, para muitas construtoras

portuguesas.

Pág. 6 a 15

Ainda nesta edição…

16 Santarém recebe Centro de Excelência para a agricultura

16 Peniche com Parque de Ciência e Tecnologia do Mar

24 Quinta do Portal ganha prémio com azeite no Brasil

25 Portugal compra cinco aviões de carga da Embraer

28 Exportações da metalurgia e metalomecânica a crescer

33 Vivafit entra em Espanha

35 Autoeuropa com nova solução logística

36 Chronopost investe em Évora e Faro

40 Frutalmente quer crescer nas uvas de mesa

44 Balneário Romano de São Pedro do Sul recuperado

45 Convento do Carmo em Moura vai ser hotel

48 TAP apresenta plano de expansão em 2020

49 Chineses reforçam investimento em Lisboa

50 FATACIS anima Soure

Grande Plano

4 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 76 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› GRANDE PLANO

Ana Carla Lopes, Sócia-Gerente da HACL - Sociedade de Construções, Lda

«Apostamos num crescimento sustentável»

A HACL é uma empresa familiar que se dedica à construção de obras públicas e privadas.

Tem a sua sede e estaleiro na freguesia de Parreira, concelho da Chamusca, distrito

de Santarém e a sua criação, em 2003, é muito fruto da oportunidade que houve de

se conjugar a larga experiência de Henrique Coelho Lopes, construtor prestigiado com

cerca de cinquenta anos ligados à atividade e os conhecimentos técnicos de sua filha,

Ana Carla Lopes, engenheira civil, ambos sócios-gerentes da HACL. Em entrevista à

PAÍS€CONÓMICO, Ana Carla Lopes diz que o percurso da sua empresa tem sido

realizado de modo faseado e sustentável, «já que não gosto de grandes aventuras, de

passos desmedidos, e porque sei bem que estamos a falar de um setor muito suscetível,

que requere muitas cautelas e muitos cuidados», sublinhou a sócia-gerente da HACL,

otimista com o rumo que a sua empresa está a seguir. «Um rumo de consolidação

que leva em conta uma abordagem ao mercado feita com uma postura responsável,

transparente e com ética, de forma a satisfazer todos os nossos clientes», deixou bem

vincado Ana Carla Lopes, referindo ainda que «hoje a grande área de atuação da HACL é

a Obra Pública». TEXTO › VALDEMAR BONACHO | FOTOGRAFIA › RUI ROCHA REIS E CEDIDAS PELA HALC

Logo a iniciar esta entrevista Ana

Carla Lopes fez questão de lembrar

que a HACL tem feito ao longo da

sua existência uma caminhada tranquila,

bem planeada e muito calculada.

«Temos conseguido aliar a experiência ao

conhecimento técnico num projeto que tem

na Criatividade, Técnica, Qualidade, Moder-

nidade, Inovação e Rigor os seus vetores

principais que acompanham o crescimento

da HACL», destacou a jovem empresária.

«É evidente que tivemos (como outros)

que enfrentar algumas crises graves que

assolaram o setor da construção civil,

(principalmente durante os períodos

de 2008 e 2012), mas soubemos sempre

enfrentar esses períodos difíceis com re-

dobrada coragem, empenho e discerni-

mento. A HACL sempre trabalhou mais

a nível da obra particular, mas nessa fase

das crises optámos por “mudar de linha” e

fixarmo-nos mais na obra pública», refe-

riu Ana Carla Lopes que, a este propósito,

reconheceu que hoje em dia a HACL já

está a recuperar muitas obras particulares,

porque este setor voltou a estar considera-

velmente mais ativo.

«Contudo, a obra pública continua a ser

a grande área de atuação da HACL», enfa-

tizou a nossa entrevistada.

Quando se fala de obra pública muitas

são as vezes em que se faz a distinção en-

tre a construção de Edifícios e as Infraes-

truturas.

Praça de Touros de Almeirim foi obra marcante

Ana Carla Lopes ajudou-nos a esclare-

cer este aspeto em relação ao tipo de obra

pública que a HACL executa.

«Estamos muito presentes na área dos

Edifícios. Construímos Equipamentos

(Lares de Idosos, Escolas e Edifícios de

Bombeiros); Habitação Social; Espaços

Exteriores e Desportivos (Polidesportivos,

Jardins, Reabilitação de Espaços Interio-

res e Edifícios de Serviços) sublinhou

Ana Carla Lopes que aproveitaria o ensejo

para referir também que a obra mais em-

blemática que a HACL executou e que foi

concluída este ano foi a Praça de Touros

de Almeirim.

«Foi uma obra marcante na vida da

HACL, que nos deu muito prazer em exe-

cutar pelo seu grau de inovação e alguma

complexidade, e que dignifica imenso

o nosso portefólio. A grande ação nesta

obra incidiu particularmente nos espaços

exteriores, hoje visivelmente embeleza-

dos com a intervenção realizada. Esta foi

de facto uma obra que nos marcou mui-

to pela positiva», considerou Ana Carla

Lopes, que uma vez mais sublinharia o

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 98 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› GRANDE PLANO

“peso” que a obra pública tem hoje na ati-

vidade da HACL.

Obra pública representa 85% da faturação

«Mais de 85 por cento da faturação da

nossa empresa é proveniente da obra pú-

blica. Obviamente que também executa-

mos obra particular, mas tem havido um

grande decréscimo nesta área muito parti-

cularmente devido ao facto de as pessoas

terem deixado de ter acesso ao crédito»,

salientou Ana Carla Lopes que está con-

fiante que a HACL atinja este ano uma

faturação acima dos 2 milhões de euros,

o que comparativamente ao exercício de

2018 significaria um crescimento susten-

tável.

«O nosso objetivo é vermos a nossa fa-

turação crescer todos os anos e trabalha-

mos arduamente para que isso aconteça.

Mas como já disse, queremos essencial-

mente que esse crescimento se faça de

uma forma harmoniosa e sustentável»,

justificou a sócia-gerente da HACL.

Carteira de Obras bastante consolidada

Ana Carla Lopes aproveitou para justi-

ficar o aumento que se prevê na faturação

da HACL para 2019.

«Apostámos obviamente em obras com

outro volume. Passámos das obras de 300

ou 400 mil euros, para as obras dos 700 ou

800 mil euros. A nossa carteira de obras

neste momento andará pelos 1,5 milhões

de euros, o que não sendo suficiente (nun-

ca é suficiente) já nos garante uma certa

estabilidade. E estamos sempre atentos a

novos concursos e a novas oportunidades

que surjam...», salientou a nossa entrevis-

tada.

Obras em ExecuçãoAs principais obras realizadas nos úl-

timos tempos foram essencialmente no

distrito de Santarém:

«Terminámos a 1ª fase de constru-

ção do edifício do Comando Distrital de

Operações de Socorro dos Bombeiros de

Santarém, que foi entregue em Julho e

estamos agora a trabalhar nas obras de

reabilitação do Complexo de Piscinas Mu-

nicipais de Almeirim», salientou a sócia-

-gerente da HACL, empresa que também

participou na construção do Centro de Dia

Semideiro na Chamusca e o Centro Médi-

co do Cartaxo uma obra particular que já

foi inaugurada e que testemunham bem o

interesse que alguns municípios e outras

entidades depositam na qualidade do tra-

balho produzido pela HACL.

Uma postura responsávelPara melhor se avaliar a ação que a

HACL tem desenvolvido ao longo destes

últimos 15 anos, destacamos algumas das

muitas obras em que esta empresa deixou

a sua marca.HALC - Requalificacao do Mercado da Chamusca

HACL - CDOS de Santarem

HACL - Centro de Interpretacao Historico de Almeirim

HALC - Piscinas Municipais de Almeirim

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 1110 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› GRANDE PLANO

Referimo-nos concretamente à Praça

de Touros de Almeirim (uma obra emble-

mática); Requalificação da Escola de Paços

Negros; Arranjos Exteriores da Santa Casa

da Misericórdia de Almeirim; Mercado

Municipal da Chamusca; Requalificação

do Largo do Rossio - Ponte de Sôr; Centro

de Interpretação de Almeirim; Polides-

portivo da Torre das Vargens; Escola de

Parreira; Arranjos Exteriores de Parreira;

Bombeiros Voluntários de Mora e o Ter-

minal Rodoviário de Nisa.

«Muitas outras obras poderiam ser re-

ferenciadas neste momento, o que revela

bem a opção de alguns municípios portu-

gueses e entidades particulares pelo tra-

balho desenvolvido pela HACL, que con-

tinuará sempre a emprestar às obras para

que é chamada a intervir o melhor do seu

conhecimento técnico e rigor na execução

das obras, sem esquecer as vertentes da

qualidade e da inovação. É com esta pos-

tura responsável que queremos continuar

e consolidar o nosso espaço no mercado»,

garantiu Ana Carla Lopes.

A experiência de Henrique Lopes

Nesta entrevista a Ana Carla Lopes não

podíamos deixar escapar uma referência

muito particular à pessoa de Henrique

Coelho Lopes, Pai da nossa entrevistada

e que também desempenha o cargo de

sócio-gerente da HACL.

«O meu pai é um profundo conhecedor

do setor da construção civil e obras públi-

cas e quando chegou a oportunidade de se

criar a HACL achámos que a minha parti-

cipação no projeto era importante porque

aliaríamos a experiência e competência

por ele conquistada ao longo dos anos aos

meus conhecimentos e capacidade técnica,

já que sou engenheira civil. E até ao mo-

mento esta tem sido uma conjugação mui-

to frutuosa, com grandes proveitos para a

HACL», esclareceu Ana Carla Lopes, muito

confiante, mas também muito cautelosa

em relação ao futuro da sua empresa.

«Não consideramos neste momento a

hipótese de participarmos em obras fora

do país, porque reconhecemos que ainda

não temos estrutura suficiente para as-

sumirmos uma iniciativa desta natureza.

Mas poderemos estudar e até considerar

uma presença além-fronteiras em par-

ceria com uma empresa de nomeada do

setor, se caso o convite surja. Mas como

digo, essa não é uma nossa prioridade.

Acontecerá se tiver de acontecer...», refe-

riu Ana Carla Lopes, reconhecendo que o

lançamento do projeto HACL teve muitas

coisas positivas, mas também teve alguns

momentos de dificuldades e preocupa-

ções.

«A HACL tem nos seus quadros 25

profissionais, pessoas muito dedicadas à

empresa e muito disponíveis e que acima

de tudo são recursos humanos de elevada

qualidade, profundos conhecedores do

ramo e que todos os dias vestem a camiso-

la da HACL com o intuito de a ver crescer

no mercado onde está inserida, inspirados

diariamente naquilo que é o nosso lema:

“RECONSTRUÍMOS O PASSADO, CONS-

TRUÍMOS O FUTURO». ‹

HACL - Terminal Rodoviario de Nisa

HALC - Remodelacao da Loja da DECO em Santarem

HALC - Praca de Touros de Almeirim

HALC - Arrajos Exteriores do Largo do Rossio em Ponte de Sor

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 1312 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› GRANDE PLANO

Mota-Engil reforça lucros e ganha novas obras

Novas obras no Panamá, Brasil e Nova Caledónia

A construtora portuguesa Mota-Engil anunciou qu ganhou,

através de um consórcio, um contrato no Panamá de 159 milhões

de euros para a extensão de 2,2 quilómetros da Linha 1 do metro

da cidade do Panamá, a executar em 33 meses. O consórcio é lide-

rado a 51% pela OHL, enquanto a Mota-Engil detém os restantes

49%.

Por outro lado, a empresa liderada na administração executi-

vo por Gonçalo Moura Martins, revelou também que celebrou

novos contratos no Peru no valor de 40 milhões de euros, além

de obter “contratos no total de 40 milhões de euros no Brasil”.

Por outro lado, a construtora reforçou igualmente o seu relacio-

namento com a companhia brasileira Vale, tendo celebrado “três

novos contratos, dois na Nova Caledónia (arquipélago francês no

Oceano Pacífico), e um no Brasil, no valor global de cerca de 80

milhões de euros”.

De referir que, no Brasil, a Mota-Engil adiantou que celebrou

um contrato para os próximos cinco anos, em consórcio com duas

empresas locais, no valor de 144 milhões de euros, para a presta-

ção de serviços de limpeza urbana no município de São paulo, o

que se traduz num “marco histórico do grupo no setor do Am-

biente”.

No que respeita ao México, um dos principais da construtora

na América Latina, a Mota-Engil destaca o andamento do projeto

turístico em que se envolveu, como é o caso do desenvolvimento

do Hotel Fairmont e do Ritz Carlton Reserve. No primeiro dos

casos referidos, o “promotor do projeto procedeu à alienação de

50% do Projeto Fairmont ao Fundo de Pensões de Jalisco pelo

valor de 21 milhões de dólares, garantindo à Mota-Engil México

um contrato em regime de EPC no valor de 185 milhões de dóla-

res para a construção do Hotel com uma área total de 67.000 m2”.

Já no que respeita ao Ritz Carlton Reserve, a Mota-Engil Turis-

mo garantiu o desenvolvimento de um resort que terá 100 quar-

tos e 60 vilas.

Olhando para os restantes mercados, sobretudo a operação na

Europa, a Mota-Engil sublinha em comunicado que a “retoma

que se espera definitiva do setor em Portugal e a estabilidade na

operação na Polónia, Irlanda e no Reino Unido, indicam que o

segundo semestre de 2019 seja o de viragem na unidade de En-

genharia e Construção na região da Europa, e que 2020 seja um

ano positivo”.

Na apresentação de resultados do primeiro semestre do presen-

te ano, a Mota-Engil anunciou que obteve um volume de negócios

de 1.344 milhões de euros, um acréscimo de 7,5% face ao perío-

do homólogo de 2018, no qual resultou um resultado líquido de

8 milhões de euros, um aumento de 41,6% face ao registado no

primeiro semestre de 2018. Para estes resultados contribuiram o

crescimento de 25% da atividade em África, onde o volume de

negócios somou 453 milhões de euros. ‹

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 1514 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› GRANDE PLANO

NOV alia-se a chineses para obras em Portugal e no Brasil

O grupo NOV (ex-Lena) está a recor-

rer a parcerias para conseguir concorrer

a um conjunto de obras importantes em

Portugal e no Brasil, segundo declarações

recentes de Joaquim Paulo Conceição, CEO

do grupo NOV, ao semanário Expresso.

O parceiro privilegiado para obras ferro-

viárias tem sido a China Railway Tunnel,

onde em consórcio (detido a 60% pela em-

presa portuguesa) esteve num concurso

do metro de Lisboa, e agora ‘atacou’ num

concurso do metro do Porto. Segundo Joa-

quim Paulo Conceição ao mesmo jornal, «é

uma parceria de caráter estratégico que se

aplica a todos os mercados, como o Brasil,

em que o grupo NOV opera». Adianta que

no Brasil, o consórcio está a finalizar uma

proposta para uma linha de metro ligeiro.

Já no que respeita aos dois concursos

previstos para o metro do Porto, o gestor

da empresa de Leiria promete «excelentes

propostas», até porque, ao contrário do que

aconteceu no metro de Lisboa, no caso do

Porto, os projetos são entregues aos con-

correntes pela empresa do metro. Joaquim

Paulo Conceição reconheceu na entrevista

que o parceiro chinês dispõe de elevada

tecnologia de última geração e uma forte

robustez financeira, questões de que o gru-

po NOV não se pode vangloriar atualmen-

te, pelo que, com este acordo, «ganhamos

uma posição mais sólida e confortável»,

destacou o responsável da NOV. ‹

Teixeira Duarte e Armando Cunha om obra em Cabo Verde

Ampliação do Porto InglêsAs construtoras portuguesas Teixeira Duarte, Armando Cunha

e a SETH, venceram o concurso público lançado em setembro

de 2018 pelo governo de Cabo Verde com o objetivo de expandir

e modernizar o Porto Inglês, vizinho ao Porto da Praia, na Ilha

de Maio. O valor da obra agora adjudicada é de 17,2 milhões de

euros.

Segundo o governo do país africano, a obra faz parte do projeto

de “expansão e modernização dos portos Inglês (Ilha de Maio) e

da Palmeira (Ilha do Sal), e conta com o financiamento do BAD

– Banco Africano de Desenvolvimento. Aliás, num discurso profe-

rido a 31 de julho na Assembleia Nacional, o primeiro-ministro de

Cabo Verde, Ulisses Correia da Silva, sublinhou que a «expansão e

modernização do Porto Inglês no Maio está pronta para arrancar”,

adiantando que seguir-se-á as empreitadas nos portos da Palmei-

ra, no Sal, e do Tarrafal, em São Nicolau.

A empreitada vencida pelas três construtoras terá uma duração

contratual estimada de 18 meses.

Neste concurso concorreram também consórcios liderados pe-

las construtoras Mota-Engil, Somague, além de empresas de Es-

panha, Itália e Marrocos. Neste momento, ainda não existe data

para o anúncio do resultado referente ao concurso para o Porto da

Palmeira, na Ilha do Sal. ‹

Efacec ganha obras na Tunísia

A Efacec ganhou recentemente um conjunto de obras em 25 subestações elétricas na

Tunísia, seis das quais totalmente novas, resultado do contrato assinado com a STEG –

Societé Tunisienne de Lélectricité et du Gaz.

O primeiro-ministro tunisino presente na cerimónia da assinatura do contrato, su-

blinhou que «no contexto deste projeto, foram já colocadas dez subestações em serviço,

das quais duas foram construídas de raíz. A última subestação, de 150/33 kV, foi inau-

gurada a 22 de junho, na região de Ksour Essef, a 200 quilómetros da capital, Tunes».

Em comunicado, a Efacez referiur que “a empresa portuguesa ficou responsável pela

elaboração dos estudos eletromecânicos, fornecimento e transporte de equipamentos

até à Tunísia, supervisão da montagem, ensaios e formação dos técnicos”. O projeto

também inclui as “áreas da energia e da automação, abrangendo proteções, comando,

controlo, baterias e carregadores”, adianta o comunicado da Efacec.

A empresa portuguesa lembrou que o mercado tunisino não é novo, e que desenvol-

ve projetos com a STEG desde 1990. “Em 2017, a STEG selecionou a empresa portu-

guesa para implementar um projeto de engenharia, fornecimento e supervisão de três

subestações no Ruanda”. Ainda na Tunísia, a Efacec venceu um concurso internacional

para o fornecimento de 500 passagens de nível no país, em colaboração com a SNCFT. ‹

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 17 16 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

MIGUEL FRASQUILHOO Presidente do Conselho de Administração do Grupo TAP está de parabéns pelo sucesso do grupo aéreo português na estratégia prosseguida de aposta e crescimento de mercados como o Brasil e os EUA, ao mesmo tempo que explorar potencialidades e oportunidades noutras latitudes, como na vizinha Espanha, ou noutras geografias europeias e africanas. A renovação da frota, mais sustentável e amiga do ambiente, também ajuda nessa aposta. ‹

ANA MENDES GODINHOA Secretária de Estado do Turismo viu coroado de êxito a sua estratégia para conseguir um investidor turístico para o Convento deo Carmo, em Moura. Mas, essa estratégia em termos globais tem sido amplamente vitoriosa na aplicação do programa Revive, onde o Estado colocou imóveis degradados ou sem uso para futura utilização turística, com resultados muito animadores e positivos para o turismo em Portugal. ‹

LUÍS CAPOULAS SANTOSO Ministro da Agricultura está em alta neste período, pois teve um importante papel na aprovação do investimento do Centro de Excelência para a Agricultura e Indústria em Santarém, bem como do aumento dos países para onde vários produtores portugueses poderão exportar produtos e animais provenientes da agricultura portuguesa. Sinais de que a agricultura nacional tem presente e futuro, sendo um setor onde vale a pena apostar. ‹

› A ABRIR › NOTICIÁRIO

Portugueses podem exportar cavalos para a Arábia Saudita

Os criadores portugueses de cavalos já podem exportar

para a Arábia Saudita, considerado como um importante

mercado junto do qual Portugal registou interesse em 2018,

tendo o processo ficado recentemente concluído, apenas um

ano após o início das negociações.

Com a abertura do mercado saudita, sobre para 58 o núme-

ro de mercados abertos pelo governo português, que viabi-

liam a exportação de 227 produtos, dos quais 172 de origem

animal e 55 de origem vegetal.

A Arábia Saudita junta-se ao de El Salvador e da Malásia,

para os quais os criadores portugueses de cavalos já podem

exportar. O governo indicou que prosseguem as negociações

com mais seis países, entre os quais a Índia e a China. ‹

Centro de Excelência para a Agricultura e a Agro-Indústria, em Santarém

Investimento de 5,2 milhões para melhorar a agricultura

A Estação Zootécnica Nacional, em Santarém, vai passar a

designar-se por Centro de Excelência para a Agricultura e a Agro-

-Indústria, num investimento de 5,2 milhões de euros, tendo por

objetivo aumentar a investigação e desenvolvimento na área da

Lezíria do Tejo.

Segundo um comunicado da Comunidade Intermunicipal da

Lezíria do Tejo e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e

Veterinária, “o novo Centro de Excelência para a Agricultura e a

Agro-Indústria (CEAAI) terá como objetivo fomentar a investiga-

ção e o desenvolvimento tecnológico nos setores agropecuário,

agroalimentar e agrícola”.

A implementação do Centro na EZN permitirá oferecer os ser-

viços e os meios já existentes na estação que, numa área de 240

hectares, concentra infraestruturas de experimentação animal,

laboratórios, e ainda um Centro de Documentação e Informação.

Segundo os promotores, a atividade do centro passará também

pela articulação com entidades de ensino, ao nível da formação

técnico-profissional, universitária e pós-graduada. ‹

Peniche vai receber Parque de Ciência e Tecnologia do Mar

Vai nascer em Peniche o Parque de Ciência e Tecnologia do Mar

(SmartOCEAN), um projeto com um investimento de 3,5 milhões de

euros, e no qual são parceiros a própria autarquia de Peniche, a Do-

capesca, o Instituto Politécnico de Leiria e o Biocant de Cantanhede.

Segundo nota emitida pelo Instituto Politécnico de Leiria, a obra

terá início no próximo ano e será “uma infraestrutura tecnológica de

acolhimento empresarial focada na economia do mar”, visando cum-

prir o objetivo de “concretizar o desígnio do mar e incentivar a explo-

ração sustentável dos recursos marítimos”.

O projeto ocupará uma área de 1500 metros quadrados junto ao

edifício CETEMARES, na zona central da cidade de Peniche. O novo

parque formará uma “relação simbiótica” entre a cidade de Peniche,

“a formação superior nas áreas do turismo e ciência e tecnologias do

mar, na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), e

da infraestrutura científica do IPL dedicada ao mar, o CETEMARES. ‹

Alcácer do Sal garante redução tarifária nos passes para Lisboa e Algarve

Mobilidade a sul do Sado melhorada

Vítor Proença, na qualidade de presidente da CIMAL – Comunidade Intermunicipal

do Alentejo Litoral e da Câmara de Alcácer do Sal, assinou a 22 de agosto com o seu con-

génere da AML – Área Metropolitana de Lisboa, Fernando Medina,, com o presidente da

Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central e presidente da Câmara de Évora, Carlos

Pinto de Sá, e do presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve e presidente da

Câmara de Tavira, Jorge Botelho.

As partes assinaram contratos interadministrativos, que aconteceram no Salão Nobre

da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, e que garantem aos utentes dos cinco concelhos

do litoral alentejano o acesso a passes rodoviários com um preço máximo de 40 euros em

deslocações de e para Setúbal e restante Área Metropolitana de Lisboa, bem como para as

áreas do Alentejo Central e do Algarve, respetivamente.

Segundo Vítor Proença, presidente do CIMAL, «este é um importante benefício para

os utentes habituais dos transportes públicos, que ganharão relevantes poupanças no

seu orçamento familiar». Estes contratos seguem-se à redução tarifária já praticada em

viagens dentro do Alentejo Litoral e vêm oferecer a cobertura de uma rede territorial mais

vasta. No caso particular de Alcácer do Sal, os utentes passarão a poupar entre 50 e 90

euros no passe em linha. ‹

Algarve debate culturas exóticas

A 12ª edição das Conferências da Vida Rural, vai decorrer na Biblioteca Municipal

de Faro, no dia 10 de setembro, vai debater os novos panoramas, mas igualmente os

desafios e as soluções sobre tudo “o que move a fruticultura a sul”. Aspetos como maior

investimento em culturas de frutas exóticas, a produção de pequenos frutos, o aumento

da produtividade de citrinos e o fortalecimento de uma nova geração de jovens agricul-

tores são alguns dos temas que marcarão a conferência em Faro, onde o tam da mão-de-

-obra será um dos mais marcantes, pois a região mais ao sul de Portugal debate-se com

um défice acentuado de pessoas, não apenas para trabalhar no turismo, mas também na

agricultura. ‹

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 1918 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› GRANDE ENTREVISTA

Stefano Somma, Presidente da COCORENT, empresa europeia de soluções ecológicas de mobilidade urbana

Scooters eléctricas ajudam a melhorar a mobilidade urbana e o ambiente nas cidades

No ano passado foi fundada a COCORENT, a mais conhecida empresa europeia de

soluções ecológicas de mobilidade urbana. Stefano Somma, presidente da COCORENT,

concedeu uma entrevista exclusiva à PAÍS€CONÓMICO na loja da marca no centro

de Lisboa, realçando a abertura já no início deste mês de Setembro da loja na cidade do

Porto, além da relevante presença que já possui no Algarve, afinal, os turistas são um

mercado-alvo muito importante para a marca que quer crescer para outras cidades em

Portugal. A COCORENT vende e aluga as scooters eléctricas da marca YADEA, a marca

líder mundial de motas eléctricas, com uma qualidade de alto nível já comprovada e

com um preço muito competitivo. Stefano Somma sublinha que a COCORENT já chegou

ao Reino Unido, Itália e Espanha, na Europa, e ao Brasil, na América do Sul, mas tem a

ambição de atingir todo o mercado europeu nos próximos anos.TEXTO › JORGE ALEGRIA | FOTOGRAFIA › RUI ROCHA REIS E CEDIDAS PELA COCORENT

Como surgiu o interesse e a oportunida-de de entrar no negócio das motas eléc-tricas?

Gostaria de referir que no início deste

século desenvolvia a actividade na área do

imobiliário no Luxemburgo.

Depois, escolhi Portugal, um país fan-

tástico, com uma clima magnífico, um

ambiente de negócios interessante e que

se tem desenvolvido de forma bastante

positiva sobretudo nos últimos anos, logo,

um local interessante para iniciar um

novo ciclo empresarial, necessariamente

adaptado às características e potencialida-

des do país.

Comecei então a pesquisar o que pode-

ria fazer tem termos empresariais e depois

de vários estudos e pesquisas, incluindo

viagens a vários países, decidimos entrar

no negócio da venda e locação de motas

eléctricas, uma área ainda com muito po-

tencial para desenvolver e crescer, tanto

na Europa como noutros continentes.

Como surge a parceria com o grupo YA-DEA?

Devo referir que o nosso primeiro alvo

foi uma empresa em Espanha, mas as

motos que produzia vieram a revelar al-

guma falta de fiabilidade. O nosso objec-

tivo era o de entrarmos num negócio cujo

produto fosse de topo a nível mundial e

capaz de proporcionar uma qualidade e

um serviço sem falhas aos nossos futuros

clientes. Portanto, tivemos de ver onde, a

nível mundial, se produziam as melho-

res motas eléctricas, e que quisesse fazer

uma parceria connosco de modo a nos

constituirmos um dos principais players

europeus e mundiais na comercialização

e aluguer de motas eléctricas no mundo.

Encontraram então esse parceiro no gru-po YADEA?

Exactamente. Fomos à China e conver-

sámos com o director comeracial da YA-

DEA, que não só compreendeu o nosso

projecto, como ficou muito entusiasmado

com ele e foi um dos artífices da parceria

que firmámos para o mercado europeu,

bem como para outros mercados, nomea-

damente, africano e sul-americano.

Repare, a China é o maior produtor

mundial de motas eléctricas, com um

mercado onde se vendem anualmente

cerca de 6 milhões de motas eléctricas,

portanto, é um país com uma forte capa-

cidade industrial e um mercado onde po-

dem testar e desenvolver perfeitamente

as motos eléctricas que saem das fábricas

no país.

Mais, no caso do grupo YADEA, devido

à dimensão, capacidade e qualidade que

possui, possibilitam-nos ter acesso às me-

lhores motas eléctricas construídas a nível

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 2120 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› GRANDE ENTREVISTA

mundial, além da vantagem de conjuga-

rem enorme qualidade e fiabilidade com

um custo muito competitivo, bem abaixo

de similares produzidas na Europa.

COCORENT já está em Portugal, Espanha, Reino Unido, Itália e BrasilEm conformidade com esses contactos, estabeleceram uma parceria com o gru-po YADEA e tornaram-se o Master Fran-chising da marca para a Europa?

Em primeiro lugar, deixe-me frisar que

a COCORENT surgiu em 2018, tendo

como objectivo se constituir como uma

empresa europeia de soluções ecológicas

de mobilidade urbana. Actualmente so-

mos uma empresa mundial de e-scooters,

com presença em Portugal, mas também

noutros países europeus, além de Cabo

Verde e no Brasil.

É claro que a constituição da

COCORENT surgiu como impulso

da parceria estabelecida com o grupo

YADEA, onde somos o Master Franchi-

sing da marca para a Portugal.

Aliás, como referi anteriormente, a

abertura da COCORENT em Cabo Ver-

de, por um lado, e no Brasil, por outro,

são exemplos concretos dos passos já

empreendidos , para nos posicionarmos

em África e na América do Sul, respecti-

vamente, continentes onde pretendemos

crescer no futuro para outros países, em-

bora um país com a dimensão – territorial

e populacional – como o Brasil, país aliás

com forte tradição de utilização da mota,

nos proporcione um muito amplo merca-

do para conquistarmos.

De referir ainda que, embora não tenha-

mos uma presença directa, a COCORENT

é também distribuída na cidade marro-

quina de Saidia, através de um parceiro

que temos na área da marina daquela ci-

dade de Marrocos.

E na Europa, além de Portugal, onde é que a COCORENT vai marcar presença?

Como referi, a nossa estratégia é a de es-

tar em toda a Europa. Para além de Portu-

gal, onde iniciámos a actividade, abrimos

no Reino Unido – curiosamente, através

de um parceiro português instalado no

país – e em Itália, a partir da cidade de

Salerno - aliás como pode constactar na

entrevista que lhe estou a conceder aqui

na nossa loja de Lisboa, tenho a meu lado

o Carmine Colaps, que é o responsável da

nossa operação em Itália. Mas, o objectivo

a longo prazo é disponibilizarmos as mo-

tas eléctricas YADEA em toda a Europa,

sobretudo em países como a Espanha,

França e Alemanha, além de vários outros.

Em Portugal, onde já estão presentes?

Em Portugal, para além desta loja de

Lisboa na rua Joaquim António de Aguiar

(entre as Amoreiras e o Marquês de

Pombal), já possuímos lojas nas cidades

algarvias de Lagos, Portimão, Albufeira,

Almancil. Acabámos de abrir no início

de Setembro na cidade do Porto, e pre-

tendemos estender a marca COCORENT

a outras cidades do país, nomeadamente,

como Coimbra, Braga, Aveiro, Viseu, Lei-

ria, Évora, Setúbal, Faro, entre outras.

Entretanto, gostaria de sublinhar a pre-

sença na COCORENT Portugal da figura

do Julien Galassi, que é o nosso director

comercial, que aliás tem também sob a

sua responsabilidade a nossa loja COCO-

RENT/YADEA em Albufeira, ao mesmo

tempo que será o responsável do desen-

volvimento da rede em Portugal.

Queremos empreendedores para serem franchisados da COCORENTSei que além da presença directa da COCORENT em várias cidades portugue-sas, também pretendem enveredar pelo sistema de franchisados. Como os em-preendedores portugueses poderão se juntar à COCORENT?

É verdade que estamos interessados em

receber para trabalhar com a COCORENT

todos aqueles que acreditam nas soluções

de mobilidade urbana ambientalmente

sustentáveis, onde as motas eléctricas,

mas também as bicicletas possuem um

espaço muito interessante a desempenhar

na sustentabilidade das cidades, não ape-

nas portuguesas, mas em todo o mundo.

Para o efeito, a COCORENT deseja en-

contrar empreendedores que sejam nos-

sos franchisados para trabalhar com as

nossas motas eléctricas nas cidades por-

tuguesas. O custo para ser franchisado da

COCORENT é apenas de 30 mil euros, e

disporá não só da nossa marca bem como

dos recursos associados, não apenas em

termos de promoção, assim como de assis-

tência técnica, jurídica e comercial. Acre-

ditamos que a rentabilidade é elevada e

rapidamente permite o retorno do inves-

timento inicialmente efectuado.

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 2322 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› GRANDE ENTREVISTA

As motas eléctricas YADEA além de

serem as melhores e mais fiáveis a nível

mundial, possuem igualmente uma rela-

ção preço-qualidade altamente competiti-

va, podendo variar dos 1.800 a 5.000 euros

por mota, dependendo naturalmente do

nível da mota que se pretender comprar.

Scooters eléctricas para todas as faixas etáriasAs vossas motos estão apenas disponí-veis para venda?

Vendemos e alugamos scooters eléctri-

cas nas nossas lojas. Simples. Eficiente.

Útil para todos.

As nossas scooters eléctricas recreativas

destinam-se a um público alargado, pois

tanto jovens como idosos podem desfru-

tar com segurança de um meio de trans-

porte testado por profissionais do sector.

As nossas scooters permitem viajar e

aproveitar de forma divertida, enquanto

contribuem também para preservar o am-

biente.

Gostaria ainda de destacar um aspec-

to fundamental que confere uma grande

vantagem às motas eléctricas. É a facili-

dade do carregamento da sua bateria – as

scooters mais caras possuem duas bate-

rias, o que também permite uma maior

autonomia de circulação, tanto em espaço

urbano, como fora das cidades – que po-

dem ser carregadas em casa, nas garagens,

ou até num restaurante enquanto se con-

some uma refeição, ou num bar enquanto

se toma um café. É muito flexível e fácil o

carregamento eléctrico das scooters.

É importante destacar, ainda, o facto

de legislação europeia favorecer em

termos fiscais a aquisição das scooters

eléctricas no espaço da União Europeia,

naturalmente, Portugal incluído. Ou seja,

se um pai adquirir uma scooter eléctrica

para o seu filho, ou até para si próprio,

poderá ter um benefício fiscal em sede

de IRS, e que atinge um valor bastante

interessante face ao valor investido na

scooter.

Referiu que as motas eléctricas podem ser utilizadas por uma vasta gama de público, desde os jovens até aos idosos. Em concreto, quais são as faixas etárias

a quem mais se direcciona as vossas scooters eléctricas?

Como referi, a todas as pessoas, desde

os jovens aos idosos. Certamente que os

turistas são um público-alvo também com

grande importância, sobretudo no seg-

mento do aluguer, pois constituem um

meio de transporte muito fiável e fácil

para se deslocarem nas cidades.

Para além dos cidadãos, a COCORENT possui alguma estratégia para ajudar a introduzir as motas eléctricas em orga-

nismos públicos e privados, que dessa forma rentabilizem as suas operações e mais facilmente possam chegar aos ci-dadãos que servem?

A COCORENT possui uma gama de

scooters para profissionais de entregas rá-

pidas, como sejam scooters para entregas

de pizzas, scooters para entregas rápidas

de outras refeições e outras empresas de

entrega de comida. Mas também esta-

mos a desenvolver contactos para que as

scooters eléctricas sejam introduzidas em

serviços públicos bem como por exemplo

para entrega de correio. Permite uma mo-

bilidade mais forte, com redução de cus-

tos e melhor preservação ambiental.

No próximo ano, já com uma rede bas-tante mais desenvolvida em Portugal, qual será a meta fixada para a venda de scooters eléctricas no nosso país?

Em 2020, o nosso objetivo aponta para

a comercialização de cerca de 10 mil scoo-

ters eléctricas em Portugal, enquanto que

as vendas em todos os países onde esta-

remos presentes até ao final do próximo

ano, nos permitirão vender cerca de 50

mil scooters eléctricas YADEA. ‹

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 2524 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

Força Aérea Portuguesa é a primeira a adquirir os novos KC-390

827 milhões para compra de cinco aeronavesA Força Aérea Portuguesa será a primeira a utilizar os novos

aviões de carga KC-390 construídos pela brasileira Embraer, ten-

do sido assinado em Évora o contrato de aquisição de cinco ae-

ronaves, a primeira das quais chegará a Portugal em fevereiro de

2023. Depois, o nosso país receberá até 2027 uma nova aeronave

em cada ano.

Com um investimento global de 827 milhões de euros, os cinco

KC-390 virao substituir a atual frota dos Hérculos C-130. No valor

acordado se inclui também a aquisição de um simulador de voo e

a manutenção das aeronaves nos primeiros 12 anos de vida.

Segundo o Primeir-Ministro, António Costa, presente no ato

de assinatura do acordo entre o Estado português e a Embraer, a

Força Aérea ficam dotadas «com uma nova geração de aeronaves

de transporte tático e estratégico, de apoio a missões de interesse

público que podem substituir a esquadra dos C-130, que operam

desde 1977».

Por outro lado, António Costa sublinhou que o ato que presen-

ciou significa também «um bom dia para as nossas Forças Arma-

das, é um bom dia para o nosso sistema de inovação e indústria, é

um bom dia para a cidade de Évora, para o conjunto do Alentejo

e para a coesão territorial e é um grande dia para as relações entre

Portugal e o Brasil».

Recorde-se que a Embraer construiu duas unidades industriais

em Évora, além de gerir a OGMA, em Alverca do Ribateja, contri-

buindo todas estas unidades industriais com a produção de com-

ponentes para a fabricação do KC-390. Aliás, o ministro português

da Defesa, João Gomes Cravinho, sublinhou que o processo de

aquisição do KC-390 por Portugal é «muito mais do que uma sim-

ples despesa, é um grande investimento para o país, pois é uma

aeronave com alcance intercontinental e com capacidade para

executar diversas missões e operações estratégicas, táticas, civis

e militares». ‹

› LUSOFONIA › Brasil

Brasil cresce no número de habitantes

Brasil ultrapassou os 210 milhões de habitantes

O Diário Oficial da União (DOU) brasileiro publicou no dia 28

de agosto, os dados atualizados quanto à população global à data

existente no Brasil. Segundo o diário oficial o número total de

brasileiro é de 210.147.125 habitantes, um valor que supera os

208 milhões registados em 2018.

O estado de São Paulo é o mais populoso estado brasileiro com

45.919.049 pessoas, seguindo-se o estado de Minas Gerais com 21-

168.791 habitantes, e o estado do Rio de Janeiro com 17.264.943

habitantes.

No Nordeste, a Bahia é o estado mais populoso, com 14.873.064

habitantes, destacando-se também o Ceará com 9.1 milhões de

habitantes.

No Norte, o estado mais populoso é o Pará, com 8.602.865 ha-

bitantes, enquanto no Sul, o estado do Rio Grande do Sul possui

11.433.957 habitantes. O Distrito Federal, onde se situa a cidade

de Brasília, possui 3.015.268 habitantes.

No que respeita à população das principais cidades brasileiras,

São Paulo possui 12.252.023 pessoas. ‹

EDP Brasil vai construir parque solar na Globo

A EDP Brasil vai construir um parque solar para os es-

túdios da Globo, no Rio de Janeiro, onde instalará mais de

2.000 painéis fotovoltaicos nos novos estúdios da Global,

localizados na ‘Cidade Maravilhosa’. A estrutura terá capa-

cidade para produzir energia suficiente para abastecer 350

residências por mês, sendo que o sistema “irá funcionar em

regime de autoprodução e gerar energia ao novo espaço do

grupo de media brasileiro durante 25 anos”.

Este projeto já não é o primeiro feito em parceria da EDP

Brasil para a Globo, pois anteriormente já construiu “um

sistema semelhante para a companhia brasileira no Recife,

com 468 painéis fotovoltaicos”. ‹

Quinta do Portal ganha primeiro concurso brasileiro

O Quinta do Portal Azeite Virgem Extra Premium foi o vencedor do

primeiro concurso internacional de azeites do Brasil, realizado em São

Paulo. O azeite português produzido na região do Douro venceu o con-

curso entre os 90 azeites de sete países que estiveram em prova. No top

10 ainda ficou um outro azeite português produzido em Trás-os-Montes.

O mercado brasileiro é cada vez mais importante para os azeites por-

tugueses (e de outros países), além do crescimento registao igualmente

no setor dos vinhos.

Segundo o júri do concurso, o mais relevante no azeite virgem extra

premium da Quinta do Portal são as suas “azeitonas, fundamentalmen-

te maduras, provenientes do Douro”, apresentando ainda “notas marca-

das de verde folha de oliveira, erva fresca e frutos frescos”. ‹

Bahia e Portugal inauguram o Air Centre Bahia

A Universidade Federal da Bahia (Ufba) e o estado português inauguraram em Salvador, capital do estado brasileiro da Bahia, o novo

Centro Internacional de Investigação do Atlântico – Air Centre Bahia, resultado da cooperação entre as instituições, num acordo de cerca

de 3,5 milhões de euros para promover o intercâmbio de estudantes e pesquisas no Oceano Atlântico.

O Coordenador de Negócios do Air Centre Bahia destacou que a unidade de pesquisa está também no Rio de Janeiro e no Ceará e que

a parceria é de grande importância tanto para o Brasil quanto para Portugal. ‹

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 2928 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› EMPRESARIADO

Metalurgia e Metalomecânica a caminho de exportações recorde em 2019

Exportações superaram os 10 mil milhões no 1º semestre

As exportações do setor da metalurgia e metalomecânica su-

biram 6,6% no primeiro semestre de 2019, atingindo a soma de

10,2 mil milhões de euros. A Itália foi o mercado com um cres-

cimento (37,7%) mais robusto, seguido da

Alemanha e da Espanha, reforçando o peso

das exportações para o espaço da União

Europeia, cujas exportações subiram em

conjunto em 8,4%, para os 8,5 mil milhões

de euros. A descer estiveram os mercados

dos EUA e da China.

Com o valor exportado no primeiro se-

mestre de 10,2 mil milhões de euros, a me-

talurgia e a metalomecânica já atingiu de

janeiro a junho o valor de 55,64% do total

exportado em 2018.

Em termos de subsetores, destaque

para o crescimento de 17,3% do material

de transporte, correspondente às peças

técnicas de alto valor acrescentado para a

metalurgia e a metalomecânica portuguesa produz para equipar

as indústrias dos setores automóvel, aeronáutico, ferroviário e na-

val, entre outros. Com perfermances menos positivas no primeiro

semestre estiveram a metalurgia de base, as máquinas e equipa-

mentos e mobiliário metálico, que registaram decréscimos acu-

mulados das exportações de 2,4%, 6,7% e 13,7%, respetivamente.

Se as exportações para a União Europeia estão a crescer, exis-

tem outros mercados exteriores também a crescer, como é o caso

do Canadá, aproveitando provalmente a redução de tarifas no se-

guimento do acordo de livre comércio formalizado entre a União

Europeia e o Canadá, por outro lado, registaram-se uma diminui-

ção das exportações destinadas a dois mer-

cados extra-comunitários considerados

estratégicos, como são os EUA e a China.

Se para os EUA, no primeiro semestre de

2019, as exportações desceram 12,4% (me-

nor 35 milhões de euros de exportações),

já no que respeita ao mercado chinês, as

exportações portuguesas cairam 47,4%

desde o início do ano, uma perda nesse pe-

ríodo de 54 milhões de euros.

Para Mafalda Gramaxo, diretora geral da

AIMMAP, a associação empresarial mais

representantiva do setor em Portugal, con-

gratulou-se com a evolução geral registada,

que reconhece como «muito boas», em-

bora também reconheça que os «rumores

de uma crise são sempre preocupantes», mas, adianta, que neste

momento «não há sinais que indiciem qualquer situação desse

género».

A responsável da AIMMAP salienta que as exportações da me-

talurgia e metalomecânica crescem há 12 anos consecutivamente,

mas nota a preocupação do setor para a crescente falta de mão-

-de-obra especializada para trabalhar neste setor que é o principal

exportador da economia portuguesa. ‹

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› EMPRESARIADO

Iberinform edita nota sobre a evolução da economia portuguesa

Procura interna com maior influência que as exportações no crescimento do PIB

A procura interna em 2018 passou a ter uma maior influência no crescimento do

PIB nacional do que as exportações. O aumento das exportações contribuiu para um

crescimento de 0,8% do PIB num total de 2,1%, a influência mais baixa dos últimos nove

anos. A procura interna teve um contributo superior a 1,3%, com o consumo privado a

ser determinante (1%).

Segundo o estudo A Economia Portuguesa 2018, divulgado

em finais de julho pela Iberinform, esta procura interna,

assente num conteúdo importado muito elevado, “não é

sustentável e só o será com uma substituição competitiva das im-

portações, inclusive das originadas pelas exportações”.

São os veículos automóveis e

componentes que continuam a

estar por trás do aumento das

importações para satisfação da

procura externa (exportações) e da

procura interna em 2018 (10,7%).

As importações de equipamentos

mecânicos aumentaram 17% e as

importações de equipamentos elé-

tricos e eletrónicos cresceram 12%

para satisfazer a procura interna

(investimento). O ferro e o aço

também tiveram um forte aumen-

to de 14,4%. No campo alimentar, o estudo destaca os aumentos

das importações de carnes (10,8%), cereais (11,9%) e fruta (9,6%).

A atual política económica em Portugal tem tido como objetivo

aumentar o PIB por via do estímulo da procura interna, tanto ao

nível do consumo como do investimento, seja através de políticas

de estímulo ao emprego e aumento de rendimentos (remunera-

ções e pensões), como através da política orçamental, com aumen-

to da despesa pública e diminuição dos impostos sobre os rendi-

mentos das famílias. Contudo, como salienta o estudo divulgado,

“sem aumento da competitividade das exportações e substituição

competitiva das importações, o estímulo à procura interna tem

induzido sempre a um crescimento inststentável, sendo o sobre o

endividamento público e privado uma das suas manifestações”.

No entanto, é reconhecido o reforço da prioridade à internacio-

nalização.

Em 2018, as exportações de bens, excluindo os combustíveis,

desaceleraram em quase todos os produtos da indústria, com

destaque para os bens alimentares (3,4%), incluindo agricultura e

pescas, têxteis (2,8%), plásticos (2,7%), metálicos (6,7%), moldes

para plásticos (0,95%) e outros equipamentos mecânicos (2,9%).

Os equipamentos elétricos e eletrónicos tiveram mesmo uma va-

riação negativa (-4,3%), tal como o calçado (-2,3%). As exporta-

ções de serviços conseguiram determinar um saldo positivo da

balança comercial de serviços em 2018 que compensou o défice

da balança comercial de bens por via fundamentalmente das Via-

gens e Turismo. No entanto, esse excedente poderá estar em causa

em 2019 que no seu primeiro trimestre teve um défice comercial

de -734 milhões de euros, a demonstrar os limites do crescimento

baseado numa procura interna e externa dependente das impor-

tações.

Contudo, em 2018, as exportações nacionais aumentaram

novamente as suas quotas nas importações mundiais, 1,2% nos

produtos e 3,4% nos serviços, o que evidencia ganhos de com-

petitividade. De salientar o desempenho das Viagens e Turismo,

com um aumento de 6,8%, atingindo 1,4% de quota mundial, e

a afirmação da cortiça portuguesa que aumentou 3,3% para con-

quistar a primeira posição mundial com uma quota de 61%. Os

moldes de plástico passaram da 8ª para a 7ª posição mundial com

uma quota de 5,4% no total das exportações mundiais. O papel

elevou a sua quota para 1,3% com

um aumento de 3,6% e os veículos

automóveis tiveram um forte au-

mento de 28,2% para alcançarem

uma quota mundial de 0,60%.

Em 2018, foi reforçada a concen-

tração das exportações nacionais

nos principais mercados da União

Europeia de maior proximidade

geográfica, com os aumentos mais

significativos a registarem-se em

Espanha (6,2%), que aumentou

o seu peso para 25,3%; França

(7,1%) que aumentou o peso para 12,7%; Alemanha (7,1%) au-

mentou o seu peso para 11,5%, e Itália (27,4%) com um peso

de 4,3%. De destacar ainda os aumentos registados na Áustria

(48,3%), Polónia (20,9%) e Suécia (16,7%). Com variações negati-

vas mais significativas destacam-se Angola (-15%), China (-21,6%)

e Brasil (-13,9%).

A economia portuguesa está condicionada por um contexto

internacional onde as ameaças superam as oportunidades. A vul-

nerabilidade da integração europeia, o Brexit, as fragilidades do

protecionismo, os riscos das economias emergentes, a variação

negativa da procura mundial ou o aumentar dos riscos geopolí-

ticos na América, com especial destaque para a Venezuela, com

uma ampla comunidade lusa, são algumas dessas ameaças. Em

contra tendência, o recente acordo da União Europeia com o Mer-

cosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), complementar aos

acordos com os países andinos da Colômbia, Peru e, potencial-

mente, Equador, abre quase toda a América do Sul ao comércio

livre com a EU, com destaque para as cadeias de valor automóvel

e alimentar, que serão favoráveis a Portugal.

No plano do mercado interno, a economia portuguesa conti-

nua condicionada pelo excessivo endividamento do Estado, não

profundamente modernizado, pelas fragilidades das instituições

financeiras com as suas imparidades e contingências, grande par-

te delas estatizadas e nacionalizadas, e pelas famílias com níveis

de endividamento e de tributação melhorados, mas ainda muito

elevados.

No primeiro trimestre de 2019, o contributo das exportações

para a variação do PIB nacional foi negativo (estimado em 0,4%),

tendo a procura interna sido determinantes para o crescimento

de 1,8% do PIB, com um contributo de 2,2%. As previsões apon-

tam para que as exportações mantenham um menor contributo

para um menor crescimento do PIB, de 0,4% em 2019 e 0,5% em

2020 e 2021. O cenário de crescimento do PIB antevê um cresci-

mento de 1,7% em 2019 e de 1,6% em 2020 e 2021. ‹

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 3332 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› EMPRESARIADO

Julius Baer reforça aposta no mercado português

Contrata equipa de quadros superiores em Portugal

O Julius Baer é o principal grupo suíço de gestão de fortunas, sendo também uma das

mais reconhecidas marcas mundiais na prestação de serviços de consultoria a clientes

privados sofisticados. Com sede em Zurique, e presença em 25 países, o Julius Baer

decidiu reforçar a aposta no mercado português com a contratação de uma dezena de

quadros superiores, embora tenham começado a trabalhar em Madrid, mas visando o

mercado português.

Após a consolidação da presença em Espanha, sobretudo

após a abertura de um novo escritório em Barcelona, em

abril do presente ano, a contratação desta nova equipa

para acompanhar o mercado português “constitui mais uma pro-

va do investimento contínuo do Julius Baer, em linha com a sua

inteligente estratégia de acompanhamento do mercado”, refere

um comunicado da casa suíça.

Aliás, segundo Carlos Recorder, Head Western Europe, «o Ju-

lius Baer define Portugal como um mercado em ‘desenvolvimen-

to’ e está empenhado em investir no seu crescimento. Através de

uma relação mais próxima com os clientes privados e de uma

oferta exclusiva enquanto banco privado, o Julius Baer está numa

posição privilegiada para captar quota de mercado local em Por-

tugal e expandir a sua atual base de clientes. A contratação desta

ampla euipa de quadros superiores demonstra o nosso compro-

misso a longo prazo com o crescente mercado».

A nova equipa do Julius Baer dedicada ao mercado português, é

composta pelo seu responsável José Maria do Cazal-Ribeiro (Ma-

rket Head Portugal), por Gonçalo Maleitas Correia, Gonçalo Pinto

Basto, Francisco Pimentel, Gonçalo Viana de Sousa, Luís Barata,

Salvador Roque de Pinho, Luís Barreto Xavier, Ana Maria da Sil-

va e Maria João Abreu. Registe-se a curiosidade de vários destes

quadros terem passado anteriormente pelo Credit Suisse e pelo

Merril Lynch. ‹

Cadeia de ginásios femininos portugueses chega ao país vizinho

Vivafit chega a Espanha em Setembro

A cadeia portuguesa de ginásios femininos Vivafit prepara-se para abrir no próximo dia

23 de Setembro, a sua primeira unidade em Madrid, capital da vizinha Espanha.

O primeiro ginásio da Vivafit na

capital espanhola ficará locali-

zado na Rua Sor Angela de la

Cruz, considerado um elegante bairro de

escritórios e residencial “Cuzco” junto ao

c´lebre Paseo de la Castellana. O contrato

de franshising foi assinado em Lisboa na

residência da Embaixadora de Espanha

em Portugal, tendo estado presentes a

própria Embaixadora de Espanha, Marta

Betanzos Roig, o CEO da Vivafit, Pedro

Ruiz, a nova franchisada, Ana Lopez e

Julia Nieto e representação da Câmara de

Comércio e Indústria Luso-Espanhola.

Segundo comunicado emitido pela ca-

deia Vivafit, a nova franchisada está ligada

à gestão de ginásios há cerca de 15 anos.

“Graças a esta vasta experiência, Ana Fer-

nandez viu o valor de se associar a uma

marca de fitness inovadora e internacio-

nal como a Vivafit”, adiantou a nota da

empresa liderada por Pedro Ruiz.

A Vivafit – única cadeia portuguesa do

setor com presença no estrangeiro – tem

espaços abertos em Portugal, Índia, Paquis-

tão, Taiwan, Emirados Árabes Unidos, Uru-

guai e Kuwait, num total de 31 ginásios,

empregando cerca de 300 licenciados em

educação física.

Com o lançamento das modalidades

Sbarre (Ballet Fitness), Burn It (cardio e

força) e Flex It (Body & Mind) e a inclusão

de “corners” Personal20 no interior dos

ginásios Vivafit, a facturação média de

cada franchising aumentou 10% no ano

de 2018. Com o lançamento do sistema

inovador a nível mundial de controlo de

qualidade e formação semanal dos Perso-

nal Trainers está previsto um aumento de

40% nos lucros do Personal Training até

ao final do ano de 2019. ‹

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 3534 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› EMPRESARIADO

Torrestir faz parceria com a Autoeuropa

Gigaliner Volkswagen AutoeuropaA Volkswagen Autoeuropa apresentou no final de agosto o

Gigaliner, um poderoso camião de três eixos acoplado a uma se-

mirreboque e a um dolly que vai poupar 70 toneladas de CO2/

ano, uma redução de cerca de 30% das emissões de CO2 na rota

servida por este novo modelo de transporte.

Esta solução logística marca uma mudança significativa no se-

tor da logística e dos transportes, referiu Dinora Guerreiro, dire-

tora da cadeia de abastecimentos e transportes das Volkswagen

Autoeuropa, adiantando que «com este projeto será possível ob-

ter melhorias a vários níveis, mas realço sobretudo as perspetivas

ambiental e económica».

O primeiro Gigaliner ao serviço da Volkswagen Autoeuropa irá

percorrer cerca de 150 km até ao fornecedor MD Plastics, que se

localiza em Valado de Frades (concelho da Nazaré), mas aquela

responsável da empresa de Palmela acrescentou que «dentro de

um ano eseramos estender esta solução a outros fornecedores

portugueses e talvez a fornecedores em Espanha».

Ainda segundo Dinora Guerreiro, «desafiámos a Torrestir para

estudar esta possibilidade, analisámos em conjunto, também

como o referido nosso fornecedor MD Plastics para ver se era pos-

sível, e acabámos por decidir avançar», salientou a responsável da

VW Autoeuropa.

Apesar da Torrestir constituir o primeiro parceiro logístico

nesta solução, a Volkswagen Autoeuropa não descarta poder no

futuro estabelecer também parcerias com outros operadores de

transportes.

Finalmente, é de referir que com a introdução deste novo con-

ceito de transporte logístico, será possível reduzir entre 30 a 40%

o tráfego de camiões por semana nesta rota, o que significa uma

poupança de custos logísticos de 5% face às condições atuais. ‹Santos e Vale passa a representante da Palibex em Portugal

Reforço da presença ibérica da empresaA rede de distribuição expresso de paletes Palibex ganha força em Portugal com a associação estratégica à Santos e Vale a qual, é agora

o seu parceiro exclusivo no nosso país.

Segundo um comunicado enviado pela Palibex, “a entrada da Santos e Vale é uma ótima notícia para a rede de transporte urgente

Palibex, pois implica uma melhoria nos tempos de trânsito das mercadorias e prazos de entrega oferecidos pela empresa, comprometida

desde a sua origem com a rapidez nos serviços de paleteria”.

Com o estabelecimento desta parceria, a Santos e Vale reforça a sua presença a nível ibérico oferecendo um serviço rápido, seguro e

fiável de e para Espanha, direcionado a envio de mercadorias em palete.

«Muitos dos nossos objetivos e políticas de qualidade são compartilhados pela Palibex, o que nos garante uma associação e uma abor-

dagem ao mercado em sintonia e a uma só voz. Ter um parceiro que tenha a visão de ser a rede de referência para o transporte urgente

de mercadorias paletizadas é fundamental, porque nos garante que irão fazer tudo para certificar a eficiência e a qualidade de serviço

que também prometemos aos nossos clientes», sublinhou Joaquim Vale, administrador da Santos e Vale. ‹

Porsche TaycanNo dia 4 de setembro foi lançado a nível mundial o novo Porsche Taycan, o primei-

ro veículo totalmente elétrico da família Porsche. Os primeiros modelos da gama são

o Taycan Turbo S e o Taycan Turbo, Estas versões são as mais potentes dos modelos

que o construtor alemão de automóveis desportivos tem na sua gama de produtos.

O Taycan é o primeiro veículo de produção com uma voltagem de 800 volts, contra

os habituais 400 volts para automóveis elétricos. Em apenas 5 minutos a bateria pode

ser carregada através de corrente contínua (DC) a partir das estações de carregamen-

to da rede de alta potência para uma autonomia até 100 quilómetros.

Os dois modelos já disponíveis custam, respectivamente, 192,661 euros e 158,221

euros. ‹

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 3736 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› EMPRESARIADO

Chronopost investe no Alentejo e AlgarveCom a construção de novas bases logísticas em Évora (Alen-

tejo) e Faro (Algarve), um investimento global de 3,5 milhões

de euros, e cuja conclusão está prevista para junho do próximo

ano, a empresa especializada em logística pretende assim res-

ponder ao crescimento da procura em ambas as regiões do sul

de Portugal.

Segundo Olivier Establet, CEO da Chronopost, «os novos espa-

ços da Chronopost em Évora e Faro têm como objetivo dar res-

posta ao forte crescimento da empresa na região Sul. Ao longo

dos últimos anos, a Chronopost tem registado um aumento signi-

ficativo no volume de encomendas no Alentejo e Algarve, como

tal, este investimento tem como finalidade continuar a manter

um serviço de excelência para os nossos clientes e criar todas as

condições para lidar com o crescimento esperado das nossas ati-

vidades nos próximos anos».

As novas bases logísticas da Chronopost estão inseridas nos

conjuntos dos Mercados Abastecedores da Região de Évora

(MARÉ) e de Faro (MARF), com áreas de 2.000 metros quadrados

e 3.300 metros quadrados, respetivamente. Em Portugal, a Chro-

nopost conta com mais de 800 colaboradores, além de deter 13

estações de norte a sul, e uma frota própria de 400 viaturas de

distribuição e 10 viaturas pesadas. ‹

UE apoia investimento da Lauak em Grândola

O Ministério do Planeamento português

anunciou ter homologado o apoio de fun-

dos comunitários ao investimento de 33

milhões de euros da empresa aeronáutica

Lauak, que está a implementar uma unida-

de industrial no concelho de Grândola.

Segundo o comunicado do executivo, o

cofinanciamento de 7,9 milhões de euros

do Fundo Europeu de Desenvolvimento

Regional vai “apoiar a criação de 274 no-

vos postos de trabalho, cerca de 70 dos

quais altamente qualificados”, além de

possibilitar exportações no valor anual de

30 milhões de euros.

A Lauak vai produzir em Grândola

peças com processos tecnológicos avan-

çados, nomeadamente para o fabrico do

Airbus A320. “

A economia alentejana reforça, assim, a

sua presença num cluster industrial com

eelvado valor acrescentado, alargando os

seus atuais polos geográficos de Évora e

Ponte de Sor a novas localizações no terri-

tório alentajano”. ‹

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 3938 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› PORTOS

Porto de Leixões com forte crescimentoO mês de julho constituiu o melhor mês da história do Porto de

Leixões, ao movimentar quase dois milhões (1.9) de toneladas de

mercadorias, o que representou um crescimento de 25,28% face

ao período homólogo de 2018. Os movimentos de granési líqui-

dos e sólidos também se destacaram em julho, com crecimentos

de 5,4% e 55,4%, respetivamente. Quanto à carga contentorizada,

registou também um crescimento de 15,8% face ao mesmo mês

do ano anterior.

Em termos de movimento acumulado entre janeiro e julho do

corrente ano, destaca-se os aumentos registados nos segmentos

Ro-Ro (+18,66%), e a Carga Contentorizada (+11,5%). Entre janei-

ro e julho passaram pelo porto de Leixões 11,5 milhões de tone-

ladas de carga.

Entretanto, relacionado com o porto de Leixões, a Infraestrutu-

ras de Portugal (IP) lançou um concurso público para as obras de

estabilização de taludes na linha ferroviária de Leixões e o siste-

ma de concordância de Gemil.. O investimento previsto neste pro-

jeto é de 3,2 milhões de euros, permitindo, segundo a IP, “reforçar

as condições de segurança e circulação ferroviária”. ‹

Molhe do Porto de Viana do Castelo reforçado

Obras com investimento de 21,4 milhões de euros

A Administração dos Portos do Douro,

Leixões e Viana do Castelo (APDL), ini-

ciou a primeira de quatro fases das obras

de reforço do molhe do Porto de Viana do

Castelo, que terão um custo global de 21,4

milhões de euros.

Num cerimónia que contou com a pre-

sença da ministra do Mar, Ana Paula Vito-

rino, e do presidente da Câmara de Viana

do Castelo, José Maria Costa, foi assinado

o acordo para a obra de Reparação e Re-

forço do Molhe Norte do porto da capital

do Alto Minho. Esta primeira fase da obra

terá um custo de 1,46 milhões de euros.

Segundo nota da APDL, a obra do mo-

lhe norte “inclui um conjunto de instala-

ções, nomeadamente áreas destinadas à

atividade comercial (hotelaria, restaura-

ção, estabelecimentos de diversão e lazer),

ao exercício da atividade da construção

e reparação anval, práticas desportivas e

pesca, que representam um elevado peso

económico para a infraestrutura portuária

nortenha”.

Estas obras são fundamentais para a

consolidação da atividade portuária e

de construção naval em Viana do Caste-

lo, cujo porto desde o início do presente

ano movimentou 213 mil toneladas de

mercadorias, mais 16,3% face ao período

homólogo de 2018, tendo as exportações

representado 74% daquela carga.

Por outro lado, este ano a administra-

ção portuária avançou também com obras

rodoviárias na área, nomeadamente a da

construção de uma rodovia com 8,8 qui-

lómetros de extensão, que ligará o porto

comercial ao nó da Autoestrada 28 em

São Romão de Neiva, permitindo retirar

o tráfego de pesados do interior de vias

urbanas. ‹

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 4140 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› AGROINDÚSTRIA

Mário Rodrigues, Administrador da FRUTALMENTE

«Dignificamos a fruta nacional»

Fundada em 2003 a Frutalmente, SA, é uma oranização de produtores com sede na

Quinta Cruz Pedra em Castanheira do Ribatejo, que conta atualmente com 23 associados

provenientes do Ribatejo, Oeste, Pegões, Vidigueira, Beja, Estremoz e Montemor-o-Velho,

que no seu conjunto exploram uma área de produção de 450 hectares de uva de mesa,

figo, damasco e pêssego, entre outros frutos, destinados na sua maioria ao consumo

nacional. Em entrevista à PAÍS€CONÓMICO, Mário Rodrigues destacou o trabalho de

excelência que esta organização de produtores vem realizando: «Estamos a trabalhar

todos os dias para dignificarmos a fruta nacional», sublinhou.TEXTO › VALDEMAR BONACHO | FOTOGRAFIA › RUI ROCHA REIS

A Frutalmente dedica-se à comer-

cialização de frutas, com enfo-

que especial na uva de mesa.

Nesta entrevista, Mário Rodrigues

mostrou a sua satisfação com o facto de

a “Dona Uva” prestigiada marca da Fru-

talmente ter conquistado este ano o “Pré-

mio Cinco Estrêlas”, distinção que na sua

opinião «revela bem o bom trabalho que

a Frutalmente e os seus produtores estão

a realizar no sentido de produzirem frutas

cada vez com mais qualidade, apreciadas

não só pelos consumidores portugueses,

como internacionalmente», disse o admi-

nistrador da Frutalmente, empresa que

atualmente exporta 5% da sua produção

para França, mas que na opinião de Mário

Rodrigues «está a trabalhar para obter no-

vos mercados, nomeadamente o mercado

chinês».

Quando se constituiu, a Frutalmente

era formada somente por 6 produtores de

uva de mesa e foi criada com o objetivo de

poder concentrar a produção provenien-

tes destes agricultores, e permitir-lhe uma

melhor organização.

«Inicialmente o grande foco era a uva

de mesa, mas com os anos fomos acei-

tando mais produtores (somos hoje uma

organização de produtores com 23 asso-

ciados) facto que permitiu à Frutalmente

dispor hoje de um leque mais alargado

de produtos: romã, ameixa, figo, damas-

co, pessegos, pera, maçã e outros frutos e,

desta forma, poder abastecer com mais di-

versidade e qualidade as grandes superfí-

cies comerciais e supermercados do país»,

destacou Mário Rodrigues, para sublinhar

que «só em uva de mesa disponibilizamos

200 hectares».

Referindo-se diretamente ao percurso

da Frutalmente, Mário Rodrigues lem-

brou que ao longo dos anos a empresa

tem procurado evoluir e inovar de modo

a tornar-se cada vez mais competitiva e,

deste modo, «poder continuar bem viva

nos mercados onde está presente».

«Temos vindo a aumentar as produ-

ções, procurado subir a faturação e tentar

uma sensibilização direta junto dos nos-

sos produtores, no sentido de envereda-

rem cada vez mais pela via da Qualidade,

único caminho para alcançarem os seus

objetivos, que são também os nossos obje-

tivos...», chamou a atenção o administra-

dor da Frutalmente.

Investimento de 1,2 milhões de euros

Sabendo que tinha de tornar-se uma

empresa cada vez mais competitiva, a Fru-

talmente - na opinião de Mário Rodrigues

- realizou através dos anos investimentos

consideráveis em infra-estruturas.

«Muito recentemente investimentos

em equipamentos de ponta que se tradu-

ziram num investimento de 1,2 milhões

de euros, que incluiu máquinas de calibra-

ção, máquinas de embalamento e outras.

Foi um investimento que veio ao encon-

tro das necessidades e desejos dos nossos

produtores, que querem estar presentes

no mercado com produtos de excelência»,

observou Mário Rodrigues, para reforçar

a sua resposta.

«Só deste modo é possível tornarmo-

-nos competitivos e profissionais», disse o

administrador da Frutalmente, que consi-

derou o setor da fruta «um setor compli-

cado».

«É sobretudo um setor instável, por-

que está muito dependente das condições

climatéricas, dependente da quantidade

de produto disponível para abastecer o

mercado e ainda para dificultar mais, este

ano a campanha não está a decorrer da

melhor maneira, essencialmente por fal-

ta de água, tem chuvido nada ou muito

pouco...», rematou Mário Rodrigues que,

a este propósito disse ainda que «este ano

houve muita fartura de fruto caroço, mas

de calibres baixos derivado à produção ser

elevada. E em relação à uva de mesa tive-

mos no final de Julho princípio de Agosto

chuvas que não eram esperadas e que cau-

saram danos consideráveis na produção.

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 4342 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› AGROINDÚSTRIA

Quinta do Ventozelo recebeu IV Edição do Tomate Coração de Boi do Douro

Tomate Coração de Boi é Rei no DouroNo passado dia 23 de agosto realizou-se na Quinta do Ven-

tozelo, localizada na Região do Douro Superior, a IV edição do

Concurso do Tomate Coração de Boi do Douro, tendo ficado em

segundo lugar a Quinta de Santa Comba, ao passo que a Quinta

da Boavista, no Cima Corga, foi o terceiro classificado. A iniciativa

reuniu produtores de tomate coração de boi de 25 produtores da

região duriense.

O júri foi composto pelos chefes Miguel Castro Silva, Leopol-

do Garcia Calhau e André Magalhães, o jornalista especializado

em gastronomia e vinhos José Augusto Moreira, o enólogo Luís

Soares Duarte, Francisco Pavão, nome de referência na prova de

azeites, e Jorge Raiado, produtor de sal de Castro Marim. Foi a es-

tes elementos que coube a responsabilidade de classificar um fru-

to que se tem assumido como uma autêntica estrela neste Verão,

tendo em conta critérios como aroma, sabor, textura e harmonia.

No final da prova, todos os elementos do júri foram unânimes

em sublinhar a excelência do tomate em concurso. Segundo Fran-

cisco Pavão, «foi o melhor ano de todos», salientando também

esta iniciativa de valorização das hortas do Douro e, em especial,

do tomate coração de boi que ali encontra condições excepcionais

de produção, continuou com a Festa do Tomate até ao final do mês

de agosto, em vários restaurantes da região, como foram os casos

do DOC (Folgosa), restaurantes Pickles (Hotel Six Senses Douro

Valley, Lamego), Cais da Villa (Vila Real), Chaxoila (Vila Real),

Cozinha da Clara (Quinta de La Rosa, Pinhão), Toca da Raposa

(Ervedosa do Douro), Cais da Ferradosa (São João da Pesqueira),

Flor de Sal (Mirandela), Cêpa Torta (Alijó) e Aneto & Table (Peso

da Régua). Em todos foi possível degustar o tomate coração de boi

em saladas ou em pratos especiais concebidos especialmente para

a iniciativa em causa. ‹

Mas temos de enfrentar

estas situações com a

determinação possível e

olhar em frente..», enfa-

tizou o administrador da

Frutalmente.

“Dona Uva” - uma aposta ganha

Na opinião de Mário

Rodrigues a aposta feita

na marca “Dona Uva”,

«foi uma aposta ganha

que nos permitiu mar-

car posição no mercado

onde estamos presen-

tes, porque realmente

estamos a falar de uma

marca que se afirmou e

que define bem o traba-

lho sério que vimos realizando a nível da

qualidade deste produto, ação que preten-

demos continuar a valorizar», sublinhou

o administrador da Frutalmente, para

salientar ainda que hoje em dia «a marca

“Dona Uva” é muito conhecida e aprecia-

da pelos consumidores nacionais.

Referir entretanto que a Frutalmente

detém uma outra marca - a “Adoora” para

produtos que não a uva de mesa.

Porque não o mercado chinês...A Frutamente faturou em 2018 cerca de

6 milhões de euros, e os produtos expor-

tados representaram cerca de 5 por cento

dessa faturação.

A este propósito Mário Rodrigues re-

conhece que a exportação é sempre uma

mais valia para qualquer empresa «e a

Frutalmente não foge à regra», disse, para

referir ainda a este propósito que «os

nossos produtores estão

atentos a este fenóme-

nos e nos últimos anos

as exportações têm cres-

cidos aos níveis da uva

de mesa, maçã, romã»,

sublinhou.

Mário Rodrigues tem

consciência que a sua

organização de produto-

res está a trabalhar para

obter níveis de excelên-

cia, aproveitando para

revelar que é no Ribatejo

e Oeste que se concentra

a maior fatia de produto-

res da Frutalmente, e que

há frutos como a romã

que começam a ser mui-

to procurados por alguns

mercados externos. «A Frutalmente está

atenta a este fenómeno e saberá aprovei-

tar esta oportunidade», garantiu, para a

finalizar chamar a atenção do interesse

que os chineses estão a ter pela fruta por-

tuguesa.

«Temos acompanhado de perto este in-

teresse e preparados para aproveitar esta

oportunidade, caso ela surja...», salientou

o administrador da Frutalmente. ‹

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 4544 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› TURISMO

Obras no Balneário das Termas Romanas de S. Pedro do Sul foram inauguradas

Reabilitação e valorização de património histórico

As obras de valorização, conservação e reabilitação das Termas

Romanas de S. Pedro do Sul foram inauguradas no dia 7 de agosto,

com a presença da ministra da Cultura, Graça Fonseca. O investimento

na reabilitação daquele património histórico no principal conjunto

termal existente em Portugal foi superior a 1,8 milhões de euros, com

uma comparticipação de 85% do Centro 2020 e de 7,5% da Direção

Regional de Cultura do Centro, o que representou o maior investi-

mento em recuperação de monumentos no centro do país.

O Balneário Romano das Termas de S. Pedro do Sul foi classificado

como Monumento Nacional em 1938, e recebeu agora um projeto de

reabilização e valorização da autoria do arquiteto João Mendes Ribei-

ro, possibilitando transformar as ruínas romanas num pólo de desen-

volvimento cultural, conservando toda a sua beleza envolvente histó-

rica, além de devolver o espaço à população do concelho e acrescenta

mais-valias ao turismo de saúde e bem-estar, atraindo novos turistas

ao concelho do distrito de Viseu.

Segundo nota da autarquia de S. Pedro do Sul, existirá ainda uma

próxima fase de desenvolvimento do projeto, que assentará em dotar

o Balneário Romano de um museu com centro interpretativo e uma

loja temática. ‹

SPPTH venceu disputa pelo Convento do Carmo, em Moura

Novo hotel vai nascer em MouraA empresa SPPTH – Sociedade de Promoção de Projetos Tu-

rísticos e Hoteleiros venceu o concurso do programa Revive para

o Convento do Carmo, na cidade alentejana de Moura, segundo

nota emitida pela Secretaria de Estado do Turismo liderado por

Ana Mendes Godinho. O edício histórico de Moura será o nono

imóvel adjudicado no âmbito do programa que concessiona pa-

trimónio degradado e devoluto do Estado para ser explorado em

atividades turísticas.

O concurso para o Convento do Carmo findava originariamen-

te a 16 de abril, mas a ausência de interessados levou o governo

a prorrogar o prazo de apresentação de candidaturas. Assim, sur-

giram duas candidaturas, tendo saído vitoriosa na análise da Se-

cretaria de Estado do Turismo, a que foi apresentada pela SPPTH,

empresa que gere o prestigiado Hotel Convento do Espinheiro

Heritagem, em Évora. Ainda segundo a SET, a concessionária irá

pagar uma renda anual de 648 euros, que será atualizada com

base na inflação.

O investimento estimado para a reconversão do imóvel do con-

vento edificado em 1251 aponta para os seis milhões de euros,

que transformará o Convento do Carmo num hotel de quatro es-

trelas, com cerca de 50 quartos, apontando a sua abertura para

2022.

De salientar que o programa Revive conta até ao momento

com nove concursos adjudicados os quais representam um inves-

timento de 68 milhões de euros. O primeiro dos projetos a ser

adjudicado e já foi inaugurado no passado dia 22 de junho foi o

do Hotel Vila Galé Collection Elvas.

Globalmente, o Revive conta com 33 imóveis, tendo sido lança-

dos concursos para 18. Ainda recentemente, a SET anunciou que

numa segunda fase, o programa contará com mais 15 imóveis. Os

próximos concursos a serem lançados serão os relacionados com

o Mosteiro de Travanca (Amarante), Santuário do Cabo Espechel

(Sesimbra) e Forte da Barra de Aveito (Ílhavo), indicou a nota da

Secretaria de Estado do Turismo. ‹

Balneário Romano de S. Pedro do Sul

Trata-se de um dos complexos termais de origem

romana mais importantes e bem conservados dos exis-

tentes no país, com uma utilização ao longo de 2000

anos e que sempre se constituiu num grande motor do

desenvolvimento regional.

Aos romanos se deve a construção inicial do bal-

neum, numa primeira fase de construção no século I

d.c e uma 2ª fase, coincidindo com a conclusão do edí-

fico, nos finais do mesmo século.

Na época medieval, surgiu a designação Piscina D.

Afonso Henriques, cunjunto de edificações do século

XII assentes em estruturas romanas pré existentes,

promovidas pelo rei conquistador, que frequentou ba-

nhos locais após a fractura sofrida na batalha de Ba-

dajoz (1169), ali estabelecendo Paço Real com o filho

Sancho (futuro rei D. Sancho I).

No século XVI, o rei D. Manuel I abonou fundos

para que se convertesse o velho edificio medicinal

em Real Hospital das Caldas de Lafões, frequentando

igualmente os banhos para se curar de um mal de pele.

Nos finais do século XIX, ao longo de 4 temporadas,

o lugar foi procurado pela última rainha de Portugal, D.

Amélia, que ali realizou tratamentos e deixou a marca

da sua passagem no novo edifício balnear que então

se construiu. ‹

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Setembro 2019 | PAÍS €CONÓMICO › 4746 › PAÍS €CONÓMICO | Setembro 2019

› TURISMO

Adriana Beach Club Hotel & Resort é candidato a mais um prémio

Melhor “Family Resort Hotel”A AP Hotels & Resorts anunciou que o

Adriana Beach Club Hotel & Resort, locali-

zado no concelho de Albufeira, foi nomea-

do no âmbito do concurso “Publituris –P

Portugal Travel Awards” para o prémio de

melhor “Family Resort Hotel”.

Situado num espaço de 17 hectares,

o Adriana Beach Club Hotel & Resorts,

em regime de tudo incluído, conta com

438 quartos, constituindo uma localiza-

ção perfeita em ambiente familiar, além

de contar com uma oferta diversificada

de serviços e facilidades para que o seu

posicionamento e reconhecimento no

mercado se mantenha. Este resort está

inserido num ambiente natural e goza de

uma localização privilegiada junto à praia

da Falésia, permitindo assim o sossego e a

privacidade dos hóspedes.

Segundo Mar Bayo, diretora geral do

Grupo AP Hotels & Resorts, «estaremos

uma vez mais nomeados para os Óscares

do Turismo, um concurso desta dimensão,

é o reconhecimento do nosso esforço e

prova que o Grupo AP Hotels & Resorts,

em geral, e o Adriana Beach Vlub Hotel

Hotel Resort, em particular, está a oferecer

a excelência do serviço prestado a todos

os nossos hóspedes, além de ter sido cria-

do com o intuito de oferecer um dos me-

lhores resorts vocacionados para famílias

e esta nomeação é mais uma prova de que

estamos no caminho certo». ‹

Vila Galé Clube de Campo com vindimasAté ao próximo dia 13 de setembro, a Vila Galé e os vinhos San-

ta Vitória, proporcionam a todos os interessados uma autêntica

experiência de vindimas no Alentejo.

Na herdade de Santa Vitória, ao sul da cidade de Beja, onde se

localiza o Hotel Vila Galé Clube de Campo, os interessados nes-

ta experiência começam a sua ação na vinha, onde aprendem a

vindimar, recebendo instruções sobre como selecionar e apanhar

os cachos. Depois levam as uvas até à adega e aí, guiados pelos

enólogos da Santa Vitória, visitam a área de vivinificação, com

explicações sobre todas as etapas da produção de vinho até ao

engarrafamento. De seguida, são convidados a participar na pisa

a pé no lagar, ao som de rimas tradicionais alentejanas.

Os participantes, se o desejarem, poderão acrescentar à expe-

riência vitivinícola, um almoço tipicamente alentejano, além de

poderem obviamente ficar hospedados na unidade hoteleira do

grupo na propriedade. ‹

Summer Party Garvetur 2019

Charme e descontração numa noite quente de Vilamoura

A Summer Party Garvetur 2019, que decorreu em meados

de agosto em Vilamoura, decorreu sob o signo da valorização e

preservação do ambiente numa noite cálida, tão característica do

Verão algarvio e reuniu

cerca de 3 mil convi-

dados, que celebraram

animadamente, incluin-

do a opção ecológica da

empresa.

Entre os muitos con-

vidados presentes, des-

taque para os dirigentes

de Instituições Públicas

regionais e nacionais,

nomeadamente do Tu-

rismo de Portugal e do

Algarve, quadros supe-

riores de Associações

Empresariais, membros

do Corpo Consular, par-

ceiros de Organizações

Financeiras, Autarcas,

Órgãos de Comunicação

Social, Associações Des-

portivas de vários quadrantes, e inúmeros parceiros de negócio

oriundos dos quatro cantos do mundo.

De realçar, a opção ecológica do Summer Party Garvetur 2019,

que teve como lema “Viva o Verão, defenda o Ambiente” traduziu-

-se ainda em lembranças aos convidados em cuja produção foram

utilizadas garrafas plásticas (PET) recicladas, assim como a dimi-

nuição do plástico, devido ao uso de copos reutilizáveis.

«A defesa do Ambiente é uma missão que nos convoca a todos

e quisemos salientar

o comprometimento

da nossa empresa na

defesa do Planeta», su-

blinhou Patrícia Brito,

Diretora Comercial da

Garvetur Property.

Por outro lado, para

Célia Teixeira, Dire-

tora de Operações da

Garvetur Holidays, no-

tou a «presença mas-

siça do trade, designa-

damente operadores

turísticos, agências de

viagens, hotelaria e

restauração», players

de reconehcida im-

portância na indústria

turística.

Ainda segundo a

mesma responsável da Garvetur, foi «uma honra receber clien-

tes, parceiros, proprietários, investidores, fornecedores e amigos,

além do estreitamento dos laços que cultivamos ao longo dos

nossos 36 anos de atividade e que são a principal razão da nossa

existência». ‹

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› TURISMO

TAP definiu estratégia para 2020

Reforço no Nordeste e Norte do BrasilA TAP apresentou a sua estratégia para 2020, assumindo o re-

forço das apostas no Brasil e nos Estados Unidos, mas também o

reforço nas ligações com Madrid, tanto a partir de Lisboa como do

Porto, além do reforço das ligações a Moscovo (Rússia) e Telavive

(Israel). Depois de ter aumentado a disponibilidade de lugares em

2018 em mais de 12%, e já em 2019 em 9,3%, a TAP apostará

no próximo ano na consolidação das apostas estratégicas onde

a companhia aérea portuguesa têm apostado, fruto também da

modernização da frota da empresa, sobretudo com aeronaves de

longo curso com interiores novos ou renovados e com uma frota

de A321LR que é quatro vezes maior do que a de 2019.

No que respeita às apostas principais da TAP, destaque para o

Brasil, onde a chegada do A321LR no Nordeste e Norte permitirá

à companhia passar das atuais três frequências semanais com as

cidades de Natal (Rio Grande do Norte) e Belém (Pará) para cinco

frequências semanais.

Já no que respeita às ligações aos EUA, afinal a grande aposta

do presente ano, em 2020, a TAP terá quarto voos diários para

Nova Iorque, três a partir de Liaboa, e uma a partir do Porto. Mai-

mi passará a receber dez voos por semana, em vez dos atuais sete.

Também as rotas de Washington (DC) e Chicago passarão igual-

mente a contar com voos diários.

Por outro lado, no próximo ano, a companhia já disponibili-

zará os novos A330neo aos passageiros que voem para Luanda

(Angola), a partir de outubro e, até ao final do ano, nos voos para

Maputo (Moçambique).

No que respeita ao Hub de Lisboa, onde o número de passagei-

ros na TAP subiram 8,8% entre 2017 e 2018, e este ano, já regista

um crescimento de 6%, a empresa pensa no próximo ano criar

uma ponte aérea entre Lisboa e Madrid, criando igualmente uma

nova rota dirigida à cidade espanhola de Santiago de Composte-

la., além de reforçar as ligações com outras cidades espanholas,

com voos diários para Barcelona (passa de seis para sete diários),

Bilbao, Valência e Málaga, todos de dois para três voos diários, e

Sevilha, de três para quatro voos diários.

De igual forma, as ligações a Marrocos a partir de Lisboa au-

mentam, sobretudo na ligação à cidade de Casablanca, que conta-

rá com uma frequência diária.

A rota de Televive, em Israel, inaugurada já em 2019, tem cons-

tituído um grande sucesso, e passará no próximo ano a ter dois

voos diários a partir de Lisboa. A TAP passará ainda a voar para

Moscovo a partir do A321LR, o que levará mais conforto aos pas-

sageiros que frequentarem essa rota em direção à Rússia.

Finalmente, no que respeita ao Aeroporto Francisco Sá Carnei-

ro, no Porto, onde a operação da TAP está a crescer este ano em

torno dos 11%, vai inaugurar no próximo ano uma ponte aérea

Porto-Madrid, que contará com seis frequências diárias, mais do

dobra da oferta atual.

Também aumentará em mais um voo a ligação ao Funchal,

bem como terá uma ligação diária com Newark (EUA), além de

passar a ter quatro ligações semanais com a cidade brasileira de

São Paulo. ‹

Chineses da EMGI investem em Lisboa

300 milhões para construir em AlcântaraO EMGI Group comprou a Encosta da Tapada, um terreno em

Alcântara, no qual projeta investir 300 milhões de euros para

construir 550 apartamentos, além de espaços de escritório e reta-

lho. O projeto ocupará cerca de 14 hectares situado na antiga Pe-

dreira do Alvito, em Alcântara. A área de construção, de 120.000

metros quadrados, deverá contemplar o desenvolvimento de 550

apartamentos, mas também escritórios e espaços de retalho.

Além dos aspetos construtivos em apartamentos e noutras

áreas, o projeto contempla igualmente a construção de espaços

verdes, espaços colectivos como uma escola e um lar de terceira

idade. Estão também projetados novos acessos ao Bairro de Al-

cântara e 900 lugares de estacionamento.

O EMGI é um promotor de capitais chineses que já não é novo

em Lisboa, pois já dispõe de seis projetos na capital portuguesa,

focados na gama alta de mercado com forte componente de rea-

bilitação.

Os projetos estão dispersos por zonas como a Avenida da Liber-

dade, Avenida da República e nas Amoreiras. ‹

Santa Marta de Penaguião com o primeiro hotel

A O pianista António Correia vai abrir

este mês no concelho de Santa Marta de

Penaguião o primeiro hotel na área do

município, que ficará localizada na lo-

calidade de Cumieira, próximo da Serra

do Alvão, mesmo junto à célebre Estrada

Nacional nº 2, e defronte do viaduto do

Corgo, na A24.

A nova unidade representa um inves-

timento de seis milhões de euros e teve

uma comparticipação ao abrigo do pro-

grama Compete 2020. A hotel dispõe de

44 quartos, incluindo quatro suites, uma

piscina exterior e outra interior, criando

30 postos de trabalho diretos.

Segundo António Correia, o primeiro

hotel do concelho de Santa Marta de Pena-

guião será um empreendimento de cinco

estrelas e será o «primeiro SPA de vinho

do Porto», segundo o empreendedor, aliás,

«o único no mundo», sublinha. A desig-

nação será “Magnificat Wine Boutique

Hotel & SPA”, e tem como um dos obje-

tivos colmatar a falta de camas turísticas

num concelho onde a produção de uvas e

consequentemente de vinho assume uma

importância económica fundamental.

De referir que o tema do vinho estará

em toda a vivência do hotel, pelo «que

será possível aos turistas serem ‘enólogos

por um dia’, podendo cortar as uvas, fazer

a pisa a pé e fazer também o seu próprio

vinho», sublinhou António Correia. ‹

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› A FECHAR

Hilton de Vilamoura acolherá conferência sobre turismo no Algarve

Novos mercados para novos tempos

Os principais operadores de turismo do Algarve, incluindo ope-

radores de alojamento turístico e promotores de hotéis e resorts,

vão contribuir para a promoção do debate que ocorrerá no dia 27

de setembro, no Hilton de Vilamoura, sob o tema “Novos Merca-

dos para Novos Tempos”.

A par do trade regional do turismo algarvio, onde estará tam-

bém presente o presidente da Região de Turismo do Algarve, João

Fernandes, destaque para o organizador deste evento que é An-

drew Coutts, CEO da ILM Tourism & Hospitality Group Imobi-

liário Portugal, além de diversos especialistas nacionais e interna-

cionais que fornecerão informações sobre o lado da procura, bem

como tendências do mercado, potenciais mercados de origem e

comportamento do consumidor. ‹

Vila Galé lança experiências de enoturismo no Douro

A Vila Galé acaba de lançar novas

experiências de enoturismo no Dou-

ro, a mais antiga região vinhateira do

mundo, classificada pela Unesco como

património da Humanidade. Uma das

novidades é a rota “Douro Histórico”, com partida de manhã, de

autocarro, dos hotéis Vila Galé Porto ou Vila Galé Porto Ribeira,

num passeio que inclui uma visita à igreja de São Gonçalo, no

centro histórico de Amarante, seguida de uma prova de vinhos

na Quinta do Vale Moreira, onde o almoço é opcional. À tarde, o

roteiro pessa pela Catedral de Lamego e pelo Santuário da Nossa

Senhora dos Remédios, regressando depois ao Porto.

Por outro lado, poderá optar pela rota “Douro Vínico”, onde tam-

bém parte do Porto, passa por Amarante e pela adega da Quinta

do Vale Moreira, mas conta ainda com provas de vinhos na Quin-

ta do seixo e na Quinta do Bonfim, antes do regresso à Invicta. ‹

Vale da Rosa lança novas embalagens ecológicas

Numa estratégia de reafiramção e consolidação dos valores da

marca, a Sociedade Agrícola Vale da Rosa, em Ferreira do Alen-

tejo, vai ampliar a gama de produtos em 2019 com a criação de

um produto dirigido ao segmento premium. Segundo António

Silvestre Ferreira, presidente da empresa, que é a principal pro-

dutora de uva de mesa em Portugal, esse produto será colocado

numa «nova embalagem que utiliza materiais amigos do ambien-

te, reduzindo ao máximo o plástico, colocando na embalagem um

rótulo com um símbolo ‘eco friendly’», sublinhou o empresário. ‹

FATACIS em SoureDecorrerá entre os dias 19 a 24 de setembro, na vila de Soure

(distrito de Coimbra) mais uma edição da FATACIS – Feira de

Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Soure,

um certame considerado de fundamental importância para a pro-

moção e divulgação dos mais variados ramos da atividade econó-

mica que o concelho tem para oferecer.

A FATACIs decorre ao mesmo tempo das Festas de S. Mateus,

e ambas são organizadas pela Câmara de Soure, tendo como epi-

cento o dia 21 de setembro, Dia do Município de Soure.

Como concelho com forte tradição rural, Soure terá na FA-

TACIS um lugar especial para os locais e os visitantes poderem

adquirir produtos tradicionais no concelho como nozes, cebolas,

entre outros produtos. ‹

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