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N. 24. Terça-feira 10 de Dezembro de 4862. Anno i; mm MILITAR. Publica-se nos dias l°e!6 de cada mez na typographia de Nicolá<, Lobo Vianna e iilhos, Rua da Ajuda n.» 79. Preço da assignatura : 6$000 por anno, ou 3S000 por semestre pagos adiantados.' SYSTEMA MILITAR DO BRASIL. (CONTINUAÇÃO OA PAG. 401 ); XV; -71."'...\ l Em uma época em que quasi se tem perdido a fé, que é o prin- cipio das virtudes, e se extinguern as tradições, que são a lei da duração ; era qoe se enfraquece o sentimento do dever, que é a inspiração dos grandes exemplos o dos grandes sacrifícios, e se perverte a consciência publica, dando á riqueza o primeiro lugar entro as qualidades pessoaes; por certo s5o immensos os serviços que pôde prestar ao exercito, e por conseguinte ao paiz, a repâr- tição ecclesiastica creada por decreto n. 747 de 1!\ de Dezembro de 1850. Instruir o povo, réslabelecel-o na de seus maiores, seria a principal missão do nosso clero ainda quando não parecesse qué tudo conspira conlra a feliz alliança do talento e da virtude, ainda quando doutrinas falsas mas seduetoras não tendessem a corrom- per o coração tanto quanto o espirito do cidadão. Mentem aquelles que apregoam que a religião reprime o talento hmitando-o a um pequeno circulo de idéas, impondo ao espirito um jugo pesado, escravisando a linguagem com leis que impedem a ardente impetuosidade do pensamento. Sem a religião as maravilhas da natureza seriam apenas o effeito regular do acaso, o céo ficaria deserto, os túmulos conteriam éter- nameote pó. , A religião porém anima os túmulos, abre o céo para os espíritos justos e sem mancha, faz fallar a natureza, mostra um Deos im-

N. 24. mmTerça-feira 10 de Dezembro de 4862. Anno i; MILITAR.memoria.bn.br/pdf/705845/per705845_1862_00024.pdf · lica de todas as virtudes que conslitiuem o homem probo, regu-

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N. 24. Terça-feira 10 de Dezembro de 4862. Anno i;mm MILITAR.Publica-se nos dias l°e!6 de cada mez na typographia de Nicolá<,Lobo Vianna e iilhos, Rua da Ajuda n.» 79.Preço da assignatura : 6$000 por anno, ou 3S000 por semestre

pagos adiantados. '

SYSTEMA MILITAR DO BRASIL.

(CONTINUAÇÃO OA PAG. 401 );

XV;-71."'... \

l Em uma época em que quasi se tem perdido a fé, que é o prin-cipio das virtudes, e se extinguern as tradições, que são a lei daduração ; era qoe se enfraquece o sentimento do dever, que é ainspiração dos grandes exemplos o dos grandes sacrifícios, e seperverte a consciência publica, dando á riqueza o primeiro lugarentro as qualidades pessoaes; por certo s5o immensos os serviçosque pôde prestar ao exercito, e por conseguinte ao paiz, a repâr-tição ecclesiastica creada por decreto n. 747 de 1!\ de Dezembrode 1850.

Instruir o povo, réslabelecel-o na fé de seus maiores, seria aprincipal missão do nosso clero ainda quando não parecesse quétudo conspira conlra a feliz alliança do talento e da virtude, aindaquando doutrinas falsas mas seduetoras não tendessem a corrom-per o coração tanto quanto o espirito do cidadão.

Mentem aquelles que apregoam que a religião reprime o talentohmitando-o a um pequeno circulo de idéas, impondo ao espiritoum jugo pesado, escravisando a linguagem com leis que impedema ardente impetuosidade do pensamento.Sem a religião as maravilhas da natureza seriam apenas o effeitoregular do acaso, o céo ficaria deserto, os túmulos conteriam éter-nameote pó., A religião porém anima os túmulos, abre o céo para os espíritosjustos e sem mancha, faz fallar a natureza, mostra um Deos im-

444 INDICADOR MILITAR.

mensamente bom e sábio, e enche o coração humano de novas esublimes emoções.

No seio de uma religião falsa, ó verdade, mas que permiltia aohomem lançar-se no futuro, interrogar a morte*, Demosthenes agitapoderosamente o espirito do povo atheniense invocando os manesdos heróes de Maralhon.

Em nome de seus deoses immortaes, implorando a magestade deJúpiter, de Juno e de Minerva, e tomando por testemunha os bos-quês sagrados da Cicilia, violados pela audácia de Verres, trium-pha Cicéro fulminando esse conspirador, debalde protegido pelainfluencia de Hortensius.

Se, pois, um culto bárbaro, ou ao menos irrasoavel, forneceiguaes recursos, rasgos de eloqüência e de patriotismo tSo sorpren-denles, quantos ainda mais admiráveis não inspira a religião -chris-tã, em que abundam dictames verdadeiramente sublimes, de in-finita sabedoria (

A relgião que só tem por fim engrandecer o homem, tornal-obom, aperfeiçoa os seus talentos comtí se o gênio fosse a própriavirtude.

Nada é tão bello como a verdade*, disse Boileau.Nada é mais bello do que o bom, diziam os antigos.E ci religião é ludo isto*, accrescentao Sr. Laurenlie, eminente

escriptor francez dos nossos dias.Só a religião em sua pureza, é capaz de trazer os cidadãos á pra-

lica de todas as virtudes que conslitiuem o homem probo, regu-landp suas aeções pelas regras da candura, como recommenda oart. 29 dos de guerra.

O progresso da civilisação e das idéas tem suecessi vãmente ado-çado as relações reciprocas dos povos; hoje o homem mo é mais olobo do homem.

O amor reciproco de nossos semelhantes é um 4os mais recom-mendados mandamentos da lei de Deos: MattòAatum novum dovabis}, ut diligatís inmcem,swutMlewims.

Eu vos mando de novo que vos ameis reciprocamente como euvos tenho sempre amado.

Tal foi o preceito que o Divino Mestre intimou a seus discípulosna ultima vez que os teve reunidos.

O ohristianismo, inventando a sublime virtude da caridade, mi-*nou o egoísmo, que, infelizmente, tem ainda lidadores ^esforçadosna sustentação da sua divisa : Chacimchez soi, chacun pour soi.

O Evangelho quer que os homens o os povos \se liguem paraformar da humanidade uma mesma alma e um mesmocorpo.

Gadavm dem trabalhar para o bem detodos^qm tambem é oseu próprio cbenu

INDICADOR MILITAR. U»

Eis a lei da solidariedade humana, que o sábio Solon presentioquando disse : o melhor governo é aquelle em que a injuria deum só é a injuria de todos.

Esta deve ser a lei primordial do exercito, assim como deve sera base grandiosa da sociedade.

Na classe militar, mais do que em qualquer outra, os interessesgeraes se harmonisam com os pessoaes : o que cada indivíduo fazpela classe inteira reverte bem depressa em seu proveito pelo ac-crescimo de consideração e benefícios.

Ha pois uma espécie de egoísmo na dedicação de cada um dosassociados á communidade ; mas este egoísmo não é mesquinho edesorganisador como aquelle de que acima falíamos; é am egoísmonobre e esclarecido, que põe o homem em frente de seus irmãos nasrelações de bem estar, de aperfeiçoamento, de acção e de reaçãomutua, conforme a expressão do illustre Sr. Affonso Esquiros.

*

Além disto, a experiência de todos os séculos, o exame con-sciencicso da historia da humanidade,confirma que o progresso e afelicidade das nações não se libram na incredulidade, no indiffe-renlismo e no egoísmo ; ao contrario, emanam das consoladorasidéas da fé,das risonhas perspectivas da esperança, das sublimessatisfações da caridade.

Escute-se a voz da religião.Ella nos ensinará « que se a fidelidade dos povos á vontade do

Altíssimo os enche de benefícios ; os peccados com que elles ultra-jam a sua lei soberana acarretam sobre elles a sua justa indignação(Deutoronomio, cap. II, v. 26, 27 e28). »

A religiosidade, este*sentimento intimo e indestructivél no coraçao humano, é um dos caracteres mais pronunciados da populaçãobrasileira; mas a alluvião de erros e impiedades, com que o philò-sophismo quasi triumphante inundou o século passado, influi odesastrosamente no seu espirito religioso como no de todos os ou-tros povos christaos.

Graças porém ao grande homem que, pondo termo á revoluçãofranceza, restaurou a religião revelada ; graças á eloqüência varo-nii de outro que a popularisou pelas bellezas e relevos do Gênio doChristianismo; mediante a morigeração do clero, com a interven-ção de parochos escolhidos escrupulosarnenle, não será difficil ani-mar a reacção que por ventura surge.

E se o exercito, como pensamos, deve ser uma eschola nacionaldonde tenham de sahir muitos cidadãos, que, pela força de exem-pio, pelos seus hábitos de ordem e de disciplina concorram parapreparar o melhoramento da sociedade brasileira; se a religiãoalimenta a piedade do guerreiro, sem tirar-lhe a nobreza e a ener-gia ; se o soldado penetrado do espirito religioso, e sempre fiel ao

hhC, INDICADOR MILITAR.

seu juramento e exacto cumpridor dos seus deveres ; é preciseque os capellães do exercito não se limitem a celebrar missa e aadministrar os Sacramentos ás praças enfermas. Cumpre-lhes nãosó formar o moral do soldado, como recommenda o art. 9 do ei-tado decreto, mas uinda dirigir a instrucção primaria nos corpose depósitos, bem como cuidar da educação moral e intellectual dosfilhos dos colonos militares.

A ninguem mais do que aos ministros de Jesus Christo competedirigir todos os corações, e todos os espiritos, pela rasão, pela ver-dade, pelo sentimento do dever, pela intelligencia dos verdadeirosinteresses, pela sabedoria suprema, que estabeleceu o consórcio da

justiças do amor.Em toda a sua vida deve o soldado ouvir a expressão do nobre e

fecundo pensamento que o sacerdote da nossa santa religião for-mula sempre com inteira convicção : « Espera, crê e ama. »

« Esperança, fé e caridade, diz o Sr. Lepelleüer na sua obrasobre as illusões e realidades, são as tres balisas que devem marcaro caminho por onde se chegará á regeneração das sociedades mo-dernas. A confiança renascerá nos espiritos, quando o amor dafa-milia, da pátria, da humanidade, a caridade, para dizer tudo emuma palavra, expellir o egoísmo dos corações, para fundar nelles oseu império. »

Os capellães do exercito, empregados como fica dito, pela direc-ção das consciências, e accesso diário de communicação, contrahi-rão com as praças de pret e suas famílias gráos de amisade acimados vínculos de parentesco, adquirirão luses para conhecerem asinclinações, as paixões, os vícios eas virtudes que as dominam,ganharão sobre ellas uma influencia, da qual se saberão servir paratirar o partido proveitoso que pôde buscar-se em cada homem.

Ê também muito para desejar que os mesmos capellães sejamincumbidos da instrucção das praças de* pret, especialmente dasque por ventura incorram em penalidade, fazendo a leitura do co-digo penal e explicando os deveres do soldado, do cidadão, do ho-mem e do christão. Estas instrucções combinadas das leis penaese da moral, com a experiência das penas, e com o exemplo davirtude e probidade, tenderão perfeitamente ao fim, despertando ohorror ao crime e pondo patente suas funestas conseqüências*

A boa educação moral, e a solida instrucção do homem, vindoem auxilio das condições primitivas da sua natureza para desenvol-ver umas o corrigir outras, são os meios principaes da regeneraçãonecessária ao bem estar actual, à felicidade futura das nações.

« Tem-se lançado na sociedade (diz o Sr. Laurentie, anatysandoa obra do Sr. Yallée sobre a agiotagem) a embriaguez do orgulho,

INDICADOR MILITAR. kklda independência, da sensualidade, e exice-se mm dl» .«.;,,desta, submissa, desinteressada o virtuosa * ?, j"

m°~

rJl fallar-.,htí. a '"'nguagem e a autoridade da honra será

.odt':*rir^rss ',tem co°"ad°» *#»

nm^w/È0308 a hÍSt0rÍa da civilisaSSo• compulsemos a nossaprópria historia ; uma e outra nos dirão •

« O padre e o soldado não se repellem ; unem-se semnre mn.assegurar o bem estar moral e material da sociedade. . P P

fi»ao sem conta os prodígios de valor, de virtude, de abnegarão

S M r a°t0 sKeaProximam na contextura interna. 0 laço

ni*e-E« °S mernír°i daS conSrega.ões religiosas nãoé mê-

selíf «tf!° unCf° d6 subordÍDaÇão que obriga o soldado a11 pátria

"' ^ D°me da g'°ria e da in^Penden-0 primeiro orador da Hespanha, egrande pensador da Europao Sr. marquez de Vaídegamas, disse : « A igreja e o exercito Soboje os dous representantes da civilisação eufopéa, porque Io os

iSÍ°Arm:?°2 TTf °°«õ-s da inv^olabiliS S?i5fido 6

da obediencia' e da divindade do sacri-Ao padre e ao soldado deve o nosso paiz, todos o sabem relêvantes serviço* Os missionários ci vi lisa ram os sertões,!lidados"

titmçoes que felizmente nos regemDesde o J' de Maio de 1500, em que osTupininquins aiudaramZsTlo 7JT, 5r° t cr- ** --«WSSSte-

«««ora _.Mr0/)a decidiria da sua sorte futura, o padre e o solr£iirz„irvríbtado °a *a -w*-* »~2Lgrandeza? P

"^ **** íundamen,al da "os^a futura

.âo^LVn! rnnQS 5ep5ÍS q"eo signal auSust(> daredemp-ProvTdenc se _£??,

** ^ *?m' ,á °nde' Corao ^ desli™rroviaencial, se acl.a funccionando um dosmais importantes es-tabelecmentos do exercito, a eschola militar, o berç?d ca ai dovasto e rico .mpeno americano foi coroado om uma ZTeítZ3 ;ue7o^scs0oM^sSer• podTsas armas *» s°id-d°"™»veraaae, e dos soldados da honra e da pátria•o.íH?íte Novo Mando*

'.mm a cabeça ergu.da alem dos elevados cumes do Pão d'Assur«

»

&48 INDICADOR MILITAR.

e da Babylonia, lá no nivel do Corcovadoe da Gavia, f*V*°

progresso de suas irmãs queridas aos pés do g.gante m dorme.

Liado na ardeo.e moeidade. em cojo coração e-vc ,m#«£

da pátria, contemplando nas arêas dessa pra.a, onde esta 1tonto

dos seus conhecimentos militares, a côr do sangue da fenda quederam a morte ao fundador da capital do miperio de Santa

tr?or toda a parte onde tem penetrado a civilisação reconhecer-

se-ha logo a passagem do padre e do soldado, da m.hc.a religiosa

6 'col^Eo «Sas as ohases mais oo menos gloriosas do nosso

naiz desde que o.monte Pasoal se mostrou ao pahnuro a quem oSS confiado os seos planos de"„7qS

na Índia alé a regeneração da comia Vfossmfüosadoráveis contra a invasão inimiga; edahi ate che ga rojta em

que a colônia quebra o bastão do vice-rei, converte a residência

2 governador em paço, proclama a sua independência, consti-

áas nações civilisadas, e attrake num século tao prodigioso as

tistashmundo inteirou), nunca a doutrina guerreira se separou

da doutrina evangélica.Os deveres religiosos do exercito devem ser a seus olhos lao

santos, tão grandes, como seus deveres sociaes e seus Ú™£*™1litares. Elle é o protector da religião assim como oé da família e

da pátria.Todos os grandes exércitos teem obedecido a esla lei F'ma"amdas

sociedades ;"eHes não teem jamais separado o ato do ar clome*

tico : os próprios pagãos inscreveram nas suas bandeiras a ma0

nifica divisa — pro aris, ac focis pugnare 1 (UeerojEm um governo, como o nosso, fundado sobre as idéas lumme-

sas da virtude e do merecimento, ctomados ao exercício parochr^no exercito homens marcados pelo exemplo de sua condueta, e de

seuXrcapazes de encher as altas funcções de seu aunisteno,

Sdeó mesmo governo sustentando a pureza destes princípios, e

Preservando da corrupção que introdusem os: mteresses, e as par-cklidades, tirar um grande e eminente proveito moral da monge-

ratão- doutrina e patriotismo desses veneraveis c.dadaos, pondoem tática o que acima indicamos ; correspondendo-os nao se eo»

as istineçõese confiança que se devem ao merecimento solido,. y .

.- t :-.'[;,- '"'- %

Í ri \ Palavra* do illustrado Sr. capitão honorário de engenheirosMÍliÍAraU)o Porto Alegre, lo instituto Histórico e Geogra-

phiGO do Brasil.

INDICADOR M1LITAIL 449

mas ainda com meios mais abundantes para a sua sustentação oindependente tratamento, além do queé absolutamente neces-sano.Estas ideas tocadas rapidamente como consente a brevidade dos

escriptos deste periódico, teem amplo desenvolvimento, que pôdedar-lhes a sabedoria e assídua altenção do governo.

{Continua).*

¦

Dr. J. C. de Carvalho,Major honorário de engenheiros.

: i

REMUNERAÇÃO DE SERVIÇOS.

O que é a vida militar ?r

E uma serie illimilada de trabalhos e privações, na qual noslançamos irreflectidamente em nossa adolescência por conhecimentoinsufficiente do mundo, movidos, ou pelo exemplo de nossos maio-res, ou pela ambição de feitos gloriosos, esperançosos em umgrandioso porvir.

Quaes as vantagens que delia òbtemos ?Se o individuo tem felicidade, attende~se ás suas boas qualida-des, sua intelligencia torna-se incomparavel, seu valor acorapa-

nhado infallivelmente da funcção sangue frio (termo cuja verda-deira interpretação desconheço por sua amplitude) não encontraigual, formando cada um destes quesitos, tantos outros predicadospara poder galgar os postos superiores, prejudicando os interessesde seus companheiros de iguaes patentes; se, pelo contrario, é in-feliz, sua illibada conductâ toyna-se desapercebida por ser ellainherenteás obrigações do individuo, sua inteUigeneia só ficareconhecida por algum trabalho transcendente, e seu valor muitasvezes attestado por numerosas cicatrises, pôde ainda permanecerno esquecimento para não oííuscar o de. outros, predestinados parao preenchimento, de certas vagas.

Qual o futuro que nos espera ?Se o miiitar tem meios pecuniários herdados, ou conseguidos porligações matrimoniaes vantajo.$as, únicas circumstancias admissi-

veisera quepódè ter alguma cousa, visto ser contrario á honra ebrios da classe o uso de occupação differente da das armas, ou se ellepossue conhecimentos scienlificos, está habilitado a tomar outro

4pO INDICADOR MILITAR,

norte pedindo a demissão do serviço ; se acha-se excluído dos ca-

sos supra-citados, vé-se forcado a servir para não perder o tempo

empregado na milícia apertando constantemente os cordéis daiy-sica bolsa, e se por casualidade consegue na velhice um posto d ot-

ticial general, em lugar do descanso de suas fadigas, e ainda coa-,

gido a fazer das fraquezas forças, continuepdo a carregar sua pe-,sada cruz do trabalho, porque o recurso da reforma o reduz ao•simples soldo, diminuta compensação de seus valiosos serviços,exigua em extremo para sustentar-se e apparentar o tratamento

correspondente á sua alta posição social, principalmente quandoacha-se sobrecarregado de familia.

Estas e outras considerações suscitaram-me a mea, dc que umalei de proporcionalidade será a mais justa medida do. governo pararecompensar os serviços prestados pela classe militar relativamenteao numero de annos nelles empregados. ; r

Pela legislação vigente os que servem 25 annos teem direito a re-

forma com o soldo da patente, e suas viuvas á metade desse soldo ;os de menos annos de serviço, a tantas vigésimas quintas partesquantos os annos que tiverem servido, e,por justa analogia.suas viu-Vas devem lambem fruir metade de seus vencimentos quaesquer queforem; mas como dos 25 annos em diante a lei não melhora, a surtedo official reformado, nem de suas viuvas, dedu?-se, o que era ociosodizer, que, desde o assentamento de praça até essa época se tem

prestado serviços, reconhecidos pela nação dignos de recompensa,como ahi param as vantagens pecuniárias a que elles dão direito,

parece considerarem-se nullos, ousem importância os que ao de-

pois se prestam, geralmente mais relevantes, por ter o official nalonga pratica de 25 annos adquirido maiores conhecimentos, e

por conseguinte achar-se mais apto para o desempenho das com-missões de que são encarregados, o que não pôde contestar a mais.apoucada inteUigeneia.

Seria portanto de justiça que, p«ira conservar essa proporciona-lidade, continuando a serVir-se até completar 50 annos, se hzessems a tantas vigésimas quintas partes, quantos fossem os emprega-dos além dos 25, que dão direito á reforma com o soldo da paten-te, ou a outra qualquer vantagem seguindo uma progressão crês-eente, na qual ò individuo reformado nunca viesse ágosar maioresvencimentos do que outro de igual patente em serviço actiyo.

Esta medida equitativa e justa, além de ligar ao exercito offi-

eiaes prestimosos, e idôneos para delles se esperarem ainda con-venientes serviços, collocaria. no fim da vida os que esgotaram nel-

les suas forcas e saúde, e que a mais nada podem apphcar-se, aa

abrigo, de parte das privações que hoje soffrem ; porém é-tão duvi-

doso o futuro que os aguarda, e mesmo pelos precedentes, de

INDICADOR MILITAR. 451

suppor tão pouco vantajoso, que muitos membros da classe, habi-litados para ainda prestar úteis serviços á nação, pelos seus conhe-.cimentos, logo que completam o tempo da lei ou possuem outrosrecursos, julgam ter obtido a mesquinha senatona militar, e aabandonam, quasi sempre maldizendo-se de sua primitiva incli-nação, para seguir diverso meio de vida, que lhes otlereça mais

garantias, tranquillidade para a velhice, e melhores recursos parasuas famílias. ,

Mas, como na actualidade se possa talvez objectar, encarando a

questão como eminentemente onerosa ao Estado pela actual deti-ciência dos cofres nacionaes, seria, a meu parecer ao menos, de

grande vantagem, e mui pouco lesiva aos mesmos cofres, que seadoptasse d'ora em diante a medida proposta em favor das viuvas,o que ao menos as asseguraria sobre o seu futuro, tão escasso derecursos como pleno de privações, até mesmo dos òbjectos indispen-saveis á uma parca, modesta, e quasi incógnita existência, quandopor falta de heranças adquiridas, ou monle-pios feitos com grandessacrifícios, acham-se limitadas ao simples meio soldo.

Que a medida éjusta estou inteiramente convicto de que todosconcordarão ; quanto á praticabilídade, só ao nosso illuslrado go**verno cumpre decidil-o.

O titulo desto periódico me induzio aapreseutar esta idea, quefeliz me considerarei se merecer o acolhimento do mesmo governoe d'um monarcha, sempre solicito em melhorar a sorte d unia

classe que lhe é tão dedicada, e pelo qual se sacrifica prestandoassíduos e árduos serviços.

Raymundo Máximo de Sepülveda Everard,

Capitão do estado-maior de 1» classe.

i. i iia *àÍl

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE AS VIAS DE

COMMÜNICAÇÃa.' .",'.' ''--*¦ '. -.','• ¦ ' \

Depois da grande luta de 1848 o espirito de partido, adorme-cendo extenuado, permillio que a discussão dos principios gover-nativos fosse calma e reflectida, que o espirito de associaçãodesabrochasse, e que os poderes do Estado podessem dar maisattenção aos verdadeiros melhoramentos moraes e matérias do

•» "* . /

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452 INDICADOR MILITAR.

As medidas desde então tomadas por esses poderes levaram atodos a convicção de que se cuidava seriamente de satisfazer aointeresse mais forte, á necessidade mais imperiosa do paiz:—Oaugmento da producção em geral, e a nulíificaçíio de rivalidadesque, desgraçamente, por vezes chamaram o exercito a desempe-nhar a parte mais ingrata da sua elevada missão.

Entre os elementos dè que depende a realisação deslo deside-ratum, um dos mais importantes, talvez o principal, é a construo-ção de um bom systema de communicações.

Quando as nações viveram segregadas, seus meios de transportoforam por sem duvida imperfeitos; â medida porém que cresceramem poder e população, ou se engrandeceram por meio das armas,necessitaram cada vez mais de fáceis e multiplicadas communica-ções interiores,e de manter entre si relações commerciaes e poiili-cas: o aperfeçoamenlo das vias terrestres,a construcção de canaes*e a navegação fluvial e marítima, se desenvolveram na razão des-sas necessidades e tornaram-se elementos essenciaes de civilisa-ção e opulencia.

Lâ onde outr'ora existiram povos, que por sinuosos caminhosde pé posto se dirigiam aos campos, florestas e rios, em busca doquotidiano alimento, fazendo os transportes sobre os rios e aolongo das coslasem toscas e humildes canoas, estão assentadaspoderosas nações que contam muitas vias de communicação mai»magníficas no lodo da sua construcção, em seus resultados, doque o caminho que Scmirames fez abrir em toda a extensão doseu império, e do que essas estradas, quasi exclusivamente mili-lares, construídas em Roma no tempo de Júlio César e dos seussuecessores até Theodosio Magno.

Os canaes e os caminhos de ferro que retalham os territóriosda Inglaterra, dos Estados-Unidos, da França e da Allemanha ;os magestosos artefactos que sulcam os mares e põem como emcontacto os paizes mais longínquos; são maravilhas produzidaspela industria moderna, que não custaram como as famosasconstrucções antigas o sacrifício da humanidade, sendo-lhe aliásde immensa utilidade.

O gênio do homem tem pois subjugadq o mar e transformado aterra. Vai-se realisando a propheeia de Isaias:

« Os valles serão entulhados, as colunas e montanhas abaixa-das, os caminhos tortuosos endireitados tíu os escabrosos aplana-dos, e a gloria do Senhor so manifestará, »•

Entretanto o espirito humano muitas vezes atada setransvia daverdadeira sonda offuscâdo por cortas impressões; então sacri-fieios extraordinários são esperdiçados ou produzem mesquinhasvantagens. Com effeito, o immenso proveito que a Inglaterra tirou

INDICADOR MILITAR. A53

dos seus primeiros canaes, judiciosamonte dirigidos atravez deSmK indoslriosas, deslumbrou os espíritos, c cm breve

^tS paito se emprehenderam grandes trabalhos de cana-^Esta'actividade das nações na construcção de canaes dege-neguem mania nos fins do século passado, e produzio mintasllSlinifeméritetóna a trilhpmanm, que jatem dadoalguns resultados não menos deploráveis.

Cumpre pois que nos acautelcmos para evitai amargas de

^verdade possuímos-poderosos elementos de prosperidade;m m a oue seiamsuíncienlemenla aproveitados, é preciso umaRd« í omíC administração interior. Fora dos casos em quei

"u te i acâoda honra nacional exigir o emprego dos recurso do

WÊSwÊmè mm, só devemos pensar nas medidasK 3S aconselhadaspela gM »«Stodos os modos, e por todos os me.os, *J^g^S|Sversos ramos da industria; porque e a meus Iria( «J^'»menl°nor excellencia da felicidade moral e material de uma nação.P Ma« a ndusliia em geral, e especialmente a agricultura, fonte

nicaeões fáceis, econômicas e bem situadas por me ores queUim as condições do paiz, relativamente a terliliüaue uosTo bon^de do dima e das instituições, e caracter c

f babi au-

L '

U» bom systema de communieaçoes ^«^g*^teresses, dá valor a todas as producçoes do solo con solida a tran

quilidade e ordem no interior, e eum m2|g|^|||Sl1 aíT(ri.(,a(SÃfl<i estrangeiras;. As populações industtiosas, as coiuuia»§§f#lll^^ estabelecidas nas fron-KS toSL po? semelhante systema de eoromumeaçoes,serão fortes baluartes contra qualquer invasão.

Reennhecemos que a falta 'de capitães, a escassez de braços em

de associação produzido pela péssima gerenem d *£eompaninas, que a agiotagem fundou para seu tíus

^o^ahsauo ;fortemente impedem o estabelecimento feff^g&S^ade eoramunioações: nem isto é cousa que se possa tazei aevez em paiz algum. „ww,U a™ terras

Todavia podemos lançar mão do recurso da venda das tonasdevolutas, ííde todos os que um g^fn°2 n^^daránave!mais administrar do que governar, pode crear, pa.a dar a naveSão a vapor, fcvial e marítima, toda a extensão de que e sus

SSel cimo base do nosso systema de comtnumcaço^Dovemos desde já melhorar todas as estradas que forem julgadas van

*°A INDICADOR MILITAR.

tajosas, e abrir as indispensáveis para communicar os novoscentros de producção comas povoações mais próximas, ou comnos navegáveis. As estradas mais rendosas, ou as que tiveremgrande alcance commercial e político, devem ser substituídas porcaminhos de ferro servidos por vapor ou por animaes, segu idoas circunstancias. Nao devemos construir canaes senão nSs lu-^gares mais adiantados, quando com uma despesa duas ou Iresvezes menos do que a de um caminho de forro da mesma extensãose poder obter a velocidade de duas milhas por hora, pelo menos!t Considerando que os caminhos de ferro assumem uma grandeimportância na guerra, porque podera servir, melhor do que qual-quer dos outros meios de communicação até hoje usados, Le-pecalmente para o transporte de tropas, material, viveres, etc-cons.derando que a nossa fronteira com a republica do Pa.»enctualmente a menos defensivel pela sua distancia do principalcentro de recursos,e pela decadência visível da província de Mato-Grosso, julgamos que serão lidos com interesse os seguintes apon-lamentos escriptos em 1852 pelo benemérito general barão de Ca-capava, para nos de muito saudosa memória:« Umxaroint.odefer.ode pouca extensão, quero dizer, aquelleque no Brasil nao passar de 50 legoas, podeíá ser intentado oconcluído com um so carril ou vehiculo ; porque no estado pre-sente do nosso desenvolvimento commercial, ou agrícola, não ha-vera, nessa extensão, concurrencia que mais exiia,- mas bemdepressa esse mesmo caminho a creará, o então não serão sobejosoâ dous carns. Devemos por tanto ter esse futuro possível muitoem conta, para se nao intentarem caminhos de forro de ura só ve-Slí!1 P meDfS

?l,rar semPre como condicao indispensávelpara todos, serem desde logo construídos de modo que admitiam

« Se o primeiro ensaio de caminhos de ferro fôr logo por umde dous veinculos ate Matlo-Grosso, as suas vantagens, além deoutras que seria longo enumerar, serão sem duvida; !• Desen-volver promptamente a população por uma extensão maior de 300legoas, com algumas mais para um e outro lado; servindo aos in-teresses de todos os moradores que existem, ou forem existindonesse longo espaço, e trazendo ao porto do Rio de Janeiro tudo oque possa convir ao consumo desta capital ou á exportação, levan-do era retorno tudo o que esses moradores precisarem,' dè modoque, a raesmaest. ada augmenlará, e muito, os meios de concur-rencia, e subsistira quasi de si mesmo. 2» Habilitar o governoquando precise, a enviar para a província de Matto-GrSsso, ouparadas intermedias, lodosos meios em armas, munições e genteq^ue bem quizer; ficando por tanto a fronteira que hoje é a menos

INDICADOR MILITAR. A55

defensável que temos, pela grande distancia a que está dos soe-corros, no caso de ser auxiliada ainda mais rapidamente do quoas mariliraas. 3o Facilitar o estabelecimento de colônias nos ler-renos próximos, ou sejam agricolo-mi.Hares para domar os índios,ou somente agrícolas de nacionaes ou estrangeiros, br Dar umvalor extraordinário a todos os produetos dessa grande facha deterreno, que tem existido até agora em pura perda. 5 Crearmuitas villas e cidades ao longo da estrada e próximo deliai;; con-correndo igualmente para o estabelecimento de fabricas de todaa espécie, com as quaes a matéria prima possa deixar de ser con-duzida em bruto. 6» Finalmente, servir de base a um plano geralde coraraunicacões internas, podèndo-se escolher muito possíveisdireccões no sentido dos rios mais notáveis tanto para o nortecomo' para o sul; porque a direcção a Malto-Orosso ou corta pelascabeceiras esses rios, ou lhes divide as agoas.

« O Pará, Maranhão, Pernambuco, Bahia, S. Paulo e Rio bran-de do Sul, ficaráõ cm prompta communicação com a corte, pormeio da estrada geral de Matlo-Grosso, e dos ramaes que deliadimanarem*

« Os caminhos de ferro serão, além de tudo, magníficas basespara o desenvolvimento da carta geral do Brasil, tao esquecidaaté hoje, e que tanta falta faz nas mais pequenas cousas.

« Ainda que pareça gigantesco, e talvez absurdo fallardc tantoscaminhos de ferro quando nenhum lemos, não se deve levar istoa mal. porque o nosso fim principal é lembrar tudo quanto sedeve er em vista desde que se intenta uma primeira legoa decaminho, para que nada se faça sem proveito seguro, e sem um

grande fira: nem eu creio que o Brasil lenha privilegio negaUv-oa respeito das outras nações, que por meio dos canaes e estradas,e ha pouco tempo por meio de seus caminhos de ferro, teem aug-ta" ,laPdo a suaP população, agricollora, i»d»^m"»»me™°<andando sempre as coraraunicacões adiantadas a população, comonos Eslados-Unidos, e não esta aquellas. Hon..«a

« Assim se principiarmos pelas coraraunicacões bem depressateremos a população, e tudo o mais que as outras nações tem:mas se esperár-mos pela população tarde teremos orna cousa o°U«aÍJm

caminho de ferro no Rio de Janeiro até á fronteira deMalto-Grosso procurando a capital, que é a meihor communica-cão com os estados visinhos do Alto Peru e Bolívia, o a quemrâais pôde interessar, será a um tempo de grande utilidade a im-mensos sertões nossos, inteiramente perdidos ate hoje ; tornaradependente do porto do Rio de Janeiro esses estados visinhos,

que nem pelo Paraguay, nem por outros iguaes caminhos vindos

/,5° INDICADOR MILITAR.

do pacifico poderão obter lão promplamenle. e mais barato osgêneros da Europa, servirá de baso, como já ficou dito, a muitosoutros caminhos, que podem delle dimanar a favor dos mais dis-tanies porlos de mar do norte do Brasil, e de algumas capitãescias províncias; e sora o primeiro penhor de segurança da nossafronteira por aquelle lado.

« O Paraguay tambem ulilisará muito com esla estrada, poden-do enviar-nos os seus gados e outros objectos.« A melhor direcção de um tal caminho seria : sahir do Rio deJaneiro direito á Campinas, na provincia de S. Paulo; depois áS.Benlo de Araguaya e á Jabotieaba, alé encontrar a estrada de Pi-

quiri, umas vinte legoas antes de SanfAnna do Parahyba. Estaílirecçao terá ainda muitos obstáculos a vencer para se entrar nogrande valle do Rio de S. Francisco, e subseqüentemente dos riosDoce, Jequitmhonha e Parnabyba que para o faturo devem facili-tar as cômmunicações com a parle mais habitada do litoral.

« O pensamento de um systema geral de cômmunicações porcaminhos de ferro, não exclue a adopção de algum outro caminho,que sem ser parle desse grande systema, ou sem ter com elleligação alguma, pode com tudo ser de vital interesse.

« Não tendo conhecimento de quantos possam estar neste caso,¦e devendo para o futuro ser de importância muilos que hoie nemva nam a pena fallar nelles, apresentarei, não obstante, dous queactualmente mesmo podem ser considerados uteis.« Io Um caminho de ferro da cidade da Bahia ao passo do Joa-seiro, no Rio de S. Francisco. Este caminho unirá ás suas van-tagens intrínsecas, ás da navegação a vapor do Rio de S. Fran-«tsco^; que, com a dos seus affluentes, pôde eslender-se a mais(te 300 legoas, e facilitar o commercio dos sertões do Piauhv.Ceara, Rio Grande do Norte e Pernambuco, que hoje se commu-nicam com a cidade da Bahia por esse passo do Joaseiro.

. «V, üro_ caminho de ferro da cidade de Porlo-AIegre, neíapicada (porto que lhe fica em frente) até ao passo de ftaqui noRio Uruguay. r" '

« As vantagens deste caminho serão: dar ao centro da nossaprovíncia ale Missões os interesses de uma prompta communica-çao; soccower os distritos de Missões e Alegrete, quando precisoseja, com Iodos ns meios de defesa, dando a estes soecorros umadirecção coberta e muilo distante da fronteira; e finalmente, dara-repuíblica do Paraguay uma communicação prompta e fácil comum porto de mar tão freqüentado como é o do Rio Grande, e essacoramunicação se lhe tornará mais fácil e segura do que pelo

INDICADO» MILITAR, /|57Paraná, sc sc abrir um canal desde o Uru<niav nelo rio \<m*nfíu„o lagoa Ibéria alé ao Ponné.» D Y Aguapel.y

Para levar avante a commünicacào d a ca pilai d o iinnciiô onm it

'raportiimenrovincia do Malo-Gri.sso.lemS Já a Sd d "ro

t%,u ü r° H ¥ á,S margens d0 Para,1>'ba. A continuação de aestrada ale ao ya e do rio de S. Francisco é uma questão quei!

1.1 ndí í iS0,,C,lllde düs brasil^os. Ha pouco a imprensa ei-22h?4 SSP* (,UeS° emPenlla,at° d«as notabilidades que seacham a testadas emprezas mais importantes donaiz- ean«,S,dn0S,!!'!,,Uía'l,0S lerábreveraen,e * oocuparTdâ Ls,aff?0] d,scullnd0 a Proposta apresentada na sessão finda poralguns dos seus membros proeminentes. P

tílesdo 2Sfí™?'Ca™Ính.0S àe. ferrono Brasil é muito mais sim-

S° <1U(L0S Estados-Unidos, onde taes caminhos são ba-SS^^ffiW^. d? wagões d0 grande lone,a§einoT^LS^Joc,dade.do vô° dos pássaros. Basta.ido-nos porE,c;í dtí uma * via e wagões que possam transportar o do-bro, ou pouco mais, do peso dos maiores objectos que nos são n re-

lclmo ™^ «aldeirus, etc, se, além disto, nos conten-armos com a velocidade de 15 a 20 milhas por hora, poderemos

saSs. dlfficuldades d0 terreno' e g«a«'dada a relação dos

«A vumPre«í,ehaixo deste ponto de vista, estudar o modo deraSÍSníS"10 anle5acom«lllHÍca^0 ">™ vantajosa entre a«tpdal do império e a da provincia de Matto-Grosso, mettendonfÈ$2P°*# íonside,aeões militares, Confiamos muito2Sf ^lne ,smo $mMm %m m não duvidamosMSitt esta questão assim como estuda a navegaçãoFvMSt!^' esPecíajraenle do Amazonas, do Paraná e WÍt ranusco,de que depende essencialmente a prosperidade do paiz.

Dr. J. C.de Carvalho¦ ; i.

MaJ°r honorário de engenheiros.

A58 INDICADOR MiLll AR.

MÁXIMAS E PENSAMENTOS.

(continuação*)

lxx.#

í)e reconhecida è geral conveniência são essas escholas regimen-táes estabelecidas nos corpos do exercilo, maxime para aquellesque aspiram ào ofíicialatò, continuando em sua honrosa carreira ;porque como o seu numero seja limitado em relação ao dos que pre-tendem abandònal-a, concluído ó tempo de serviço qué a lei lhesarbitra, seria lamberá de grai.de conveniência para e les, e para oestado que, a par dessas escholas, se estabelecessem outras de com-pàtiveis artes e ofíiciôs, à fim de qué, quando rebaixados, levassemum meio honesto de subsistência, que as livrasse de se tornaremnocivas, ou onerosas á sociedade. Estabeleção-as; assegure-se oasylo, e subsistência aos que envelhecerem, ou se inütilisarem noserviço; e com taes medidas, talvez se torne ocioso, e desnecessárioò estudo dos melhores systemàs de recrutamento.

( Continua. )' ' '• '¦ ib.

P. A. DE S. EVERARD.\S'-y , ;-'

'¦ ' ' "

firigadeiro graduado de engenheiros.

) Os senhores asssignántes do M Indicadot Militar—* que qui-lerem continuar a. sua assignatura para o primeiro semestre dopróximo futuro anno, poderão desde já prevenil-o na typographiádos Srs. N. L. Vianna e filhos á rua d'Ajuda h. 79, ou na casa dóthésoureiro da redacção o Sr. major J. 3. Mendonça de Carvalhoá rua da Lapa n. 52* afim de que não haja interrupção ná entregada gazeta.

Da Medaecão;

TYP. de N. L. VIANNÁ E FILHOS, RUA b'aJuda n. 79.