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NOVAS CENTRALIDADES VER PARA CRER Um périplo por cinco províncias para ver a obra feita pela SONIP 38º ANIVERSÁRIO OBJECTIVO DOIS MILHÕES ANGOLA A CAMINHO DE SER O PRIMEIRO PRODUTOR DE PETRóLEO AFRICANO EM 2016 SONAEXPO 2014 O MUNDO SONANGOL A PRIMEIRA GRANDE EXPOSIçãO DO MARAVILHOSO MUNDO SONANGOL ENTREVISTA HÁ VIDA PARA ALÉM DA REFORMA AS SÁBIAS PALAVRAS DE JOSÉ SOBRINHO, REFORMADO DA SONANGOL N. 33 | Março 2014 Notícias Revista tRimestRal infoRmação GeRal DistRibuição GRatuita

N. 33 | Março 2014 Notícias - sonangol.co.aoªs/Documents/Sonangol_Noticias_n33.pdf · deverão entregar as suas obras no período de 1 de Janeiro a 30 ... As obras concorrentes

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NOVAS CENTRALIDADES

VER PARA CRERUm périplo por cinco províncias para ver a obra feita pela SONIP

38º ANIVERSÁRIO

OBJECTIVO DOIS MILHÕESANgOLA A CAMINHO DE SER O PRIMEIRO

PRODUTOR DE PETRóLEO AfRICANO EM 2016

SONAExPO 2014

O MUNDO SONANgOLA PRIMEIRA gRANDE ExPOSIçãO

DO MARAVILHOSO MUNDO SONANgOL

ENTREVISTA

HÁ VIDA PARA ALÉM DA REfORMA

AS SÁBIAS PALAVRAS DE JOSÉ SOBRINHO, REfORMADO DA SONANgOL

N. 33 | Março 2014

NotíciasRevista tRimestRal • infoRmação GeRal • DistRibuição GRatuita

nome da secção

2 | Sonangol Notícias

MARÇO 2014 | 3

Índice

07Formação

CFMA Inaugurado no Sumbe,

o primeiro Centro de Formação Marítima de Angola

14deStaque

VER PARA CRERUm périplo às novas

centralidades em cinco províncias do país

11nacional

ENERGIA SOLARProjecto-piloto alimentado com

energia solar em Angola inaugurado em Cabiri

24aniVerSÁrio

OBJECTIVO DOIS MILHÕES

Ano 2016 é a meta para Angola ser o primeiro produtor

de petróleo de África

28SonaeXPo 2014

AOS OLHOS DE TODOSA grande exposição

do extraordinário universo Sonangol

36entreViSta

PARA ALÉM DA REFORMAAs sábias palavras de José Sobrinho, ilustre reformado

da Sonangol

42deSPorto

MUNDIAL DE FUTEBOLNo Brasil, a maior competição

do mundo já chama as atenções

40HomenaGem

MENDES DE CARVALHOUma figura lendária da Nação

46crÓnica

PREVENÇÃO RODOVIÁRIA

A perspectiva de Carlos Guerreiro sobre o assunto

N. 33 | MARÇO 2014DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

NOTÍCIAS

Este material está protegido pelos direitos de autor. Todos os direitos estão reservados. Por favor contacte o editor para autorização de cópia, distribuição ou re-impressão. Todos os conteúdos são da responsabilidade da Sonangol.

revista disponivel nos voos >>>

ProPriedade Sonangol, E.P.

Sede

Rua Rainha Ginga, 29/31 Caixa Postal 1316 Luanda

Tel.: 226 643 342 / 226 643 343Fax: 226 643 996

www.sonangol.co.ao

ConSelho de adminiStração PreSidente

Francisco de Lemos José Maria

adminiStradoreS exeCutivoSAnabela Soares de Brito Fonseca, Ana Joaquina Van-Dúnem Alves da Costa,

Fernando Joaquim Roberto, Fernandes Gaspar Bernardo Mateus, Mateus Sebastião Francisco Neto, Paulino

Fernando Carvalho Jerónimo

adminiStradoreS

não exeCutivoS

Albina Assis Africano, José Gime,

André Lelo e José Paiva.

Gabinete de ComuniCação

e imaGem

[email protected]

direCtor

Mateus Cristóvão Benza

SuPerviSão

Nadiejda Santos, Hélder Sirgado,

Paula Almeida, Kimesso Kissoka

FotoGraFia

José Ribeiro Quarenta, Henrique Lima

Artur

diStribuiçãoCarvalho Neto, Diogo Lino

imPreSSãoDamer Gráficas, S. A.

tiraGem 5000 exemplares

deSiGn GráFiCo, aPoio editorial e Produção

Publishing

4 | Sonangol Notícias

"Quem casa quer casa” já é uma expressão comum. Lê-se algumas vezes e ouve-se falar outras tantas. A verdade no entanto é que, para a maioria dos angolanos, a casa própria era, até há pouco tempo, uma verdadeira miragem.

Essa constatação acaba por ser o principal suporte para a elevada popularidade da política que levou à construção de novas urbanizações em diferentes pontos de Angola.

Sob os auspícios do governo, a Sonangol passou à execução. Os resultados são mais do que evidentes, não obstante o facto de ser imensurável a dimensão da satisfação dos que passaram do sonho para a exibição ufana do título de dono da casa própria. Só não são mais palpáveis as manifestações dos jovens que peregrinaram de casa em casa, bairro em bairro e aluguer em aluguer, porque não se consegue tocar nos sorrisos ou afagar tão belas emoções.

Os Kilambas, Zangos, Caparis ou Cacuacos, hoje replicados na Lunda, Huíla, Benguela ou Namibe, são paredes e tetos que fazem lares, angolanos realizados, e dão estrutura à aniversariante paz.

No entanto, o desafio ainda é incipiente. Há muito mais por fazer. Entre as colheitas, à Sonangol recaiu a experiência ganha com as primeiras etapas. Está muito mais madura, como deixou claro aos jornalistas que, convidados, constataram in loco o decorrer das obras de novas urbanizações em diferentes pontos do país.

O traquejo ganho valerá muito para empreitadas futuras, quanto mais não seja porque números recentemente divulgados pelas Nações Unidas referem que em todo o mundo, anualmente, quase 70 milhões de pessoas deixam o meio rural para a cidade. São cerca de 1 milhão e 400 mil pessoas por semana, 250 mil por dia, 130 por minuto e duas por cada segundo.

Claro que compete a cada governo encontrar as melhores vias para estancar ou contrapor tais fluxos. Ao nosso nível, parece claro que as diferentes províncias começam a oferecer cada vez mais motivos de permanência para os locais. Entre as várias razões, algumas continuam a ser compostas, bloco à bloco.

Mateus Cristóvão

Director

[email protected]

CASA PRÓPRIA, DO SONHO À REALIDADE

MARÇO 2014 | 5

Editorial

6 | Sonangol Notícias

Garcia Afonso, responsável pelas tarifas e comércio do Serviço Nacional das Alfândegas anun-ciou as novas regras e afirmou que o Estado vai arrecadar 23 mil milhões de kwanzas, pelo menos mais de dez por cento de receitas do que na pauta de 2007.Em síntese, cerca de 50 por cento é a taxa limite de agravamento

dos direitos aduaneiros e dois por cento, a percentagem mínima para a entrada de bens e serviços. Há ainda a isenção de pagamento a determinados bens e serviços. A nova pauta aduaneira, que vigora até 2017, apresenta isenções fis-cais nas matérias-primas utiliza-das pelos agricultores, para impul-sionar a produção nacional.

NOVA PAUTA ADUANEIRAem vigor

Fevereiro foi o mês de festejos do 38º aniversário da Sonangol. Do longínquo 1976 até esta data, a empresa nacional de petróleos cresceu, impôs-se nos mercados e manifestou-se como a maior contribuidora do PIB nacional.Nas páginas que se seguem, daremos o relevo merecido aos vários pontos fortes que assinalaram a data.

PARABÉNS a você...

Os concorrentes ao Grande Prémio Sonangol de Literatura deverão entregar as suas obras no período de 1 de Janeiro a 30 de Março de 2015.As obras concorrentes têm de ser inéditas e entregues na

União dos Escritores de Angola.O concurso, patrocinado pela Sonangol, é aberto a autores de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e S. Tomé e Príncipe.

MARçO DE 2015 é data limite para entrega de obras

MARÇO 2014 | 7

Actualidade

Baptizado com o nome de “Manuel Augusto Alfredo Orlog”, alta figura da luta armada de libertação nacional, o Centro, vocacionado para a formação básica e especializada de marinheiros, tem capacidade para acolher 200 alunos em regime de internato.Construído de raiz pela Sonangol, na comuna do Kicombo, município do Sumbe, Kwanza Sul, o CFMA foi inaugurado pelo governador provincial, Eusébio de Brito Teixeira no passado mês de Fevereiro.

O Centro, que faz parte da Academia Sonangol, vai conjugar a formação académica em Angola e na Escócia, com a prática em navios petrolíferos, nas especialidades de engenharia marítima e ciências náuticas e vai incluir cursos de formação básica em cisternas de gás liquefeito, prevenção de incêndios e técnicas de sobrevivência pessoal.A formação é garantida por 14 professores altamente especializados. Para o primeiro

ano lectivo estão inscritos 20 estudantes. O Centro está equipado com dois laboratórios de engenharia electrónica e física, engenharia marítima e mecânica. O reitor da instituição, John Loide, garante que a escola tem tudo para formar com qualidade: “Temos cadetes do DECK e engenheiros cadetes. A formação terá a duração de um ano, com continuação na Escócia, onde terão a classificação de oficiais”.

SONANGOL INAUGURA PRIMEIRO CENTRO DE FORMAÇÃO MARÍTIMA DE ANGOLA

8 | Sonangol Notícias

A agência Business Monitor International (BMI) coloca Angola como o principal destino para os investidores do sector do petróleo neste e no próximo ano, e faz uma previsão de crescimen-to médio do PIB de 7,4 por cento até 2018.O Relatório sobre Gás e Petróleo em Angola, elaborado pela BMI, informa que Angola de-verá manter a posição de principal destino de investimento dentro da indústria do petróleo.

Apesar de se antever um abrandamento da produção de petróleo, os planos para novos projectos vão garantir um crescimento forte durante grande parte do período em análise,

de 2014 a 2018. Estão planeados 32 poços nos próximos trimestres, incluindo 15 que vão testar as formações de pré-sal.Até 2022, o número médio de poços é no total, de 25, e não apenas no pré-sal. Na mesma altura em que foi divulgado este relatório sobre o sector do petróleo, a BMI lançou também outra análise sobre o ambiente empresarial em Angola, na qual estima que o crescimento económico vai acelerar nos próximos trimes-tres, alicerçado num grande programa de in-vestimentos públicos e nas novas capacidades de produção petrolífera: “Prevemos que o PIB real cresça 7,4 por cento em média, entre 2014 e 2018”, lê-se no Relatório de Perspectivas Em-presariais de Angola.

Nos passados meses de Janeiro e Fevereiro as exportações angolanas de petróleo mantiveram as mesmas quantidades médias de 49 cargueiros por mês.Apesar do mês de Fevereiro ter sido mais curto, as exportações diárias foram aumentadas para um milhão e 680 mil barris, comparadas

com um milhão e 520 mil no mês de Janeiro, para manter os 49 cargueiros previstos mensalmente, isto de acordo com dados fornecidos pela agência de informação financeira Bloomberg.Somente o mês de Março registou valores mais baixos desde Junho de 2011, segundo as previsões programadas.

ANGOLA MANTEVE o nível de exportações

ANGOLA NA ROTA dos investidores de petróleo

A empresa italiana de combustíveis ENI está a ponderar instalar uma fábrica de gás natural no norte de Moçam-bique, depois de ter descoberto imen-sas quantidades de gás no offshore

moçambicano. Recentemente, o Primeiro-Ministro de Moçambique, Alberto Vaquina, manteve conversações com o director-executivo da ENI, Paolo Scaroni, com vista a desen-volver o projecto.

ENI pondera montar fábrica de LNG em

O primeiro-ministro moçambicano Alberto Vaquina cumprimenta o director executivo da ENI, Paolo Scaroni

Moçambique

MARÇO 2014 | 9

Actualidade

As companhias chinesas estão a redescobrir o interesse pelo gás natural liquefeito (LNG) na me-dida em que emerge capacidade para importação.Segundo analistas especializados na matéria, não são somente os compradores existentes que estão interessados, mas também empresas petrolíferas não-nacio-

nais que surgem como potenciais concorrentes no mercado LNG, visto já como o de mais rápido crescimento da actualidade.Os próximos anos deverão marcar o período mais activo do mercado chinês.O negócio está a ser impulsiona-do por duas razões: as expecta-tivas de subida de preços do gás que suportam a procura do LNG e o desejo de pequenos nego-ciantes de controlarem os seus próprios fornecimentos em vez de confiarem em fontes de terceiros, especialmente as grandes com-panhias nacionais de petróleo.Por outro lado, existe a percepção de vir a haver uma diminuição do mercado a longo termo, na medida em que a procura será superior à oferta.

na África subsaariana. O Standard Chartered tem uma longa história e um registo de sucesso em lidar com este sector a nível mundial, oferecendo uma profunda mais-valia e entregando valor aos negócios através do financiamento de projectos e aquisições, de exportações e de novos projectos”.Angola é também o maior parceiro comercial da China em África - em 2012, este corredor comercial valia mais de 35 mil milhões de dólares. Em todos os mercados em África, o Standard Chartered tem um registo comprovado de capacidade de dar assistência às empresas que fazem operações financeiras em vários países em África com a China, fornecendo as ferramentas financeiras necessárias e os conselhos estratégicos às empresas chinesas que fazem negócios na região.A entrada do banco britânico em Angola é feita com 60% da operação, cabendo à seguradora local ENSA os restantes 40%. O empresário angolano Miguel Miguel será o representante do banco em Angola.

O banco inglês Standard Chartered, em conjunto com a Seguradora ENSA, abriu uma subsidiária em Luanda, dedicando particular atenção às oportunidades de negócios com a China. O Banco Standard Chartered Angola, assim se chama, vai ser o primeiro grande banco

internacional a ter uma presença física em Angola, um importante desenvolvimento no contexto da crescente sofisticação da economia angolana e particularmente do seu sector financeiro. De acordo com o site do banco, “Angola é o segundo maior produtor de petróleo e gás

BANcO INGLêS abre balcão em Angola

As reservas são 40 vezes superiores a todas as outras descobertas em 2013. A com-panhia estatal russa Gazprom confirmou os resultados da sua mais recente prospecção na ilha Sakalina, a norte do Japão. A região abriga 464 milhões de toneladas de petróleo, segundo os engenheiros e geólogos da companhia.

Além do petróleo, a Gazprom também confirmou a existên-cia de gás na mesma zona da ilha. As reservas, inicialmente avaliadas em 563 milhares de milhões de metros cúbicos, tiveram os cálculos corrigidos e, agora, atingem 682 milhares de milhões de metros cúbicos, o que é superior a todo o gás produzido na Rússia em 2013.

GAzPROM confirma super-jazida de petróleo e gás na ilha Sakalina

chINA volta a descobrir apetite pelo LNG

10 | Sonangol Notícias

A centralidade do Kilamba, em Luanda, vai beneficiar de uma Escola Superior de Hotelaria e Turismo a partir deste ano académico. A escola fica adstrita à Universidade Agostinho Neto (UAN) e tem por objectivo a formação de jovens angolanos no domínio da Gestão de Turismo.Segundo informação prestada pelo director do gabinete de Investigação Científica e Pós-Graduação da UAN, João Domingos Cadete, a nova unidade de ensino superior comporta 60 vagas para quem queira apostar numa formação no

ramo hoteleiro.A escola fica instalada numa infra-estrutura construída na centralidade para acolher alunos do segundo ciclo, cedida pelo Ministério da Educação até à criação de condições definitivas.Os cursos serão ministrados por professores cubanos, no âmbito dos acordos de cooperação entre Angola e Cuba. Recorde-se que a Cidade do Kilamba é constituída por 700 prédios, 24 jardins de infância, 17 escolas primárias e secundárias, com capacidade para albergar 1200 alunos por turnos.

EScOLA DE hOTELARIA E TURISMO

para a centralidade do Kilamba

Angola LNG passa a ter mais uma data a festejar. O dia 7 de Março ficou como o marco da primeira venda de gás butano doméstico a partir da fábrica no Soyo.O primeiro carregamento foi vendido em regime free on board

(FOB) Soyo à Sonangol Gás Natural, Lda. e foi carregado em segurança no navio butaneiro Astrid. As vendas de gás butano pela Angola LNG serão prioritariamente para o mercado interno. O butano remanescente

GÁS BUTANO DOMÉSTIcOvendido o primeiro carregamento

será atribuído às afiliadas de todos os accionistas da Angola LNG, para exportação, em regime FOB Soyo, a saber, Sonangol, Chevron, BP, ENI e Total. O terminal marítimo para expedição de butano pressurizado foi devidamente licenciado antes do início das operações de carregamento. O Presidente da Angola LNG Marketing Limited, Artur Pereira, nota, a propósito deste

carregamento: “A expedição e venda deste carregamento de butano para uso doméstico constitui mais um marco importante na história da Angola LNG. Este fornecimento de gás butano pressurizado, bem como os que ocorrerão no futuro, constituem um contributo para as necessidades de energia de Angola e, consequentemente, para o crescimento e desenvolvimento do país”.

MARÇO 2014 | 11

Actualidade

A primeira aldeia solar do país, financiada pela Sonangol, foi formalmente, entregue ao Governo provincial de Luanda.Trata-se de um projecto integrado com 500 habitações, das 2.500 previstas, cada uma equipada com energia solar.Cada casa tem dois quartos, uma sala cozinha e arrumos, e está equipada com forno solar. A energia permite ligar um rádio,

televisor e frigorífico.De igual modo, foram construídas redes de abastecimento de água, esgoto e rede viária.Na aldeia foram edificados um centro de artes e ofícios, uma escola com seis salas de aulas, um espaço para a administração da aldeia, um centro de saúde, um mercado e uma lavandaria pública.

NOVA ALDEIA SOLAR em Cabiri

12 | Sonangol Notícias

Chegaram da Dinamarca os 19 jovens talen-tos angolanos formados pela Maersk Oil, nas áreas de petróleos e geociências.Depois de receberem os respectivos diplo-mas, os estudantes agradeceram à Maersk Oil Angola e seus parceiros e mostraram-se prontos a contribuir para o crescimento da indústria petrolífera angolana.A formação técnica é resultado da parce-ria com a Sonangol Pesquisa e Produção, Odebrecht e a colaboração de cinco univer-sidades angolanas. O programa de formação começou a 20 de Janeiro de 2014.

MAERSk forma talentos angolanos

nome da secção

MARÇO 2014 | 13

MAIS 35 MIL CASAS ESTARÃO CONCLUÍDAS ATÉ 2016

CENTRALIDADES GERIDAS PELA SONIP

Texto: Euclides Seia Fotos: Malocha

governo aposta fortena habitação social

14 | Sonangol Notícias

A SONIP - Sonangol Imobiliária e Propriedades - está a construir um total de 35.002 casas do tipo T3 e

T4 designadas “casas sociais” em cinco províncias do país. As obras, que arran-caram em 2012 terminam em 2016.As províncias de Benguela, Cabinda, Huíla, Luanda e Namibe são as primei-ras a serem contempladas e o projecto está a andar bem, com 56 por cento de avanço. Cerca de 210 mil habitantes serão beneficiados.

Orlando Veloso, presidente da Comissão Executiva da SONIP, aponta para 80 mil o número de fogos habitacionais que serão erguidos em 13 províncias num total de ocupação de 2.614 hectares.A Revista Sonangol Notícias viajou pelo país, numa visita a nove centralidades onde, a convite da SONIP, constatou o andamento das obras. Com a duração de três dias, a reportagem começou nas cen-tralidades da cidade capital e terminou na terra das acácias rubras, Benguela.

MARÇO 2014 | 15

Destaque

LUANDA

ZANgo oiTo MiLA centralidade, situada no município de Viana, Zango, é composta por oito mil fogos, entre apartamentos e moradias da tipologia T3, para alojar 48 mil habitantes. Ocupa uma área de 416 hectares.Os trabalhos registam, nesta fase, um avanço de 75 por cento.No Zango Oito Mil estarão disponíveis cinco escolas primárias, três escolas do ensino secundário e cinco creches. A área terá o fornecimento de energia eléctrica na ordem dos 45 MVAS e uma estação de captação, com a capacidade de 15.000 metros cúbicos de água potável por dia.O projecto conta com 12.750 metros cúbi-cos de rede de esgotos, 101 Km de vias de comunicação e contará com o contributo de outras organizações públicas e privadas que têm serviços e produtos de utilidade para os futuros residentes. Com espaço reservado a investimentos públi-cos e privados – justiça e igrejas – o Zango Oito Mil ocupa cerca de cinco mil trabalha-dores angolanos e 1.700 chineses, conforme nos disse o engenheiro Hamilton Faria.

FogoS 8.000

HAbiTANTES 48.000

TipoLogiA T3 (2.780 moradias)5.220 apartamen-tos em edifícios de 2 e 3 pisos

16 | Sonangol Notícias

MARÇO 2014 | 17

LUANDA

UrbANiZAção K.K. CiNCo MiLCom cinco mil casas T3, a urbanização K.K. implantada numa área de 75 hectares para 30 mil habitantes, será concluída em Dezembro deste ano.Hamilton Faria, vogal da SONIP, indicou que das primeiras 2.190 residências que serão entregues em Junho, a prioridade recai nos cerca de mil clientes que estão na lista de espera, após cumprirem os requisitos contratuais. A urbanização, que está numa zona adjacente à Cidade do Kilamba, terá uma escola primária, uma escola secundária e duas creches e, por ser vizinho, vai partilhar de algumas infra-estruturas com o Kilamba, como a ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) e as subestações eléctricas.

Destaque

FogoS5.000

HAbiTANTES30.000

TipoLogiAT3Edifício Estrela20 apartamentosEdifícios lineares130 apartamentos

18 | Sonangol Notícias

CAbiNDA

UrbANiZAção ESpECiAL DE CAbiNDAA Urbanização, situada no Chibodo, comporta 36 lotes, 90 edifícios de três pisos cada um correspondendo a 1.002 apartamentos do tipo T3 e T4. O projecto começou em 2008 e está pronto para entrega em finais de Março, princípios de Abril. A Urbanização Especial de Cabinda, além de residências para 6.012 pessoas, dispõe de uma escola primária com 16 salas de aulas para 512 alunos, uma creche para 120 crianças e um centro médico com capacidade para 13 camas.A urbanização, que ocupa uma área de 25 hectares, beneficia de um supermercado, uma esquadra policial e um edifício administrativo. A energia eléctrica será fornecida pela Empresa Nacional de Electricidade.

FogoS 11.000

HAbiTANTES 66.000

TipoLogiA T36.160 moradias4.840 apartamentos

Centralidades

MARÇO 2014 | 19

Destaque

HUÍLA

CENTrALiDADE oNZE MiLCom uma área de 1.100 hectares, a centrali-dade do Lubango, localizada no Quilemba, é a de maior zona de implantação. Terá capaci-dade para 11 mil fogos e 66 mil habitantes.A conclusão das obras, que se iniciaram em 2012, está prevista para 2016. Actualmente vai com um avanço de 44 por cento.Além dos apartamentos e moradias T3, a cen-tralidade terá cinco escolas primárias com 24 salas de aulas cada, quatro escolas secundári-as com o mesmo número de salas e nove creches com oito salas de aulas cada uma.Receberá 45,8 MVAS/dia de energia eléctrica, 26.524 metros cúbicos de água por dia e terá 132 quilómetros de vias de comunicação e 11 quilómetros de redes de esgoto.Esta centralidade emprega 1.213 angolanos e 1.550 chineses na sua edificação.Hamilton Faria, engenheiro da SONIP, lamen-tou a ocupação de cerca de 170 hectares, por pessoas singulares. Esta área está destinada à construção de 3.500 fogos, o que significa que, por agora, somente 7.500 fogos serão concluídos.

FogoS11.000

HAbiTANTES66.000

TipoLogiAT36.160 moradias4.840 apartamen-tos

20 | Sonangol Notícias

UrbANiZAção Do NAMibE

prAiA AMéLiAA terra da welwitschia mirabilis, terá duas urbanizações de casas sociais.A Praia Amélia, na província do Namibe, é composta por dois mil fogos habitacionais, com apartamentos e moradias T3 para um total de 12 mil pessoas.O Arquitecto da SONIP, João Kayaya, explicou que o projecto observa 78 por cento de avanço e está a ser erguido numa área de 295 hectares. A urbanização terá 30 Km de vias de comunicação, redes de esgotos, escolas do primeiro e segundo ciclo e duas creches. Com água e energia garantida pelo Governo da Província, a urbanização localiza-se na faixa costeira, a dois quilómetros do aeroporto.

FogoS2.000

HAbiTANTES 12.000

TipoLogiAT3 1.656 moradias344 apartamentos

UrbANiZAção Do NAMibE

5 DE AbriLImplantada numa área com 216 hectares, a urbanização 5 de Abril, na província do Namibe, terá dois mil fogos do tipo T3, para 12 mil habitantes.Com duas escolas para o ensino secundário e duas creches, 30 km de vias, 24 km para esgotos, “a execução da obra está em ritmo acelerado”, afirmou o arquitecto, João Kayaya. A conclusão está prevista para 984 casas em Abril e 1.016 casas em Junho.

FogoS2.000

HAbiTANTES 12.000

TipoLogiAT31.800 moradias200 apartamentos

FogoS1.000

HAbiTANTES 6.000

TipoLogiAT3 (moradias)

UrbANiZAção DE bENgUELA

bAÍA FArTANa Baía Farta estão a ser construídos mil fogos habitacionais para seis mil pessoas, implantados numa área de 97 hectares. O seu grau de execução é de 81 por cento.A urbanização comporta moradias do tipo T3, uma escola primária, uma secundária e uma creche. A sua conclusão está prevista para Outubro deste ano. Com 15,2 km de vias, 3,4 MVAS de energia, 2.600 metros cúbicos de água/dia e 1.020 metros de rede de esgotos, o empreendimento ocupa 95 trabalhadores angolanos e 114 chineses.

MARÇO 2014 | 21

Destaque

bENgUELA

LUHoNgo A urbanização do Luhongo, localizada no mu-nicípio da Catumbela, terá dois mil fogos T3 para albergar 12 mil pessoas. Ocupa uma área de 97 hectares e o grau de execução das obras é de 21 por cento.Com uma escola primária e secundária, duas creches, 21 km de vias de comunicação, 5,6 MVAS, a “urbanização está implantada numa zona bastante acidentada obrigando a maior esforço por parte dos profissionais, e tecnolo-gias adequadas para as dificuldades do terreno serem ultrapassadas”, sublinhou o arquitecto, Yuri Alexandre da Rosa.

bENgUELA

LobiToCom três mil fogos T3 a serem construídos, a urbanização do Lobito, que está a ser implan-tada numa área alta de 293 hectares, rece-berá 18 mil habitantes. “As obras registam um avanço da ordem dos 33 por cento” de acordo com o técnico Waldimiro Mussango.O espaço terá três creches, duas escolas primárias e uma escola secundária. A urbani-zação vai beneficiar também de estradas com extensão de 25 Km, abastecimento de energia na ordem dos 8,9 MVAS e um fornecimento de água de 5.600 metros cúbicos por dia e 3.000 metros cúbicos de rede de esgoto.

22 | Sonangol Notícias

FogoS 2.000

HAbiTANTES 12.000

TipoLogiA T3 1.008 moradias992 apartamentos

FogoS3.000

HAbiTANTES18.000

TipoLogiA T3854 moradias2.144 apartamentos

O Presidente da Comissão Executiva (PCE) da Sonangol Imobiliária e Propriedades, Orlando Veloso, que liderou o périplo pelas cinco províncias do país, sublinhou que a SONIP “só está a dar corpo ao programa elaborado pelo executivo ango-lano liderado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Com mão-de-obra

angolana, chinesa e portuguesa, as obras nas cinco províncias decorrem a um ritmo acelerado tendo em conta as datas de entrega. Luanda, nos próximos tempos, terá também a centrali-dade do SIF, com cinco mil casas e, a partir de Junho deste ano, começam a ser entregues as primeiras casas das 35 mil em construção”, disse o PCE.

bALANço Do péripLo

Presidente da Comissão Executiva da SONIPEngenheiro Orlando Veloso

obJectivo Dois MilhÕes

Texto: Zwela Fotos: Malocha

24 | Sonangol Notícias

MARÇO 2014 | 25

No encerramento dos festejos do seu

38º aniversário, a Sonangol reafirmou o objectivo de

atingir os dois milhões de barris por dia a partir do

próximo ano, tornando-se o maior produtor de

petróleo de África por um período de cinco anos

Aniversário

MARÇO 2014 | 25

26 | Sonangol Notícias

entrevista

26 | Sonangol Notícias

Centralidades

MARÇO 2014 | 27

Aniversário

MARÇO 2014 | 27

O resultado dos estudos realizados até à data permitem considerar completamente viável atingir o objectivo dois milhões, graças a dois factores identificados, nomeadamente a resolução de problemas surgidos anterior-mente e a contribuição adicional de dois cam-pos, um no bloco 17 e o outro no bloco 15/06, de acordo com o administrador da Sonangol E.P., Paulino Jerónimo, que integrava o painel de dirigentes presidido pelo PCA Francisco de Lemos José Maria, na Conferência de Im-prensa realizada a 25 de Fevereiro.

proDUção ESTACioNáriAEm jeito de ponto de situação, a Conferência de Imprensa permitiu o esclarecimento das mais importantes situações da vida da em-presa.Assim, a quota-parte da Sonangol manteve-se virtualmente estacionária e o Bloco 31, no qual a multinacional angolana detém 45 por cento, prestou uma enorme contribuição atenuando as reduções verificadas noutras concessões. A petrolífera estatal produziu no ano passado, 1.208.809 barris equivalentes de LPG (gás liquefeito), que inclui o gás de cozinha. A produção de todos os demais investidores aumentou 24 por cento em 2013, influenciada pela entrada de novos campos petrolíferos. A produção dos direitos patrimoniais do Estado, da qual se obtêm as receitas da concessionária, reduziu dez por cento pelas dificuldades verificadas nos blocos Zero, 15, 17 e 18, após se ter registado um crescimento de 11 por cento em 2012.

86% EM iMpoSToS DivErSoSA Administração da Sonangol avançou que internamente o mercado está a veri-ficar uma acentuada redução no consumo

da gasolina e de petróleo iluminante. As causas ainda não foram determinadas, mas fonte próxima do negócio admitiu que essa situação pode ser resultado da importação de mais viaturas a gasóleo, da melhoria do sistema de distribuição de energia eléc-trica e do cerco imposto aos exportadores clandestinos de combustíveis. De todas as vendas efectuadas pela Sonangol cerca de 86 por cento foram depositadas em 2013 no Tesouro Nacional (Conta Única do Tesouro) nas mais diferentes modalidades de impos-tos, como Imposto de Produção, Imposto de Transacção de Petróleo, Imposto de Rendi-mento de Petróleo, Receita das Concessões Petrolíferas e Imposto de Consumo, além das obrigações aduaneiras inerentes. Segundo estimativas, no primeiro trimestre deste ano, Angola terá exportado o equiva-lente a 1.533 milhões de barris por dia.

probLEMAS opErACioNAiSNa conferência de imprensa, Paulino Jeró-nimo justificou a quebra na produção com “problemas operacionais” ocorridos sobre-tudo em Novembro de 2013.“O bloco 17 foi onde houve a maior parte dos problemas. Produz um terço da capacidade e quando há um problema afecta muito a nossa produção geral”, salientou.O bloco 17 é operado pela francesa Total que detém 40% do consórcio em que partici-pam, ainda, a norueguesa Statoil (23,33%), a americana ExxonMobil (20%) e a britânica BP (16,67%).Novembro de 2013 foi o mês em que houve a maior baixa de produção de todo o ano, com pouco mais de 47 milhões de barris. “Esta queda de produção em Novembro explica o total da quebra da produção anual”, disse Francisco de Lemos, que argumentou que tal situação “acabou por ser responsável

pelo decréscimo em cerca de um por cento da produção anual nacional”. Por detrás dessa baixa estão os indicadores obtidos no ano passado pelas concessões petrolíferas no Bloco Zero, operado pela Chevron, no Bloco 15, da Esso, no Bloco 17, da Total, e no Bloco 18, da British Petroleum. A Sonangol aguarda das direcções dessas operadoras informações adicionais sobre as causas dessa substancial redução de produção no mês de Novembro de 2013, que acabou por determinar esse impacto forte na actividade produtiva angolana. Apesar do indicador de 1.715.552 barris de petróleo por dia produzidos em 2013, a Sonangol mantém a sua aposta de elevar a produção para os dois milhões de barris por dia a partir de 2015, pelo menos por cinco anos consecu-tivos.

o CASo KErALAO navio-tanque Kerala foi recuperado e encontra-se em Luanda à guarda das autoridades angolanas. Desaparecido de águas angolanas no dia 18 de Janeiro, o navio estava ao serviço da Sonangol Shipping com um carregamento de 120 mil toneladas de gasóleo. Localizado mais tarde em águas nigerianas, o navio acabaria por ser devolvido com menos 12 mil toneladas, o que equivaleu a um prejuízo de oito milhões de dólares.

SAÍDA Do irAqUEA Sonangol decidiu encerrar a operação nos campos de Najmah, no Iraque, por falta de segurança, originada pela actividade de gru-pos armados alegadamente ligados à Al-Qaeda. Está a ser feita uma auditoria técnica e financeira para permitir a saída sem vio-lação dos compromissos contratuais com o governo iraquiano.

obJectivo Dois MilhÕes

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a sonangol aos olhos De toDos

28 | Sonangol Notícias

Um dos pontos altos das festividades comemorativas do 38º aniversário foi a apresentação

do grande pavilhão instalado na Avenida Marginal, para abrir ao público, pela primeira vez,

o fascinante mundo da Sonangol

reportagem: Euclides Seia Fotos: Malocha

MARÇO 2014 | 29

Durante três dias, a Sona Expo exibiu parte do “arsenal” da Sonangol, desde a pesquisa à produção, da refinação à distribuição, da logística

à industrialização.No dia 21 de Fevereiro, o Administrador

Fernando Joaquim Roberto, em represen-tação do PCA, procedeu à inauguração das instalações. Na ocasião, sublinhou que “esta é a oportunidade de nos familiarizarmos mais e partilhar informações que no dia-a-

dia não tem sido possível partilharmos. E, principalmente, permitir que os luandenses e os angolanos em geral conheçam o mundo Sonangol, os seus serviços e produtos que vão além do petróleo e gás”.

Estiveram presentes na cerimónia de abertura da exposição administradores ex-ecutivos e não-executivos da Sonangol E.P., PCE’s e Vogais das Subsidárias, bem como convidados.

Dr. Fernando Roberto, Administrador da Sonangol

Grupo de dirigentes da Sonangol

Aniversário

30 | Sonangol Notícias

oUTrAS gEogrAFiASA Sonangol projecta actuar e descobrir novos campos de exploração, por isso prepara meios como a Sonda KE e a Houston Paradise no Brasil, outros navios de maior capacidade de apoio às zonas de exploração e mais 19 navios próprios e alguns fretados.Com um novo sistema de canalização de gás, a Sonangol pretende facilitar o consumo do produto a nível do domicílio e restauração.

NoviDADE: iNDúSTriAS, MAiS-vALiA pArA o pAÍSAtravés da SIIND, a Sonangol criou o maior parque industrial do país, na ZEE (Zona Económica Especial de Viana), onde fábricas das mais variadas especialidades dão o seu contributo na redução das importações. Como nos contou Marisa Vicente, funcionária da indústria de arames, “ esta visão da Sonangol sobre o sector industrial é uma mais-valia para o país e permitirá os preços baixarem”.Este sector industrial da petrolífera angolana é constituído por 70% de operários com uma faixa etária dos 20 aos 35 anos.

30 | Sonangol Notícias

Aniversário

MARÇO 2014 | 31

Legenda legend. Us viliqui Nonfestil hor quit virmilis; moris.Ulliqui audipsa niminvelique pa illorum incto mol

pca festeJa coM reforMaDosDepois da concorrida conferência de imprensa na sede da Sonangol, o Presidente do Conselho de Administração, Francisco de Lemos José Maria, quis homenagear os colaboradores que chegaram à reforma por limite de idade, com a entrega de certificados de reconhecimento pelo contributo prestado à empresa.Francisco de Lemos José Maria almoçou e conviveu com os presentes, nas instalações do Centro Cultural Paz Flor, ao som de músicos como Lulas da Paixão, Flay, Cristo e Bangão.

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Centralidades

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Aniversário

a festa Do Desporto gp sonangol - atletisMo

Das festividades fazia parte uma prova de atletis-mo, na distância de 15 quilómetros, que contou com a presença de 646 participantes, dos quais, 32 eram elementos da Sonangol. No percurso entre o ISPTEC, em Talatona, e a sede da Sonangol, Francisco Caluvi foi o mais rápido em masculinos e Ernestina Paulino em femininos.Entre os colaboradores da Sonangol, realce para Soares Cunha e Rosa Mingas.

34 | Sonangol Notícias34 | Sonangol Notícias

Centralidades

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Aniversário

o basquetebol não faltou...

Funcionários, atletas da Sede e das Subsidiárias, e público entusiasta animaram o torneio de basquetebol, modalidade também incluída nas festividades. Num país com tradição na “bola ao cesto”, era actividade que não podia faltar.Com um passado orgulhoso e futuro promissor, a Sonangol tem investido na massificação do desporto nacional em geral e no basquetebol em particular, patrocinando equipas. Exibindo dotes dignos de realce, os atletas fizeram triplos, “smashes” (afundanços) e outras manobras da modalidade que levaram o público ao delírio.

sonangol e.p. vence futsalFoi num ambiente festivo que duas equipas, Sonangol E.P. e MSTelcom, disputaram a final do torneio de futebol de salão (Futsal), uma das actividades do programa de aniversário. O tão cobiçado troféu ficou com a Sonangol Sede, que venceu o jogo. A competição realizada em alusão ao aniversário da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola teve a participação da maioria das empresas do Grupo.

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entrevista

José Sobrinho, ex-STA do Huambo, acredita que a situação de reformado não significa o fim mas certamente o princípio de uma nova forma de viver, depois dos anos passados a trabalhar

36 | Sonangol Notícias

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Entrevista

HÁ VIDA PARA ALÉM

DA REFORMATexto: Helder Sirgado

Fotos: Malocha

A lei angolana assim o determina. Aos 60 anos os trabalhadores do sexo masculino passam à reforma. Para

alguns, felizmente poucos, é a fase da nos-talgia, da perda de interesse pela vida, do definhamento visível, quantas vezes prenún-cio de uma fatalidade prematura. Não é se-guramente o caso de José Vaz de Almeida Sobrinho, que recentemente passou à Refor-ma.Até muito recentemente Supervisor Técnico Administrativo (STA), na província do Huam-bo, José Sobrinho passou à Reforma por limite de idade, situação oficializada através de Despacho da Presidente da Comissão Executiva da Sonangol Distribuidora, Filome-na Rosa, com data de 8 de Janeiro de 2014.Bacharel em Administração e Gestão, José Sobrinho começou a sua carreira na So-nangol em Agosto de 1981, após transitar da Shell, empresa na qual exercia até então o cargo de Chefe do Laboratório de fabricação de Lubrificantes, área que ficaria conse-quentemente afecta à Direcção de Comer-cialização Interna pertencente à Delegação Regional Norte da Sonangol. Não foi uma mudança fácil, pois os responsáveis da

Shell queriam mantê-lo na empresa, tendo em conta a sua competência profissional demonstrada. Em 1985, foi nomeado para Chefe da Divisão de Consumo, cargo que desempenhou até 1988. Nesse mesmo ano houve uma rotação de quadros e José So-brinho passou para a área de Aviação e Marinha da Sonangol, tendo aí permane-cido durante cerca de seis anos. Posterior-mente, partiu para Lisboa para formação em Administração e Gestão. Quando regressou foi nomeado Director Provincial do Namibe, cargo que exerceu apenas durante dois anos, pois o mesmo acabaria por ser extinto. Foi então convidado para dirigir um projecto de lojas de conveniência da petrolífera es-tatal angolana, o que lhe proporcionou for-mação afim no Chile, Brasil e Portugal. José Sobrinho também deixou a sua marca no projecto de expansão da rede de distribuição de combustíveis, graças ao qual percorreu grande parte do país.Em 2006, foi nomeado para mais um cargo de gestão, desta feita para Director Ter-ritorial Centro Leste, tendo como áreas de jurisdição as províncias do Huambo, Bié e Kuando Kubango. Contudo, anos depois, as

Direcções Territoriais deixaram de existir, dando lugar às actuais Superintendências que têm menor dimensão regional, isto seja, apenas uma província sob jurisdição. É as-sim que José Sobrinho passou de Director Territorial Centro Leste para Superinten-dente Técnico Administrativo na província do Huambo, cargo que, recorde-se, desempen-hou até à sua reforma.

O cOnTribuTO aO deSpOrTO na SOnangOlEnquanto exerceu o cargo de Director Pro-vincial do Namibe, José Sobrinho foi tam-bém, por inerência de funções, Presidente do Atlético Desportivo do Sonangol do Na-mibe. Mas o seu contributo ao desporto na empresa não se resumiu àquela província. Em 1999 foi convidado pelo então Presidente do Petro Atlético de Luanda, Silva Neto, para Director-Geral do clube, um mandato que cumpriu até 2004 e que, segundo diz, o agra-dou sobremaneira. No Huambo, também es-teve profundamente ligado ao desporto, as-sumindo durante seis anos, a presidência do Petro local.

“eM cada cOlega uM aMigO”“Saio com o sentimento de que cumpri com zelo o meu dever, mas apesar de reformado estarei sempre disponível a emprestar o meu saber e experiência à Sonangol”, afirma convicto. Quanto à relação com os colegas, desde gestores a colaboradores, José So-brinho diz que sempre defendeu e praticou a fórmula “respeitar para ser respeitado”. E é por isso que acredita que em cada colega deixa um amigo. O até então STA do Huambo não foi apanhado desprevenido pela reforma. Realça que ao longo dos anos se prepa-rou para esta situação, principalmente do ponto de vista psicológico, pelo que agora se considera apto para encarar a vida em outra perspectiva. Projectos? Alguns, que passam necessariamente pelo Huam-bo, terra de que tanto gosta. José Vaz de Almeida Sobrinho é, pois, mais um trabal-hador apostado em provar que para além da reforma também há vida.

38 | Sonangol Notícias

entrevistaMercados

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entrevista

40 | Sonangol Notícias

Nacionalista, combatente, escritor, Agostinho André Mendes de Carvalho faleceu no passado dia 13 de

Fevereiro. Foi a enterrar em Calomboloca, sua terra natal, após doença prolongada. A Nação, na figura

do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, prestou-lhe a devida homenagem

MENDES DE CARVALHOUMA FIGURA LENDÁRIA DA NAÇÃO

Texto: Zwela Fotos: Arquivo

“O malogrado, que se notabilizou também nas letras com o nome de Uanhenga Xitu, há-de figurar para sempre no panteão das figuras inesquecíveis, heróicas e lendárias da história do nosso País”(in mensagem do Chefe de Estado)

entrevista

MARÇO 2014 | 41

Homenagem

Uanhenga Xitu é o nome Kinbundu de Agostinho André Mendes de Carvalho. Exerceu enfermagem durante muitos anos e cursou Ciências Políticas na Alemanha. Em 1959, era preso pela polícia política portuguesa, PidE, e considerado participante no “Processo dos 50”. Foi enviado para o Tarrafal, em Cabo Verde onde permaneceu de 1962 a 1970. Após a independência, foi membro do Conselho da Revolução, Comissário (Governador) da Província de Luanda, Ministro da Saúde de Angola e Embaixador de Angola na ex-RdA e na Polónia. Foi também deputado na Assembleia Nacional, pela bancada do MPLA, partido do qual foi membro do seu Comité Central até 1998.

Percurso LiTerárioÉ considerado um Poeta da Geração 70, a Geração do Silêncio. Foi na cadeia, em companhia de António Cardoso e de António Jacinto, que Uanhenga XiTU começou a es-crever os seus primeiros contos. Foi mem-bro da União dos Escritores Angolanos.Os discursos de Mestre Tamoda é, talvez, a sua obra mais importante e a mais reedi-tada. “A obra publicada de Mestre Tamoda, foi escrita na cadeia, onde a vigilância e busca dos guardas e da parte de outras entidades prisionais era constante. Eu e outros companheiros vimos confiscados, além da correspondência familiar e docu-mentos, trabalhos literários de grande valor que nunca mais recuperámos e, para voltar a reproduzi-los tal e qual, seria difícil”, confidenciou o autor.Mendes de Carvalho nasceu a 29 de Agosto de 1924, em Calomboloca, icolo e Bengo.

os sobrevivenTes dA MáquinA

coLoniAL dePõeM (reedição)

Meu discurso

boLA coM

FeiTiço

voZes nA sAnZALA KAhiTu

obrA PoéTicA

MesTre TAModA MAnAnA

os sobrevivenTes dA MáquinA

coLoniAL dePõeM

os discursos de MesTre

TAModA

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cuLTos esPeciAis

1974 | 1974 | 1974 | 1974 | 1976 | 1980 | 1984 | 1989 | 1997 | 2002

nome da secção

Sonangol Notícias

O MUNDIAL DE FUTEBOL 2014

Texto: Euclides Seia Fotos: Arquivo

42 | Sonangol Notícias

Com vários países vencedores em edições an-teriores, os cincos representantes de África vão competir com olhos fixados no ouro e assim fazerem história. África estará representada pelas selecções dos Camarões, Nigéria, Gana, Costa de Marfim e Argélia, todas com experiên-cia de eventos desportivos desta dimensão. Angola, infelizmente, não fará a viagem.Entre os vinte e cinco árbitros que apitarão os jogos, dois são africanos: Djamel Haimoudi da Argélia e Noumandiez Doue da Costa do Marfim, que fará a sua estreia em eventos desportivos com esta dimensão.As nações que se qualificaram nos seus conti-nentes terão 12 estádios postos à disposição do evento pelo Estado Brasileiro para as suas eq-uipas disputarem o passaporte rumo à final.

O maior evento desportivo de 2014, com 32 selecções nacionais que “lutarão” para erguer o tão cobiçado troféu, a “taça e a medalha de ouro”, nas terras do samba, Brasil, é já em Junho

Fãs da selecção dos Camarões

MundiAl 2014AngolA não Foi cApAz… FILEMON volTA Ao coMAndo

A prestação negativa dos Palancas Negras no CAN 2013 e a não qualificação para o Mundial 2014 levam os responsáveis do futebol em Angola, a reflectir e a estabelecer políticas que visam revitalizar e resgatar a mística do “desporto rei”.Entre os vários factores destacam-se a falta de paciência para a construção de uma equipa coesa e compacta em todos os sectores, a mudança constante de treinador e a falta de atenção rigorosa com os escalões de formação, além de situações administrativas. Embora, segundo diz o velho ditado, “o treinador vive de resultados ou permanece numa equipa quando os resultados forem positivos”, infelizmente este é o “hino cantado” pela selecção angolana de futebol, que de 2010 a 2013, por maus resultados viu a sua equipa técnica ser trocada por cinco vezes: Manuel José, Hervé Renard, Romeu Filemon, Lito Vidigal e Gustavo Ferrín.Romeu Filemon regressou agora ao comando dos Palancas Negras, depois de ter cumprido quase seis meses como treinador interino, em que acumulava com o cargo de treinador do 1º de Agosto. Em Junho de 2012, Romeu deixou a “sua Julieta” para o uruguaio, Gustavo Ferrin, que levou os Palancas Negras pela sétima vez à fase final da Taça das Nações Africanas, CAN 2013, na África do Sul.

Desporto

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nome da secçãonome da secção

44 | Sonangol Notícias

A mulher angolana desempenhou sempre um papel de destaque no processo de libertação do país, com exemplos representativos dos feitos heróicos da rainha Njinga Mbandi, num pas-sado longínquo, e de Deolinda Rodrigues, Irene Cohen, Engrácia dos Santos, Teresa Afonso, Lu-crécia Paim e tantas outras anónimas. A data comemora-se num momento em que se consolida a paz, a reconstrução nacional, se começa a ver os primeiros frutos e a socie-dade caminha, de forma irreversível, para um

maior equilíbrio do género em todos os níveis da estrutura social e do Estado. A Organização da Mulher Angolana (OMA), criada em 1962, como ala feminina do Movi-mento Popular de Libertação de Angola (MPLA), teve uma influência crucial no apoio às forças guerrilheiras dentro e fora de An-gola. E foi também a mola impulsionadora na atribuição do 2 de Março à mulher angolana.O esforço do governo foi, aliás, recompen-sado recentemente com uma declaração da

alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navanetthem Pillay, im-pressionada pelos progressos alcançados na protecção dos direitos da mulher e na pro-moção da igualdade de género no país, em particular, com a promulgação da lei sobre a Participação da Mulher na Vida Política, elevando actualmente a representatividade de mulheres parlamentares para 34 por cen-to, além da nova lei contra a Violência Domé-stica, já aprovada.

O 2 de Março é o dia consagrado à mulher angolana, em reconhecimento do seu papel desempenhado na luta

de resistência contra a ocupação colonial portuguesa e pelo seu contributo na reconstrução nacional.

Texto: Euclides SeiaFotos: Malocha

MARÇO MULHER

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Texto: Carlos Guerreiro Foto: Malocha

PREVENÇÃO RODOVIÁRIA

MOBILIZA A NAÇÃO

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Os números falam por si. Foi através deles que a nação se mobilizou para que possam diminuir nos próximos

tempos e deixem de ser uma referência do ponto de vista negativo.O executivo, atento a esta problemática, realizou a primeira Conferência Nacional so-bre Prevenção Rodoviária no mês de Janeiro, em Luanda, com a participação do Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, que proferiu o discurso inaugural.Durante os dois dias de conferência, o que mais me chamou a atenção foi um dos extractos do discurso de Manuel Vicente, no qual dizia que o Plano Director de Viação e Ordenamento do Trânsito prevê a inserção de matérias relativas a educação rodoviária no currículo do primeiro e segundo ciclos de ensino. Esta decisão é, sem sombra de dúvidas, a mais expressiva, pelo facto de estar intima-mente ligada à formação do homem novo, em que a prudência, a ética e os valores de-vem ser cultivados desde a mais tenra idade.

A formação do homem, assente na con-sciencialização de profissionais devidamente preparados, e a melhoria de infraestruturas de apoio ao sistema de socorros nas estra-

das nacionais, serão prioridades que visam garantir rapidez e eficácia no transporte dos sinistrados, como referiu o Vice-Presidente.Para além das medidas que foram tomadas nesta conferência, gostaria de exemplificar que nunca será demais que as divisões da Polícia Nacional, juntamente com a socie-dade civil, professores, associações juvenis e líderes de opinião, realizem palestras em todos os distritos urbanos, campanhas promocionais nos canais televisivos, como forma de consciencializar os cidadãos, numa perspectiva de construção da identidade e desenvolvimento da consciência cívica, fora e dentro das estradas.Se todos nós fizermos a nossa parte, e se cada um de nós actuar como um agente de mudança de mentalidades relativamente à grande responsabilidade que pesa sobre a sociedade, na mitigação desta grande percentagem de acidentes, aí então teremos resultados visíveis num curto espaço de tempo, e assim estaremos a salvaguardar vi-das humanas da grande família angolana.

Angola é o terceiro país do mundo onde morrem mais

pessoas por acidentes de viação. Em média, todos os dias morrem

doze angolanos nas estradas e ruas do país. Números

aterradores que o governo vai atacar a fundo.

Crónica

“A formação do homem, assente na consciencia-lização de profissionais

devidamente preparados (...) serão prioridades que visam garantir rapidez e

eficácia no transporte dos sinistrados”, como referiu o

Vice-Presidente

Carlos Guerreiro

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SAGRADA ESPERANÇA LEVOU O TÍTULOTexto: Zwela Fotos: Malocha

Alegria, cor, som e muitos espectadores foram os ingredientes do sucesso da edição 2014 do Carnaval de Luanda

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A União Sagrada Esperança ganhou o troféu de melhor grupo recuperando o título perdido em 2011 e arrecadou o prémio monetário de três milhões

de kwanzas.Em segundo lugar ficou a União Njinga Mbandi, vencedora da edição 2013, com dois milhões de kwanzas, e o terceiro lugar coube à agremiação União Jovens da Cacimba, com um milhão e duzentos mil kwanzas.

Dos doze grupos, cinco descerão à categoria B em 2015.

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Cultura

50 | Sonangol Notícias

O Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica, simples e divertido. Complete cada linha, coluna e quadrado 3x3 com os números de 1 a 9.

Procure o nome dos países africanos da lista em baixo e assinale-os na sopa de letras:

Sudoku

Sudoku Sopa de letraS palaVraS CruZadaS

Sopa de letraS

palaVraS CruZadaSComo jogar?

Como jogar?

teSte a Sua Cultura

• Egipto• mali• angola• líbia• África

dosul• uganda• guiné• bEnim

• togo• nígEr• quénia• nigéria• sudão• marrocos• gana• camarões

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casamento6. alimentoliquidificado7. usadoparalavar8. característicado

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