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http://www.mcc-grandelisboa.com/ Secretariado Regional da Grande Lisboa | Boletim de Ultreia | Ano IV Nº 39 | Fevereiro 2014 Igrejas Cristãs assinaram documento inédito Os representantes da Igreja Católica Romana, Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica, Igreja Evangélica Metodista Portuguesa, Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal e Igreja Ortodoxa do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla assinaram no dia 25 de Janeiro uma declaração de reconhecimento do Baptismo. Presente na cerimónia esteve D. Manuel Clemente que sublinhou a unidade das Igrejas cristãs, apesar das diferentes tradições, mas iguais no Baptismo que é comum, “Nós somos de diferentes denominações, mas no Baptismo de Cristo somos a Igreja de Cristo e, por isso, vamos caminhando para uma unidade que só Deus sabe qual é”. Este é um gesto que não esconde nem esquece as diferenças que subsistem entre as Igrejas signatárias mas que emite para o exterior e interior das comunidades, uma mensagem de que “elas são melhor definidas pelo que as une que por aquilo que ainda as separa”. O Sacramento do Baptismo “é o laço” que faz do Cristianismo “um lugar de proximidade” sem a pretensão da “prescrição moral, mas por recriação pascal”. Os oito pontos da declaração destacam a validade do Baptismo “instituído” por Jesus Cristo como “vínculo básico da unidade” entre cristãos, para formar uma “comunidade do Espírito Santo que, em testemunho, serviço e comunhão, proclama o seu reino”. O decreto sobre o ecumenismo do Concílio Vaticano II, ‘Unitatis Redintegratio’, lembra no seu n.º 3 que todos os cristãos “justificados no Baptismo pela fé, são incorporados a Cristo, e, por isso, com direito se honram com o nome de cristãos e justamente são reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor”. A assinatura, no dia conclusivo da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, aconteceu num contexto de oração, reunindo jovens e hierarcas das diversas Igrejas. C r i s t o C o n t a C o n t i g o

Nº 39 | Fevereiro 2014 Igrejas Cristãs assinaram documento ... · Igreja Evangélica Metodista Portuguesa, Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal e Igreja Ortodoxa do Patriarcado

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Secretariado Regional da Grande Lisboa | Boletim de Ultreia | Ano IV – Nº 39 | Fevereiro 2014

Igrejas Cristãs assinaram

documento inédito

Os representantes da Igreja Católica Romana, Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica,

Igreja Evangélica Metodista Portuguesa, Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal e Igreja

Ortodoxa do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla assinaram no dia 25 de Janeiro uma

declaração de reconhecimento do Baptismo.

Presente na cerimónia esteve D. Manuel Clemente que sublinhou a unidade das Igrejas

cristãs, apesar das diferentes tradições, mas iguais no Baptismo que é comum, “Nós somos de

diferentes denominações, mas no Baptismo de Cristo somos a Igreja de Cristo e, por isso, vamos

caminhando para uma unidade que só Deus sabe qual é”.

Este é um gesto que não esconde nem esquece as diferenças que subsistem entre as Igrejas

signatárias mas que emite para o exterior e interior das comunidades, uma mensagem de que

“elas são melhor definidas pelo que as une que por aquilo que ainda as separa”.

O Sacramento do Baptismo “é o laço” que faz do Cristianismo “um lugar de proximidade”

sem a pretensão da “prescrição moral, mas por recriação pascal”.

Os oito pontos da declaração destacam a validade do Baptismo “instituído” por Jesus Cristo

como “vínculo básico da unidade” entre cristãos, para formar uma “comunidade do Espírito Santo

que, em testemunho, serviço e comunhão, proclama o seu reino”.

O decreto sobre o ecumenismo do Concílio Vaticano II, ‘Unitatis Redintegratio’, lembra no

seu n.º 3 que todos os cristãos “justificados no Baptismo pela fé, são incorporados a Cristo, e, por

isso, com direito se honram com o nome de cristãos e justamente são reconhecidos pelos filhos da

Igreja católica como irmãos no Senhor”.

A assinatura, no dia conclusivo da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, aconteceu

num contexto de oração, reunindo jovens e hierarcas das diversas Igrejas.

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Ultreia Temática

Granjeando, tal como é já seu apanágio, simpatia e atenção dos Cursilhistas reunidos em Ultreia no

auditório da Igreja de São João de Deus em Lisboa, Monsenhor Vitor Feytor Pinto concedeu a graça aos

presentes, dum momento de encantamento da figura de São Paulo. De forma muito clara, objectiva, alegre

e inteiramente relacionada com a vida de um Cursilhista no seu pré, durante e pós cursilho, desenvolveu a

sua partilha em três pontos: a vida do santo, as suas epístolas e as consequências das primeiras na vida

quotidiana do cristão de hoje.

Destacando no primeiro ponto a fidelidade aos objectivos de vida que demonstrou, quer

anteriormente ao encontro com Cristo ressuscitado, quer depois desse íntimo contacto, São Paulo sempre

foi um homem empenhado e voltado para o alcance dos objectivos das suas convicções. Tal perseverança

manifesta-se, depois da adesão a Jesus Cristo, numa exclusiva vontade de missionar: espalhar a Boa Nova

a todos, judeus e gentios.

Monsenhor Vitor Feytor Pinto surpreende de alguma forma a assembleia de Cursilhistas quando

destaca a similitude entre esta forma de viver de São Paulo com os acontecimentos de qualquer um de nós

que passou por um Cursilho de Cristandade: as certezas, presunções e convicções antes de um Cursilho, o

embate do encontro (a queda do “cavalo”, a cegueira, o apoio de Ananias …) e depois o despertar para

uma nova vida a qual, impregnada do Espírito Santo, coloca de facto a render todos os dons de cada um

em favor da evangelização. Mesmo mal visto pelos seus pares e conterrâneos, repleto da desconfiança dos

“novos” cristãos ainda receosos após o martírio de Estêvão, e mesmo que só um o ouça (tal como Dionísio

o areopagita, em Atenas), Paulo não desiste e constantemente perseverando numa fé incondicional

n’Aquele que tudo ama, encontra diferentes maneiras e locais para O anunciar.

Como é bom e porque não dizer gratificante, sentirmos que a nossa vida se equipara, na justa

medida, àquilo que foi a de São Paulo.

No dia 23 de Janeiro, no Auditório da

Igreja de S. João de Deus, realizou-

se a 2ª Ultreia Temática do ano

pastoral 2013-2014.

A Ultreia de Lisboa recebeu todas as

Ultreias da Grande Lisboa e fez-se

Festa!

SÃO PAULO – Patrono do Movimento dos Cursilhos de Cristandade

Monsenhor Vitor Feytor Pinto

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Ultreia Temática

Vai Acontecer

Missa Penitencial pelo MCC 5 de Fevereiro - 6:30 Odivelas Igreja Divina Misericórdia

12 a 15 de Fevereiro Cursilho de Senhoras Nº 451 Caldas da Rainha

12 a 15 de Fevereiro Cursilho de Homens Nº 544 Grande Lisboa Turcifal

5 a 8 de Março Cursilho de Homens Nº 545 Termo Oriental

15 e 16 de Março Mini-Cursilho Torres Vedras Turcifal

2 a 5 de Abril Cursilho de Senhoras Nº 452 Termo Oriental

30 de Abril a 3 de Maio Cursilho de Homens Nº 546 Torres Vedras Turcifal

7 a 10 de Maio Cursilho de Senhoras Nº 453 Grande Lisboa Turcifal

4 a 7 de Junho Cursilho de Senhoras Nº 454 Torres Vedras Turcifal

São de igual forma as suas cartas que demonstram a sua constante preocupação pelo

acompanhamento dos recém evangelizados. Paulo não desiste nem esquece nenhum deles e suas jovens

comunidades; alimenta a chama do Evangelho alertando para uma direcção única para o essencial: Jesus

Cristo e a Sua mensagem de amor. Mesmo nesta atitude, somos convidados a meditar nesta relação com

a nossa própria vida de cristãos empenhados na evangelização. Acompanhamos? Somos cuidadosos com

aqueles são despertados pela novidade de Jesus Cristo? Promovemos a unidade na diversidade de dons e

carismas de cada um? Fazemos igreja?

Monsenhor Vitor Feytor Pinto convida os cristãos nomeadamente os Cursilhistas a não desarmarem

nem desistirem, seguindo o exemplo de São Paulo (“já não sou eu que vivo mas Cristo que …”).

As consequências da vida do santo são visíveis 2000 anos depois e porquê? Porque resultam da

acção do Espírito Santo e duma total adesão a um Deus que não o deixa fazer outra coisa senão anunciá-

Lo (“ai de mim …”). O cristão de hoje deve abrir as portas a todos, sem excepção, sem descriminação;

deve por ao serviço da felicidade dos outros todas as suas forças, alegrias e até todas as suas diferenças.

É na complementaridade de dons que se faz comunidade. Amando (“e o amor tudo suporta…”), e

mesmo sentindo-se incapaz (“a mim que sou como um aborto” …) este Cristo Ressuscitado que quer

chegar a todos, aos marginalizados, às periferias (destacando aqui a postura do Papa Francisco), fica mais

próximo e mais íntimo daqueles que d’Ele precisam; isto é dar a vida por Cristo vivo tal como o fez São

Paulo.

Em resumo, destaca Monsenhor Vitor Feytor Pinto, centrando a vida em Jesus Cristo, vivendo em

igreja (dentro e como Povo de Deus), perdoando e desta forma mostrando com a vida o que é isto do

Mandamento do Amor, o cristão de hoje, alicerçado, testemunhando e orando a Palavra de Deus, será

fecundo e consigo levará para junto do Pai todos quantos cativou, anunciou Jesus Cristo, e tal como

Ananias acompanhou e deles fez seus irmãos.

E que bom que era (partilho eu próprio) que eu sempre assim fosse.

Que São Paulo interceda por mim; por nós; pelo seu MCC.

Ámen.

João Carlos Rodrigues (Ultreia de Lisboa)

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Mil Cursilhos na Diocese de Lisboa

D E C O L O R E S