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AGO/SET 2018 35 PCB NAS ELEIÇÕES 2018: COM BOULOS E GUAJAJARA PELO PODER POPULAR! EDITORIAL NA DIREcaO DO SOCIALISMO

NA DIREcaO DO SOCIALISMO - opp.dls.hol.esopp.dls.hol.es/O_Poder_Popular_35-LEITURA.pdf · violência do crime organizado, do tráfi-co, das milícias e das incursões arbitrá-rias

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AGO/SET 2018

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PCB NAS ELEIÇÕES 2018: COM BOULOSE GUAJAJARA PELO PODER POPULAR!

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NA DIREcaO DO SOCIALISMO

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des da população sem atacar os ditames dos bancos e monopólios. Jamais será possível governar para e com os trabalhadores e manter a defesa da liberdade religiosa, dos direitos das mulheres, negros e LGBTs sem canais de democracia direta e ficando refém das velhas oligarquias políticas que contro-lam um congresso rodeado de corruptos, máfias e reacionários ligados ao fundamen-talismo religioso. A ofensiva reacionária e a intensifi-cação da dependência brasileira ao centro imperialista reforçam ainda mais a principal contradição no Brasil capitalista: a intensifi-cação da exploração da força de trabalho e a expropriação violenta de bens sociais e natu-rais do nosso povo e de nosso país. A saída política para a crise está na reorganização e fortalecimento dos trabalhadores, e não em ilusões no sentido de civilizar a burguesia brasileira. Para o PCB, a candidatura de Gui-lherme Boulos e Sônia Guajajara tem como uma de suas principais metas a possibilidade de contribuir para a reconstrução da esquer-da brasileira na perspectiva da luta anticapi-talista sem conciliação. Devemos atuar no interior da frente eleitoral com o PSOL, MTST e movimentos populares com o objeti-vo de fortalecer a tão necessária unidade na resistência frente aos ataques em curso, apontando sempre para o horizonte de cons-trução do poder popular e do socialismo em nosso país.

dentro do aparelho do Estado e estabelecen-do relações promíscuas com o grande empresariado. Por tudo isso os comunistas do PCB seguem propondo e construindo a mais ampla frente social na prática cotidiana con-tra a agenda econômica e social da ofensiva reacionária da grande burguesia e do imperi-alismo. É preciso lutar amplamente pela liberdade dos 23 ativistas de junho de 2013, pela liberdade de Lula e seu direito de ser candidato, contra a reforma trabalhista e da previdência, pela revogação da PEC de con-gelamento dos gastos públicos, em defesa do pré-sal e da Petrobrás, pela valorização do salário mínimo, etc. Uma frente política e eleitoral, ao se propor a ser um polo para reconstruir o país na direção dos interesses populares e da classe trabalhadora, deve se nortear por um programa que seja capaz de apresentar alternativas à onda reacionária em curso, ao mesmo tempo em que deve superar a recen-te e desastrosa experiência de governos que se pautaram na conciliação de classes para oferecer compensações sociais aos setores populares. Não é possível avançar na con-quista de direitos sem enfrentar, controlar e taxar o capital financeiro. Nenhuma reforma agrária será feita no país sem o enfrenta-mento aos interesses do agronegócio. É impossível desenvolver ciência, educação e novas tecnologias para atender as necessida-

O quadro político nacional, em que se realizarão as eleições presidenciais, para os governos estaduais e para o parlamento, é o mais instável e indefinido desde 1989. O aprofundamento da crise capitalista, em especial nos países periféricos, impõe uma agenda de grandes retrocessos sociais e políticos. Se a ascensão, no início dos anos 2000, de governos progressistas com graus distintos de radicalização e mobilização, com destaque na América Latina, se relacionava com sublevações populares contra os efeitos da crise da dívida dos anos de 1980 e das políticas neoliberais, as eleições de 2018 também poderão expressar o grau, o tipo e a perspectiva de resistência nos anos que virão. A experiência recente nos ensina que a combinação entre a luta de massas e a política institucional, em países com uma formação social autocrática, é um importan-te meio de obter avanços sociais e novas conquistas no campo das liberdades demo-cráticas. Contudo, sem mudanças profundas nas estruturas políticas e econômicas, isto é, sem enfrentar privilégios seculares, comba-ter os interesses do grande capital e apontar para a transição rumo a uma economia plani-ficada e socializante, sendo o Estado o grande promotor do desenvolvimento das forças produtivas, o progressismo se parali-sa, se transforma num movimento de aco-modação, rearranjo entre as classes sociais

EDITORIAL

Agosto/Setembro 2018 - Ano 04

O Poder Popular, um jornal a serviço das lutas populares e da Revolução Socialista.Órgão oficial do Partido Comunista Brasileiro (PCB)Conselho Editorial: Ricardo Costa, Eduardo Serra, Edmílson Costa, Roberto Arrais(jornalista responsável – 985/DRT – FENAJ).Colaboradores desta Edição: Luís Fernandes, Comissão Nacional de Agitação e Propaganda, Comitês

Regionais do PCB de Goiás, Rio de Janeiro, Roraima, Pernambuco, São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina,

Rio Grande do Sul, Ceará, Piauí e Minas Gerais.

Endereço Eletrônico: www.pcb.org.br Contato: [email protected] Nacional do PCB: Rua da Lapa, 180, Gr 801 - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP.: 20.021-180Telefax.: (21) 2262-0855 e (21) 2509-3843.

Com Boulos e Guajajara rumo ao Poder Popular!

é estudante de geografia na UFRRJ (Rural). É militante da União da Juven-tude Comunista (UJC) desde 2015. Criada no meio de mulheres aguerri-das, que jamais perderam a fé na vida e a ensinaram a ter esperança na luta, tem convicção no poder de resistên-cia diária, dignidade e superação do povo trabalhador brasileiro. Apren-deu isso com o pai, metalúrgico, e a mãe, terceirizada do Detran, além do exemplo de parte da família, que par-ticipou do movimento das ligas cam-ponesas em Pernambuco. MARTA BARÇANTE, feminis-ta, sindicalista e comunista, é candida-ta a Senadora na coligação “Mudar é Possível” (PSOL-PCB), que apresenta as candidaturas de Tarcísio Motta e Ivanete Silva para o Governo do Esta-do e Chico Alencar para a outra vaga do Senado. Marta estudou e se for-mou em Pedagogia na UERJ, na déca-da de 1970, onde iniciou sua militân-cia no movimento estudantil durante a ditadura militar. Foi professora e diretora do Sinpro-Rio e, em 1993, ingressou no TJRJ, passando a atuar no Sind-Justiça, de cuja diretoria parti-cipou entre 2001 e 2011. É militante do PCB desde 1983, foi fundadora da Unidade Classista, é a Secretária Naci-onal de Mulheres, Gênero e Diversida-de Sexual do PCB e atua no Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro. VAMOS JUNTAS: revogar as contrarreformas de Temer; ampliar e melhorar o atendimento do SUS, com atenção especial à saúde da mulher; aumentar a rede de creches públicas nos locais de moradia, trabalho e estu-do; garantir educação pública, gratui-ta e de qualidade em todos os níveis; sepultar de vez a Reforma da Previ-dência; criar políticas públicas de com-bate ao machismo, ao racismo e à LGBTfobia.

O Brasil e o Rio de Janeiro vivem uma das suas piores crises eco-nômicas, sociais e civilizatórias da histó-ria. Cada vez mais trabalhadores, traba-lhadoras e jovens sofrem com o ataque aos direitos, o arrocho salarial, o desemprego, a política de guerra às drogas na segurança pública e a inter-venção militar, a cultura do estupro, o sucateamento da escola e universida-de pública, assim como dos institutos federais. A política de austeridade e corte de gastos sociais afeta o cotidia-no da população para beneficiar os bancos e as grandes empresas. É necessário e urgente renovar a Assembleia Legislativa e o Congresso Nacional com gente que realmente defenda os interesses da juventude, das mulheres, dos negros, LGBTI e da classe trabalhadora como um todo, por meio de mandatos populares de resis-tência e que sejam instrumentos de organização dos explorados e oprimi-dos, com ousadia para apontar que o futuro do Estado do Rio e do Brasil é socialista.

HEITOR CESAR é professor de história e filosofia, atua na oposição pela base no sindicato dos professores do Rio de Janeiro, o Sinpro-Rio. Nasci-do e criado no subúrbio carioca, onde se apaixonou pelo Botafogo e pela Portela, viveu as transformações que fizeram de muitas pessoas reféns da

violência do crime organizado, do tráfi-co, das milícias e das incursões arbitrá-rias da polícia, além do sucateamento dos transportes, o abandono da saúde, a destruição e o fechamento de esco-las, lonas culturais, teatros e cinemas dos bairros, o desmonte de projetos como os CIEPs e muitos outros des-montes dos serviços públicos com o objetivo claro de favorecer o grande capital. Está na luta desde a segunda metade dos anos 1990. Entrou no PCB em 2003, participou de diversas lutas da juventude e do povo carioca pelo passe livre, em defesa da educação pública, contra as privatizações do patrimônio público e muitas outras batalhas. Foi diretor da Associação Municipal dos Estudantes Secundaris-tas (AMES) e da União Nacional dos Estudantes (UNE). Em 2006, ajudou a refundar a União da Juventude Comu-nista (UJC). Atuante também no movi-mento cultural, participa de diversas resistências no âmbito da cultura, blo-cos de carnavais de esquerda e de defe-sa da cultura popular, sendo fundador do Comuna que Pariu! e integrante d'O Samba Brilha. Sempre lutou pela unida-de dos movimentos populares contra os ataques do grande capital à classe trabalhadora. Vamo que vamo sem medo de mudar o Estado do Rio!

MARIA CAROL tem 21 anos e

RIO DE JANEIRO

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MUDAR O RIO É POSSÍVEL!

RORAIMA

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wapixana e do radialista Raphael Uchoa, respectivamente na primeira e segunda suplência ao senado. Paulo Thadeu Neves come-çou sua militância no movimento estudantil, em plena ditadura militar, e continuo na luta hoje como profes-sor, jornalista, produtor cultural, radi-alista e militante do Partido Comunis-ta Brasileiro. Telma Taurepang é natural da Comunidade da Mangueira, muni-cípio do Amajari, da etnia Taurepang. Professora, integrante do Conselho Indígena de Roraima – CIR, já exerceu a função de Tuxaua na sua comunida-de. Faz parte da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB e atua na Secreta-ria de Política de Mulheres da Coor-denação Geral das Organizações Indí-genas da Bacia Amazônica – COICA.

AMAPÁ: UMA MULHER NEGRA DE LUTA PARAO SENADO

No Amapá, o PCB lança Joa-quina Lino, mulher negra feminista que atua na FEMEA- Federação de Mulheres do Estado do Amapá, articu-ladora nacional do MAMA - Movimen-to articulado de Mulheres da Amazô-nia, fundadora e conselheira do CEDMAP- Conselho Estadual dos Dire-itos da Mulher. No Pará, o candidato do PCB é César Borges (Deputado Federal).

não desiste de combater os descasos dos sucessivos governos, os ataques da burguesia aos direitos da classe trabalhadora e dos setores popula-res. Contra os retrocessos políti-cos e sociais em curso e para fazer avançar as lutas em defesa de uma nova sociedade e pelo Poder Popu-lar, é com esse time que o PCB entra em campo no Estado de Roraima para disputar as eleições em 2018. São seis candidaturas a Deputado Estadual, das quais três representam a fração indígena: Tu xa u a C a r l o s S a n to s (21.222) e o professor Márcio Feito-sa (21.789) do povo macuxi e Wes-ley Manuel (21.777) do povo wapi-xana. Na chapa ao legislativo rorai-mense há ainda a participação da professora Lindivalda Feitosa (21.000) do Coletivo dos Trabalha-dores Municipais em Luta, assim como da coordenadora do MTST no Estado, Maria Ferraz (21.123) e do estudante e quadro da União da Juventude Comunista (UJC), Darlan Souza (21.121). Para a disputa ao Congresso Nacional, o PCB lançou as candidatu-ras do professor e jornalista Paulo Thadeu a Deputado Federal (2121) e da liderança indígena Telma Tau-repang a Senadora da República (212), tendo ainda o professor indí-gena Misaque Antone, do povo

“O povo de Roraima tem voz!” É com esse grito de unidade que estudantes, trabalhadores e trabalhadoras sem teto, servidores públicos, movimento indígena e cole-tivo cultural estão levantando a ban-deira no Estado de Roraima: pelo Poder Popular! Com um programa político assumido pela Frente de Esquerda Socialista composta pelo PCB, PSOL, PSTU, o Movimento dos Trabalhado-res Sem Teto – MTST, Coletivos de Lideranças Indígenas do Estado de Roraima, Movimentos Sociais e Estu-dantis e Coletivos apoiadores das Artes e Cultura, o enfrentamento tem como objetivo derrotar as oli-garquias, os privilégios da classe dominante roraimense e os aliados do governo golpista de Temer, lide-rados por Romero Jucá (MDB-RR). Em visita ao Estado no mês de junho, o candidato à presidência da República na chapa PSOL/PCB e Coor-denador Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST, Guilherme Boulos afirmou que a frente construída em Roraima foi feita de baixo para cima: “Não quere-mos mais essa política de coronelis-mo no Estado. Devemos dar um basta ao clientelismo e à compra de votos. Repudiamos a atitude de alguns setores do Estado que usam um discurso de xenofobia para jogar povo contra povo. Quando a gente faz política com ódio e trata o estran-geiro como inimigo é isso que ocor-re”, disse. A Convenção Eleitoral Unifi-cada do PCB, PSOL e PSTU aprovou as candidaturas de Fábio Almeida (PSOL) ao Governo do Estado, Telma Taurepang (PCB) e Lourival (PSTU) para o Senado Federal. Os partidos de esquerda e organizações sociais de Roraima escrevem assim uma nova história, após 518 anos de luta e resistência desse povo, que

CONTRA AS OLIGARQUIAS E OS ALIADOSDO GOVERNO GOLPISTA DE TEMER

PERNAMBUCO

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rios pernambucanos, para retomar o sindicato para as lutas. Morador da cidade do Cabo de Santo Agostinho, atua em defesa das causas populares nos movimentos comunitários. São também candidatos: a deputado federal, Paulo Camelo de Holanda Cavalcanti, engenheiro civil, ex-bancário do Banco do Brasil, lideran-ça popular de Garanhuns; a deputado estadual, Ivanildo Santos, natural de Ribeirão, filho de trabalhadores rurais, funcionário público municipal da Com-pesa, fundador da Associação dos Pre-sidentes de Bairros e Líderes Comunitá-rios. Gerlane Simões, educadora popu-lar, feminista, estudante de sociologia, mãe de três filhos, começou sua mili-tância no movimento hip hop, é candi-data a co-governadora ao estado de Pernambuco na coligação PSOL/PCB. Na Coligação VAMOS SEM MEDO DE MUDAR O MARANHÃO (PSOL/PCB), são candidatos do PCB: Iêgo Bruno (Senador), Dra. Valuzia (De-putada Federal), Francinaldo (Deputa-do Federal), Moreira do Marwel (Depu-tado Federal), Gato Félix (Deputado Estadual) e Maria Aparecida (Deputada Estadual). Em Alagoas, na Frente de Esquerda com o PSOL, o PCB apresenta as seguintes candidaturas: Osvaldo Maciel (Senador), Samuel Dasilvah (De-putado Federal) e Wanessa (Deputada Estadual).

protagonismo da mulher trabalhadora. Josias Leandro é funcionário público, filho de trabalhadores rurais e candidato a deputado federal. Come-çou sua militância no PCB ainda no movi-mento estudantil, atuou na Associação dos Moradores da Charneca, bairro do Cabo de Santo Agostinho, ajudou a fundar o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Cabo (SINTAC) e atua nos movimentos populares com-pondo várias trincheiras da luta popu-lar, como no enfrentamento às políti-cas antipopulares instaladas com o Porto de Suape. Elvira Cavalcanti é candidata a deputada federal pelo PCB. Iniciou sua militância aos 16 anos de idade partici-pando ativamente do Instituto Brasilei-ro de Amizade e Solidariedade aos Povos. Em 1997, ingressou no PCB. Atua no Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, na Associação Per-nambucana de Anistiados Políticos-APAP e na Associação Político Cultural Brasil-Cuba. Participa de várias campa-nhas de solidariedade aos povos opri-midos. José Agamenon de Medeiros Pereira, mais conhecido como Agame-non do Gás, motorista aposentado, é candidato a deputado estadual pelo PCB. Iniciou a militância na década de 1980. Nos anos 90, enquanto trabalha-va no Aeroporto do Recife, contribuiu com a luta e a organização dos aeroviá-

Diante da gigantesca crise eco-nômica e política que vive o Estado de Pernambuco (18% de desemprego e mais de mil e quinhentas obras para-das, para citar apenas dois exemplos), o PCB apresenta suas candidaturas pro-fundamente sintonizadas com as lutas sociais, as demandas dos trabalhadores e setores oprimidos e uma alternativa real à decadente oligarquia liderada por Paulo Câmara (PSB), que destrói o estado. Amanda Palha é travesti, femi-nista, educadora popular e estudante de Serviço Social, há seis anos vinculada a associações filiadas à ANTRA - Associ-ação Nacional de Travestis e Transexua-is (atualmente à Amotrans - Articulação e Movimento de Travestis e Transexua-is de Pernambuco) e candidata a depu-tada federal pelo PCB. Milita há 12 anos pelas causas da classe trabalhadora, das mulheres, das LGBTI e pelas lutas populares. Defende que o povo esteja no centro das decisões, com a gente decidindo realmente nosso destino, combatendo toda forma de exploração e opressão. Luiza Carolina da Silva tem 23 anos, é feminista, negra, lésbica e can-didata a deputada estadual pelo PCB. Estudante da UFRPE, militante da UJC, atua no movimento estudantil e cam-ponês da cidade de São Lourenço da Mata, na defesa da educação pública, agroecologia, reforma agrária e do

NADA SOBRE A GENTE, SEM A GENTE

PCB NAS ELEIÇÕES DE 2018

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boração de políticas específicas para as mulheres, incluindo a legalização do aborto, salário igual para traba-lho igual, além de políticas públicas de proteção contra a violência, o feminicídio, assédio moral e sexual e o machismo.

Medidas de transiçãopara um novo Brasil

8) Estímulo à criação das instâncias do Poder Popular, com formação dos Conselhos Populares eleitos nos locais de trabalho, moradia, estudo, lazer e cultura. Abertura do Parla-mento aos movimentos sociais e garantia de realização de plebiscitos e referendos sobre temas de inte-resse nacional. Parlamento unicame-ral e garantia de revogação dos man-datos por parte da população.9) Controle social dos meios de comunicação e criação de uma rede pública de comunicação social, com ampla liberdade para que as organi-zações políticas e sociais construam seus meios de informação. Reforma do Judiciário, com novas regras e prazos de mandatos para as instânci-as superiores e constituição de Jun-tas Populares de Justiça para peque-nas causas.10) Abertura imediata de todos os arquivos da ditadura, com o mapea-mento dos atos de repressão, envol-

União) e das desonerações e renún-cias fiscais.5) Nova política tributária, com redu-ção ou isenção da tributação sobre o consumo de bens e produtos de pri-meira necessidade. Cobrança de impostos progressivos de acordo com a renda de cada pessoa ou agen-te econômico, além de um imposto especial sobre as grandes fortunas e ganhos de capital. Isenção da cobrança do imposto de renda para os trabalhadores que ganham até 5 mil reais. Nova tabela do imposto de renda, respeitando o princípio de que quem ganha mais paga mais, quem ganha menos paga menos e quem não ganha nada não paga nada.6) Regularização imediata dos assentamentos e uma nova política de incentivo à produção de alimen-tos saudáveis, com redução do uso de agrotóxicos nas plantações e apoio à agricultura familiar. Sobera-nia, demarcação e titulação imediata das terras indígenas, quilombolas e ribeirinhas, com garantia de políticas públicas nas áreas de educação, saúde e previdência.7) Combate firme a todas as formas de opressão, como o racismo, o pre-conceito étnico, religioso e a violên-cia e o preconceito contra as comuni-dades LGTBs, com garantia de seus direitos. Garantia dos direitos e ela-

Medidas de emergênciapara reconstruir o Brasil

1) Revogação de todos os atos do governo Temer e combate rigoroso aos corruptos e corruptores, enten-dida a corrupção como fenômeno endêmico ao sistema capitalista.2) Programa emergencial de empre-go baseado nos investimentos públi-cos: formação de Frentes de Traba-lho Urbana e Rural para reduzir o desemprego; tabelamento dos gêne-ros de primeira necessidade; expro-priação dos imóveis abandonados ou ociosos para abrigar os sem teto; rede de restaurantes e mercados populares; transporte gratuito para os desempregados e suas famílias, estudantes e componentes das fren-tes de trabalho, na perspectiva da tarifa zero para todos.3) Concessão de abono salarial para os que ganham salário mínimo, inclu-sive Bolsa Família, aposentados e seguro desemprego. Estabilidade no emprego para todos os trabalha-dores e fim das terceirizações.4) Auditoria da dívida interna e cria-ção de uma Comissão da Verdade para analisar todo o processo da dívida, com suspensão do seu paga-mento dos juros. Renegociação e reestruturação da dívida dos Esta-dos com a União. Revogação da Lei de Responsabilidade Fiscal, da DRU (Desvinculação das Receitas da

RECONSTRUIR O BRASIL NADIREÇÃO DO SOCIALISMO

Os 21 pontos programáticos da campanha do PCB

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lares.17) Previdência social pública e uni-versal, com teto de 60 anos para homens e 55 para as mulheres; recu-peração das perdas salariais e aumento real dos proventos e pen-sões, restabelecendo-se o princípio solidário amplo da seguridade social. 18) Política sustentável de meio ambiente, com garantia de demarca-ção e manutenção das terras indíge-nas, quilombolas e ribeirinhas. Defe-sa da Amazônia, dos aquíferos em território nacional e o Aquífero Gua-rani. Defesa da biodiversidade, dos diversos recursos naturais brasilei-ros e revitalização do Rio São Francis-co como forma de garantir a trans-posição de suas águas.19) Política cultural de incentivo às manifestações populares, para a construção de um amplo movimen-to cultural com capacidade de inovar estética e politicamente o panorama cultural brasileiro, buscando romper com os interesses dominantes dos oligopólios nacionais e internaciona-is, que mercantilizam a cultura e as artes.20) Respeito à autodeterminação dos povos e a seu direito de resistên-cia frente à opressão e à dominação estrangeira; luta pela retirada da 4ª Frota e das bases estadunidenses da América Latina e do Caribe. Criação de espaços comuns de integração voltados a fortalecer os vínculos econômicos, sociais e culturais e de comunicação entre os povos da região.21) Revogação do acordo militar Brasil/Estados Unidos; retirada das tropas brasileiras do Haiti e sua subs-tituição por médicos, engenheiros e professores; luta pela democratiza-ção da ONU. Solidariedade irrestrita à Revolução Socialista Cubana e aos processos de mudanças na Bolívia, Venezuela e outros países; devolu-ção do arquivo da Guerra do Para-guai ao seu povo. Luta pelo fim da agressão imperialista aos povos do mundo; apoio à construção do Esta-do Palestino democrático, popular e laico.

mentos com mais de 50 trabalhado-res.14) Reforma agrária sob o controle das entidades dos trabalhadores, com desapropriação imediata dos latifúndios improdutivos, das fazen-das com trabalho escravo e das que não estejam cumprindo a função social. Criação de uma nova política agrícola sustentável ecologicamen-te, visando a produzir alimentos sau-dáveis. Estímulo à formação de gran-des cooperativas agropecuárias para racionalizar o sistema produtivo e ampliar a oferta de produtos bási-cos. Reforma urbana, com desapro-priação dos terrenos vazios para a construção de habitações popula-res, praças, parques e locais de lazer. 15) Estatização do sistema privado de saúde, incluindo rede assistencial (hospitais, serviços ambulatoriais, de apoio diagnóstico e terapêutico), setores de pesquisa e de produção de fármacos, imunobiológicos, hemoderivados e de insumos e indústrias de material médico-hospitalar e de equipamentos. Orga-nização do Sistema de Saúde a partir da atenção primária à saúde, evolu-indo até os níveis de maior complexi-dade, conjugando ações de promo-ção, prevenção, cura e reabilitação. Ampliação da rede assistencial, com construção de unidades básica de saúde e hospitais nos bairros popula-res. 16) Estatização do sistema de ensi-no nacional, especialmente das uni-versidades privadas e escolas parti-culares e nova regulação para as enti-dades confessionais, com vistas à criação de uma escola pública e popu-lar de qualidade para todos, da edu-cação infantil ao ensino superior, além da pós-graduação. Campanha nacional para a erradicação do anal-fabetismo no prazo de dois anos, aplicando os métodos universal-mente testados e exitosos em Cuba, na Venezuela e na Bolívia. Constru-ção e ampliação dos espaços comu-nitários de esporte e lazer, com uma política de fomento à prática espor-tiva, especialmente nos bairros popu-

vendo prisões, torturas, mortes e desaparecimentos políticos ainda não revelados. Rigorosa punição aos torturadores e seus mandantes. Democratização das Forças Arma-das, com formação militar baseada na defesa da soberania nacional e respeito aos interesses populares. Desmilitarização da Segurança Pública, focando atuação na preven-ção, inteligência, combate ao tráfico de armas e à onda de homicídios em todo o país. Fim da criminalização das comunidades populares e do genocídio da juventude negra.11) Estatização e controle público das instituições financeiras, dos oligopólios ligados aos insumos e produtos essenciais básicos, além das empresas estratégicas e dos meios de produção essenciais à vida, como água, luz elétrica, transporte, saúde, educação, petróleo e infraes-trutura, passando sua direção para um Conselho de Trabalhadores e redução das remessas de lucro das multinacionais. Reestatização plena da Petrobrás e todas as empresas e recursos naturais que foram privati-zados; extinção das agências regula-doras e anulação de todos os contra-tos de risco, leilões e parcerias públi-co-privadas realizados em território brasileiro. 12) Nova política industrial e tecno-lógica para modernizar o parque industrial brasileiro, desenvolver ou criar setores de ponta, com forte incentivo à pesquisa, à ciência e à tecnologia. Suporte às micro, peque-nas e médias empresas e à agricultu-ra familiar, colocando o BNDEs e os Bancos Públicos a serviço das reais necessidades da população e não dos lucros capitalistas.13) Valorização do salário mínimo e recuperação do poder de compra dos salários, por meio de um progra-ma discutido com os sindicatos, de forma a alcançar o valor do salário estipulado pelo Dieese. Redução da jornada de trabalho para 35 horas sem redução do salário e obrigatori-edade de formação de comissões de empresa em todos os estabeleci-

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da Palestina e da RPDC.

ESPÍRITO SANTO:COM MAURO NA FRENTE DE

ESQUERDA SOCIALISTA

MAURO RIBEIRO, nascido e criado no Morro do Pinto em Vitória, é servidor público estadual lotado na CETURB/ES (Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo). Sua militância política inicia-se nos anos 80 na UJC (União da Juventude Comunista) e segue nos movimentos sociais e popula-res até hoje. Em 2013, com a refundação do PCB no Espírito Santo, tornou-se Secretário Político do Comitê Regional e, nas eleições de 2014, representou a Frente Classista e Socialista como candi-dato ao governo do Estado. Concorre agora ao Senado representando a Fren-te de Esquerda Socialista (PSOL/PCB), disposto a enfrentar as forças conserva-doras que hegemonizam a política esta-dual. Técnico em transportes e arquite-to, Mauro tem acúmulo de ideias e solu-ções para as questões da mobilidade urbana e da habitação. Defende a estati-zação do transporte público e a tarifa zero. Luta pela construção do poder popular como via de superação do capi-talismo e garantia de melhores condi-ções de vida para os trabalhadores.

advogada e professora universitária, é formada em Direito pela USP, mestre em Direitos Humanos, difusos e coleti-vos (UNIMES). Fundadora do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, participa da luta internacionalista, inte-grando diversos comitês de defesa dos povos oprimidos (palestinos, sírios, vene-zuelanos e do povo Sarawi). Foi dirigen-te do Sindicato dos Advogados do Esta-do de São Paulo, fundadora da Comissão da Mulher Advogada da OAB/SP, mem-bro do Conselho da Condição Feminina. É autora do livro “A imagem da Mulher na Mídia” e de diversos textos, referen-tes às lutas das trabalhadoras e traba-lhadores.

ERNESTO PICHLER é engenheiro for-mado pela Politécnica, com pós-graduação na Michigan State University. Foi pesquisador do IPT por mais de 30 anos. Consultor da ONU em muitos paí-ses da América Latina, Ásia e África. Estu-dioso das políticas de ciência, tecnologia e desenvolvimento socioeconômico e ecoambiental. Luta contra o atual suca-teamento dos Institutos de Pesquisas científica e tecnológica. Está na luta popular contra o avanço do fascismo. Luta pelo socialismo, entendido como combinação de democracia radical com planejamento e educação. Internaciona-lista, defende os povos agredidos pelo imperialismo, como os de Cuba, da Síria,

Os trabalhadores de São Paulo encontram-se numa situação extrema-mente precária, com milhões de desem-pregados, aumento da miséria e péssi-mos serviços públicos. Os mais de 20 anos de PSDB no governo apresentam longa ficha corrida de desastres, que vão desde a pior crise hídrica da nossa histó-ria, passando pelo massacre de Pinheiri-nho, o escândalo do trem salão, a tirada do estádio do Morumbi da Copa do Mun-do, o fechamento de milhares de salas de aula, etc. Nesse cenário conturbado, os comunistas trabalham cotidianamente para a organização e a luta dos trabalha-dores. Nestas eleições, em aliança com o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), apoiando a chapa da Professora Lisete e Maurício Costa para o Governo do Esta-do e de Daniel Cara e Sílvia Ferraro para o Senado, os candidatos do PCB pro-põem: piso salarial estadual com base no salário mínimo necessário (Dieese), taxa-ção do lucro e das grandes fortunas, estatização plena do METRÔ e da CPTM com transporte 24 horas, auditoria cida-dã da dívida pública estadual, dentre outras medidas que devem ser conquis-tadas por meio da mobilização da classe trabalhadora e da ação no parlamento.

MAURÍCIO ORESTES PARISI, profes-sor de história, pesquisador, é historia-dor formado pela USP. Professor da Rede Municipal de São Paulo, represen-ta sua escola no sindicado. É conselheiro do SINPEEM. Anteriormente trabalhou nas redes pública e privada da educação, em todos os níveis. Luta por melhores condições de trabalho em todos os âmbi-tos da educação. Organiza atividades de formação e reflexão no campo das ciências humanas e da educação, junto aos professores do PCB/SP. MERCEDES LIMA, integrante do comitê central do PCB, feminista,

SÃO PAULO: CONTRA O DESMONTE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Agosto/Setembro 2018 - Ano 04

SANTA CATARINA/RIO GRANDE DO SUL

Sartori (PMDB), devemos ampliar inves-timentos na educação e saúde públicas e revogar a EC95, que desmonta o serviço público e precariza ainda mais o atendi-mento da população. Ao invés de parce-lar salários e cortar direitos, devemos valorizar todos os servidores públicos federais e do RS, pagando o piso nacio-nal do magistério, acabando com a ter-ceirização e aumentando as vagas em concursos públicos. Cleber Soares é trabalhador dos correios, sindicalista, professor de Histó-ria, diretor de carnaval da escola de samba Imperatriz Dona Leopoldina, sempre batalhando em defesa da cultu-ra, da educação pública e do povo traba-lhador. Raimundo Poty é operário meta-lúrgico de Caxias do Sul. Participou de diversas lutas por moradia para o povo pobre, com incansável combatividade junto aos movimentos populares. Além da jornada na fábrica, também é poeta! Transforma o suor cotidiano da vida de trabalhador em versos inspiradores para a revolução Mari Rodrigues é jovem, mulher e trabalhadora, sempre lutando em defesa dos direitos da classe trabalha-dora, da juventude e da educação públi-ca. Compõe as fileiras da luta antimani-comial e em defesa do SUS público, gra-tuito e de qualidade. Combate todas as formas de opressão, em defesa das mulheres e das comunidades LGBT.

Nosso Estado dito europeu sofre com problemas sérios: a média salarial dos trabalhadores é de metade do salário mínimo necessário calculado pelo DIEESE; a saúde pública está em péssimas condições, impondo sacrifícios ao trabalhador e sofrimento ao povo; a educação está abandonada, com um governo que fecha escolas às dezenas e impõe sucessivas perdas salariais, intimi-dação e pioras nas condições de traba-lho de professores num Estado que ainda tem 180 mil analfabetos; a infraes-trutura de rodovias e ferrovias está suca-teada; não existe política estadual de habitação capaz de enfrentar a falta crônica de moradias, que só em Floria-nópolis chega a 10 mil casas. Ao invés de enfrentar as causas sociais da violência, como a desigualdade extrema e a falta de ocupação e de perspectivas à juven-tude das periferias, os governantes pre-ferem combater seus efeitos com mais violência, ignorando que a atual "guerra ao crime" faz com que a polícia brasileira seja uma das que mais mata e que mais morre no mundo. Há uma política deliberada de desmonte do Estado: o sucateamento da saúde, da educação, da segurança e de outros serviços essenciais à popula-ção faz parte do plano de quem quer transformar nossos direitos em merca-dorias, disponíveis somente a quem possa pagá-las. O Estado gasta quase R$ 8 bilhões com juros da dívida e isenções às grandes empresas. Mas é possível e necessário resgatar o papel do Estado como planejador e indutor de um desen-volvimento ambiental e socialmente sustentável, que garanta ao povo traba-lhador acesso às riquezas que ele mesmo cria. Para deputado estadual, o PCB apresenta a candidatura do enge-nheiro da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento Eduardo Grandi (21000). Em composição com o PSOL, com Camasão para Governador, o PCB

UM CAMINHOPRA GENTE É OPODER POPULAR

UM CAMINHOPRA GENTE É OPODER POPULAR

lança o nome da camarada Carol Bella-guarda a vice-governadora, para denun-ciar o poder das grandes famílias ricas e seus comparsas e, ir além, na direção de um governo socialista. Contra o desem-prego, as ameaças à aposentadoria, a violência contra a mulher, a falta de sane-amento, a precarização e privatização de escolas e hospitais, da água, luz e dos serviços públicos, é preciso organizar as lutas no rumo do Poder Popular. São também candidatos a Depu-tado Federal do PCB em SC: Rodrigo Lima (2121), Giancarlo Capistrano (2123) e Filipe Miséria (2100).

RS: Reconstruir o Rio Granderumo ao Socialismo

No Rio Grande do Sul o PCB apoia Robaina (PSOL) para governador, Romer (PSOL) e Cleber Soares (PCB - 212) para o Senado. A camarada Marian-na Rodrigues (PCB) é candidata a Depu-tada Estadual (21021) e Raimundo Poty (PCB), a Deputado Federal (2121). O povo trabalhador gaúcho já não aguenta mais tanto desemprego, miséria, falta de leitos na saúde, escolas precárias, salários parcelados, ataques aos seus direitos e opressão. Enquanto isso, os grandes empresários milionários só aumentam sua riqueza às custas da exploração do povo com apoio dos seus governos capachos. Ao invés de destruir o serviço público e privatizar, como faz Temer e

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GOIÁS

mentos realizados de forma precária. As mulheres que decidem não realizar o procedimento por questões culturais e religiosas devem ser respeitadas, mas o Estado tem a função não só de descri-minalizar o aborto, como garantir a assistência antes, durante e após o procedimento, bem como de fornecer educação sexual a todos". MATHEUS BENAZI reforça os objetivos da campanha eleitoral ao afirmar que “o retrocesso neoliberal é sentido de formas diferentes pelas distintas parcelas da classe trabalhado-ra, e nesse sentido, somos nós, os LBGTs, que mais sofremos; por isso é tão importante que as pautas LGBT sejam apresentadas sob uma perspec-tiva anticapitalista e anti-imperialista”. Nesse mesmo sentido, Andriele Qua-lhato ressalta que uma candidatura de juventude tem o dever de defender uma educação pública gratuita e eman-cipatória, o acesso à cultura e o fim do extermínio da juventude trabalhadora, ao mesmo tempo em que “levanta questões fundamentais como a impor-tância do acesso e permanência de estudantes da classe trabalhadora no ensino superior público, para a forma-ção de uma Universidade Popular”. Em Brasília, o PCB apresenta a candidatura do professor, sindicalista e membro da Unidade Classista Jamil Magari para Deputado Distrital.

para a vida da classe trabalhadora goia-na. Segundo a dirigente estadual do partido, Marta Jane, “não apresenta-mos nossas candidaturas com o objeti-vo de eleger uma grande bancada. Nosso objetivo é fazer um debate polí-tico de qualidade, sobre as questões relevantes para a classe trabalhadora. Acreditamos que tais pontos não irão aparecer nessas eleições caso não haja essa candidatura da esquerda socialis-ta que, de fato, mantém essa disposi-ção” afirmou. MARCELO LIRA defende a educação pública, gratuita e de quali-dade e se posiciona de forma radical contra a militarização das escolas esta-duais. Luta contra a privatização dos serviços públicos e a implementação de Organizações Sociais em qualquer ponto da administração pública. MAGDA BORGES assegura que uma candidatura feminista e clas-sista “é fundamental para que o machismo e a opressão de gênero sejam compreendidos como relações funcionais ao sistema capitalista. Defende a legalização do aborto, entendendo que a questão precisa ser discutida na perspectiva de garantir a vida das mulheres. “Hoje o aborto é uma questão de saúde pública, pois mais de 1 milhão de procedimentos são realizados no país todos os anos, além de 250 mil pós-operatórios, sendo que tudo isso é clandestino, em procedi-

Em Goiás os comunistas dispu-tarão pela quarta vez o governo do Estado. Em 1986 essa tarefa coube ao radialista Paulo Vilar, em 2010 e 2014 a incumbida foi a professora Marta Jane e, em 2018, é o professor e sindicalista Marcelo Lira que cumprirá tal tarefa. Presidente licenciado do Sindicato dos Trabalhadores dos Institutos Federais e Tecnológicos de Goiás (SINTEF-GO), nosso camarada militante da Unidade Classista é acompanhado pela candida-ta a vice-governadora, a educadora Bruna Venceslau, que integra o Coleti-vo Feminista Classista Ana Montene-gro (CFCAM). Também fazem parte da campanha a professora e também mili-tante do CFCAM Magda Borges como candidata ao Senado, a estudante de medicina veterinária da Universidade Federal de Goiás e militante da União da Juventude Comunista Andriele Qua-lhato como candidata a Deputada Fede-ral, e o estudante de Direito da rede privada e militante LGBT Matheus Bena-zi como candidato a Deputado Estadu-al. As candidaturas lançadas por nosso partido no Estado de Goiás são fruto e expressão de nossa atividade militante orgânica e ativa, são camara-das de grande dedicação à construção do Poder Popular em suas bases de atuação. É nesse sentido que nestas eleições o PCB em Goiás tem como objetivo levantar pontos importantes

EM DEFESA DOS DIREITOS DACLASSE TRABALHADORA

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CEARÁ / PIAUÍ

PÃO, TRABALHO, TERRA E MORADIA!de Letras de Campo Maior, sua cidade natal, Edilene é diretora de mulheres do Sindicato dos Trabalhadores dos Correi-os do Piauí (SINTECT-PI). Luta por melho-res condições de trabalho para as mulheres e contra a privatização da empresa.

DEPUTADO FEDERALJOSÉ RODRIGUES 2121

Filho de Arraial-PI, de pais lavra-dores, empregado público dos Correios há 32 anos no cargo de carteiro, é sindi-calista e liderança nacional dos Correios. Já presidiu o Sintect-PI e Fentect e tem combatido com rigor as injustiças come-tidas pelo capitalismo, participando de todas as lutas em defesa da classe traba-lhadora. Atualmente é secretário jurídi-co do Sintect-PI e coordenador nacional da Unidade Classista. É advogado traba-lhista/sindicalista e tem usado seu conhecimento jurídico e sua experiência como dirigente sindical para conscienti-zar e organizar os trabalhadores e o povo pobre na luta pelos seus direitos. Luta pelo fortalecimento das empresas estatais, pela revogação da reforma trabalhista e da lei da terceirização, con-tra a reforma da previdência e em defe-sa das liberdades democráticas.

SENADOR PROF. FAUSTO RIPARDO 211

Professor de história, bacharel em Direito, sempre esteve ao lado da classe trabalhadora lutando contra as injustiças. Milita no PCB há 20 anos e é membro da Unidade Classista. Seus objetivos são a construção do Poder Popular com uma democracia direta e participativa, onde os trabalhadores terão o poder de decidir sobre suas prio-ridades.

Prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT), a mando dos interesses dos pode-rosos, que querem retirar os pobres da zona costeira para garantir seus empre-endimentos. Para deputado federal, apre-senta Benedito Oliveira, operário da construção civil, coordenador nacional da Unidade Classista, que atua no movi-mento sindical e na luta por moradia. Foi diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Fortaleza e Região Metropolitana, além de ter representado o PCB nas eleições anteri-ores, como candidato a vereador em 2016, vice-governador em 2014 e sena-dor em 2010. Está sempre presente na luta da classe operária, nas passeatas e nas comunidades, destacando a impor-tância de se organizar para a luta e a conquista do poder popular.

PIAUÍ: COMBATER ORETORNO AO PASSADO

A coligação O Poder Popular na Construção do Piauí, expressão da união entre o PSOL, o PCB e os movimentos populares, com a Profª Sueli e Chiquinho da Luta para o Governo do Estado, luta para garantir os direitos negados ao povo do Piauí, excluído das decisões políticas. Vamos virar esse jogo e cons-truir a democracia direta! Os candidatos comunistas, atu-antes na luta sindical, no combate à desi-gualdade de gênero, contra o extermí-nio da juventude negra, enfrentam os problemas ligados ao feminicídio, lutam pela reforma agrária e o desenvolvimen-to social do Piauí.

DEPUTADA ESTADUALEDILENE PINHO 21.234

Militante feminista, atendente dos Correios e integrante da Academia

No Ceará, o PCB mantém sua tradição de constituir a Frente de Esquerda Socialista com o PSOL e os movimentos sociais que estão no dia a dia da luta, representando a classe tra-balhadora, a periferia e os movimentos de mulheres, negros e negras e indíge-nas. A coligação “Coragem pra lutar!” apresenta: Ailton Lopes (PSOL), bancá-rio, LGBT, para governador; Anna Karina (PSOL), professora da rede estadual e militante feminista, e Jamieson Simões (PSOL), pastor e militante da luta das comunidades da periferia de Fortaleza, para o Senado. A Frente de Esquerda Socialista combate a tentativa de reeleição do governador Camilo Santana (PT), num arco de alianças composto por golpistas como Eunício Oliveira (MDB) e partidos como PRTB e Patriotas, verdadeiros inimigos da classe trabalhadora que desejam manter o sistema político de conchavos que só favorece a burguesia.

Como vice-governadora, o PCB lança a camarada Raquel Lima, mulher negra da periferia que constrói a luta por moradia na Unidade Classista e teve sua casa destruída na remoção da comu-nidade Alto da Paz, em 2014, pelo então

eleição de outubro. Circulou pelas regiões metropolitanas de Belo Hori-zonte e do Vale do Aço, Vale do Mucu-ri, Vale do Rio Doce, Zona da Mata, Triângulo Mineiro, Região dos Inconfi-dentes, Centro-Oeste, Sul e Campo das Vertentes. Em todas as atividades têm sido reforçadas as históricas ban-deiras das lutas do povo brasileiro e organizados Comitês Populares, que desenvolverão as atividades da cam-panha e propagarão os 21 pontos da plataforma do Partido, para a constru-ção do Poder Popular.

O PCB apresenta 12 candidaturas a Deputados(as) Federais:

Arthur Miranda 2161Bruna Thariny 2121

Fabrício Avelino 2150Fernando da Federal 2158

Gabriela Marreco 2102Paloma Silva 2100

Pedro, o Cabo Franco 2101Professor Agnaldo Alexandre 2122

Professor Luís Fernando 2123Renata Regina 2180

Wagner Schneider 2110Zulu 2111

As candidaturas estão distri-buídas por todas as regiões do Estado, representando a classe operária, negros, mulheres e juventude.A prioridade é garantir a eleição de Daniel Cristiano 21210 PCB para depu-

tado estadual. Daniel é professor, negro, desportista e militante da Uni-dade Classista. Foi candidato a prefei-to pelo PCB na eleição extemporânea para a Prefeitura de Ipatinga, em junho passado, conquistando o segundo lugar, com mais de 20 mil votos. “A precarização das relações trabalhistas e das políticas sociais que o governo Temer fez contra os trabalhadores devem ser combatidas com a unidade e organização da classe trabalhadora”, reforça Daniel, “Os exemplos da Bolívia, de Cuba e da Venezuela mostram que a organização da classe trabalhadora é capaz de enfrentar as elites econômi-cas no continente e tornar real a cons-trução de um outro Brasil e uma outra Minas Gerais, o que é possível e neces-sário”, afirma Túlio Lopes. A campanha das candidaturas do PCB tem animado a militância, o movimento sindical, trabalhadores do setor público e privado, profissionais liberais, estudantes, camponeses, ativistas culturais, feministas, do movi-mento negro e LGBTs e setores popu-lares, organizando a resistência, forta-lecendo a consciência e construção de Comitês do Poder Popular para dispu-tar o poder do Estado rumo ao socialis-mo.

Conheça mais sobre ascandidaturas do PCB em MG:

www.poderpopularmg.org

O PCB, o PSOL e diversos movi-mentos sociais, culturais e populares constituíram a Frente Minas Socialista, que apresenta um programa de enfrentamento ao aprofundamento da exploração das classes trabalhado-ras, imposto pela burguesia. Indica-mos o nome da professora Dirlene Marques 50 PSOL para governadora de Minas Gerais, tendo como vice a professora Sara Azevedo 50 PSOL. Nossas candidaturas ao Senado são o Professor Túlio Lopes 210 PCB e Duda Salabert 50 PSOL. A Frente Minas Socialista é a alternativa classista e popular no Esta-do contra os representantes do gran-de capital, liderados pelo PSDB, assim como a proposta da conciliação de classe, que busca a reeleição do PT ao governo de MG. A Frente Minas Socia-lista é a força que reúne os setores engajados na organização política dos trabalhadores, das camadas populares com um programa anticapitalista e anti-imperialista que crie as condições para derrotar os retrocessos em curso e fortalecer a luta pelos direitos da classe trabalhadora na construção do Poder Popular, rumo ao socialismo. O camarada Professor Túlio Lopes 210 PCB, candidato a Senador, tem como suplentes Eloísa Aquino PSOL e Emanuel Bonfante PCB. Já percorreu mais de 6 mil quilômetros por MG levando as propostas e os nomes apresentados pelo PCB para a

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