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Na qualidade de Presidente da Direção da Casa do Pro- fessor, aproveito o espaço editorial deste número da news- leer “Em Mãos” para agradecer a todos os associados, familiares e amigos da instuição, assim como aos seus co- laboradores, o seu inesmável contributo para que o man- dato que agora termina tenha alcançado elevados níveis de sucesso. É um orgulho poder contar com todos para a reafirmação permanente dos ideais que suportam o proje- to da instuição. Embora nunca esvesse em causa a certeza da direção no êxito do projeto CASA DO PROFESSOR, a verdade é que ele só é confiável porque sempre se acreditou e acredita no valor das pessoas que o materializam. O mérito é por isso de todos e não de ninguém em parcular! Nesse sendo, sem querer individualizar o esforço despretensioso e dedica- do de ninguém, porque todos foram e são de facto insubstuíveis, permitam-me apenas um agradecimento especial para os meus colegas de direção, pela confiança que em mim depositaram e, fundamentalmente, pela sua lealdade indefevel e enorme firmeza de caráter. O tempo é de reflexão e balanço sobre o trabalho desenvolvido, as ideias que foram sendo incorporadas, as dificul- dades surgidas e também os objevos alcançados pela Casa do Professor. Ao iniciar-se um novo ciclo de crescimento da instuição, renova-se, naturalmente, o entusiasmo, a crença na instuição, a certeza da força dos professores, a convicção da importância vital do seu papel e do apoio de que necessitam num contexto parcularmente adverso. A Casa do Professor está cada vez mais ao vosso lado! O percurso da instuição ao longo de trinta e três anos demonstra que a CASA sempre se empenhou em manter-se fiel aos seus fins solidários, sempre procurou valorizar e dignificar os professores, seja no plano pessoal e familiar seja no profissional, reforçando laços de união afeva entre todos. É assim que tem de connuar, de forma ainda mais efeva num tempo em que a instabilidade geral tem de ser contrabalançada com índices mínimos de estabilidade, segurança e confiança. Estas são palavras-chave que a Casa do Professor tem de connuar a reforçar incessantemente. A mensagem final que gostaria de deixar é de união em torno do reforço de uma dinâmica associava que nos disngue e que nos permite, com a parcipação de todos, criar cada vez mais valor para todos. Orgulhemo-nos dos princípios nos quais se funda a associação e, num tempo em que o seu projeto de apoio se tem revelado cada vez mais imprescindível, projetemo-la sucessivamente para patamares cada vez mais exigentes e sustentados. Os professores merecem uma associação cada vez mais forte, coesa e solidária. Esmado associado, em nome da Casa do Professor e da direção a que presido, um imenso obrigado pelo apoio e confiança demonstrados. Hilário Fernandes C. de Sousa Presidente da Direção As eleições para os Orgãos Sociais da Casa do Professor, triénio 2012/2015, realizam-se no próximo dia 30 de junho, das 10h00 às 19h00, na sede da associação em Braga. Foi formalizada uma Lista Única cujo Programa de Ação, e res- pevos nomes que a constuem, divulgamos aqui aos associados, conforme determinado pelo regulamento Eleitoral.

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Na qualidade de Presidente da Direção da Casa do Pro-fessor, aproveito o espaço editorial deste número da news-letter “Em Mãos” para agradecer a todos os associados, familiares e amigos da instituição, assim como aos seus co-laboradores, o seu inestimável contributo para que o man-dato que agora termina tenha alcançado elevados níveis de sucesso. É um orgulho poder contar com todos para a reafirmação permanente dos ideais que suportam o proje-to da instituição.

Embora nunca estivesse em causa a certeza da direção no êxito do projeto CASA DO PROFESSOR, a verdade é que ele só é confiável porque sempre se acreditou e acredita no valor das pessoas que o materializam. O mérito é por isso

de todos e não de ninguém em particular! Nesse sentido, sem querer individualizar o esforço despretensioso e dedica-do de ninguém, porque todos foram e são de facto insubstituíveis, permitam-me apenas um agradecimento especial para os meus colegas de direção, pela confiança que em mim depositaram e, fundamentalmente, pela sua lealdade indefetível e enorme firmeza de caráter.

O tempo é de reflexão e balanço sobre o trabalho desenvolvido, as ideias que foram sendo incorporadas, as dificul-dades surgidas e também os objetivos alcançados pela Casa do Professor. Ao iniciar-se um novo ciclo de crescimento da instituição, renova-se, naturalmente, o entusiasmo, a crença na instituição, a certeza da força dos professores, a convicção da importância vital do seu papel e do apoio de que necessitam num contexto particularmente adverso. A Casa do Professor está cada vez mais ao vosso lado!

O percurso da instituição ao longo de trinta e três anos demonstra que a CASA sempre se empenhou em manter-se fiel aos seus fins solidários, sempre procurou valorizar e dignificar os professores, seja no plano pessoal e familiar seja no profissional, reforçando laços de união afetiva entre todos. É assim que tem de continuar, de forma ainda mais efetiva num tempo em que a instabilidade geral tem de ser contrabalançada com índices mínimos de estabilidade, segurança e confiança. Estas são palavras-chave que a Casa do Professor tem de continuar a reforçar incessantemente.

A mensagem final que gostaria de deixar é de união em torno do reforço de uma dinâmica associativa que nos distingue e que nos permite, com a participação de todos, criar cada vez mais valor para todos. Orgulhemo-nos dos princípios nos quais se funda a associação e, num tempo em que o seu projeto de apoio se tem revelado cada vez mais imprescindível, projetemo-la sucessivamente para patamares cada vez mais exigentes e sustentados. Os professores merecem uma associação cada vez mais forte, coesa e solidária.

Estimado associado, em nome da Casa do Professor e da direção a que presido, um imenso obrigado pelo apoio e confiança demonstrados.

Hilário Fernandes C. de SousaPresidente da Direção

As eleições para os Orgãos Sociais da Casa do Professor, triénio 2012/2015, realizam-se no próximo dia 30 de junho, das 10h00 às 19h00, na sede da associação em Braga. Foi formalizada uma Lista Única cujo Programa de Ação, e res-petivos nomes que a constituem, divulgamos aqui aos associados, conforme determinado pelo regulamento Eleitoral.

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Para quem ainda não conhece, o que é o projeto Comenius?

O Comenius é um projeto no âmbito da partilha e da comunicação entre várias escolas europeias. Está a ser desenvolvido na Comu-nidade Europeia e tem como função ou objetivo principal o inter-câmbio, de modo a criar momentos de aprendizagem, momentos de partilha, momentos de desenvolvimento linguístico. Este desen-volvimento linguístico dá-se a todos os níveis, quer para os próprios professores, porque há professores que têm alguma dificuldade em comunicar em língua estrangeira, quer mesmo aos alunos. Nas ex-periências que tenho vindo a verificar e nos vários contactos que tenho estabelecido com os meus colegas, no caso de mobilidades, ou seja, do movimento dos alunos entre países, este projeto permi-te uma aprendizagem muito global para os alunos e que vai desde

o saber estar num aeroporto, o saber comunicar, o saber intervir, o saber encontrar estratégias para que num momento em que o pro-fessor possa não estar perto poderem desembaraçar-se. Este é um projeto muito interessante.

É uma aprendizagem que vai muito para além do que se aprende na sala de aula…

Sim, sem dúvida. É uma aprendizagem ao longo da vida. O projeto tem precisamente por base a aprendizagem ao longo da vida e isso faz com que os alunos, ao terem que sair do país, saibam encontrar todas as formas desebaraço.

Os alunos de Braga que participaram neste projeto, na escola, que reação tiveram?

É importante frisar que estes alunos não entraram nas mobilidades neste projeto, mas participaram nas atividades que estavam pro-gramadas a serem desenvolvidas nas escolas. Os alunos amarraram a ideia com uma força tremenda. Novos projetos na nossa escola estão em vista e alguns alunos já estão sensibilizados para eles de modo que estão completamente empolgados e querem realmente participar. Isto tem um efeito dominó porque os alunos ficam muito motivados, apegam-se aos professores, criam um instinto de res-ponsabilidade muito elevada que faz com que estejam numa apren-dizagem contínua, sistemática. Só o facto de se preocuparem com a forma como vão receber os alunos, como é que vão dizer bom dia numa língua diferente à deles, é estimulante. No caso do nosso projeto, os professores visitantes vieram à nossa escola no Dia do Patrono da Escola, e, por isso, resolvemos criar equipas de alunos para acompanhar os grupos que vinham de cada país, no sentido de darem indicações de como ir ao bar, à casa de banho, etc. Nem eu nem a minha equipa podíamos estar presentes e disponíveis para

acompanhá-los a todos os espaços de exposi-ção, pois estávamos muito ocupados com o Dia da Patrono da Escola, que é um dia muito forte e ativo. Então os alunos responsabilizaram-se pelas visitas e fizeram a ponte entre nós e os vi-sitantes, comunicando-nos tudo o que eles pre-cisavam. Foi muito empolgante porque os olhi-nhos deles brilhavam e realmente passaram ali um período de constante aprendizagem. Fala-ram até com o professor de inglês para pode-rem comunicar com os parceiros.

Este foi um incentivo importante à aprendiza-gem…

Sim, foi um incentivo muito importante e foi muito interessante perceber o que motiva os alunos.

Este projeto decorreu na escola Dr. Francisco Sanches, mas está aberto a outras escolas?

Está. Este foi o nosso primeiro projeto. Aliás, este projeto nasceu duma situação muito inte-ressante. Ele chegou até mim por intermédio de um ex-aluno nosso e que na altura se en-contrava já na universidade. Como estabele-ceu amizade com um aluno turco, que se encontrava na Univerdade do Minho num Programa Erasmus- programa de intercâm-bio de alunos universitários- cujo trabalho consistia em pesquisar a metodologia no

Ana Medeiros - Prof. coordenadora projeto Comenius

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ensino das ciências experimentais no ensino básico, levou o colega até à minha escola para pedir autorização na observação de aulas experimentais no âmbito das ci-ências. Na altura eu era assessora da direção e quando o aluno chegou à escola para pedir autorização ao nosso diretor eu estava na direção. Como eu sou da área das ciências e tenho relativa facilidade em comunicar em in-glês, os colegas da direção passaram-no para mim. Assim, expus a situação ao diretor da escola e ele permitiu que o aluno observasse as aulas. Entretanto o aluno come-çou a manter uma relação mais próxima comigo e com as minhas aulas e pediu-me autorização para dar o meu e-mail à sua coordenadora no país dele. A coordenadora deste projeto em que estamos envolvidos é, aliás, uma professora turca. A partir daí comecei a comunicar com a colega turca. O projeto começou em setembro de 2010 e em janeiro desse ano ela enviou-me a proposta. Era um formulário muito extenso e com muitos campos de pre-enchimento. Assustei-me um bocado. Mas fui fazendo sempre em contacto com ela via e-mail para me ir escla-recendo do que tinha que fazer. Submeti a candidatura online à agência que cada país tem e que, no fundo, mo-vimenta o dinheiro que vem da Europa destinado a este tipo de projetos, assim como os Erasmus, o Leonardo Da Vinci e outros. Fiquei a aguardar a resposta e fomos acei-tes. O dinheiro chegou em outubro de 2010, mas houve problemas com alguns países, porque nem todas as agên-cias nacionais estão dispostas a apoiar os projetos. Nós procedemos à candidatura de projetos, eles são avaliados por avaliadores externos seguindo alguns critérios onde são atribuídas cotações. Os projetos que tiverem mais de 50% são depois colocados por ordem crescente e são se-leccionados pelas agências nacionais mediante as verbas que têm disponíveis. Houve um problema com a Bulgária e com a França, que também eram parceiros, pois as suas candidaturas ao projeto foram postas de lado, acabando nóss por ficar só quatro países: Portugal, Turquia, Ingla-terra e Lituânia, onde esta última foi apanhada numa re-pescagem porque a agência nacional deles tinha-os posto em standby. Não tivemos a possibilidade de nos reunir-mos logo em novembro de 2010, e apenas reunimo-nos em Março de 2011, na Turquia, que era o país anfitrião e que nos deu as orientações em relação às atividades que deveríamos desenvolver de modo a levar avante o proje-to. Foi assim que começou.

É interessante levar este projeto a mais escolas?

Este projeto tem essencialmente como base a partilha de experiências e de modos de ensinar as ciências expe-rimentais, neste caso na área da física, da química e da

biologia. Isso implicou que nós soubéssemos a opinião dos alunos face ao ensino experimental e, nesse sentido, foi desenvolvido um inquérito para os alunos dos vários países parceiros. Esse inquérito foi depois traduzido para inglês, revisto e passado aos alunos de todas as escolas. A partir daí saiu um estudo sobre a postura dos alunos face ao ensino experimental que, com muito agrado nos-so, na nossa escola teve resultados muito positivos. Ob-servámos muitas aulas porque sempre que saíamos para visitar um país parceiro havia atividades de sala de aula em que nós víamos como os colegas davam as suas aulas experimentais e não só. Também observávamos os aspe-tos culturais de cada país e outros, mas sempre no âmbito das ciências. Por exemplo, em Inglaterra tivemos uma ex-periência fantástica porque os nossos parceiros levaram--nos para uma universidade e tivemos um dia completo com atividades experimentais. Foi muito curiosa a postu-ra deles porque puseram-nos à prova, fizemos testes de modo a encontrar soluções para as atividades experimen-tais que eles desenvolveram. Foi uma experiência muito enriquecedora porque inclusive trouxemos atividades ex-perimentais para a nossa escola.

Podemos considerar que é um projeto interessante para alunos, mas também para professores…

Sim, de facto. Este é um projeto interessante para os alu-nos por intermédio dos professores. Na Lituânia tivemos experiências na área da física, na Turquia foi um misto porque foi na área da física, da química e também da bio-logia. Foi muito interessante.

Os projetos Comenius estão abertos a outras áreas que não as ciências?

Os Comenius não se cingem só às áreas das ciências. Aliás, estes projetos são mais desenvolvidos nas áreas do saber ser e do saber estar, desde o empreendorismo, à formação cívica, a multiculturalidade, tudo o que seja re-lacionado com bem-estar social e o bem de todos.

Portanto, não são focadas tanto as disciplinas, mas sim o comportamento…

Sim, é mais transversal. Embora também o nosso projeto se tenha tornado transversal. Por exemplo, uma das pes-soas que esteve sempre presente e que me acompanhou nas mobilidades foi a professora Maria do Céu Lucas, que é uma professora de história, por isso estamos a ver que é extremamente transversal. Encontramos sempre pon-tos de transversalidade, desde a parte da comunicação, a

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parte cultural, com as ciências sociais e humanas, a parte experimental no caso das ciências exatas. Há sempre uma situação de transversalidade, independentemente da es-pecificidade do projeto.

Neste momento está a procurar alargar o projeto a ou-tras escolas. Como é que tem corrido?

Tem corrido muito bem. A nossa divulgação tem sido bastante elevada. Criamos um conjunto de guiões e pro-tocolos de modo a poder partilhar a qualquer momento. Aliás, neste projeto foi desenvolvido um livro de protoco-los experimentais pela nossa escola que vai ser partilhado a nível europeu no European Shared Treasure, ou seja, no tesouro europeu de partilha de boas práticas, neste caso. Como está inserido na especificidade do projeto va-mos ter esta vantagem em expor lá. Também vamos ver os resultados da opinião dos nossos alunos face ao ensino experimental, proveniente do inquérito feito, partilhada através de uma análise sustentada na análise efetuada aos inquéritos. Ao longo do projeto tivemos momentos de partilha muito interessantes, às vezes até na hora do jantar. A comunicação entre nós era sempre feita em in-glês e, na verdade, a afinidade com os nossos colegas ingleses também era grande. Como um dos elementos era professora universitária em didática do ensino experi-mental estávamos sempre perto dela porque, para além de ser uma pessoa muito atenciosa e simpática, sabia muito e nós também queríamos aprender. Informáva-nos de links para sites que achava interessantes no âmbito das ciências experimentais, até nos próprios IPhones par-tilhávamos as aplicações que também podem ser aplica-das em contexto de sala de aula. Portanto, não estávamos parados e acabávamos por estar em atividade constante, no campo dos objetivos do projeto, mesmo quando está-vamos a jantar.

O conceito chave aqui, mais do que a aprendizagem será a partilha…

Sim, é a partilha, de facto.

Em termos de candidaturas ao projeto, encontram-se dificuldades?

Há prazos. E depois esses prazos são bem rígidos e não se pode deixar para amanhã. O facto de nos candidatar-mos não significa que tenhamos o prémio de ouvir um sim à nossa candidatura. Neste momento há algumas di-ficuldades por causa dos constrangimentos financeiros, há restrições. Janeiro é o mês da candidatura, mas neste

tipo de projetos o tempo passa a correr. As escolas que tenham interesse devem candidatar-se em janeiro. Neste momento estamos a preparar um novo projeto que teve a reunião preparatória em novembro. Este é um projeto so-bre energias Como estávamos envolvidos com um projeto Comenius, não podíamos ir a outro país para participar na reunião preparatória, por isso recebemos os elemen-tos dos países parceiros na nossa escola para fazer essa reunião preparatória . Tivemos cá um grupo de italianos, holandeses e alemães para desenvolver este projeto e foi uma semana de intenso trabalho, sem termos horas para comer – às vezes até passávamos a hora de almoço por-que as ideias surgiam e tinham que ser postas por escrito. Com quatro países envolvidos, uns a falar melhor inglês do que outros,criam-se constrangimentos que é neces-sário ultrapassar. Acabamos por desenvolver o projeto em Portugal. Em janeiro até meados de fevereiro fez-se o processo de candidatura. Claro que isto teve que ser feito num inglês pouco reboscado e só depois é que foi feita a tradução correta para que todas as agências nacionais, dos diferentes países, percebessem o objetivo principal do projeto. Estes processos demoram sempre porque as pessoas têm as suas vidas e às vezes podemos não estar predispostos para naquele dia fazer aquela tradução toda. Foi uma situação complicada porque a fase de candidatu-ra vai de janeiro até meados de fevereiro e apanhou as fé-rias do Carnaval. Como foram quase até ao limite da data, houve escolas que fecharam, de facto, para interrupção letiva de Carnaval, nomeadamente a italiana, e quando foi enviado o projeto por email, todo traduzido, de modo a que depois fosse impresso, assinado pelo diretor da es-cola, a escola estava fechada e não foi possível submeter o projeto atempadamente. A colega italiana foi posta logo de lado. Este é, sem dúvida, um dos constrangimentos que tem que ser acutelado. É necessário ver muito bem os períodos letivos para que não colidam com os prazos de candidatura. Embora sejamos parceiros promotores neste projeto, não significa que temos o projeto na mão. Está outra vez no âmbito das ciências, mas também já te-

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mos um outro no âmbito da multiculturalidade.

Países diferentes também significam automaticamente hábitos diferentes, rotinas diferentes…

Sim. Curiosamente, da experiência que eu tenho tido, notei que os países da Europa têm muitas pausas letivas. Por exemplo, na Inglaterra fazem pausa para o Carnaval, apesar de não celebrarem a data, depois têm a pausa da Páscoa e de Pentecostes antes de se iniciarem as férias de verão. Têm uma pausa a meados do primeiro período que era a nossa antiga pausa para as reuniões intercalares e é preciso conciliar bem tudo isto com as datas limite de candidatura. Embora digam que nós não trabalhamos muito, nós trabalhamos imenso e conseguimos até sub-meter uma candidatura na pausa da escola.

Para uma escola que esteja interessada neste projeto, o que aconselharia no imediato?

No imediato aconselharia a visitar a página na Internet da nossa agência nacional, que é a PROALV (www.proalv.pt), e ler tudo muito bem. Todos os PDFs que lá estão, todos os guias, têm que ser bem lidos, porque existem vários programas, todos eles destinados a públicos-alvo muito distintos. É necessário perceber primeiro o nosso encaixe, se somos professores do ensino noturno ou do ensino regular, se queremos formação de professores, por exemplo. Perante estas situações todas existem vá-rios programas. Tem que se ler e tem que se estudar. A partir daí ver os prazos de candidatura e explicar bem o que se pretende. Uma situação que ajuda muito é estar integrado na plataforma eTwinning (http://www.etwin-ning.net), que é uma plataforma europeia só para pro-fessores, mas que no fundo acaba também por integrar alunos. E devem fazê-lo porque é uma plataforma onde os professores desenvolvem atividades, nomeadamente projetos eTwinning, que podem envolver alunos, e que a partir daí, perante o seu perfil, conseguem encontrar professores que estejam prontos e interessados em de-senvolver projetos Comenius ou professores que estejam a começar, por exemplo, projetos eTwinning. Há aqui uma grande diferença, os projetos eTwinning não envolvem subvenções. Neste momento estou a desenvolver um projeto eTwinning com três países – Roménia, Espanha e Itália – e que na verdade é um projeto um pouco sus-tentado no das energias, com os mesmos objetivos. Cada escola vai colocando os seus trabalhos nessa plataforma. Pode haver um intercâmbio, mas não é financiado por dinheiros europeus. Mas esta é uma forma também de desenvolver projetos europeus e ao mesmo tempo ver o que as outras escolas estão a fazer e aprender com isso. Nos Comenius há realmente um apoio financeiro, o que é muito bom, e se esse apoio for bem gerido o que sobra

fica para a escola para poder continuar a desenvolver, que é o nosso caso. Neste momento ainda preciso de terminar o relatório final para enviar à agência, porque só nos foi cedido 80% do dinheiro a que temos direito e os 20% que restam só virão mediante a apresentação desse relatório final. Esse relatório vai ter que ser entregue até ao dia 30 de setembro. Este tipo de relatórios são sempre mui-to extensos porque têm que ser muito pormenorizados e acima de tudo muito justificativos no que diz respeito ao dinheiro, aos gastos, às vantagens e desvantagens, ao que a escola ganha com este tipo de projetos, etc. Tem que ser tudo muito detalhado porque no fundo é uma prestação de contas que justifica os dinheiros envolvidos.

É possível a mesma escola candidatar-se a mais do que um projeto Comenius?

As escolas podem candidatar-se a mais do que um pro-jeto. Aliás, nós terminamos um e já nos candidatamos a outro. Mas no total só podem ser dois projetos Comenius. A nossa vantagem é que a nossa escola é um agrupamen-to e, por isso, podemos distribuir os projetos pelas várias escolas o que faz com que possamos ter mais do que dois. Não significa que sejam todos aprovados. Fazer parte des-tes projetos implica que tenha que haver um apoio mui-to grande às escolas porque nem todas as escolas estão sensibilizadas e sabem disto. Tem que haver uma equipa coordenadora muito forte, porque isto não é um mar de rosas. E quando estamos num processo de aprendizagem, e de início, é muito difícil porque mesmo aqueles que nos rodeiam não estou sensibilizados para o efeito e tudo faz confusão. Principalmente no que diz respeito a dinheiro porque embora as pessoas pensem que não, estes di-nheiros não são nacionais, são europeus, pelo que nós temos que prestar contas à Europa e não aos nossos ser-viços. Como as pessoas estão habituadas a prestar contas sempre ao Ministério e tem que estar sempre tudo muito bem registado, normalmente os serviços administrativos assustam-se um bocado com o movimento e a gestão destes dinheiros. Tem que haver uma pessoa responsável, uma pessoa que seja coerente, sensata e que tenha um bom arquivo porque a partir daí tem uma forma prática e fácil de justificar todos os gastos. Isso requer organização, requer método também, e acima de tudo um apoio e um grau de confiança muito elevado e que é muito difícil de conquistar. Mas conquista-se.

Este é um projeto que está acessível a todas as escolas mas que passa muito pela vontade dos professores em trabalhar para ele?

Sim, isso é ponto assente. São muitas horas, muitas noi-tadas, e depois a organização implica dispêndio de muito tempo. Conciliar tudo não é fácil, porque também temos

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família, o nosso dia a dia, os nossos alunos. Isto sai muito para além da sala de aula e da própria escola. Sai muito da vontade dos professores de aceitar desafios. Não é algo fácil e não quero com isto desanimar ninguém, mas é pre-ciso ter muita força de vontade e espirito forte…

Mas vale a pena…

Vale, vale muito a pena. Foram muitas noites de pouco dormir, em comunicação constante, às vezes com muito cansaço, mas tudo se faz.

Este é um projeto que também é uma fonte de aprendi-zagem e evolução para os professores…

Sim, é verdade. E é curioso porque nestas mobilidades nós somos obrigados a fazer um número mínimo de ativi-dades que eles estipulam. Se não fizermos tiram-nos o di-nheiro. Neste projeto tínhamos 12 mobilidades mínimas para fazer. A mobilidade refere-se à saída dos professores, neste caso porque era só com professores. Na primeira mobilidade só fomos duas - eu e professora Maria do Céu Lucas - depois na segunda mobilidade já fomos sete. Fui eu, a professora Maria do Céu Lucas, o adjunto professor Constantino Gonçalves, o nosso diretor o professor Jorge Amado e mais duas colegas, as professoras Anabela Silva e Cristina Sousa, que também foram elementos fulcrais para a concretização deste projeto. A nossa coordenadora de departamento, a professora Isabel Candeias, que tam-bém é uma professora de ciências, esteve envolvida na segunda saída . Isto para Inglaterra. Depois fomos para a Lituânia, outra vez sete. Entretanto, de Inglaterra saiu o núcleo do projeto. Eramos no fundo cinco elementos: eu, a professora Maria do Céu Lucas, a professora Anabe-la Silva, Cristina Sousa e Isabel Candeias. Criamos assim um núcleo forte para podermos levar o projeto avante, porque nem tudo são rosas e às vezes as pessoas pen-sam que são situações de protagonismo, e que não são. O protagonismo vai todo para os alunos, mas realmente há muitos entraves dentro das escolas. Este núcleo mante-ve-se sempre coeso e apoiou-me imenso. Aliás, eu devo--lhes muito, porque se não fossem elas não conseguia le-var o projeto para a frente porque realmente é preciso ter

um suporte muito grande, quer profissional quer pessoal, mais propriamente emocional, pois em termos emocio-nais começamos a levar certas as coisas mais a peito, fi-camos sentidas com determinados comportamentos. Isto porque só queremos fazer o melhor e levar tudo a bom porto e às vezes somos mal interpretados. Depois tam-bém porque as pessoas não têm conhecimento dos pro-jetos e é tudo complicado, tudo é confuso. Mas no fim há o reconhecimento e isso é extremamente positivo. Não é fácil, mas não seja isto o entrave para se envolverem neste projetos.

É preciso encarar estes projetos como um mar de opor-tunidades para os alunos, mas também como uma fonte importante de oportunidades e aprendizagem para os professores…

E não só, porque estes projetos são uma mais-valia im-portante mesmo para a projeção da escola. Saem todos a ganhar. Não há que fazer disto um bicho-de-sete-cabe-ças, porque não é. Se todos remarem para o mesmo lado leva-se o projeto a bom porto. Agora claro que há sem-pre constrangimentos. Quero aproveitar para agradecer essencialmente ao núcleo do meu projeto: à professora Maria do Céu Lucas que esteve sempre presente e que me ajudou muito, até nas próprias refleções porque tudo era debatido em conjunto. Mesmo a receção dos nossos parceiros no Dia do Patrono da Escola foi extremamente exaustivo e sem o apoio das professoras Maria do Céu Lu-cas, Isabel Candeias, Anabela Silva e Cristina Sousa não se-ria possível. Também quero agradecer ao diretor da nossa escola que nos apoiou deixando-nos espaço aberto para decidir e, claro, quero agradecer muito ao Chris Williams que é um professor aposentado mas que continua a fazer parte destes projetos e que me apoio imenso e me en-sinou muito. Sei que posso contar com ele. Faz com que tudo pareça fácil porque encontra sempre solução e é um grande conhecedor do assunto com 20 anos de experiên-cia nos projetos Comenius. É um homem muito viajado e de muita confiança.

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O texto que se apresenta refere-se ao testemunho de uma professora inglesa, Jenny Dobbs, que leciona na Univer-sidade Bishop Grossetest em Lincoln, Inglaterra, e que se refere à sua experiência como professora participante do Projeto Comenius Science From Four Corners – How do you learn science? Share your science experiences.

Segundo Jenny Dobbs, a sua experiencia neste projeto foi bastante enriquecedora a nível pessoal e profissional. A nível pessoal, pois permitiu-lhe conhecer culturas e histórias de países diferentes, a nível profissional, o facto de ter acompanhado uma equipa de professores da área das ciências exatas, assim como ter sido responsável pelo apoio a um grupo de estagiários, fez com que vários momentos de reflexão das práticas pedagógicas fossem desenvolvidos, quer ao longo das visitas feitas, quer em momentos de atividades letivas na própria universidade com os seus estagi-ários

Para Jenny, independentemente do país europeu, o ensino das ciências envolve um trabalho exaustivo, paixão, entu-siasmo e dedicação de forma a cativar os alunos para as ciências. Dos contactos estabelecidos, concluiu que os alunos, nas suas aulas, revelam grande concentração e compromisso, facto esse que não se verifica muito nos alunos ingleses.

Para finalizar, Jenny acrescentou duas intervenções dos estagiários que participaram no Projecto Science From Four Corners e que estiveram presentes na visita a Portugal, onde manifestam as suas expectativas relativamente a este tipo de iniciativas.My Experience of Comenius as a Teacher Educator by Jenny Dobbs

I was fortunate to become involved in the ‘Science from Four Corners’ Comenius project because of my role as a teacher educator at Bishop Grosseteste University Colle-ge. My job involves teaching trainee teachers in Biology, Chemistry and Physics about educational pedagogy.

During the summer of 2011 the college was asked by one of our training schools if our cohort of students would like to apply for the opportunity to become involved in the ‘Science from Four Corners’ project. Two successful ap-plicants accompanied Jon Billinghurst (a teacher mentor) and Chris Williams (Ambassador for the British Council) to look at the teaching and learning within science on a visit to the Turkish partners in Izmir.

The trainees involved were inspired and felt that the ex-perience enabled them to share best practice and learn a lot about the similarities and differences between science education across Europe. One of the trainees wrote her final dissertation about teaching and learning in Science across Europe.

The Science trainee teachers and I were then asked to host the partners from Portugal and Lithuania at Bishop Grosseteste University College for a day of sharing best practice. The sharing of best practice has been one of the great strengths of the Comenius project. The traine-es were given the task of choosing an activity they had taught on teaching practice that was fun and engaging, they worked in small groups according to their subject specialism. As a consequence of this there were many dis-cussions about pedagogy and lots of ideas were shared between the various partners.

The outcome of my involvement was an invite to join the English team on a journey of discovery to both the Lithuania and Portugal legs of the project. The cultural experience alone was invigorating for a person who has not travelled far before. I felt very honoured to be able to share in experiences of both teaching and learning. The pupils in lessons were very focused and engaged, taking much more responsibility for their learning than pupils in England do.

For the trip to Portugal, we also offered the experience to our Science trainee teachers. They were asked to apply for the trip by saying in no more than 400 words what they hoped to achieve from the trip. One response star-ted with “By taking part in the Comenius project ‘Science from four corners’ I hope to achieve a lasting appreciation for the teaching profession, I hope to be able to experien-ce the profession from the prospective of other cultures and people”. Two others applications can be found at the end of this document.

The trainees found the trip to be a real ‘eye opener’ as to how other teachers across Europe work whilst apprecia-

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ting a variety of attitudes to education. They felt that the approach to the teaching of special needs pupils was in-credibly innovative and much more relevant to everyday life, such as creating and maintaining a garden.

One of the overwhelming discoveries for me was that the teaching of Science, no matter where in Europe, invol-ves hard work, passion and a dedication to make a diffe-rence to young people. A teacher’s enthusiasm for their subject and the desire for pupils to do well and achieve great things drives us all. There may be slight differences in the nature of the curriculum and the resources availa-ble to us; however the pedagogical approach is much the same.

Application One

Sharing best practice of teaching and learning in science is vital to the continuation of the subject within schools; learners need to be inspired by the passion shown in their teacher for the subject. The way in which science is taught around the world is a great interest of mine and I strongly believe there are strategies that could greatly benefit lear-ners within the UK. My previous experience of working in a summer camp in America has given me vital experience in working with children from different cultural and edu-cational back grounds. I have also had extensive experien-ce working in an International summer school; I believe this will benefit me when in a foreign educational setting.

By being chosen to represent Bishop Grosseteste I would hope to achieve many things; I believe the most important to be sharing new teaching strategies and ideas to colle-agues and other trainees in the UK and within the pro-ject ultimately developing their own personal teaching. I would also hope to inspire learners from different cultu-ral and educational backgrounds. I hope to inspire these learners by developing their passion for science through initiative strategies of teaching; I believe this to be key to engaging learners. I also believe this trip would greatly im-prove my personal development within education along-side my knowledge and understanding on different ways to deliver and engage learners when teaching science.

I am a very enthusiastic and passionate trainee, I am able to inspire and motivate people in all situations and sur-roundings. I work extremely well in a team, I am a hard worker and always but 100% into everything I do. I am dedicated in providing an up-to-date and interesting way of delivering and engaging different learners and do not shy away from a challenge. Previous experience of tea-ching outside the UK has given me the passion to teach, by having the opportunity to be involved in this project, I would evolve my experience further, implementing new strategies of teaching into my lessons. I am always looking for ways to improve my teaching an ultimately the success of my pupils and truly believe this project will help me

improve my skills.I would love this fantastic opportunity to gain vital expe-

riences in sharing best practice of teaching and learning. I believe my personality would encourage learners from different educational back grounds and cultures to get in-volved and inspire learning. If I was to be chosen to attend ‘Science from Four Corners’ I would work extremely hard and represent Bishop Grosseteste in a positive manner.

Thank you.

Application Two

By taking part in the Comenius project ‘Science from four corners’ I hope to achieve a multitude of new experiences and interactions which will enhance my own teaching, le-arning and relationships with pupils. With regards to my own teaching, I feel I could gain valuable new skills and strategies by observing the teaching of science in an in-ternational school. One key reason for this could be as an international school may not be able to invest in high-end or even up to date science equipment for pupils to use during lessons. I feel I could, therefore, learn innovative strategies in how to best adapt my own teaching in sce-narios such as this, which could include the increased use of VAK, active learning and many others as an alternative to laboratory work. It would be these ideas which I would look to use in my future career as a teacher.

I would also find it interesting to observe the role in whi-ch other pedagogical methods, such as questioning, play in lessons. Besides this, I also feel there could be signifi-cant opportunities to share my own teaching experiences with foreign teachers, perhaps providing them with ideas which could be used in their own classrooms. This, I be-lieve, falls in with the key aim of the project to share best practice internationally for the benefit of pupils in all four countries.

In addition, I feel it is important to recognise the addi-tional pastoral role that teachers play when building up relationships with pupils. Experiencing how this is done in another school outside of the UK could also give me a fresh insight in how to approach some pastoral issues and pupil relationships, demonstrating the key differences perhaps in school structure and their working with some pupils, who may for example, have special educational ne-eds. These, I would hope, will then help me to improve in working with these pupils in my own classes.

To conclude, I feel the project would help me to achie-ve my aim of becoming a better all-round teacher, in and outside the classroom, and the opportunity to do this at an early point in my teaching career is one I would tho-roughly appreciate. This would be done not only through observing classes, but also through reflecting on my own teaching, and sharing my experience to help others reflect on their teaching also.

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Este ano é o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações. É o ano de refletir sobre a importância e o papel das pessoas mais velhas na sociedade e é sobretudo o ano de chamar a atenção para o facto de, independente da idade, ser necessário ter um papel ativo na sociedade e gozar de uma vida com qualidade.

Na nossa cultura, a velhice é frequentemente associada a doença, dependência, exclusão do mercado de trabalho, da família e da sociedade. O Ano Europeu pretende contribuir para alterar esta mentalidade e promover uma cultura de envelhecimento ativo. Isto significa envelhecer de forma saudável, mais independente, permanecer um cidadão ativo e ter uma vida preenchida.

O Parlamento Europeu aprovou 2012 como o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Ge-rações precisamente com o objetivo de incentivar os políticos e as instituições a tomar medidas concretas para criar melhores oportunidades para o envelhecimento ativo e reforçar a solidariedade entre as gerações. O Ano Europeu visa promover o envelhecimento ativo, com especial incidência em três áreas: emprego, participação na sociedade e independência.

À medida que a esperança média de vida aumenta na Europa, as idades de reforma também aumentam. No entanto, muitos temem não conseguir manter o seu emprego ou arranjar um novo emprego até terem idade para se aposentar. Nesse sentido, uma das missões deste Ano Europeu é criar mais e melhores oportunidades para estes trabalhadores, no mercado de trabalho. Mesmo depois de se reformar, é importante estar consciente que não é obrigatório ficar parado. A contribuição dos mais velhos para a sociedade, enquanto cuidadores dos outros, sobretudo dos seus pais, cônjuges ou netos, é muitas vezes esquecida, assim como o seu papel enquanto voluntários. Este Ano Europeu do Envelhecimento Ativo procura também aumentar o reconhecimento por este trabalho e pelo que ele representa para a sociedade, criando condições de suporte a essas pessoas.

Em termos de saúde, é certo que a nossa saúde declina à medida que envelhecemos, mas muito pode ser feito para lidar com este declínio ou até retarda-lo. Mudanças pequenas no nosso dia a dia podem fazer uma grande diferença para as pessoas que sofrem de problemas de saúde ou incapacidade. Envelhecer ativamente significa também capa-citarmo-nos à medida que envelhecemos para que possamos manter o comando das nossas vidas e sermos indepen-dentes durante o maior tempo possível.

De acordo com os Censos 2011, Portugal, à semelhança dos outros países da União Europeia, apresenta um quadro de envelhecimento demográfico bastante acentuado, com uma população idosa que chega aos 19,15%, uma popula-ção jovem de 14,89% e uma esperança média de vida à nascença de 79,2 anos. Portugal está, portanto, perfeitamente enquadrado nesta temática e desenvolveu um programa de ação para este ano, que pode ser consultado na íntegra na Internet.

(1) Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre GeraçõesPROGRAMA DE AÇÃO, 2012 | Portugal

Viver mais tempo implica envelhecer. Maior longevidade não é um fatalismo ou uma

ameaça. É uma vitória da humanidade e uma oportunidade de potenciar o «património

imaterial» que significa o contributo das pessoas mais velhas (1)

Conjunto Musicália na Casa do Professor

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Uns são pequenos, rebeldes, cheios de energia, de von-tade de aprender e sem paciência de esperar. Outros são grandes e calmos, cansados e cheios de sabedoria de quem já aprendeu durante uma vida inteira e agora preci-sa de descansar. São crianças e idosos, são novos e velhos, muito diferentes mas nem por isso indiferentes.

No ano em que se celebra o Ano Europeu do Envelheci-mento Ativo e da Solidariedade entre Gerações a Creche de Braga e a Casa do Professor uniram-se para proporcio-nar a convivência e a partilha entre gerações, promoven-do ao mesmo tempo a atividade e o dinamismo nos mais idosos. “A Creche de Braga queria abrir-se ao exterior, por um lado, e queria também que a comunidade viesse ter com as crianças. “Aproveitamos esta oportunidade com a Casa do Professor para assim o fazer”, explica a diretora pedagógica do pré-escolar da Creche de Braga, Maria do Carmo Ferreira. Aproveitando a época natalícia, a Creche resolveu abrir ao exterior a Festa de Natal, organizada anualmente para as crianças. A Casa do Professor queria assinalar a época natalícia com a angariação de brinque-dos para oferecer a uma instituição de crianças carencia-das. Uniram esforços e fizeram uma atividade de Natal que servisse os objetivos de ambos: os residentes da Casa do Professor criaram uma peça e representaram para os meninos na Festa de Natal e, por sua vez, cada menino es-colheu um brinquedo seu para entregar às crianças caren-ciadas, ajudando assim os residentes a cumprir o seu ob-jetivo. E, para mais tarde recordar, ficou assinalado junto às muitas fotografias que ilustram este dia que “Esta ati-vidade é realizada em parceria com os residentes da Casa do Professor a quem carinhosamente chamamos Madri-nhas de Natal por apadrinharem esta ideia que consiste em cada criança escolher um brinquedo seu e entrega-lo na sala para futuramente ser doado a crianças carencia-das”. A atividade “saiu muito acima das expectativas. Foi muito bom para ambas as partes: os residentes ficaram muito satisfeitos com a recetividade das crianças porque nunca pensaram que elas se iam comportar tão bem; e nós ficamos surpreendidos por ver pessoas com mais de 70 anos, alguns de cadeiras de rodas, a prestarem-se tan-to para fazer os papéis”, refere Maria do Carmo.

Mais tarde foi a vez de as crianças da Creche de Braga se deslocarem à Casa do Professor para cantarem os Reis aos residentes, em mais um momento de convívio entre as duas gerações. E não se ficaram por aqui. Fizeram ain-da uma terceira atividade, cujo tema foi a paz, explorado através da criação de histórias. A educadora de infância, Catarina Mouta, estabeleceu que todos os meses a sua sala iria trabalhar um livro diferente. No início falaram de histórias conhecidas e depois passaram a ter como ob-jetivo criar as suas próprias histórias. Em janeiro o tema

escolhido foi a paz. “A psicóloga que está à frente do gru-po na Casa do Professor já tinha falado aos residentes do assunto e houve um dia em que fomos à Casa do Pro-fessor conversar sobre a paz, com o intuito de criar uma história. O objetivo principal - que era em conjunto com os residentes naquele dia criar uma história - não foi con-seguido porque os miúdos começaram a fugir muito ao tema, diziam frases fora do contexto e não resultou bem. Entretanto foi sugerido que os residentes fizessem uma história e a apresentassem aos meninos. Criaram então a história com projeções de imagens da Walt Disney. Esco-lheram imagens que os meninos à partida gostam e que lhes são familiares e criaram uma história sobre a paz, so-bre o que é a paz, e iam fazendo perguntas aos meninos ao longo da projeção” explica Catarina. Partilha, entendi-mento e cooperação entre gerações é o que transparece desta atividade e as crianças não ficaram alheias. “Os mi-údos gostaram muito e estão sempre a perguntar quando vamos outra vez à Casa do Professor”, revela Catarina.

“Uma coisa que se notava na hora de vir embora era que os miúdos queriam sempre ir ter com os residentes, dar-lhes beijinhos e todos se emocionavam. Nesse aspe-to correu muito, muito bem. Estamos a falar de crianças de três, quatro e cinco anos, portanto, muito novinhos”, acrescenta. “As crianças reagem com os mais velhos como se fossem os avós. Percebem que têm que ter res-peito, percebem que os mais velhos falam mais baixinho por isso é preciso estar atento e respeitá-los. Não lhes passou de todo despercebido a necessidade de interagir com os mais velhos e a forma como devem fazê-lo. Não compreendem a temática do Ano Europeu do Envelheci-mento Ativo e da Solidariedade entre Gerações porque é um conceito complexo, mas entenderam o propósito destas atividades e adoraram. Tudo o que fizemos com a Casa do Professor superou as nossas expectativas. É von-tade nossa continuar com este contacto”, conclui Maria do Carmo Ferreira.

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Realiza-se na Casa do Professor em Braga, de 23 a 27 de julho, o Juillet Français – Première Rencontre Nationale de Formation des Professeurs de Français. Esta iniciativa, que pode igualmente ser frequentada como formação acreditada de 25h, é o resultado de uma parceria entre a Casa do Professor, o Departamento de Estudos Români-cos do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Univer-sidade do Minho, a Alliance Française e o Institut Français du Portugal. Conta ainda com a colaboração da Associa-ção Portuguesa de Professores de Francês, o Mosteiro de São Martinho de Tibães e o Museu dos Biscainhos.

Para além de propor atividades de foro artístico-cultural (visitas a um museu e a um mosteiro com uma forte li-gação à história e à civilização francesas), esta Jornada pretende proporcionar um espaço real de formação re-lacionada com temáticas variadas, tais como: fonética, gramática, ferramentas da web 2.0, francês com objetivos específicos, cinema, literatura, humor, etc., todas ineren-temente voltadas para o ensino/aprendizagem do Fran-cês como Língua Estrangeira. Pretende-se criar, durante uma semana, uma imersão na língua e cultura francesas que atualize os conhecimentos linguísticos, pedagógicos e culturais numa atmosfera de simultâneos convívio e profissionalismo.

Nous sommes heureux de vous proposer la Premiè-re Rencontre Nationale de Formation de Professeurs de Français, qui aura lieu, en plein centre ville de Braga, à la «Casa do Professor».

Cette Rencontre est le résultat d’une fructueuse colla-boration entre plusieurs entités, outre la «Casa do Profes-sor», elle compte également avec le soutien de l’Alliance Française de Braga-Guimarães-Porto, celui de l’Institut

Français du Portugal, celui du Département d’Études Romanes de l’Instituto de Letras e Ciências Humanas de l’Universidade do Minho et finalement celui de Porto Edi-tora.

Cette Rencontre est innovante dans sa formule, car, en plus des activités artistico-culturelles (Musée de Biscai-nhos, Monastère de Tibães, ...) qui proposent, le temps d’une semaine, l’immersion dans la langue et la culture françaises, elle constitue également l’espace d’une for-mation réelle (de 25 heures) dans des thématiques très variées (phonétique, grammaire, outils web 2.0, français sur objectifs, cinéma, littérature, jeux, humour, ...), toutes liées à l’Enseignement/Apprentissage du FLE. À la fin de chaque session, vous pourrez repartir avec des supports, des démarches et des pratiques de classe directement utilisables qui vous permettront de mobiliser les techni-ques et les principes présentés au cours de la formation. Nous espérons que ce sera pour chacun(e) une vraie ex-périence enrichissante et enthousiasmante.

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A última viagem organizada pela Casa do Professor, em parceria com a Vale do Ave, foi a Rota dos Avieiros. Para melhor lhe contarmos como decorreu esta viagem deixa-mos-lhe aqui as palavras da professora Carolina Mota, a quem agradecemos a forma entusiasmada com que des-creveu todo o passeio. A próxima viagem da Casa realiza--se já no próximo dia 10 de julho à cidade que é hoje, com grande brilho e a adesão de habitantes e muitos visitan-tes, Capital Europeia da Cultura. Uma cidade onde há hoje imensas coisas a acontecer e a descobrir, depois da inter-venção urbanística no centro histórico. Conheça o progra-ma completo do passeio na Casa do Professor! E venha também redescobrir Guimarães connosco!

2012 _ Rota dos Avieiros _ 16/17 de Junho/2012

Em Coimbra almoçámos no Restaurante «Pintas». Fo-mos depois directos ao Entroncamento onde visitámos o Museu Ferroviário. Infelizmente com muito poucos com-boios. Seguimos para a Golegã e visitámos o Museu de Fotografia Carlos Relvas. Carlos Relvas deixou um extraor-dinário património de imagens que o tornam um artista de excepção instalado no seu antigo estúdio de fotografia que também serviu de sua residência. Fomos, depois, à Casa dos Patudos, em Alpiarça, que foi residência de José de Mascarenhas Relvas. Riquíssimo mobiliário, porcela-nas, pinturas e tapeçarias que constituem o núcleo princi-pal das obras e arte da colecção de José Relvas. Jantámos no Restaurante «Rosa Alta». Ficámos no Hotel «Quinta das Pratas».

Museu Rural do Vinho do Cartaxo _ Instalado em diver-sos edifícios. No primeiro encontram-se objectos asso-ciados ao pão, ao azeite, ao cavalo e ao touro. A seguir visitámos um alpendre com objectos que documentam a mecanização agrícola nos campos do Ribatejo. Depois a taberna tradicional onde se poderá apreciar os bons néc-tares da Capital do Vinho. Por fim entra-se numa antiga

adega que nos apresenta as várias fases da produção do vinho, desde a plantação do bacelo até à vindima. Gran-des toneis e grandes depósitos. Instrumentos de tanoaria. No final, almoço, no Restaurante «Escaroupim» , localiza-do sobre as águas do Tejo.

Salvaterra de Magos _ Palácio Real da FalcoariaEdifício único na Península Ibérica. Está intimamente

ligado à história do Paço Real _ Casa de Campo da Co-roa. Em 1752, chegaram ao Palácio 10 falcoeiros para en-sinar a arte. Ficaram famosas as pomposas caçadas que se realizaram em Salvaterra de Magos. Com a retirada, nas invasões francesas, da Família Real a ir para o Brasil procedeu-se à abolição das coutadas reais. Em 2009, a Câ-mara Municipal recuperou a Falcoaria com uma Exposição Permanente de Aves, um Auditório, Pombal, Restaurante e Casa de Chá. No final da visita continuação até à «Valada do Ribatejo», e Cruzeiro no Rio Tejo.

Rota dos Avieiros _ onde se vêem as casas típicas cons-truídas sobre estacas, para evitar as cheias do Rio. Passa-gem pela «cabana dos Parodiantes», onde se tomou um café e se comeu um pastel, «Os barretes» _ bolos típicos da Cabana.

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Lindo Passeio eu deiE fui com a Maria AliceCuidei eu que já conheciaMas vi qu’era uma delícia

Parámos em CoimbraNo Restaurante «Pintas»Bebeu-se lá muito bemE quem quis também «umas pingas»

Começámos a caminhadaE fomos ao «Entroncamento»Vimos o Museu dos ComboiosE foi mesmo um bom momento.

Em Alpiarça também parámosVimos o Museu Casa dos Patudos.De patos não tinha nadaMas tinha muito de cultos

Entrámos no Museu Rural e do VinhoNa linda terra do CartaxoVimos coisas do pão, do azeite e cavalosE ninguém saiu borracho

Palácio Real da FalcoariaEm Salvaterra de MagosOs Falcões eram muito espertosE eram mesmo muito raros.

Eu não posso esquecerAqueles Museus tão lindosCheios, cheios de muita coisaE corredores mesmo infindos

Chegados que fomos à Golegã,Museus da Família Relvas.Muitas e lindas fotografiasE muitas ervas, muitas ervas…

Aquele passeio no RioFoi coisa maravilhosaForam voltas e mais voltasVendo plantas bem mimosas.

Vimos campos verdejantesVimos águas sem pararVimos arados e boisVimos todos a lavrar

Vimos casas de pescadoresEm cima de estacas colocadasPara que a água não chegasseE estragasse as bem- amadas

Também no Café dos ParodiantesComemos um belo pastelO querido e bom era o «barreteMas ele parecia de mel

Era tudo muito lindoMuito lindo e agradávelNo Restaurante «Rosa Alta»Comemos um grande sável.

Foi lindo, muito lindoEste Passeio dos Avieiros.Vimos coisas muito belasE vimos muitos lameiros

Bem- haja à Casa do ProfessorQue nos permitiu tal PasseioObrigada, Dr. Hilário e Dr. CarlosObrigada, sempre obrigada em cheio.

E assim terminou o nosso excelente Passeio.

Carolina Mota

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A ênfase nas parcerias, em particular com a Universi-dade do Minho, está a marcar a programação cultural da Clarabóia antes da interrupção de verão, entre a última semana de julho e a primeira semana de setembro. Em ju-nho tivemos duas edições do Ciclo de Imagens Comenta-das FALA-ME DE JUVENTUDES, em parceria com o Depar-tamento de Ciências Sociais da Educação da Universidade do Minho, a tertúlia internacional IN LANGUAGES WE LIVE, em parceria com o BabeliUM, o Centro de Línguas da Universidade do Minho e está neste momento a de-correr, durante três dias, um programa complementar ao Seminário Internacional “Narrativas e Memória Social”, com documentários comentados, realizado em parceria com o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho.

No dia 1 de junho fez jus à rubrica Sextas Ímpares o Con-certo de Solidariedade “Há Música no Carreiro”, que teve como convidados os músicos Ana Gomes e Pedro Andrade do grupo Shine. A receita deste evento, que decorreu no Dia Mundial da Criança, reverteu para a Escolinha Flori-nhas do Aeroporto em Maputo, a cargo do Padre Anastá-cio. As SEXTAS ÍMPARES estão de volta no dia 13 de julho com o jazz, bossa nova e composição própria da cantora dinamarquesa MONICA JAKOBSEN, que reside em Braga e que está a preparar a edição de um CD, apoiado por um programa dinamarquês, de intercâmbio musical entre Portugal e a Dinamarca. Será entregue nesse dia o quadro doado à causa da escola social de Maputo por Gisela Faria e Igor Kellen.

Para quem preferir o cinema, encerra também no dia 13 um pequeno Ciclo Temático dedicado à obra de Akira Ku-rosawa, com a exibição do filme “Ran – Os Senhores da Guerra [1985 156´ | entrada livre]. A sessão conta com a participação de Vitor Ribeiro, do Cineclube de Joane que organiza o Ciclo e que vem fazer uma apresentação dos filmes escolhidos e da obra inconfundível do cineasta ja-ponês.

Os dois Ciclos promovidos pelo Cineclube Aurélio da Paz dos Reis na Casa do Professor têm continuidade a partir de setembro. O Ciclo (H)ESTÓRIAS DO FADO acontece na sexta-feira dia 6 de julho com a exibição do filme “Fados” de Carlos Saura (2007 88´). A “PROTOSPECTIVA EDGAR PÊRA” apresenta depois o filme “A Janela (Marialva Mix)”, 2001 104´ no dia 20 de julho, ambos com entrada livre ou apoio ao Cineclube.

No dia 10 de julho a Clarabóia – Agenda Cultural da Casa do Professor, em parceria com o Departamento de Ciên-cias Sociais da Educação da Universidade do Minho, fina-liza o Ciclo de Imagens Comentadas sobre a Juventude, FALA-ME DE JUVENTUDES, feito a partir de filmes ou ima-gens escolhidos e sublinhados por diferentes convidados. O Ciclo recebe nesta sétima e última edição ELISABETE

PAIVA, Coordenadora do Serviço Educativo do Centro Cul-tural Vila Flor em Guimarães, e atualmente, responsável pela programação do Serviço Educativo da Capital Euro-peia da Cultura [entrada livre].

Em junho realizou-se no Rio de Janeiro, 20 anos depois da ECO 92, a RIO+20 - Conferência das Nações Unidas so-bre Desenvolvimento Sustentável. No dia 17 de julho às 19h, Paulo Magalhães, responsável pelo projecto Condo-mínio da Terra da Quercus, apresenta no âmbito da rubri-ca “Ambiente de Conversa” o resultado da proposta colec-tiva “O que nos une a todos – um património comum para uma economia verde”, que apresentou na Conferência Internacional do Rio de Janeiro. A proposta foi subscrita pela FCSH, UTAD, CEDOUA, CIGEST, CRE_PORTO, UNEB e CMs Guarda e Baião.

O Ciclo de Tertúlias OUTRAS DIREÇÕES realiza-se nas terças-feiras 3, 17 e 24 de julho às 21:30. O dia 3 é dedi-cado a Werner Herzog, o cineasta alemão que o Ciclo “Até ao Fim do Mundo”, organizado pelo Cineclube de Joane em parceria com o Goethe Institut, apresentou na Casa do Professor. No dia 17 vamos conhecer as ideias e os projetos artísticos que o coletivo “Doze ao Cubo” (Maria Oliveira, Nuno Miranda Ribeiro e Rui Almeida), cuja apro-ximação passou por um evento organizado o ano passado pela Clarabóia, tem vindo a realizar desde então. E no dia 24 o universo de Agnès Varda marca o encerramento da programação e está inserido no Juillet Français – Premiè-re Rencontre Nationale de Formation des Professeurs de Français, que se realiza de 23 a 27 de julho na Casa do Professor.

No sábado dia 21 de julho às 16h a Clarabóia apresenta mais uma versão da performance de dança contempo-rânea Guelra pela Arte Total, no Museu dos Biscainhos e com entrada livre. A primeira apresentação decorreu na primavera, também no museu, e esta nova versão cor-responde agora ao verão. O transfiguração da percepção é o ponto de partida do trabalho, condensado no texto “Às 4 semanas de gestação o embrião humano tem outra elasticidade. Tem guelras, como os peixes. E um rasto de

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estrelas como cauda”. Já está agendada para outubro a versão Outono, a integrar o Festival com o mesmo nome da Universidade do Minho.

E por fim destacamos a PRATA DA CASA, o evento de en-cerramento do ano letivo na associação, que se realiza no sábado anterior, dia 14 de julho às 16h no Museu D. Diogo de Sousa, e que conta com a qualidade e o entusiasmo habitual do Grupo Cordas e Vozes da Casa do Professor a abrilhantar esse momento especial de convívio e cele-bração.

A Casa do Professor e o Grupo Trofa Saúde acordaram a celebração de um protocolo que confere condições espe-ciais e extremamente vantajosas aos associados, familia-res e colaboradores da Casa do Professor.

A parceria entre a Casa do Professor e o Grupo Trofa Saúde prevê uma redução significativa nos custos dos cui-dados de saúde para os associados da Casa do Professor, para os seus conjuges, descendentes e ascendentes em 1º grau, e para os colaboradores da associação, que superam as vantagens decorrentes da ADSE. As condições especiais aplicam-se às modalidades de Consulta Externa, Urgên-cia, Meios Auxiliares de Diagnostico e Terapeutica, Fisiote-rapia, Internamento e Blocos (operatório e de partos). O protocolo é aplicável às unidades de saúde do Hospital Pi-vado de Braga, Hospital Privado da Trofa, Hospital de Dia da Maia, Famalicão e do Porto, Hospital Privado da Boa Nova, Hospital de Paços de Ferreira, Istituto de Radiologia Dr. Pinto Leite e Clinica de Paços de Ferreira.

Para poder beneficiar das condições deste protocolo ao dirigir-se às unidades de saúde do Grupo Trofa Saú-de, os associados da Casa do Professor devem apresentar o cartão de identificação pessoal, o cartão de associado da Casa do Professor e, se for o caso, cartão de benefici-ário da ADSE. Os cônjuges, descendentes e ascendentes

em 1.º grau dos associados da Casa do Professor devem identificar-se mediante a apresentação do cartão de iden-tificação pessoal, cartão de familiar de associado da Casa do Professor e, se for esse o caso, cartão de beneficiário da ADSE. No caso dos colaboradores, é necessário apre-sentar cartão de identificação pessoal e cartão de identifi-cação de colaborador da Casa do Professor.

Ainda no âmbito deste protocolo, o Grupo Trofa Saúde vai levar a efeito uma série de rastreios clínicos gratuitos, em algumas das suas unidades de saúde, para os associa-dos, familiares e colaboradores da Casa do Professor.