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DEMANDAS ATUAIS E FUTURAS DA CADEIA PRODUTIVA DE SUÍNOS
Nádia Solange Schmidt – Embrapa Suínos e Aves
Questão em foco
A suinocultura brasileira está posicionada entre as cadeias produtivas mais avançadas do mundo. O uso de alta tecnologia nas áreas de genética, nutrição, instalações e manejo, permitiu a produção de carne com elevados padrões de qualidade. Além disso, o status sanitário do plantel fez com que o Brasil se consolidasse como quarto maior produtor de carne suína do mundo, com 3,6 milhões de toneladas produzidas em 2015 (ABPA, 2016). O faturamento da cadeia em 2015 foi de U$ 44.8 milhões e o PIB da cadeia chegou a U$ 18,7 milhões. Em 2016, as exportações do setor totalizaram 732,9 mil toneladas, cerca de 32% a mais do que em 2015, gerando uma receita de US$ 1,483 bilhão (ABPA, 2017).
Apesar da excelente posição ocupada pelo país no ranking mundial, competir no mercado internacional é um desafio constante que requer posicionamento estratégico e atenção aos sinais mudanças, sejam elas econômicas, políticas ou sociais. Em um mundo fortemente globalizado todos os países buscam vantagens mercadológicas, econômicas e sociais. Assim, as regras mudam facilmente e uma situação confortável no presente pode se transformar em uma situação de risco no curto prazo.
Para a sustentabilidade da suinocultura brasileira diante da realidade da produção nacional, é preciso priorizar questões que envolvem a biossegurança, a sanidade, o bem-estar animal, o uso racional de antimicrobianos e o investimento em mão de obra. Outro aspecto prioritário é desenvolver medidas de segurança sanitária, reforçando a estrutura de diagnósticos e planos de contingência técnico e financeira. Existe ainda, a necessidade de maiores investimentos em ambiência, principalmente nas fases de gestação e maternidade, considerando a eminente normatização do bem-estar animal no país, pois essa é uma cobrança cada vez mais crescente do consumidor.
A demanda por alimentos seguros, também tem se mostrado uma tendência do consumidor que vem crescendo. Assim como do bem-estar animal, essa demanda, principalmente do mercado externo afeta os sistemas de produção, uma vez que exige a redução ou retirada de antibióticos como promotores de crescimento. A escassez de mão de obra especializada na atividade suinícola, já bastante presente, deverá aumentar ainda mais, tonando necessário criar novas estratégias para manter a competitividade e sustentabilidade da atividade. Dentre elas podemos citar a automação, controle da ambiência, políticas de compensação e treinamento humano.
Nesse cenário, está claro que em função da concorrência acirrada e as constantes exigências do mercado internacional há necessidade de um esforço contínuo em PD&I para manter a competitividade da cadeia. Diversas soluções já foram desenvolvidas e disponibilizadas para tentar amenizar ou sanar esses problemas. No entanto, mesmo com esse desenvolvimento tecnológico, ainda existem grandes desafios a serem superados. Assim, é vital que haja um esforço conjunto entre os diversos elos da cadeia e as instituições de pesquisa na identificação das demandas atuais e futuras, para antecipar-se aos problemas e buscar soluções no menor espaço de tempo possível, considerando a dinamicidade e desafios constantes, características inerentes a essa cadeia.
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I. Resumo
A suinocultura brasileira está consolidada como uma das atividades socioeconômicas mais importantes para o país. Além de gerar milhares de empregos, contribui de forma bastante positiva para o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro. A carne suína brasileira é exportada para mais de 70 países e internamente, é uma das proteínas mais consumidas. É uma cadeia que movimenta mais de 100 bilhões de reais por ano. Apesar de sua inegável importância para o país, velhos e novos desafios lhe são impostos constantemente. São desafios de ordem mercadológica – como aumentar consumo interno per capita; de ordem sanitária – manter o plantel livre de doenças, de manejo – focado no bem-estar animal e de ordem ambiental – buscar o desenvolvimento sustentável da cadeia. A cobrança por um desenvolvimento sustentável, que inclui a segurança alimentar e o bem-estar animal vem crescendo a passos largos e a solução para esse problema é um dos maiores desafios, considerando a necessidade de aumentar a produção e ao mesmo tempo, reduzir o alto potencial poluente da atividade. A suinocultura possui papel relevante como fornecedor da indústria de alimentos nacional. Atualmente, essa atividade está passando por um processo de adaptação às exigências do novo mercado consumidor, com foco em segurança alimentar, melhoria na qualidade da carne, rastreabilidade da produção, restrição ao uso de antimicrobianos, proteção ambiental e bem-estar animal, ou seja, a busca por um processo de desenvolvimento sustentável. Essa busca abre um leque de oportunidades e desafios em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação voltados para a busca de soluções que possibilitem tornar a produção de suínos sustentável.
II. Palavras-chaves: Cadeia produtiva de suínos; Tendências; Desafios; Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.
III. Estado da arte
A suinocultura brasileira possui diferentes características, de acordo com a escala de produção, o nível tecnológico e o arranjo produtivo entre o produtor e a empresa de processamento (SEBRAE, 2016a). O modelo produtivo diferencia-se de acordo com a região do país. No Sul, predomina o sistema de integração ou cooperativo, com pequenos produtores especializados em determinada fase da produção, já a região sudeste se caracteriza por produtores independentes com produção de ciclo completo. Outra região que vem se destacando na produção de suínos é a região centro-oeste, devido a grande produção de grãos (milho e soja) e ao clima da região. Nessa região a produção também é caracterizada por produtores independentes, que possuem estruturas de grande porte e proprietários com atuação empresarial (ENGELAGE ET AL., 2015).
A produção tecnificada está distribuída em cerca de 3,1 mil granjas de produção e quase 15 mil granjas de engorda. A maior parte da produção (93,7%) está distribuída em cinco Estados: Santa Catarina (24,4%), Rio Grande do Sul (19,8%), Minas Gerais (15,9%), Paraná (15,4%) e Mato Grosso (8,2% do total). O Brasil é o quarto maior produtor de carne suína (ABPA, 2016). Essa expressiva produção e competitividade foi conquistada ao longo do tempo devido ao uso de alta tecnologia, que resultou no aumento do desempenho e eficiência e ao rigoroso status sanitário do rebanho, que confere alto grau de confiabilidade no cenário tanto nacional quanto internacional.
Segundo Miele e Waqui (2007), internamente se percebe baixo crescimento do mercado consumidor e problemas estruturais, observa-se a consolidação de grandes agroindústrias com presença internacional, o fortalecimento de um setor pecuário tecnificado e competitivo, o desenvolvimento econômico das regiões produtoras e a geração de emprego e renda entre os trabalhadores urbanos e os próprios suinocultores. Esse desempenho é resultado das estratégias empresariais e dos avanços tecnológicos e organizacionais incorporados ao longo das duas últimas décadas (MIELE, WAQUI, 2007).
A cadeia produtiva de suínos no Brasil caracteriza-se pela produção intensiva em unidades de confinamento. Esse modelo, além de consumir recursos naturais, gera muitos resíduos, que necessitam de adequado tratamento, percebe-se também, mudanças estruturais com aumento de escala, especialização e tecnificação, tendências relacionadas à crescente integração com a estrutura industrial de abate e processamento. (SILVAE ET AL., 2016; GOMES ET. AL, 2014, MIELE, WAQUI, 2007). Entre as principais empresas e cooperativas agroindustriais de abate e processamento, predomina o foco na marca e nos produtos processados para o mercado interno, enquanto para as exportações a atenção volta-se para o custo e o respeito às questões de segurança alimentar (sobretudo sanitárias e de resíduos nos alimentos) (MIELE, WAQUI, 2007).
Conforme evidenciado no quadro 1, as transformações organizacionais e tecnológicas iniciadas em 1960, com a introdução de sistema de confinamento, resultaram em importantes transformações produtivas na criação de suínos.
Quadro 1: Transformações organizacionais e tecnológicas na suinocultura brasileira
Década Transformações 1960 Início do confinamento de suínos
Primeiras importações de suíno tipo carne Início do Pig Book Brasileiro (livro de registro genealógico)
1970 Verticalização da produção (integração) Uso de concentrados protéicos e rações balanceadas. Farelo como principal fonte protéica
1980 Inseminação artificial Criação de suínos por sitio, por fases produtivas
1990 Preocupação com segurança alimentar Redução da gordura da carcaça via melhoramento/desenvolvimento genético Formulação de dietas por nutrientes digestíveis (e.g. proteina ideal) Visão de inter-relacionamento do meio ambiente com a produção Implantação de sistemas de biosseguridade sanitária nas granjas
2000 Uso de biotecnologia para melhoramento/desenvolvimento genético Início da preocupação do bem-estar animal relacionado à produção Rastreabilidade das proteínas de origem animal, conceito "do campo ao prato" Preocupação com produção agroecológica.
2010 Aplicação generalizada da transgenia em insumos de produção, melhoramento-desenvolvimento genético e medicamentos
Fonte: Vieira (2014).
Silva et al (2016), afirmam que o avanço das tecnologias voltadas para produção animal
busca obtenção de resultados econômicos. O uso de novas tecnologias proporcionou um expressivo aumento da competitividade nos últimos anos. Esse fato pode ser comprovado a partir de indicadores econômicos e sociais como participações de mercado, exportações, geração de empregos diretos e indiretos. Nessa atividade como em qualquer outra, um dos objetivos a serem atingidos, corresponde ao aumento da produtividade e redução dos custos de produção (COLONI, 2014).
De acordo com Fávero e Figueiredo (2009), uma das formas de aumentar a produtividade e reduzir custos é o investimento em melhoramento genético. Os programas de tipificação de carcaças, aliada a estabilização econômica do Brasil e a intensificação do processo de globalização da economia, revolucionou o mercado brasileiro de material genético de suínos, com uma definição clara da pirâmide de produção, constituída pelos rebanhos- núcleo, multiplicadores e comerciais.
Fávero e Figueiredo (2009) ressaltam que os genes de maior importância para a suinocultura são: o Gene halotano (conhecido como gene do estresse, está associado com carne pálida, flácida e exudativa); o Gene da carne ácida (associado ao baixo conteúdo de proteína na carne e a um pH último reduzido, causando perdas de até 5% no processamento de presunto cozido); Gene IMFA (associado a gordura intramuscular). Também existem outros genes e marcadores genéticos já identificados e patenteados, com efeitos favoráveis sobre o tamanho da leitegada, a qualidade final da carcaça e da carne, assim como para resistência a Escherichia coli, os quais são de conhecimento científico, porém não de domínio público (FÀVERO, FIGUEIREDO, 2009).
A qualidade da carne está associada a genética, nutrição, sanidade e ao bem-estar animal, tema que vem ganhando importância em todos os elos da cadeia e que deverá influenciar fortemente o sistema produtivo nas próximas décadas. Essa questão vem aumentando o interesse dos produtores, como forma de ampliar o mercado de exportação. A exigência em relação a essa
questão traz a necessidade de estabelecer critérios que avaliem o bem-estar dos suínos em seus sistemas de criação (CASTRO, 2017).
Nesse contexto, Dalla Costa e Dalla Costa (2015), afirmam que cresceu a preocupação junto ao mercado consumidor sobre as condições de produção dos animais A consciência e importância do bem-estar animal diferem entre países, assim como a legislação, regras e recomendações. Mesmo que os produtores não sejam monitorados pelo governo ou consumidores, eles devem adotar medidas que proporcionem bem-estar aos animais, uma vez que não é somente o animal perde com quando boas condições de bem-estar animal não são garantidas, mas também a rentabilidade de todos os elos da cadeia, que pode ser afetada com perdas diretas (lesões, fraturas, redução no ganho de peso e rendimento de carcaça, mortes e etc.) e indiretas (problemas de qualidade de carne, processamento e etc..).
Nesse aspecto, Segundo Dalla costa et al., A qualidade da carne suína engloba diferentes enfoques por parte das indústrias e dos consumidores. As indústrias utilizam como parâmetros a porcentagem de carne magra, rendimento de cortes, necessidade mínima de acabamento, aparência atrativa e alta estabilidade durante a estocagem a frio. Já os consumidores, além do aspecto nutricional, percebem como relevantes os aspectos sensoriais, os quais são responsáveis opção de aquisição do produto.
Um dos grandes gargalos na suinocultura brasileira é a questão da mão de obra especializada. Segundo a revista Suinocultura Industrial (2016) a mão de obra representa entre 10% a 15% do custo de produção, principalmente em granjas com sistema de produção de leitões. A mão de obra no Brasil sempre foi vista como sendo de baixo custo. Entretanto, esse cenário tem mudado na última década, devido a uma série de fatores como a escassez de trabalhadores dispostos a exercer atividades na suinocultura. Atualmente, o Brasil já apresenta um custo de mão-de-obra mais alto do que os Estados Unidos (SUINOCULTURA INDUSTRIAL, 2016). A escassez e o alto custo está fazendo com que os produtores invistam em equipamentos e instalações automatizadas visando otimizar a mão-de-obra.
A ocorrência de determinadas doenças na produção animal também é um fator que afeta a suinocultura. De acordo com Zanella et. al., (2016), algumas enfermidades, como a peste suína clássica e a febre aftosa, impactam duramente o mercado exportador; doenças endêmicas ou enzoóticas deterioram os índices produtivos e aumentam o custo de produção, com perda da competitividade; e doenças transmitidas por alimentos podem causar danos à saúde humana e prejudicar as relações comerciais. Para um controle sanitário mais efetivo é necessário evoluir nas técnicas de diagnóstico, na vigilância epidemiológica das enfermidades, na logística de movimentação de leitões, na correção de fatores de risco que favorecem o surgimento de doenças da produção e nas medidas de biosseguridade dos rebanhos. Zanella et. al. (2016) destacam ainda, que apesar da saúde do rebanho suíno nacional ser muito boa e que as medidas de controle utilizadas garantirem elevada produtividade, é necessário priorizar um sistema de diagnóstico rápido e eficiente, bem como o apoio à defesa sanitária.
A sustentabilidade da produção passou a ser amplamente discutida pela sociedade nas últimas décadas. Segundo Gomes et al (2014), a sustentabilidade está ligada, além do aspecto ambiental, aos aspectos econômico e social, envolvendo preocupações com a racionalização do uso da energia, o desenvolvimento de técnicas substitutivas de bens não renováveis ou o adequado manejo de resíduos.
A produção de suínos é uma atividade que gera um dos maiores volumes de dejetos por unidade de área ocupada, o que têm constituído um desafio para criadores, técnicos e pesquisadores (ALMEIDA, 2008). Dentre esses desafios, destaca-se o manejo e a utilização dos dejetos, os quais se enquadram no rol de grandes potenciais poluidores. Os suinocultores, cientes da degradação ambiental causada pelo lançamento de águas residuais nos recursos hídricos e diante da ação fiscalizadora, buscam soluções específicas para tratar, dispor ou aproveitar os
resíduos. Além disso, a observação das normas ambientais pela suinocultura tem consequências nos mercados nacional e internacional, podendo influenciar positiva ou negativamente barreiras comerciais (SOUZA ET AL, 2009; HERNANDES; SCHMIDT, 2010).
A produção sustentável na suinocultura tem sido uma preocupação constante, não apenas dos produtores, mas também dos órgãos governamentais. Segundo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA (BRASIL, 2016), há necessidade de se discutir soluções tecnológicas para o tratamento de dejetos da suinocultura, gestão racional da água e da ração (produzida com matérias-primas oriundas de uma agricultura baseada em recursos naturais).
De acordo com Kunz et.al., (2014), a escolha da tecnologia para o tratamento de dejetos, deve ser feita sob a ótica sistêmica, para que se adapte e escolha a tecnologia em função da necessidade específica. Todas as tecnologias apresentam vantagens e desvantagens que devem ser de conhecimento do usuário para facilitar a tomada de decisão sobre a melhor escolha. Os autores afirmam ainda que, o resíduo da produção é inerente ao processo e deve ser gerenciado de forma conjunta, e não fragmentada, para racionalizar tempo e custo na adoção de estratégias que repercutirão na qualidade e volume do resíduo gerado.
Os problemas ambientais associados aos dejetos emergem a partir da concentração de animais por área. A lógica inicial é a avaliação da disponibilidade de solo e sua capacidade de receber os efluentes, racionalizando-se os custos de produção. As estratégias de manejo ou tratamento devem estar de acordo com a necessidade de se adequar a legislação e a preservação do meio ambiente. O maior desafio atual, na opinião de Kunz et al., (2014), é compatibilizar os custos das tecnologias disponíveis com a capacidade de assimilação destes pela cadeia produtiva. Assim, a escolha dependerá da capacidade de investimento e limitações de cada tecnologia, pois não uma tecnologia que seja adaptável a todas as situações. Os autores ressaltam ainda a necessidade de mão de obra capacitada para operacionalizar o sistema e as tecnologias.
Devido ao elevado potencial poluente, diversas tecnologias já foram desenvolvidas e disponibilizadas, e novas tecnologias estão sendo criadas, no intuito de minimizar os efeitos nocivos da atividade ao meio ambiente. Algumas dessas tecnologias estão descritas, resumidamente, no quadro 2.
Quadro 2: Tecnologias de produção mais limpa e aproveitamento econômico dos resíduos da produção de suínos.
TECNOLOGIA OBJETIVO
ÁGUA
Bebedouros Diminuir o desperdício de água na dessedentação dos animais
Cisternas Captação da água da chuva para limpeza e dessentação
Hidrômetro Quantificar com precisão o consumo de água na granja
Bombas de alta pressão Diminuir o uso de água na limpeza das instalações
Sistema de captação de água da lagoa de dejetos
Utilizar água residual dos biodigestores para limpeza das canaletas de dejetos
RAÇÃO
Proteína Ideal Reduzir excreção de nitrogênio no ambiente e termoregulação da temperatura do animal
Enzimas Melhorar o desempenho animal e reduzir dejetos
Minerais orgânicos Promotores de crescimento
Ractopamina Melhorar a conversão alimentar e diminuir gordura na carcaça.
Imunocastração Melhorar a conversão alimentar e ganho de peso
Sistema de alimentação por fase Aumentar a eficiência do sistema alimentação, reduzindo desperdícios.
Sistema de alimentação de precisão
Reduzir a excreção de nitrogênio e fósforo e o custo da alimentação.
Sistema de alimentação eletrônica para fêmeas gestantes em grupo
Fornecer a quantidade precisa de ração para cada matriz, evitando o desperdício
Restrição Alimentar Possibilitar menor excreção diária de fósforo e nitrogênio e aumentar a eficiência alimentar
DEJETOS
Compostagem de dejetos Utilizar os dejetos como fertilizantes orgânicos
Cama Sobreposta Reduzir as emissões de amônia e odores, bem-estar animal e reduzir o impacto ambiental e os custos com instalações e manejo de dejetos
Separação dos Dejetos (Fases) Separar a fração líquida e sólidas dos dejetos para transformar em um composto orgânico
Decantação Remover o material sólido dos dejetos dos dejetos líquidos para remoção de metais pesados, fósforo orgânico e nitrogênio orgânico
Peneiras Separar o dejeto com economia de mão-de-obra, produzindo um substrato semiúmidos e reduzir os custos de tratamento da fase líquida
Biodigestão dos Dejetos Suínos Geração e utilização de biogás em unidades de produção de suínos
Uso do Biofertilizante Reestabelecer do teor de húmus no solo, melhorar suas propriedades químicas, físicas e biológicas
Aproveitamento de Carcaças - compostagem
Reduzir risco de permanência e proliferação de patógenos e do impacto do acúmulo de material ambientalmente significativo
Extração de Nutrientes* Remover o fósforo existente nos dejetos
Sistrates (Sistema de Tratamento de Efluentes da Suinocultura) **
Reduzir emissão de GEE, reuso da água ou lançamento em rios, produzir biogás para geração de energia elétrica e calor, e a recuperação de fósforo para uso como fertilizante
Fertilizantes Organominerais Balanceados**
Produzir fertilizantes organominerais balanceados para uso em culturas como soja, milho e café
Transformação de Dejetos em Adubo em 24 horas*
Transformar os dejetos em adubo orgânico em 24 horas por meio da evaporação com a inclusão de enzimas
Microalgas** Utilizar microalgas para tratamento dos dejetos suínos e no aumento da geração de biogás
Extrato de Yucca (aditivo) * Reduzir o odor das fezes
Reatores de Mistura Contínua** Utilizar os dejetos para fabricação de biogás * Tecnologia em desenvolvimento ** Tecnologia em desenvolvimento pela Embrapa
Fonte: Adaptado de: BRASIL (2016)
De acordo com BRASIL (2016), a grande concentração de suínos em pequenas áreas se constitui em um grande desafio para a sociedade, pois há necessidade de assegurar a demanda de produção de proteína animal sem agredir o meio ambiente. Por isso, cada país ou região deve identificar os problemas decorrentes da atividade e optar pelas soluções mais adequadas a serem implantadas. A produção sustentável de suínos exige mudanças nos sistemas tradicionais de produção animal, como a substituição dos combustíveis fósseis por energia térmica, elétrica e mecânica advinda do biogás, o uso racional da água e da ração, o tratamento dos dejetos para mitigar emissão de gases de efeito estufa e o uso adequado agronômico dos biofertilizantes oriundos da produção de suínos (BRASIL, 2016).
IV. Contexto no mercado de inovações (negócios)
A produção de suínos é definida por Santana et al (2008), como sendo a parte que envolve a criação dos suínos (granjas), a transferência, as atividades de corte, de armazenamento e transporte e, finalmente, de consumo e as atividades de venda de carne in natura e de embutidos. Mota (2013) ressalta que a cadeia produtiva de suínos envolve a indústria de ração; a produção de milho e de soja; a indústria de saúde animal; os agentes encarregados do material genético;
fabricantes de equipamentos; consultoria e assistência técnica e os demais serviços decorrentes desses agentes.
A importância socioeconômica da cadeia produtiva de suínos para o país é indiscutível. Segundo dados do SEBRAE/ABCS (2016a), a suinocultura brasileira gera 126 mil empregos diretos e mais de 900 mil indiretos. O plantel de reprodutores é da ordem de 1.720.255 matrizes. Em 2015, foram abatidos 39.263.964 suínos, o que fez com que o Produto Interno Bruto (PIB) da suinocultura chegasse a R$ 62,576 bilhões. De acordo com o sistema de produção, a suinocultura independente representa 38% da atividade, cooperativas 23% e integração 39% (SEBRAE/ABCS, 2016a).
Do montante movimentado anualmente pela suinocultura, a maior parte se dá no processamento da proteína e na comercialização. Estudo do SEBRAE/ABCS (2016a), estimou um faturamento do segmento “depois da granja” em torno de R$ 117,7 bilhões em 2015, quase 80% do total e uma arrecadação de impostos, incluindo todos os elos da cadeia na ordem de R$ 19,2 bilhões (quadro 3).
Quadro 3 – Estimativa da movimentação financeira da cadeia produtiva de suínos brasileira em 2015 DIMENSÃO PRODUTIVA MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA
R$ (em Bilhões) US$ (em Bilhões) Participação (%) AGENTES FACILITADORES 1,831 0,548 1,22 DEPOIS DAS GRANJAS 117,762 35,276 78,58 NAS GRANJAS 16,118 4,828 10,76 ANTES DAS GRANJAS 14,155 4,240 9,44 TOTAL 149,868 44,893 100% Fonte: SEBRAE/ABCS, 2016a.
As exportações do setor (considerando os produtos in natura e processados) totalizaram
732,9 mil toneladas em 2016. Com o forte desempenho dos embarques, a receita acumulada nos doze meses de 2016 alcançou US$ 1,483 bilhão, saldo 16% maior em relação ao obtido no ano anterior, de US$ 1,279 bilhão.
Em relação ao consumo, houve um forte aumento nas últimas décadas. A maior parte teve origem nos países em desenvolvimento, onde o consumo aumento em mais de 80% entre os anos de 1995 e 2015. De Acordo com o relatório do Sebrae/Abcs (2016a), sob uma perspectiva global, há um potencial crescimento futuro no consumo, principalmente no continente asiático, alavancado pelo poder aquisitivo da população. Prevê-se um consumo de carne suína de 35,5 kg/per capita até 2024.
O relatório aponta ainda que os países e regiões vencedoras na oferta de carne suína para a crescente demanda serão aqueles que tiverem e manejarem os recursos necessários para produzir, tanto naturais (solo, água, clima) como inerentes a atividade humana (mão de obra, especialização), a preços competitivos. Tecnologia, pesquisa e desenvolvimento que solucionem problemas de produtividades, contínuo aprimoramento e capacidade de coordenação da cadeia produtiva reduzindo custos de transação e promovendo ações conjuntas para desenvolvimento setorial, também são importantes para competividade da cadeia (SEBRAE/ABCS, 2016a).Estes são os recursos que precisam ser trabalhados para maior competitividade do agronegócio e da suinocultura, via Governo e cadeias produtivas integradas, para aumentar a capacidade de geração de renda no Brasil.
Em termos de desafios para o setor, a Confederação Nacional da Agricultura- CNA (2016), ressalta que os novos marcos legais dos contratos de integração (Lei nr, 13.288/16), sistema de manejo com foco no bem-estar animal e produção sustentável de suínos terão maior protagonismo no setor. Os reflexos dessa lei serão sentidos pelos produtores (principalmente
integrados), a partir da necessidade de adequação as novas regras e pelos atores institucionais que devem formular fóruns e instrumentos para viabiliza-la.
A CNA (2016) chama atenção para o bem-estar animal, uma vez que cresce o número de grandes empresas alimentícias - como MacDonalds e Burguer King – que vem anunciando apenas a aquisição de suínos criados em sistema de produção e baias coletivas. Nessa mesma linha a União Européia, grande formadora de tendências mundiais, vem negociando a inclusão do bem-estar em seus acordos comerciais. Este tema se torna cada dia mais abrangente, aumentando a pressão para que o setor adote as medidas. A produção com baixa emissão de carbono também será amplamente exigida nos próximos anos. Maior clareza sobre tecnologias que auxiliam esse sistema de produção auxiliarão os produtores sobre a escolha das melhores tecnologias.
V. Oportunidades e desafios para o avanço científico, tecnológico e de inovação
A suinocultura, como um dos pilares centrais para a sustentabilidade da produção rural brasileira, vem apresentando avanços significativos na sua gestão. Com o desenvolvimento tecnológico e o aumento da conscientização do consumidor final, a antiga imagem ligada ao setor há muito ficou para trás, dando lugar a um mercado dinâmico que trata cada detalhe da cadeia produtiva com responsabilidade e cuidado (SEBRAE, 2016).
Segundo Zanella (2016), a sustentabilidade da cadeia produtiva de suínos deve considerar as características intrínsecas da cadeia: por um lado, a organização da cadeia, granjas altamente tecnificadas, pequenos produtores familiares e o sistema de integração coordenado pelas agroindústrias. Por outro lado, com a grande inserção brasileira no mercado internacional, a geração de tecnologias e conhecimentos é uma condição necessária para a manutenção e melhoria da eficiência produtiva, do status sanitário e da segurança dos produtos em termos de contaminantes químicos e microbiológicos.
Demandas e tendências que se apresentam para a cadeia, tornam-se as principais oportunidade e desafios em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na cadeia produtiva de suínos. Essas demandas estão voltadas, principalmente, para as áreas de bem-estar animal, automação, nutrição e meio ambiente. O quadro 4 apresenta as principais demandas/tendências e as oportunidades e desafios em PD&I voltadas para a cadeia produtiva de suínos.
Quadro 4: Demandas/tendências e oportunidades e desafios em PD&I direcionadas à cadeia produtiva de suínos. Área Demandas/Tendências Oportunidades e Desafios em PD&I
San
idad
e
Alimentos seguros - Melhorias na biosseguridade no processo de produção.
Redução/retirada de antibióticos na produção
- Processos para a redução/eliminação do uso preventivo de antimicrobianos como promotores de crescimento - Alternativas para os antimicrobianos
Manutenção do status sanitário do rebanho
- Uso de vacinas polivalentes e de uso massal - Kits de diagnóstico rápido polivalentes para doenças de rebanho - Ferramentas moleculares para melhor definição de estratégias de controle de enfermidades
Me
rcad
o
Nichos específicos de mercado
- Desenvolver produtos diferenciados (orgânicos) - Identificar tendências de diversificação no mercado consumidor (carnes gourmet, marmorizadas, cortes)
Nu
tri
ção
- Uso de enzimas para melhorar digestibilidade.
- Uso de moduladores intestinais (probióticos e prebióticos)
Aumento da produção
- Nutrigenômica para expressar o potencial de ação das substâncias
biologicamente ativas nos alimentos e seus efeitos sobre a saúde dos
animais
- Uso de alimentação líquida
- Estratégias para redução do déficit e melhoria da eficiência de uso de
matérias primas
Redução de doenças - Manipulação do microbioma intestinal
Man
ejo
e a
mb
iên
cia
Bem-estar animal
- Novos métodos não invasivos para colheita de materiais para diagnóstico - Novos sistemas de atordoamento de suínos - Sistemas de eutanásia nas granjas - Melhorias nos sistemas de alojamento de matrizes, com automação dos sistemas de produção em todas as fases da produção - Técnicas de produção de suínos sem dor (castração, desgaste dos dentes, corte da cauda) - Sistemas de bem-estar animal e dos manejadores
Automação
- Sistemas de distribuição de ração - Sensoriamento remoto - Monitoramento da produção - Uso da informática, sensoriamento remoto e da tecnologia da informação para a automação de equipamentos, práticas e processos gestão ambiental
Manejo
- Dimensionamento dos sistemas de produção - Qualificar e treinar a mão de obra nas granjas
Ge
né
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nô
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Melhoramento genético
- Melhoria genética para redução da gordura, melhoria da eficiência alimentar, do desempenho e da qualidade da carcaça - Identificar genes relacionados a resistência de doenças - Novas ferramentas de genômica (chips) - Uso da genômica na seleção de animais com marcadores genéticos de resistência a doenças
Produtos diferenciados - Produção de suínos sem odor - Seleção genômica para os genes envolvidos na qualidade da carne, características reprodutivas
Re
pro
du
ção
Reprodução
- Técnicas de Inseminação Artificial de Tempo Fixo (IATF) - Técnicas de mensuração seminal - Nutrição de reprodutores para e melhorar qualidade do sêmen - Técnicas para melhor aproveitamento de animais com alto potencial de reprodução
Me
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mb
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te
Gestão ambiental
- Tecnologias para uso e gestão da água - Tecnologias para mitigar emissão de gases de efeito estufa e amônia - Técnicas de tratamento de efluentes e no uso agrícola de biofertilizantes - Tecnologias para tratamento e reciclagem dos resíduos (dejetos, camas, carcaças, resíduos de frigorífico) - Técnicas de integração com outros sistemas de produção para aproveitamento dos resíduos da produção - Tecnologias para destinação de animais mortos - Integração de metodologias de gestão territorial (SIG, modelagem, PSA)
Po
lític
as
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blic
as
Leis e normativas - Implantar ou dar continuidade aos programas oficiais para erradicação e monitoria das doenças economicamente relevantes ou zoonóticas.
Fonte: Adaptado de: Embrapa Suínos e Aves – Central de Inteligência de Suínos e Aves (2017); Zanella, (2016).
VI. Potenciais implicações para os eixos de impacto (VI PDE)
Eixo de Impacto do VI PDE Potenciais Implicações
Avanços na busca da sustentabilidade
Desenvolver novas tecnologias que promovam a redução de perdas e aumentam a produtividade com o mínimo possível de impacto ambiental.
Inserção estratégica e
competitiva na bioeconomia
Manter a competitividade, adaptando-se às exigências do consumidor e às legislações vigentes, com objetivo de fidelizar clientes e conquistar novos mercados. Promover estratégias e ações para a produção com menor custo, levando em conta bem-estar, ambiência, nutrição, novas tecnologias, genética, manutenção e aprimoramento do status sanitário dos plantéis, melhoria da qualidade do produto final e segurança alimentar, gestão da informação para tomada de decisões estratégicas em tempo real.
Contribuições a políticas
públicas
Desenvolver ações que permitam detectar, avaliar e mitigar riscos ambientais e biológicos para contestar barreiras técnicas e subsidiar a formulação de políticas públicas.
Inserção produtiva e redução
da pobreza
Desenvolver estratégias que permitam a melhoria do sistema produtivo de pequenos produtores para que possam atender os princípios de biosseguridade previstos na legislação, com qualidade, sem oferecer riscos à cadeia produtiva, com sustentabilidade, podendo atender a demandas diferenciadas e nichos específicos de mercado, aumentando o valor agregado de seus produtos.
Posicionamento na fronteira do
conhecimento
Desenvolver, aprimorar e incorporar metodologias baseadas em tecnologias de manipulação gênica e transgenia, imunologia, biologia celular e molecular, biologia sintética, microbiologia, epidemiologia, metagenômica, bioinformática, farmacocinética, farmacodinâmica e informática e gestão da informação para desenvolvimento de insumos biotecnológicos de nova geração, novas terapias e tomada de decisão frente a oportunidades e riscos futuros.
VII. Referências
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