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(I offshore Planejar.dá conflabüldade na execução de movimentação de cargas, AS ATIVIDADES DO SEGMENTO REQUEREM QUALIFICAÇÃO NAS OPERAÇÕES DOS DIVERSOS TIPOS DE GUINDASTES POR EMíUA SOBRAL I [email protected] FOTOS DIVULGAÇÃO Entre cinco e 150 toneladas com alcance entre seis e 65 metros são iça- das pelos guindastes montados sobre pedestal nas atividades de transporte e movimentação de cargas offshore. A atividade de extração de bens mi- nerais em aguas profundas, como é o caso do petróleo, especialmente o da camada do pré-sal que fica a cerca de 300 km da costa brasileira é, se- gundo o grau de risco da classifica- ção nacional de atividade econômica (CNAE) e grau de risco de acidente do trabalho associado, quatro. Maior grau da tabela do CNAE. Assim, o setor de movimentação de cargas que opera no segmento convive com riscos elevados e, para tal, deve fazer uma eficiente gestão de saúde e se- gurança de trabalho aos seus empre- gados. Segundo Leonardo Roncetti, engenheiro civil e especialista da TechCon Engenharia, os principais equipamentos usados na atividade são os guindastes do tipo lança tre- liçada, lança caixa e lança articulada ~ Guindaste offshore em operação 54 • cipa caderno informativo de prevenção de acidentes • www.cipanet.com.br

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(I offshore

Planejar.dá conflabüldadena execução demovimentação de cargas,AS ATIVIDADES DO SEGMENTO REQUEREM QUALIFICAÇÃONAS OPERAÇÕES DOS DIVERSOS TIPOS DE GUINDASTES

POR EMíUA SOBRAL I [email protected]

FOTOS DIVULGAÇÃO

Entre cinco e 150 toneladas comalcance entre seis e 65 metros são iça-das pelos guindastes montados sobrepedestal nas atividades de transportee movimentação de cargas offshore.A atividade de extração de bens mi-nerais em aguas profundas, como é ocaso do petróleo, especialmente o dacamada do pré-sal que fica a cercade 300 km da costa brasileira é, se-gundo o grau de risco da classifica-ção nacional de atividade econômica(CNAE) e grau de risco de acidente

do trabalho associado, quatro. Maiorgrau da tabela do CNAE. Assim, osetor de movimentação de cargasque opera no segmento convive comriscos elevados e, para tal, deve fazeruma eficiente gestão de saúde e se-gurança de trabalho aos seus empre-gados. Segundo Leonardo Roncetti,engenheiro civil e especialista daTechCon Engenharia, os principaisequipamentos usados na atividadesão os guindastes do tipo lança tre-liçada, lança caixa e lança articulada ~

Guindaste offshore em operação

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("knuckle boom"), projetados, fabri-cados e operados conforme as nor-mas da API (API Spec. 2C, API RP2D) e CEN (EM 13851-1).

Segundo Roncetti, os principaisriscos nas atividades de transportee movimentação de cargas offshoresão colisão da carga com pessoas,com o barco de apoio, com o guin-daste ou outros obstáculos; embara-ço no barco de apoio da carga a seriçada, que pode provocar o colapsodo guindaste; deslocamento da car-ga no convés da plataforma ou dobarco de apoio; maior dificuldadede prestação de socorro em caso deacidente; e maior dificuldade de re-cuperação da carga acidentada.

"Com as plataformas cada vezmais distantes da costa, a logísticavem se tornando cada vez mais de-safiadora. Para transporte de pes-

Leonardo Roncetti, enge·nheiro civil e especialistaem estruturas metálicasda TechCon Engenharia

soal, utiliza-se preferencialmenteo helicóptero devido à rapidez esegurança, podendo-se utilizar tam-bém lanchas rápidas ou os própriosbarcos de apoio", explica. O traba-lho de atendimento e apoio entre ocontinente e as plataformas ocorre,conforme planejamento prévio, emfunção das necessidades das plata-

formas. "Utiliza-se ferramentas depesquisa operacional para a melho-ria das viagens", afirma. :

PLANEJAMENTO ESSENCIAL

O engenheiro salienta que, porser um trabalho operacional tãocomplexo em águas profundas,o 'Planejamento das operações deiçamento é fundamental para a re-dução do risco de acidentes. "Todaoperação deve ser planejada, sejarotineira ou não. No caso das ope-rações rotineiras, utiliza-se um pla-no de rigging (armação) genérico e,no caso das operações não-rotinei-ras, um plano de rigging, desenvol-vido para cada situação específica",explica. É fundamental tambémgarantir que o içamento seja feito ~

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engenharia

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cip offshore

conforme planejado, pela supervi-são de rigging. Ainda há necessida-de de realizar a adequada inspeçãonos equipamentos e acessórios queserão utilizados, garantindo que es-tejam em condições de uso e sejamconforme especificado no planeja-mento. "É também indispensávelque a mão de obra seja capacitadaespecificamente para o içamentooffshore, uma vez que há muitas di-ferenças em relação ao içamento emterra onshore", afirma, acrescentan-

do: "Os içamentos offshore, via deregra, são mais complexos que osiçamentos onshore devido aos fato-res ambientais, restrições de espa-ço, visibilidade, restrição de equi-pamentos, entre outros fatores. Aoperação offshore, portanto, é bemdiferente da operação onshore, exi-gindo alta capacitação dos envolvi-dos e planejamento irrestrito", afir-ma. Ele explica que os coeficientesde segurança para as duas situaçõesvariam bastante, sendo necessário

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o conhecimento profundo do temapara realizar as atividades.

Os riscos ambientais :(como oswell e eólica) que atuam sobre otrabalho de movimentação de carganas atividades offshore são as ondasou mar local, ondas formadas pelaação local do vento; ondulações oumarulhos, ondas formadas por tem-pestades em regiões afastadas cen-tenas ou milhares de quilômetros daplataforma e que se propagam até alocação da mesma; vento; corrente;e visibilidade. Para fazer o controle,os técnicos de operação adotam a ta-bela de carga correspondente à alturasignificativa de onda (Hs). No casodo vento, deve-se determinar a velo-cidade máxima do vento permitidapara guindaste em função da área dacarga exposta ao vento. "O monito-ramento das condições ambientais é

,feito por meio de equipamentos demedição, que podem ser radares ouboias especiais para ondas e anemô-metros para o vento. Antes de cadaoperação, são verificados os valoresatuais e os previstos para as próxi-mas horas, para atestar se estão den-tro dos valores previstos no planeja-mento", explica.

Hoje, nas atividades de apoio, háuma grande variedade de embarca-ções, com geometria e equipamentosdiferentes. Podem ser classificadasquanto ao sistema de propulsão,sendo as mais modernas dotadas deposicionamento dinâmico (dynamicpositioning ou DP). São classifi-cados também quanto à utilização,como barcos de apoio (em inglêsplatform supply vessel ou PSV); na-vios rebocadores de apoio e manu-seio de âncoras (AHTS); navios decombate derramamento de óleo (oilspill recovery vessel, ou OSRV) en-tre outros. Cargas de pequeno volu- ~

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cip offs hore

me e peso podem ser transportadasvia helicóptero.

O engenheiro explica que aestrutura da equipe envolvida noiçamento pode variar em funçãoe número. Porém, a estrutura mí-nima é a seguinte: rigger, profis-sional habilitado em engenhariae capacitado em içamento de car-gas, responsável pela elaboraçãodo planejamento dos içamentos(plano de rigging); supervisor derigging, profissional capacitado,responsável por garantir a corretaexecução da operação, conformeo planejamento; sinaleiro/amarra-dor, profissional que fará a sina-lização ou manuseio das lingas nacarga. Também é responsável pelainspeção visual das lingas e aces-sórios de movimentação. A NBR13541-2 unificou a função de si-

naleiro e amarrador, resultando emum único profissional; e operadorde guindaste, profissional 'capaci-tado, responsável pela operação doguindaste, conforme instruções dosupervisor e sinaleiro.

Segundo ele, o setor de movi-mentação de carga offshore não con-ta com equipamentos de proteçãocoletivos específicos, porém, cadavez mais os guindastes estão sendoequipados com dispositivos automá-ticos e manuais de segurança contrasobrecarga. Na Europa, estes dispo-sitivos são obrigatórios, aumentan-do a segurança coletiva da operação.Há também uma série de exigênciaspara guindastes que forem realizariçamento de pessoas.

Quanto aos equipamentos deproteção individual, esses são ba-sicamente os mesmos utilizados

nas operações onshore, sendo degrande importância a vara de ma-nobra, que auxilia no controle dacarga, tanto empurrando-a comopuxando-a.

Roncetti alerta que, atualmente,a legislação e normalização para asoperações de içamento offshore es-tão abaixo das necessidades. A NR34, o mais recente documento so-bre o assunto, aborda o içamento deforma superficial e insuficiente. Umesforço considerável está sendo feitopela ABNT, pelo CB-50 (estruturasoffshore), para atualizar as normastécnicas sobre içamento, podendo-secitar a NBR 13541 parte 1 e 2, alémda NBR 11900. Recorre-se tambémàs normas internacionais como a ISO19901-6, manuais técnicos de entida-des como a IMCA e procedimentosinternos das empresas. •

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