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NATAL, um gesto de AMOR Provocar nos olhos de alguém a luz de um sorriso... é um gesto de amor. Despertar em lábios emudecidos uma palavra de fé... é um gesto de amor. Iluminar os corações com a chama da esperança... é um gesto de amor. Curar uma ferida com o bálsamo de uma palavra amiga... é um gesto de amor. Saber ouvir um coração que sofre... é um gesto de amor. Silenciar, quando a palavra pode ferir o outro... é um gesto de amor. Fazer o Natal acontecer, cada dia, em nosso coração e na vida dos que nos rodeiam... é um gesto de amor. Um Deus tornar-se criança para salvar os homens... É O GESTO SUPREMO DO AMOR. AMIGO: olhe para a gruta de Belém. Veja, com os olhos da fé, a grandeza do mistério que o Natal encerra. Demo-nos as mãos para agradecermos juntos, e... FELIZ NATAL !

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NATAL, um gesto de AMOR

Provocar nos olhos de alguém a luz de um sorriso...é um gesto de amor.

Despertar em lábios emudecidos uma palavra de fé...é um gesto de amor.

Iluminar os corações com a chama da esperança...é um gesto de amor.

Curar uma ferida com o bálsamo de uma palavra amiga...é um gesto de amor.

Saber ouvir um coração que sofre...é um gesto de amor.

Silenciar, quando a palavra pode ferir o outro...é um gesto de amor.

Fazer o Natal acontecer, cada dia, em nosso coração e na vida dos que nos rodeiam...

é um gesto de amor.Um Deus tornar-se criança para salvar os homens...

É O GESTO SUPREMO DO AMOR.

AMIGO: olhe para a gruta de Belém. Veja, com os olhos da fé, a grandeza do mistério que o Natal encerra.

Demo-nos as mãos para agradecermos juntos, e...

FELIZ NATAL !

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O ELO EditorialUNINDO PELA INFORMAÇÃO

Informativo do SINPAITPublicação Mensal – Distribuição Gratuita

DIRETOR RESPONSÁVELJesus José Bales

AssistenteLuci Helena Lipel

ReportagensJornalista Responsável

Dalísio Domingues dos Santos - MTB. 7.765

DIRETORIA EXECUTIVAPRESIDENTE

Jesus José BalesVice de Política de Classe

Luci Helena Lipel - José Vieira Rocha Junior1º Vice de Administração

Solange Aparecida de Andrade - Hilda Engler Raggio Bergamasco2º Vice de Administração

Erasmo Torres Ramos - Maria Luiza F. de Almeida Vilar Feitosa3º Vice de Administração

Vera Galvão Moraes - Maria Nilza Bueno da Silveira1º Vice de Planejamento

Mário Kaminski - Nilsa Maria Leis Di Ciero2º Vice de Planejamento

Armando Barizan - Yllen Fábio Blanes de Araújo3º Vice de Planejamento

Renato Miranda de Moraes Carvalho - Antonio Fojo da CostaVice de Normatização

Regina Candellero Castilho Nami HaddadSandra Morais de Brito Costa

Vice de ComunicaçãoDalísio Domingues dos Santos - Ivete Cassiani Furegatti

Vice de CulturaMarco Antonio Melchior - José Maria Coutinho

Vice Parlamentares Edir José Vernaschi

Vice Relações Públicas Suzana Lacerda Abreu de S. Lage

Maria Aparecida Almeida Dias de SouzaVice Inspeção

Ruy Antonio de Arruda Pereira - Rubens Chiapeta AlvaresVice Medicina

Geraldo da Silva Pereira - Ettore Paulo PinottiVice Segurança

José Antonio Mesquita de Oliveira - Newton Carlos PerisVice Aposentados

Adriano Salles Toledo de CarvalhoMaria Marly do Nascimento Jungers

Vice Sindicais Cyro Fessel Fazzio - Erlon Martinho Pontes

Vice Sociais Darcy Rizzo Hungueria - Jane Claudete da Cunha Duarte

Vice Interior Eduardo Caldas Rebouças - Décio Francisco Gonçalves da Rocha

Vice Internacional Nelson Alves Gomes - Luiz Carlos do Prado

CONSELHO FISCALTITULARES

Bruno Clemente Domingos, Emilia de Castro Paiva, Felix Suriano Domingues Neto,

Rubens de Souza Brittes, Wilson Antonio BernardiSUPLENTES

Ana Maria Fornos Rodriguez, Antonio Picinini, Enio Celso Salgado, Rivaldo Ribeiro da Costa, Tadashi Abe

SINPAITSindicato Paulista dos Auditores Fiscais do Trabalho

Fundado em 19/05/1953R. Avanhandava, 133 – 4º andar – cjs. 41/42

Centro – São Paulo/SP – CEP: 01306-001Tels: (11) 3214-0750 / 3255-9516 / 3257-5267

Fax: (11) 3258-5868www.sinpait.com.br / e-mail: [email protected]

Reprodução: As matérias publicadas só poderãoser reproduzidas com autorização expressa do SINPAIT,

sujeitando, os infratores, às penalidades legais.Responsabilidades: As matérias assinadas são de

inteira responsabilidade de seus autores, não refletindo,necessariamente, a opinião do SINPAIT.

Editoração, Criação e Impressão:Graphcollor Gráfica e Editora Ltda

(11) 3159-1485 / [email protected]

Tiragem: 4.000

ISSN 1983-263X

Trinta anos “Unindo pela Informação”

Criada em setembro de 1980, como Boletim Informativo da antiga AAFITESP - em 1996 ela tornou-se, de modo defini-tivo, O ELO - esta revista mensal, feita e mantida pelos Auditores Fiscais do Tra-balho do Estado de São Paulo, porta-voz do SINPAIT, tem, como objetivo primeiro, aproximar os colegas, fortalecer a vigo-rosa família dos AFTs, motivo pelo qual seu lema é “unindo pela informação”.

Ao chegar aos 30 anos de vida, tal-vez o grande mérito desta publicação seja manter sua periodicidade, sua li-nha editorial independente e sua forma descontraída de se relacionar com os leitores, eis que não tem qualquer preo-cupação com posicionamentos polêmi-cos, a não ser quando está em questão a defesa da categoria e da Inspeção do Trabalho. E quando se fala de publicação independente é necessário ressaltar a importância da liberdade de expressão, um dos pilares do estado democrático de Direito. Graças a Deus, o Brasil man-tém-se firme, como país livre, sobera-no, garantindo os direitos individuais de seus cidadãos e cidadãs, mostrando-se ao mundo, depois de alguns períodos mais sombrios, como uma democracia sólida, plena, uma conquista irreversível do povo brasileiro.

O que hoje diferencia o Brasil de outros países, de economia igualmente próspera, é que a prosperidade brasilei-ra se faz dentro de ambiente de plena liberdade, o que não se pode dizer, por exemplo, da China, um país politicamen-te fechado, ou mesmo da Índia, onde grandes regiões do país são dominadas por castas, que segregam os chamados “inferiores”, e barram a participação ple-na do povo na atividade política.

Pequenino, no universo das gran-des publicações, O ELO tem consciên-cia de seu papel imparcial e se coloca ao lado de todos que prezam, e cultu-am os valores nobres da democracia.

Hoje as edições do ELO são o re-gistro da própria história do Ministério do Trabalho e Emprego e da Auditoria Fiscal do Trabalho brasileira, ao longo destas últimas três décadas. Isso foi bem lembrado pelo colega Fahid Tahan Sab, ex-presidente da Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho de Minas Gerais e do SINAIT, em bonita carta que enviou à nossa redação e publicada na edição passada.

Aquele Boletim Informativo pionei-ro, de 1980, feito com muito carinho por três colegas idealistas – Milton Fer-reira, Luci Helena Lipel e Jesus José

Bales – redigido em máquina de es-crever portátil, com textos depois leva-dos ao mimeógrafo, para extração das cópias, era aguardado com ansiedade e satisfação pelos colegas. E foi justa-mente essa iniciativa, marcada pela se-riedade, pelo despojamento, que deu forças à pequena publicação artesanal, que evoluiu para revista mensal, de boa apresentação gráfica, e bom con-teúdo editorial. As colegas, os rapazes, todos AFTs associados da antiga AAFI-TESP, entenderam a importância deste projeto de comunicação e ofereceram amplo amparo, grande estímulo, toda ajuda material, para mantê-lo vivo.

A redação decepciona-se, às vezes, com a falta de colaboração informativa por parte dos colegas AFTs. Quantas vezes eles não realizam trabalhos de extraordinária importância, não enfrentam dificuldades, riscos, na ação de campo, não produzem resultados de grande importância para a classe trabalhadora e para a Inspeção do Trabalho, tornando nossa instituição motivo de orgulho para nosso país. Mas isso tudo fica no anonimato, porque a informação não chega à redação.

O ELO não tem um corpo profissio-nal movimentando sua redação. A pouca ajuda é fornecida de modo espontâneo, por colegas que também estão na rua, na atividade externa de fiscalização. Po-rém a dedicação, o idealismo, o respeito aos colegas, formam o sentimento que sustenta O ELO e o mantém em pé, resis-tindo bravamente nas adversidades.

Se, com o passar dos anos, a revista ampliou seu olhar para outras regiões, foi para fortalecer o diálogo, a amizade, sem qualquer outro objetivo, senão a aproxi-mação dos AFTs, a troca de informações, de opiniões. E, da mesma forma, passou a dedicar atenção especial aos colegas AFTs aposentados, com ampla divulgação de seus pleitos, de seus movimentos, de sua luta, a começar pela necessária derrubada do desconto previdenciário, feito mensal-mente pelo Governo. Um dos aspectos dolorosos, do Brasil de hoje, é, efetiva-mente, o pouco caso com que se trata o aposentado.

Ao chegar aos trinta anos, o ELO é exemplo de projeto bem sucedido, mas, ao mesmo tempo, espera que as novas gerações de Auditores Fiscais do Trabalho, de São Paulo, tragam sua participação, por-que esta publicação é bem aceita por todos e precisa continuar sua existência, sendo, sempre, “o elo” a unir os Auditores Fiscais do Trabalho, pela informação.

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O ELO

ENAFIT em Fortaleza

A questão da organização sindical dos auditores fiscais do trabalho, no Brasil, foi o tema principal, e mais polêmico, no 28º Encontro Nacional, em

Fortaleza, em novembro último.Os colegas do Rio Grande do Sul, que recentemente trans-

formaram a antiga associação - AGITRA, em sindicato, com seu presidente, Renato Futuro, à frente, lideram, juntamente com os colegas de São Paulo (SINPAIT), um movimento para a criação de uma federação nacional, reunindo os sindicatos estaduais, enquanto a atual diretoria do SINAIT defende a ma-nutenção do sindicato nacional, que continuaria como enti-dade única, de representação dos AFTs, criando-se delegacias sindicais nos estados, e sendo feita a regressão dos atuais sin-dicatos (ao todo são 07), à condição de associação.

Nos acalorados debates ocorridos no fi nal da tarde do dia 11 de novembro, e com baixa presença de AFTs no plenário, apro-vou-se um indicativo pela rejeição da federação e continuação do sindicato nacional, mas a questão permanece em aberto.

Outro tema da maior importância, que motivou debates vigorosos, na plenária vespertina do dia 10 de novembro, foi o anteprojeto da LOF - Lei Orgânica do Fisco. A diretoria do SINAIT promoveu discussão prévia, com reuniões nos Estados, e o projeto preliminar está pronto.

A presidente Rosangela Rassy informou que brevemente

ele será entregue ao Ministro do Trabalho. Essa lei estrutura-rá a carreira de Auditor Fiscal, consolidando, no aspecto legal, toda sua forma de atuação. Pela grandeza, e importância do tema, esperava-se presença maior de AFTs, em plenário, ain-da que a minoria presente tenha mostrado boa participação e real interesse em discutir os rumos futuros da categoria.

Outro tema, já antigo e muito polêmico, gerou intensos debates: a especialização, na auditoria fiscal do trabalho, nas áreas de saúde e segurança. Médicos e engenheiros es-tão se aposentando, o quadro técnico está minguando, e os recentes concursos, abertos a todos diplomados de nível superior, não contemplam vagas específicas para saúde e segurança. A atual diretoria do SINAIT, pela palavra da pre-sidente, Rosangela Rassy posicionou-se favorável à especia-lização, mas essa questão tem aspectos controversos e toca, diretamente, o próprio futuro da Inspeção do Trabalho, em nosso país, enquanto instituição.

Cerimônia de abertura

Uma bonita festa solene, seguida de jantar dançante, no La Maison Buff et, na av. Eng. Luiz Vieira, bairro de Dunas, em Fortaleza, na noite do dia 07 de novembro último, marcou o início do 28º ENAFIT, o Encontro Nacional dos Auditores Fiscais

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do Trabalho-2010. Esse já tradicional congresso anual dos auditores, que simboliza o congraçamento da categoria, desenvolveu, durante toda a semana, uma ampla progra-mação técnica, trazendo para o debate os mais importan-tes e atuais temas que envolvem a inspeção do trabalho brasileira.

Paralelamente ao 28º ENAFIT foi realizada a 2ª Jornada Iberoamericana da Inspeção do Trabalho. O evento teve a promoção do SINAIT e do SINDAIT - Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Ceará. A Confederação Ibero-Americana da Inspeção do Trabalho é presidida pelo colega AFT Luis Francisco Lima, do Piauí.

Coube à Banda da Escola de Aprendizes Marinheiros do Ceará, sob a regência do maestro sargento Irineu, fazer a abertura solene do encontro, executando o Hino Nacional. O colega AFT Luiz Alves, presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Ceará, declarou aberto o 28º ENAFIT. Enquanto os presidentes das entidades regionais eram chamados à frente, o mestre de cerimônia fazia bonita narrativa, enaltecendo as belezas e peculiaridades de cada estado, num texto elegante do colega AFT Orlando Vilanova, do Pará, enfatizando a impor-tância da integração nacional e do sentimento de solidarieda-de e união do povo brasileiro. O colega Jesus Bales represen-tou São Paulo.

Fizeram parte da mesa os dois deputados federais eleitos em outubro último, que são Auditores Fiscais do Trabalho. São eles os colegas AFTs Lelo Coimbra, reeleito pelo PMDB do Espí-rito Santo, e Taumaturgo Lima, eleito pelo PT do Acre. O colega AFT Leonardo Soares representou a SIT. A mesa foi presidida pela presidente do SINAIT, colega AFT Rosangela Rassy. Cerca de 1.000 AFTs estavam presentes.

O primeiro a discursar foi o presidente Luiz Alves, que mencionou episódios marcantes na história do Ceará, como o dos jangadeiros, liderados por Chico da Matilde, o “Dragão do Mar”, que em 1884 decidiram não mais fazer o transporte dos escravos que chegavam, o que fez do Ceará o primeiro chão brasileiro a abolir a escravidão negra, quatro anos antes da Lei Áurea.

Luis destacou que mais de um século depois ainda temos, em várias regiões do país, práticas desumanas que se asseme-lham à escravidão. “E cabe a nós, Auditores Fiscais do Trabalho, combater, com todas nossas forças, essa violência contra os trabalhadores, e contra todas as formas de precarização das relações de trabalho em nosso país.” Luiz Alves prestou cari-nhosa homenagem à grande escritora cearense Rachel de Queiroz que, se estivesse viva, teria completado 100 anos em 17 de novembro último. Terminou fazendo a confraternização com todos os colegas presentes: “a terra de Iracema é toda sua, do chão à lua”.

Pela primeira vez a categoria dos AFTs vai ter, realmente, deputados federais, que são auditores de carreira, compro-metidos na defesa da Inspeção do Trabalho e dos pleitos dos colegas, dentro do Parlamento. Os deputados Lelo Coimbra e Taumaturgo Lima discursaram ressaltando que colocarão seus mandatos a serviço da Inspeção do Trabalho e que, por meio deles, os Auditores Fiscais do Trabalho terão voz na Câmara Federal. Aliás, Lelo Coimbra já se apresentou assim,

em seu primeiro mandato, ajudando bastante a atuação do SINAIT dentro do Congresso.

A presidente Rosangela Rassy, enfatizando que o 28º ENA-FIT fi xou, como objetivo, passar aos mais novos “todo o amor e respeito pela Inspeção do Trabalho”, fez um histórico de to-das as principais lutas e conquistas da categoria, ao longo dos últimos 40 anos, como a obtenção da paridade entre ativos e aposentados, a transformação dos então Fiscais do Trabalho celetistas em estatutários e a elevação à condição de Audito-res Fiscais do Trabalho. “Mas ainda nos falta a Lei Orgânica do Fisco, e essa é nossa principal luta, no momento, contando, para isso, com a participação e entusiasmo de todos, sobretu-do dos mais novos, que estamos recebendo com tanta alegria e amizade.”

Rosangela destacou a preocupação causada pelo enco-lhimento constante do quadro de AFTs, lembrando o caso do colega gaúcho Cláudio Carvalho, que foi obrigado a retardar, por vários anos, sua aposentadoria porque, como chefe da Agência de Atendimento do MTE em Cruz Alta, era o único funcionário e, se pedisse aposentadoria, a agência fecharia, o que, infelizmente, aconteceu, pois no ano passado Cláudio se aposentou e Cruz Alta, terra natal de Erico Veríssimo, fi cou sem a representação do MTE.

Quanto à nova organização sindical da categoria, a pre-sidente disse que a diretoria do SINAIT trabalha na busca de solução conciliatória que expresse a representação autêntica de todos. Informou, também, que o SINAIT tem feito gestões, junto ao comando do MTE, para conseguir a nomeação de 170 novos AFTs, aprovados no último concurso e que tudo está muito bem encaminhado para que isso aconteça.

Rosangela destacou ser favorável que o próximo concurso para admissão de AFTs contemple vagas para saúde e segu-rança, pois a Inspeção do Trabalho não pode se desenvolver sem profi ssionais especializados nessa área. “Neste ENAFIT devemos deixar claro qual a Inspeção do Trabalho que que-remos. E queremos uma inspeção do trabalho soberana, forte, bem preparada, projetando nossa categoria e defendendo os trabalhadores em todas as situações”.

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O colega AFT Leonardo Soares, diretor de fi scalização da SIT, manteve diálogo de quase três horas com os auditores

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O ELO

presentes em plenário, na segunda-feira, dia 08 de novembro. Como sempre foi gentil, expôs as questões mais importantes e atuais que cercam a Inspeção do Trabalho e respondeu a todas as indagações.

Confirmou que 117 novos AFTs, aprovados no último con-curso, deverão ser nomeados até 26 de fevereiro de 2011, quando se expira a validade do concurso. As nomeações já estão no Ministério do Planejamento. Disse que, segundo a OIT, o número ideal de AFTs, para o Brasil, é de 5.000. Contu-do, no momento, há apenas 3.036 auditores ativos, no quadro do MTE. Destaque-se, ainda, que desses 3.036 há cerca de 900 AFTs em atividades internas.

“Essa realidade impõe um planejamento austero que ra-cionalize nossas atividades”, admitiu Leonardo, lembrando que uma das alternativas é o trabalho em equipe. Tem-se pri-vilegiado a atividade fiscal “no atacado”, e buscado atender questões mais urgentes, nas regiões mais necessitadas, o que deixa evidente o número absolutamente insuficiente de audi-tores. Na elaboração do planejamento procura-se acolher, por exemplo, a participação das entidades sindicais mais repre-sentativas, ainda que, muitas vezes, o sindicato convidado a propor, nem dê resposta, ou, então, pede atendimento a situa-ções pequenas, pontuais, sem qualquer importância.

Quanto à nova metodologia, disse que o fluxo de trabalho segue a contento, cabendo ao coordenador do projeto definir se o trabalho a ser feito deve ser individual, ou em equipe. O planejamento plurianual segue a dinâmica dos países ociden-tais, vinculando as ações ao orçamento, às metas financeiras. A SIT continua a base do sistema operacional e de controle das ações fiscais. A Controlodaria Geral da União-CGU fez audito-ria na Superintendência do Distrito Federal e exigiu controle de ponto para os AFTs, mas a SIT conseguiu negociar solução conciliatória com a CGU e fixou-se o cumprimento de 40 tur-nos, que correspondem a 40 horas semanais, contando-se os dias úteis. Ressaltou que o AFT deve exercer sempre o direito do contraditório e apresentar recurso sempre que entender haver dúvida em algum procedimento.

Leonardo admitiu que a capacitação para os AFTs tem fi-cado um tanto comprometida por escassez de recursos. A ca-pacitação para todos os AFTs, neste ano, tinha verba de R$2 milhões, mas esse montante foi gasto só no treinamento dos 234 AFTs que entraram em 2010.

Reconheceu que a extinção paulatina dos motoristas do MTE está gerando problema sério, mesmo porque não cabe ao auditor, em diligência, dirigir a viatura oficial. Dentro de cinco, ou seis anos, não haverá, mais, motoristas no MTE. Para não cessar a fiscalização nas áreas rurais mais distantes, a SIT busca acordo com o IBAMA, que ainda tem viaturas e motoristas.

Quanto ao trabalho em equipe a presidente Rosangela dis-se a Leonardo que o AFT não pode atender quatro, cinco e até seis projetos diferentes. “Não podemos aceitar, que por falta de auditores, seja atingida a boa qualidade de nosso serviço. Temos de lutar por uma Inspeção do Trabalho de boa qualida-de. Por isso o SINAIT defende a criação da Escola de Inspeção do Trabalho.”

A presidente destacou que o SINAIT denunciou o Gover-no brasileiro na OIT devido ao pequeno número de AFTs em

nosso país. “Não queremos pressionar, mas o Governo tem de levar a sério essa questão”. Leonardo concordou que não deve passar de quatro o número de projetos por auditor.

A presidente Rosangela aproveitou para levantar outra questão preocupante, que atinge diretamente a rotina de tra-balho do AFT: a constante e volumosa carga de pedidos do Ministério Público do Trabalho. É consenso, dentro da Inspe-ção, que o MPT não pode, não tem o direito, de atingir, até mesmo travar o planejamento da ação fiscal, feito nas supe-rintendências regionais. Consta que no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, colegas AFTs tem sido ameaçados pelo MPT, caso não priorizem o atendimento de seus pleitos.

Trabalho forçado

No encontro de Fortaleza o SINAIT lançou a campanha institucional de 2010/2011, sob o tema “AUDITOR FISCAL DO TRABALHO: COMPROMISSO COM O TRABALHO DIGNO”.

Dentro desse tema foi realizado o painel “Trabalho escravo rural e urbano e o trabalho infantil: dimensões e enfrentamen-to”. Os painelistas foram Calisto Torres Neto-AFT/RN, Renato Bignami-AFT/SP e Katleen Maria Pires de Lima-AFT/GO.

O AFT Renato Bignami expôs o combate que vem sendo feito ao trabalho forçado a que são expostos trabalhadores bolivianos, paraguaios e peruanos em fábricas de confecção, muitas delas clandestinas, em São Paulo. A forma ilegal como são trazidos ao Brasil, geralmente pela fronteira paraguaia (Juan Caballero e Foz do Iguaçu), caracteriza o crime de trá-fico de pessoas. Estima-se que há cerca de 100 mil bolivianos, 50 mil paraguaios e 15 mil peruanos trabalhando de forma clandestina na indústria de confecção de vestuário, na capital paulista e região metropolitana. Alguns vêm com a família, in-cluindo filhos menores. São de descendência indígena, quase todos guaranis, quéchuas, ou aimarás. Buscando dar alguma legalização a esse procedimento, adota-se a subcontratação. Na maioria são fabriquetas, às vezes na própria casa do con-tratante, ou unidades maiores, em velhos galpões, em bairros que outrora centralizaram importantes indústrias, como Bom Retiro, Brás, Pari, Ponte Pequena, ou bairros mais distantes da periferia.

Poderosas redes comerciais geralmente estão por trás des-sa cadeia produtiva ilegal. O AFT Bignami mencionou empresa paulista, que foi autuada, de modo pesado, pela fiscalização do trabalho, como beneficiária final do trabalho degradante a que estão expostos esses trabalhadores. Muitos deles, ao dei-xarem seus países, já chegam ao Brasil endividados, pois terão de pagar ao seu agente todo o custo da viagem. Denunciou-se, ainda, que o valor ridículo das multas trabalhistas, além de não inibir os infratores, faz com que eles sejam ainda mais ou-sados, entendendo que “o crime compensa”.

Chineses e coreanos

No entanto, é de se ressaltar que essa violenta explora-ção da mão de obra sul-americana, na cidade de São Paulo, não é feita por brasileiros. Quem alicia e traz bolivianos, pa-raguaios, peruanos, equatorianos, ao Brasil, são, geralmente,

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sul-coreanos e chineses, ou mesmo “gatos” bolivianos. Por isso que nos porões da Liberdade, do Brás, ou do Bom Retiro, onde trabalham e vivem bolivianos emigrados, é comum a expressão “perro comendo perro”, que é o agente boliviano explorando, às vezes de modo cruel, o próprio trabalhador patrício.

Isso tudo é feito por meio de redes mafi osas. No bairro do Brás, em São Paulo, há uma praça, chamada Praça Coréia, onde esses trabalhadores, recém-chegados, são oferecidos para to-madores, donos das fábricas de confecção. Mas há, também, numerosos trabalhadores, geralmente bolivianos, que vem por conta própria, na ilusão de conseguir trabalho e ganhar dinheiro. Quando a fi scalização do Trabalho e a Polícia Federal conseguem lavrar um fl agrante, dessa situação, os trabalhado-res sul-americanos não podem ser deportados, pois acordos que o Brasil mantém com esses países vizinhos, permitem que eles fi quem aqui. Assim, mesmo sendo degradantes as condi-ções de trabalho que tem de suportar, esses emigrantes sul-americanos continuam, por aqui, e esse quadro social sombrio tende a se manter, pois a situação econômico-social nos paí-ses vizinhos é muito ruim.

No debate sobre a “A Inspeção do Trabalho que queremos”, vários AFTs fi zeram intervenções e sugestões foram feitas em bom número. O colega Luis Fernando, do Paraná, disse não ser possível que um projeto de fi scalização seja vinculado a determinado “CNAE”, porque isso engessa a ação fi scal. Defen-deu, também, que o AFT, ao receber ordem de serviço para fi scalizar determinada empresa, tenha prazo de, pelo menos, dois meses para concluir seu trabalho, e não seja obrigado a devolver o processo antes, para que outro colega prossiga na fi scalização.

O painel “A Inspeção do Trabalho que queremos” teve como painelistas os colegas AFTs Paulo Jose Mendes de Oli-veira, de Pernambuco, Erivaldo Nascimento, de Santa Catarina e Edson Lustosa Cantarelli de Moraes Guerra, do Pará, este da turma novíssima de auditores, de 2010.

Na palestra “A reconstrução do conceito de subordinação na relação de emprego”, o Dr. Rodrigo de Lacerda Carelli, Pro-curador do Trabalho no Rio de Janeiro, fez uma análise crítica bastante objetiva da situação social brasileira, nos dias atuais. Enfatizou que, enquanto no Chile 98% dos trabalhadores es-tão protegidos pela Previdência Social, no Brasil esse número é de apenas 55%.

Lembrou que em 2011 o Brasil deverá ser considerado a 7ª maior economia do mundo, mas, neste ano, em levantamento divulgado pelas Nações Unidas, o Brasil fi gura em 72º posição no IDH (índice de desenvolvimento humano), num ranking de 150 países. No Ceará 50% dos que trabalham ganham igual, ou menos que o salário mínimo, mas esse Estado é o que con-centra o maior número de Hilux (um veículo potente e muito caro), em nosso país.

As regiões mais pobres, do Brasil, geralmente são as que têm juízes mais conservadores. Outras intervenções acentua-ram as violentas contradições sociais brasileiras, denunciando, sobretudo, o crescimento da prostituição infanto-juvenil, seja nas estradas de um estado rico, como o Paraná, ou de estados pobres, como Rondônia, Acre, ou Maranhão. O atual modelo

econômico brasileiro, ainda que tenha facilitado a ascensão de classes pobres, como a ”C”, continua estimulando muito mais a concentração da renda nas mãos de poucos.

Premiação/ LOF/ Especialização

Alguns colegas se manifestaram, em plenário, como Paulo Menezes, de Pernambuco, questionando aspectos negativos que estariam emperrando a nova metodologia, como o fato dos AFTs não estarem participando do planejamento. Forças externas, como o MPT, que difi cultam a execução dos projetos planejados, chefes de fi scalização (SEINT) que não mostram competência gerencial, nem liderança, além da área de saúde e segurança continuar indefi nida.

Foi proposto que o SINAIT contrate uma assessoria espe-cializada para estudar os principais modelos operacionais da fi scalização federal, como da Receita, por exemplo, e, assim, ofe-recer elementos técnicos à administração do MTE, para que se encontre solução defi nitiva para essa questão. “Não podemos abrir mão de nossas competências, não podemos aceitar o es-vaziamento da ação fi scal em saúde e segurança. Alguma saída técnica há de ser encontrada”, disse um colega cearense.

O colega Lourival Cunha, que é engenheiro e tem estu-dado com dedicação as atividades da SEGUR, expôs como se desenvolvem as áreas de saúde e segurança, dentro da inspe-ção do trabalho, em países do primeiro mundo, com tradição de manter efi ciente a proteção ao trabalhador. Mencionou que na França, Espanha e Dinamarca, por exemplo, somente profi ssionais especializados em saúde e segurança, podem emitir laudos técnicos e, para isso, são contratados pelo Es-tado. “Queremos uma inspeção do trabalho bem preparada, respeitada pela população”, salientou Lourival. No entanto, a verdade é que o MTE, seguindo o modelo da OIT, contrata au-ditores fi scais, aprovados em concurso público, sem exigência de especialização, bastando ter curso superior.

Um momento de bastante alegria e orgulho, para a cate-goria, no encontro de Fortaleza, foi o anúncio dos primeiros colocados no concurso “Auditoria Fiscal do Trabalho – Com-promisso com o Trabalho Digno”. O terceiro lugar fi cou com o colega Fernando André Sampaio Cabral, de Pernambuco, que fez um trabalho técnico muito denso, enfocando os Direitos Humanos na área trabalhista.

O segundo lugar foi para a colega Beatriz Cardoso Monta-nhana, AFT de legislação, do concurso de 2003, que está lotada na Gerência Regional do Trabalho da Zona Leste, na capital pau-lista. Beatriz enfocou as novas formas de organização social do trabalho, uma análise pioneira dessa inovação em nosso país. O

Humanos na área trabalhista.

O segundo lugar foi para a colega Beatriz Cardoso Monta-O segundo lugar foi para a colega Beatriz Cardoso Monta-

Beatriz Montanhana

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O ELO

colega Jesus Bales, presidente do SINPAIT, foi quem entregou o prêmio a Beatriz. Na próxima edição do Elo será publicada ma-téria detalhada sobre esse interessante trabalho de Beatriz Car-doso Montanhana. O primeiro lugar coube ao colega AFT Carlos Alberto de Oliveira, do Rio de Janeiro. Com o título “Dignidade so-bre Rodas”, Carlos Alberto analisou as relações de trabalho, muitas vezes aviltantes, no transporte coletivo e de cargas, em empresas importantes, do Rio de Janeiro, e como uma ação fi scal fi rme, e bem planejada, pode modifi car essa realidade, fazendo justiça aos trabalhadores e desmascarando empregadores, que tem por rotina fraudar as leis trabalhistas e prejudicar seus empregados.

No debate sobre a LOF - Lei Orgânica do Fisco, informou-se que o SINAIT pediu ao MTE que forme um grupo de trabalho e, com a urgência necessária, apresente um anteprojeto para essa lei, tendo como base os trabalhos já feitos pelo próprio SINAIT e pela SIT. O colega Marcelo, falando em nome da SIT, admitiu que ainda não há nada pronto. O governo foi criticado porque, mesmo acionado, não moveu uma palha para que a LOF fosse encaminhada. Toda a movimentação, para que isso ocorra, está sendo feita apenas pe-las entidades sindicais de auditores. O projeto fi nal deve ser úni-co, englobando auditores da Receita e do MTE, o que facilitará a aprovação no Congresso. Ante uma pergunta do colega Walfredo, do Ceará, sobre a inclusão da especialização, a colega Fernanda, da SIT, disse que isso não é possível porque o projeto da LOF não é detalhista, não podendo abranger questões específi cas, como a de especialização na ação fi scal. Discutiu-se a revogação do artigo 627-A, da CLT, e a necessidade de se proteger as competências atu-ais da Inspeção do Trabalho.

Defendeu-se o fi m do Livro de Inspeção do Trabalho, substituído por um registro eletrônico da ação fi scal na empresa, que seria de domínio público. Infelizmente, era reduzido o número de AFTs, no plenário, quando se discutiu o encaminhando da LOF, certamente o assunto mais importante do encontro nacional, de Fortaleza, por envolver o futuro da Inspeção do Trabalho brasileira.

Fraudes e sonegação

No painel “Combate às fraudes nas relações de trabalho”, os painelistas foram Ricardo Tadeu, desembargador federal do Tra-balho, do TRT 9ª Região/PR, (primeiro juiz com defi ciência visual do Brasil), Luiz Alexandre Faria, AFT/SP e Celso Amorim, AFT/SIT/MTE. Tadeu elogiou o trabalho conjunto entre o MPT e a fi sca-lização do trabalho, no combate ao falso trabalho cooperativo. Lembrou que o “toyotismo”, modelo japonês que substituiu o “fordismo” na indústria automobilística, deu inicio à terceiriza-ção, que se aprofundou, nas empresas, com o avanço da glo-balização. Citou a responsabilidade subsidiária do tomador e considerou que a terceirização está refl uindo, no Brasil.

Tadeu defende que na terceirização sejam concedidos, aos empregados terceirizados, os mesmos direitos trabalhistas que amparam o empregado da empresa tomadora. “Na 9ª Re-gião essa equiparação plena de direitos já é uma rotina”. Finali-zou dizendo que, atualmente, o confronto é muito mais entre o mercado e os direitos humanos, como defi ne o prof. Fabio Konder Comparato, da USP.

O colega Celso Amorim expôs, sob análise técnica, a nova forma de controle da jornada, que dá ao empregado o direito de ter cópia diária da assinalação do ponto, desfazendo críti-cas violentas, a essa inovação, que vem sendo feitas, sobretu-do na imprensa.

O AFT Luis Alexandre discorreu sobre a atuação, em São Paulo, do grupo de AFTs que faz a repressão às fraudes, nas relações de trabalho, e à sonegação, sobretudo com relação à arrecadação do FGTS. “Buscamos o aperfeiçoamento de todas as ferramentas de inteligência fiscal”, destacou, vez que o quadro de AFTs é muito pequeno, o que exige a otimi-zação de todos os recursos para suprir, ainda que em parte, essa deficiência. No “modus operandi” do grupo, primeiro é feito o mapeamento de irregularidades num determinado setor e, depois, é desenvolvido o trabalho de campo, com levantamento completo de tudo que foi apurado, lavratura de autos de infração, de notificações de débito do FGTS e, ao final, é feito termo de compromisso, com fixação de pra-zo e comprometimento explicito do empregador infrator, em não mais permanecer em situação de fraude. Citou que o setor de saúde (hospitais, laboratórios, clínicas etc) foi dos primeiros a ser atacado, eis que se detectou a presen-ça de muita mão de obra, falsamente cooperada, e de “PJs”, nessa área. Mencionou que outra fraude à contratação é a sociedade limitada na qual o empregador real tem 99% da participação no capital e os sócios minoritários (na verdade, os empregados), só 1%. Esse tipo de ilegalidade é antigo. Antes eram as chamadas sociedades de “capital e indústria”, por meio das quais o empregador procurava mascarar a re-lação de emprego.

Nas atividades de campo Luis Alexandre disse que fo-ram detectadas fraudes, na contratação, envolvendo até o trabalho infantil. Isso ocorreu em empresas que fazem dis-tribuição de jornais e revistas, mencionando os jornais diá-rios como tomadores. Denunciou, também, o que chama de “CLT-flex”, ou seja, as empresas que registram o empregado com piso salarial e, depois, fazem a complementação do salário (salário real) emitindo nota fiscal, uma prática frau-dulenta, também já bastante antiga em meio a empresários desonestos de São Paulo.

Destacou que o AFT, no seu trabalho investigativo, deve utilizar muito a declaração do Imposto de Renda, da em-presa, retido na fonte, porque ali estarão os lançamentos de valores destinados ao pagamento da mão de obra, tida como camuflada. Admitiu que a Receita Federal não forne-ce a DIRF do contribuinte, quando requeridas pela Auditoria Fiscal do Trabalho, mas, geralmente, as próprias empresas, quando solicitadas, não se negam a exibir esse documento na ação fiscal, além do que o RIT e a Lei 10.953, dão acesso legal ao AFT no uso desse documento.

utilizar muito a declaração do Imposto de Renda, da em-presa, retido na fonte, porque ali estarão os lançamentos de valores destinados ao pagamento da mão de obra, tida como camuflada. Admitiu que a Receita Federal não forne-ce a DIRF do contribuinte, quando requeridas pela Auditoria Fiscal do Trabalho, mas, geralmente, as próprias empresas, quando solicitadas, não se negam a exibir esse documento na ação fiscal, além do que o RIT e a Lei 10.953, dão acesso legal ao AFT no uso desse documento. legal ao AFT no uso desse documento.

Jesus, Edson Braga (BA), Luci, Celso Amorim (MTE) e Dalísio

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Luis Alexandre encerrou dizendo que o grupo de fi scaliza-ção, que ele coordena, em São Paulo, atualmente tem atua-do na repressão ao trabalho aviltante, sobretudo aquele que utiliza bolivianos, sendo que uma das empresas autuadas em fl agrante, na prática desse crime, é a que faz o “kit” dos recen-seadores do IBGE (coletes). Foram encontrados empregados sem registro em fábricas na Casa Verde (capital paulista) e em Carapicuíba, o que deixa mal o IBGE, eis que se trata de um dos principais órgãos de atuação do Governo Federal. Segun-do Luis Alexandre, os AFTs que integram esse grupo especiali-zado são escolhidos por afi nidade.

Inspeção do Trabalho na América Latina

Na II Jornada Ibero-americana de Inspeção do Trabalho o colega AFT Francisco Luis Lima, que preside a Confederação Iberoamericana, denunciou um quadro bastante negativo para Inspeção do Trabalho na América do Sul. No Peru, tenta-se a municipalização; no Paraguai, Inspetores do Trabalho fo-ram ameaçados de afastamento, pelo governo, porque fi sca-lizavam a fazenda de um deputado; no Uruguai, procurou-se cercear a fi scalização do trabalho do menor. Em toda a América Latina, apenas no Brasil a fi scalização do trabalho, nos moldes preconizados pela OIT, é levada a sério.

O colega Fahid, de Minas Gerais, também deplorando essa situação difícil, lembrou que hoje 40% de tudo que se produz no mundo são de procedência chinesa, e lá não há preocu-pação com respeito às normas básicas de proteção do traba-lhador, inclusive com trabalho escravo, em várias regiões. E a China não aceita a OIT, nem faz parte dos 180 países que com-põem essa organização.

O colega Renato Futuro, presidente do Sindicato dos Audi-tores Fiscais do Rio Grande do Sul, lembrando que a Confede-ração Iberoamericana da Inspeção do Trabalho foi idealizada em seu Estado, lamentou que hoje a entidade mostra-se esva-ziada, deixando de alcançar seus objetivos. Christian Ramos, especialista principal em normas internacionais do Trabalho, da OIT, admitiu que a organização internacional não vive um bom momento, mas, acima de tudo, deve ser defendida, pois “a OIT é o único foro internacional que temos e, sem ela, tudo será muito pior”. Destacou que integrantes de um país-membro podem pleitear direitos trabalhistas diretamente na OIT, sem passar pelos tribunais locais.

O colega AFT Lourival Cunha, do Maranhão, indagou dos debatedores sobre como analisam a questão da especializa-ção, em saúde e segurança, dentro da inspeção do trabalho. Citou exemplos de alguns países, como Inglaterra e Dinamar-ca, onde há inspetores concursados para atuar nessas áreas.

O colega AFT Francisco Lima disse que a OIT sugere, para essa especialização, o modelo espanhol como sendo o mais apropriado. Enfatizou-se, ainda, que o orçamento da OIT está estagnado, seus escritórios têm sido fechados em vários paí-ses e na América do Sul praticamente não há médicos e enge-nheiros atuando na Inspeção do Trabalho, a exceção do Brasil. Levantamento da OIT sobre programas sociais de amparo a trabalhadores, desenvolvidos por governos de países emer-gentes, e divulgado recentemente, mostrou o Brasil em situ-ação desconfortável, pois apesar de alguns programas terem propiciado a melhoria de vida de muitas famílias, o número to-tal de pessoas alcançadas ainda é muito pequeno, apenas 13% da população, enquanto em outros países da região, como o Chile, esse número supera 40%.

Organização Sindical

Foi bastante acalorado o painel sobre “Organização Sin-dical dos Auditores Fiscais do Trabalho”. Os painelistas foram Cláudio Santos, advogado especializado em direito sindical, contratado pelo SINAIT, Carlos Roberto Dias, AFT/Bahia, José Sérgio Trindade, AFT/SE e o moderador Fabio Ubirajara de Campos Latmann, AFT/PR.

O AFT Carlos Alberto Dias recordou que essa questão vem desde 1988, quando o sindicato nacional foi criado. Essa foi uma solução tecnicamente inadequada, pois passou a coexis-tir com sindicatos regionais, gerando confl itos de represen-tação, ainda que a convivência sempre tenha sido boa, mas, até hoje, essa situação errada não foi resolvida. “Na prática o Sindicato Nacional tem correspondido às expectativas, tanto que, geralmente, as fi liações à entidade nacional são em maior número que as feitas às entidades regionais”.

O colega Renato Futuro, presidente do sindicato gaúcho, defendeu, com vigor, a criação de uma federação nacional, deixando claro que o Rio Grande do Sul não extinguirá seu sindicato, recém-criado, e que todos os AFTs gaúchos fi carão com a entidade regional, e não com a nacional. Enfatizou que Contribuição Sindical, ainda que uma excrescência, gera renda muito menor que as mensalidades e, ainda, 15% de seu valor arrecadado compulsoriamente dos colegas auditores, pode-rão ir para qualquer outra federação de servidores públicos, ou seja, o AFT estaria fi nanciando entidades estranhas, que não lhe dizem respeito.

O colega Fahid Tahan Sab, de Minas Gerais, que foi presi-dente da antiga Fasibra e, depois, do Sindicato Nacional, pe-diu que seja feito um plebiscito, no qual cada auditor, bem esclarecido sobre as propostas, decidirá, soberanamente, se quer uma federação nacional, ou um sindicato nacional. Fahid criticou a forma como a direção do SINAIT vem encaminhan-do esse debate, desde o ano passado. Ele lamentou que “tudo está reduzido a uma discussão acadêmica, burocrática, todo o encaminhamento está sendo feito de modo equivocado”.

Luis Alexandre encerrou dizendo que o grupo de fi scaliza-

debatedores sobre como analisam a questão da especializa-ção, em saúde e segurança, dentro da inspeção do trabalho. Citou exemplos de alguns países, como Inglaterra e Dinamar-ca, onde há inspetores concursados para atuar nessas áreas.

essa especialização, o modelo espanhol como sendo o mais apropriado. Enfatizou-se, ainda, que o orçamento da OIT está estagnado, seus escritórios têm sido fechados em vários paí-ses e na América do Sul praticamente não há médicos e enge-nheiros atuando na Inspeção do Trabalho, a exceção do Brasil. Levantamento da OIT sobre programas sociais de amparo a trabalhadores, desenvolvidos por governos de países emer-gentes, e divulgado recentemente, mostrou o Brasil em situ-ação desconfortável, pois apesar de alguns programas terem Luis Alexandre encerrou dizendo que o grupo de fi scaliza-Luis Alexandre encerrou dizendo que o grupo de fi scaliza-

Darcy, Solange, Luiz Alexandre e Luci (SP)

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O ELO

Para Fahid os ex-presidentes não foram ouvidos e, pela experi-ência, certamente teriam boas sugestões a dar. “Não se procu-rou ouvir o Jesus, de São Paulo, o Edson, da Bahia, o Fontoura, do Rio Grande do Sul, o Linhares, do Rio de Janeiro, e tantos outros que deram o melhor de si na organização da categoria. Não se está ouvindo a alma política da Inspeção do Trabalho brasileira”. Para Fahid um modelo a seguir seria o da Unafi sco.

O colega Linhares, do Rio de Janeiro, que também é estu-dioso do Direito Sindical, defende a manutenção do sindicato nacional como forma mais objetiva de representação, mas de-fende, também, que os delegados sindicais, eleitos pelas bases, formem um colégio eleitoral específi co para eleger, de modo indireto, a diretoria executiva do sindicato. O colega Luis Fer-nando Busnardo, presidente da entidade do Paraná, defendeu a reforma do estatuto do SINAIT para que a categoria tenha uma representação mais objetiva. Considera que as Delega-cias Sindicais deveriam ter personalidade jurídica própria para gerir o patrimônio local e que as entidades, com maior núme-ro de sócios, tenham direito a representação maior na escolha da diretoria do SINAIT.

O advogado Cláudio Santos esclareceu que a delegacia sindical não pode ter personalidade jurídica. O colega Roberto Miguel, da Bahia, pediu uma defi nição urgente para o encami-nhamento do patrimônio das entidades regionais, bem como seja fi xado um prazo para conclusão das discussões.

O colega Jesus, presidente do Sindicato Paulista dos Au-ditores Fiscais do Trabalho, disse que sua entidade é contra a eleição de delegados sindicais por cidade, porque isso dividirá a categoria. Indagou sobre o valor a ser estabelecido para a mensalidade e como será sua distribuição aos Estados. “Man-tido o sindicato nacional, com dissolução dos regionais, quem assumirá as ações judiciais em andamento nos estados? Quem fará o atendimento emergencial, que hoje é em bom número nas entidades regionais, pois a pessoa física do delegado sin-dical não terá meios para isso. E o AFT poderá continuar asso-ciado à entidade regional e ao SINAIT”?, indagou Jesus.

Como a organização sindical, ainda que muito importan-te, só foi debatida no fi nal da tarde da quinta-feira, 11 de no-vembro, a tribuna livre, que viria a seguir, foi praticamente es-vaziada, com presença mínima de auditores. O indicativo pró sindicato nacional teve 25 votos a favor, e 02 contra, os dois votos dos representantes de São Paulo, pois o colega gaúcho Renato Futuro, irritado com o que entendeu ser um cercea-mento de seu direito de expressão, pela mesa, retirou-se do plenário antes da votação.

O colega Jesus Bales/SP sugeriu que a organização sindical da categoria poderia até continuar como está. “Concordo que o Sindicato Nacional funciona a contento, cumpre seu papel e suas diretorias têm administrado com bastante razoabilidade. Mas as entidades regionais também tem funcionado a conten-to, justifi cando sua existência. É um modelo híbrido, que foge aos padrões normais, porem funciona de modo adequado. A representação de São Paulo examina com isenção os dois modelos, mas lutará pela manutenção do SINPAIT, o sindicato estadual paulista, que conta com bom número de AFTs fi lia-dos, porque, certamente, atende com efi ciência os pleitos de cada um.”

O colega Jose Melo, de Sergipe, da turma mais recente de AFTs, propôs que, na organização do sindicato nacional, os delegados sindicais formem um conselho deliberativo para orientar a diretoria executiva em suas decisões. “Concordo com o colega Fahid. Os ex-presidentes do SINAIT devem sem-pre ser ouvidos nos momentos de grandes decisões. É preciso acabar com essa conversa do “nunca antes na história deste país”. Assim como o povo brasileiro, os Auditores Fiscais do Trabalho tem uma longa história de lutas, que ninguém pode ignorar”.

No debate sobre “Política de Classe”, o colega Jesus Bales/SP, mencionando denúncias de que as áreas de saúde e segu-rança estariam se extinguindo dentro da inspeção do trabalho brasileira, afi rmou que “a própria inspeção do trabalho está se acabando em nosso país”. Justifi cando, disse que na cidade de São Paulo as gerências regionais do Trabalho estão entre-gando suas atividades para a Prefeitura. Em algumas delas já há placas, na entrada, indicando os serviços, típicos do MTE, que estão sendo feitos, ali, pelos empregados terceirizados da Prefeitura; Delegacia da Polícia Civil do Estado fi scaliza, aber-tamente, as áreas de saúde e segurança; em São Bernardo do Campo a prefeitura, administrada pelo prefeito Luis Marinho, do PT, conhecido sindicalista, da confi ança absoluta do presi-dente Lula, também está fi scalizando empresas em saúde e se-gurança. Jesus disse que denunciou essa situação ao Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ao SINAIT, à SIT, ao Superintendente Regional, em São Paulo, e de nada adiantou, pois tudo conti-nua sem qualquer providência. “As competências da auditoria fi scal do Trabalho, estabelecidas pela Constituição brasileira, pela CLT, pelo RIT, estão sendo invadidas, usurpadas, e nin-guém reage. Como, então, estarmos aqui discutindo o futuro da Inspeção do Trabalho em nosso país?”, indagou Jesus.

Nova metodologia segue bem no Paraná

Na Superintendência Regional do Trabalho, no Paraná, depois de algumas difi culdades, foi possível alcançar uma boa organização para a fi scalização. Os serviços estão fl uindo bem, os auditores, sempre atuando com plena independên-cia, trabalham com dedicação, tanto na diligência individual, quanto em grupo e, certamente por isso, a nova metodologia da fi scalização está sendo absorvida a contento e, temos cer-teza, alcançará seus objetivos”, disse o colega AFT Elias Mar-tins. Desde julho último ele é o Superintendente Regional do Trabalho no Estado do Paraná.

da categoria poderia até continuar como está. “Concordo que o Sindicato Nacional funciona a contento, cumpre seu papel e suas diretorias têm administrado com bastante razoabilidade. Mas as entidades regionais também tem funcionado a conten-to, justifi cando sua existência. É um modelo híbrido, que foge aos padrões normais, porem funciona de modo adequado. A representação de São Paulo examina com isenção os dois modelos, mas lutará pela manutenção do SINPAIT, o sindicato estadual paulista, que conta com bom número de AFTs fi lia-dos, porque, certamente, atende com efi ciência os pleitos de cada um.”

Para Fahid os ex-presidentes não foram ouvidos e, pela experi-

Dalísio, Jesus e Luci (SP) e Fahid (MG)

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Contudo, na parte administrativa a superintendência ain-da sofre o rescaldo da greve dos funcionários administrativos, defl agrada em abril passado e que se estendeu até outubro.

“Quando assumimos o comando da superintendência, procuramos dar seqüência ao trabalho que vinha sendo feito, aliás, feito com sucesso. Não há uma única área, uma única se-ção, na superintendência paranaense, que apresente proble-mas de gestão. No entanto, ainda lutamos para superar as con-seqüências da longa greve, da área administrativa, que durou cerca de seis meses e, quando acabou deixou uma demanda muito reprimida. Ao longo dessa paralisação, procurou-se res-peitar o direito dos grevistas, mas sem prejudicar os trabalha-dores e o público.

Essa situação contraditória está exigindo uma refl exão mais séria e profunda sob pena de termos, a qualquer momen-to, a administração publica totalmente travada. “Buscando eli-minar o quanto antes o problema, temos realizado mutirões, reunindo várias seções, objetivando zerar o atendimento, es-vaziando todas as pautas em atraso”, destacou Elias Martins.

Para o Superintendente Paranaense o fundamental, numa repartição tipicamente social, como são todas do MTE, é o bom atendimento ao trabalhador. Qualquer atraso, qualquer retardamento no encaminhamento do pleito do trabalhador, da trabalhadora, acarreta prejuízo muito grande, ás vezes irre-parável, a eles. O atraso na liberação do seguro-desemprego é desastroso para o trabalhador, pois, quase sempre, ele de-pende desse dinheiro para levar comida para a família. Hoje, a consciência social, o sentimento de cidadania, são condições essenciais ao servidor público que trabalha no atendimento da população.

Migrações

O colega Elias Martins, ao falar ao “ELO”, durante o 28º ENA-FIT, em Fortaleza, tinha a seu lado o colega AFT Rogério Perez Garcia Junior, que é o chefe da Seção de Fiscalização, na Ge-rência Regional do Trabalho em Londrina, onde exerce, tam-bém, o cargo de gerente substituto.

Rogério informou que o Paraná continua recebendo gran-des contingentes de trabalhadores, vindos de vários estados, e que nem sempre chegam preparados, com conhecimentos básicos, para serem aproveitados no mercado de trabalho, sobretudo na construção civil, onde a modernidade técnica chegou para valer. “Sente-se a necessidade urgente de cursos e treinamentos de qualifi cação. Até a operação de uma pre-paradora, ou injetora, de concreto exige algum conhecimento

técnico, em máquinas, sem o qual o trabalhador não vai con-seguir operá-la.”

A par disso, há construtoras que, talvez pressionadas por contratos que exigem rapidez na obra, acabam fazendo alo-jamentos precários, sem oferecer conforto e segurança e, por isso, a fi scalização do trabalho tem aumentado as interdições. Em Curitiba já não há mais locais para abrigar essa faixa de trabalhadores. Não há nem mesmo pensões para o pessoal da construção civil.

Da mesma forma, o colega Rogério enfatizou que continua rigorosa a fi scalização no setor sucro-alcooleiro, onde perma-nece a tendência de fraudes, nas contratações, ou, simples-mente, o não registro do contrato de trabalho. “Infelizmente a fi scalização continua encontrando empresas interpostas, o falso trabalho cooperativo, exigindo do auditor fi scal uma atenção redobrada para obrigar o empregador a abandonar essas práticas.”

Como em todo o Brasil, o Paraná dispõe de contingente re-duzido de AFTs. São apenas, 120, aproximadamente, mas que procuram, por meio da dedicação, atender com sucesso todas as demandas.

Londrina, ao lado de Maringá, são as duas principais cida-des do Paraná, exigindo grande pujança econômica e cultural. Ambas nasceram nos anos 1930, quando o chamado “norte do Paraná” foi tomado por fazendas de café, quase sempre forma-das por cafeicultores de São Paulo e do sul de Minas. Planeja-das e construídas pela Companhia City, com sede em Londres, tem nomes curiosos. Londrina homenageia a capital inglesa e Maringá homenageia a mulher nordestina retirante. Quan-do a cidade estava pronta, a direção da City fez uma votação, entre todos os trabalhadores que a construíram, praticamente todos nordestinos, para a escolha do nome. E Maringá foi o vencedor, porque, na época, por volta de 1940, estava muito popular a bonita canção de Joubert de Carvalho, chamada Maringá, que narra a história triste da infeliz moça nordesti-na que teve de emigrar para o sul. “Maringá, Maringá, depois que tu partiste, tudo aqui fi cou tão triste...” E no fi nal, o cabo-clo pede a ela: “Maringá, Maringá, volta aqui pro meu sertão...” Para os brasileiros saudosistas, é lembrar um pouco dos tem-pos românticos, e ingênuos, em que a população, sobretudo a de origem mais humilde, tinha profundo sentimento de amor pelas pessoas próximas e pelo chão natal.

AFT catarinense na sua 17ª São Silvestre

O colega AFT aposentado Laércio Jacob Moritz, de Gaspar - Santa Catarina, disse que está pronto para correr a São Silvestre,

técnico, em máquinas, sem o qual o trabalhador não vai con-seguir operá-la.”

contratos que exigem rapidez na obra, acabam fazendo alo-jamentos precários, sem oferecer conforto e segurança e, por isso, a fi scalização do trabalho tem aumentado as interdições. Em Curitiba já não há mais locais para abrigar essa faixa de trabalhadores. Não há nem mesmo pensões para o pessoal da construção civil.

rigorosa a fi scalização no setor sucro-alcooleiro, onde perma-Contudo, na parte administrativa a superintendência ain-

Jesus, Elias, Luci, Rogério e Dalísio

O colega AFT aposentado Laércio Jacob Moritz, de Gaspar -

Láercio Moritz

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O ELO

em São Paulo, na tarde do dia 31 de dezembro próximo. “Corro na São Silvestre há 16 anos. Não tenho pretensão de ser cam-peão, mas não faço feio. Sempre corro o percurso todo. Sempre pratiquei esporte. Faço todo esforço para manter bem minha força física. A idade não é impedimento para nada, principal-mente para a prática de esporte. Vejo que no Brasil de hoje há uma forte consciência das pessoas nesse sentido. O esporte nos mantém saudáveis e felizes”.

E os novos AFTs?

O colega Laércio fala com certa tristeza da pouca integra-ção entre os auditores fi scais de concursos mais recentes, com relação aos mais antigos. “Acho uma pena essa distância entre novos e veteranos. A carreira profi ssional é como a corrida de bastão, onde o da frente passa o bastão para o que vem atrás. Mas tudo tem de ser bem coordenado. Na Inspeção do Tra-balho brasileira, onde os concursos públicos começaram em 1955, muitas turmas já se revezaram, já se aposentaram. Po-rem sinto que não há uma integração muito forte entre vete-ranos e os mais novos. Dos dois lados é preciso boa vontade e compreensão. A categoria profi ssional só é forte se todos seus integrantes forem unidos, caminhando no mesmo sentido. No momento estou feliz com este ENAFIT de Fortaleza. Estou ven-do muitos auditores e auditoras novatos, alguns até bem novi-nhos na idade, participando das plenárias, dos debates. Isso é muito bom. Quem sabe a integração está se consolidando em nossa categoria.

Gaspar

Laércio Moritz, que conversou com a reportagem de ”O ELO” no saguão do Seara Praia Hotel, em Fortaleza, onde es-tava como participante do 28º. ENAFIT, disse que sua cidade, Gaspar, está totalmente recuperada das duas tragédias que se abateram sobre ela em 2008. Primeiro foram as violentas en-chentes, que destruíram várias cidades catarinenses naquele ano. Depois, talvez em conseqüência das cheias, foi a explosão do gasoduto da Petrobras (gasoduto Brasil-Bolívia), que cau-sou pânico e destruição em grande área. “Essas tragédias dei-xaram marcas de muita dor, mas o catarinense soube resistir e reuniu forças para se levantar sozinho, ainda que tenha recebi-do solidariedade de várias regiões do país”, disse Laércio.

Gaspar, cidade de 70.000 habitantes, fi ca no vale do Itajaí, entre Brusque e Blumenau. É forte na agricultura, com exce-lente produção de arroz e cresceu muito com a indústria do vestuário. Blumenau prepara-se para receber uma importante fábrica do setor automobilístico. Como já está saturada de in-dústrias, certamente isso vai levar mais empresas de pequeno e médio porte para Gaspar.

Dona Aimée, com seus 90 anos, no ENAFIT

Dona Aimée Mussliner, carioca de Copacabana, viúva do colega AFT Hildebrando Felicie Giudice, está com 90 anos, com excelente forma física, “uma cabeça maravilhosa, quase de menina”, e no saguão do hotel em Fortaleza, durante o 28º

ENAFIT, conversava animadamente com a colega Luci Helena Lipel, de São Paulo, sobre temas de momento, inclusive la-mentando “o papelão que estão fazendo com os jovens nessa questão do ENEM”.

Dona Aimée disse estar em Fortaleza “em parte como turis-ta, em parte para manter a presença do marido no ENAFIT.” Ex-plicou que quando o colega Hildebrando estava vivo (faleceu há cerca de cinco anos), ela acompanhava o marido em quase todos os encontros nacionais da Inspeção do Trabalho. Recor-dou que um dos últimos, em que estiveram presentes, foi o de Maceió. Agora ela comparece aos ENAFITs na companhia de familiares, sobretudo do fi lho Roberto José. Ela tem um fi lho, uma fi lha, netos e bisnetos.

Copacabana

Orgulhosa de ser carioca, diz ter nascido em 1920, “mas não me lembro do bairro”. Mora há mais de trinta anos na Rua Hilário de Gouveia, em Copacabana. É funcionária aposentada do Instituto de Ginecologia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

“Tenho amor profundo pelo Rio de Janeiro, minha terra natal. Copacabana é meu mundo, onde conheço as pessoas, as ruas, respiro a brisa do mar. Mas, atualmente, tenho pena do Rio. Vejo muita sujeira nas ruas, muita mendicância, e as pessoas sempre assustadas com a violência. O presidente JK, sempre sorridente e otimista, deixou boas lembranças. Mas quando levou a capital para Brasília deixou o Rio quase ao desamparo. Talvez aí começava a vida difícil da cidade, sem os empregos necessários e sem a renda que ela, antes, sempre tinha.

O Rio tem belezas naturais magnífi cas. Já viajei muito. A vida me permitiu conhecer muitas cidades, em boa parte do mundo. Mas por toda parte onde passei nunca vi belezas natu-rais como as do Rio de Janeiro. Por isso a gente sente uma dor muito grande em ver o Rio neste situação difícil, rodeada de problemas sociais e sem ver saída para isso. Sempre gostei de andar a pé. Sempre gostei de andar pelas ruas de Copacaba-na, nas proximidades de minha casa. Agora isso nem sempre é possível por causa da violência. Nossa cidade, nosso povo, são tão alegres, tão amigos, o povo carioca sempre foi, por tradição, tão gentil, tão acolhedor. Agora somos mostrados de modo negativo. Isso dói para todos nós. Tanto as famílias ca-riocas, como as milhares de famílias brasileiras que escolheram o Rio para morar, esperam que essa realidade triste se acabe e tenhamos de volta a”CIDADE MARAVILHOSA”.

Dona Aimée disse estar em Fortaleza “em parte como turis-

Linhares e D. Aimée (RJ) e Dalísio (SP)

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Fortaleza

A capital cearense está vivendo um intenso “boom” tu-rístico, até mesmo de projeção internacional. Ela entrou, de modo definitivo, para os principais roteiros turísticos do nordeste brasileiro. O complexo da praia do Futuro, por exemplo, é para receber o visitante de primeiro mun-do, sobretudo o europeu. E a indústria turística, gerando riquezas em moeda forte, impulsiona o progresso urbano de Fortaleza, ainda que sejam evidentes carências na infra-estrutura básica.

A par dessa onda de modernidade, a cidade não aban-dona sua tradição, seu jeito simples de ser, seus heróis po-pulares. Como o jangadeiro Manoel Jacaré, que tem nome de rua no bairro litorâneo do Mucuripe, esse bairro típico que inspirou Fagner na bonita música “Velas do Mucuripe”. O jangadeiro Manoel Jacaré, em 1941 saiu com sua jan-gada de Fortaleza e navegou até o Rio de Janeiro, onde foi recebido pelo presidente Getulio Vargas. A razão da viagem? Manoel Jacaré foi entregar a Getulio um pedido dos jangadeiros nordestinos, para que tivessem uma lei que os amparasse, na velhice. Getulio atendeu, assinando a primeira lei social da categoria, criando as colônias de pesca. Mas o batalhador Manoel não viu os benefícios da nova lei. Enquanto retornava, naufragou com sua jangada na costa do Espírito Santo, morrendo afogado.

Outro herói cearense é o aviador Euclydes Pinto Mar-tins. Nascido em Camocim, em 15 de abril de 1892, foi o primeiro piloto a voar de Nova Iorque ao Rio de Janeiro. Pilotando o hidroavião Sampaio Corrêa II, fez o vôo pionei-ro em 08 de fevereiro de 1923 e viria a falecer ainda jovem, em 17 de abril de 1924. Em sua homenagem o moderno aeroporto de Fortaleza chama-se Euclydes Pinto Martins.

Outra personalidade cearense que está sendo muito lembrada é a escritora Raquel de Queiroz, que neste ano estaria completando o centenário de nascimento. Mar-cando o acontecimento histórico, está sendo lançado um seu livro inédito (póstumo), com o título de “Mandacaru”, uma coletânea de poemas que Rachel escreveu em 1928. “Rachel de Queiroz é figura símbolo não só dos cearenses, mas de todos os brasileiros”, disse o colega AFT Perdigão, ex-presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Tra-balho do Ceará, ele também um bom escritor, que estava com um pequeno estande, anunciando seu livro no recin-to do 28º ENAFIT.

E não se pode deixar de mencionar outro cearense que está “surfando na onda”, no momento, que é o palhaço Tiri-rica, eleito deputado federal por São Paulo, com 1.300 mi-lhão votos, aliás, o deputado federal mais votado, no país, na eleição deste ano. No entanto, o cearense que mais se projetou, politicamente, em São Paulo, foi o deputado José de Freitas Nobre. Nascido em Sobral, mudou-se para São Paulo ainda jovem, onde, trabalhando e estudando, formou-se em Direito pela tradicional Faculdade de Direi-to da USP, no largo de S. Francisco, onde foi presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto. Em 1957 elegeu-se vere-ador paulistano, pelo antigo PSB. Em 1961 foi eleito, de

modo autônomo, vice-prefeito de São Paulo, e se tornou o principal suporte político do então prefeito Prestes Maia. Não fosse o golpe militar de março de 1964, Freitas Nobre teria sido eleito prefeito da capital paulista, na eleição de 1965, tal era o prestigio popular que desfrutava. Sendo de esquerda, o golpe militar o afastou, momentaneamente, da política, mas logo se elegeu deputado federal, pelo an-tigo MDB paulista e, em 1972, já era o líder da oposição, na Câmara Federal, e uma das principais personalidades, da sociedade civil, no enfrentamento ao regime autoritá-rio. Teve atuação fundamental na fase de transição, para o regime democrático, no lançamento da candidatura de Tancredo Neves, a presidente, em 1984, e na campanha das DIRETAS JÁ. Freitas Nobre faleceu há poucos anos, quase esquecido, mas quem acompanhou a resistência democrática, durante os anos mais duros, do regime mi-litar, sabe avaliar a extraordinária atuação política, sem-pre séria, serena e corajosa, desse grande cearense que foi Freitas Nobre.

Um aspecto bastante inovador da economia rural ce-arense, nos dias de hoje, é a produção de flores na serra de São Benedito. O projeto foi implantado pela Holambra, uma grande cooperativa agrária de holandeses, situada na região de Campinas, em São Paulo. A produção cearense está indo muito bem e as flores são todas exportadas para a Holanda e distribuídas no mercado europeu. Também a cultura de frutas está tomando grande impulso, no Ceará, sobretudo de abacaxi. Destaque-se, ainda, a produção de coco, pois a água de coco cearense, juntamente com a da Paraíba, são consideradas as mais doces e saborosas do Brasil. Da mesma forma avança a implantação dos “pivôs” para geração de energia eólica, pois o Ceará é das regi-ões brasileiras mais bem arejadas, com ventos fortes e saudáveis, o ano todo, além da brisa refrescante, sempre balançando a fronte das palmeiras e que tanto inspirou o escritor José de Alencar. Muitos lamentaram a interdição das barracas na praia da Canoa Quebrada, o que afastou os turistas dessa que é uma das mais belas atrações da orla cearense, principalmente com suas falésias.

Grande presença dos novatos

Certamente a mais grata surpresa, no ENAFIT de Forta-leza, foi o comparecimento, em grande número, dos AFTs aprovados nos concursos mais recentes, sobretudo deste ano. O que mais incentivou a presença dos novatos foi a boa iniciativa da presidente Rosangela Rassy, que percorreu praticamente todos os estados, onde eles estão lotados, for-malizando não só o convite,mas explicando a importância da participação dos AFTs no encontro nacional. E o princi-pal argumento de Rosangela foi, justamente, o mote do 28º ENAFIT: “Qual a Inspeção do Trabalho que queremos”?

Pela primeira vez os novatos foram para a tribuna e mos-traram a visão que tem da Inspeção do Trabalho brasileira, suas aspirações e esperanças dentro da instituição, na qual são recém-chegados. “O Encontro Nacional da Inspeção do Trabalho estava necessitando desse novo sopro, precisando

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de ar fresco para oxigenar suas artérias, que já estão fican-do cansadas, quase obstruídas”, disse o colega Ribamar, de Marília, São Paulo, onde foi Subdelegado do Trabalho por muitos anos.

Essa boa presença de AFTs novatos animou a todos. A maioria ainda é muito jovem. E outra surpresa: entre os novatos estão predominando as mulheres. Pelo menos elas estavam em maior número, em Fortaleza. Formavam grupos alegres, bem humorados, inteligentes, gerando um excelente ambiente para o ENAFIT. A reportagem do ELO faz, com muito otimismo, esse registro, porque o san-gue novo vem garantir a continuação de uma Inspeção do Trabalho forte e saudável em nosso país e, principalmente, com os novos colegas preocupados com a boa organização da categoria, com a defesa da instituição, porque é a Ins-peção do Trabalho que tem por missão conter os excessos do capital e ser escudo de proteção aos trabalhadores. E na sua vanguarda, na linha de frente, essa magnífica insti-tuição social, que é a Inspeção do Trabalho, nos momentos mais difíceis só tem, a seu lado, seus soldados mais leais, que são os auditores e auditoras fiscais, como samurais do século XXI, a defendê-la com toda coragem e dignidade. Como fizeram nossos três companheiros AFTs, mais o mo-torista do MTE, chacinados brutalmente em 28 de janeiro de 2006, em Unaí, Minas Gerais, e, lamentavelmente, os mandantes do crime, ainda que plenamente identificados, até hoje não foram a julgamento. (DS)

AFT do Maranhão apresentou e aprovou propostas na plenária final do 28º ENAFIT

O colega AFT, Lourival da Cunha Souza, do Maranhão, teve uma participação bem ativa e efetiva, durante o 28º ENAFIT, realizado no período de 07 a 12 de novembro em Fortaleza-CE. Ele participou assiduamente de toda a pro-

gramação técnica do evento e fez perguntas e comentá-rios muitos apropriados em vários temas da programação. Durante a plenária final, apresentou e defendeu 6(seis) propostas, que foram todas aprovadas pela unanimidade dos Auditores Fiscais do Trabalho que compunham o ple-nário. As propostas foram:

Que a Diretoria do SINAIT pleiteie:

1 - Junto ao governo brasileiro a ratificação da Convenção nº 187 da OIT que trata da estrutura de promoção da Se-gurança e saúde do trabalho no país;

2 - Junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, através da SIT, a atualização urgente dos limites de exposição ocu-pacional dos agentes ambientais, dispostos nos anexos nº 11 e 12 da Norma Regulamentadora nº 15, assim como da atualização dos demais anexos da mesma NR;

3 - Junto ao Ministério do Trabalho e Emprego que a FUN-DACENTRO, órgão do Ministério do Trabalho, promova regularmente treinamento para os Auditores Fiscais do Trabalho quanto as questões de segurança e saúde no trabalho.

Que seja promovido estudo jurídico pelo SINAIT, para:

4- Verificar a fundamentação legal mais adequada para implementar a realização de concursos para especialistas em segurança e saúde no trabalho sem afetar a unidade da carreira Auditoria Fiscal do Trabalho;

5- Verificar a real extensão do dispositivo da lei complemen-tar nº 75/93, para verificação se há competência do Ministé-rio Público do Trabalho para estabelecimento de prazo para a Auditoria Fiscal do Trabalho realizar ação fiscal.

6- Que a programação técnica do 29º ENAFIT seja cumpri-do fielmente dentro dos horários estabelecidos.

O colega Lourival ao defender suas propostas disse que neste momento que se discute a importância da fis-calização especializada em segurança e saúde no trabalho é fundamental a implementação das questões acima le-vantadas por ele, como forma de valorizar, ainda mais, a Auditoria Fiscal do Trabalho no Brasil

No tocante a proposta quanto ao Ministério Público do Trabalho, ressaltou a sua importância como instituição democrática e parceira, mas entende que o MPT não tem competência para estabelecimento de prazo para a Audi-toria do Trabalho realizar ação fiscal, fato que acontece em seu Estado, mas para o estabelecimento de prazo para en-vio de documentos já produzidos em ação fiscal.

O colega Lourival apresentou e defendeu cada uma das propostas acima e, ressaltou ao ELO, que todas estas pro-postas visam o aprimoramento e a valorização da Inspeção do Trabalho em nosso país.

Essa boa presença de AFTs novatos animou a todos. A

dos Auditores Fiscais do Trabalho que compunham o ple-nário. As propostas foram:

Que a Diretoria do SINAIT pleiteie:

1 - Junto ao governo brasileiro a ratificação da Convenção nº 187 da OIT que trata da estrutura de promoção da Se-gurança e saúde do trabalho no país;

2 - Junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, através da SIT, a atualização urgente dos limites de exposição ocu-

que neste momento que se discute a importância da fis-calização especializada em segurança e saúde no trabalho é fundamental a implementação das questões acima le-vantadas por ele, como forma de valorizar, ainda mais, a Auditoria Fiscal do Trabalho no Brasil

do Trabalho, ressaltou a sua importância como instituição democrática e parceira, mas entende que o MPT não tem competência para estabelecimento de prazo para a Audi-toria do Trabalho realizar ação fiscal, fato que acontece em seu Estado, mas para o estabelecimento de prazo para en-vio de documentos já produzidos em ação fiscal.

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Osmar, Ribamar, Maria e famíliares

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Servidores aposentados firmes contra os 11%Ao pleitear seu primeiro mandato, em 2002, o então can-

didato Lula prometeu que, se eleito, revogaria a cobrança da taxa previdenciária de 11%, sobre o vencimento mensal dos servidores públicos, criada na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Lula foi reeleito em 2006 e manteve, integralmente, essa co-brança injusta, e até mesmo cruel, ignorando todos os apelos dos servidores e pensionistas. E, a dois meses de deixar a pre-sidência, Lula carregará consigo esse episódio cinzento, pouco dignificante de seu governo, pois deixa de atender ao pedido, até mesmo humanitário, do funcionalismo público aposentado de nosso país.

Como seu apelo não encontra acolhido no Governo Fede-ral, aos servidores aposentados só resta ir à luta, tanto no Par-lamento, quanto nas ruas, para conseguir a derrubada dessa cobrança absurda. Em São Paulo eles se aglutinam no MOSAP, o principal movimento social de mobilização dos aposentados. Importantes reuniões e assembléias tem se realizado na capital paulista e em cidades do interior, engrossando, cada vez mais, a participação dos servidores, por meio de suas lideranças e en-tidades de classe.

Na casa de Portugal Conforme o calendário de mobilização, ocorreu importante

reunião, na manhã dia 14 de setembro último, na Casa de Portu-gal, em São Paulo, convocada pelo MOSAP e associações/sindi-catos de servidores públicos, dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Estiveram presentes quatro deputados federais e um estadual, todos reconhecidamente defensores do Serviço Público e do funcionalismo.

Os deputados federais presentes foram Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Ivan Valente (PSOL-SP), Marcelo Ortiz, (PMDB-SP) e João Dado (PDT-SP), além de Carlos Giannazi, deputado estadu-al paulista do PSOL.

O Sindicato Paulista dos Auditores Fiscais do Trabalho-SINPAIT esteve representado por seu presidente, colega AFT Jesus Jose Bales e os diretores Yllen Fabio Blanes de Araujo, Felix Suriano Domingues Neto e Dalisio dos Santos. Estavam presentes vários colegas AFTS, aposentados, colegas da Ca-pital, de Santos e o colega Paulo Cristino da Silva, Gerente Regional do Trabalho em Ribeirão Preto. Infelizmente nenhu-ma central sindical esteve presente, nem enviou qualquer mensagem de apoio aos aposentados, ainda que essas orga-nizações passem por momento de pouco prestígio junto aos trabalhadores.

A maior presença, em plenário, era de professoras e pro-fessores do ensino público estadual. A APEOESP não enviou representante. Calculou-se que mais de 500 pessoas estavam presentes no auditório da Casa de Portugal. Praticamente to-das as federações e associações de servidores públicos, dentre as mais influentes, estavam representadas nesse encontro.

Na ocasião o plenário prestou carinhosa homenagem à professora Laura, de 90 anos, em nome de todas as professoras aposentadas paulistas. Coube ao coral da Associação das Pro-fessoras Aposentadas das escolas públicas do Estado de São Paulo abrilhantar a reunião, que se estendeu até as 13:00 horas.

“Nosso campo de batalha é na Câmara Federal”

O companheiro Edson, presidente do MOSAP, foi quem pre-sidiu a mesa e o primeiro a discursar. “É no Parlamento, na Câ-mara Federal, que deveremos centralizar a luta pela derrubada da cobrança previdenciária sobre os servidores aposentados e seus pensionistas. Estão aqui, conosco, quatro deputados fede-rais paulistas da melhor qualidade e que sempre defenderam os servidores públicos. Sabemos que, com eles, podemos contar. Mas é preciso muito mais apoio. Temos de ir à Câmara com nos-sa força total para pressionar, para conquistar mais deputados e, também, denunciar aqueles que são contra nós.

“Este nosso pleito, aprovação das PECs 555 e 270, já pas-sou pelas comissões técnicas. Agora é a luta pela aprovação em plenário e, depois, pela sanção do Presidente da República. Queremos a solução ainda este ano. Haveremos de conseguir. Vamos nos manter unidos, mobilizados, procurando deputados de nossas cidades e insistindo, junto a eles, para que derrubem essa cobrança maldita. Nossa causa é justa, e isso é o que nos motiva na luta”, disse o Presidente do MOSAP.

O Dr. José, da Federação Nacional dos Servidores do Judi-ciário, destacou que é preciso dar força total aos deputados presentes, porque eles nunca faltaram com seu apoio aos plei-tos do funcionalismo. “Nós, que estamos há muitos anos nessa luta em prol dos servidores e pelo fortalecimento do serviço público, sabemos muito bem quem é quem no Congresso Na-cional.” A colega Bernadete, da Unafisco-Nacional, fez o mesmo destaque. O colega Hélio Melo, de 87 anos, um dos mais anti-gos dirigentes classistas do funcionalismo público (foi auditor fiscal do Trabalho), lembrou recente greve do serviço público, na França, que paralisou o país, com adesão da população, num protesto contra o governo do presidente Sarkozi, que procura enfraquecer os direitos dos trabalhadores franceses. Sarkozi já conseguiu elevar para 62 anos a idade mínima para a aposen-tadoria. “É sempre assim. O capitalismo gera suas crises e quem paga por elas é sempre o povo, os mais humildes, o trabalhador, o servidor público”.

“Temos de forçar o Governo a cumprir a Convenção 151, da OIT, para que seja regulamentado o direito do servidor público de exigir a negociação coletiva e o amplo direito na atividade sindical. O atual governo quis empurrar para a nova legislatura, no ano que vem, a decisão sobre a PEC 555, mas, até aqui, não conseguiu, porque ela já passou nas comissões e deve ir logo para votação em plenário. E nessa primeira vitória, devemos muito aos quatro deputados paulistas, aqui presentes. Eles fo-ram corajosos e soberanos”, disse Helio Melo. Ele lembrou que, pelo interior do país, ainda há prefeitos que pressionam seus funcionários municipais a que não se organizem em sindicatos.

A escola pública

Várias professoras aposentadas falaram do descaso que os governos têm demonstrado pela educação, em nosso país, so-bretudo com relação ao ensino básico. “Não podemos misturar todos como “farinha do mesmo saco”. Há políticos honrados, idealistas, que lutam pelos mais fracos e pelo bem do Brasil. Es-ses bons políticos, acima de partidos e de ideologias, devem ser

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prestigiados por nós. Precisam de nosso apoio para que possam confrontar os poderosos. Nesta altura de minha vida, quase toda entregue ao ensino público, à formação das crianças, nos seus primeiros anos escolares, vejo com profunda tristeza o abando-no da escola pública. Sei que há boas exceções. Infelizmente são minoria. Nesta manhã, nesta importante reunião, em que nós to-dos, aqui presentes, na condição de aposentadas, aposentados, e pensionistas, todos nós, que entregamos nossas vidas ao serviço público de nosso país, à elevação cultural e social do generoso povo brasileiro, só podemos pedir respeito e reconhecimento. Acho que esse é o derradeiro direito que restou ao funcionário público brasileiro aposentado”, disse a profa. Laura, de 91 anos, estando entre as mais antigas professoras do Brasil.

Outra professora aposentada destacou que o funcionalismo vive sem perspectiva nenhuma. “Vivemos de greves anuais, e até semestrais, mas sem qualquer resultado prático. Afinal, o que o governo federal e os governos estaduais querem em rela-ção ao Serviço Público? Por que se recusam a discutir, de modo aberto, a política de pessoal, de recursos humanos, de carreiras, para a administração pública?” A profa. Zilda pediu mais respei-to às pensionistas. “Elas vivem humilhadas. Ganham seus direi-tos na Justiça, mas nada recebem, porque o governo não paga. Os precatórios são empurrados para debaixo do tapete pelo go-vernante. É situação horrível, que revolta qualquer pessoa.” Uma professora, que disse ser do tempo em que se ensinava gramáti-ca e redação, às crianças, desde o início da alfabetização, pediu uma campanha pública em defesa da língua portuguesa. “Nosso idioma, tão belo e tão rico, está sendo mutilado, vilipendiado. A linguagem chula, o modo de expressar, próprio do botequim, é que está predominando, envergonhando nosso povo perante o mundo. Isso tem que ser combatido. Se é para aceitarmos a destruição de nosso bom vernáculo, então nem a alfabetização se justifica mais. Que predominem os palavrões, as expressões vulgares, debochadas, os neologismos da internet. Mas estejam certos de que o povo brasileiro não concorda com isso. Nossa gente é educada, respeitosa, e mesmo quando falha, no uso da gramática, se expressa de modo adequado, nunca com lingua-jar grosseiro, malcriado, de baixo mundo.”

O colega Jesus Bales, presidente do SINPAIT, deplorou que o Ministério do Trabalho e Emprego venha sendo esvaziado, cada vez mais, em suas atribuições, com reflexos negativos em toda sua corporação de servidores. Sobre o assunto em pauta, afir-mou: “Estamos aqui, neste memorável encontro suprapartidário, com as mais expressivas lideranças presentes, para avançar na luta que busca aprovar a PEC 555 e acabar com essa brutalidade, que é a cobrança previdenciária sobre o vencimento mensal do servidor. Vamos dar todo apoio a esses brilhantes deputados, por São Paulo, aqui presentes, mesmo porque são poucos os políti-cos, hoje em dia, em quem a gente pode confiar.”

Carreira de Estado

O deputado Ivan Valente criticou o ajuste fiscal, do modo

como é feito pelo governo, porque suas conseqüências seve-ras recaem sobre o servidor público. Defendeu que todas as atividades de ponta, no serviço público, sejam consideradas como “Carreira de Estado”, como a de professores e funcioná-rios graduados da Saúde. “Entendemos que só assim, com um funcionalismo bem preparado, bem selecionado, em concursos públicos, teremos um Estado forte e sempre atuante, em nosso país, necessário para atender às necessidades do povo e ter dele

toda a confiança e respeito”. Valente alertou que para a PEC 555 ser aprovada, na Câmara Federal, é preciso muita mobilização, muito esforço, de todo o funcionalismo público brasileiro, ativo, inativo e pensionistas. Finalizou dizendo que os parlamentares presentes são todos sérios, de ficha limpa e que defendem os servidores porque entendem a importância extraordinária do serviço público, num país de dimensões continentais como o Brasil. “Aqui é um encontro de pessoas sérias, discutindo coisas de real importância para o país”.

O deputado João Dado, que é auditor fiscal fazendário, no estado de São Paulo, disse que o funcionalismo público precisa ter atuação mais destacada no Congresso e ampliar o número de parlamentares que possam lhe dar apoio. “Se não aumen-tarmos nossa representação no Congresso seremos engolidos e humilhados, cada vez mais.”

Na mesma linha falou o deputado Marcelo Ortiz, denuncian-do que nada justifica a cobrança de taxa previdenciária sobre ser-vidores públicos aposentados e pensionistas. Destacou que tem 76 anos e já concluiu dois mandatos parlamentares. “É preciso deixar bem claro que aqui nenhum de nós é aliado de banquei-ros, de ricaços, de grandes corporações, nem dependentes de fa-vores do Governo. Somos todos ficha limpa. Que eu saiba, nunca se ouviu falar de algum ficha suja metido com a causa dos servi-dores públicos. Porque aqui não corre dinheiro, todo mundo é pobre e digno. Nossas posições são transparentes. Acreditamos, sinceramente, no serviço público brasileiro, na sua importância para o país, e no idealismo, na boa vontade dos servidores pú-blicos. Trabalhei a vida inteira, sempre contribuindo, para a Pre-vidência, com o valor de teto. Aposentei-me com direito a vinte salários mínimos. Hoje recebo apenas quatro!” Para o deputado Ortiz o aposentado brasileiro parece que foi escolhido, por nos-sas autoridades, para ser o saco de pancadas, o bode expiatório de todas as mazelas, de todas as desgraças do país.

Último a discursar, o deputado Arnaldo Faria de Sá fez um relato minucioso de todos os fatos ligados à aposentadoria do servidor público, nos últimos vinte anos, principalmente as “re-formas previdenciárias”, desde o governo Collor até os dias atu-ais. Todas elas sempre buscaram retirar direitos dos servidores e forçar a privatização do seguro social. “Os servidores e seus pen-sionistas só vêem sofrendo perdas. São os filhos enjeitados do sistema.” Lembrou a PEC dos precatórios, que tanto prejudicou os pensionistas, e o papel lamentável que teve Nelson Jobim, então presidente do Supremo Tribunal Federal, e o senador Renan Ca-lheiros, que agiram ostensivamente para prejudicar os servidores, mandando às favas os princípios da paridade e da integralidade.

Para Arnaldo, PT e PSDB tem a mesma posição preconcei-tuosa, e negativa, em relação aos funcionários públicos, tanto que Collor iniciou e FHC incentivou a terceirização, no serviço público, e o atual governo aprofundou, de modo até descontro-lado, essa prática, que só há pouco tempo foi contida pela ação do Ministério Público. Um dos presentes lembrou que boa parte dos escândalos, envolvendo superfaturamento e desvio de di-nheiro público, está sempre ligada a contratos de terceirização na administração pública, em seus três níveis: federal, estadual e municipal.

“A luta pelas PEC 555 e PEC 270 só nasceu por causa de vocês. Se a massa dos servidores não continuar numa posição firme, decidida a lutar contra tudo e contra todos, não será pos-sível derrubar a cobrança previdenciária sobre aposentados e pensionistas do serviço público”, finalizou Arnaldo Faria de Sá. (D.S.)

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Reunião em São Paulo discute reestruturação do SINAIT

da nova estrutura caso ela venha a ser implantada e não apenas informes jurídicos que já cons-tam da legislação nacional.

Para tanto, fez as seguintes in-dagações: 01) Qual será a futura mensalidade do NOVO SINAIT e em que proporção esse valor será dividido aos Estados: igualmente a cada um ou proporcionalmente ao número de filiados; 02) Como serão constituídas as DELEGA-CIAS SINDICAIS; 03) Qual será a proporcionalidade dos repre-sentantes sindicais; 04) A quem caberá a indicação dos represen-tantes sindicais; 05) Como fica-rão as ações judiciais em anda-mento; 06) Como serão feitos os atendimentos permanentes na área jurídica, já que, em São Pau-lo, quase semanalmente, filiados são encaminhados ao escritório contratado, para sanar suas dú-vidas; 07) Existirá algum impe-dimento legal para a existência de mais um sindicato (Nacional/Estadual); 08) Caso o filiado de-seje continuar no Nacional e no Estadual, o que será feito pelo SINAIT; 09) Não seria mais inte-ressante a criação de uma FEDE-RAÇÃO, onde todos ganhariam, pois um sindicato tem muito mais poderes que uma associa-ção e o SINAIT também ganharia pois teria um “status” maior. O Presidente do SINPAIT, rebaten-do argumento bastante difun-dido, com referência à transfor-mação do SINAIT em federação, argumentou não existir qualquer problema quanto à representati-vidade, pois o SINAIT, na maioria das vezes, ao propor qualquer

Em outubro, conforme pro-gramação, foi realizada em São Paulo mais uma

reunião promovida pelo SINAIT e agendada pelo SINPAIT para discutir a nova reestruturação do SINDICATO NACIONAL.

O SINAIT foi representado pela Presidente Rosangela Silva Rassy (Pará), que se fez acom-panhar de seus Vice-Presidentes Carlos Roberto Dias (Bahia), José Sérgio Ferreira da Trindade (Ser-gipe), Fábio Ubirajara de Campos Lantmann (Paraná), Ana Palmira Arruda Camargo (Campinas) e Carmem Cenira Pinto Lourena Melo (Santos).

Pelo SINPAIT estiveram pre-sentes Edir, Fojo, José Coutinho, Luci, Solange e o Presidente Je-sus José Bales, além de um nú-mero razoável de filiados.

Coube ao SINPAIT fazer a abertura da reunião, seguindo-se a fala da Presidente do SINAIT, re-latando sobre as atividades atuais do SINDICATO NACIONAL, uma exposição feita pelo Vice-Presi-dente do SINAIT, Fábio sobre o tema e inúmeras perguntas dos participantes.

O Presidente do SINPAIT, após o elogio da explanação do colega Fábio, ressaltou que, até o mo-mento, o SINAIT apenas trouxe aos sindicalizados informes téc-nicos/jurídicos, mas, deixou de lado as principais conseqüências da possível mudança.

Jesus, conforme suas próprias palavras, argumentou “quando se quer casar é preciso enfeitar a noiva”, isto é trazer esclareci-mentos sobre o funcionamento

ação judicial, utiliza-se de procu-ração de cada filiado. O SINPAIT, ao contrário, a fim de evitar pos-síveis problemas, sempre ajuíza ações na qualidade de substituto processual.

Algumas das respostas, não só do Presidente do SINPAIT, mas de todos os colegas fo-ram respondidas, na medida do possível, pois, segundo argu-mentos, muitas delas somen-te poderão ser respondidas a partir do momento em que for decidida a transformação ora pleiteada.

O Presidente do SINPAIT acabou por fazer uma critica a atuação do SINAIT quanto ao novo sistema de fiscalização, ar-gumentando que é necessário que sejam feitas modificações e adaptações, sob pena de extin-guir-se por si só. Afirmou que “O ELO”, antes mesmo da implanta-ção do sistema e até o presente momento, vem alertando que a fiscalização está perdendo força, e que são necessárias providên-cias para a mudança do novo sis-tema. No entanto o SINAIT não vem dando qualquer resposta sobre o assunto. Na seqüência, o SINAIT interpelou para infor-mar que constituiu um grupo de trabalho e foram encaminhadas 09 (nove) sugestões a SIT para revisão do sistema.

Ao término da reunião, a Di-retoria do SINPAIT informou que, no momento oportuno, irá convocar uma assembléia, que deverá ser presencial, para uma tomada de posição sobre o tema discutido.

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O ELO

Nos últimos anos, o cumprimento da Lei 8.213/91 (Lei de Cotas) garantiu que mi-lhares de trabalhadores com deficiência

tivessem respeitado o seu direito de inclusão no mercado formal de trabalho.

Em que pese o fato de que grande parte das em-presas estarem se empenhando no cumprimento da legislação e de terem reconhecido os aspectos positivos da implantação de políticas de inclusão, algumas delas tem recorrido à Justiça, alegando que não haveria número suficiente de pessoas com deficiência dispostas a trabalhar e que não seria justo colocá-las em ambientes inadequados para recebê-las.

Tendo em vista que julgamentos pontuais da Justiça do Trabalho têm acatado essas pretensas razões e que o risco de que decisões desta nature-za possam se repetir em outras instâncias, vimos, nesta data de 21 de setembro - Dia Nacional de Luta da Pessoa Com Deficiência, conclamar a so-ciedade civil e os poderes públicos a não aceitarem argumentos desse tipo para justificar o não atendi-mento à legislação vigente que garante o direito ao trabalho às pessoas com deficiência enquanto va-lor indissociável da promoção da dignidade huma-na, reconhecido, inclusive, pela Convenção sobre Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU, ratifi-cada pelo Brasil em 2008 e que tem sido fundamen-tal para promover a inclusão social de mais de 25 milhões de brasileiros.

Salientamos que a inclusão da pessoa com defi-ciência deve ser assegurada por diferentes medidas, sendo premente:

- a necessidade do envolvimento do sistema judici-ário no que se refere à compreensão da real condição das pessoas com deficiência na sociedade, zelando pelo cumprimento da legislação vigente e garantindo assim que seus direitos não sejam espoliados;

MANIFESTO PELO AVANÇO E NÃO RETROCESSO DAS CONQUISTAS LEGAIS DESTINADAS À INCLUSÃO DAS

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

- a necessidade de que os legisladores não apro-vem leis que levem ao retrocesso dos direitos já ad-quiridos pelas pessoas com deficiência;

- a necessidade de cumprimento da legislação, em especial das questões de acessibilidade com a eliminação das barreiras físicas, arquitetônicas e ati-tudinais;

- a necessidade de providenciar e proporcionar os meios necessários ao sucesso da educação inclu-siva e daquela destinada à formação profissional;

- a necessidade de que os responsáveis pelas empresas e os profissionais de recursos humanos reconheçam na diversidade humana algo positivo e, por conseqüência, admitam que as características físicas, opções religiosas, etnia, gênero, idade, en-tre outras questões, não podem, por si só, definir as competências e habilidades individuais;

- a necessidade do envolvimento de toda a so-ciedade civil em prol da defesa dos direitos de ci-dadania e, em especial nesta data, dos direitos das pessoas com deficiência.

Frente a isso, manifestamos nosso apoio incon-dicional aos direitos das pessoas com deficiência ao trabalho e congratulamos a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo pelo notável trabalho de fiscalização desen-volvido nos últimos anos em prol da inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, considerando que o resgate dos direitos de cida-dania da pessoa com deficiência insere-se no con-texto maior da luta pela valorização da diversida-de, na construção de uma sociedade mais justa e solidária.

Manifesto aprovado na solenidade pela passa-gem do “Dia Nacional de Luta da Pessoa com Defi-ciência” realizada no prédio sede do Ministério do Trabalho e Emprego em São Paulo, no dia 21 de setembro de 2010.

Congratulações à SRTE/SP

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A notícia do resgate dos trabalhadores (mineiros) no Chile fez emergir na sociedade um sentimento que estava há muito tempo so-terrado: a solidariedade.

É importante, de plano, deixar claro que a solidariedade é um sentimento mais profundo que a mera compaixão. A população em ge-ral, mesmo fora dos limites territoriais do Chi-le, não apenas se condoeu com o sofrimento dos mineiros chilenos. Passou a se questionar como aquelas pessoas puderam ser subme-tidas a condições de trabalho tais que as ex-punham ao risco de tamanho sofrimento. As pessoas foram capazes de se colocar no lugar dos mineiros e esse é o atributo maior do sen-timento de solidariedade, que nos impulsiona a análises mais sérias e a práticas concretas.

O próprio Presidente do Chile, Sebastien Piñera, disse, expressamente, que iniciaria uma revisão completa da legislação traba-lhista chilena para o efeito de conferir maior segurança no trabalho “nas áreas de minera-ção, agricultura e indústria”. Oportuno lembrar, como destacado por Emir Sader, que fora o próprio irmão do Presidente, José Piñera, que, no Chile, deu continuidade à idéia de “flexibi-lização laboral”, vinda desde Pinochet, a qual deixou muitos trabalhadores, e em especial os mineiros, sem qualquer proteção efetiva do Estado.

O evento em questão, portanto, apresenta-se como uma oportunidade de se reconstituir a própria razão de ser da legislação trabalhista: o sentimento de solidariedade.

Foi, vale lembrar, a indignação diante do abandono a que são deixadas as pessoas que trabalham para a produção de riquezas, as quais aproveitam, direta ou indiretamente, a toda a sociedade, que motivou, na história recente da humanidade, a partir do final do século XIX, com intensificação nos períodos pós-guerras, o surgimento das leis trabalhistas e, conseqüentemente, do Direito do Trabalho.

A situação vivenciada pelos mineiros chi-lenos e a comoção social gerada nos permi-tem as seguintes indagações: alguém em sã consciência viria a público neste instante para defender que as péssimas condições de tra-balho dos mineiros estariam justificadas em razão das exigências econômicas do mer-cado? Ou dizer que a redução das garantias trabalhistas dos mineiros era necessária para aliviar a empresa do custo que tais garantias correspondiam? Não, não diria, certamente...

Como demonstra a situação a que toda a sociedade acabou sendo obrigada a ver graças

Mineiros do Chile e soterrados do BrasilJorge Luiz Souto Maior(*)

ao vulto midiático atingido, o custo deve fazer parte da própria essência do permissivo jurídi-co e social da exploração do trabalho alheio. Não é legítimo a ninguém pleitear a utilização do trabalho de outra pessoa dentro da lógica do menor custo. Há regras da própria convi-vência humana a serem respeitadas, cujo des-cumprimento representa uma agressão a toda a sociedade, causando indignação. Assim, os direitos trabalhistas jamais podem ser vistos como custos, que possam ser simplesmente extraídos. A preservação da dignidade e a ele-vação da condição humana dos trabalhadores são papéis fundamentais dos direitos traba-lhistas, que não podem ser postos em questão por nenhum argumento econômico.

Um abalo sísmico, de natureza econô-mica, das bases fundamentais do Direito do Trabalho, poderia fazer com que se atraísse para a situação refletida no caso dos mineiros chilenos uma gama enorme de obstáculos à efetivação de direitos essenciais à preserva-ção da condição humana. Diante da expe-riência extraída do cotidiano da Justiça do Trabalho no Brasil, fácil imaginar os tipos de argumentos que se utilizariam para negar aos mineiros chilenos algum direito. O dono da mina (se fosse identificado) diria: “eu não sou o empregador dos mineiros”; “não fui eu quem os contratou”; “não tendo contrato com os mi-neiros, não tenho responsabilidade legal quan-to ao ocorrido, e ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei”. O sujeito que “contratou” os mineiros (se fosse localizado) diria: “eu não era empre-gador deles”; “eles eram meus colaboradores, prestadores de serviço autônomo”. No aspecto pertinente ao acidente propriamente dito, di-riam, ambos: “não temos culpa pelo ocorrido, foi uma fatalidade”; “os mineiros cometeram ato inseguro, quando não seguiram as instru-ções de segurança”; “e, ademais, não houve concretamente um acidente do trabalho, pois não resultou qualquer lesão”; “do evento não resultou perda da capacidade laboral”; “os mi-neiros estão sãos e salvos e até devem ser gratos à empresa pois ganharam notoriedade internacional (eram meros desconhecidos, agora são personalidades)”; “sequer se pode dizer que houve sofrimento, muito pelo con-trário, afinal, os mineiros se conheceram mais enquanto pessoas, aprendendo a explorar os seus limites de sobrevivência”...

Se acatados fossem tais argumentos, o sofrimento dos mineiros, que causou indigna-ção internacional, seria transformado em pó, e

este seria, na verdade, o momento mais trági-co do evento em questão, que, provavelmente, não teria visibilidade midiática junto à comuni-dade internacional. O risco, portanto, é o de que a solidariedade se transforme em frívola compaixão, cuja manifestação sirva apenas a propósitos não revelados.

A sobrevivência é, por certo, o bem ime-diatamente mais importante, mas a sobrevida deve ser acompanhada do resgate da dignida-de de cada um, sendo esta a dimensão neces-sária do direito. Mais do que presentes e fes-tejos, os trabalhadores em questão precisam ver valer, em concreto, os seus direitos, que lhes pertencem não por um favor ou ato de be-nevolência, caridade ou compaixão de quem quer que seja. O efetivo resgate dos mineiros, portanto, ainda está por ser completado.

Cumpre verificar, ainda, que argumentos como os acima apresentados também tem sido utilizados, com freqüência, em lides traba-lhistas que tratam de acidentes de trabalho no Brasil e, infelizmente, de forma não tão rara se vêem acatados, o que transforma a situação de milhões de trabalhadores brasileiros quase tão terrível quanto àquela que tiveram que su-portar os mineiros chilenos. O fato é que, dia-riamente, no Brasil, direitos trabalhistas, cuja base existencial foi a solidariedade internacio-nal, estão sendo soterrados a cada dia.

Assim, enquanto, no Chile, os mineiros eram reconduzidos à superfície, no Brasil in-contáveis eram: os trabalhadores submersos em jornadas de trabalho de 12 horas ou mais; os “terceirizados” segregados no ambiente do trabalho, aos quais se recusam até o direito ao próprio nome; os trabalhadores no meio rural, e mesmo urbano, reduzidos à condição análoga à de escravos; as crianças e os ado-lescentes, até 16 anos de idade, explorados sob o pretexto de estarem sendo ajudados; os empregados submetidos a um sistema perver-so de banco de horas, com alterações cons-tantes de horários de trabalho, que lhes nega a mínima previsibilidade sobre a própria vida; empregados mascarados em PJs, cooperados ou “associados”, sem qualquer garantia traba-lhista; as empregadas domésticas submetidas a trabalhar sem qualquer limitação da jornada de trabalho, sem proteção contra acidentes do trabalho, sem recebimento de salário mínimo, sem FGTS, amparo do seguro-desemprego etc; os motoristas de ônibus, caminhões ou carretas, expostos à necessidade de dirigirem dias e noites a fio, sob o risco de sofrerem gra-ves acidentes; os estudantes utilizados como

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O ELO

mão-de-obra barata, ou seja, sem as garantias trabalhistas integrais, sob a formalização de contratos com aparência legal como o de es-tágio e o de residência médica; os serventes e pedreiros trabalhando em vultosas obras sem a devida proteção jurídica trabalhista, median-te a suposição, fraudulentamente fi xada, de serem empreiteiros; os trabalhadores em ativi-dades insalubres sem as devidas proteções in-dividuais, executando atividades com esforço repetitivo; trabalhadores sem o devido registro em Carteira; trabalhadores conduzidos às fi las do desemprego sem o recebimento das deno-minadas “verbas rescisórias”, vendo-se obriga-dos, assim, a suportar os trâmites infi ndáveis de uma lide processual; os trabalhadores sub-metidos a revistas íntimas, invadidos em sua intimidade e privacidade, sob o argumento da preservação do patrimônio do empregador...

Ou seja, no mesmo momento em que a comunidade internacional comemorava o res-gate formal dos mineiros chilenos, milhões de trabalhadores brasileiros continuavam soterra-dos na mais profunda injustiça, sem ser alvo sequer de alguma compaixão por parte dos demais membros de nossa sociedade, vez que a mídia não estava preocupada em difun-dir tal realidade. Não se pode deixar de con-signar, por oportuno, que parte dessa mesma mídia durante muito tempo, bem ao contrário, tem se postado em estado de guerra contra os direitos dos trabalhadores, buscando abalar o “status” de cidadãos dessas pessoas.

E, ademais, como se está procurando dizer, mesmo uma compaixão não seria sufi -ciente. Para alterar essa realidade, é preciso um efetivo exercício de solidariedade, que permita transportar para si as afl ições, as an-gústias e os sofrimentos alheios, como forma de se atingir, com plenitude, a esfera da or-dem jurídica. É neste sentido, como dito, que o caso dos mineiros chilenos não se resolve com o resgate de seus corpos e o mesmo efeito deve se produzir, com urgência, com relação a milhões de trabalhadores brasileiros, que merecem, até por dever jurídico, diante da incontestável vigência dos preceitos constitu-cionais, o empenho de nossa mais irrestrita e sincera solidariedade, que constitui o pressu-posto necessário à efi cácia de seus direitos. Afi nal, diante de tragédias como a de lá e as de cá, a natureza essencial dos direitos traba-lhistas ninguém há de negar!____________________________________(*) Juiz do Trabalho, titular da 3ª. Vara de Jundiaí e professor livre-docente de Direito do Trabalho da Fa-culdade de Direito da USP.

NOTA - Essa mensagem é uma colaboração da AFT Camilla Bemergui / Brasília / DF.

A utilização de mão-de-obra in-fantil no campo e na cidade é cons-tatada com freqüência pelos Audi-tores Fiscais do Trabalho – AFTs. Na área rural, a maioria dos casos acontece em fazendas e carvoarias. Na cidade, crianças e adolescentes são constantemente encontradas trabalhando como domésticas, ba-bás, e em feiras livres.

O SINAIT buscou informações sobre o planejamento e atuação da Fiscalização do Trabalho no com-bate a esse problema social, que ainda persiste em nossa socieda-de e quem fala sobre o assunto é o Auditor Fiscal do Trabalho - AFT Luiz Henrique Ramos Lopes, Chefe da Divisão de Fiscalização do Tra-balho Infantil na Secretaria de Ins-peção do Trabalho – SIT.

A fiscalização do trabalho in-fantil, segundo o AFT, é projeto obrigatório em todas as Superin-tendências Regionais do Trabalho e Emprego. Os projetos seguem diretrizes determinadas pela SIT para planejar ações de combate ao trabalho infantil e proteção ao adolescente trabalhador, e o aten-dimento a qualquer tipo de ocor-rência que envolva crianças e ado-lescentes é prioridade. São leva-das em consideração as peculiari-dades de cada local e em todos os estados a fiscalização age contan-do com a parceria de instituições que formam uma Rede de Prote-ção à Criança e ao Adolescente. Em geral, as ações dos parceiros são complementares à ação fiscal para responsabilizar criminalmen-te empregadores e para inserir os menores em programas que impe-çam sua volta ao trabalho.

Não é fácil realizar esta tarefa. A cultura e a situação conjuntural de pobreza e desemprego são de-safios para a fiscalização e para as demais instituições que agem em conjunto para erradicar o traba-lho infantil. Luiz Henrique afirma

Combate ao trabalho infantil é projeto obrigatório em todas as SRTEs

que no início da década de 1990, quando a fiscalização começou a atuar efetivamente nesta área, houve uma redução significativa do número de crianças e adoles-centes trabalhando. Nos últimos anos, porém, a redução diminuiu o ritmo, mas isso não ocorreu apenas no Brasil, é uma tendência mundial.

As parcerias mais constantes do Ministério do Trabalho e Em-prego nesta missão são com o Ministério Público do Trabalho, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministé-rio da Educação, Secretaria Espe-cial de Direitos Humanos, Fórum Nacional e Fóruns Estaduais para Erradicação do Trabalho Infantil, Secretarias Estaduais e Municipais de Assistência Social. Cada uma das instituições tem um papel de-terminado. A ação fiscal, ressalta Luiz Henrique, “apenas começa um processo de ações governa-mentais que suprirão a necessida-de da criança, do adolescente e da família alcançada”.

Os resultados da fiscalização são satisfatórios, diz o AFT. O número de fiscalizações aumen-tou, mas o número de crianças e adolescentes encontrados di-minuiu. Para ele, o maior desa-fio hoje é encontrar onde estão as crianças que trabalham, cerca de 4,3 milhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. No site do MTE podem ser consultados os resultados de ações fiscais em que foram encontradas crianças e adolescentes nos últimos anos, local, tipo de atividade econômi-ca, entre outras informações, no link http://sistemasiti.mte.gov.br.Em 2010, até 31 de agosto, foram realizadas 1.741 ações fiscais vol-tadas para o combate ao trabalho infantil e foram retirados do traba-lho 2.656 crianças e adolescentes.

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A ASSERTTEM – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EM-PRESAS DE SERVIÇOS TERCEIRIZÁVEIS E DE TRABALHO TEMPORÁRIO - comemorou seus quarenta anos de existên-cia com um jantar festivo.

Na ocasião, a ASSERTTEM divulgou um livro com o título “40 anos/ASSERTTEM – A HISTORIA DO TRABALHO TEMPORÁ-RIO E DOS SERVIÇOS TERCEIRIZÁVEIS NO BRASIL” que relata o início da entidade e a sua trajetória nos últimos 40 anos.

A obra contempla um apanhado histórico geral do fenô-meno da fl exibilização do trabalho em nosso país, além de apontar as perspectivas e desafi os para o futuro da atividade e foi distribuído a todos os convidados.

Na oportunidade, a Diretoria da ASSERTTEM prestou ho-menagem não só aos seus atuais e ex-Diretores, bem como às personalidades paulistas que tiveram participação no en-grandecimento da entidade.

Nós, do SINPAIT, que de longa data, privamos da amizade com membros de sua Diretoria, lembramos que, entre ou-tros, foram homenageados Johannes Antonius Maria Wiege-rinck, Vander Morales, Amancio Luiz Coelho Barker, Ermínio Alves de Lima Neto, Edson Belini e Necésio Tavares Neto. Compareceu ao evento e também foi homenageado o Ex-Ministro do Trabalho Almir Pazzianotto.

Esteve presente o Superintendente Regional do Trabalho em São Paulo, José Roberto Mello.

O SINPAIT foi representado pelos Diretores Luci Helena Lipel e Jesus José Bales.

Neste registro, aproveitamos para agradecer ao Pre-sidente da ASSERTTEM, Vander Morales, o convite para a comemoração.

ASSERTTEM - 40 anos

A UNAFISCO – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS AUDITORES - FISCAIS DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - inaugurou as novas instalações de sua sede social, localizada na Avenida Prestes Maia, no. 748 – Bairro da Luz, São Paulo, Capital.

Com uma freqüência muito boa, ativos e aposentados se encontraram em uma confraternização alegre e com muita discussão sobre o futuro das lutas em prol da categoria.

O SINPAIT, costumeiramente, sempre convidado para os eventos promovidos pela representação da Receita Fe-deral, esteve presente representado pelo Presidente e Vice-Presidente, Jesus José Bales e Luci Helena Lipel.

Os diretores do SINPAIT conversaram longamente com os dirigentes da UNAFISCO sobre temas comuns às Auditorias do Trabalho e da Receita, mesmo porque nossa entidade vem participando, em conjunto, de muitas das atividades realiza-das pelas representações da Receita Federal, em São Paulo.

A UNAFISCO-Associação tem como Presidente o colega Edison Staibano Gonçalves Manso, a quem agradecemos mais esse convite.

UNAFISCO-ASSOCIAÇÃO e sua nova sede

No último dia 15 de setembro – quarta-feira, às 17 horas, foi realizada a solenidade de posse dos novos dirigentes eleitos para o biênio 2010/2012, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª. Região.

Foram empossados os magistrados, Dr. Nelson Nazar (Presidente), Dr. Carlos Francisco Berardo (Vice-Presidente Administrativo), Dra. Sonia Maria de Oliveira Prince Rodrigues Franzini (Vice-Presi-dente Judicial) e Dra. Odette Silveira Moraes (Cor-regedora Regional).

Convém lembrar que, no início de sua car-reira pública, a Desembargadora Odette Silveira Moraes foi Auditora-Fiscal do Trabalho, concur-sada de 1975, e esposa de nosso saudoso cole-ga Tércio Galvão Moraes, que integrou a direto-ria do SINPAIT.

Na mesma noite, foi realizado um jantar em

Posse no TRT/São Paulo

homenagem aos desembargadores empossados, no Jockey Club de São Paulo.

O SINDICATO PAULISTA DOS AUDITORES FIS-CAIS DO TRABALHO esteve presente representa-do pelos Diretores Luci Helena Lipel, Solange Apa-recida de Andrade, Vera Galvão Moraes e Jesus José Bales.

Ao receber os cumprimentos do presidente do SINPAIT, o colega Jesus, o novo presidente em-possado do TRT-2ª Região, Dr. Nelson Nazar, falou de seu apreço e reconhecimento pelo trabalho, sempre importante, desenvolvido pela Auditoria Fiscal do Trabalho não só no Estado de São Paulo, mas em todo o Brasil.

O SINPAIT aproveita a oportunidade para cum-primentar pelo brilhantismo do evento e renovar os votos de muito sucesso a todos os empossados.

Foto: Unafisco / SP

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O ELO

Idealizado pelo saudoso colega AFT Milton Ferreira, “O ELO” completou trinta anos de existência ininterrupta com a edição 282, que circulou em setembro passado. Ela é a revista mensal do SINPAIT-Sindicato Paulista dos Auditores Fiscais do Trabalho. Sua linha editorial é absolutamente classista, voltada para a divulgação de todos os fatos que digam respeito à Auditoria Fiscal do Trabalho, à atuação dos AFTs e a defesa, intransigente, dos interesses da categoria.

“Adotou-se o nome “O ELO” como signifi cado de união, de convivência solidária entre os colegas, de aproximação entre todos que exercem a Inspeção do Trabalho em nosso país. Esta revista não tem outra preocupação se não a de expressar o sentimento coletivo, o que pensa e sente os colegas auditores. Por isso ela não se ocupa de posicionamentos polêmicos, seja de ordem política, partidária, ideológica, ou até mesmo corporativa. Se o lema adotado por esta publicação foi “unindo pela informação”, é isso que a redação busca sempre fazer, do modo absolutamente imparcial e transparente. O ELO procura ser o amigo fi el de seus leitores, ou melhor, de todos que formam esta grande e amorosa família dos Auditores Fiscais do Trabalho do Brasil”, disse o colega AFT Jesus Bales, presidente do SINPAIT.

Como nasceu

Numa entrevista que concedeu ao O ELO, em agosto de 2008, o colega Milton Ferreira lembrou o começo desta publicação:

“Em 1980, ao assumirmos a presidência da AAFITESP, então Associação dos Agentes Fiscais do Trabalho do Estado de São Paulo, e isso ocorreu por impedimento do colega Fernando Montenegro, nomeado Delegado do Trabalho, convidamos muitos colegas para somarmos as forças e lutar pela classe. Os colegas Jesus Bales, Luci Lipel e o saudoso Otacílio, entre outros, responderam a esse apelo, e muito fi zeram pela nossa querida associação.

“Criamos um Boletim Informativo, visando divulgar nosso trabalho, com edição mensal, sendo o primeiro número em setembro de 1980, e os colegas Jesus e Luci foram seus primeiros editores e redatores, com os melhores e exitosos resultados. Anos depois, foi rebatizado para “O ELO”, que se tornou esta revista de que toda a nossa classe se orgulha.”

Sempre garantiu a periodicidade

Uma das principais características do O ELO, e seu motivo de orgulho, é a circulação ininterrupta, ao longo de todos estes anos.

“Mesmo nos momentos mais difíceis, e foram muitos, nunca deixamos de circular. A periodicidade foi sempre garantida. O custo realmente é considerável. Não temos qualquer matéria comercial. É unicamente com o dinheiro dos colegas associados, das mensalidades, que a revista é paga. Mas é um gasto que compensa. Temos aprovação, praticamente unânime, dos colegas quanto à necessidade da existência do “O ELO”, da sua linha editorial, e do papel, até mesmo institucional, que presta à categoria e à Auditoria Fiscal do Trabalho brasileira. É uma tribuna, ainda que pequena, mas absolutamente independente, a serviço da Inspeção do Trabalho e dos AFTs”, disse a vice-presidente do SINPAIT, colega Luci Helena Lipel.

A evolução

O colega Jesus Bales traz o seu relato sobre a evolução da revista,

também publicado naquela edição de 2008: “Seu primeiro número saiu em setembro de 1980. O presidente da Associação era o colega Milton Ferreira. Foi dele a idéia de se fazer a publicação. Editado o primeiro número, não mais foi possível parar. O Boletim Informativo, antes apenas datilografado e copiado no mimeógrafo, foi tomando corpo, crescendo, e logo tomou feição de revista. Contagiou os colegas. Todos queriam participar. O Erasmo Torres, por exemplo, vibrava com o boletim pronto.

“Em janeiro de 1996 saiu à primeira edição colorida do ELO. Como o objetivo da diretoria era utilizar a publicação para aproximar os colegas, com o slogan “unindo pela informação”, logo se aprovou o nome defi nitivo da revista, como “O ELO”, em setembro de 1982. Deixou de ser apenas dos auditores paulistas, para ter circulação entre os AFTs de todo o país, bastando o colega fazer o pedido de envio da revista, fornecendo seu endereço. E a redação passou a divulgar material jornalístico de todas as regiões, procurando aproveitar toda colaboração enviada por colegas. A prioridade editorial é a defesa da categoria e a divulgação ampla de tudo que diga respeito à Auditoria Fiscal do Trabalho, em nosso país.

“Assim a revista do SINPAIT, que tem periodicidade regular, mantida desde seu início, continua cumprindo seu lema, de unir pela informação. Ao longo de sua vida publicou entrevistas com praticamente todos os ministros do Trabalho. Dentre suas capas há uma, de 1995, com a foto do então Secretário Executivo do Ministério do Trabalho, Dr. Antonio Augusto Junho Anastasia, que depois se projetou com sucesso no governo estadual de Minas Gerais. Já teve matérias repercutidas em órgãos da grande imprensa, inclusive em publicação da OIT e em artigo do conhecido jurista Arnaldo Sussekind, um dos cinco redatores do texto da CLT, em 1943.”

A perda de Milton Ferreira

Foi com muito pesar que os Auditores Fiscais do Trabalho do Estado de São Paulo receberam a notícia do falecimento do colega Milton Ferreira, ocorrido na capital paulista, em agosto último. Nascido em Piracicaba, onde fez seus primeiros estudos, mudou-se para São Paulo em 1946. Em 1950 ingressou no curso de Direito da PUC, por onde se bacharelou. Foi da turma pioneira de Inspetores do Ministério do Trabalho, admitido no concurso de 1955.

Milton Ferreira foi um grande líder classista de nossa categoria. Tendo assumido, em 1980, a presidência da AAFITESP-Associação dos Agentes Fiscais do Trabalho do Estado de São Paulo, hoje SINPAIT, foi um dos principais inspiradores da FASIBRA, a Federação das Associações de Inspetores do Trabalho do Brasil, que hoje é o SINAIT. E também idealizou o Boletim Informativo da Associação, em 1980, que depois tornou-se nesta revista, O ELO.

Milton, que residia no bairro paulistano de Mirandópolis, na zona sul, era casado com dona Therezinha Barbosa, com quem teve cinco fi lhos: Milton, Paulo, Ricardo, Sílvia e Sérgio. Deixou vários netos. Além de Auditor Fiscal do Trabalho, foi, também, advogado e professor, tendo lecionado no tradicional Colégio Pasteur, na vila Mariana. “Na luta classista sempre digo aos colegas que devemos ser continente, nunca ilha. Quando nos conscientizamos da importância da união, de que os interesses coletivos estão acima de qualquer vaidade pessoal, aí nossa categoria se torna imbatível”, disse ele, na entrevista que concedeu ao ELO, em 2000.

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A colega AFT Dalva do Couto Ribeiro, da Gerência Regional do Trabalho de Campinas, aposentou-se recentemente, mas não ficou nem um dia em casa, para o merecido descanso. De imediato, lançou-se em nova profissão – fotógrafa – e já está com vários projetos profissionais em andamento. Sua especialidade é a foto-arte. Ainda que exija técnica mais refinada, até mesmo muito talento, essa área da fotografia ganha projeção em nosso país, e os que a exercem são requisitados, cada vez mais, para trabalhos de expressão.

A colega Dalva esteve na sede do SINPAIT, em fins de agosto último, quando concedeu entrevista ao ELO sobre sua nova atividade, mas enfocou também o seu amor à Auditoria Fiscal do Trabalho.

O prazer em fotografar

Foi ainda muito jovem que Dalva tomou gosto pela fotografia. Eis seu relato:

“A fotografia sempre esteve presente na minha vida. Lembro que aos 17 anos ganhei minha primeira câmera do meu pai, uma Olympus Pen, e comecei a dar meus primeiros cliques. Sempre gostei de olhar as imagens dos grandes fotógrafos, como Ansel Adams, fotógrafo norte-americano do século XX, com quem me identifico, quando diz: ’Não fazemos uma foto apenas com uma câmera; ao ato de fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, a música que ouvimos, as pessoas que amamos’. Mas, nesse meio tempo, surgiram outros interesses: a Faculdade de Direito; depois, a carreira de Auditora Fiscal do Trabalho, que exerci durante 25 anos; a família; os filhos... e a fotografia ficou esperando.

“Iniciei um curso de fotografia em setembro de 2009, mas acabei abandonando por falta de tempo. Em janeiro de 2010, com minha pequena câmera Kodak Cyber Shot, fotografei algumas peças de teatro da 25ª Campanha de Popularização do Teatro de Campinas, a convite do meu amigo Ton Crivelaro, ator, diretor e autor de teatro, realizador da Campanha. Senti, então, que minha paixão pela fotografia reaparecera e que precisava de um equipamento mais potente e de conhecimento técnico para operá-lo. Lembro que a atriz Tânia Guinatti, esposa do Ton, ao ver minhas fotos, comentou: “Sua sensibilidade supera a falta de equipamento!” Em abril de 2010, Ton me enviou um e-mail dizendo:” Veja onde foram parar

suas fotos!” As fotos que tirei da peça Cinderela, em janeiro, estavam num comercial sobre a sua reapresentação na TVB Campinas.

“Comprei, então, uma câmera Nikon e, em maio de 2010, iniciei o curso de fotografia na Escola e Estúdio Fotográfico Humberto de Castro, em Campinas. Humberto, meu professor, brilhante fotógrafo, apaixonado pela arte da fotografia, tem sido meu maior incentivador. Foi quando senti que o chamado da fotografia era irrecusável e decidi pedir minha aposentadoria.

“Lembro que, quando cheguei à Superintendência do MTE, em São Paulo, em maio de 2010, para protocolar meu pedido de aposentadoria, insegura diante de como seria minha vida nessa nova fase, fui recebida com simpatia pela Adélia (DP) e pelo Luiz Neide (Financeiro). Ele me fez um elogio que jamais esquecerei: “Sua aposentadoria? Só se for da sua mãe, porque você ainda é muito jovem.” Essas palavras me encheram de ânimo e senti que minha aposentadoria seria apenas um trampolim para novas realizações. Ela foi publicada no dia 11 de junho último, aliás, dia do aniversário de minha filha, que completou 20 anos.

Primeiro foto-book “E foram surgindo as oportunidades. Nossa

colega Maritsa Amaly Miziara, AFT da Gerência de Campinas, grávida de sua primeira filha, foi modelo do meu primeiro foto-livro, que ficou lindo, pois Maritsa, além de muito bonita, é bastante fotogênica. No momento, estou preparando meu segundo foto-livro.

“Outro trabalho que me emocionou foi feito em uma favela em Campinas, quando tive oportunidade de fotografar uma mulher idosa, catadeira de lixo reciclável. Percebi que conseguira captar a expressão de sofrimento resignado do rosto dela. A essa foto dei o nome de “Evidências”. Recebeu muitos elogios, e a enviei ao SINPAIT, como contribuição para o calendário de 2011.

“Fotografei também um desfile de moda, durante um jantar beneficente em prol do Centro Infantil Boldrini, no final de junho passado, a convite de minha amiga jornalista Rosi Luna, que gostou muito do meu trabalho.

Dalva: da auditoria para a fotografi a

sua reapresentação na TVB Campinas.

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O ELO

“Estou participando de dois concursos fotográficos: Concurso Fotográfico do IV Seminário de Imagem e Atualidade, da PUC-Campinas, com duas fotos; e outro, do MIS-Museu de Imagem e do Som de Campinas, com duas outras fotos. Acabei de receber a encomenda de um pôster da minha foto “Ipê amarelo”, que está inscrita no concurso da PUC, para o escritório de engenharia do Eng. Syllas de Carvalho, marido da nossa colega AFT Dilma Muniz Carvalho, amiga querida, que muito tem me apoiado na minha nova profissão, o que me deixou muito feliz. Vale lembrar que o ipê amarelo é a árvore símbolo do Brasil e no início de agosto está em plena florescência, enchendo de beleza os campos e as cidades do País, pois é encontrado em todas as regiões brasileiras.

“Estou direcionando meu trabalho para a cultura e a arte. Quando fotografo, procuro ver e captar a beleza através da lente da minha câmera.

“A conquista da aposentadoria me permitiu também ficar mais tempo ao lado da família e me trouxe a possibilidade de desenvolver atividades para manter minha saúde em boa forma e o meu bem-estar. Pratico atividade física regularmente e procuro ter uma alimentação saudável, canto em um coral e danço. Há dois anos conheci a dança circular, que é dança de roda, resgatada em diferentes lugares do mundo, e a incorporei à minha vida.

“Finalmente, posso dizer, com muito orgulho, sou Auditora Fiscal do Trabalho aposentada, advogada inscrita na OAB - São Paulo, fotógrafa, mãe, mulher. E minha vida continua muito ativa... apesar da minha aposentadoria. Sinto-me realizada e agradeço muito a Deus por tudo isso.”

Uma mineira andando pelo Brasil

A colega Dalva do Couto Ribeiro é mineira, nascida em São Gonçalo do Sapucaí. “Sinto orgulho de ter nascido em Minas, mas, na verdade, sou uma filha do Brasil. É que deixei São Gonçalo do Sapucaí ainda criança, acompanhando meus pais, que se mudaram para o centro-oeste e, depois, para o norte do país. Meu pai trabalhou na Construtora CCBE, na construção de Brasília; e, depois, na Construtora Mendes Junior, na construção da rodovia Transamazônica, na pavimentação da Belém-Brasília, e, por último, no início da construção da rodovia Perimetral Norte, no Território Federal do Amapá, para onde nos mudamos no início dos anos 70. Em 1977, eu e meu irmão Ormy nos mudamos para Campinas, porque queríamos cursar a faculdade de Direito, pois naquela época não havia ensino superior

no Amapá. Recebemos, então, o apoio do Monsenhor Pessoto, da Igreja Católica de Campinas, que sempre visitava nossa paróquia em Macapá, já que as igrejas das duas cidades são consideradas irmãs. Em 1980, nossos pais e irmãos também se mudaram para Campinas. Enquanto cursava a Faculdade de Direito da PUC, trabalhei como funcionária do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no Fórum de Campinas. Logo após concluir o curso, fui aprovada no concurso para Fiscal do Trabalho do MTb, em 1984. Sempre na Subdelegacia de Campinas, vivi toda minha vida profissional, já, então, como Auditora Fiscal do Trabalho, até me aposentar, no dia 11 de junho deste ano. Como AFT, atendia na área de legislação e, neste último ano, fui designada para o projeto do Menor Aprendiz, o que para mim foi uma experiência excelente e muito bonita, pois pude colaborar com esse importante projeto do MTE, que dá a adolescentes e jovens oportunidade de alcançar um futuro melhor, por meio da qualificação pessoal e profissional nas mais diversas áreas de atuação, sempre conseguindo resultados positivos, conscientizando e sensibilizando as empresas da importância da contratação de aprendizes, o que só vem trazer benefícios para toda a sociedade.

Entendo que o diálogo firme, transparente, esclarecedor, sempre leva o empregador à regularização. Sempre acreditei no exercício pleno da auditoria. O trabalho externo, a presença do auditor fiscal nos locais de trabalho, é a essência, o núcleo principal de nossa atividade, que devemos preservar, valorizar sempre.

Acho que o melhor momento de nossa categoria foi quando o Ministro Dornelles anunciou que deixávamos de ser Fiscais do Trabalho, para sermos Auditores Fiscais do Trabalho. Por tudo isso, saí feliz, profissionalmente realizada, quando pedi minha aposentadoria.

“Sou casada com Paulo Cosiuc, professor da PUC- Campinas. Temos um filho, o Paulo Vitor, de 16 anos, que está cursando o segundo colegial no Anglo, e uma filha, a Lara, de 20 anos, que estuda Pedagogia na PUC e Teatro no Conservatório Carlos Gomes. Moro em Campinas, minha cidade de adoção, que adoro. Ela tem muita história, muito charme, muita cultura, muita pujança econômica e excelente qualidade de vida. Apesar da expansão urbana, das mudanças no clima, para mim Campinas continua sendo a “Princesa do Oeste”, a “Cidade das Andorinhas”, do mesmo modo como foi vista, sentida e definida pelo nosso mestre maior, o grande baiano Rui Barbosa, quando andou por aqui, em 1914”. (D.S.).

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No fi nal da tarde do dia 24 de novembro último a diretoria do SINPAIT realizou a festa para os AFTs, aniversariantes dos meses de setembro e outubro de 2010. Bastante animados, colegas trocavam informações e um dos temas que centralizava atenções foi recente decisão da AGU - Advocacia Geral da União, em propor ao Governo Federal que pague, de vez, os períodos de licença premio a que os servidores têm direito, pois não gozaram esses períodos, nem contaram como tempo para apo-sentadoria. São inúmeros os casos de funcionários federais, nessa situ-ação, sobretudo dos aposentados, e que já entraram com ação judicial para conseguir esse pagamento. Na verdade bom número de colegas auditores fi scais já tem sentença favorável, mas o Governo procrastina a execução. Agora, com o parecer da AGU, é praticamente certo que o Ministério do Planejamento vai liberar o pagamento para todos que tem direito. “Eu me aposentei deixando para trás três períodos. Agora vou correr atrás do prejuízo”, disse o colega AFT Tadashi Abe. O colega Rubens Brites disse a mesma coisa.

60 anos da DRT-SP

Fundada em 1950, a Delegacia Regional do Trabalho, de São Pau-lo, agora superintendência, completou sessenta anos de existência em setembro último. Desta vez a data não foi lembrada, e, por isso, também não foi comemorada. Contudo, na festa dos aniversariantes do mês, em 24 de novembro último, no SINPAIT, a data foi mais que lembrada, pois estavam presentes três colegas AFTs que foram fundadores da delega-cia, no mesmo antigo prédio da rua Martins Fontes, 109, onde está até hoje. São eles o veterano Francisco Antonio Fiori, Sylvio Ferreira e Yllen Fabio Blanes de Araújo.

Os três contaram muitas passagens importantes, algumas bastante pitorescas, ocorridas durante os muitos anos em que estiveram na ativa, a serviço da repartição. Francisco Fiori está com 91 anos e com “saúde de ferro”, como faz questão de enfatizar. “Sinto-me muito bem de corpo e cabeça. Sei que estou longevo, mas a idade na me pesa em nada. Meu fi lho me acompanha porque gosta destas reuniões no sindicato. Eu sou paulistano. Mas em 1950, ainda moço, trabalhava no Rio de Janeiro, no governo do presidente Getúlio Vargas, que estava começando. Nós éra-mos todos do velho PTB. Naquele tempo o Ministério do Trabalho, Indús-tria e Comércio, mantinha convenio com governos estaduais, delegando a eles a execução de seus serviços, inclusive da fi scalização do trabalho que, diga-se a verdade, era bastante precária. Aí o ministro, parece-me que Segadas Viana, certamente por ordem do Getúlio, decidiu romper es-ses convênios, porque era do interesse do governo passar a administrar tudo que fosse ligado à área trabalhista. E aqui em São Paulo o getulis-mo via a necessidade de enfraquecer o ademarismo, pois o Adhemar de Barros, político populista, estava com muita força. Nasceram, então, as Delegacias Regionais do Trabalho. Eu estava na reunião ministerial, no Rio, quando o ministro determinou que um funcionário de carreira, o Dr. Enio Lepage, assumisse a Delegacia de São Paulo, e foi determinado que deveria acompanhá-lo, para servir como um de seus ajudantes. Então vim para São Paulo e da DRT nunca mais saí,” afi rmou o veterano Fiori, com toda certeza o mais antigo AFT de São Paulo, senão de todo o Brasil.

O colega Sylvio Ferreira, que estava acompanhado da esposa, dona Vilma, que também é funcionária aposentada da DRT-SP, é a história viva da repartição, porque estava no prédio, como funcionário, quando a dele-gacia abriu suas portas, pela primeira vez, para receber o público. “Nós éramos todos muito jovens. Eu trabalhava com meu pai, que tinha uma pequena distribuidora de bebidas, no bairro de Pinheiros. Naquele inicio de 1950 chegou em nossa empresa, numa manhã, um político conheci-do, na época, o Frota Moreira, que era dirigente do PTB. Meu pai tinha conhecimento com ele. Naquela conversa ele disse que ia ser aberta a Delegacia do Trabalho, em São Paulo, e seria necessário bom número de funcionários. Só que as nomeações iam demorar um pouco. Mas o impor-tante era aceitar o lugar para garantir a vaga. O fato é que meu pai con-cordou e me mandou para a DRT. Fiquei trabalhando um ano, sem ganhar nada. Éramos chamados de voluntários. Nesse período nossas famílias é que nos ajudavam. Mas depois que saiu a nomeação aí, sim, todos nós fi camos funcionários federais. Como a repartição era nova, nós fazíamos de tudo. Como aprendizado, para mim foi uma coisa extraordinária. Fiquei com o grupo do senhor Fachada, que organizou a primeira Seção de Iden-tifi cação Profi ssional, pois era ela que emitia as carteiras de trabalho do maior, e do menor, porque naquele tempo o menor de idade, com mais de 14 anos, também tinha uma carteira de trabalho, própria para ele, a fi m de poder trabalhar. Por isso fi quei agente identifi cador dactiloscopista, aquele que colhia a impressão digital do trabalhador, na carteira de trabalho, e só muitos anos depois, num concurso interno de ascensão funcional, tornei-me Fiscal do Trabalho, que hoje é o Auditor Fiscal do Trabalho. Naqueles primeiros tempos tudo era novidade. Os serviços, as seções, iam brotan-do como cogumelo, porque conforme a necessidade surgia, determinado serviço era criado. Um deles, que logo se mostrou muito importante, foi o Serviço do Interior, que hoje não existe mais. Naquela época esse serviço centralizava todas as atividades desenvolvidas no interior, principalmente na área sindical. Da DRT, rua Martins Fontes, saiam equipes, para o inte-rior, para criar sindicatos, organizar serviços, treinar novos funcionários, fazer convênios com prefeituras. Não demorou muito para a delegacia re-gional estar representada em praticamente todas as regiões do Estado de São Paulo. Os novos sindicatos empolgavam as cidades que, até então, dispunham quase somente de associações de classe. Aqui na capital, um dos últimos serviços que ajudamos a implantar, no início dos anos 1970, foi o de registro profi ssional, com a colega Maria Eunice de Souza, infe-lizmente falecida ainda moça, mas que foi uma funcionária exemplar da

Aniversariantes de Setembro / Outubro

Aniversariantes de Setembro

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O ELO

DRT paulista. O serviço de registro profi ssional passou a atender mais de uma dezena de profi ssões regulamentadas, como artistas, jornalistas, radialistas, publicitários. Em 1965 veio a lei 4.923, que criou o CAGED, o Cadastro Geral de Empregados, que deu muito trabalho para o pessoal interno. É que até o dia 15 do mês as empresas eram obrigadas a entre-gar o cadastro dos empregados admitidos, ou demitidos, do mês anterior, e quem perdesse o prazo pagava multa. Os escritórios de contabilidade deixavam para fazer a entrega na última hora e aí era um ”mar de gente” no saguão de atendimento, da rua Martins Fontes, 109. Aliás, fi la era o que não faltava diante da DRT. No quarto andar foi instalado, também, o serviço de registro das empresas de trabalho temporário, quando surgiu a lei 6.019, de 1974, e, ao lado, havia o serviço de emissão de carteira profi ssional para estrangeiro. Um serviço muito bem feito, que a repartição prestava, naqueles anos 1950, e que tenho sempre orgulho de lembrar, era a expedição da carteira de trabalho do menor. O adolescente tinha de vir acompanhado dos pais, geralmente a mãe, ou responsável. A prepa-ração da carteira, às vezes, era um pouco demorada. Então, como a mãe geralmente vinha com um fi lhinho, ainda pequeno, nos braços, havia uma pequena sala, que era chamada de lactário, para que a mãe amamentas-se seu bebê, enquanto esperava. E numa sala ao lado havia lanche (pão com manteiga e xícara de café com leite) para o menor, depois que recebia sua carteira de trabalho. A carteira de trabalho do menor acabou, parece-me, que por volta de 1960. Mas lá por 1980 surgiu um problema, típico da burrice da burocracia. Quando atingia a maioridade, o menor comparecia à repartição, devolvia a carteira de menor, que era arquivada, e recebia o documento de maior de idade, então defi nitivo. Ocorre que rapidamente a repartição foi fi cando congestionada de documentos, de papeis, e aí, para desocupar espaço, mandaram incinerar as carteiras de trabalho de menor que estavam guardadas. Lá por 1980 muitos daqueles menores, já querendo contar o tempo para aposentadoria, passaram a comparecer à repartição para resgatar a carteira de menor, com contratos anotados. E aí? Na época foi uma questão, ao que parece, sem solução”.

O colega Yllen Blanes, com seu semblante fi losófi co, ouvia os depoi-mentos embevecido. Como é, também, daqueles primeiros tempos, avi-sou que, “numa outra oportunidade vou contar minhas histórias. Hoje as do Fiori e do Sylvio já são sufi cientes para encher um ELO inteiro.”

O chão natal

Num de seus poemas, Manuel Bandeira diz, orgulhoso; “todos que-rem cantar sua terra; então também vou cantar a minha...” Possivelmen-te pensando assim, o colega AFT Salatiel Mendes, chefe substituto da Seção de Relações do Trabalho, da SRTE-SP, começou a falar, aos co-legas à sua volta, da cidade de Jahu, sua terra natal. E contou várias his-tórias, bonitas e engraçadas, dessa tradicional cidade paulista, que tem como seu grande herói o aviador João Ribeiro de Barros, que a bordo do hidroavião Jahu, fez a primeira travessia aérea do Atlântico sul, em 1927, cobrindo o raide Alicante (Espanha)-Fernando de Noronha. Hoje uma ci-dade rica, grande pólo sucro-alcooleiro, além de centralizar muitas fábri-cas de calçados – Jahu é chamada a capital do calçado feminino. Até por volta de 1950 ela era uma das principais produtoras de café, do mundo. Emocionado, Salatiel lembrou de seus antigos amigos jauenses, sobre-tudo dos dois colegas AFTs, da cidade, Paulo Oscar Ferreira Schwarz, hoje aposentado, exercendo o jornalismo, tendo chefi ado, durante vários anos, o posto do MTE, em Barra Bonita, e Wilson Antonio Bernardi, que continua fi rme, na ativa, sendo um dos auditores que mais se desta-cam na produção fi scal, sobretudo no levantamento de FGTS. Salatiel lembrou que outro colega AFT, Dalísio dos Santos, também é jauense, ainda que sempre tenha sido vinculado à DRT central, em São Paulo. Como todo interiorano é bairrista, a colega Cecília, de Campinas, com o colega João Saochuk, logo passaram a mencionar fatos importantes da terra campineira, e Jesus lembrou de sua Pompéia, “a mais brilhante jóia da alta Paulista”, que já tem um arranha-céu moderno, “de mais de dez andares”. Ao lado, até então quieto, o colegas Edir Jose Vernaschi, perguntou, orgulhoso: “E a minha Marília, não entra nessa conversa?” Edir jamais esquece de sua terra natal e andou até acompanhando, pelo rádio, os jogos do MAC, na terceira divisão do nacional, reconhecendo que a fase do “celeste mariliense” não é das melhores, ainda que a ci-dade tenha uma longa tradição de bom futebol. Edir falou, também, de sua recente viagem pela Europa. Ficou maravilhado com o aeroporto Charles De Gaulle, em Paris, e com as auto-pistas da Itália, “com um traçado perfeito e um asfalto que parece mesa de bilhar”. Emocionou-se ante a velha arquitetura de Veneza, a imponência do Partenon e do Coli-sieu, em Roma, não viu muito encanto na casa de Julieta, em Verona, e achou alguns italianos muito mal-educados. “O maitre de um hotel, onde nos hospedamos, em Roma, era um verdadeiro casca-grossa, gritando e fazendo ironia com os hóspedes, pensando que a gente não entendia nada. Na hora de sair, teve a caradura de estender a mão, para a gorjeta. Tirei da carteira uma cédula de 50 euros, ele riu satisfeito. Fechei a cédu-la na mão, enfi ei no bolso da jaqueta e falei entre-dentes: nem una lira, fi nocchio”. Entendeu bem, meu italiano macarrônico, e saiu de fi ninho, porque percebeu que podia levar uma porrada tipicamente brasileira.”

Presentes

Os aniversariantes de setembro, que estavam presentes, foram: Nilza da Costa Mendonça, Sebastião Soares da Costa Júnior, Vaneide Monteiro Vilela Suzuki (funcionária), Francisco Antonio Fiori, Silvana Ribeiro dos Santos (funcionária) e Suzana Lacerda Abreu de Souza Lage; os de outubro: Maria Cecília Bertato Cardoso de Castro, Nubar Ghirimian, Salatiel Mendes Gomes e Cyro Fessel Fazio. Presentes os convidados Emílio Fiori (fi lho do Francis-co Fiori), Rubens Brites, João Saochuk, Sylvio Ferreira e esposa e os diretores Edir Vernaschi, Luci Lipel, So-lange Andrade e Yllen. Após a entrega de presentes, o apagar das velhinhas e servido o bolo, vários colegas ainda fi caram por mais de uma hora, no sindicato, conversando animadamente.

Aniversariantes de Outubro

Convidados

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O ELO Edição Nº 283 • Out/Nov de 2010

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Sob o título “com quem fi ca o bebê?”, a revista “Cláudia-Bebê”, da Editora Abril, publicou em edição recente, interessante matéria, de orientação às mães, na qual se destaca um pequeno artigo técnico, de autoria de nossa colega AFT Lucy Toledo D. Niess, lotada na Gerência Regional Sul, da SRTE/SP. Abaixo o “O ELO” reproduz o artigo da colega Lucy:

“De acordo com a legislação trabalhista brasileira, toda empresa com mais de 30 mulheres é obrigada a manter berçário ou creche, que ofereça os cuidados necessários aos fi lhos dos funcionários durante o período de amamentação (até 06 meses). Esse berçário ou creche pode estar no próprio local de trabalho ou ser um estabelecimento conveniado, com despesas custeadas direta e integralmente pela empresa.

Como alternativa, a empresa pode optar pelo auxílio-creche, para que as empregadas-mães custeiem uma creche de sua escolha. As condições para esse reembolso, prazos e valores são estipulados nos acordos ou convenções coletivas de cada categoria profi ssional. Nesses casos, o benefício é concedido independentemente do numero de mulheres contratadas.

“Caso a mãe resolva deixar o bebê com uma babá ou outro cuidador, apesar de não previsto em lei, nada impede que a convenção ou o acordo coletivo autorize o uso do benefício para custear sua opção”, diz a auditora fi scal do trabalho Lucy Toledo D. Niess, de São Paulo.”

Lucy Niess na “Cláudia Bebê”

Em solenidade realizada em 22 de setembro p.p., no 7º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano 1° Tenente PM Ro-berto Calegari de Lima, o colega AFT Hiroshi Kimura, titular da Gerência Regional do Trabalho e Emprego em São Paulo/Leste-III, foi condecorado com a Medalha Internacional dos Veteranos das Nações Unidas e Estados Americanos.

Nossos cumprimentos ao colega Hiroshi Kimura por mais esta honrosa homenagem.

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Faleceu no dia 29 de agosto último, em São Paulo, aos 91 anos, a professora Dorina Nowill, reconhecida, internacionalmente, como a pioneira na inclusão do defi ciente visual. Casada, mãe de cinco fi lhos, Dorina fi cou cega aos 17 anos, quando contraiu uma doença que os médicos não conseguiram diagnosticar com precisão. Foi a partir daí que decidiu dedicar sua vida na luta pela inclusão social das pessoas com defi ciência visual, sobretudo oferecendo a elas condições para o ingresso no mercado de trabalho.

A fundação para o livro do cego

Junto com um grupo de amigas, todas muito idealistas, criou, em 1946, a Fundação para o Livro do Cego no Brasil, com sede na Rua Diogo de Faria, na Vila Mariana, em São Paulo. Essa entidade logo se projetou como das mais inovadoras. Juntamente com o Instituto Benja-min Constant, no Rio de Janeiro, foi pioneira na produção de livros em Braille, na distribuição gratuita dessas obras para defi cientes visuais e no desenvolvimento de técnicas mais modernas para facilitar a leitura dos cegos, como livros falados e vozes sintetizadas no computador.

Dorina foi a primeira aluna cega a matricular-se numa escola de ensino regular, em São Paulo. Até então não havia livros adaptados e o cego fi ca-va impossibilitado de frequentar uma escola de cursos correntes.

O primeiro curso

Dorina Nowill fazia o curso Normal, na tradicional Escola Estadual Ca-etano de Campos, na Praça da República, em São Paulo – o curso Normal formava as professoras primárias quando, em 1945, convenceu a direção da escola a implantar o primeiro curso de especialização de professores, para ensinar as pessoas com defi ciência visual. Já formada, ganhou uma bolsa de estudos do governo dos Estados Unidos, que lhe permitiu fazer um curso de especialização na Universidade de Columbia.

Retornando ao Brasil concentrou seus esforços na criação da pri-meira imprensa Braille, de grande porte, em nosso país, possibilitando o

Dorina Nowill, a defensora do defi ciente visualenvio de livros para, praticamente, todas as escolas brasileiras. Hoje a editora produz 80% dos livros, do Ministério da Educação, destinados a cegos, bem como cardápios para restaurantes, instruções de segurança de companhias aéreas, best-sellers, máquinas em Braille para votação etc.

Foi ela quem criou o Departamento de Educação Especial para Ce-gos, na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, e, em abril de 1961, conseguiu que o direito à educação, para o cego, se tornasse lei em nosso país. De 1961 a 1973 dirigiu o primeiro serviço nacional de educação de cegos, no Brasil, criado pelo Ministério da Educação. Em 1979 foi eleita presidente do Conselho Mundial dos Cegos e, em 1981, Ano Internacional da Pessoa Defi ciente, ela falou na Assembléia Geral das Nações Unidas, como representante brasileira.

Na DRT/SP

Dorina Nowil manteve, durante vários anos, uma relação muito próxi-ma com a então Delegacia Regional do Trabalho de São Paulo. Em 1962 ela criou, na Fundação, o primeiro centro de reabilitação para cegos. Quatorze anos depois, o então Delegado Regional do Trabalho, o sau-doso colega AFT Vinicius Ferraz Torres, também muito preocupado com a inclusão social do defi ciente físico, convidou-a para um trabalho, em parceria. Essa iniciativa, que agregou outras organizações sociais, cola-borou muito para que o Congresso Nacional, em 1989, decidisse ratifi car a Convenção 1599, da Organização Internacional do Trabalho, que cuida da reabilitação, treinamento e profi ssionalização de cegos. Essa conven-ção cumpriu papel fundamental na abertura do mercado de trabalho para o defi ciente visual, em nosso país. Nos anos 1990 a médica Zilda Arns, criadora da Pastoral do Menor, da Igreja Católica, esteve com dona Do-rina Nowill, na Fundação para o Livro do Cego no Brasil, encaminhando projetos no atendimento às necessidades do menor defi ciente visual. E também foi por sugestão da Fundação que o Canil da Polícia Militar de São Paulo iniciou os primeiros treinamentos de cães, para guia de cegos, utilizando, sobretudo, a raça Labrador. (D.S.)

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O ELO

Em um agradável final de tarde, mais uma vez a nossa colaboradora Roseli Nieto Piovezan, ex-chefe da Fiscalização em São Paulo, atualmente, aposentada, reuniu em sua residência as tias AFTs. Desta feita, foi para a apresentação do mais novo membro do clã Montavani e Nieto Piovezan: BRENO, o terceiro neto.

Conforme noticiado no ELO 280, Breno Montavani Piovezan nasceu em 03 de março do corrente ano e é o primeiro filho do casal Tais e Ronie Nieto Piovezan.

Durante a reunião se falou de tudo um pouco: PEC 555, novo sistema de fiscalização, organização sindical da categoria, política, ENAFIT. Mas, a atenção maior foi para o apresentado: um belo garoto risonho que a todas encantou!

Nossos agradecimentos a colega Roseli pela calorosa acolhida e cumprimentos aos familiares, em especial, a mamãe Tais e ao papai Ronie, que não resistindo, ingressou na reunião das “luluzinhas” e exclamou com orgulho justificado: “eu sou o pai do Breno!”

Apresentação do terceiro Nieto

Nossos cumprimentos aos papais e avós e desejos de vida longa e feliz ao garotinho

Alexandre.

NascimentoAlexandre Moraes Demange nasceu

em São Paulo, no dia 24 de setembro.

Filho de Juliana Silveira Galvão Moraes

e Denis Demange.

Neto de Odette Silveira Moraes e de

nosso saudoso colega Tércio Galvão

de Moraes.

A colega Célia Regina Bellia Monteiro, AFT/Sorocaba, colaboradora assídua do SINPAIT, foi homenageada pelos seus colegas, por ocasião de sua aposentadoria.

Na ocasião, a colega Célia proferiu um emocionante discurso que vamos tentar traduzi-lo.

Falou a Célia:“Queridos amigos!Estou muito feliz por estar aqui, na presença de vocês, rece-

bendo essa homenagem!Na verdade, sei que essa simpática atitude de vocês, exige es-

forço coletivo e a disponibilidade de um precioso tempo, porque, para todos os AFTs, ”TEMPO” é algo escasso. Por isso, precioso! Muito me emociona, pois, tê-los aqui comigo, dedicando-me com todo esse carinho, essa homenagem!

Também tenho carinho e consideração enorme por todos vocês, colegas de vinte e cinco anos de jornada! UM QUARTO DE SÉCULO, JUNTOS!

Todos sabem do carinho que sinto por todos, mas, é impor-tante que eu diga isso nesse momento, pois, repetir que amamos nossos entes queridos, nunca é demais!

Como aposentada, estou muito grata por tudo que a vida me propiciou. Sou muito grata pelas bênçãos divinas, por ter me aposentado com vida bastante ativa e com e saúde!

Pretendo, mais do nunca, adotar como regras de vida:Não me esquecer que DEUS está a meu lado, para tomar to-

dos os meus fardos e carregá-los, por mim;Ao entregarmos nossos fardos a ELE; esperarmos a solução.

“Entregar” é ter fé que ELE estará no controle, e portanto, as ne-cessidades serão atendidas;

Homenageada pela aposentadoriaComo gratidão, quero me

programar para COMPARTILHAR! Compartilhar otimismo, com aqueles que precisam de incen-tivos; que há muito não ouvem risos; lágrimas com aqueles que se esqueceram como chorar... FÉ, com aqueles que dizem não ter nenhuma, mas, no entanto, espe-ram da vida um milagre...

Peço que ELE me conceda sabedoria para ser sempre gentil com os demais, entendendo que cada ser é diferente, e, portanto, devemos respeitar essas diferenças, já que a diversidade também é fruto da sabedoria divina do CRIADOR, pois, seria entediante se fossemos idênticos! Estou sob treinamento, ainda, mas quero sinceramente obter êxito nesse aprendizado, para manter-me paciente, aceitando as particularidades de cada um, e, assim, julgar cada vez menos.

Seguindo o mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado”, quero continuar SENDO AMIGA DE CADA UM DE VOCÊS! Amando-os, com o mesmo carinho e respeito de quando estávamos próximos, no cotidiano de nossos trabalhos.

Agradeço, de coração, a cada um de vocês, pelas camarada-gens, colaborações, paciência e, principalmente, união e cari-nho, que sempre existiu e existe em nosso ambiente de trabalho, de SOROCABA. Peço perdão por eventuais ofensas, que eu tenha cometido, ainda que não deliberadamente.

OBRIGADA POR TUDO, E A TODOS!”

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MOSAP tem nova diretoriaNossos cumprimentos pelos serviços prestados à classe

e à Inspeção do Trabalho aos contemplados com as aposentadorias:

SÉRGIO BEER COIFMAN – Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na SRTE/SP – Portaria SRTE/SP/MTE nº 214, de 24.08.10 (DOU. 06.09.10);

MÁRIO TOSHIKAZU KONDO – Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na GRTE/Araçatuba/SP – Portaria SRTE/SP/MTE nº 225, de 08.09.10 (DOU. 10.09.10);

GEANETE APARECIDA VENTURA BATELOCHIO – Auditora Fiscal do Trabalho, lotada na GRTE/Sul/SP - Portaria SRTE/SP/MTE nº 263, de 21.10.10 (DOU. 25.10.10);

JOSÉ CARLOS DUARTE DE OLIVEIRA – Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na GRTE/São Bernardo do Campo/SP - Portaria SRTE/SP/MTE nº 264, de 22.10.10 (DOU. 27.10.10);

ARGEMIRO LOPES DE MESQUITA – Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na SRTE/SP - Portaria SRTE/SP/MTE nº 282, de 10.11.10 (DOU. 23.11.10).

Aposentadorias

ROSEMARY CRISTINA PONTONI – Chefe do Setor de Relações do Trabalho da GRTE/Jundiaí/SP – Portaria GM/MTE nº 2.217, de 14.09.10 (DOU. 15.09.10);

MARIA ALICE MENEZES – Chefe do Setor de Atendimento na Área de Trabalho, Emprego e Renda, da GRTE/Guarulhos/SP – Portaria GM/MTE nº 2.493, de 14.10.10 (DOU. 15.10.10);

CARLA BEATRIZ DE CASTRO BARROS – Chefe do Setor de Atividades Auxiliares, da GRTE/Jundiaí/SP – Portaria GM/MTE nº 2.618, de 10.11.10 (DOU. 11.11.10);

LAURA RAIANE ALVES ZIGUNOW – Chefe da Agência Regional em Lorena, da GRTE/São José dos Campos/SP – Portaria GM/MTE nº 2.619, de 10.11.10 (DOU. 11.11.10);

JOSÉ TADEU SIMÕES – Chefe da Agência Regional em Tietê, da GRTE/Sorocaba/SP – Portaria GM/MTE nº 2.728, de 12.11.10 (DOU. 16.11.10);

EMERSON SANTOS – Chefe do Setor de Relações do Trabalho, da GRTE/São José dos Campos/SP – Portaria GM/MTE nº 2.729, de 12.11.10 (DOU. 16.11.10).

Designações em São Paulo

Nossos cumprimentos aos novos dirigentes, desejando-lhes felicidades e sucesso na gestão da entidade:

(triênio 2010 - 2013)

EDISON GUILHERME HAUBERT – Presidente SINDILEGISCLOTILDE GUIMARÃES - 1ª vice–presidente - SINDIFISCO NACIONALJOSÉ AVELINO DA SILVA NETO - 2º vice–presidente – ANFIP

Titular:JOÃO BOSCO SIQUEIRA DA SILVA - Diretor de Adminis-tração, Patrimônio e Cadastro - ANFFA / ASFAGROANTONIO MENDES PATRIOTA - Diretor de Finanças – FENAFISCOMARCO AURÉLIO GONSALVES - Diretor Jurídico – SINAITHELIO BERNARDES - Diretor de Assuntos Parlamentar - SINDIRECEITAMARGARIDA LOPES DE ARAÚJO - Diretora de Comunicação – APAFISP

Adjunto:NEUSA VIEIRA LOPES DE CASTRO - Diretora de Administração, Patrimônio e Cadastro Adjunta - ANASPSADEMUR ANTONIO JUNIOR - Diretor de Finanças Adjunto – UPRBJOSÉ MACHADO CARDOSO - Diretor Jurídico Adjunto – ANPAFPEDRO ALVES DE FREITAS - Diretor de Assuntos Parlamentar Adjunto - ASA-CDNALDA XAVIER DE OLIVEIRA - Diretora de Comunicação Adjunta – UNAFISCO-ASSOCIAÇÃO NACIONAL

Conselho Fiscal:

Titulares: JESUS JOSÉ BALES – SINPAIT; ADHERBAL SILVA POMPEO - AFPESP/FESPESP e GILBERTO DO NASCIMENTO - SINDIPOL-DF

Suplentes: IBERÊ GUIMARÃES AGUIAR – ADAUFC; ROBERTO KUPSKI – FEBRAFITE e NILZA ÁVILA RIBEIRO - ASDNER

Conselho Consultivo:

Titulares: DOMINGOS FERDINANDO TRAVESSO – VITALÍ-CIO; AFRÂNIO CAVALCANTI MELO JÚNIOR – SINDILEGIS; ILDEBRANDO ZOLDAN – VITALÍCIO; LÚCIO HAGEMANN – ADUFGRS; BOLIVAR STEINMETZ – ADPF; CLODOMIL ANTONIO ORSI – ASJCOESP; DARCI DANTAS - ASAP-TCU; MISMA ROSA SUHETT – ANFIP; SÁLVIO MEDEIROS COS-TA - SINDIFISCO NACIONAL.

Suplentes: ANTONIO CARLOS BRANCO DA SILVA - UNACON SINDICAL; OSMAR DE OLIVEIRA MARCHESE - STU – UNICAMP; WALDSON SILVA - SINDJUF-PA/AP.

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O ELO

O DOU de 11.11.10 publicou a Portaria GM/MTE nº 2.548, de 10.11.10, que nomeou JOSÉ BONIFÁCIO FERREIRA NOVELLINO para o cargo de Superintendente Regional do Trabalho e Emprego para o Estado do Rio de Janeiro.

Novo Superintendente Na Paz do Senhor

ODILON FEITOSA DA SILVA AFT aposentado/Araraquara/SP

+ 26/06/2010

WALTHER LUIZ FERNANDO BIAGIONI AFT aposentado/Cotia/SP

+ 13/07/2010

EMILIA VILARINHO AFT aposentada/SP

+ 24/08/2010

NIVALDO SALVADOR ROCCA AFT aposentado/Ribeirão Preto/SP

+ 10/09/2010

ANA SIQUEIRA AFT aposentada/SP

+ 18/09/2010

LUIZ JOSÉ DE OLIVEIRA

AFT aposentado/DF+ 23/09/2010

DJALMA DIAS DE SOUZAAFT aposentado/Sorocaba/SP

+ 30/09/2010

OSWALDO PEREIRA D’AGUIAR BATISTA Presidente da ASTRA e ex presidente do SINPAIT

+ 04/10/2010

ADEMAR RIBEIRO DE ALMEIDAAFT aposentado/São Luiz do Paraitinga/SP

+ 10/11/2010

NELSON CARLOS DE SÁAssessor do Deputado Arnaldo Faria de Sá

+ 11/11/2010

Adeus. Até sempre.Saudades...

Os meios televisivos de São Paulo fi caram agitados, em setembro, com a demissão da conhecida apresentadora Palmirinha. Depois de mais de onze anos na Televisão Gazeta, da Fundação Casper Libero, onde apresen-tava o mais popular programa de receitas culinárias da televisão paulistana, sempre no horário do almoço, ela teve de se demitir porque, esgotada, pediu férias, mas a dire-ção da emissora não permitiu seu afasta-mento, como ela mesma afi rmou.

Palmirinha – seu nome é Palmira Onofre, 79 anos - disse que estava muito cansada, porque não tirava férias há vários anos. As-sim, ao comunicar que queria descansar por um tempo, teve o pedido negado pela dire-ção da televisão. Abriu-se, então, uma crise, que culminou com o pedido de desligamento da apresentadora. Ressalte-se que Palmiri-nha, além de ser muito popular, sobretudo por seu jeito muito simplório de falar, está chegando aos 80 anos. Mas com seu caris-ma, sua comunicação fácil – “minhas que-ridas amiguinhas, anotem aí a receita. Este pão caseiro é uma delícia. Se perder alguma coisa, não faz mal, eu repito...” – ela se tor-nou a mais popular fi gura da televisão nesse gênero de programa.

Sua saída da Gazeta, onde tinha a maior audiência da programação diária, decepcio-nou, e até mesmo comoveu muitas teles-pectadoras, sobretudo pelo motivo alegado por ela. E como a velha CLT diz que nenhum empregado pode fi car com mais de dois pe-ríodos de férias vencidos, certamente a Au-ditoria Fiscal do Trabalho irá averiguar se isso, realmente, ocorreu com a veterana Palmirinha, a atual “vovó” da televisão de São Paulo.

Porque pediu férias Palmirinha saiu da TV

Os meios televisivos de São Paulo fi caram agitados, em setembro, com a demissão da conhecida apresentadora Palmirinha. Depois de mais de onze anos na Televisão Gazeta, da Fundação Casper Libero, onde apresen-tava o mais popular programa de receitas culinárias da televisão paulistana, sempre no horário do almoço, ela teve de se demitir porque, esgotada, pediu férias, mas a dire-ção da emissora não permitiu seu afasta-mento, como ela mesma afi rmou.

Palmirinha – seu nome é Palmira Onofre, 79 anos - disse que estava muito cansada, porque não tirava férias há vários anos. As-sim, ao comunicar que queria descansar por um tempo, teve o pedido negado pela dire-ção da televisão. Abriu-se, então, uma crise, que culminou com o pedido de desligamento da apresentadora. Ressalte-se que Palmiri-nha, além de ser muito popular, sobretudo por seu jeito muito simplório de falar, está chegando aos 80 anos. Mas com seu caris-ma, sua comunicação fácil – “minhas que-ridas amiguinhas, anotem aí a receita. Este pão caseiro é uma delícia. Se perder alguma coisa, não faz mal, eu repito...” – ela se tor-nou a mais popular fi gura da televisão nesse gênero de programa.

Sua saída da Gazeta, onde tinha a maior audiência da programação diária, decepcio-nou, e até mesmo comoveu muitas teles-pectadoras, sobretudo pelo motivo alegado por ela. E como a velha CLT diz que nenhum empregado pode fi car com mais de dois pe-ríodos de férias vencidos, certamente a Au-ditoria Fiscal do Trabalho irá averiguar se isso, realmente, ocorreu com a veterana Palmirinha, a atual “vovó” da televisão de São Paulo.

Porque pediu férias Palmirinha saiu da TV

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CORREIO A ELO

Anna Sciallis da Silveira – AFT/Sul/São Paulo – “Obrigada pelos votos. Aproveito para agradecer a agenda e parabenizá-los pela feliz idéia de reproduzir poemas de colegas. Todos maravilhoso, mas gostaria de fazer menção especial ao do colega Joaquim Gomes Pereira, uma obra prima de beleza e emoção.”

Aylza Gudin – Chefe da SRT/SRTE/SP - “Justifico minha ausência, ante um evento da SRT de Brasília, em que terei que estar presente, no Município de Guarulhos, durante todo o dia 02/12. Aproveito o ensejo para transmitir os melhores votos de um Feliz Natal e um Próspero 2011, com as Bênçãos Divinas! Desejo que haja muita alegria e felicidade nessa confraternização, com a continuidade de muito sucesso para todos!”

Beatriz Cardoso Montanhana – AFT/GRTE/SP/LESTE – “Inicialmente, agradeço o espaço que “O Elo” está me concedendo para expor algumas reflexões sobre a importância da nossa carreira de AFT. Mais uma vez, muitíssimo obrigada pela atenção!”

Gen Ex João Carlos Vilela Morgero - Comandante Militar do Sudeste - “Agradeço a V. Sa. a gentileza do boletim informativo “O Elo”, edição nº 281. Ao agradecer a gentileza do envio da referida publicação, expresso os meus cumprimentos pelo interessante padrão e conteúdo.”

José Antônio de Ázara – AFT/GRTE/Varginha/MG – “Agradeço o constante envio da Revista “O Elo” que nos mantém atualizados a respeito de diversos assuntos de nosso interesse. Envio a Nota técnica CGR/SIT 142/2010, que trata da aplicabilidade da indenização na dispensa por término de contrato de trabalhadores temporários, caso entendam ser útil sua divulgação, uma vez que a mesma não está disponível na página do MTE.” Maria Alice Miniko Endo Galliano – AFT aposentada/SP – “Agradeço a confecção e remessa do cartão de aposentado, que me será muito útil. Foi uma excelente medida.”

Maria Dione Viviani – AFT aposentada/SP – “Como fiquei feliz ao constatar o trabalho dos Auditores Mineiros, nos Canaviais(sou mineira). Parabéns à todos. Deus os Proteja nesta Missão.”

Maria Glícia Públio Dias França de Mello – AFT aposentada/RJ – “Muito boa e bonita a nova agenda”.

Paulo Marangoni Perazzo – AFT aposentado/Santos/SP – “Recebi a carteira de aposentado e fiquei muito grato, pois até então não possuíamos nenhum documento que nos identificasse. Excelente idéia. Parabéns.”

Wellington Maciel Paulo - Presidente do SAFITEBA – Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho no Estado da Bahia – “Acusamos o recebimento, ao tempo que agradecemos pelo envio da agenda 2011, que será de grande utilidade para nossas atividades. Na oportunidade, colocamo-nos a disposição dos colegas nas lutas da categoria dos Auditores Fiscais do Trabalho.”

GEAP - Fundação de Seguridade Social, junto com a Equipe da Maturidade Saudável, para a Palestra “Prevenção a Acidentes Domésticos”, na sede do INSS – São Paulo/SP.

Célia Regina Bellia Monteiro - AFT/GRT/Sorocaba – “Com muita alegria, fui homenageada, pelos queridos colegas da GRTE Sorocaba, em comemoração, pela minha aposentadoria, publicada em meados de agosto. Uma singela e emocionante homenagem, na qual sentimos todo o carinho dos colegas de trabalho dessa regional. Quero externar meus agradecimentos. Espero, confiante, que a Instituição da Auditoria Fiscal do Trabalho seja cada dia mais respeitada no mundo; e que o futuro reserve excelentes perspectivas à carreira, para os que permanecem na ativa, esperando que nossas lutas anteriores encontrem ecos e vitórias, em benefícios dos que se mantém na labuta diária da inspeção. Nos arquivos anexados, envio algumas fotos da nossa reunião festiva, bem como uma pequena mensagem que, de coração, dediquei aos colegas, externando meus agradecimentos.”

Roberto Vido – AFT/GRT/SP/OESTE – “Recebi o convite do sindicato para o debate sobre a transformação do SINPAIT em associação e a instituição do SINAIT como único sindicato representativo da nossa categoria. Em virtude de estar viajando de férias, antecipadamente programadas, não poderei estar presente na reunião. Entretanto, devido a importância do assunto, gostaria que v. levasse aos colegas, na reunião, minha posição contrária à respeito. Estando no MTE desde 1975, acompanhei as lutas encampadas pela nossa associação, depois sindicato. Os ingressos de muitas ações judiciais e os outros tantos embates administrativos em prol da defesa de nossos direitos e melhoria das condições de trabalho. E quando a Administração nos “despejou” da DRT não nos venceu: forjou-nos a união para obter nossa sede própria. Enfim, uma história de lutas construída por dedicados colegas através dos anos, muitos deles até hoje no SINPAIT. Em algumas dessas lutas entramos

Agradecimentos

Convite

Homenageada

Organização Sindical

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O ELO

sozinhos na justiça, em total desamparo da representação federal e aí vai minha primeira restrição: como sindicato, o SINPAIT pode nos representar judicialmente, mas como associação, não. Estará à mercê de uma posição do sindicato nacional. E todos nós sabemos das grandes dificuldades impostas ao nosso estado quando se trata de obtermos apoio nacional às nossas reivindicações, até mesmo àquelas relacionadas ao trabalho. Possivelmente, a representação sindical do SINPAIT se restringirá na criação de um “delegado sindical” de representatividade sindical limitada. Se em determinada oportunidade futura houver necessidade de se deliberar sobre uma greve local, ou uma tomada de posição exclusiva, isso também não será possível, pois, não existindo o sindicato, não poderá existir a representatividade legal para deliberar e decidir à respeito. Outro ponto é a proximidade do sindicato local. A possibilidade de relacionamento estreito e que existe entre os membros da sua diretoria com os associados em contraponto com as dificuldades dos associados para reivindicar junto ao sindicato nacional devido a distância territorial e das pessoas, o que transforma o auditor em mero contribuinte de uma representação composta, em sua maioria, de pessoas desconhecidas dele. Eu mesmo tive essa dificuldade por duas vezes: sequer obtive resposta às minhas indagações e, em razão disso, desliguei-me do SINAIT. Haverá outras razões, favoráveis ou contrárias, e os colegas seguramente saberão colocá-las. Ao me manifestar contra qualquer tipo de limitação ao nosso sindicato estadual, penso que seria mais apropriado transformar o SINAIT em uma federação. Assim ele estará aparelhado para agir em nível federal sem diminuir a autonomia dos sindicatos estaduais. Como contribuição financeira para a manutenção dessa federação, cada sindicato estadual contribuiria com um valor fixo e igual, extinguindo-se a contribuição direta ao SINAIT. Ou então, que cada sindicato estadual contribuiria proporcionalmente ao seu número de associados, mas que teria, também, proporcional representatividade nas decisões da federação.”

Erasmo Torres Ramos – AFT aposentado/SP – “Agradeço as mensagens de pesar pela morte de meu progenitor; é gratificante sentir que temos amigos. Em nossa casa, quando criança, havia uma plaqueta com os dizeres: ‘O Senhor é o meu pastor; nada me faltará’. Creio que foi a primeira frase que lí em minha vida, e que deve ter pautado a de meu pai. Era trabalhador, honesto, íntegro, resignado com as agruras do ser. Como bem escreveu um amigo, que o conheceu quando ele já tinha mais de 90 anos: ‘Guardo boas lembranças. Gostava dele, sempre bem humorado e de bem com a vida’. Muito amigo dos amigos’.”

Heleninha Marcondes Machado – AFT aposentada/SP – “Estou profundamente triste pelo falecimento do nosso querido Oswaldo, companheiro de tantos anos e tantas lutas! Infelizmente não abri o computador ontem e só hoje tomei conhecimento da notícia. Não fosse por este motivo, estaria, sem dúvida, presente à última homenagem ao colega que tão bem representou a nossa classe, marcando a sua passagem pela bondade, grande inteligência, cultura, elevados valores

morais e grande capacidade de comunicação através de sua brilhante oratória! Aguardo a comunicação do horário e data da missa a ser realizada em sua memória, pois sei que era católico. Lá estarei para encontrar os inúmeros amigos que o admiravam como eu, e, juntos, rogarmos a Deus por sua alma.”

Carlos Alberto de Oliveira – AFT/SRTE/SE – “Encaminho texto para reflexão. Ele foi usado como intróito à reunião técnica dos AFTs de minha gerência.”

“Vivendo um grande sonho. Todos possuem um grande sonho – ser feliz!

A procura da felicidade ocorre em diversas áreas, sendo uma delas a da realização profissional: bom emprego, salário razoável, estabilidade...

Um dia sonhamos com tudo isso. Ainda que alguns não almejassem o serviço público, mas é nele que nosso sonho realizou-se. Agora é só executar a função do cargo e procurar realizações em outras áreas pessoais.

Mas para que o serviço público funcione, as tarefas são divididas de tal forma que o resultado final seja fruto de várias atuações. A minha ação está atrelada a decisões superiores e, às vezes, dependente da execução de mais de um colega.

Quando o grupo móvel de combate ao trabalho escravo consegue libertar trabalhadores e exige o registro, o pagamento das verbas rescisórias e a emissão de guias para o seguro desemprego há a necessidade de que outros servidores emitam a CTPS, dêem entrada no requerimento do seguro e que outros liberem as parcelas devidas.

É bem verdade que o ato se exaure para quem já fez a sua parte, todavia fica notório que tudo é uma sequência e que os trabalhadores libertados só experimentarão a completa dignidade se cada um fizer bem a sua parte.

E quando o trabalho é executado em grupo, é importante que haja o mesmo ideal, a mesma determinação. Não faz sentido haver intolerâncias, intrigas, ciúmes, indiferença, divisões. Aliás, alguém afirmou que um reino dividido não subsiste.

Está provado que o ambiente de trabalho pode ser causa de grande estresse, portanto procurar a paz com todos, a harmonia, a serenidade é antes de tudo um investimento na própria saúde e na instituição.

Eu li certa vez que não podemos acrescentar anos a nossa vida, mas podemos acrescentar qualidade à mesma. Que tal começarmos melhorando nosso relacionamento para que continuemos a dar asas ao nosso sonho? Para uns, uma aposentadoria com usufruto de tudo o que se plantou; para outros, semear a boa semente e afastar o joio da discórdia entre os pares e ser bons servidores, afinal, já virou dito popular: quem não nasce para servir, não serve para viver. O que somos? Servidores Públicos! Então vivamos para servir: ao público, aos nossos colegas, enfim, aos nossos semelhantes.”

Passamento

Reflexão

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Nadja (PA) ladeada por Solange e Luci (SP)

Márcia Cristina e Andréa Dayse (funcionárias SINAIT)

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Da esquerda para direita: Deputado Federal Lelo Coimbra (E. Santo),

Alcimar das Candeias Sup do Est. Esp. Santo - substituto, Deputado

Federal PT - Acre - Taumaturgo Lima Cordeiro e sua esposa Ivanete, Daniel Pereira Ferreira - AFT - RJ

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Paulo Cristino, Darcy, Solange, Luiz Alexandre, Luci e Jesus (SP)

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Diretoria SINPAIT

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28º ENAFIT