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USP/EACH - Curso de Gestão Ambiental - ACH1085 Natureza e Tipos de Solos - Prof.Dr. Homero Fonseca Filho
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NATUREZA E TIPOS DE SOLOS ACH1085
MORFOLOGIA DOS SOLOS
USP/EACH - Curso de Gestão Ambiental - ACH1085 Natureza e Tipos de Solos - Prof.Dr. Homero Fonseca Filho
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O que é morfologia?
• Definição
– Morfologia é o estudo das formas dos objetos, retratando-os com:
• Palavras
• Desenhos
• fotos
• Objetivo
– Descrição padronizada dos objetos
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O que é morfologia do solo?
• É o estudo da aparência do solo no ambiente natural,
• É a descrição dessa aparência segundo as características visíveis a olho nu ou prontamente perceptíveis.
• Exemplos
– Cor
– Textura
– Estrutura
– Consistência
– Espessura dos horizontes
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Importância da morfologia dos solos
• CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DO SOLO OBTIDAS NO CAMPO
• ANÁLISES DE LABORATÓRIO
• BASE PARA IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS
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Coleta e descrição de amostras
• Devem ser seguidos métodos e termos convencionais dos Manuais Para Descrição do Solo no Campo.
• Materiais utilizados em campo para coleta e descrição de amostras.
(LEPSCH, 2010, pg 37)
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COR DO SOLO
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Cor do solo
• É uma das feições mais facilmente notadas por ser de fácil visualização.
• As várias tonalidades no perfil são úteis para identificação e delimitação de horizontes
• Cor ressalta características importantes. Ex.:
– Coloração escura indica alto teor de restos orgânicos
– Coloração vermelha indica solos bem drenados e alto teor de óxido de ferro
– Coloração acinzentada indica permanente excesso de água no perfil (próximo de rios / riachos)
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Cor do solo
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Talude de voçoroca mostrando a modificação da coloração do solo de avermelhado (Latossolos) a
cinza (Gleissolos)
Caixa de pequenas amostras da sequencia de solos.
Coletados para melhor comparar as variações laterais e verticais das cores dos seus diferentes horizontes
(LEPSCH, 2010, pg 37)
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Exemplos de perfil do solo
9 ORQUÍDIA NEVES (2006)
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Exemplo de perfil do solo
10 ORQUÍDIA NEVES (2006)
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Exemplos de perfil do solo
11 ORQUÍDIA NEVES (2006)
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Exemplos de perfil do solo
12 ORQUÍDIA NEVES (2006)
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Determinação da cor do solo
• A cor do solo é determinada comparando-a com os padrões da escala da Tabela Munsell
13 (LEPSCH, 2010, pg 38)
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Tabela Munsell
• A Tabela Munsell possui cerca de 170 pequenos retângulos com colorações diversas
• A Tabela Munsell está organizada como um livro com folhas destacáveis
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Elementos básicos que compõem uma determinada cor
• Matiz (Hue)
– Cor “pura” ou fundamental de arco-íris. Cor espectral dominante, determinado pelos comprimentos de onda da luz, que é refletido pela amostra.
– Ex: Vermelho, amarelo
– Combinação dos pigmentos vermelho, amarelo, verde, azul e púrpura:
• matiz 5YR (4/4: 50% amarelo (yellow) e 50% de vermelho (red))
• Valor (Value)
– Grau de clareza ou de claridade ou de tons de cinza presentes.
– Indica a proporção de branco (valor 10) e de preto (0) (está disposto no sentido vertical)
• valor 3 = a cor branca contribui com 30% e a cor preta com 70%
(LEPSCH, 2010, pg 38)
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Elementos básicos que compõem uma determinada cor
• Croma (Chroma)
– saturação ou intensidade de pigmentação.
– Refere-se à proporção da mistura da cor fundamental com a tonalidade de cinza.
• Varia de 0 a 10 e está disposto no sentido horizontal
• (s) ou (h)
– Indica se a determinação realizada foi em solo seco ou úmido.
ORQUÍDIA NEVES (2006)
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Determinação da cor do solo
• indica-se a cor pelos parâmetros da escala:
– Pardo avermelhado escuro 5 YR 3/3 (s)
• 5YR Matiz
• 3/3 Valor/Croma
• (s) solo seco
– Vermelho escuro 10R 3/4
• 10R = matiz da cor fundamental (vermelha)
• 3/4 = valor indica que o vermelho está misturado com o valor 3 (tonalidade de cinza com 3 partes de preto e 7 de branco)
• 3/4 = croma indica que o cinza contribui com uma proporção de 6 partes e o vermelho de 4 partes
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TEXTURA DO SOLO
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Textura do solo
• Textura do solo refere-se ao tamanho das partículas minerais (frações) e a quantidade proporcional de cada uma no solo.
• Em conjunto, essas propriedades ajudam a determinar, não somente a capacidade de suprimento de nutrientes sólidos do solo, como também o fornecimento de água e ar, tão importante à vida vegetal.
“Em Pedologia, textura do solo refere-se à proporção relativa das frações areia, silte e argila; em geologia, refere-se ao tipo de arranjo de cristais dentro de uma rocha”. (Lepsch, 2010, pg 40)
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Textura do solo
• Como fazer a classificação das partículas pelo seu tamanho? – Pode-se separar as partículas em frações.
• Limites convencionais mais usados no Brasil
– Porém, há diversas escalas diferentes, para aplicações específicas
(LEPSCH, 2010, pg 39)
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Textura do solo A Escala de Atterberg
• A Escala de Atterberg é um outro exemplo de escala e utiliza limites diferentes de fração de tamanho de partículas?
• argila < 0,002 mm
• silte 0,002 a 0,02mm
• areia fina de 0,02 a 0,2mm
• areia grossa 0,2 - 2,0 mm.
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Determinação da Textura do solo Método manual (Tato)
Como determinar a textura?
• Manualmente (textura de campo).
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http://www.unisc.br/cursos/graduacao/eng_agricola/fotos/coleta_solo.jpg
http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/Solo/Documentos/doc100.htm
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Determinação da Textura do solo Método manual (Tato)
• O método de campo consiste em verificar a diferença de tato quando se fricciona uma amostra úmida do material do solo entre os dedos.
23 (LEPSCH, 2010, pg 41)
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Determinação da Textura do solo Método manual (Tato)
• Argila
– Suavidade e pegajosidade forma pequenos rolos que podem ser dobrados em argolas
• Silte
– Sensação é sedosa e forma rolos com dificuldade
• Areia
– Material pastoso sem consistência e não forma rolos
• Média
– Sensação de aspereza e de plasticidade e rolos conseguem formar, mas quebram quando dobrados
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ROLOS
(LEPSCH, 2010, pg 41)
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Determinação da Textura do solo Método mecânico
Como determinar a Textura?
• Por análise mecânica, granulométrica ou textural (em laboratório)
• Separação das frações em quantas tamanhos de partículas desejar
• Este método utiliza o diagrama de classes para determinação da classe textural.
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Diagrama SBCS
26 SBCS –Sociedade Brasileira de Ciências do Solo
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Diagrama EMBRAPA
27 EMBRAPA (2006)
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Intervalos dos teores de argila
• A figura apresenta os intervalos de argila e a respectiva classificação.
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http://www.pedologiafacil.com.br/textura.php
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Textura do Solo
• Para simplificar as análises, principalmente quanto às práticas de manejo, os solos são agrupados em três classes de textura:
– Solos de Textura Arenosa (Solos Leves)
– Solos de Textura Média (Solos Médios)
– Solos de Textura Argilosa (Solos Pesados)
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Solos de Textura Arenosa (Solos Leves)
• Possuem teores de areia superiores a 70% e o de argila inferior a 15%;
• São permeáveis, leves, de baixa capacidade de retenção de água e de baixo teor de matéria orgânica.
• Altamente susceptíveis à erosão, necessitando de cuidados especiais na reposição de matéria orgânica, no preparo do solo e nas práticas conservacionistas.
• São limitantes ao método de irrigação por sulcos, devido à baixa capacidade de retenção de água o que ocasiona uma alta taxa de infiltração de água no solo e conseqüentemente elevadas perdas por percolação
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Solos de Textura Média (Solos Médios)
• São solos que apresentam certo equilíbrio entre os teores de areia, silte e argila.
• Normalmente, apresentam boa drenagem, boa capacidade de retenção de água e índice médio de erodibilidade.
• Portanto, não necessitam de cuidados especiais, adequando-se a todos os métodos de irrigação.
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Solos de Textura Argilosa (solos Pesados)
• São solos com teores de argila superiores a 35%.
• Possuem baixa permeabilidade e alta capacidade de retenção de água.
• Esses solos apresentam maior força de coesão entre as partículas, o que além de dificultar a penetração, facilita a aderência do solo aos implementos, dificultando os trabalhos de mecanização.
• Embora sejam mais resistentes à erosão, são altamente susceptíveis à compactação, o que merece cuidados especiais no seu preparo, principalmente no que diz respeito ao teor de umidade, no qual o solo deve estar com consistência friável.
• Apresentam restrições para o uso da irrigação por aspersão quando a velocidade de infiltração básica for muito baixa.
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ESTRUTURA DOS SOLO
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Agregados
• O que são agregados?
São partículas de areia, silte e argila que encontram-se aglomeradas em condições naturais, formando unidades estruturais
http://www.webartigos.com/content_images/estrutura%20do%20solo.jpg
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35 35
Formação dos agregados
Como são formados os agregados?
Em 2 etapas:
1) ajuntamento das partículas unitárias
– Areia
– Silte
– Argila
2) aparecimento de fendas que separam as unidades estruturais
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Ajuntamento de partículas
• Ajuntamento ou aderência das partículas é provocada por substâncias que tem a propriedade de ligá-las
– Substâncias orgânicas
• Decomposição vegetal – húmus
– Substâncias minerais
• Óxidos de ferro
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Fendilhamentos
Como ocorre?
• Pelo umedecimento e ressecamento das partículas aglutinadas ocorrem
– Expansões e contrações
– Encolhimento da massa de solo e rachaduras
• Pela penetração de raízes
• Galerias cavadas por pequenos animais
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Estrutura do solo
• O que é estrutura do solo?
É uma característica física do solo que refere-se ao tamanho, forma e aspecto do conjunto de agregados que aparecem naturalmente no solo.
• Qual a aparência?
Tem formato e tamanho variados e estão separados uns dos outros por pequenos fendilhamentos.
(LEPSCH, 2010)
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Estrutura do solo
39 (LEPSCH, 2010, pg 42)
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Estrutura Granular (granular)
• Forma de esferas (esféricas) ou a maior parte das faces arredondadas
• Não se moldam muito bem ou se ajustam mal aos agregados vizinhos
muito fina (< 1mm) a muito grosseira (> 10 mm)
ORQUÍDIA NEVES (2006)
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Estrutura Laminar (platy)
• As faces tem aspecto plano e as dimensões horizontais são maiores que as verticais.
Muito fina (<1 mm) a muito espessa (> 10 mm)
ORQUÍDIA NEVES (2006)
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42 42
Estrutura Angular ou sub-angular (blocky)
• Tem as dimensões horizontais próximas às verticais
• Faces são planas ou quase planas
• Moldam-se bem às faces dos agregados vizinhos
Muito fina (< 5 mm) a muito grosseira (> 50 mm)
ORQUÍDIA NEVES (2006)
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43 43
Estrutura Prismática (prismatic)
• Dimensões verticais maiores que as horizontais
• Todas as faces são planas.
ORQUÍDIA NEVES (2006)
Muito fina (< 10 mm) a muito grosseira (> 100 mm)
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44 44
Estrutura Colunar
• Dimensões verticais maiores que as horizontais
• Com face superior arredondada
ORQUÍDIA NEVES (2006)
Muito fina (< 10 mm) a muito grosseira (> 100 mm)
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45 45 45
Tipos de estrutura de solo
Anisoforme anguloso
Prismático Colunar Granular
Orquídia Neves/2006
ORQUÍDIA NEVES (2006)
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46 46 46
Dimensões das estruturas
angular e subangular Prismático e Colunar Granular Laminar
ORQUÍDIA NEVES (2006)
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Tamanho dos poros nos solos
Há 2 tipos específicos de espaços porosos
• Macroporos: poros que estão entre agregados
– possibilitam o movimento livre do ar e da água de percolação
• Microporos: poros estão dentro dos agregados
– o movimento do ar é embaraçado (difícil) e o movimento da água é restrito a capilaridade
Ex: Um solo arenoso, apesar de sua reduzida porosidade total, a movimentação do ar e da água é surpreendentemente rápida, devido a predominância de macroporos.
(LEPSCH, 2010)
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Estrutura do solo Importância
• Qual a importância da estrutura do solo?
– A estrutura do solo é atributo (característica) fundamental, pois, faz com que o solo seja poroso.
– Grande número de propriedades são afetadas pelo tipo, tamanho e grau de desenvolvimento dos agregados
• Propriedades físicas
• Processos biológicos
• Processos químicos
Exemplos: permeabilidade à água, facilidade de penetração de raízes, grau de aeração etc.
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CONSISTÊNCIA DO SOLO
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Consistência
• A consistência está relacionada com a influência que as forças de coesão e de adesão exercem sobre os constituintes do solo, de acordo com seus variáveis estados de umidade.
• A força de coesão se refere à atração entre partículas sólidas, entretanto, a força de adesão está relacionada à atração entre as partículas sólidas e as moléculas de água.
• Assim, um solo pode ser muito duro quando está seco, e pegajoso quando está molhado
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Determinação da Consistência
• O grau de consistência varia em função de:
– características físicas do solo
Ex: areia, silte, argila, agentes cimentantes etc
– Teor de umidade nos poros no momento da determinação
• A determinação é feita sob 3 estados de umidade
– Molhado: estimar a plasticidade e pegajosidade
– Úmido: estimar friabilidade
– Seco: estimar a dureza ou tenacidade
LEPSCH(2010)
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Determinação da consistência com torrão úmido
• Se o torrão estiver úmido, pode ser:
– Friável: se desfaz sob leve pressão entre o dedo indicador e polegar.
– Firme: se desfaz sob pressão moderada mas apresenta pequena resistência.
– Muito Firme: se for difícil esmagar o torrão com os dedos, mas fácil entre as palmas das mãos.
LEPSCH(2010)
USP/EACH - Curso de Gestão Ambiental - ACH1085 Natureza e Tipos de Solos - Prof.Dr. Homero Fonseca Filho
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Determinação da consistência com torrão seco
• Se o torrão estiver seco, pode ser:
– Solto: se completamente incoerente.
– Macio: se quebrar facilmente em grãos soltos com leve pressão das mãos.
– Ligeiramente duro: se necessitar forte pressão entre o dedo indicador e polegar.
– Muito duro: se só puder ser quebrado com as duas mãos.
– Extremamente duro: se não puder ser quebrado com as duas mãos. (necessitando de uma ferramenta, por exemplo um martelo.
LEPSCH(2010)
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Outras caracterísiticas morfológicas
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Outras características morfológicas
• Cerosidade
– Películas de argila ou outro material recobrindo agregados do solo
• Espessura e nitidez ou contrastre da transição entre horizontes
LEPSCH(2010)
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Outras características morfológicas
• Nódulos
– Concreções, geralmente de óxidos de ferro
– Conhecido como “Piçarra”
http://tonirodrigues.zip.net/images/PICARRA1.jpg
LEPSCH(2010, pg 44)
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57 57
OUTRAS PROPRIEDADES DOS SOLOS
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Porosidade
• Refere-se à porção de espaços ocupados pelos líquidos e gases em relação ao espaço ocupado pela massa de solo (relação entre volume de vazios e volume total de uma amostra de solo).
• Divide-se em micro e macro porosidade, sendo que esta variação deve-se à forma e ao imbricamento dos grãos (como estes se encaixam).
• A porosidade está diretamente relacionada com a circulação de água no solo, isto é, as redes de poros podem estar conectadas permitindo a circulação de água, ou podem estar também isolados, o que permite que a água fique em seu interior, mas não circule.
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Permeabilidade
• É a maior ou menor facilidade com que a percolação da água ocorre através de um solo.
• A permeabilidade é influenciada pelo tamanho e arranjo das partículas, e pela sua porosidade.
• Ainda, deve-se ressaltar a importância da viscosidade e temperatura da água.
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60 60 60
Densidade do solo
Densidade aparente do solo
• 1 centímetro cúbico de um certo solo aparece no terreno da maneira ao lado:
• Para calcular a densidade aparente do solo:
• Volume = 1 cm3
• massa = 1,33 g
1,33 g
1,0 cm
Densidade aparente = Massa do solo / volume do solo
Densidade aparente = 1,33 / 1 = 1,33 g/cm3
BRADY(1979) pg 52
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Densidade do solo
Densidade da partícula sólida
• Se todos os sólidos fossem comprimidos ao máximo, o cubo apareceria da maneira ao lado:
• Para calcular a densidade aparente do solo:
• Volume = 0,5 cm3
• Massa = 1,33 g
1,33 g
1,0 cm
Densidade da partícula sólida = massa do solo / volume do sólido
Densidade da partícula sólida = 1,33 / 0,5 = 2,66 g/cm3
BRADY(1979) pg 52
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62 62
Principais componentes do solo
• Composição volumétrica de solos minerais (representação arbitrária)
– Água
– Ar
– Substâncias Minerais
– Matéria Orgânica
LEPSCH (1976); BRADY (1979)
http://www.dct.uminho.pt/pnpg/gloss/solo.html
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Bibliografia
• LEPSCH, I. F. Formação e Conservação dos Solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2010, 2 ed, 192 p. ISBN 978-85-7975-008-3 – Páginas 35 a 45
Objeto de aprendizagem
http://videoseducacionais.cptec.inpe.br/swf/solo/3_1/01_erosao.swf
63
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FIM