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ATUALIZANDO Emergência NOVEMBRO / 2006 16 Profissionais elogiaram iniciativa e destacaram importância da Revista Uma publicação pioneira a mesma noite em que o setor de Saúde e Segurança do Tra- balho conhecia as marcas mais N lembradas na 11ª edição do Top Of Mind 2006 - distinção tradicional na área, a Re- vista Emergência era apresentada ofici- almente ao público presente no Nacio- nal Club, dia 26 de julho último, em São Paulo. Mais uma criação da Proteção Pu- blicações e Eventos, a publicação trimes- tral, com tiragem de 10 mil exemplares por edição, traz um conteúdo específico e direcionado para os profissionais que atuam na área de prevenção e combate a incêndios, resgate, Atendimento Pré- Hospitalar, defesa civil e emergência quí- mica. O pioneirismo do novo produto, cuja primeira edição foi publicada em julho passado, foi reconhecido e aplaudido pelos profissionais dos setores abrangidos. O co- ordenador técnico da Revista, Sérgio Ceccarelli, fala da im- portância da Revista ser a pri- meira e única no País a tra- tar de assuntos amplos de emergência. “Além disto, traz o que há de mais a- tual para os profissionais desta área”, revela. Pre- sente no lançamento, o diretor do CB-24 (Comitê Brasileiro de Proteção contra Incên- dio), Paulo Chaves, também levantou a importância de se ter a primeira publica- ção brasileira voltada a estes setores e compara com publicações internacionais. “Até então, não havia um veículo no Bra- sil que fizesse um trabalho de divulga- ção de novas pesquisas na área de emer- gências e que oferecesse uma oportuni- dade para as pessoas publicarem seus es- tudos, como fazem publicações estrangei- ras semelhantes”, explica. Além de su- prir a carência de informação, o empre- sário do ramo de incêndio, Cláudio Car- quejo, diz que a Revista pode tratar com mais profundidade e abrangência assun- tos que hoje são abordados de forma su- perficial. “Nesta área, existem muitas pes- LANÇAMENTO abrangência do novo veículo que extra- pola os assuntos e debates sobre incên- dio, envolvendo outras emergências que podem comprometer também o meio ambiente e toda uma comunidade. “Es- tava na hora de ser lançada uma Revista neste estilo, voltada também para a área de emergências químicas e catástrofes”, destaca João Carlos Hermenegildo, técni- co em química e vice-coordenador da Co- missão de Preparação e Atendimento a Emergências Químicas da Abiquim (As- sociação Brasileira da Indústria Química). A Defesa Civil também compartilha des- ta visão. “Hoje em dia se fala muito na mídia sobre grandes desastres e da pre- paração e prevenção para estes fatos. Neste sentido, a Revista Emergência vem preencher uma lacuna importante para esta temática”, ressalta o representante da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de São Paulo, Fernando Busian. Ele complementa destacando ainda o papel social da Revista: “Ela é um Fórum de intercâmbio, onde estão as experiências de outros estados, cidades e até de fora do Brasil”. O também consultor técnico da Revista, Jorge Alexandre Alves, acre- dita na visão ampla que a Revista pode trazer para os diversos profissionais en- volvidos na emergência, levando uma compreensão muito maior sobre o assun- to. “Mesmo os médicos, bombeiros, pro- fissionais de segurança e outros envolvi- dos nesta temática, têm uma visão seg- mentada. Só que uma emergência pode envolver vítimas, riscos de incêndio, situ- ações de crise, de crimes para qualquer soas que tentam entender do assunto e, na verdade, não entendem”, explica. O presidente da ABPI (Associação Bra- sileira para Proteção Contra Incêndio), Aleksanser Grievs, também destaca a carência de informações no setor e, por isto, fala da importância da publicação trazer à tona discussões técnicas especí- ficas de incêndio, emergências químicas e demais setores abrangidos pela Revis- ta. “Neste sentido, é importante trazer os problemas e soluções através de en- trevistas e discussões com especialistas, fazendo com que se divulgue este conhe- cimento”, destaca Grievs. Rogério Crotti, diretor da RC Consulting e um dos consul- tores técnicos da Revista, também desta- cou a missão de disseminação da infor- mação técnica de ponta que a Revista tem pela frente num país onde ela é insipiente. “Se você tem uma técnica refinada, não precisa ser herói, você passa a ser um pro- fissional. Para isto, é pre- ciso desenvolvimento, pla- nejamento e, acima de tu- do, treinamento pessoal para trabalhar numa emergência, gerando menos riscos para as pessoas e menos danos para a comunidade”, revela. Além da falta de informação, a prática do atendimento nas emer- gências também tem sido um problema a ser enfrentado e, segundo os profissio- nais presentes, é um outro ponto no qual a Revista pode auxiliar. O paramédico, consultor técnico da Revista e diretor téc- nico da Fire & Rescue College, Jorge Ale- xandre Alves, diz que um dos motivos para esta falta de aperfeiçoamento está na formação profissional. “Nós não temos vários profissionais que existem em ou- tros países, que tem sua formação aca- dêmica como, por exemplo, o paramé- dico. Nós também não temos o médico assistente que é um outro profissional des- ta área”, exemplifica. ABRANGÊNCIA Os profissionais destacaram também a Fotos: Valdir Lopes da Silva

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ATUALIZANDO

Emergência NOVEMBRO / 200616

Profissionais elogiaram iniciativa e destacaram importância da Revista

Uma publicação pioneiraa mesma noite em que o setorde Saúde e Segurança do Tra-balho conhecia as marcas maisN

lembradas na 11ª edição do Top Of Mind2006 - distinção tradicional na área, a Re-vista Emergência era apresentada ofici-almente ao público presente no Nacio-nal Club, dia 26 de julho último, em SãoPaulo. Mais uma criação da Proteção Pu-blicações e Eventos, a publicação trimes-tral, com tiragem de 10 mil exemplarespor edição, traz um conteúdo específicoe direcionado para os profissionais queatuam na área de prevenção e combatea incêndios, resgate, Atendimento Pré-Hospitalar, defesa civil e emergência quí-mica. O pioneirismo do novo produto,cuja primeira edição foi publicada emjulho passado, foi reconhecido eaplaudido pelos profissionais dossetores abrangidos. O co-ordenador técnico da Revista,Sérgio Ceccarelli, fala da im-portância da Revista ser a pri-meira e única no País a tra-tar de assuntos amplos deemergência. “Além disto,traz o que há de mais a-tual para os profissionaisdesta área”, revela. Pre-sente no lançamento,o diretor do CB-24 (ComitêBrasileiro de Proteção contra Incên-dio), Paulo Chaves, também levantou aimportância de se ter a primeira publica-ção brasileira voltada a estes setores ecompara com publicações internacionais.“Até então, não havia um veículo no Bra-sil que fizesse um trabalho de divulga-ção de novas pesquisas na área de emer-gências e que oferecesse uma oportuni-dade para as pessoas publicarem seus es-tudos, como fazem publicações estrangei-ras semelhantes”, explica. Além de su-prir a carência de informação, o empre-sário do ramo de incêndio, Cláudio Car-quejo, diz que a Revista pode tratar commais profundidade e abrangência assun-tos que hoje são abordados de forma su-perficial. “Nesta área, existem muitas pes-

LANÇAMENTO

abrangência do novo veículo que extra-pola os assuntos e debates sobre incên-dio, envolvendo outras emergências quepodem comprometer também o meioambiente e toda uma comunidade. “Es-tava na hora de ser lançada uma Revistaneste estilo, voltada também para a áreade emergências químicas e catástrofes”,destaca João Carlos Hermenegildo, técni-co em química e vice-coordenador da Co-missão de Preparação e Atendimento aEmergências Químicas da Abiquim (As-sociação Brasileira da Indústria Química).A Defesa Civil também compartilha des-ta visão. “Hoje em dia se fala muito namídia sobre grandes desastres e da pre-paração e prevenção para estes fatos.Neste sentido, a Revista Emergência vempreencher uma lacuna importante paraesta temática”, ressalta o representanteda Coordenadoria Municipal de DefesaCivil de São Paulo, Fernando Busian. Elecomplementa destacando ainda o papelsocial da Revista: “Ela é um Fórum deintercâmbio, onde estão as experiênciasde outros estados, cidades e até de forado Brasil”. O também consultor técnicoda Revista, Jorge Alexandre Alves, acre-dita na visão ampla que a Revista podetrazer para os diversos profissionais en-volvidos na emergência, levando umacompreensão muito maior sobre o assun-to. “Mesmo os médicos, bombeiros, pro-fissionais de segurança e outros envolvi-dos nesta temática, têm uma visão seg-mentada. Só que uma emergência podeenvolver vítimas, riscos de incêndio, situ-ações de crise, de crimes para qualquer

soas que tentam entender do assunto e,na verdade, não entendem”, explica.

O presidente da ABPI (Associação Bra-sileira para Proteção Contra Incêndio),Aleksanser Grievs, também destaca acarência de informações no setor e, poristo, fala da importância da publicaçãotrazer à tona discussões técnicas especí-ficas de incêndio, emergências químicase demais setores abrangidos pela Revis-ta. “Neste sentido, é importante trazeros problemas e soluções através de en-trevistas e discussões com especialistas,fazendo com que se divulgue este conhe-cimento”, destaca Grievs. Rogério Crotti,diretor da RC Consulting e um dos consul-tores técnicos da Revista, também desta-cou a missão de disseminação da infor-mação técnica de ponta que a Revista

tem pela frente num país onde elaé insipiente. “Se você tem

uma técnica refinada,não precisa ser herói,

você passa a ser um pro-fissional. Para isto, é pre-

ciso desenvolvimento, pla-nejamento e, acima de tu-

do, treinamento pessoal paratrabalhar numa emergência,

gerando menos riscos para aspessoas e menos danos para a

comunidade”, revela.Além da falta de informação, a

prática do atendimento nas emer-gências também tem sido um problemaa ser enfrentado e, segundo os profissio-nais presentes, é um outro ponto no quala Revista pode auxiliar. O paramédico,consultor técnico da Revista e diretor téc-nico da Fire & Rescue College, Jorge Ale-xandre Alves, diz que um dos motivospara esta falta de aperfeiçoamento estána formação profissional. “Nós não temosvários profissionais que existem em ou-tros países, que tem sua formação aca-dêmica como, por exemplo, o paramé-dico. Nós também não temos o médicoassistente que é um outro profissional des-ta área”, exemplifica.

ABRANGÊNCIAOs profissionais destacaram também aFotos: Valdir Lopes da Silva

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Emergência 17NOVEMBRO / 2006

tipo de pessoa e inclusive suas famílias.Por isso, a função da Revista é fazer comque todos pensem e consigam unir es-tes trabalhos em uma única visão”, des-taca Alves.

Para ele, esta compreensão ampla quea Revista trará servirá também para o es-tímulo de visões críticas que a sociedadeprecisa ter em relação ao atendimentodas emergências. “Para quem trabalha naindústria, no comércio, que ocupa um car-go de gerenciamento, que faz a multipli-cação e formação de opiniões, mas quetem família em outros municípios podepensar numa realidade de emergênciaslocais. E, considerando a realidade de umpaís continental como o nosso esta visãodeveria ser muito mais criteriosa, pois nóstemos realidades muito diferentes de Nor-te a Sul do País, como culturas e clima”,alerta.

Para Alves, além de sacudir o setor nes-te sentido, esta nova visão ampliada pode

trazer também uma condição mercado-lógica que é muito interessante. “Hojetemos uma indústria da emergência, porexemplo, de veículos, muito insipiente eque não está ampliada porque não temdemanda de consumo. Mas se ao invésdo estado adquirir estas viaturas, os muni-cípios o façam, veja quantas indústrias te-riam que construir estes veículos e equipá-los. Pense na demanda de profissionaisque poderiam ser formados e aí entramas instituições de ensino, ou seja, a gera-ção direta e indireta de empregos porconseqüência de uma sistematizaçãoadequada de emergência que pode sur-gir de trocas de informações e reflexãodo setor”, explica.

João Carlos Hermenegildo, da Abiquimtambém acredita na ampliação e reforçodo mercado destinado às emergênciasque a nova publicação pode trazer e con-firma isto na prática. “Através da revista,fiquei sabendo de muitas produtos e ser-viços que, para mim, como profissional,é importante conhecer”, destaca.

Para oficializar o lançamento da Revis-ta Emergência, foi entregue ainda o pri-meiro exemplar para alguns profissionaispresentes no evento que representavamcada uma das áreas atendidas pela novapublicação. Além de Rogério Crotti e Jor-ge Alexandre Alves, na oportunidade,foram divulgados também os demaisnomes que integrarão o grupo de con-sultores técnicos da Revista: Randal Fon-seca, instrutor e diretor da RTI – EditoraRandal Fonseca, David Szpilman, sócio-fundador, ex-presidente e diretor médi-co da Sobrasa (Sociedade Brasileira deSalvamento Aquático), Marco Secco, di-retor da Engepro – Engenharia de Proje-tos, Cloer Vescia Alves, médico e diretorda Humanitas, Edson Haddad, químico egerente da Divisão de Gerenciamento deRiscos da Cetesb e Márcio Vicente dosSantos, gerente da Divisão de Proteçãoao Fogo e Emergência da Embraer.

Grievs: discussões técnicas Busian: preencher lacunaAlves: unir trabalhos

Abrangência da novaRevista foi destacadapelos presentes

ELOGIOS

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Emergência NOVEMBRO / 200618

Discussões emergenciaisBombeiros, socorristas, resgatistas, mé-

dicos e diversos profissionais de emer-gências participaram do III ENCBOM (En-contro Nacional de Bombeiros Civis),Resgate 2006 (Seminário Nacional deEmergências e Resgate) e 3º Brasilfire(Seminário Nacional de Proteção ContraIncêndio), eventos que ocorreram den-tro da Prevenrio 2006, Feira e Congressode Saúde e Segurança do Trabalho, noRio de Janeiro, entre os dias 16 e 18 deoutubro. O coordenador técnico da Re-vista Emergência, Sérgio Ceccarelli, abriuo III ENCBOM, no dia 16, ressaltando aimportância do profissional bombeiro esua atualização. “O profissional que per-de uma feira e um evento como este,fica desatualizado por mais um ano, poisaqui há uma carga de conhecimentomuito grande em um curto espaço detempo”, avalia.

O especialista em Prevenção e Com-bate a Incêndios, João de Castro, falousobre a importância do reconhecimentoao bombeiro privado. “É preciso fazer al-guma coisa para que esse bombeiro sejareconhecido e seja exigido nas empre-sas, porque a importância dele só quemdependeu de um serviço em uma em-presa é que sabe”, enfatiza. Castro apre-sentou a nova NBR 14276 (Brigada deIncêndio), que deve ser concluída emnovembro.

O diretor técnico de cursos da área deincêndio em Minas Gerais, AlexandroMendes Carneiro, que palestrou sobre aformação do bombeiro privado, ressaltou

Congresso e Feira reúnem profissionais de urgência

PREVENRIO

a importância da participação dos profis-sionais da área e da troca de informações.

O palestrante e diretor do CB-24, Pau-lo Chaves de Araújo, lembrou que se mui-tos reclamam que o mercado para os bom-beiros civis está saturado, existem cercade 5.000 municípios brasileiros que nãopossuem bombeiros. “A comunidade temque se unir com a prefeitura e entidadesde classe para criar bombeiros voluntári-os”, sugere.

RESGATEO Seminário Nacional de Emergências

e Resgate, ocorrido dia 17, trouxe assun-tos técnicos da área para segmentos queatuam diretamente no tema, como, porexemplo, concessionárias de rodovias,bombeiros civis e voluntários. “Este e-vento é muito importante, pois pro-porciona a uma infinidade de profissionais,

A Praia de Boa Viagem, no Recife/PEfoi o cenário da Semana Pernambucanade Atualização em SST e Proteção Con-tra Incêndio, entre os dias 12 e 16 desetembro. Reunindo mais de 500 parti-cipantes, o evento contou com a parti-cipação de especialistas do setor deemergência e combate a incêndios.Sérgio Dutra ministrou os cursos volta-dos à área de incêndio: Plano de Emer-gência contra Incêndio, Brigada de In-

cêndio e Plano de Escape em Edifica-ções. “Estes temas, de acordo com alegislação vigente em prevenção e com-bate a incêndio, são de suma importân-cia como forma de prevenção e capaci-tação dos recursos humanos”, explicaDutra. Em sua avaliação, o evento foialtamente positivo. “Os profissionais sãoesforçados e buscam a atualização con-tínua, basta que tenham oportunidades”,avaliou.

Proteção contra incêndio no RecifeATUALIZAÇÃO

de diversas áreas, que estejam frente auma situação real de desastre trabalharde forma conjunta”, destaca Célio Ribei-ro, chefe da Seção Operacional Especia-lizada em Desastres, do CBMERJ. Aliás,integração também foi ressaltada por Sér-

gio Dutra, técnico deSegurança do Traba-lho e diretor de en-sino da Dutra Bom-beiros, na palestraGestão e Controlenas Ações de Aci-dentes Rodoviários eUrbanos. “O objeti-vo é realizar a inte-gração dos órgãos,seja público ou pri-vado, no controledos acidentes, mini-mizar ou fazer os tra-balhos preventivos,

conhecendo sua malha viária ou o que acidade tem em nível de recursos para quepossa ter um bom resultado”, destaca.

Jorge Alexandre Alves, paramédico ediretor da Fire &Rescue College tambémfalou sobre a união dos serviços de emer-gência no palestra Integração dos Servi-ços de Emergência nos Municípios Brasi-leiros.

Outras palestras vieram trazer maisprofissionalismo ainda ao evento comoAtendimento Pré-Hospitalar na SituaçãoTática Policial, ministrada pelo tenentecoronel médico da Polícia Militar do Es-tado da Paraíba, Fábio de Almeida Go-mes. Ele chamou a atenção para a ques-tão do APH (Atendimento Pré-Hospita-lar), ressaltando que ele é uma especiali-dade e não um improviso. “Não pode serrealizado por qualquer um”, destaca. Asdemais palestras ministradas no Resgateforam Atendimento Hospitalar em Aci-dentes de Mergulho, ministrada pelo mé-dico Marco Monteiro, e Resgate e Trans-porte de Vítimas em Acidentes comMergulho, pelo educador físico e mem-bro da Undersea Ahaiperbaric MedicalSociety, Roberto Trindade.

BRASILFIREO Brasilfire contou com um curso pré-

seminário, no dia 17, ministrado por Joãode Castro. Ele apresentou o planejamen-to de atendimento em acidentes commúltiplas vítimas. No dia seguinte, 18, apalestra “Método para elaboração deespecificações técnicas de produtos e

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Emergência 19NOVEMBRO / 2006

1995 - Foi a partir deste ano quea Patrulha Civil Voluntária, do Rio deJaneiro, iniciou suas atividades, apoi-ando as autoridades públicas emações emergenciais. A ong estevepresentena Preven-rio, fazen-do de-monstra-ções deseu traba-lho. Comd ive r sa sespeciali-zações deresgate e salvamento, ela tambémtem forte atuação na formação pro-fissional. “Temos uma parceria com aUniversidade Bezerra de Araújo ondecriamos o curso técnico de emer-gências em resgate e salvamento, re-conhecido pela Secretaria de Educa-ção”, cita o comodoro Paulo Vassi-mon. O trabalho educativo da Patru-lha pôde ser visto na prática na Feira,através da explanação sobre ofídeos.“Trouxemos uma matéria pouco di-fundida no curso de resgate e poucoconhecida pelas pessoas. Nosso ob-jetivo foi que elas identificassem asdiferenças entre um animal veneno-so, um não venenoso, que conheces-sem a sintomatologia de uma picadade um anfíbio, além do que fazer e oque não fazer”, explica.

serviços” foi ministrada pelo diretor doCB-24 da ABNT, Paulo Chaves de Araújo.

A experiência internacional também foitrazida para o evento. O engenheiro ele-trônico suíço e especialista em SistemasEletrônicos Contra Incêndios, Mimmo Mi-cali, ministrou a palestra “Novas Tecno-logias para Sistemas de Detecção e Alar-me de Incêndios”. Micali apresentou umanova tecnologia baseada em sistemas li-neares que são até 100 vezes mais sensí-veis do que detectores tradicionais.

O engenheiro mecânico e de Seguran-ça do Trabalho e membro do CBERTI(Centro Brasileiro de Estudo de Riscos eTecnologia de Incêndio), Robson Barradas,explicou o comportamento dos materi-ais em incêndios, passando pelo equilí-brio térmico humano e as etapas da com-bustão. Já o engenheiro eletricista e mem-bro do CB-24, Sergio Feitoza, apresen-tou algumas normas brasileiras que fo-ram revisadas, como a NBR 13231 (Pro-teção contra incêndio em subestaçõeselétricas convencionais, atendidas e nãoatendidas, de sistemas de transmissão),válida desde agosto de 2005.

O tenente coronel do CBMERJ, SérgioBaptista de Araújo, apresentou os siste-mas de extração de fumaça, cujo objeti-vo é a manutenção de um ambiente se-guro, uma vez que a fumaça é mais noci-va do que o fogo. Por fim, Álvaro Goulart,coordenador do Conselho Executivo doCBERTI, mostrou aos participantes o con-ceito do Centro, que surge para informare debater questões de incêndios e deriscos, prover tecnologia, pesquisas e par-cerias.

Paralelo aos eventos, ocorreu a Feirade Saúde e Segurança e Prevenção deIncêndios, trazendo novidades de servi-ços e produtos para a área. A Nova Res-gate, distribuidora e fabricante de equi-pamentos para emergências, chegou naPrevenrio com muitas novidades. A em-presa paulista acaba de abrir uma filial noEstado do Rio e aproveitou a Feira paradivulgar seus lançamentos. Um deles éo desfibrilador portátil Cardiac SciencePowerhearth AED G3 Automático, sen-do o único desfibrilador no Brasil que o-ferece sete anos de garantia no aparelhoe quatro na bateria. Outros destaques tra-zidos pela empresa foram: o repelentede tubarão, para quem faz resgate aquá-tico, e o colar cervical com quatro regula-gens em uma única peça.

A Dräger Safety, multinacional alemãhá mais de 50 anos no Brasil, apresentousuas novidades em roupas de proteçãocontra incêndio e equipamentos de resga-te. Um dos destaques foram as roupas deaproximação e combate a incêndio D-Tex.

Outra empresa que trouxe suas novi-dades para o Rio de Janeiro foi a E. Ta-mussino, distribuidora de materiais mé-dico-hospitalares. Um de seus lançamen-tos é o espirômetro MicroLab, que medea capacidade respiratória e resistência dasvias aéreas. O novo modelo apresentaum monitor colorido e sensível ao toque,memória para 2.000 exames, impressoratérmica, relatório configurável com sele-ção de até 41 parâmetros, entre outrascaracterísticas.

Feira mostra lançamentos

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Emergência NOVEMBRO / 200620

Referências mundiais na CalifórniaTem início no dia 6 de novembro o 94th

Annual Congress & Expo, o Congresso eFeira do National Safety Council (NSC),em San Diego, Califórnia. Consideradoo maior evento mundial onde temas deemergência estão abrangidos, o eventoserá divido entre a Feira, que ocorre en-tre os dias 6 e 8 de novembro, e o Con-gresso, que vai de 3 a 10.

Entre os palestrantes, estão o presiden-te do NSC, Alan C. McMillan, o diretordo National Institute for OccupationalSafety and Health, John Howard, a dire-tora do National Center for Injury andControl, Ileana Arias, entreoutros. Os te-mas apresenta-dos serão abran-gentes, contemplan-do os mais diversos segmentos. “Cadaprofissional deverá procurar dentre asofertas de seminários e cursos, quais ostemas de interesse para o desenvolvimen-to pessoal ou de grupos”, explica o ins-trutor do ECSI (Emergency Care and SafetyInstitute) e RTI (Rescue Training Interna-tional), Randal Fonseca.

INOVAÇÕESFonseca cita também o caráter multi-

disciplinar do evento, cuja preocupaçãoé a prevenção e o planejamento de me-didas imediatas para correção do desas-

NSC reúne em novembro os maiores nomes da emergência no mundo

tre. “O Congresso permite que os profis-sionais se especializem em prevenção,em ler o futuro, em construir um futuroseguro dentro de uma sociedade de ris-co. Saber administrar e gerenciar riscos éque permite o sucesso de um empreen-dimento. Assim, aviação, mineração, tu-rismo, transporte marítimo, telefonia,guerras, gripes, aquecimento global, sãoalguns dos temas em debate, sem exclu-são das viagens espaciais, que estão den-tre os temas debatidos no Safety Con-gress”, frisa. Outro ponto de destaque noevento serão as emergências médicas.

Novas tecnologias serão apresentadaspara aumentaras chances desalvar vidas, co-mo a tele-me-

dicina, a robótica e outros avanços queestão sendo conquistados em âmbitomundial. Paralelo ao evento, ainda ocor-rerá o “Primero Congreso Hispano de Se-guridad del Nacional Safety Council”, vol-tado para a Saúde e Segurança do Traba-lho, com um espaço especial dedicado àsegurança no trânsito. Além disso, have-rá cerca de 750 expositores de novosequipamentos, técnicas e tecnologias apli-cadas ao setor de Saúde. Segurança eMeio Ambiente. Em 2007, o evento estáprogramado para ocorrer entre os dias 12e 19 de outubro.

EMERGÊNCIA GLOBAL

São Bento do Sulreúne 900 bombeiros

O VIII Encontro Estadual de Bombeirosde Santa Catarina, ocorrido entre os dias23 e 24 de setembro, na cidade de SãoBento do Sul, reuniu, aproximadamente,900 bombeiros militares e comunitários.O encontro foi promovido pelo Corpode Bombeiros Militar de Santa Catarinae pela Federação Catarinense de Bom-beiros Comunitários. Paralelo ao evento,ocorreu a 1ª Feira de Equipamentos deBombeiros.

O encontro contou com diversas pro-vas de competição, entre elas, o circuitode combate a incêndio, cabo de guerra,Atendimento Pré-Hospitalar, natação, en-tre outros. A equipe campeã foi o muni-cípio de São José do Cedro, dentre as 40cidades que participaram das provas. OEncontro Estadual de Bombeiros de San-ta Catarina já se tornou um dos maioreseventos que reúne bombeiros no Brasil.

ENCONTRO

Competições reuniram 40 municípios de SC

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ESPECIAL

Emergência NOVEMBRO / 200622

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NOVEMBRO / 2006Emergência22

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URGÊNCIAURGÊNCIAURGÊNCIANAS RODOVIAS

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Emergência 23NOVEMBRO / 2006

24,6

Reportagem de Lia Nara Bau

bilhões de reais.Este foi o custo totaldos acidentes emrodovias no país em

2004 e 2005. A cifra é resultado do pro-jeto “Impactos Sociais e Econômicos dosAcidentes de Trânsito nas Rodovias Bra-sileiras”, realizado pelo Denatran (Depar-tamento Nacional de Trânsito) e o IPEA(Instituto de Pesquisa Econômica Aplica-da). A pesquisa também constatou queo custo médio do acidente com feridosfica em torno de R$ 90 mil e com víti-mas fatais esse valor chega a R$ 421 mil.Os custos médios relativos às pessoas in-

Emergência 23NOVEMBRO / 2006

de Saúde e Assistência Social da PolíciaRodoviária Federal, de Brasília/DF, Mar-cos Basílio, acredita que não exista umaúnica rodovia que possa ser consideradaa mais perigosa do país. “Durante muitotempo criou-se o mito de existir a rodo-via mais perigosa, mas isso não existe. Oque se apresenta são trechos mais peri-gosos em determinadas rodovias, devidoao traçado sinuoso da pista, fluxo de veí-culos, velocidade de tráfego e condiçõesde pavimentação”, esclarece. Comoexemplos de estradas com trechos peri-gosos ele cita a Via Dutra e a RégisBittencourt, em São Paulo, a BR-262 emMinas Gerais, a BR-101 no Rio Grandedo Sul e a BR-116 no Ceará. “Na Dutra,por exemplo, têm-se um volume médiodiário de 180.000 veículos transitando nasimediações de Guarulhos”, observa.

CAUSASO fator mais importante a ser conside-

rado como causa de acidentes, para Basí-lio, é a imprudência dos motoristas. “Des-respeito à sinalização, excesso de velocida-de e ultrapassagens perigosas são as cau-sas mais comuns no trânsito das rodovi-as”, observa. As condições das vias, deacordo com Basílio, representam umapequena parcela de responsabilidade nosacidentes. “Se observarmos as estatísti-cas dos acidentes com vítimas fatais, amaioria ocorre em vias com a pavimen-tação em perfeitas condições, o que esti-mula o excesso de velocidade”, denun-cia. O álcool também é outro fator alar-mante nas rodovias do país. “Segundo oCongresso Nacional de Trânsito realiza-do em agosto último, 70% dos acidentescom óbitos no Brasil se dão por uso deálcool, posteriormente, vêm o cansaço esonolência”, afirma o médico e coorde-nador do Comitê de APH da NovaDutra,Renato Macedo.

Já as causas dos acidentes com cargasperigosas, outro problema presente nasrodovias, possuem peculiaridades, expli-ca Angelina Lanna de Moraes, enge-nheira e coordenadora do Núcleo deEmergência Ambiental da FEAM (Funda-ção Estadual do Meio Ambiente de Mi-nas Gerais). “Além da falta de manuten-ção dos veículos pelos transportadores,há o desconhecimento das rodovias pe-

cluem custos de perda de produção, cui-dados com a saúde (pré-hospitalar, hos-pitalar e pós-hospitalar) e remoção. A pes-quisa utilizou, principalmente, informa-ções da Polícia Rodoviária Federal (PRF),onde, de acordo com os dados, em 2005morreram 6.352 pessoas nas estradas. Noentanto, estas estatísticas referem-se aosóbitos no local, enquanto a pesquisa doIPEA constatou que 4.073 pessoas queestiveram envolvidas nesses mesmos aci-dentes vieram a falecer, posteriormente,em decorrência do acidente. Ou seja, em2005, foram, ao todo, 10.425 mortos emrodovias federais.

Embora os dados retratem que a maiorparte dos acidentesocorra no Sudestedo país, devido aomaior fluxo deveículos, o médicoe chefe da Divisão

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Em 2005, a Polícia Rodoviária de São Paulo atendeu372 acidentes com produtos perigosos nas rodoviasestaduais do Estado.

TRANSPORTEDE CARGA

los motoristas vindos de outras regiõese, principalmente, a enorme extensão damalha viária, no caso do Estado de MinasGerais, com seu relevo irregular”, aponta.

Segundo o chefe da Divisão de Rela-ções Comunitárias da Defesa Civil do RioGrande do Sul e membro da ComissãoEstadual do P2R2 (Prevenção, Preparaçãoe Resposta Rápida a Emergências Am-bientais com Produtos Químicos Perigo-sos), Capitão Cincinato Fernandes Neto,é a falta de uma mentalidade preven-cionista dos setores que participam dotransporte de produtos perigosos a princi-pal causa dos acidentes. “Precisamos pro-mover e intensificar a participação detodas as entidades em processos infor-mativos e educativos que favoreçam aconstrução de uma nova mentalidade”,avalia. Além disso, ele cita outros itensque favorecem as emergências: falta deEquipamentos de Proteção Individual ede emergência, acondicionamento ina-dequado da carga e painel de seguran-ça, rótulo de risco, ficha e envelope deemergência em desacordo com a legis-lação.

Para o gerente da Divisão de Geren-ciamento de Riscos da Cetesb (Compa-nhia de Tecnologia de Saneamento Am-biental de São Paulo), Edson Haddad, hámuitas causas relacionadas aos acidentescom produtos perigosos, como falha me-cânica, condições meteorológicas e dapista, mas a principal ainda é o motorista.“A prática tem nos mostrado que o ho-mem ainda é o principal responsável peloelevado número de acidentes nas rodo-vias”, lamenta.

DADOSSegundo Basílio, os atendimentos reali-

zados pela Polícia Rodoviária Federal são,em sua maioria, ocorrências de trauma,decorrentes de acidentes. Em média umaviatura de resgate realiza 60 atendimen-tos mensais. São registrados, aproximada-mente, 9.000 acidentes e 6.000 vítimaspor mês nas rodovias federais.

Na contabilidade dos acidentes comprodutos perigosos, em Minas Gerais, porexemplo, a FEAM possui um banco dedados em parceria com o Ministério daSaúde, Secretaria Estadual da Saúde eDefesa Civil, que contém os acionamen-tos efetuados desde a sua criação, em2003. Em 2004, foram 38 acidentes comprodutos perigosos no Estado, sendo 27relacionados ao transporte rodoviário. Jáem 2005, foram realizados 47 atendimen-tos, onde 30 eram acidentes rodoviários.

A Cetesb, registrou 6.552 acidentescom produtos perigosos, de 1978 atéagosto desse ano, sendo 2.511 no trans-porte rodoviário no Estado de São Paulo.No período de 1983 a 2004, a rodoviaque gerou o maior número de acidentescom produtos perigosos foi a Via Dutra,com 178 acidentes. Haddad frisa, no en-tanto, que após o programa de conces-são das rodovias em São Paulo, em 1997,houve uma redução no número de aci-dentes nos trechos concessionados. Atu-almente, a Cetesb tem atendido mais aci-dentes nas rodovias BR-116 (Régis Bit-tencourt) e Washington Luís.

Em 2005, a Polícia Rodoviária de SãoPaulo atendeu 372 acidentes com produ-tos perigosos nas rodovias estaduais. “Do

total de aciden-tes, registramos 47 vazamentos de cargaà granel, dois incêndios e 14 casos comcargas fracionadas, onde houve derrama-mento e danos às embalagens”, relata osargento do Comando de PoliciamentoRodoviário da Polícia Militar do Estado deSão Paulo, Márcio Oliveira. Estes aciden-tes ainda produziram 32 vítimas leves, setegraves e seis fatais. Oliveira fala que, em2005, a Rodovia Anhangüera foi a queapresentou maior quantidade de aciden-tes com produtos perigosos, totalizando74. “A rodovia possui um elevado volu-me de tráfego e 450km de extensão,além de atender grande parte da deman-da de trânsito do Pólo Petroquímico dePaulínia e também grandes áreas produ-toras de álcool do interior do Estado”,salienta. Já no Rio Grande do Sul, o nú-mero de acidentes rodoviários com pro-dutos perigosos foi de 34 em 2003, 23em 2004 e 31 em 2005.

Na Via Dutra, embora o número de a-cidentes, em geral, tenha crescido nosúltimos anos, o número de vítimas fataisdiminuiu. Um estudo realizado pelo SOSUsuário da NovaDutra, concessionária darodovia, revelou que, de 1996 a 2004,apesar do aumento no número de aci-dentes (3,59%), houve redução no núme-ro de vítimas graves em 23,2% e no nú-mero de mortos em 4%. Para Renato Ma-cedo, isso se deve às melhorias realiza-das na rodovia após a concessão, e a efi-ciência do Atendimento Pré-Hospitalar.

Segundo dados daPolícia RodoviáriaFederal são registrados,aproximadamente9000 acidentes e 6000vítimas por mês nasrodovias federais

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Emergência NOVEMBRO / 200626

As maiores demandasAtendimento Pré-Hospitalar e produtos perigosos são osmaiores desafios nas emergências rodoviárias

Atualmente, cerca de 3.400 produtosperigosos estão relacionados no Regula-mento do Transporte Terrestre de Produ-tos Perigosos, que está baseado no De-creto 96.044/88 (Transporte Rodoviário)e no Decreto 98.973/90, complemen-tados pela Resolução ANTT nº 420/04.

A engenheira de Segurança da Con-cepa, no Rio Grande do Sul, Maria Tere-sa Arthur, explica que a concessionáriapossui um Plano de Emergência, ondeestão descritos todos os procedimentose listados todos os contatos. “Ao longoda rodovia, temos o apoio dos Corpos deBombeiros de todos os municípios, daFepam (Fundação Estadual de ProteçãoAmbiental), da Polícia Rodoviária Fede-ral e outras instituições privadas, comoempresas do Pólo Petroquímico do Sul”,relata. Maria Teresa aponta quatro difi-culdades encontradas freqüentemente

pela equipe. “Os hospitais, que não têmestrutura para receber possíveis contami-nados por produtos químicos, as empre-sas transportadoras, em especial, as demenor porte, que não têm conhecimen-to, preparação e, muitas vezes, nem res-ponsável químico pela carga, a desobe-diência da lei que proíbe o transporte decargas na Free Way (BR-290), entre 22he 6h, e a curiosidade dos usuários da ro-dovia em geral, que, muitas vezes, nãoentendem o perigo e ainda atrapalham aoperação”, ressalta.

Angelina, da FEAM, também aponta di-versas dificuldades encontradas nos aten-dimentos a emergências com produtosperigosos. “A deficiência na comunicaçãoe treinamento dos diversos atores envol-vidos, o lapso de tempo entre a ocorrên-cia e a comunicação do acidente e asobreposição de competências”, cita.

MAPA DAS CONCESSIONÁRIASNo Brasil, trafegar por uma rodovia iluminada, sinalizada e com pista dupla é

um conforto que tem o seu preço: o preço do pedágio. Inviabilizadas por falta derecursos do Estado, as melhorias nas estradas são transferidas para empresas

privadas. A isso se chama concessão, que é a transferência pelo Estado àiniciativa privada da administração de um serviço, no caso as rodovias, por umperíodo pré-estabelecido, sob fiscalização e monitoração do poder concedente.

Adilson Moraes, da CMTCP (ComissãoMunicipal para o Transporte de CargasPerigosas), da cidade de São Paulo, rela-ta que o que traz mais preocupação aosórgãos de atendimento a emergência éo transporte de produtos perigosos porempresas que não obedecem as normasde segurança e as que não possuem au-torização para este tipo de transporte.“Geralmente, elas não trazem a identifi-cação correta do produto”, lamenta. Alémdisso, ele cita ainda a imprudência, alia-da à má conservação dos veículos e dasrodovias. “Nossa principal dificuldade é aidentificação correta dos produtos, prin-cipalmente, a granel, realizado por trans-portadoras não idôneas”, esclarece. Se-gundo ele, nestes casos, é necessário oempenho de órgãos como bombeiros ePolícia Militar, por exemplo, para a iden-tificação e destinação dos produtos peri-gosos. “Dadas as características dos ris-cos, os órgãos como Corpo de Bombei-ros e ambientais são deslocados em to-das as emergências com cargas perigo-sas”, frisa Moraes.

As dificuldades apresentadas, segundoo sargento da Polícia Militar do Estado

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Emergência 27NOVEMBRO / 2006

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de São Paulo, Márcio Oliveira, dependem,principalmente, do tipo de produto peri-goso que está envolvido na emergência.“Para cada acidente são adotadas medi-das específicas”, afirma. Outras variáveistambém são fundamentais, como a quan-tidade de produto que vazou, se o localé uma região povoada, a direção do ven-to, se há cursos d’água próximos, entreoutros. “Normalmente, quando há neces-sidade de evacuar uma área que foi con-taminada ou está na iminência de ser, aoperação se torna mais complexa, poisexige maiores recursos, instalações, se-gurança das áreas evacuadas e resistên-cia dos moradores para deixar suas ca-sas”, pondera.

Já as especificidades de algumas re-giões de São Paulo mostram que há di-versas indústrias químicas transportandomilhares de produtos perigosos em rodo-vias como no caso da Via Dutra que, se-gundo o tenente do 11º Grupamento deIncêndio que atua no Vale do Paraíba, emSão Paulo, Márcio André Silva Nunes, mui-tas vezes, nem são catalogados pela ONU.“Outra grande dificuldade é que, às ve-zes, a rodovia cruza o município e o fluxode veículos impede o acesso à ocorrên-cia”, aponta. Este e outros obstáculos, po-rém, são minimizados com a atuação daRINEM (Rede Integrada de Emergência

do Vale do Paraíba), que atua como umPAM (Plano de Auxílio Mútuo), congre-gando 40 empresas privadas e 44 órgãospúblicos. Em 2002, a RINEM atendeu a484 ocorrências, sendo 69 de incêndio,13 de salvamento e 402 de resgate. “Atra-vés da Rede, contamos com técnicos eespecialistas das maiores empresas quí-micas da região para apoio, inclusive commateriais e equipamentos”, enfatiza.

O gerente de operações da Triângulodo Sol, em São Paulo, Otávio Figueiredo,salienta que os atendimentos de emer-gências com produtos perigosos seguemum protocolo estabelecido por um Planode Ação Emergencial, elaborado pela con-cessionária e aprovado pela Secretaria doMeio Ambiente e pela ARTESP (Agên-cia Reguladora de Serviços Públicos De-legados de Transporte do Estado de SãoPaulo). “O Plano compreende o atendi-mento da ocorrência por recursos huma-nos e operacionais da concessionária como devido acionamento de entidades ex-ternas, como Cetesb, Corpo de Bombei-ros, Defesa Civil e outros que se fizeremnecessários”, informa. “A concessionáriacomo operadora rodoviária tem autono-mia para o acionamento dos órgãos ex-ternos, pré-determinado nos seus proce-dimentos internos”, frisa. Além disso, ogerente informa que possuem represen-

Atendimentoscom produtosperigosos

AÇÕES DERESPOSTA

requerem uma ação conjunta comoutros órgãos como Corpo deBombeiros, Polícia Militar e tambémo contato com a empresatransportadora e o fabricante doproduto.

tantes nomeados em comissões regionaisde estudo e prevenção de acidentes notransporte de produtos perigosos. “Essascomissões são constituídas para aborda-gem técnica e troca de experiências quepossam criar mecanismos para integraçãodos representantes de outros órgãos”, fala.

PREPAROEm relação aos acidentes com produ-

tos perigosos, Edison Teixeira, responsá-vel médico da BR Vida que presta servi-ços para a Viapar, no Paraná, assinala quea falta de preparo ainda é uma realidadena maior parte do país. “No nosso país,mesmo a área de segurança não está de-vidamente preparada para o atendimen-to desses acidentes. A área de saúde me-nos ainda”, reconhece. Ainda assim, asequipes são treinadas para prestar o aten-dimento inicial e a Central de Controlede Operações da concessionária temcondições de apoiar as equipes das am-bulâncias com informações técnicas deprodutos perigosos. “Existe também umplano da concessionária, aprovado pelaDefesa Civil estadual, que prevê as açõesde cada setor nos casos de acidentes comprodutos perigosos”, diz.

Embora em nove anos de operação aLinha Amarela, no Rio de Janeiro, não te-

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ESPECIAL

Emergência NOVEMBRO / 200628

“O repasse de recursos para a atividadede saúde em rodovias federais é reduzi-do, o que limita a aquisição de equipa-mentos e materiais para equipar as viatu-ras”, salienta Basílio. Outro obstáculo,segundo ele, é a quantidade de recursoshumanos. “O número de policiais é re-duzido para se manter efetivamente tan-to as equipes de patrulhamento quantoas de resgate, devido à grande malha vi-ária assistida pela Polícia Rodoviária Fede-ral, com cerca de 60.000 quilômetros, di-vididos em 26 Estados e no Distrito Fede-ral”, avalia Basílio. As alternativas utiliza-das são as parcerias e a busca de recursos(ver matéria Iniciativas que dão certo).

Segundo Basílio, os acidentes commúltiplas vítimas são os mais difíceis, co-mo, por exemplo, nos acidentes envol-vendo ônibus. “É necessário um número

maior de equipes para atendimento,onde, em geral, são envolvidos outrosórgãos, necessitando, por vezes, adminis-trar o tumulto causado por curiosos ouvítimas de menor gravidade e coordenaras várias equipes”, revela. Teixeira, daViapar, concorda que acidentes com múl-tiplas vítimas são um dos principais desa-fios para a equipe. “Dependendo do lo-cal onde ocorre o acidente é possívelcontar com o apoio do Corpo de Bom-beiros e outros serviços, mas se for próxi-mo aos grandes centros. Porém, às ve-zes, só contamos com a estrutura da con-cessionária”, salienta. Outra dificuldade,segundo ele, é a falta de condições dealguns hospitais de receberem pacientesmais graves, por estarem lotados ou comfalta de recursos. “Nessas situações asvítimas são encaminhadas para hospitaismais próximos”, explica.

Já na Via Dutra, segundo Renato Ma-cedo, as principais dificuldades tambémestão na falta de recursos dos hospitais,além dos engarrafamentos. “Nos casosde congestionamento, quando o pacien-te é leve, nós até aguardamos o trânsitoe a chegada dele no hospital, mas, docontrário, solicitamos apoio do resgateaeromédico da Polícia Rodoviária Fede-ral, do Águia, e do GOA (Grupamentode Operações Aéreas) no Rio de Janei-ro. Mas são casos não muito freqüentes”,frisa. O principal obstáculo enfrentado noSul do país, segundo o responsável mé-dico pelo serviço de emergência da Con-cepa, Cid Gonzalez, também é o acolhi-mento dos pacientes nos hospitais dereferência. “Para minimizar este proble-ma, utilizamos a regulação direta domédico com os hospitais”, conta.

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Otávio: protocolos de atendimento

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nha registros de acidentes com produtosperigosos, pois o transporte é proibido navia, o gerente de Operação Viária da Con-cessionária, Hélcio Canedo, acredita quenão se pode desprezar que isto um diapossa ocorrer. “As equipes precisam estarpreparadas para as primeiras medidasoperacionais para proteção dos usuários epara permitir a chegada, no mais curtoprazo, das equipes especializadas”, analisa.

As ações de resposta a acidentes comprodutos perigosos requerem, de acordocom Basílio, médico da PRF, uma açãoconjunta com outros órgãos como Cor-po de Bombeiros, Polícia Militar e tam-bém o contato com a empresa transpor-tadora e o fabricante do produto. “O que,muitas vezes, dificulta o trabalho é a fal-ta de identificação do produto no veícu-lo, a ausência da ficha de emergência,constando as características, os riscos eos procedimentos a serem adotados noscasos de acidente e a falta de equipa-mentos de proteção”, aponta. Para admi-nistrar esses problemas, Basílio explicaque são acionados os órgãos de DefesaCivil para dar apoio técnico e a transpor-tadora e fabricante do produto, para seobter o máximo de informações sobre oproduto transportado e, assim, realizar oatendimento com eficácia.

PRÉ-HOSPITALAROs empecilhos encontrados na realiza-

ção do atendimento de emergência vari-am entre os órgãos que prestam esteatendimento. As dificuldades da PolíciaRodoviária são as carências de recursos. Adilson: produtos sem identificação correta

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Acidentes com múltiplas vítimas são os mais difíceis

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Emergência 29NOVEMBRO / 2006

Iniciativas que dão certoAlternativas podem minimizar as conseqüências dos acidentes

Para atender a tantos chamados nasestradas do país, a experiência tem mos-trado que a melhor alternativa são as par-cerias. Em 2004, foi firmado um convênioentre a PRF e o Samu, cabendo à PRFdisponibilizar ambulâncias e helicópterosde transporte aeromédico com motoris-ta e piloto e instalações físicas como basede apoio, enquanto o Samu disponibilizaa equipe especializada para ocupar as vi-aturas e fornece os materiais utilizadosnos atendimentos. “Essa parceria propor-ciona um maior volume de atendimen-tos a ocorrências de traumas e emergên-cias clínicas, uma vez que, com isso, atin-gimos uma maior quantidade de ambu-lâncias disponíveis, estando estas comuma equipe especializada a bordo com-posta por médicos, enfermeiros e so-corristas”, avalia Basílio.

No dia-a-dia dos órgãos de emergên-cia, esta articulação é essencial. EdsonHaddad, da Cetesb, salienta que sempreque há alguma situação de risco à Saúde

e Segurança da comunidade a Cetesb aci-ona as instituições que têm a responsabi-lidade de zelar por esses aspectos, comoCorpo de Bombeiros, Defesa Civil, entreoutros. Segundo o capitão CincinatoFernandes Neto, da Defesa Civil/RS, oórgão tem a função de coordenação detodo e qualquer evento em que for acio-nado. “Ele disponibiliza as equipes, comoum CODEC (Centro de Operações deDefesa Civil) permanente 24 horas pordia e, caso necessário, aciona das REDECs(Coordenadorias Regionais)”, afirma. AComissão Estadual do P2R2 foi criada emjaneiro de 2005, considerando o aumen-to do número de produtos perigosos de-vido aos avanços tecnológicos. “O obje-tivo é otimizar os recursos humanos,materiais e financeiros, planejando, coor-denando e acompanhando as ações dosdiversos parceiros envolvidos”, explicaCincinato. A alternativa utilizada pelaDefesa Civil gaúcha para diminuir os aci-dentes e minimizar suas conseqüências

é a aproximação dos órgãos que atuamna fiscalização do transporte rodoviáriode produtos perigosos. “Também aplica-mos a pesquisa sobre transporte de pro-dutos perigosos, preconizado pelo Decre-to Estadual 35.760/94 (que instituiu oPrograma Estadual de Controle do Trans-porte Rodoviário de Produtos Perigososno Estado do Rio Grande do Sul), visan-

Simulados fazem parte da rotina dos órgãos

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Emergência NOVEMBRO / 200630

do reduzir a incidência desses acidentesno âmbito do Estado”, afirma.

Márcio Oliveira, do Policiamento Ro-doviário da Polícia Militar do Estado deSão Paulo, relata que na maioria das ocor-rências outros órgãos são acionados.“Mesmo em casos de tombamento oucapotamento em que não houve vaza-mento, por exemplo, os órgãos são acio-nados, pois nas operações para destom-bamento e remoção dos veículos, há apossibilidade de ocorrer rompimento ouperfuração do tanque e vazamentos”,explica.

Renato Macedo, da NovaDutra, expli-ca que outros órgãos são acionados, prin-cipalmente, em casos de acidentes commúltiplas vítimas. “O grande desafio paratodo o Atendimento Pré-Hospitalar sãoos acidentes com múltiplas vítimas, ondea estrutura montada não é suficiente paraconter a demanda que é muito grande.Nós entramos em contato com a DefesaCivil, hospitais, Polícia Militar e Corpo deBombeiros”, fala. O tenente Nunes, do11º Grupamento de Incêndio que atuano Vale do Paraíba, em São Paulo, confir-ma que os bombeiros atuam em sintoniacom a equipe de emergência da Nova-Dutra. “Às vezes os usuários ligam diretopara o 193, às vezes, usam os telefonesàs margens da rodovia, então, trabalha-mos ligados diretamente via rádio paraatuações em conjunto”, descreve.

com o tenente do Grupamento, AdemirCorrêa, é fornecer apoio a outros unida-des policiais militares, como o Corpo deBombeiros, Policia Rodoviária, Florestal,Policiamento de Choque e Policiamentode Trânsito. A predominância de açõesdo Grupamento é do resgate. “Até de-zembro de 2005 já foram realizadas110.104 missões, sendo 5.265 aeromédi-cas. Hoje, temos uma média de, aproxi-madamente, duas ocorrências de resga-te por dia”, frisa Corrêa.

O transporte aeromédico sai na frente– literalmente - do transporte terrestre,ganhando tempo nas emergências. Es-pecialmente nos grandes centros urba-nos do País, como São Paulo e Rio deJaneiro, devido ao grande fluxo de veícu-los nas rodovias, ele já se tornou umaopção rotineira. “A vantagem do helicóp-tero é a velocidade de deslocamento de,aproximadamente, 220 Km/h, com umpequeno tempo-resposta para chegar nolocal da ocorrência e para transporte aohospital”, explica. Para Corrêa, o custo-benefício desse serviço é extremamentevantajoso. “O custo para o contribuintedo Estado de São Paulo durante o ano de2005 foi de apenas 18 centavos para tertoda esta frota disponível para atendimen-to emergencial”, analisa.

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Convênio entre Polícia Rodoviária e Samu proporcionaum maior volume de atendimentos a ocorrências de trau-mas e emergências clínicas.

BOASPARCERIAS

Os simulados também fazem parte darotina de todos os órgãos envolvidos noatendimento de emergência. SegundoBasílio, os simulados da PRF são feitospara capacitações internas ou com a par-ticipação de diversos órgãos. O médicoe tenente do Grupamento de Radiopatru-lha Aérea de São Paulo, Ademir Corrêa,fala que os simulados mantêm as equi-pes sempre coordenadas. “Participamosde vários simulados - aeronáuticos, rodo-viários, com o Corpo de Bombeiros, en-tre outros órgãos -, que ocorrem ao lon-go do ano, além dos treinamentos diári-os realizados em nossa unidade com aparticipação dos tripulantes, pilotos, mé-dicos e enfermeiros, para que este inter-câmbio esteja afinado”, salienta.

AÉREOSO envolvimento de grupamentos aé-

reos mostra que o socorro nas rodoviastambém pode chegar pelo ar. Atualmen-te mais difundido nos grandes centrosurbanos, o transporte aeromédico é am-plamente utilizado no Estado de São Pau-lo, onde o fluxo de veículos pode se tor-nar o maior agravante em um atendimen-to de emergência. O Grupamento de Ra-diopatrulha Aérea, também conhecidocomo Águia, é uma unidade aérea espe-cializada da Polícia Militar do Estado deSão Paulo, criada em 15 de agosto de1984. A atividade principal, de acordo

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Emergência 31NOVEMBRO / 2006

Ele alerta, porém, que este serviço nãodeve ser banalizado e, para tanto, é feitauma triagem rigorosa. “O acionamentodo helicóptero ocorre quando existe a ne-cessidade de apoio rápido, ou as viaturasterrestres têm dificuldade em deslocar-se, como em congestionamentos e inun-dações. Preservamos a aeronave realizan-do uma triagem, para nos certificar da o-corrência e da necessidade, pois, do con-trário, podemos atrapalhar mais ainda otrânsito já existente”, explica. A triagemé feita pelo Corpo de Bombeiros, ondeexiste um médico na Central de Opera-ções 24 horas. Corrêa frisa que os res-gates em rodovias exigem um cuidadomaior por parte dos socorristas que estãoprestando atendimento, principalmente,pela inércia dos veículos, que, normal-mente, trafegam em alta velocidade enão conseguem frear a tempo. “Já presen-ciamos inúmeros acidentescom socorristas e policiamen-to rodoviário durante a-tendimento devido a este pro-blema”, fala.

EDUCAÇÃOEmbora atuem em situações

emergenciais, todos os orga-nismos realizam programas deprevenção de acidentes e

conscientização de motoristas e comuni-dades. A PRF conta com o Comando deSaúde Preventivo, que examina cerca de10.000 motoristas profissionais por ano,em todo o Brasil. “É um circuito de exa-mes básicos que checam a situação desaúde dos motoristas, verificando peso,altura, pressão alta, carga horária de traba-lho, nível de sonolência, tabagismo, en-tre outros aspectos, além de instruçõespsicológicas, nutricionais e odontológicas”,explica Basílio.

Na Via Dutra, a concessionária Nova-Dutra também promove diversas campa-nhas de conscientização para os usuárioscom realização de pit stops, cartazes,banners e exames físicos, orientando-ossobre os problemas de alcoolismo, can-saço e sonolência”, completa.

A LAMSA, concessionária da LinhaAmarela, desenvolve iniciativas específi-cas conforme as suas necessidades. “Nosperíodos de férias escolares, nos preocu-pa a questão das “pipas” pois, apesar docercamento em quase 100% do trecho,as crianças e jovens correm sérios riscosde atropelamento e os motociclistas po-dem ser feridos com a linha contendocerol (composição de cola e vidro moí-do que serve para derrubar a pipaadversária)”, observa Canedo. Paraminimizar o problema, a LAMSA efe-tua campanhas educativas nas comu-

O Ministério da Saúde, em parceria com a Se-cretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Nortee a Secretaria Municipal de Saúde de Natal, estáimplantando o primeiro Serviço de AtendimentoMóvel de Urgência Rodoviário da Rede NacionalSamu/192 no País. O novo Samu, denominadoSamu Metropolitano do Rio Grande do Norte, seráinaugurado até o final do ano e estará localizado àsmargens da BR-304, na Região Metropolitana deNatal.

O primeiro Samu Rodoviário da Rede NacionalSamu/192 contará com 12 unidades móveis deurgência, sendo dez de suporte básico e duas desuporte avançado. O novo Samu é composto por180 profissionais, sendo 18 médicos, 12 enfermei-ros, 70 auxiliares de enfermagem, 70 condutores edez auxiliares de regulação.

A escolha da BR-304 para a construção do SamuMetropolitano do Rio Grande do Norte foi feitaconsiderando-se alguns fatos, entre eles: anecessidade de se implantar um Atendimento Pré-Hospitalar móvel de urgência na BR-304, popu-larmente conhecida como “rodovia da morte”, devidoao elevado número de acidentes ocorridos naqueletrecho rodoviário; a facilidade de acesso das viaturaspara as bases descentralizadas nos municípios; aintegração com a Polícia Rodoviária Federal, quetambém tem uma unidade administrativa na mesmaárea; a disponibilidade de espaço para implantaçãode um heliponto e a existência de um Samu/192em Natal.

PRIMEIRO SAMU RODOVIÁRIO

nidades que cercam a via. “Alertamos aspessoas quanto aos perigos de soltar pi-pas às margens da via e distribuímos, gra-tuitamente, hastes protetoras contra linhade pipa para os motoqueiros”, relata.

Ocorrências com produtos perigosos,no entanto, necessitam de mais conscien-tização por parte das transportadoras. An-gelina, da FEAM, frisa que as ações deprevenção devem ser adotadas pelos pro-dutores que contratam transportadoressem qualificação para o transporte de pro-dutos perigosos, pois a co-responsabilida-de é a tônica do atendimento à emer-gência. “É preciso vivenciar a máxima: sóresponde bem quem está preparado’”,complementa. Edson Haddad ressalta quea prevenção de acidentes com produtosperigosos é um tema em crescimento esuas ações devem ser amplamente difun-didas por todos os envolvidos. “É necessá-rio, por exemplo, trabalhar a prevençãode forma associada às empresas de trans-portes e motoristas autônomos”, fala. Pa-ra ele, todos os segmentos, inclusive o se-tor público, devem intensificar suas açõesvisando a redução no número de aciden-tes, que, atualmente, é muito grande.

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Emergência NOVEMBRO / 200632

LEIS & NORMAS

Norma de Brigada de Incêndioé concluída e sai ainda este mês

Esta coluna trará, a cada edição, notíciassobre as principais revisões e discussões

acerca das NBRs relativas ao setor deincêndio, debatidas no âmbito dasComissões de Estudo do CB-24.

CONSULTA NACIONAL

O projeto de revisão da norma NBR 10897(Proteção Contra Incêndio por Chuveiro Au-tomático) está em andamento. A norma, queé uma revisão da edição de 1990, está ba-seada na NFPA 13. “Nesta revisão há inclu-são de novos materiais, como tubos de plás-tico para sistemas de chuveiros em riscosleves, um tratamento mais detalhado sobreobstruções de chuveiros e uma maior preo-cupação com a manutenção e inspeção dossistemas”, explica o coordenador da Comis-são Proteção contra Incêndio por ChuveirosAutomáticos, Marcelo de Lima. Após a con-sulta pública, a Comissão iniciará a revisãoda norma de chuveiros para áreas de arma-zenagem, que seria incluída na NBR 10897,mas, devido ao tamanho, permanecerá se-parada. O projeto encontra-se à disposiçãopara consulta nacional até o dia 24 de no-vembro, no site www.abnt. org.br/cb24.

HIDRANTES E MANGUEIRAS

As revisões das normas NBR 13714 (Siste-mas de Hidrantes e de Mangotinhos paraCombate a Incêndio) e 12779 (Inspeção,Manutenção e Cuidados em Mangueiras deIncêndio) estão em fase final. Segundo o se-cretário da Comissão de Estudo de Hidran-tes, Mangotinhos e Acessórios, MaurícioFeres, os textos deverão ser enviados paraconsulta pública no primeiro trimestre de2007.

BOMBEIRO PRIVADO

A NBR 14608 (Bombeiro privado) está emfase final de revisão com conclusão previstapara o mês de dezembro, quando será envi-ada para Consulta Nacional por um prazode 90 dias. A próxima reunião acontece nodia 10 de novembro, quando a Comissãodiscutirá o dimensionamento e aplicação debombeiros privados em edificações e o cur-rículo mínimo do curso de formação de bom-beiros privados.

VIATURAS

A Comissão Viaturas de Combate a In-cêndio está revisando a seção da NBR14096 que trata da motorização das viatu-ras e analisando as sugestões enviadas atra-vés da consulta púiblica.

NBR 14276será publicada

A NBR 14276 (Brigada de Incêndio)acabou de ser revisada e está sendopublicada pela ABNT no mês de novem-bro. Ela estabelece os requisitos mínimospara a composição, formação, implanta-ção e reciclagem de brigadas de incên-dio, preparando-as para atuar na preven-ção e no combate ao princípio de incên-dio, abandono de área e primeiros socor-ros, visando, em caso de sinistro, prote-ger a vida, o patrimônio, e os danos aomeio ambiente.

Quando a norma foi criada, em 1999,ela tinha como principal virtude o seupioneirismo. Usando apenas a experiên-cia dos profissionais que criavam e imple-mentavam as brigadas de incêndio naprática, ela conseguiu padronizar a ativi-dade no país. A versão 2006 aproveitouo aprendizado durante os seis anos deutilização da norma, para deixá-la maisequilibrada e fácil de utilizar. Segundo osecretário da Comissão de Brigada de In-

cêndio, Walter Blassioli, as principais ino-vações foram a criação do resumo comas etapas para implantação da brigada,definição do responsável pela brigada eseparação das ocupações das empresasem risco baixo, médio e alto. Isto faz comque as empresas de maior risco possuamequipes melhores capacitadas para atuare as de menor risco, não sejam penaliza-das pela necessidade de possuir uma bri-gada. A norma de brigada está totalmen-te alinhada com as normas de Plano deEmergência (NBR 15219) e de Instala-ções e Equipamentos para Treinamentode Combate a Incêndio (NBR 14277).

PINGA FOGOCB 24 - ABNTNORMA

Versão 2006 da norma é mais fácil de aplicar

SAFE

TY B

RASI

L

Recursos do FNSPEstá sob análise o Projeto de Lei 6701/06,

de autoria do deputado federal Vicen-tinho (PT-SP), que autoriza a concessãode recursos do Fundo Nacional de Se-gurança Pública (FNSP) para o reequipa-mento e qualificação dos corpos de bom-beiros voluntários e municipais. A intençãoé criar condições para a instalação de cor-pos de bombeiros voluntários nos 4.900municípios brasileiros que não contamcom serviços de combate a incêndio.

FUNDO

Voluntários querem autonomiaA Associação de Bombeiros Voluntári-

os do Estado de Santa Catarina (ABVESC)está buscando a aprovação do Projetode Lei de Emenda Constitucional (PEC002.0/2006) que visa estimular a auto-nomia financeira e a continuidade dosistema de bombeiros voluntários medi-ante a garantia de recursos pelo Tesou-ro do Estado.

No momento, o PEC está estagnadona Comissão de Constituição e Justiça daAssembléia Legislativa do Estado. Atual-mente, os voluntários atendem 36 cida-des catarinenses. A Emenda garantirá orepasse de recursos financeiros do Esta-do para as corporações de bombeiros vo-luntários, além de apoio técnico. Se aemenda for aprovada, os recursos serãodestinados ao reequipamento das enti-dades, pois o nível de sucateamento égrande e os repasses aprovados para 2006somam R$936 mil, para serem divididosentre os 36 municípios.

RECURSOS

Inspeção será certificadaA Portaria Inmetro nº 158, de 27 de

junho, aprovou o Regulamento de Avalia-ção da Conformidade para Registro deEmpresas de Serviços de Inspeção Técni-ca e Manutenção de Extintores de Incên-dio. Agora, as empresas devem dar iní-cio ao processo de registro. O regula-mento está no site www.inmetro.gov.br.

REGISTRO

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