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Copyright © 1984, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Fax: (021) 240-8249/532-2143 Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Palavra-chave: Tubo de fibrocimento 6 páginas NBR 8057 MAR 1984 Tubo de pressão de fibrocimento Origem: Projeto 02:009.18-062/1983 CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil CE-02:009.18 - Comissão de Estudo de Tubos de Pressão de Fibrocimento, Conexões e Anéis Esta Norma substitui a NBR 8057/1983 Especificação SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Condições gerais 5 Condições específicas 6 Inspeção 7 Aceitação e rejeição 1 Objetivo 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a aceita- ção e/ou recebimento de tubos de fibrocimento, de seção circular, destinados à condução de líquidos sob pressão. 1.2 Os tubos referidos nesta Norma podem ser empregados em meios agressivos e, neste caso, devem ser objeto de acordo prévio entre fabricante e comprador. 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 6464 - Tubo de fibrocimento - Determinação da resistência à compressão diametral - Método de ensaio NBR 7968 - Diâmetros nominais para tubulações de saneamento nas áreas de rede de distribuição, adutoras, redes coletoras de esgoto e interceptadores - Padro- nização NBR 8061 - Tubo de fibrocimento - Determinação da absorção de água - Método de ensaio NBR 8062 - Tubo de fibrocimento ou junta elástica de tubo de fibrocimento - Verificação da estanqueidade à pressão interna - Método de ensaio NBR 8063 - Tubo de fibrocimento - Determinação da solubilidade em ácido - Método de ensaio NBR 8064 - Tubo de fibrocimento - Verificação da retilineidade - Método de ensaio NBR 8065 - Tubo de fibrocimento - Determinação da carga de ruptura por pressão interna - Método de ensaio NBR 8075 - Tubo de fibrocimento - Determinação da carga de ruptura por flexão longitudinal - Método de ensaio NBR 8411 - Tubo de pressão de fibrocimento - Dimensões das pontas - Padronização 3 Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.4. 3.1 Comprimento Distância entre dois pontos extremos de uma geratriz interna do tubo.

NBR 08057 - Tubo de Pressao de Fibrocimento

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Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210 -3122Fax: (021) 240-8249/532-2143Endereço Telegráfico:NORMATÉCNICA

ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

Palavra-chave: Tubo de fibrocimento 6 páginas

NBR 8057MAR 1984

Tubo de pressão de fibrocimento

Origem: Projeto 02:009.18-062/1983CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção CivilCE-02:009.18 - Comissão de Estudo de Tubos de Pressão de Fibrocimento,Conexões e AnéisEsta Norma substitui a NBR 8057/1983

Especificação

SUMÁRIO1 Objetivo2 Documentos complementares3 Definições4 Condições gerais5 Condições específicas6 Inspeção7 Aceitação e rejeição

1 Objetivo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a aceita-ção e/ou recebimento de tubos de fibrocimento, de seçãocircular, destinados à condução de líquidos sob pressão.

1.2 Os tubos referidos nesta Norma podem ser empregadosem meios agressivos e, neste caso, devem ser objeto deacordo prévio entre fabricante e comprador.

2 Documentos complementares

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

NBR 6464 - Tubo de fibrocimento - Determinação daresistência à compressão diametral - Método de ensaio

NBR 7968 - Diâmetros nominais para tubulações desaneamento nas áreas de rede de distribuição, adutoras,redes coletoras de esgoto e interceptadores - Padro-nização

NBR 8061 - Tubo de fibrocimento - Determinação daabsorção de água - Método de ensaio

NBR 8062 - Tubo de fibrocimento ou junta elástica detubo de fibrocimento - Verificação da estanqueidade àpressão interna - Método de ensaio

NBR 8063 - Tubo de fibrocimento - Determinação dasolubilidade em ácido - Método de ensaio

NBR 8064 - Tubo de fibrocimento - Verificação daretilineidade - Método de ensaio

NBR 8065 - Tubo de fibrocimento - Determinação dacarga de ruptura por pressão interna - Método de ensaio

NBR 8075 - Tubo de fibrocimento - Determinação dacarga de ruptura por flexão longitudinal - Método deensaio

NBR 8411 - Tubo de pressão de fibrocimento -Dimensões das pontas - Padronização

3 Definições

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de3.1 a 3.4.

3.1 Comprimento

Distância entre dois pontos extremos de uma geratriz internado tubo.

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2 NBR 8057/1984

3.2 Diâmetro nominal (DN)

Simples número que serve para classificar o tubo emdimensão e que corresponde aproximadamente ao seudiâmetro interno em milímetros. Não deve ser medido nemutilizado para fins de cálculo.

3.3 Classe

Família de tubos, luvas e anéis, caracterizada pela pressãohidrostática de ensaio do tubo.

3.4 FC

Abreviatura de fibrocimento.

4 Condições gerais

4.1 Material

4.1.1 Os tubos de fibrocimento são fabricados com umamistura íntima e homogênea, em presença de água,composta essencialmente de cimento Portland e fibras deamianto com exclusão de materiais que possamcomprometer a permanência de qualidade.

4.1.2 Os materiais utilizados devem obedecer às normasbrasileiras vigentes.

4.2 Forma

Os tubos são cilíndricos, devendo apresentar superfícieinterna isenta de irregularidades, saliências e reentrâncias.Não são permitidos quaisquer sinais de recuperação nosentido de corrigir ou dissimular defeitos.

4.3 Marcação

4.3.1 Os tubos de fibrocimento devem trazer marcadas, deforma legível e permanente, no mínimo as seguintesinformações:

a) marca e/ou nome do fabricante;

b) diâmetro nominal (DN);

c) classe;

d) data de fabricação;

e) número desta Norma;

f) cor indicativa da classe.

4.3.2 As classes são identificadas também pelas seguintescores:

a) classe 10 - vermelha;

b) classe 15 - azul;

c) classe 20 - amarela;

d) classe 25 - verde;

e) classe 30 - preta.

4.4 Unidade de compra

A unidade de compra é o metro linear.

4.5 Dimensões

4.5.1 Os tubos devem ser fornecidos com as dimensões etolerâncias indicadas na Tabela 1.

4.5.2 Para cada diâmetro e classe, é admitido o fornecimentode até 5% do total do número de tubos encomendados, comcomprimento menor nas seguintes dimensões: 2000 mm,2500 mm, 3000 mm, 3500 mm e 3900 mm.

4.5.3 Os tubos são fornecidos com as pontas usinadas,conforme a NBR 8411. Mediante acordo prévio entrecomprador e fabricante, podem ser fornecidos com as pontasusinadas com outras dimensões.

5 Condições específicas

5.1 Estanqueidade

Os tubos não devem apresentar sinais de vazamento,mancha ou exsudação, quando submetidos à pressãohidrostática interna, indicada na Tabela 2, durante 30 s.Nos ensaios de tubos até DN 350 (inclusive) o tempo deaplicação pode ser reduzido para 5 s, desde que a pressãohidrostática interna de teste seja aumentada em 10%.

5.2 Compressão diametral

Os corpos-de-prova retirados dos tubos não devem rompercom carga inferior à indicada na Tabela 3.

5.3 Retilineidade

A retilineidade, dada pela medida do desvio máximo naextremidade do tubo, deve ser menor ou igual a 12 mm.

5.4 Ruptura por pressão interna

Os corpos-de-prova retirados dos tubos não devem rompercom carga inferior à indicada na Tabela 4.

5.5 Ruptura por flexão longitudinal

Os tubos não devem romper com carga inferior à indicadana Tabela 5. O ensaio de ruptura por flexão longitudinal érestrito aos tubos até o diâmetro nominal 150, inclusive.

5.6 Absorção de água

A absorção individual dos corpos-de-prova não deveultrapassar 22% em massa.

5.7 Solubilidade em ácido

A massa de ácido gasto por cm2 em cada um dos corpos-de-prova não deve exceder 0,115 g.

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3N

BR

8057/1984

Tabela 1 - Dimensões e tolerâncias

Espessura Comprimento(mm) (mm)

Classe

10 Tol. 15 Tol. 20 Tol. 25 Tol. 30 Tol. Tol.

50 50 - - - - 10 2000

75 75 - - 10 11 12

100 100 - - 11 13 16

(125) 125 - - 12 15 17,5

150 150 11 12 14 17 21

200 200 12 15 19 23 28± 2%

250 250 14 17 21,5 25,5 30 4000

300 300 16,5 19,5 24 30 36 ±20

350 350 19 22 28 34 41

400 400 21 25 31 39 47

450 450 23,5 28 35 44 53

500 500 26 30 39 48 59

Nota: O DN 125 deve ser evitado face à NBR 7968.

-0+2,0

-0+2,5

-0+2,0

-0+2,5

-0+1,5

-0+2,0

-0+2,5

-0+3,0

-0+2,0

-0+2,5

-0+3,0

Diâmetrointerno(mm)

-0+1,5

-0+2,0

-0+2,5

-0+3,0

Diâmetronominal

DN

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4 NBR 8057/1984

6 Inspeção

A inspeção feita na fábrica fornecedora limita-se apenasaos produtos acabados e deve ser processada somentepara compras superiores às indicadas na Tabela 6. Nocaso de compras menores, pode haver prévio acordo entrefabricante e comprador, estabelecendo a forma de controlara qualidade, porém todos os tubos devem ser submetidos aensaio de estanqueidade, de acordo com 5.1.

6.1. Formação de lotes e retirada das amostras

6.1.1 O fabricante deve formar, com tubos do mesmodiâmetro nominal e classe, lotes compatíveis com as Tabe-las 7 e 8.

6.1.2 De cada lote formado retira-se a amostra, sendo que oseu tamanho está relacionado com o tamanho do lote,segundo as Tabelas 7 e 8.

6.1.3 Quando se necessita de corpos-de-prova, estes sãocortados dos tubos, de modo que, para um determinadoensaio, pode ser retirado apenas um corpo-de-prova decada tubo da amostra. Para diferentes ensaios, os corpos-de-prova necessários podem ser retirados de um mesmotubo da amostra.

6.2 Inspeção visual

O comprador verifica se as condições gerais exigidas em4.2 e 4.3 são atendidas pelos tubos dos lotes formadosconforme 6.1.1, rejeitando os tubos que não as satisfazem.

Tabela 2 - Pressão hidrostática interna

Classe 10 15 20 25 30

Pressão hidrostática interna (MPa) 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0

Tabela 3 - Carga de ruptura mínima admissível

Carga de ruptura (N/m)

Classe

10 15 20 25 30

50 - - - - 60000

75 - - 40000 55000 70000

100 - - 40000 60000 90000

(125) - - 45000 65000 95000

150 30000 35000 50000 75000 110000

200 30000 45000 70000 105000 145000

250 35000 50000 80000 110000 150000

300 40000 55000 85000 120000 165000

350 45000 60000 95000 135000 190000

400 50000 65000 105000 155000 215000

450 55000 70000 115000 170000 235000

500 60000 75000 125000 185000 260000

Nota: O DN 125 deve ser evitado face à NBR 7968.

Diâmetronominal

DN

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NBR 8057/1984 5

Tabela 4 - Carga de ruptura mínima admissível

Carga de ruptura (MPa)

Classe

10 15 20 25 30

50 - - - - 6,0

75 - - 4,0 5,0 6,0

100 - - 4,0 5,0 6,0

(125) - - 3,5 4,4 5,3

150 1,8 2,7 3,5 4,4 5,3

200 1,8 2,7 3,5 4,4 5,3

250 1,5 2,3 3,0 3,8 4,5

300 1,5 2,3 3,0 3,8 4,5

350 1,5 2,3 3,0 3,8 4,5

400 1,5 2,3 3,0 3,8 4,5

450 1,5 2,3 3,0 3,8 4,5

500 1,5 2,3 3,0 3,8 4,5

Nota: O DN 125 deve ser evitado face à NBR 7968.

Tabela 5 - Carga de ruptura admissível

Carga de ruptura (N)

Classe

10 15 20 25 30

50 - - - - 1000

75 - - 2000 2000 2000

100 - - 4000 5000 6000

(125) - - 6000 8000 10000

150 7000 9000 11000 14000 18000

Nota: O DN 125 deve ser evitado face à NBR 7968.

Diâmetronominal

DN

Diâmetronominal

DN

6.4 Inspeção por ensaios

6.4.1 O comprador verifica se a condição exigida em 5.1 éatendida por todos os tubos.

6.4.1.1 A estanqueidade deve ser verificada pela NBR 8062.

6.4.2 O comprador verifica se as condições exigidas em 5.2a 5.7 são atendidas pela amostra, conforme 6.1.2.

6.4.2.1 A compressão diametral deve ser determinada pelaNBR 6464.

6.4.2.2 A retilineidade deve ser verificada pela NBR 8064.

6.3 Inspeção dimensional

6.3.1 O comprador verifica se as dimensões exigidas em4.5 são atendidas pelos tubos da amostra extraída conforme6.1.2.

6.3.1.1 A espessura do tubo é dada pela média aritmética detrês medições efetuadas em geratrizes defasadas de 120o,fora da parte usinada.

6.3.1.2 O diâmetro interno do tubo é dado pela médiaaritmética de duas medições perpendiculares entre si.

6.3.1.3 O comprimento do tubo é dado pela média aritméticade duas medições efetuadas em geratrizes internasdiametralmente opostas.

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6 NBR 8057/1984

6.4.2.3 A pressão interna de ruptura deve ser verificada pelaNBR 8065.

6.4.2.4 A carga de ruptura por flexão longitudinal deve serdeterminada pela NBR 8075.

6.4.2.5 A absorção de água deve ser verificada pelaNBR 8061.

6.4.2.6 A solubilidade em ácido deve ser verificada pelaNBR 8063, quando este ensaio for solicitado pelo compradore/ou quando parte do cimento for substituída por sílica, noprocesso de fabricação.

7 Aceitação e rejeição

7.1 Cabe ao comprador cotejar os resultados obtidos nosensaios com os valores desta Norma.

7.2 Nas inspeções dimensionais e por ensaios, o lote éaceito ou recusado, usando-se o critério de duplaamostragem. As Tabelas 7 e 8 indicam as condiçõesimpostas para a formação dos lotes, formação das amostrase decisão de aceitação e rejeição.

7.3 O plano de amostragem aplicado deve ser utilizado deacordo com a descrição a seguir.

7.3.1 Na primeira amostragem:

a) se o número de unidades defeituosas da amostra forigual ou menor que o primeiro número de aceitação(Ac1), o lote deve ser aceito;

b) se o número de unidades defeituosas da amostra forigual ou maior que o primeiro número de rejeição(Re1), o lote deve ser rejeitado;

c) se o número de unidades defeituosas da amostra formaior que o primeiro número de aceitação (Ac1) emenor que o primeiro número de rejeição (Re1), deveser feita a segunda amostragem.

7.3.2 Na segunda amostragem:

a) as quantidades de unidades defeituosas encon-tradas na segunda amostra devem ser acumuladasàs encontradas na primeira amostra;

b) se a quantidade acumulada for igual ou menor que osegundo número de aceitação (Ac2), o lote deve seraceito;

c) se a quantidade acumulada for igual ou maior que osegundo número de rejeição (Re2), o lote deve serrejeitado.

Tabela 6 - Tamanho do lote em relação ao DN

Diâmetro nominal Tamanho do loteDN

50 a 125 5000 tubos

150 a 250 1000 tubos

300 a 500 280 tubos

Tabela 7 - Plano de amostragem para inspeção dimensional e inspeção por ensaios não-destrutivos

Unidades defeituosasTamanho da amostra

Tamanho do lote Primeira amostra Segunda amostra

Primeira Segunda Ac1 Re1 Ac2 Re2

de 281 a 3200 8 8 0 2 1 2

de 3201 a 10000 13 13 0 3 3 4

Tabela 8 - Plano de amostragem para inspeção por ensaios destrutivos

Unidades defeituosasTamanho da amostra

Tamanho do lote Primeira amostra Segunda amostra

Primeira Segunda Ac1 Re1 Ac2 Re2

de 281 a 500 5 5 0 2 1 2

de 501 a 3200 8 8 0 3 3 4

de 3201 a 10000 13 13 1 4 4 5

Nota: As Tabelas 7 e 8 devem ser aplicadas para cada tipo de ensaio independentemente.