23
Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 28º andar CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro – RJ Tel.: PABX (021) 3974-2300 Fax: (021) 3974-2318 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas Copyright © 2003, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Palavra(s)-chave: EPI, Luva de proteção 22 páginas Sumário Prefácio 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Significado e uso 5 Condições gerais 6 Condições específicas 7 Generalidades 8 Condições de rejeição 9 Reensaios após uso 10 Cuidados, inspeção e armazenagem no campo 11 Critérios para rejeição Prefácio A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/NOS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. 1 Objetivo 1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para as luvas isolantes de borracha de proteção contra choques elétricos que possam atingir os eletricistas quando em contato com condutores ou equipamentos elétricos energizados. 1.2 Esta Norma abrange as propriedades elétricas, físicas e dimensões mínimas garantidas pelo fabricante. 1.3 As luvas são usadas para proteção pessoal, portanto ao autorizar seu uso deve ser dada uma margem de segurança entre a tensão máxima na qual são usadas e a tensão de ensaio. 1.4 Os valores listados em unidades SI (sistema internacional) devem ser considerados como o padrão. 1.5 A presente Norma não tem a pretensão de abordar todas as questões de segurança se houver, associadas ao seu uso. É responsabilidade do usuário da norma estabelecer as práticas apropriadas de segurança e saúde e determinar a aplicabilidade das limitações antes do uso. SET:2004 PROJETO NBR 10622 Equipamento de proteção individual – Luvas isolantes de borracha – Especificação e métodos de ensaio Origem: NBR 10622:1989 ABNT/CB-32 Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual CE-32:006.05 - Comissão de Estudos de Luvas e Vestimentas de Proteção – Riscos Elétricos 32:006.05 - General forprotection clothing Descriptors: Personal protective equipment, PPE, protection clothing, work safety , accident prevention Esta Norma foi baseada na(s) ASTM D 120:1995 [L1] Comentário: O sumário é um elemento preliminar opcional, mas necessário para permitir uma visão global da norma e facilitar sua consulta. Deve conter uma lista das seções e dos anexos. Todos os elementos listados devem ser relacionados com seus títulos completos. [L2] Comentário: Este elemento deve constar no início de cada norma, a fim de definir, sem ambigüidade, o assunto da norma e os aspectos abrangidos, indicando ao mesmo tempo os limites de aplicabilidade da norma ou de partes específicas da norma. Não deve conter requisitos.

NBR 10622 - Luvas Isolantes de Borracha

Embed Size (px)

Citation preview

Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 28º andar CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro – RJ Tel.: PABX (021) 3974-2300 Fax: (021) 3974-2318 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

Copyright © 2003, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados

Palavra(s)-chave: EPI, Luva de proteção 22 páginas

Sumário

Prefácio 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Significado e uso 5 Condições gerais 6 Condições específicas 7 Generalidades 8 Condições de rejeição 9 Reensaios após uso 10 Cuidados, inspeção e armazenagem no campo 11 Critérios para rejeição Prefácio

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/NOS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. 1 Objetivo

1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para as luvas isolantes de borracha de proteção contra choques elétricos que possam atingir os eletricistas quando em contato com condutores ou equipamentos elétricos energizados.

1.2 Esta Norma abrange as propriedades elétricas, físicas e dimensões mínimas garantidas pelo fabricante.

1.3 As luvas são usadas para proteção pessoal, portanto ao autorizar seu uso deve ser dada uma margem de segurança entre a tensão máxima na qual são usadas e a tensão de ensaio.

1.4 Os valores listados em unidades SI (sistema internacional) devem ser considerados como o padrão.

1.5 A presente Norma não tem a pretensão de abordar todas as questões de segurança se houver, associadas ao seu uso. É responsabilidade do usuário da norma estabelecer as práticas apropriadas de segurança e saúde e determinar a aplicabilidade das limitações antes do uso.

SET:2004 PROJETO NBR 10622 Equipamento de proteção individual – Luvas isolantes de borracha – Especificação e métodos de ensaio

Origem: NBR 10622:1989 ABNT/CB-32 Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual CE-32:006.05 - Comissão de Estudos de Luvas e Vestimentas de Proteção – Riscos Elétricos 32:006.05 - General forprotection clothing Descriptors: Personal protective equipment, PPE, protection clothing, work safety , accident prevention Esta Norma foi baseada na(s) ASTM D 120:1995

[L1] Comentário: O sumário é um elemento preliminar opcional, mas necessário para permitir uma visão global da norma e facilitar sua consulta. Deve conter uma lista das seções e dos anexos. Todos os elementos listados devem ser relacionados com seus títulos completos.

[L2] Comentário: Este elemento deve constar no início de cada norma, a fim de definir, sem ambigüidade, o assunto da norma e os aspectos abrangidos, indicando ao mesmo tempo os limites de aplicabilidade da norma ou de partes específicas da norma. Não deve conter requisitos.

PROJETO NBR 10622:2004 2

2 Referencias normativas As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 5456: 1987 - Eletricidade geral

NBR 10624: 1989 - Luvas isolantes de borracha – Padronização

ASTM D 120:1995 - Speification for Rubber Insulating Gloeves

ASTM D 1051:1995 - Standard Specification for Rubber Insulating Sleeves

ASTM F 696:1991 - Standard Specification for Leather Protectors for Rubber Insulating Gloves and Mittens

ASTM F 496:1995 - Specification for In-Service Care of Insulating gloves and Sleeves

ASTM F 1236:1989 - Guide for Visual Inspection of Electrical Protection Rubber Products

ASTM F 1506:1994 - Standard Performance Specification for Flame Resistant Textile Materials for Wearing Apparel for Use by Electrical Workers Exposed to Momentary Electric Arc and Related Thermal Hazards

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições seguintes e as complementares definidas na NBR 5456.

3.1 luva de borracha: Equipamento destinado a proteger a mão, o punho e parte do antebraço do usuário, permitindo completa independência de movimentos dos dedos, podendo ser de borracha natural, sintética ou combinação de ambas.

3.2 cano: Área da luva situada entre o punho e a orla reforçada da abertura.

3.3 orla: Acabamento da extremidade do cano da luva

3.3.1 orla reforçada: Obtida por enrolamento do cano da luva

3.4 palma: Área entre o punho e a base dos dedos e o polegar.

3.5 ozônio O3: Forma muito ativa de oxigênio que pode ser produzida por descarga elétrica, efeito ozona ou raios ultravioleta.

3.6 corte por ozônio: Rachaduras entrelaçadas na borracha pela ação do ozônio.

3.7 Borracha: Termo genérico, que inclui elastômeros e seus compostos, independente da origem.

3.8 tensão Máxima de uso: Valor eficaz máximo entre fases, na qual a luva pode ser utilizada.

3.9 halogenação: Exposição da superfície da luva a um halogênio para fins de redução do atrito superficial.

3.10 área de trabalho: Regiões entre os dedos, a palma, a área dos dedos e polegar virada para a palma da mão, sem se estender além da linha central de união conforme figura 1.

Figura 1 – Área de trabalho

3.11 perfuração: É o efeito da descarga ou arco elétrico que ocorre entre os eletrodos e através da luva a ser testada.

3.12 usuário: Trabalhador que utiliza o equipamento

[L3] Comentário: Este elemento deve conter uma lista completa de todos os documentos normativos (normas, na maioria dos casos), com seus títulos e datas de publicação, cujas referências são feitas no texto de forma que as tornem indispensáveis na aplicação da norma. A lista deve ser introduzida pelo seguinte texto: “As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.” O texto acima deve ser modificado no caso de referência única e de normas publicadas em partes.

[L4] Comentário: Este elemento deve conter uma lista completa de todos os documentos normativos (normas, na maioria dos casos), com seus títulos e datas de publicação, cujas referências são feitas no texto de forma que as tornem indispensáveis na aplicação da norma. A lista deve ser introduzida pelo seguinte texto: “As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.” O texto acima deve ser modificado no caso de referência única e de normas

[L5] Comentário: Este é um elemento opcional que contém as definições necessárias à compreensão de certos termos usados na norma. As definições devem precedidas pelo seguinte cabeçalho, conforme o caso: “Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:”, ou “Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da NBR XXXX e as seguintes:”, ou “Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da NBR XXXX.”

[L6] Comentário: Este é um elemento opcional que contém as definições necessárias à compreensão de certos termos usados na norma. As definições devem precedidas pelo seguinte cabeçalho, conforme o caso: “Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:”, ou “Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da NBR XXXX e as seguintes:”, ou “Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da NBR XXXX.”

... [1]

PROJETO NBR 10622:2004 3

3.13 descarga disruptiva: Descarga ou arco elétrico que ocorre entre os eletrodos, sobre ou em volta da luva, porém não através desta.

4 Descrição

4.1 Esta especificação abrange as propriedades elétricas, químicas e físicas mínimas garantidas pelo fabricante e os procedimentos detalhados através dos quais as referidas propriedades são determinadas. O comprador tem opção de executar ou mandar executar quaisquer destes ensaios de modo a verificar a garantia. As reclamações por falhas em atender à especificação estão sujeitas a verificação por parte do fabricante.

4.2 As luvas são usadas para proteção pessoal; portanto, quando se autorizar a sua utilização, uma margem de segurança deve ser considerada entre a tensão máxima de uso e a tensão de ensaio.

4.3 É prática comum o empregador que adquire este tipo de equipamento preparar instruções e regulamentos complementares para controlar o uso correto e seguro do referido equipamento.

5 Classificação

5.1 Tipo:

As luvas abrangidas por esta Norma devem ser dos seguintes tipos :

a) tipo I – Não resistente ao Ozônio

b) tipo II – Resistente ao Ozônio.

5.1.2 Classes

São Estabelecidas 6 classes de luva de borracha: Classe 00, Classe 0, Classe 1, Classe 2, Classe 3 e Classe 4, conforme valores indicados nas tabelas 1 e 2

Tabela 1 – Propriedades elétricas para Corrente Alternada (CAA)

Corrente máxima de fuga (mA) Classe

das

Luvas

Tensão

Máxima de uso

Valor Eficaz

(V)

Tensão de

Ensaio-Valor

Eficaz

(V)

Tensão mínima

de perfuração

Valor Eficaz

(V)

Luva de

267mm

comprimento

Luva de

356mm

comprimento

Luva de

406mm

comprimento

Luva de

457mm

comprimento

00 500 2.500 4.000 8 12 14 14

0 1.000 5.000 6.000 8 12 14 16

1 7.500 10.000 20.000 - 14 16 18

2 17.000 20.000 30.000 - 16 18 20

3 26.500 30.000 40.000 - 18 20 22

4 36.000 40.000 50.000 - - 22 24 A Corrente de ensaio deverá ser medida com uma incerteza máxima de ± 1mA

NOTA - Exceto para as luvas de classe 00 e 0, a tensão máxima de uso deve ser baseada na seguinte fórmula:

Tensão máxima de uso = 0,95 da tensão de ensaio – 2000V,

TABELA 2 – Propriedades elétricas para Corrente Contínua (CC)

Classe de Luva Tensão Máxima de Uso (V) Tensão de Ensaio (V) Tensão Mínima de Perfuração (V)

00 750 10.000 13.000

0 1.500 20.000 35.000

1 11.250 40.000 60.000

2 25.500 50.000 70.000

3 39.750 60.000 80.000

4 54.000 70.000 90.000

NOTA - Assume-se como tensões máximas de uso as que provocam corrente de fuga não superior a 1μ A.

5.2 Fabricação e acabamento:

5.2.1 As luvas serão livres nas superfícies interna e externa de irregularidades físicas prejudiciais que possam ser detectadas através de ensaios e inspeção. A parte interna deverá ter acabamento por halogenação.

PROJETO NBR 10622:2004 4

5.2.2 Irregularidades físicas prejudiciais podem ser definidas como qualquer defeito que comprometa o contorno superficial uniforme e liso e represente um risco em potencial para o usuário, tais como furos minúsculos, trincas, bolhas, cortes, material condutor embebido, enrugamento, marcas de esmagamento, vazios (bolsas de ar retido), pregas salientes e marcas de moldagem proeminentes.

5.2.3 As irregularidades físicas não prejudiciais podem ser definidos como irregularidades superficiais presentes nas superfícies internas e externas da luva de borracha devido às imperfeições nas formas ou moldes, além das dificuldades inerentes ao processo de fabricação. Essas irregularidades podem aparecer como marcas de modelagem que se assemelhem a cortes muito embora sejam efetivamente uma saliência de borracha, mossas, protuberâncias, material estranho embebido ou manchas de cor que são aceitáveis, desde que :

5.2.3.1 As mossas, protuberâncias ou marcas de modelagem tendam a se harmonizar em uma inclinação suave com o esticamento do material.

5.2.3.2 A espessura da borracha em qualquer irregularidade atenda aos requisitos de espessura;

5.2.3.3 O material estranho permaneça no lugar quando a luva for dobrada e esticada com o material que o envolva;

5.2.3.4 Os salpicos de cor tenham um tamanho máximo de 1mm em qualquer direção na superfície interna da área de trabalho.

5.2.4 Durante a inspeção visual, não se deve aplicar esforços mecânicos exagerados, capazes de comprometer a segurança das luvas. A localização de defeitos pode ser feita insuflando ar nas luvas manualmente ou através de um dispositivo adequado, observando-se os seguintes limites :

a) luvas do tipo I: nenhuma parte da luva deve esticar mais do que 2 v o seu tamanho normal:

b) luvas do tipo II: nenhuma parte da luva deve esticar mais que 1,25 v o seu tamanho normal.

5.2.5 A orla do punho da luva deve ser enrolada para reforço

5.3 Dimensões

5.3.1 Espessura

Tabela 3– Espessura das Luvas

ESPESSURA MÍNIMA CLASSE DE

LUVA Na união dos dedos Nas outras partes

ESPESSURA MÁXIMA (mm)

00 0,20 0,25 0,75

0 0,46 0,51 1,02

1 0,63 0,76 1,52

2 1,02 1,27 2,29

3 1,52 1,90 2,92

4 2,03 2,54 3,56 5.3.1.1 Tamanho (T)

O tamanho deve ser obtido pelo perímetro interno da luva, medindo sobre uma linha paralela à união dos dedos e passando através da união do dedo polegar conforme figura 4(b) e alínea 5.3.4. Os tamanhos padronizados devem ser os constantes na tabela 4.

Tabela 4 – Tamanho das Luvas

Nº 8 8,5 9 9,5 10 10,5 11 11,5 12

T (mm) 203 216 229 241 254 267 279 292 303

5.3.2 Comprimento 5.3.2.1 O comprimento deve ser obtido pela distância entre as extremidades do dedo médio e a outra extremidade da luva (orla) conforme figura 2. Os comprimentos padronizados devem ser os constantes na tabela 5.

PROJETO NBR 10622:2004 5

Figura 2 - Comprimento

Tabela 5 – Comprimento das Luvas

Classe 00 0 1 2 3 4

Pequeno 267/356 267/356 356 356 356 -

Médio - 406 406 406 406 406

Grande - 457 457 457 457 457

NOTA - A incerteza máxima no comprimento dever ser de ± 13mm.

5.3.2.2 Para as luvas cuja orla é inclinada, a diferença entre o comprimento máximo e o mínimo deve ser 51 com incerteza máxima de ± 6) mm conforme figura 3.

NOTA - o comprimento máximo é o constante na tabela 5 do item 5.3.3.1.

Figura 3 – Comprimento máximo e minimo

5.3.3 Dimensões complementares

As dimensões complementares da luva isolante de borracha estão indicados na figura 4 e seus valores devem estar de acordo com a NBR 10624 estas dimensões estão representadas pelas seguintes letras :

a) A – perímetro da orlas;

b) B – perímetro do punho;

c) C – perímetro do dedo polegar;

d) D, E, F, G – perímetro dos demais dedos;

e) I, J, L, M, N – comprimento dos dedos;

f) O, P, Q, R – distância entre a união dos dedos até a extremidade do dedo médio;

g) H – distância entre o punho até a extremidade do dedo médio;

h) T – tamanho da luva.

PROJETO NBR 10622:2004 6

(a) (b) (c)

Figura 4 - Dimensões complementares

5.4 Marcação

5.4.1 Todas as luvas devem ser marcadas clara e permanentemente no dorso do punho, dentro da faixa de 50mm a contar da orla. Tal marcação deve ser isolante e aplicada de maneira a não prejudicar as propriedades das luvas.

5.4.2 A marcação deve ser da cor especificada para cada classe da luva:

a) classe 00 – bege;

b) classe 0 – vermelha;

c) classe 1 – branca;

d) classe 2 – amarela;

e) classe 3 – verde;

f) classe 4 – laranja.

5.4.3 A marcação deve conter as seguintes indicações:

a) nome do fabricante;

b) tipo;

c) classe;

d) tamanho

5.4.4 As luvas devem conter também no dorso do punho, dentro ou próximo da marcação citada no item 5.4.1, as seguintes indicações:

a) número do Certificado de Aprovação – CA

b) número de série

c) número da norma

d) tensão máxima de uso

e) outras informações que o fabricante considerar necessário.

PROJETO NBR 10622:2004 7

5.5 Acondicionamento

5.5.1 Cada par de luva deve ser embalado em invólucro apropriado que permita ventilação e em caixa individual de papelão ou similar, de resistência suficiente para protege-las apropriadamente evitando danos no transporte. A extremidade da caixa deve ser identificada com etiqueta da cor especificada em 5.4.2.

5.5.2 A etiqueta deve conter as seguintes indicações:

a) nome do fabricante;

b) tipo;

c) classe;

d) tamanho;

e) comprimento;

f) contorno da orla, inclinado ou reto.

5.6 Armazenamento

As luvas devem ser armazenadas do seguinte modo:

a) acondicionadas em caixas de papelão, com o lado da etiqueta para fora;

b) não devem ser dobradas, enrugadas, comprimidas, ou submetidas a qualquer condição que possa causar alongamento ou compressão;

c) em locais livres de ozônio, produtos químicos, óleos, solventes, vapores prejudiciais, fumos e descargas elétricas;

d) fora da ação direta e afastadas de irradiação de qualquer fonte de calor;

e) em locais de temperatura ambiente não superior a 35°C.

5.7 Garantia

5.7.1 O fabricante ou fornecedor deve substituir, sem ônus ao comprador, as luvas não usadas que, em qualquer ocasião durante um período de 9 meses da data do recebimento do lote, deixem de ser aprovadas nos ensaios citados nesta Norma.

5.7.2 Esta garantia só terá validade se as luvas tiverem sido armazenadas conforme 5.6 e não tiverem sido submetidas a mais do que um ensaio de recebimento e um reensaio num intervalo de 3 meses

5.7.3 O ensaio de recebimento feito pelo comprador deverá ser executado no prazo dos 2 primeiros meses do período de garantia, salvo quando especificado em contrário

NOTA - Armazenagem correta significa que as luvas são guardadas com o lado direito para fora, evitando enrugamentos, dobras, alongamento ou compressão, e não guardadas diretamente acima ou nas proximidades de tubos de vapor, radiadores ou outras fontes de calor artificial, nem expostas a luz solar direta ou outras fontes de ozônio. É desejável que a temperatura ambiente de armazenagem não exceda a 35°C.

6 Condições específicas

6.1 Propriedades elétricas

6.1.1 Tensão elétrica de ensaio

As luvas devem suportar uma tensão alternada, valor eficaz, a uma freqüência de 60 hz, conforme especificado na tabela 1, ou suportar uma tensão contínua, conforme especificado na tabela 2.

A tensão de ensaio deve ser aplicada continuamente durante 3 min.

6.1.2 Tensão elétrica de perfuração

A tensão elétrica mín. de perfuração das luvas não deve ser inferior ao valor especificado nas tabelas 1 e 2.

6.1.3 Absorção de umidade / tensão elétrica aplicada:

A corrente de fuga através da luva não deve exceder aos valores especificados na tabela 1, acrescidos de 2mA.

6.1.4 Resistência ao ozônio

O material da luva tipo II não deve indicar efeitos visíveis ao ozônio, tais como rachaduras entrelaçadas.

6.2 Propriedades físicas

6.2.1 O material das luvas deve satisfazer os requisitos físicos indicados na tabela 6 e em 6.2.2

PROJETO NBR 10622:2004 8

tabela 6 – Requisitos físicos

Propriedades Físicas Luva tipo I Luva tipo II

Resistência a tração mínima, em MPa (Kgf/mm2) 17,2 (1,75) 10,3(1,05)

Resistência a tração a 200% máximo, em MPa (Kgf/mm2) 2,1(0,21) 2,1(0,21

Alongamento na ruptura, mínimo em %. 600 600

Deformação permanente máxima após alongamento de 400%, em % 25 25

Resistência ao rasgamento, mínimo, em KN/m (Kgf/mm) 21 (2,1) 14 (1,4)

Resistência a perfuração mecânica mínima, KN/m (Kgf/mm) 18 (1,8) 18 (1,8)

Dureza, Shore A, máxima 47 47

6.2.2 Após o envelhecimento acelerado dos corpos de prova, a resistência à tração e o alongamento na ruptura não devem ser inferiores a 80% dos valores obtidos com os corpos de prova não envelhecidos.

7 Critérios de aceitação

Os critérios de aceitação devem ser verificados através de Inspeção e ensaios realizados na fábrica, laboratórios e empresas, cujos equipamentos possuem calibração realizada regularmente por entidades competentes, de acordo com as normas.

7.1 Amostragem

7.1.1 Todas as luvas do lote devem ser submetidas a inspeção visual, interna e externamente, conforme estabelecido em 5.2.

7.1.2 Deve-se tomar uma amostra aleatoriamente de 10% do lote para a verificação das dimensões, exceto aquelas referentes a 5.3.4, cuja amostragem deve ser de 5% do lote.

7.1.3 Todas as luvas aprovadas na inspeção visual e ensaio dimensional devem ser submetidas ao ensaio de tensão elétrica aplicada e verificação da corrente de fuga.

7.1.4 Uma amostragem de 1% do lote, com um mínimo de duas luvas, um par, deve ser escolhida ao acaso para a realização dos ensaios em 7.2 , com exceção do controle dimensional e tensão elétrica aplicada. Se ocorrerem falhas na primeira amostragem, uma segunda amostragem da mesma quantidade deve ser selecionada e ensaiada

NOTA - Quando no cálculo dessa porcentagem obtém-se número não inteiro, as luvas a serem escolhidas devem ser em número imediatamente superior.

7.2 Ensaios

Os ensaios são os seguintes:

a) inspeção visual conforme descrito em 5.2;

b) controle dimensional;

c) tensão elétrica de ensaio;

d) absorção de umidade/tensão elétrica aplicada;

e) tensão elétrica de perfuração

f) resistência ao ozônio (luva tipo II);

g) resistência à tração;

h) deformação permanente;

i) resistência ao rasgamento;

j) resistência à perfuração mecânica;

k) envelhecimento acelerado;

l) dureza shore A.

7.2.1 Controle dimensional de espessura

7.2.1.1 Equipamentos

Utilizar um relógio comparador com resolução de 0,02 mm ou menos, preso a um braço que permita a verificação da espessura, tanto na posição vertical, como na horizontal da luva.

PROJETO NBR 10622:2004 9

A haste fixa de apoio da luva deve ser suficientemente longa para atingir as pontas dos dedos sem causar dobras prejudiciais à luva, conforme figuras 5 e 6.

Figura 5 – Reógio comparador, posição horizontal

Figura 6 – Relógio comparador, posição vertical

7.2.1.2 Execução do ensaio:

7.2.1.2.1 Determinar com o equipamento a espessura das luvas da seguinte maneira :

a) no lado da palma: 4 ou mais medidas;

b) na união do dorso: 4 ou mais medidas;

c) na união dos dedos: 1 ou mais medidas;

d) na ponta de cada um dos dedos: 3 ou mais medidas.

NOTA - As luvas devem estar limpas e perfeitamente secas.

7.2.1.3 Resultados

Os valores obtidos devem estar de acordo com as condições estabelecidas em 5.3.1.

PROJETO NBR 10622:2004 10

7.2.2 Controle dimensional de tamanho e comprimento

7.2.2.1 Tamanho

Através de uma escala graduada em milímetros a verificação do tamanho deve seguir :

a) colocar as luvas sobre uma superfície plana;

b) o tamanho será a circunferência interna da luva, medida em uma linha paralela às uniões dos dedos e passando através da união do polegar. O método de determinar esta dimensão será medir a largura externa (L), nesta linha com a mão achatada, subtrair duas vezes a espessura mediana da luva (e) na mão, e multiplicar esta diferença por um fator 2.

T = 2 (L – 2e)

onde:

T = Tamanho da luva;

L = Largura externa;

e = espessura média da palma e dorso da luva.

NOTA – conforme figura 4 item 5.3.4

7.2.2.2 Comprimento

Através de uma escala graduada em milímetros, a verificação do comprimento deve seguir :

a) colocar a luva em superfície plana, sendo a orla perpendicular à linha de medida, para se obter seu comprimento, o qual é obtido pela distância entre a extremidade do dedo médio e a outra extremidade da luva (orla), como mostram as figuras 1 e 2

b) medir a diferença dos comprimentos, de maneira indicada na figura 3, para luvas cuja orla do punho é inclinada.

7.2.2.3 Resultados

Os tamanhos e os comprimentos padrão das luvas devem estar de acordo com as indicações pré-estabelecidas em 5.3.2 e 5.3.3

7.2.3 Controle dimensional de medidas complementares

7.2.3.1 Equipamento

Escala e esquadros graduados em milímetro.

7.2.3.2 Execução do ensaio

A execução consta de :

a) colocar as luvas sobre uma superfície plana com a palma para cima, conforme figura 4a;

b) medir o comprimento dos dedos sobre uma linha reta a partir da união dos dedos até a projeção de suas extremidades (cotas “I” e “L” da figura 4a;

c) medir o perímetro interno do dedo polegar sobre uma linha reta, perpendicular à linha do comprimento do dedo, a meia distância entre a base do dedo e sua extremidade, menos 2 v a espessura, multiplicando esta diferença por 2, conforme cota “C” da figura 4(b;

d) medir o perímetro interno dos demais dedos sobre uma linha reta, perpendicular à linha do comprimento dos dedos, e 1/3 de distância entre a base do dedo e sua extremidade a contar da base, menos 2 v a espessura, multiplicando esta diferença por 2, conforme cotas “D”, “E, “F” e “G” da figura 4b;

e) medir o perímetro interno do punho na parte mais estreita da luva, partindo da orla, menos 2 v a espessura m, conforme cota “B” da figura 4c;

f) medir o perímetro da orla na extremidade do cano da luva, menos 2 v a espessura, multiplicando esta diferença por 2 conforme cota “A” da figura 4c;

g) determinar a distância da união dos dedos até a projeção da linha reta perpendicular à extremidade do dedo médio, conforme cota “P” da figura 4c;

h) determinar a distância do punho até a projeção da linha reta perpendicular à extremidade do dedo médio, conforme cota “H” da figura 4.

7.2.3.3 Resultados

As medidas complementares devem estar de acordo com a tabela 7 – Dimensões Complementares

PROJETO NBR 10622:2004 11

Tabela 7 – Dimensões Complementares

Dimensão

(mm)

Tamanho

A B C D E F G H I J L M N O P Q R

8,0 354 205 81 69 70 67 58 160 58 62 72 72 59 102 67 69 80

8,5 368 220 87 71 73 71 62 170 59 65 75 72 59 106 70 72 82

9,0 375 235 90 74 77 74 66 180 59 69 78 72 60 110 73 75 85

9,5 390 238 97 75 78 76 70 190 60 72 79 73 60 112 75 77 87

10,0 390 251 99 80 84 81 72 195 61 73 80 75 62 112 76 79 89

10,5 398 261 99 81 84 82 74 200 621 75 84 76 63 113 79 81 91

11,0 398 274 99 85 86 86 77 205 64 76 87 77 63 115 83 83 93

11,5 405 285 100 91 87 87 79 208 65 77 89 77 64 116 85 86 95

12,0 405 295 110 95 89 91 80 210 66 78 91 78 65 117 86 87 96

Tolerância ± 13 ± 13 ± 6 ± 6 ± 6 ± 6 ± 6 REF ± 6 ± 6 ± 6 ± 6 ± 6 ± 6 ± 6 ± 6 ± 6

7.2.4 Tensão elétrica de ensaio em corrente alternada

7.2.4.1 Equipamento de ensaio:

7.2.4.1.1 O equipamento usado nos ensaios de tensão de ensaio, aceitação e ruptura do dielétrico deve ser capaz de fornecer uma tensão continuamente variável, essencialmente sem degraus, para o corpo de prova. Equipamento de regulação motorizado é conveniente e tende a prover uma taxa de elevação uniforme para a tensão de ensaio. O aparato de ensaio, ou cada posição, ou ambos, deverão ser protegidos por um dispositivo automático de abertura de circuito destinado a prontamente abrir a corrente produzida pela ruptura de um corpo de prova sob ensaio. Este dispositivo de abertura de circuito deve ser projetado para proteger o equipamento de ensaio sob quaisquer condições de curto circuito. O equipamento deve ser inspecionado e aferido por entidades competentes, pelo menos anualmente para assegurar que a condição do equipamento seja aceitável e para verificar as características e incerteza máxima das tensões de ensaio.

7.2.4.1.2 Precaução: O aparelho de ensaio deve ser projetado de modo a oferecer ao operador a plena proteção no desempenho de suas atividades. Meios confiáveis de desenergizar e aterrar o circuito de alta tensão devem ser providenciados. É particularmente importante a incorporação de um meio positivo de aterrar a seção de alta tensão do aparato de ensaio de CC na conclusão do ensaio.

7.2.4.2 Aparelhagem para medição de tensão de ensaio às luvas :

7.2.4.2.1 Ensaios de tensão:

7.2.4.2.1.1 Alimentação e regulação de tensão:

A tensão de ensaio desejável pode ser obtida mais facilmente de um transformador elevador energizado a partir de uma fonte de baixa tensão variável. O transformador e o seu equipamento de controle devem ser de tamanho e projeto tais que, com o corpo de prova no circuito, o fator de crista (relação de máximo para médio, efetivo) da tensão de ensaio deve diferir em no máximo 5% em relação ao de uma onda senoidal sobre a metade superior da faixa de tensão de ensaio

7.2.4.2.1.2 O valor eficaz correto da forma de onda de tensão senoidal aplicada à luva pode ser medido por um dos seguintes métodos :

a) um voltímetro usado em conjunto com um transformador de instrumento calibrado conectado diretamente fechando o circuito de alta tensão;

b) um voltímetro eletrostático conectado diretamente fechando o circuito de alta tensão;

c) um voltímetro conectado a uma bobina terciária no transformador de ensaio, desde que fique demonstrado que a relação de transformação atribuída não se altera com a carga ou

d) um medidor de CA conectado em série com resistores tipo alta tensão diretamente fechando o circuito de alta tensão. A incerteza máxima do circuito de medição de tensão adotado deve ser ± 2% da escala total

NOTA - Um voltímetro conectado no lado de baixa tensão do transformador de ensaio pode ser usado somente se a relação de transformação tiver sido corretamente determinada e se souber que a mesma não muda apreciavelmente com a carga. Um centelhador de esfera calibrado pode ser usado para checar a incerteza máxima de tensão indicada pelo voltímetro.

7.2.4.2.1.3 O fator de crista pode ser checado através de uso de um voltímetro de leitura de crista conectado diretamente fechando o circuito de alta tensão, ou se um voltímetro eletrostático ou um voltímetro em conjunto com um transformador de potencial de instrumento for conectado fechando o circuito de alta tensão, um centelhador de esfera pode ser disparado e a tensão correspondente comparada com a leitura do voltímetro rms.

PROJETO NBR 10622:2004 12

7.2.4.2.1.4 A corrente de ensaio será medida pela inserção de um miliamperimetro em série com cada luva individual. A leitura deve ser feita próximo do final do tempo de ensaio.

7.2.4.2.1.5 Eletrodos

Os eletrodos devem ser colocados de modo a aplicar a tensão elétrica uniformemente sobre toda a luva ensaiada sem produzir efeito corona em qualquer ponto ou esforços mecânicos nas luvas.

7.2.4.3 Execução do ensaio

A execução consta de :

a) ensaios elétricos: Todos os ensaios elétricos serão executados à temperatura ambiente. As luvas, com o lado direito para fora, serão cheias de água da torneira e imersa em água até um comprimento de acordo com a tabela 8 para a tensão de ensaio a ser usada. O nível de água durante o ensaio deverá ser o mesmo dentro e fora da luva. A água dentro da luva que forma um eletrodo de ensaio será conectada a um terminal da fonte de tensão por meio de uma corrente ou haste deslizante, que mergulhe na água. A água do tanque do lado de fora da luva, que forma o outro eletrodo, será conectada diretamente ao outro terminal da fonte de tensão. A água deverá estar livre de bolhas e bolsas de ar dentro e fora da luva, enquanto a parte exposta da luva acima da linha de água deve estar seca.

NOTA - água usada nos ensaios deve ser renovada para cada lote de no máximo 50 p. de luva.

b) a tensão de ensaio será aplicada inicialmente a um valor baixo e aumentada de acordo com uma taxa de elevação constante, de aproximadamente 1000 volts/s, até que o nível de tensão de ensaio prescrito seja atingido, ou até que ocorra a falha.

Após o nível de tensão de ensaio ser atingido, deve-se manter o estabelecimento de uma tensão durante 3 min., marcados através de um cronometro devidamente calibrado.

A tensão de ensaio deve ser reduzida para pelo menos metade do valor, a não ser que tenha ocorrido falha elétrica, no final do período de ensaio, antes da abertura do circuito de ensaio.

Tabela 8 – Distâncias – Punho à linha d’água

CA CC Classe da Luva

Tensão Aplicada

mm

Ruptura

Mm

Tensão Aplicada

mm

Ruptura

Mm

00 38 38 38 51

0 38 38 38 51

1 38 64 51 102

2 64 76 76 127

3 89 102 102 152

4 127 165 153 178

7.2.4.4 Resultados

A corrente de fuga através da luva não deve exceder os valores especificados na tabela 1.

7.2.4.5 Ensaio de tensão de perfuração

7.2.4.5.1 Cada amostra selecionada, conforme item 7.1 deverá ser submetida a um ensaio de perfuração, conforme especificado na tabela 1.

7.2.4.5.2 A tensão será aplicada com um valor baixo e aumentada em uma taxa de elevação constante de aproximadamente 1 000V/s, até que a tensão de ruptura seja atingida, ou até ocorrer a falha. A tensão máxima observada antes da falha será considerada como tensão de perfuração.

7.2.4.6 Ensaio de absorção de umidade / tensão de ensaio :

7.2.4.6.1 Equipamento

O equipamento deve obedecer aos mesmos requisitos de 7.2.4

7.2.4.6.2 Execução do ensaio

a) observar as condições descritas em 7.2.4.3

b) deixar a luva no recipiente com água por 16 h

c) aplicar, iniciando-se do zero, a tensão gradualmente na razão aproximada de 1 000V/s, até que o valor de tensão de ensaio especificado na tabela 1 seja atingido;

d) medir anotar a corrente de fuga;

PROJETO NBR 10622:2004 13

e) reduzir a tensão de ensaio no mínimo à metade de seu valor, a menos que tenha ocorrido alguma falha, antes da abertura do circuito.

7.2.4.6.3 Resultados

Durante o ensaio, a corrente de fuga através da luva, não deve exceder aos valores especificados na tabela 1, e acrescidos de 2mA.

7.2.5 Tensão elétrica de ensaio em corrente continua (CC).

7.2.5.1 Alimentação e regulação de tensão

7.2.5.1.a A tensão de ensaio de CC deve ser obtida de uma fonte de CC capaz de fornecer a tensão exigida. O componente de ondulação de Corrente Alternada (CA) entre cristas e uma tensão de ensaio de CA não deve exceder 2% do valor da tensão média sob condições sem carga.

7.2.5.1.b Medir a tensão de ensaio de CC através de um método que proporcione o valor médio da tensão de ensaio à luva. A tensão deve ser medida usando um medidor de CC conectado em série com resistores tipo alta tensão apropriados fechando o circuito de alta tensão. Um voltímetro eletrostático de faixa apropriada pode ser usado no lugar da continuação de medidor de CC e resistor. A incerteza máxima do circuito de medição de tensão deve ser de ± 2% da escala total.

7.2.5.2 Ensaio de tensão de corrente continua

7.2.5.2.a Cada luva será submetida a uma tensão de ensaio de acordo com os requisitos de 7.2.4.2.1. A tensão de CC será aplicada da mesma maneira como no ensaio com tensão de CA, exceto que a taxa de elevação será de aproximadamente 3 000 V/s.

Assim que atingir a tensão especificada, esta deve ser mantida por um período de 3 min., após o que a operação inversa deve ser feita, obedecendo o mesmo critério adotado para a elevação de tensão.

7.2.5.3 Ensaio de tensão de perfuração de CC

7.2.5.3.a Os ensaios de ruptura com tensão de CC serão executados da mesma maneira como nos ensaios de ruptura com tensão de CA, exceto que a taxa de elevação é de aproximadamente 3 000 V/s.

7.2.6 Resistência ao ozônio

7.2.6.1 Equipamento para método A

O equipamento consta de :

a) câmara de ensaio de ozônio, devendo apresentar os seguintes requisitos :

- deve ser construída de um material com reação mínima ao ozônio e ter um volume de pelo menos 0,11 m2 a 0,14m2;

- deve ter uma entrada de ar com dispositivos de filtração e uma saída, que permita uma renovação parcial de ar ozonizado em recirculação. Um dispositivo deve manter esta circulação forçada através da câmara de ensaio, com uma vazão mínima correspondente a 45 v o volume da câmara por hora;

- deve ter uma fonte de calor localizada fora da câmara de ensaio, e automaticamente comandada por meio de dispositivo termostático regulável. A temperatura dentro da câmara deve ser uniforme no espaço e no tempo, com variação máxima de ± 1ºC relativamente a temperatura nominal de ensaio. Um termômetro aferido, inserido na câmara deve indicar a temperatura momentânea da mesma e um registrador de temperatura deve confirmar o seu funcionamento segundo as condições estabelecidas;

- deve ter uma fonte de geração de ozônio localizada fora da câmara e devidamente comandada por dispositivo capaz de manter a concentração de ozônio na câmara de ensaio uniforme no espaço e no tempo com variação máxima de ± 5% relativamente a concentração nominal de ensaio. A lâmpada de vapor de mercúrio é a fonte mais comum para geração de ozônio;

b) suporte dos corpos de prova constando de um bloco de montagem de madeira com 140 mm de largura e aproximadamente 380 mm de comprimento e com uma espessura de não menos que 22 mm. Seu veio deve dirigir-se longitudinalmente e deve ser apropriadamente reforçado sobre a face posterior para evitar empenamento. O bloco deve ser plano, liso e pintado, com duas camadas de laca clara;

c) prendedores que podem ser tachas de alumínio ou outros prendedores de matéria prima inerte apropriada, devendo ser usados para fixar os corpos de provas às extremidades do bloco de madeira. Devem também ser usadas cantoneiras de alumínio de 13mm x 22mm.

7.2.6.2 Execução do método A

a execução consta de :

a) retirar da luva dois corpos de prova de 12 mm x 100 mm, com o eixo longitudinal paralelo à direção do veio do bloco;

b) fixar os corpos de prova tracionados sobre o bloco de ensaio de maneira a causar uma extensão de 20%, espaçando-os de 6 mm;

PROJETO NBR 10622:2004 14

c) expor os blocos de prova montados sobre o bloco por 24 h em uma atomosfera isenta de ozônio, antes de iniciar o ensaio;

d) colocar o conjunto na câmara de ensaio, contendo uma concentração de ozônio de 0,5 ppm por volume, durante um período de ensaio de 3 h. A temperatura nominal do ensaio deve ser de (40 ± 2)°C.

e) anotar o aparecimento de rachaduras, fendas, furos, etc. durante o período de ensaio.

7.2.6.3 Resultados do método A :

Os corpos de prova não devem indicar efeitos visíveis pelo ozônio tais como : fendas, rachaduras, furos, etc. durante o período de ensaio.

7.2.6.4 Equipamento para o método B :

O equipamento consta de :

a) fonte de ensaio: um transformador de potencial energizado pelo enrolamento de baixa tensão, através de um autotransformador variável. Um dispositivo de proteção para sobre correntes deve ser incorporado ao circuito de controle de baixa tensão, para o caso de ruptura do dielétrico. Pode ser utilizado a mesma fonte descrita em 7.2.6.4.a.

b) envolvido totalmente pelo corpo de prova;

c) eletrodos: o eletrodo ligado à terra é constituído pelo próprio tubo metálico do item anterior, e o outro eletrodo, ligado à fonte de tensão, é constituído por uma folha de alumínio de aproximadamente 50mm / 10-0mm ( 2”x4”).

7.2.6.5 Execução do método B:

A execução consta de :

a) retirar, pelo menos, dois corpos de prova de 100mm x 150mm de cada amostra da luva, adequadamente condicionada de modo a permanecer em repouso na posição horizontal durante 24 h;

b) enrolar o corpo de prova sobre o tubo metálico de tal maneira a envolve-lo totalmente, cuidando-se entretanto que haja um comprimento adicional suficiente para os suportes de montagem, em ambas as extremidades do tubo. As extremidades livres do corpo de prova deverão ser fixadas por debaixo do tubo a fim de e3stabelecer, ao longo da metade superior da superfície cilíndrica do mesmo, um contato intimo entre ambos;

c) colocar a folha de alumínio sobre o corpo de prova, deixando uma distancia entre este e as extremidades do tubo metálico., de maneira a evitar descargas elétricas pelo ar;

d) ligar a folha de alumínio à fonte de tensão CA e aterrar o tubo metálico;

e) aplicar iniciando-se do zero, uma tensão de 15KV entre o eletrodo externo (folha de alumínio) e a terra, mantendo-a por um período de 1 h, após o que a mesma deve ser levada a zero novamente.

7.2.6.6 Resultado do método B:

Após 1 h de exposição ao ozônio, os corpos de prova não devem indicar efeitos visíveis resultantes, tais como: fendas, rachaduras, furos, etc.

NOTA - A taxa de degradação por ozônio, utilizando-se este método, é inversamente proporcional à umidade relativa do ar circundante. Entretanto, dados empíricos indicam que efeitos visíveis do ozônio se manifestam em uma ampla faixa de umidade ambiental.

7.2.7 Resistência à tração

7.2.7.1 Equipamento

O equipamento consta de

a) máquina de ensaio que preencha os seguintes requisitos :

- deve ser acionada a motor;

- deve ser dotada de dinamômetro com dispositivo capaz de indicar ou registrar a força aplicada com precisão de ± 2%. A resposta deste dispositivo deve ser suficientemente rápida a fim de que se faça a leitura de carga de ruptura dentro da precisão requerida.

- deve ter 2 garras, uma das quais é conectada ao dinamômetro. Devem exercer uma pressão uniforme sobre toda a superfície do corpo de prova, pressão esta proporcional à carga aplicada;

- deve ter um mecanismo que permita um afastamento entre as garras a uma razão constante de (500 ± 50) mm/min. O curso das garras deve permitir afastamento mínimo de 750 mm;

- deve ser equipada de um mecanismo que permita a leitura do alongamento com precisão de ± 5% do comprimento original, tomado entre os centros das marcas de referência.

b) micrômetro tipo mostrador graduado em 0,025mm ou menos. O encosto deve ter um diâmetro de pelo menos 3,.5mm. A haste de pressão deve exceder uma força de 0,2N (0,02 Kgf) sobre a superfície do corpo de prova onde se faz a medição, para um diâmetro de 3,2 mm, ou uma força de 0,85 N (0,085 Kgf) para um diâmetro de 6,35mm;

PROJETO NBR 10622:2004 15

c) forma cortadora com formato conforme o desenho da figura 7 e dimensões de acordo com a tabela 9. Os gumes devem ser afiados e livres de dentes a fim de se obter um corte perfeito dos corpos de prova.

Figura 7 – Forma cortadora

Tabela 9 – Dimensão da forma cortadora

A B C D D-E F G H I J Dimensões (mm)

25+/-1 40 máx 155 min 32+/-6 13+/-1 19+/-2 14+/-1 25+/-2 33+/-2 6+/-0

7.2.7.2 Execução do ensaio

A execução consta de :

a) retirar de cada luva que foi destinada ao ensaio de tensão elétrica de perfuração, 5 corpos de prova para realização do ensaio;

b) extrair os corpos de prova com uma única batida da ferramenta de corte;

c) estampar dois segmentos paralelos, como marcas de referência nos corpos de prova que não devem estar sob tensão. Os segmentos devem obedecer aos seguintes requisitos :

- serem perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo de prova;

- serem marcados na região mais estreita do corpo de prova, equidistantes do seu centro;

- serem estampados com tinta que não produza efeitos deteriorativos no corpo de prova, e de contrastante com a do corpo de prova;

- ter uma distância entre si de (25 ± 0,25)mm. Esta distância é tomada entres os pontos centrais de cada segmento de referência;

d) efetuar, com micrômetro descrito em 7.2.7.1.b, 3 medidas de espessura, sendo que a média é usada para o cálculo da seção transversal, exceto quando a diferença entre o valor máximo e mínimo é maior que 0,08mm.Quando tal ocorre, o corpo de prova é rejeitado, tomando-se outro para a realização do ensaio. As medidas são feitas em 3 pontos colieares, na direção perpendicular ao eixo longitudinal. Estes pontos se situam um ao centro e um em cada extremidade da linha central;

e) realizar o ensaio à temperatura de (23 ± 4)°C, sendo que os corpos de prova devem ser condicionados nesta temperatura, durante 24 h antes da realização do ensaio.

PROJETO NBR 10622:2004 16

f) colocar os corpos de prova nas garras da máquina, simetricamente, para que a tração se distribua de maneira uniforme em toda a seção transversal do corpo de prova;

g) aplicar a força com uma velocidade de afastamento das garras de 500 mm/min. Verificar durante o alongamento, a distância entre os segmentos paralelos, tomando cuidado para que não haja entre eles um deslocamento angular. O alongamento deve ser continuo até a ruptura do corpo de prova, na região mais estreita, entre os segmentos paralelos;

h) desprezar os resultados obtidos com qualquer corpo de prova cuja ruptura tenha ocorrido fora dos limites estabelecidos;

i) anotar o valor da força requerida, na ruptura, e o alongamento na ruptura. Este pode ser medido numa escala, com um desvio máximo de 10% do valor real;

j) calcular a tensão de ruptura através da seguinte relação :

F T =

S ; S = ē X l

Onde:

T = tensão de ruptura do material ensaiado, em Mpa.

F = força requerida para a ruptura, em N.

S = área da seção transversal na região mais estreita do corpo de prova não alongado, em mm2.

ē = média das espessuras tomadas conforme 7.2.7.2.d, em mm.

l =- largura do corpo de prova na região mais estreita, em mm.

k) comparar o alongamento na ruptura com o comprimento original, em termos de porcentagem através da seguinte relação :

L – Lo % de alongamento =

Lo 100

Onde:

L = distância final, no instante de ruptura, entre os segmentos de referência, em mm.

Lo = distância inicial entre os segmentos de referência, em mm.

l) aplicar o ensaio inicialmente a 3 corpos de prova. Se apenas 1 dos 3 não atingir os valores indicados na Norma, repetir o ensaio para mais 2 corpos de prova adicionais.

7.2.7.3 Resultados

Satisfeitas as condições estabelecidas nesta Norma, o resultado é a média aritmética dos resultados obtidos com os corpos de prova ensaiados.

NOTA - Se 2 dos 5 corpos de prova não atingirem s valores indicados na Norma, considera-se o ensaio rejeitado.

7.2.7.4 Deformação permanente

7.2.7.4.1 Equipamento

O equipamento consta de :

a) máquina de tração e forma cortadora descritas em 7.2.7.1.a e 7.2.7.1.c ;

b) cronometro para marcar o período de duração de cada etapa do ensaio;

c) escala graduada em milímetros para medir a deformação à tração;

7.2.7.4.2 Execução do ensaio

A execução consta de :

a) realizar o ensaio de acordo com os requisitos indicados em 7.2.7.1.a e c, sendo o condicionamento dos corpos de prova e a temperatura os mesmos indicados em 7.2.7.1 e;

b) colocar o corpo de prova nas garras da máquina conforme 7.2.7.1.f ;

c) separar as garras da máquina a uma velocidade uniforme, tal que sejam necessários cerca de 15 s para o corpo de prova alcançar o alongamento especificado, no caso, 400% do comprimento original;

d) atingido este alongamento deixar o corpo de prova nesta posição por 10 min.;

PROJETO NBR 10622:2004 17

e) após o término deste período, fazer com que as garras retornem à posição original, isto é, aliviar totalmente a tração e deixar o corpo livre de qualquer tração por mais 10 min;

f) em seguida deve-se medir a distância entre os segmentos paralelos, através de uma escala, sendo permitido, na leitura, um desvio de ± 0,25mm;

g) comparar a deformação permanente com o comprimento original através da relação dada em 7.2.7.2.i onde em L deve-se colocar o valor encontrado conforme 7.2.7.4.2.e;

NOTAS

1 No processo da alínea c, a fim de evitar que o corpo de prova ultrapasse o alongamento especificado, recomenda-se o uso de uma haste de comprimento igual ao do corpo de prova com alongamento de 400%. Neste caso coloca-se a haste atrás do corpo de prova, e no instante em que a distância entre os segmentos paralelos for igual ao comprimento da haste, deve-se parar a máquina

2 O número de corpos de prova submetidos a este ensaio deve ser o indicado em 7.2.7.2.l.

7.2.7.5 Resultados

O resultado final é a média aritmética dos resultados obtidos com os corpos de prova ensaiados. O valor encontrado deve satisfazer as condições estabelecidas em 6.2.1.

7.2.8 Resistência ao rasgamento

7.2.8.1 Equipamento

O equipamento consta de :

a) máquina de ensaio descrita em 7.2.7.1.a;

b) forma cortadora com formato conforme o desenho da figura 8 e dimensões de acordo com a tabela 10 devendo ter gumes afiados e livres de dentes para garantir um corte perfeito;

c) micrômetro conforme 7.2.7.1.b

Figura 8 – Forma cortadora

Tabela 10 – Dimensões da forma cortadora

A B C D E F G

102 19 19 13 25 25 51

Dimensões (mm)

+/- 0,50 +/- 0,05 +/- 0,05 +/- 0,05 +/- 0,05 +/- 0,05 +/- 0,25

7.2.8.2 Execução do Ensaio

A execução consta de :

a) obter os corpos de prova conforme indicado em 7.2.7.2.a e b;

b) com o micrômetro descrito em 7.2.7.1.b tomar medidas de espessura em 3 pontos distribuídos na largura do corpo de prova, próximo do seu centro, sendo que uma delas deve ser feita no vértice do angulo de 90°. A média das 3 leituras deve ser usada posteriormente para o cálculo de resistência ao rasgamento;

c) condicionar os corpos de prova conforme indicado em 7.2.7.2.e ;

d) colocar os corpos de prova nas garras da máquina, tomando-se o cuidado para que estas fiquem no centro das extremidades das abas e alinhadas com a direção da força aplicada;

PROJETO NBR 10622:2004 18

e) aplicar a força com uma velocidade de afastamento das garras de 500 mm/min;

f) anotar, depois do rasgamento, a força aplicada na máquina e a espessura média dos corpos de prova;

g) calcular a resistência ao rasgamento através da seguinte relação :

FR RR =

Ē

Onde:

RR = resistência ao rasgamento, em KN/m;

FR = Força requerida para rasgamento, em N;

ē = espessura média do corpo de prova em mm.

NOTA - O número de corpos de prova submetidos a este ensaio deve ser o mesmo indicado em 7.2.7.2.l.

7.2.8.3 Resultados O resultado final é a média aritmética dos resultados obtidos com os corpos de prova ensaiados. O valor encontrado deve satisfazer as condições estabelecidas em 6.2.

7.2.9 Resistência a perfuração mecânica

7.2.9.1 Equipamento

O equipamento consta de :

a) micrômetro conforme7.2.7.1.b;

b) agulha dotada das seguintes características :

- deve ser de aço inoxidável tipo 304

- seu diâmetro na haste deve ser de 5 mm;

- a conicidade numa das extremidades deve formar um angulo de 12°

- a ponta da agulha deve ser arredondada de raio 0,8nn;

c) placas de metal em número de 2, com aberturas concêntricas. Uma deve ter abertura circular de 6 mm de diâmetro e a outra de 25 mm.

7.2.9.2 Execução do ensaio

A execução do ensaio consta de :

a) retirar os corpos de prova das luvas destinadas ao ensaio de tensão elétrica de perfuração que devem ter dimensões adequadas que se permita coloca-los entre as placas de metal;

b) colocar um corpo de prova entre as placas de metal de tal forma que a de abertura menor permita, através dela, a passagem da agulha e abertura maior forneça uma área livre através da qual o corpo de prova pode se alongar enquanto estiver sujeito à pressão da ponta da agulha;

c) colocar a agulha perpendicularmente à superfície da amostra;

d) aplicar à agulha um movimento uniforme com velocidade de aproximadamente 500m/min, até a ponta da agulha atravessar a amostra;

e) anotar a máxima força requerida para a perfuração com uma aproximação de 2N (0,2 kgf);

f) calcular a resistência à perfuração através da seguinte relação :

FP RP

ē

Onde:

RP = resistência à perfuração, em kn/m;

FP = força requerida para a perfuração, em N;

ē = espessura da luva, em mm.

NOTA - O número de corpos de prova submetidos a esse ensaio deve ser o mesmo indicado em 7.2.7.2.l.

PROJETO NBR 10622:2004 19

7.2.9.3 Resultados

O resultado final é a média aritmética dos resultados obtidos com os corpos de prova ensaiados, 3 ou 5. O valor encontrado deve satisfazer as condições estabelecidas em 6.2

7.2.10 Envelhecimento acelerado

7.2.10.1 Equipamento

Uma estufa com circulação de ar onde devem ser envelhecidos os corpos de prova a qual deve obedecer os seguintes requisitos :

a) dimensão interna:

- mínimas: (300 x 300 x 300)mm;

- máximas: (900 x 900 x 1200) mm;

b) ser provida de dispositivo capaz de manter no seu interior os corpos de prova suspensos verticalmente sem que haja contato mútuo ou com as paredes da própria estufa;

c) o ar circulante na estufa deve encontrar a pressão atmosférica normal.

d) a fonte de calor deve-se localizar fora da câmara de envelhecimento, no suprimento de ar;

e) ser provida de um termômetro registrador que indique a temperatura efetiva de envelhecimento. O termômetro deve estar localizado na região central superior da câmara, entre os corpos de prova;

f) o controle de temperatura deve ser automático e por meio de dispositivo termostático regulável;

g) ser capaz de manter no seu interior uma temperatura uniforme em todos os pontos. Paras isso devem ser tomados cuidados especiais, como :

- o ar aquecido deve circular na estufa por meio de agitação mecânica. Quando é usado um ventilador, o ar não pode entrar em contato com as descargas na escova por causa do perigo da formação de ozônio

- o dispositivo termostático regulável deve ser preferivelmente colocado adjacente ao termômetro;

- para verificar a uniformidade do aquecimento deve-se fazer a leitura de vários termômetros colocados em diversos locais da estufa;

7.2.10.2 Execução do ensaio

A execução consta de :

a) tomar as dimensões da seção transversal usadas para determinação da tensão de ruptura antes do processo de envelhecimento;

b) após o envelhecimento, estampar os segmentos de referência usados para medir o alongamento;

c) colocar os corpos de prova na estufa quanto esta já estiver atingido a temperatura de envelhecimento (70 ± 2)°C. Evitar coloca-los quando outros materiais de características químicas muito diferentes do material das luvas estiverem submetidos ao ensaio de envelhecimento acelerado;

d) submeter os corpos de prova à temperatura de (70 ± 2) °C durante 7 d;

e) após o término do processo de envelhecimento, remover os corpos de prova da estufa e deixa-los esfriar em temperatura ambiente;

f) realizar os ensaios de tração nos corpos de prova envelhecidos entre 16 e 96 h após o término do processo de envelhecimento acelerado, simultaneamente com os corpos de prova não envelhecidos. Os ensaios e os cálculos devem ser feitos de conformidade com as seções 7.2.7.2.f a 7.2.7.2.k. O número de corpos de prova a serem ensaiados é o mesmo indicado em 7.2.7.2.l

g) exprimir os resultados do ensaio de envelhecimento através da porcentagem de deterioração em cada uma das propriedades físicas (tensão e alongamento na ruptura), conforme reação abaixo :

0 – E % de deterioração =

0 100

Onde:

0 = Valor original

E = Valor envelhecido

NOTA - Os corpos de prova devem ter as mesmas dimensões e o mesmo formato daqueles utilizados no ensaio de resistência a tração.

PROJETO NBR 10622:2004 20

7.2.10.3 Resultados

O resultado final é a média aritmética dos resultados obtidos com os corpos de provas ensaiados. O valor encontrado deve satisfazer as condições estabelecidas em 6.2.

7.2.11 Dureza

7.2.11.1 Equipamento

Um durômetro Shore tipo A deve ser usado para medir a dureza do material. Este deve ser constituído dos seguintes componentes :

a) calcador com um orifício entre 2,5mm e 3,2mm de diâmetro, centralizado pelo menos a 6 mm de qualquer extremidade da base;

b) penetrador formado de uma haste de aço endurecido, diâmetro entre 1,15 mm e 1,40 mm.;

c) dispositivo indicador onde é efetuada a leitura da dureza da luva;

d) mola calibrada para aplicação de força ao penetrador.

7.2.11.2 Execução do ensaio

A execução consta de :

a) retirar de cada luva os corpos de prova que devem ter espessura mínima de 6mm, pois a espessura da luva é inferior a 6mm para que seja sobrepostos de maneira a atingir a espessura desejada;

b) realizar o ensaio à temperatura de (23 ± 4)ºC, sendo que o corpo de prova e o durômetro devem ser acondicionados nesta temperatura, no mínimo 1 h, antes da realização do ensaio;

c) colocar o corpo de prova sobre uma superfície dura e horizontal. Fixar o durômetro na posição vertical, com a ponta do penetrador distanciada de no mínimo 12mm de qualquer uma das extremidades do corpo de prova;

d) aplicar o calcador sobre o corpo de prova com pressão suficiente para se obter um contato firme entre o calcador e o corpo de prova e anotar a leitura do durômetro após 15 s.

NOTA - O corpo de prova deve ter as dimensões suficientes de maneira a permitir medições distanciadas de no mínimo 12mm de qualquer extremidade.

7.2.11.3 Resultados

7.2.11.4 O resultado obtido deve satisfazer as condições estabelecidas em 6.2.

8 Aceitação e Rejeição

8.1 Condições de Aceitação

Aceita-se o lote se todas as luvas satisfizerem os requisitos dessa Norma, quando submetidos aos ensaios prescritos em 7.2.

8.2 Condições de Rejeição:

8.2.1 Devem ser rejeitadas individualmente as luvas ensaiadas que não satisfizerem os requisitos de inspeção visual conforme 5.2, 5.4 e 5.5 e tensão de ensaio conforme 6.1.1. 8.2.2 Devem ser rejeitadas as luvas que não satisfizerem os requisitos indicados em 5.3. Por outro lado, se uma ou mais luvas dessa amostragem tiver sido rejeitada, o lote inteiro deve ser submetido a esta verificação e as que estiverem em desacordo também devem ser rejeitadas. Caso a quantidade rejeitada ultrapasse de 25% do lote, o mesmo deve ser rejeitado.

8.2.3 A rejeição do lote deve ocorrer sob qualquer uma das seguintes condições :

a) se 5% ou mais do lote de luvas ensaiadas, com o mínimo de 2 luvas não satisfizerem os requisitos estabelecidos em 6.1.1. Quando no calculo desta porcentagem obtém-se número não inteiro, o número de falhas que causam rejeição do lote deve ser o inteiro imediatamente inferior.

b) se ocorrer na amostragem inicial duas perfurações, que não satisfizer o requisito estabelecido em 6.1.2.

c) se uma perfuração na amostragem inicial e uma perfuração na 2ª amostragem não satisfizer os requisitos em 6.1.2;

d) se a corrente de fuga em duas luvas da amostragem inicial não satisfizer os requisitos estabelecidos em 6.1.3;

e) se a corrente de fuga em uma luva da amostra inicial, e em uma luva da 2ª amostra não satisfizerem os requisitos estabelecidos em 6.1.3;

f) se 2 corpos de prova de luvas do Tipo II não satisfizerem os requisitos estabelecidos 6.1.4

PROJETO NBR 10622:2004 21

g) se 1 corpo de prova da amostra inicial e 1 corpo de prova da 2ª amostra, de luvas tipo II, não satisfizerem os requisitos estabelecidos em 6.1.4;

h) se 2 resultados dos ensaios da amostragem inicial não satisfizerem qualquer um dos requisitos estabelecidos em 6.2;

i) se 1 resultado dos ensaios na amostra inicial e 1 resultado dos ensaios na segunda amostragem não satisfizerem qualquer um dos requisitos estabelecidos em 6.2; j) se 25% ou mais do total das luvas não satisfizerem os requisitos estabelecidos em 5.2, 5.4. e 5.5. Quando no cálculo dessa porcentagem obtém-se um número não inteiro, o número de luvas defeituosas, que implica na rejeição do lote, deve ser inteiro imediatamente inferior.

8.2.4 As luvas que tiverem sido rejeitadas nos ensaios elétricos deverão ser cortadas, de modo que não possam ser usadas para serviços elétricos. 9 Reteste

Ensaios das luvas após a realização de ensaios de recebimento e após a utilização do equipamento.

9.1 A sequencia recomendada de inspeção e ensaios das luvas em laboratório é :

9.1.1 Registro

Quando as luvas forem recebidas em um laboratório, as mesmas devem ser registradas, de modo a manter histórico de retestes e da vida útil do equipamento.

9.1.2 Lavagem

As luvas devem ser lavadas com um sabão suave ou detergente leve e água. Após a lavagem, as mesmas devem ser enxaguadas com água para remover todo o sabão ou detergente e secadas. Alvejantes ou cloretos suaves do tipo doméstico podem ser usados para fins de desinfecção. Sabões, detergentes e alvejantes não devem ser usados com a intensidade que possa atacar ou prejudicar a superfície da borracha.

9.1.3 Inspeção preliminar

Antes dos ensaios elétricos as luvas devem receber uma inspeção preliminar para ver se há furos, rasgos, cortes, escoriações, corte por ozônio ou qualquer outra condição obvia que possa afetar adversamente o seu desempenho. Se qualquer destas condições for encontrada, as luvas devem ser rejeitadas, e deve-se proceder conforme 8.2.4.

9.1.4 Ensaio elétrico

As luvas devem ser ensaiadas de acordo com 7.2.4.

9.1.5 Marcação

Uma data especificada como reensaio será registrada ou fornecida por marcação ou fixação de um rótulo na luva. O método de marcação ou rotulação e o material não podem afetar adversamente as características elétricas ou físicas da luva ou conflitar com a marcação ou rotulação original do fabricante.

9.1.6 Empoamento, formação de pares e embalagem para estocamento ou remessa.

A superfície interna das luvas pode ser empoada usando-se um pó. As luvas devem ser arrumadas aos pares e embaladas de acordo com a seção 10 para cuidados, inspeção e armazenagem no campo.

9.1.7 Ensaios elétricos

O intervalo máximo para reensaios das luvas não deverá exceder o período de 6 m para luvas em uso, e 12 m para luvas não distribuídas. Dependendo das práticas de trabalho e intensidade de atividades a que estão submetidas as luvas, os intervalos poderão ser inferiores.

10 Cuidados, inspeção e armazenagem no campo

10.1 O cuidado e a inspeção das luvas, executados pelo usuário, constituem importante requisito para proporcionar proteção contra choques elétricos. As luvas defeituosas ou suspeitas de estarem defeituosas não devem ser usadas, porém devolvidas a um laboratório para inspeção e reensaios.

10.2 As luvas isolantes devem ser visualmente inspecionadas pelo usuário, à procura de defeitos. As mesmas devem ser inspecionadas em toda a superfície e roladas suavemente entre as mãos para expor defeitos e materiais embebidos.

10.3 As luvas isolantes devem ser submetidas, diariamente antes do uso, a um ensaio de ar rolando o punho bem apertado, na direção da palma, de maneira tal que o ar fique retido dentro da luva, ou usando um inflador mecânico para luvas. Quando usar o segundo método, deve-se ter cuidado para evitar excesso de pressão. A luva deve ser examinada quando a perfurações e outros defeitos. A detecção de perfurações pode ser ampliada ouvindo-se se há escape de ar ou segurando as luvas próximo da face do usuário, para sentir se há ar vazando.

PROJETO NBR 10622:2004 22

10.4 As luvas devem ser limpas para remover todo o óleo, graxa e outras substancias prejudiciais assim que possível.

NOTA - as luvas devem ser enxaguadas conforme necessário, para remover todo o suor. O excesso de água deve ser removido, sacudindo-se a luva e em seguida, secando-a.

10.5 As luvas devem ser guardadas em local o mais fresco, escuro e seco possível. O local deve ser tão livre quanto possível de ozônio, produtos químicos, óleos, solventes, vapores e emanações prejudiciais e afastado de descargas elétricas e luz do sol. As luvas devem ser armazenadas em seu formato natural. As luvas podem ser mantidas dentro de protetores ou em um saco, caixa ou recipiente que seja desenhado e usado exclusivamente para elas. As luvas não devem ser guardadas dobradas, com vincos, viradas ao avesso, comprimidas ou de qualquer modo que irá causar escoamento ou compressão.

10.6 As luvas isolantes devem ser usadas com luvas protetoras para evitar avarias mecânicas.

10.7 A luva protetora deverá ser dimensionada e no formato tal que a luva isolante não seja deformada do seu formato natural.

10.8 A distancia mínima entre o topo do punho da luva protetora não deve ser inferior ao especificado na tabela 11.

Tabela 11 - Distancias entre o cano e o punho (mm).

Distancia, min. Classe

Polegadas Mm

0 ½ 13

1 1 25

2 2 51

3 3 76

4 4 102

10.9 Luvas protetoras que tenham sido usadas para qualquer outra finalidade não devem ser usadas para proteger luvas isolantes. As luvas protetoras não devem ser usadas se tiverem furos, rasgos ou outros defeitos que afetem a sua capacidade de proporcionar proteção mecânica às luvas isolantes. Deve-se ter o cuidado de manter as luvas protetoras tão livres quanto possível de óleo, graxa, produtos químicos e outros materiais que possam prejudicar as luvas isolantes… As luvas protetoras que ficarem contaminadas com materiais prejudiciais no ponto que possa ocorrer danos para o material isolante não devem ser usadas como luvas protetoras, salvo se tiverem sido totalmente limpadas para a remoção da substância contaminante. A superfície interna das luvas protetoras deve ser inspecionada para ver se há objetos aguçados ou pontiagudos, essa inspeção deve ser feita tão frequentemente quanto às luvas de borracha forem inspecionadas.

10.10 As luvas de pano podem ser usadas dentro da luva isolante para aquecimento em climas frios e para absorver o suor em climas quentes.

10.11 As luvas não devem ser marcadas nem possui qualquer fita ou rótulo adesivo aplicado às mesmas, salvo por pessoal autorizado.

10.12 As luvas, com quaisquer um dos seguintes defeitos, não podem ser usadas devem ser devolvidas ao laboratório para inspeção e ensaios elétricos

10.12.1 Furos, rasgos, perfurações ou cortes;

10.12.2 Cortes causados por ozônio;

10.12.3 Corpos estranhos embebidos;

10.12.4 Alterações de textura, inchamento, amolecimento, endurecimento, material pegajoso ou inelástico;

10.12.5 Outros defeitos que danifiquem as propriedades isolantes.

11 Rejeição

11.1 As luvas constatadas durante a inspeção como tendo cortes, rebarbas, trincas, queima, corte por ozônio, inchamento,abrasão, contaminação por materiais estranhos ou como tendo perdido sua elasticidade serão rejeitadas.

11.2 Pequenos cortes superficiais por corona ou fissuras por ozônio na área do cano não devem ser causa de rejeição.

11.3 Em caso de rejerejeição deve-se proceder como em 8.2.4.

______________________________________________

Página 2: [1] [L4] Comentário ABNT Este elemento deve conter uma lista completa de todos os documentos normativos (normas, na maioria dos casos), com seus títulos e datas de publicação, cujas referências são feitas no texto de forma que as tornem indispensáveis na aplicação da norma. A lista deve ser introduzida pelo seguinte texto: “As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.” O texto acima deve ser modificado no caso de referência única e de normas publicadas em partes.