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Copyright © 1997, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Fax: (021) 240-8249/532-2143 Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Palavra-chave: Incêndio 10 páginas NBR 13860 MAIO 1997 Glossário de termos relacionados com a segurança contra incêndio Prefácio A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envol- vidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos CB e ONS, circulam para votação Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados. 1 Objetivo Esta Norma define os termos que devem ser adotados na normalização de segurança contra incêndio. 2 Definições Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições. 2.1 abafador: Equipamento simples para combate direto de fogo rasteiro em matas. É composto por cabo longo e tem em uma de suas extremidades um retângulo perfu- rado ou uma seqüência de tiras de materiais maleáveis (borracha, couro, etc.). 2.2 abafamento: Método de extinção de incêndio des- tinado a impedir o contato do ar atmosférico com o com- bustível e a liberação de gases ou vapores inflamáveis. 2.3 abertura desprotegida: Qualquer abertura em pa- rede, piso ou teto que não possua dispositivo que impeça a propagação do fogo, fumaça ou calor. 2.4 abrigo de mangueira: Compartimento destinado a guardar e proteger mangueiras e acessórios. 2.5 aceiro: Barreira natural ou construída suficientemente larga para propiciar a descontinuidade do material com- bustível. 2.6 acesso de bombeiros: Áreas em edificações que proporcionem facilidades de acesso, em caso de emer- gência para o Bombeiro. 2.7 acesso para viaturas e emergência: Vias trafegáveis com prioridade para a aproximação e operação dos veículos e equipamentos de emergência juntos às edi- ficações e instalações industriais. 2.8 acionador manual: Dispositivo destinado a dar partida a um sistema ou equipamento de segurança contra incêndio, pela interferência do elemento humano. 2.9 adaptador: Peça utilizada para interligar equipamen- tos de combate a incêndios com conexões de tipos e pa- drões diferentes. 2.10 adutora: Mangueira de tubulação principal para canalização de um agente extintor. 2.11 agente extintor: Substância utilizada para a extinção do fogo. Origem: Projeto 24:401.01-001:1996 CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio CE-24:401.01 - Comissão de Estudo de Terminologia de Segurança contra Incêndio NBR 13860 - Fire safety glossary Descriptor: Fire safety Válida a partir de 30.06.1997

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ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

Palavra-chave: Incêndio 10 páginas

NBR 13860MAIO 1997

Glossário de termos relacionados coma segurança contra incêndio

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é oFórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,cujo conteúdo é de responsabilidade dos ComitêsBrasileiros (CB) e dos Organismos de NormalizaçãoSetorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo(CE), formadas por representantes dos setores envol-vidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores eneutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbitodos CB e ONS, circulam para votação Nacional entre osassociados da ABNT e demais interessados.

1 Objetivo

Esta Norma define os termos que devem ser adotados nanormalização de segurança contra incêndio.

2 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintesdefinições.

2.1 abafador: Equipamento simples para combate diretode fogo rasteiro em matas. É composto por cabo longo etem em uma de suas extremidades um retângulo perfu-rado ou uma seqüência de tiras de materiais maleáveis(borracha, couro, etc.).

2.2 abafamento: Método de extinção de incêndio des-tinado a impedir o contato do ar atmosférico com o com-bustível e a liberação de gases ou vapores inflamáveis.

2.3 abertura desprotegida: Qualquer abertura em pa-rede, piso ou teto que não possua dispositivo que impeçaa propagação do fogo, fumaça ou calor.

2.4 abrigo de mangueira: Compartimento destinado aguardar e proteger mangueiras e acessórios.

2.5 aceiro: Barreira natural ou construída suficientementelarga para propiciar a descontinuidade do material com-bustível.

2.6 acesso de bombeiros: Áreas em edificações queproporcionem facilidades de acesso, em caso de emer-gência para o Bombeiro.

2.7 acesso para viaturas e emergência: Vias trafegáveiscom prioridade para a aproximação e operação dosveículos e equipamentos de emergência juntos às edi-ficações e instalações industriais.

2.8 acionador manual: Dispositivo destinado a darpartida a um sistema ou equipamento de segurançacontra incêndio, pela interferência do elemento humano.

2.9 adaptador: Peça utilizada para interligar equipamen-tos de combate a incêndios com conexões de tipos e pa-drões diferentes.

2.10 adutora: Mangueira de tubulação principal paracanalização de um agente extintor.

2.11 agente extintor: Substância utilizada para a extinçãodo fogo.

Origem: Projeto 24:401.01-001:1996CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança contra IncêndioCE-24:401.01 - Comissão de Estudo de Terminologia de Segurança contraIncêndioNBR 13860 - Fire safety glossaryDescriptor: Fire safetyVálida a partir de 30.06.1997

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2.12 água molhada; líquido umectante: Aditivo usadona água, de combate a incêndio, para facilitar a sua pe-netração em combustíveis sólidos.

2.13 alarme: Dispositivo destinado a produzir sinais dealerta sonoro ou visual, por ocasião de uma emergênciaqualquer.

2.14 alarme de incêndio: Dispositivo que indica aexistência de um princípio de incêndio.

2.15 alojador: Componente metálico destinado a acomo-dar os componentes de travamento da barra antipânico etrincos das portas corta-fogo, com a(s) folha(s) na posiçãofechada.

2.16 altura da edificação: Distância compreendida entreo ponto que caracteriza a saída situada no nível de des-carga do prédio e o ponto mais alto do piso do últimopavimento.

2.17 altura de sucção: Altura entre o nível de água deum reservatório e a linha de centro da sucção da bomba.

2.18 análise de risco: Conjunto de técnicas e métodosaplicados a um processo de instalação industrial, com oobjetivo de identificar e avaliar os riscos e propor medidaspara eliminação, redução ou minimização das conse-qüências dos riscos.

2.19 anel: Rede ou parte de uma rede de proteção contraincêndio cuja tubulação se desenvolve em curso fechado,destinada a alimentar dispositivos de extinção.

2.20 anel de expansão: Peça de cobre recozido, usadapara fixar as mangueiras às uniões.

2.21 área de armazenamento: Local contínuo, destinadoao armazenamento de recipientes transportáveis.

2.22 área danificada: Total de área do material perma-nente afetada por fenômeno térmico, sob condições deensaio específico, tais como: perda de material, con-tração, amolecimento, fusão, carbonização, combustão,pirólise, etc.

2.23 área de operação: Local de emergência onde sedesenvolvem os trabalhos de controle de emergências.

2.24 área protegida: Área dotada de equipamento deproteção e combate a incêndio.

2.25 área protegida por extintor: Área medida em metrosquadrados de piso, protegida por uma unidade extintora,em função do risco.

2.26 área queimada: Área danificada de um materialdestruído por combustão ou pirólise, sob condições deensaio especificadas.

2.27 armazém de produtos acondionados: Área cobertaou não, onde são armazenados recipientes (tais comotambores, tonéis, latas, baldes, etc.) que contenham pro-dutos ou materiais combustíveis ou produtos inflamáveis.

2.28 aterramento: Processo de conexão à terra, de umou mais objetos condutores, visando a proteção do ope-

rador ou equipamento contra descargas atmosféricas,acúmulo de cargas estáticas e falhas entre condutoresvivos.

2.29 aterramento de veículos: Ligação à terra deveículos transportadores de produtos perigosos, duranteo processo de carga e descarga, para eliminação noscasos passíveis de eletricidade estática.

2.30 auditorias de segurança ou inspeção: Rotinasdestinadas a avaliar as condições de segurança, pro-cessos, instalações e procedimentos, com o objetivo deestabelecer medidas corretivas.

2.31 auto-aquecimento: Aquecimento resultante de umareação exotérmica.

2.32 auto-extinção: Termo não recomendável. Não épossível apresentar uma definição normalizada destetermo, em vista do estado atual de conhecimento sobreas propriedades por ele abrangidas e os tipos de ma-teriais aos quais pode ser aplicado.

2.33 auto-ignição; ou ponto de auto-ignição: Menortemperatura na qual um combustível emite vapores emquantidade suficiente para formar uma mistura com o arna região imediatamente acima da sua superfície, capazde entrar em ignição quando em contato com o ar.

2.34 autonomia do sistema: Tempo mínimo exigido parao funcionamento de um sistema.

2.35 bacia de contenção: Região limitada por uma de-pressão no terreno ou por diques, destinada a conter oseventuais vazamentos de produtos químicos arma-zenados ou a água utilizada no combate a incêndio.

2.36 banzo: Parte lateral das escadas de incêndio ondese fixam os degraus.

2.37 barra acionadora: Componente da barra antipânico,fixada horizontalmente na face da folha, cujo acionamento,em qualquer ponto de seu comprimento, libera a folha daporta de sua posição de travamento, no sentido daabertura.

2.38 barra antipânico: Dispositivo de destravamento dafolha de uma porta, na posição de fechamento, acionadomediante pressão exercida no sentido de abertura, emuma barra horizontal fixada na face da folha.

2.39 barra antipânico dupla: Barra antipânico destinadaà utilização em portas com duas folhas, com uma barraacionadora em cada folha, possuindo em uma delas (aque deve fechar em primeiro lugar) um ou dois pontos detravamento (superior ou superior e inferior) e na outra (aque se sobrepõe) pelo menos um ponto de travamento(contra a primeira folha). O acionamento de qualquer umadas barras deve abrir pelo menos a folha respectiva.

2.40 barra antipânico simples: Barra antipânico com umaúnica barra acionadora destinada à utilização em portascom uma única folha, possuindo pelo menos um pontode travamento.

2.41 bateria de cilindros: Conjunto de dois ou maiscilindros ligados por uma tubulação coletora contendogás extintor ou propulsor.

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2.42 bico nebulizador: Dispositivo de orifícios fixo,normalmente aberto, para descarga de água sob pressão,destinado a produzir neblina de água com formageométrica definida.

2.43 bomba de escorva: Bomba destinada a remover oar do interior das bombas de combate a incêndio.

2.44 bomba Booster: Bomba destinada a suprirdeficiências de pressão em uma instalação hidráulica deproteção contra incêndios.

2.45 bomba de pressurização Jockey: Aparelhohidráulico especial, instalado em paralelo com a bombade incêndio principal, destinado a manter a rede hidráu-lica pressurizada na ocorrência de eventuais perdas depressão.

2.46 bomba de recalque: Bomba destinada a recalcarágua no sistema de combate a incêndio.

2.47 bomba intercostal: Equipamento transportado nascostas do bombeiro, constituído por um reservatório deágua e uma bomba aspirante premente, de operaçãomanual.

2.48 bombeiro: Profissional pertencente a uma corpo-ração pública de atendimento a emergências.

2.49 bombeiro profissional: Profissional capacitado parao exercício de tarefas relativas à prevenção, proteção ecombate a emergências em instalações particulares.

2.50 botoeira de alarme: Dispositivo destinado a dar umalarme em um sistema de segurança contra incêndio,pela interferência do elemento humano.

2.51 cabeça de descarga operadora por pressão:Dispositivo fixo adaptado na válvula do cilindro, parapossibilitar sua abertura e conseqüente descarga inin-terrupta do gás. É acionado por pressurização de agentesextintores na forma gasosa, proveniente do cilindro-piloto.

2.52 cabeça elétrica de comando: Dispositivo de co-mando elétrico destinado a acionar válvulas direcionaise/ou válvulas de descarga dos cilindros-piloto de agentesextintores na forma gasosa.

2.53 calor de combustão: Ver 2.220.

2.54 câmara de espuma: Dispositivo destinado à for-mação e condução da espuma para o interior de tanquesde armazenamento de líquidos combustíveis.

2.55 canalização; tubulação: Rede de tubos, conexõese acessórios, destinada a conduzir água para alimentaro sistema de combate a incêndios.

2.56 canhão monitor: Equipamento destinado a formare a orientar jatos de longo alcance para combate aincêndio.

2.57 capacidade extintora: Medida do poder de extinçãode fogo de um extintor, obtida em ensaio prático nor-malizado.

2.58 carbonização: Formação, através de aquecimento,de carvão mais ou menos puro, durante a pirólise oucombustão incompleta.

2.59 carga incêndio: Soma das energias caloríficas quepoderiam ser liberadas pela combustão completa de todosos materiais combustíveis em um espaço, inclusive osrevestimentos das paredes, divisórias, pisos e tetos.

2.60 carretel de mangotinho: Dispositivo com alimen-tação axial onde se enrola o mangotinho.

2.61 central de alarme: Equipamento destinado a pro-cessar os sinais provenientes dos circuitos de detecção,convertê-los em indicações adequadas e comandar econtrolar os demais componentes do sistema.

2.62 chama residual: Persistência de flamejamento deum material, sob condições de ensaio especificadas,após a fonte de ignição ter sido removida.

2.63 chamejar: Sofrer combustão na fase gasosa, comemissão de luz.

2.64 chama: Zona de combustão na fase gasosa, comemissão de luz.

2.65 chave de bloqueio: Dispositivo de acionamentomanual, destinado a liberar o fluxo de gás conseqüentedo disparo automático do sistema fixo de CO2.

2.66 chuveiro automático para extinção de incêndio;bico de chuveiro automático; sprinkler: dispositivodestinado a projetar água, em forma de chuva, dotado deelemento sensível à elevação de temperatura.

2.67 cilindro de ar: Cilindro de alta pressão destinado aconter ar comprimido respirável, dotado de válvula paraequipar máscaras e equipamentos autônomos de respi-ração.

2.68 cilindro de gás carbônico (CO2): Cilindro de aço dealta pressão, dotado de válvula de descarga automáticaou manual e tubo sifão, destinado a conter gás carbônicoliquefeito para extintores, carretas, instalações fixasautomáticas e ampolas de pressurização.

2.69 cilindro-piloto: Componente da bateria de cilindrosde agente extintor de um sistema fixo, dotado de cabeçade disparo que, ao ser acionado, estabelece o fluxo inicialde agente extintor que por pressão aciona as cabeças decomando dos demais cilindros da bateria.

2.70 cinto de segurança: Equipamento de proteçãoindividual para fixação do bombeiro, a fim de prevenirquedas.

2.71 cinzas: Resíduos inorgânicos produzidos na com-bustão completa.

2.72 circuito auxiliar: Circuito destinado ao comandoe/ou supervisão de equipamentos relativos à prevençãoe/ou combate a incêndios.

2.73 circuito de alarme: Circuito destinado ao comandodos dispositivos avisadores sonoros e visuais.

2.74 circuito de detecção: Circuito no qual estão insta-lados os detectores automáticos, acionadores manuaisou quaisquer outros tipos de sensores pertencentes aosistema.

2.75 circuito de detecção classe A: Todo circuito noqual existe a fração de retorno à central, de tal forma que

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uma eventual interrupção, em qualquer ponto dessecircuito, não implique a paralisação de seu funciona-mento.

2.76 circuito de detecção classe B: Todo circuito noqual não existe a fração de retorno à central e uma eventualinterrupção de circuitos possa implicar paralisação parcialou total do circuito.

2.77 classes de incêndio: Classificação didática na qualse definem fogos de diferentes natureza. Adotada no Brasilem quatro classes: fogo classe A, fogo classe B, fogoclasse C e fogo classe D.

2.78 combate a incêndio: Conjunto de ações destinadasa extinguir incêndio, com uso de equipamentos manuaisou automáticos.

2.79 comburente: Substância que sustenta a combustão.

2.80 combustão: Reação exotérmica de um combustívelcom um comburente, geralmente acompanhada dechamas e/ou brasa e/ou emissão de fumaça.

2.81 combustão de superfície: Combustão limitada àsuperfície de um material.

2.82 combustão em brasa: Combustão de um materialna fase sólida, sem chama, porém com emissão de luzproveniente da zona de combustão.

2.83 combustão espontânea: Combustão resultante deauto-aquecimento, sem aplicação de calor externo.

2.84 combustível: Todo material capaz de queimar.

2.85 compartimentação horizontal: Subdivisão depavimento em duas ou mais unidades autônomas,executada por meio de paredes e portas resistentes aofogo, objetivando dificultar a propagação do fogo e facilitara retirada de pessoas e bens.

2.86 compartimentação vertical: Conjunto de medidasde proteção contra incêndios que tem por finalidade evitara propagação de fogo, fumaça ou gases de um pavimentopara outro, interna ou externamente.

2.87 componentes de travamento: Componentes dabarra antipânico que mantêm a(s) folha(s) de porta corta-fogo na posição fechada.

2.88 comportamento de queima: Todas as modificaçõesfísicas e/ou químicas que ocorrem quando um materialou produto é exposto a uma fonte de ignição especificada.

2.89 corredor de inspeção: Intervalo entre lotes contíguosde recipientes de gás liquefeito de petróleo (GLP) ou outrosgases.

2.90 cortina de segurança florestal: Faixa plantada comespécies de difícil combustão que oferecem maior resis-tência à propagação do fogo.

2.91 curva de temperatura: Variação da temperaturarelativamente ao tempo, medida de maneira especificadadurante o ensaio normalizado de resistência ao fogo.

2.92 deflagração: Explosão que se propaga à velocidadesubsônica.

2.93 defletor de chuveiro automático: Componente dobico destinado a quebrar o jato sólido, de modo a distribuira água segundo padrão estabelecido.

2.94 defletor de espuma: Dispositivo destinado a dirigira espuma contra a parede do tanque.

2.95 demanda: Solicitação quantitativa de instalaçãohidráulica à fonte de alimentação.

2.96 densidade carga incêndio: Carga incêndio porunidade de área.

2.97 densidade ótica de fumaça: Logaritmo decimal dacapacidade da fumaça.

2.98 densidade ótica específica de fumaça: Medida dafumaça produzida por um espécime de um material ouproduto, levando em conta a densidade ótica e os fatorescaracterísticos de método de ensaio especificado.

2.99 depósito de combustíveis de aviação emaeroportos: Conjunto de instalações fixas, compreen-dendo tanques, equipamentos e edifícios de administra-ção e manutenção, com a finalidade de receber, armaze-nar e distribuir combustíveis de aviação.

2.100 descarga: Parte da saída de emergência de umaedificação que fica entre a escada e o logradouro públicoou área externa com acesso a este.

2.101 descarga não efetiva: Parte da descarga dos bicosde nebulização que não tem efeito na superfície a serprotegida, devido a certos fatores, como vento ou pressõesinadequadas de água.

2.102 desenvolvimento de fogo pleno: Ver 2.232.

2.103 deslizador de espuma: Dispositivo destinado afacilitar a aplicação suave da espuma sobre o líquidoarmazenado.

2.104 detecção e alarme de incêndio: Recursosdestinados a receber e emitir sinais de alerta sonoro ouluminoso, que procedem de uma emergência.

2.105 detector automático: Dispositivos que, quandosensibilizados por fenômenos físicos e/ou químicos,detectam princípios de incêndios ou vazamentos de ga-ses perigosos, enviando um sinal a uma central receptora.

2.106 detector automático de chama: Dispositivodestinado a atuar em resposta a uma radiação visível ounão, resultante de um princípio de incêndio.

2.107 detector automático de fumaça: Dispositivodestinado a atuar quando ocorre a presença de partículase/ou gases, visíveis ou não, em produtos de combustão.

2.108 detector automático de temperatura: Dispositivodestinado a atuar quando a temperatura ambiente ou ogradiente da temperatura ultrapassam um valor prede-terminado.

2.109 detonação: Explosão que se propaga à velocidadesupersônica, caracterizada por uma onda de choque.

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2.110 difusor de gás carbônico (CO2):

1 Dispositivo de instalação fixa, equipado com espalhadorde orifícios calibrados, destinado a proporcionar a des-carga de CO2 sem congelamento interno e com espalha-mento uniforme.

2 Esguicho usado nos extintores portáteis e sobre-rodasde CO2.

2.111 diques: Maciço de terra, paredes de concreto ououtro material adequado, formando uma bacia de con-tenção.

2.112 dispositivo de retenção: Aparelho destinado amanter abertas as portas das saídas de emergência. Deveser acionado automaticamente para fechamento, pelosistema de alarme ou de detecção de incêndio, bem comomanualmente.

2.113 dispositivo de segurança para sistema fixo degás carbônico(CO2): Aparelho fixo, de funcionamentoautomático, instalado no coletor de distribuição da bateriade cilindros ou nas válvulas de descarga dos cilindros,destinado a aliviar sobrepressões.

2.114 distância de segurança: Distância mínima julgadanecessária para garantir a segurança das pessoas e dasinstalações, normalmente contada a partir do limite deárea da instalação ou equipamento.

2.115 distância máxima a percorrer: Distância máximareal, em metros, a ser percorrida por um operador, doponto de fixação do extintor a qualquer ponto da áreaprotegida pelo extintor.

2.116 dotado de retardo de chama: Ver 2.176.

2.117 drenagem de áreas: Sistema destinado aoescoamento e coleta de efluentes e água de incêndio,para evitar a contaminação e propagação de incêndio aoutras áreas ou meio ambiente, visando ainda suadestinação adequada.

2.118 efeito chaminé: Empuxo ascendente de fumaça egases quentes, por correntes de convecção confinadasem um envoltório vertical.

2.119 efluente do fogo: Ver 2.231.

2.120 elemento de separação: Elemento com capaci-dade de um elemento de prover simultaneamente aintegridade e o isolamento térmico, por um período detempo determinado, no ensaio normalizado de resistênciaao fogo.

2.121 elemento termossensível: Componente de dis-positivos de proteção contra incêndio, acionado peloefeito da elevação da temperatura.

2.122 elevador de segurança: Equipamento dotado dealimentação elétrica, independente da chave geral daedificação com comando específico, instalado em localpróprio com antecâmara, permitindo o acesso e a suautilização em casos de emergência, aos diversos andaresde uma edificação.

2.123 empatação: Fixação da mangueira à união.

2.124 EPI: Equipamento de proteção individual.

2.125 EPR: Equipamento de proteção respiratória.

2.126 escada:

1 Equipamento destinado a trabalhos em altura, consti-tuído por duas longarinas (banzos) e travessas horizontais(degraus).

2 Construção constituída de planos sucessivos (degraus)que interligam dois ou mais níveis.

2.127 escada de segurança: Estrutura integrante daedificação, possuindo requisitos à prova de fogo e fumaça,para permitir o escape das pessoas em segurança, emsituações de emergência.

2.128 escada prolongável: Escada constituída de doisou mais lances que, por meio de dispositivos adequados,se prolongam em um lance sobre outro.

2.129 esguicho: Dispositivo destinado a formar e aorientar os jatos para combate a incêndio.

2.130 esguicho universal: Esguicho dotado de válvuladestinada a formar jato sólido ou de neblina ou fecha-mento da água. Permite ainda acoplar um dispositivo paraprodução de neblina de baixa velocidade.

2.131 espaçamento:

1 Distância entre instalações e/ou equipamentos,objetivando evitar a propagação de incêndio e facilitar acirculação entre eles.

2 Distância entre duas edificações, objetivando evitar apropagação de incêndio.

3 Distância entre dois bicos de chuveiros, entre o bico e oobstáculo e entre dois subgerais, entre o defletor do bicoe entre o topo das mercadorias.

4 Distância deixada entre os lotes de mercadorias entresi, o teto da edificação e/ou as paredes da edificação.

2.132 espuma mecânica: Agente extintor, constituído porum aglomerado de bolhas, produzido por turbilhonamentoda água com líquido gerador de espuma e o ar atmosférico.

2.133 estação fixa de emulsionamento: Local onde selocalizam bombas, proporcionadores, válvulas e tanquesde líquido gerador de espuma.

2.134 estação móvel de emulsionamento: Veículoespecializado para transporte de líquido gerador de es-puma e o equipamento para seu emulsionamento automá-tico com a água.

2.135 estabilidade: Característica de um elemento cons-trutivo ou equipamento de manter-se em equilíbrio estável.

2.136 estabilidade ao fogo: Característica do elementoconstrutivo de manter-se íntegro, sem apresentar colapso,quando submetido ao ensaio de resistência ao fogo.

2.137 estanqueidade:

1 Propriedade de um vaso de não permitir a passagemindesejável do fluido nele contido.

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2 Propriedade de um elemento construtivo da vedaçãode impedir a passagem de gases e/ou chamas.

2.138 explosão: Fenômeno acompanhado de rápida ex-pansão de um sistema de gases, seguida de uma rápidaelevação na pressão; seus principais efeitos são odesenvolvimento de uma onda de choque e ruído. Umaexplosão pode ser produzida pelo rápido desenvolvi-mento de gases de uma reação química (explosivos),pela rápida geração de altas temperaturas (explosõesnucleares), ou pelo rápido alívio (desenvolvido) de gasessob alta pressão (ruptura de um extintor), ou ainda pelacombinação destes.

2.139 explosivo: Qualquer mistura de composto químicocom o propósito comum ou primário, na qual a funçãoprincipal é a explosão.

2.140 extensão danificada: Extensão máxima em umadireção estabelecida da área de um material, sobcondições de ensaio especificadas.

2.141 extensão de queima: Extensão máxima de ummaterial destruído por combustão, ou pirólise, sob con-dições de ensaio especificadas, excluindo-se qualquerárea danificada somente por deformação.

2.142 extintor de incêndio: Aparelho de acionamentomanual normalizado, portátil ou sobre rodas, destinado acombater princípios de incêndio.

2.143 extintor portátil: Extintor possuindo peso total até245 N (25 kgf).

2.144 extintor sobre rodas: Extintor possuindo peso totalsuperior a 245 N (25 kgf), montado sobre dispositivo do-tado de rodas.

2.145 facilidade de ignição: Medida da facilidade com aqual um material pode ser ignificado devido à ação deuma fonte de calor externa, sob condições de ensaio es-pecificadas.

2.146 faixa de operação: Valores máximo e mínimo deprojeto para operacionalidade de um equipamento.

2.147 fator de evolução do calor: Relação entre avariação da temperatura no ensaio, devido à queima domaterial e à razão de desenvolvimento do calor.

2.148 fator de propagação de chama: Velocidade comque a chama percorre a superfície do material nas con-dições de ensaio.

2.149 flamejamento: Ver 2.63.

2.150 fluxo luminoso normal: Fluxo luminoso após5 min de funcionamento do sistema de iluminação deemergência.

2.151 fluxo luminoso residual: Fluxo luminoso que émedido após 1 h de funcionamento do sistema de ilu-minação de emergência.

2.152 fogo: Processo de combustão caracterizado pelaemissão de calor e luz.

2.153 fogo classe A: Fogo em materiais combustíveissólidos, que queimam em superfície e profundidade,deixando resíduos.

2.154 fogo classe B: Fogo em líquidos e gases infla-máveis ou combustíveis sólidos, que se liquefazem poração do calor e queimam somente em superfície.

2.155 fogo classe C: Fogo em equipamentos e insta-lações elétricas energizadas.

2.156 fogo classe D: Fogo em metais e materiais piro-fóricos.

2.157 fogo de encontro: Técnica de combate a incêndiopela qual o fogo é ateado no combustível (vegetação)existente entre um aceiro e a linha de fogo que avançacontra o aceiro, eliminando o combustível entre eles.

2.158 fogo latente: Combustão lenta de um material semvisibilidade de luz e geralmente evidenciada por umaelevação de temperatura e/ou pela fumaça.

2.159 fonte de energia alternativa: Dispositivo destinadoa fornecer energia para os equipamentos e sistema deemergência, na falha ou ausência da fonte principal.

2.160 fonte de ignição: Fonte de calor (externa) que iniciaa combustão.

2.161 frente de chamas: Limite da zona de combustãona fase gasosa, na superfície de um material.

2.162 fuligem: Partículas finamente divididas, princi-palmente de carbono, produzidas ou depositadas durantea combustão incompleta de materiais orgânicos.

2.163 fumaça: Suspensão visível de partículas sólidasou líquidas, em gases resultantes de combustão, ou pi-rólise.

2.164 gás carbônico; dióxido de carbono (CO2): Gásinerte que, entre outras aplicações, é utilizado comoagente extintor “limpo” e não condutor de eletricidade.

2.165 gás comprimido: Gás que, acondicionado sobpressão maior ou igual a 0,1726 MPa (1,76 kgf/cm2) àtemperatura ambiente de 21°C a 38°C, apresenta-se in-teiramente no estado gasoso.

2.166 gás criogênico: Gás liquefeito, refrigerado componto de ebulição menor que - 73°C, a uma atmosferaabsoluta.

2.167 gás inflamável: Qualquer gás que pode inflamarnas concentrações normais de oxigênio do ar.

2.168 gás liquefeito: Gás que, acondicionado sob pres-são, apresenta-se parcialmente no estado líquido e par-cialmente no estado gasoso.

2.169 gás não inflamável: Gás que não inflama em qual-quer concentração de ar e oxigênio.

2.170 gaseificação: Transformação de um material, par-cial ou completamente, para o estado gasoso.

2.171 gerador de espuma: Equipamento que se destinaa proporcionar a mistura da solução com o ar paraformação de espuma.

2.172 gotejamento: Gotículas em queda de materialfundido, em combustão ou não.

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2.173 halon: Agente extintor composto por hidrocarbo-netos halogenados.

2.174 hidrante: Dispositivo dotado de tomada(s) de águapara prevenção e combate a incêndio.

2.175 ignição: Iniciação da combustão.

2.176 ignifugado: Tratado com um retardador de chama.

2.177 iluminação de balizamento: Iluminação comsímbolos, que indica a rota de saída em caso de emer-gência.

2.178 iluminação de emergência: Sistema que tem comoobjetivo proporcionar iluminação suficiente e adequada,a fim de permitir a saída fácil e segura das pessoas parao exterior da edificação, em caso de interrupção da ali-mentação normal, bem como proporcionar a execuçãode serviços do interesse da segurança e intervenção desocorro (Bombeiros) e garantir a continuação do trabalhonos locais onde não possa haver interrupção de ilumi-nação normal.

2.179 impingimento: Colisão de gotículas de águaprojetadas diretamente de um bico de nebulição sobreuma superfície.

2.180 incandescência: Emissão de luz produzida porum material, quando aquecido intensamente. Pode serproduzida com ou sem combustão.

2.181 incêndio: Fogo fora de controle.

2.182 incêndio de copas: Tipo de incêndio florestal quese caracteriza pela propagação do fogo através das copasdas árvores, independentemente do fogo superficial. Sãoassim considerados os incêndios em árvores acima de1,80 m de altura.

2.183 incombustível: Incapaz de sofrer combustão, sobcondições de ensaio especificadas.

2.184 indicador: Dispositivo que sinaliza sonora ouvisualmente qualquer ocorrência relacionada ao sistemade detecção e alarme de incêndio.

2.185 índice de propagação de chamas: Produto do fatorde evolução do calor pelo fator de propagação de chama.

2.186 inertização: Ação preventiva com utilização degases inertes, destinada a impedir a formação de atmos-fera inflamável, explosiva ou reativa.

2.187 inflamabilidade: Propriedade de um material ousubstância de queimar com chamas.

2.188 inflamável: Substância capaz de queimar facil-mente com chamas.

2.189 inundação total: Descarga de gás inerte atravésde difusores fixos no interior do recinto que contém oequipamento protegido, de modo a permitir uma atmosferainerte com uma concentração determinada de gás a seratingida em tempo determinado.

2.190 isolação térmica: Característica de resistência àtransmissão do calor.

2.191 isolante térmico: Material com característica deresistir à transmissão do calor, impedindo que as tem-peraturas na face não exposta ao fogo superem deter-minados limites.

2.192 jato compacto: Jato d’água contínuo com seçãotransversal anelar.

2.193 jato de neblina: Jato d’água contínuo de gotículasfinamente divididas e projetadas em diferentes ângulos.

2.194 jato sólido; jato pleno: Jato d’água contínuo comseção transversal uniforme.

2.195 juntas de união: Conjunto destinado a proporcionarligação entre dutos para condução de fluidos.

2.196 lance de mangueira: Mangueira de incêndio decomprimento padronizado (15 m ou 30 m).

2.197 liberação de calor: Energia calorífica que é liberadapela combustão de um material ou de um elemento deconstrução, durante um incêndio.

2.198 linha de espuma: Tubulação ou linha de man-gueiras destinadas a conduzir a solução de espuma.

2.199 líquido gerador de espuma (LGE): Concentradoem forma de líquido de origem orgânica ou sintética que,misturado com água, forma uma solução que, sofrendoum processo de batimento e aeração, produz espuma.

2.200 madeira não queimada: Área externa clara, nãocarbonizada, verificada no engradado de madeira, apóso ensaio do fogo.

2.201 mangote: Tubo flexível armado destinado a operarem sucção.

2.202 mangotinho: Mangueira flexível de borracha an-ticolapsante, de diâmetro inferior a 38 mm.

2.203 mangueira de incêndio: Equipamento de combatea incêndio constituído essencialmente por um duto flexíveldotado de uniões.

2.204 material pirofórico: Ver 2.215.

2.205 meios de alerta: Dispositivos ou equipamentosdestinados a avisar os ocupantes de uma edificação porocasião de uma emergência qualquer.

2.206 meios de combate a incêndios: Equipamentosdestinados a efetuar o combate a incêndios.

2.207 meios de fuga; escape: Medidas que estabelecemrotas de fugas seguras aos ocupantes de uma edificação.

2.208 não-combustível: Incapaz de queimar com umachama, sob condições de ensaio especificadas.

2.209 nebulizador: Bico especial destinado a realizar oresfriamento de vasos sujeitos a elevação de pressãopor ação do calor.

2.210 obscurecimento por fumaça: Redução na visi-bilidade em virtude da fumaça.

2.211 painel central: Equipamento destinado a receberos sinais do sistema de detecção, ativando os dispositivos

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de sinalização, alarme e comandos de equipamentos deproteção, incluindo a supervisão do sistema.

2.212 painel repetidor: Equipamento comandado por umpainel central, destinado a sinalizar de forma visual e/ousonora, no local desejado, as informações do painelcentral.

2.213 parede corta-fogo: Parede especialmente proje-tada com características de resistência ao fogo por tempodeterminado, verificada em ensaio específico.

2.214 parque de tanques: Área destinada à armaze-nagem e transferência de produtos, onde se situamtanques, depósitos e bombas de transferência; não seincluem, de modo geral, as instalações complementares,tais como escritórios, vestiários, etc.

2.215 pirofórica: Substância líquida ou sólida que, emcondições normais de temperatura e pressão, reageviolentamente com o oxigênio do ar atmosférico ou coma umidade existente, gerando calor, gases inflamáveis efogo.

2.216 pirólise: Decomposição química irreversível de ummaterial, em virtude de uma elevação de temperaturasem oxidação.

2.217 plano de auxílio mútuo: Plano estabelecido emcomum acordo com duas ou mais organizações de umamesma região, com a finalidade de auxílio mútuo emsituações de emergência.

2.218 plano de emergência: Plano estabelecido emfunção dos riscos da empresa, para definir a melhorutilização dos recursos materiais e humanos em situaçãode emergência.

2.219 plataforma de carregamento: Local onde sãocarregados a granel caminhões ou vagões-tanques.

2.220 poder calorífico: Energia calorífica total por uni-dade de massa, que poderia ser liberada através dacombustão completa de um material.

2.221 ponto de combustão: Menor temperatura na qualum combustível emite vapores em quantidade suficientepara formar uma mistura com o ar na região imediata-mente acima da sua superfície, capaz de entrar emignição quando em contato com uma chama, e manter acombustão após a retirada da chama.

2.222 ponto de fulgor: Menor temperatura na qual umcombustível emite vapores em quantidade suficiente paraformar uma mistura com o ar na região imediatamenteacima da sua superfície, capaz de entrar em igniçãoquando em contato com uma chama, e não mantê-la apósa retirada da chama.

2.223 ponto de ignição: Ver 2.33.

2.224 porta corta-fogo: Dispositivo móvel que, vedandoaberturas em paredes, retarda a propagação do incêndiode um ambiente para outro, sob condições de ensaio.

2.225 porta corta-fogo dupla: Conjunto de duas portascorta-fogo instaladas uma em cada face da abertura deuma parede resistente ao fogo e separadas pelo espaçocorrespondente e espessura da parede.

2.226 porta corta-fogo simples: Porta corta-fogoinstalada em uma face de uma parede resistente ao fogo.

2.227 prevenção de incêndio: Medidas para prevenir aeclosão de um incêndio e/ou para limitar seus efeitos.

2.228 princípio de incêndio: Período inicial da queimade materiais, compostos químicos ou equipamentos,enquanto o incêndio é incipiente.

2.229 procedimento de segurança: Conjunto de normase procedimentos de conhecimento geral na empresa,adequados ao risco desta, utilizados na prevenção ecombate a incêndios.

2.230 produtos voláteis da combustão: Substânciadesenvolvida em forma de vapores na queima de ma-teriais.

2.231 progressão de chama: Propagação de uma frentede chama.

2.232 propagação total do incêndio: Transição para umestado de envolvimento pleno de materiais combustíveisem um fogo.

2.233 proporcionador: Equipamento destinado a mis-turar em quantidades proporcionais preestabelecidas deágua e líquido gerador de espuma.

2.234 proteção contra exposição ao calor: Aplicaçãode água nebulizada sobre estrutura ou equipamentospróximos ao fogo, para limitar a absorção de calor a umnível que evite danos, falhas e a propagação do incêndio.

2.235 proteção estrutural: Característica construtiva queevita ou retarda a propagação do fogo e auxilia no trabalhode salvamento de pessoas em uma edificação.

2.236 queimada: Prática agropastoril ou florestal onde ofogo é utilizado de forma controlada para viabilizar aagricultura. Deve ser autorizado pelo IBAMA - InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente. A queimada deve ser regidapela aplicação controlada de fogo à vegetação naturalou plantada, sob determinadas condições ambientais quepermitam que o fogo se mantenha confinado à área de-terminada, dentro de uma intensidade de calor e umavelocidade de propagação compatíveis com os objetivosdo manejo.

2.237 queimar: Sofrer combustão.

2.238 radiação térmica: Transferência de energia porondas eletromagnéticas, sem a necessidade de um meiopropagante.

2.239 razão de desenvolvimento do calor: Quantidadede calor desenvolvida por um material em combustão naunidade de tempo.

2.240 razão de progressão de chama: Distânciapercorrida por uma frente de chama durante sua pro-pagação por unidade de tempo e sob condições de ensaioespecificadas.

2.241 reação ao fogo: Resposta de uma matéria sobcondições de ensaios especificadas, em termos decontribuição ao fogo ao qual é exposta por sua própriadecomposição.

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2.242 recipientes transportáteis: Aparelhos sob pressão,construídos de acordo com as especificações técnicasde normas brasileiras, que contenham gases inflamáveise possam ser transportados de forma manual (não fixo).Os recipientes transportáveis, de acordo com a massalíquida, classificam-se em:

a) botijão portátil: com capacidade máxima de até5 kg;

b) botijão: com capacidade máxima de até 13 kg;

c) cilindro: com capacidade de 45 kg ou 90 kg.

2.243 rede de detecção, sinalização e alarme: Conjuntode dispositivos de atuação automática, destinados adetectar calor, fumaça ou chama, e atuar equipamentosde proteção e dispositivos de sinalização e alarme.

2.244 registro de paragem (válvula de bloqueio):Dispositivo hidráulico manual destinado a interromper ofluxo de água das instalações hidráulicas de prevençãoe combate a incêndios.

2.245 registro de recalque (válvula de recalque): Hidran-te que permite o abastecimento da rede de incêndio poruma fonte externa.

2.246 requinte ou boca móvel: Peça adaptada aextremidade do esguicho, destinada a dar forma ao jato.

2.247 reserva de incêndio: Quantidade de água exclu-siva para combate a incêndios.

2.248 resistência à chama: Propriedade de um material,através da qual a combustão com chama é retardada,encerrada ou impedida. A resistência à chama pode seruma propriedade do material básico, ou então impostapor tratamento específico.

2.249 resistência ao fogo: Propriedade de um elementode construção em resistir à ação do fogo por determinadoperíodo de tempo, mantendo sua integridade e/oucaracterísticas de vedação aos gases e chamas e/ou deisolação térmica.

2.250 retardante de chama: Substância adicionada aum material ou um tratamento a ele aplicado, com a fina-lidade de suprimir, reduzir ou retardar o desenvolvimentode chamas.

2.251 retardante de fogo: Substância adicionada a ummaterial ou um tratamento a ele aplicado, com a finalidadede suprimir, reduzir ou retardar a sua combustão.

2.252 risco de incêndio: Probabilidade de ocorrência deincêndio.

2.253 rota de fuga: Saídas e caminhos devidamentesinalizados e protegidos, a serem percorridos pelas pes-soas para um rápido e seguro abandono do local ememergência.

2.254 saída de emergência: Saída devidamente si-nalizada para um local seguro.

2.255 selecionador de fechamento: Dispositivo des-tinado a selecionar a ordem de fechamento das folhas deuma porta de duas folhas, evitando sobreposição.

2.256 sinalização de emergência: Sinalização quefornece uma mensagem geral de segurança obtida poruma combinação de cor e forma geométrica, fornecendouma mensagem específica de segurança pelo símbolográfico executado com a cor de segurança sobre a cor decontrole.

2.257 sistema automático: Equipamento que, medianteum impulso ocasionado por uma queda de pressão, fluxode água, variação de temperatura, evolução de fumaça,presença de chama, etc., entra em funcionamento seminterferência do ser humano.

2.258 sistema automático de detecção: Conjunto dedispositivos destinados a detectar o calor, chama e fu-maça, e ativar dispositivos de sinalização, alarme e equi-pamentos de proteção.

2.259 sistema de ação prévia: Sistema de chuveiroautomático de tubo seco complementado por um sistemade detecção do fogo para liberar a água.

2.260 sistema de acionamento manual: Equipamentoque, para entrar em funcionamento, necessita de inter-ferência do ser humano.

2.261 sistema de água nebulizada: Sistema detubulações fixas, equipado com bicos de nebulização(spray), cuja descarga é comandada por uma válvula dedilúvio ou manualmente.

2.262 sistema de chuveiro automático de tubo seco:Rede de tubulação fixa, permanentemente seca, mantidasob pressão do ar comprimido ou nitrogênio, em cujosramais são instalados os chuveiros automáticos.

2.263 sistema de chuveiro automático para extinçãode incêndio: Sistema automático de proteção contraincêndio, destinado a projetar água em forma de chuva,integrado por tubulação, conexões, válvula de governo,alarme e bicos dotados de elementos termossensíveis,que acionam o sistema por ação do calor, desencadeandoo funcionamento automático do sistema.

2.264 sistema de dilúvio: Rede de tubulação fixa, per-manentemente seca, dotada de bicos para aspergir ounebulizar água por meio manual (válvula de aberturarápida) ou ligada a uma válvula de dilúvio, acionada porum sistema de detecção.

2.265 sistema fixo de espuma: Sistema constituído deum reservatório e dispositivo de dosagem do LGE (líquidogerador de espuma) e uma tubulação de fornecimentoda solução que abastece os dispositivos formadores deespuma.

2.266 sistema semifixo de espuma: Equipamentodestinado à proteção de tanque de armazenamento decombustível, cujos componentes, permanentemente fixos,são complementados por equipamentos móveis para suaoperação.

2.267 solução de espuma: Pré-mistura de água com lí-quido gerador de espuma.

2.268 substância tóxica: Aquela capaz de produzir danosà saúde, através do contato, inalação ou ingestão.

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2.269 taxa de aplicação: Vazão de um agente extintorpor unidade de área a ser protegida.

2.270 taxa de combustão de massa: Massa de materialqueimado por unidade de tempo, sob condições de ensaioespecificadas.

2.271 taxa de combustão superficial: Área de materialqueimado por unidade de tempo, sob condições de ensaioespecificadas.

2.272 taxa de liberação de calor: Energia caloríficaliberada por unidade de tempo ou por um material emcombustão, sob condições de ensaio especificadas.

2.273 torre de observação: Construção situada em localprivilegiado, que possibilita a visão total de uma deter-minada área, viabilizando a detecção de focos de in-cêndio.

2.274 trama: Conjunto de fios que constituem o reforçotêxtil disposto no sentido transversal da mangueira.

2.275 união: Acessório acoplado às extremidades deequipamentos hidráulicos flexíveis ou fixos, que possibilitaa sua interconexão.

2.276 unidade extintora: Extintor que atende a capa-cidade extintora mínima prevista em norma, em funçãodo risco e natureza do fogo.

2.277 válvula de dilúvio: Válvula de descarga de águasob pressão, de abertura total, normalmente fechada, deacionamento manual ou automático, ativado por umsistema de detecção, destinada a permitir o fluxo de águapara o sistema de proteção.

2.278 válvula direcional: Dispositivo fixo instalado na tu-bulação, que permite o direcionamento do agente extintorpara um setor de risco múltiplo.

2.279 viaturas de combate a incêndio, salvamento eresgate:

2.279.1 AB: Autobomba, equipada com bomba deincêndio com capacidade mínima de 2 850 L/min, reser-vatório auxiliar de sucção e acomodação para transportede material.

2.279.2 ABE: Autobomba de escada, equipada comescada elevatória, bomba de incêndio, acomodação paramaterial e tubulação para torre d’água.

2.279.3 ABP: Autobomba de plataforma, equipada complataforma elevatória, bomba de incêndio, acomodaçãopara material e tubulação para torre d’água.

2.279.4 ABQ: Autobomba química, equipada com bombade incêndio, agente extintor, sistema de combate a in-cêndio, acomodação de material com ou sem tanque deágua.

2.279.5 ABS: Autobomba de salvamento, equipadacom bomba de incêndio com capacidade mínima de945 L/min, tanque com capacidade máxima de 2 000 Lde água, acomodação para material de combate a

incêndio, material de salvamento e cabine especial paratransporte de pessoal.

2.279.6 ABT: Autobomba de tanque, equipada combomba de incêndio com capacidade mínima de2 850 L/min, acionada pelo motor da viatura, tanque comcapacidade máxima de 6 000 L de água, acomodaçãopara material e cabine especial para transporte de pes-soal.

2.279.7 ACA: Autocomando de área, equipado commaterial de exploração, com ou sem bomba de incêndioe com tanque de água.

2.279.8 AE: Auto-escada, equipada com escada ele-vatória, com acomodação para material e com ou semtubulação para torre de água.

2.279.9 AG: Autoguincho, equipado com material deguindagem e arrastamento.

2.279.10 AI: Auto-iluminação, equipada com material deiluminação com ou sem gerador.

2.279.11 AM: Ambulância, equipada com material paratransporte de enfermos sem risco de vida.

2.279.12 AP: Autoplataforma, equipada com plataformaelevatória, com acomodação para material e com ou semtubulação para torre de água.

2.279.13 APP: Autoprodutos perigosos, equipados commaterial especializado para atuação em ocorrênciasenvolvendo produtos perigosos.

2.279.14 AQ: Autoquímico, equipado com sistema decombate a incêndio, agente extintor e acomodação paratransporte de material.

2.279.15 AS: Auto-salvamento, equipado com materialpara atuação em salvamento terrestre, aéreo e aquáticoe com cabine especial para acomodação de pessoal.

2.279.16 ASE: Auto-salvamento especial, equipado commaterial especializado para atuação em salvamentoterrestre, aéreo e aquático.

2.279.17 ATB: Autotanque de bomba, equipado com tan-que com capacidade superior a 6 000 L de água, bombade incêndio e acomodação para material.

2.279.18 ATR: Autotanque de reboque, equipado comtanque de água sob reboque, com acomodação paramaterial e com ou sem bomba de incêndio.

2.279.19 UR: Unidade de resgate, equipada com materialpara prestar atendimento de emergência pré-hospitalarde pacientes com risco de vida.

2.279.20 URSA: Unidade de resgate e salvamento aquá-tico, equipada com material para salvamento aquático etransporte de vítimas de afogamento.

2.279.21 USA: Unidade de suporte avançado, equipadocom material médico especializado para atendimento deemergência pré-hospitalar de pacientes com risco de vida.