NBR 14039_Comentada - Instalações Elétrica de Média Tensão

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    Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13/28 andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (21) 3974-2300Fax: (21) 2240-8249/2220-6436Endereo eletrnico:www.abnt.org.br

    ABNT - AssociaoBrasileira deNormas Tcnicas

    Copyright 2003,ABNTAssociao Brasileirade Normas TcnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

    DEZ 2003 NBR 14039

    Instalaes eltricas de mdia tensode 1,0 kV a 36,2 kV

    Origem: Projeto NBR 14039:2003ABNT/CB-03 - Comit Brasileiro de EletricidadeCE-03:064.11 - Comisso de Estudo de Instalaes Eltricas de Alta e MdiaTensoNBR 14039 - Electrical Installations - Medium voltageDescriptors: Electrical installation. Medium voltageEsta Norma foi baseada nas NF C 13-200:1987 e IEC 61936-1:2002Esta Norma substitui a NBR 14039:2000Vlida a partir de 30.01.2004

    Palavras-chave: Instalao eltrica. Mdia tenso 65 pginas

    SumrioPrefcio1 Objetivo2 Referncias normativas3 Definies4 Princpios fundamentais e determinao das caractersticas gerais5 Proteo para garantir a segurana6 Seleo e instalao dos componentes7 Verificao final8 Manuteno e operao9 SubestaesAnexoA Durao mxima da tenso de contato presumida

    Prefcio

    A ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas - o Frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujocontedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB) e Organismos de Normalizao Setorial (ABNT/ONS),so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte:produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).

    Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no mbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pblica entreos associados da ABNT e demais interessados.

    Esta Norma contm o anexo A, de carter normativo.

    1 Objetivo

    1.1 Esta Norma estabelece um sistema para o projeto e execuo de instalaes eltricas de mdia tenso, com tensonominal de 1,0 kV a 36,2 kV, freqncia industrial, de modo a garantir segurana e continuidade de servio.

    1.2 Esta Norma aplica-se a partir de instalaes alimentadas pelo concessionrio, o que corresponde ao ponto de entregadefinido atravs da legislao vigente emanada da Agncia Nacional de Energia Eltrica (ANEEL). Esta Norma tambm se

    aplica a instalaes alimentadas por fonte prpria de energia em mdia tenso.1.3 Esta Norma abrange as instalaes de gerao, distribuio e utilizao de energia eltrica, sem prejuzo dasdisposies particulares relativas aos locais e condies especiais de utilizao constantes nas respectivas normas.As instalaes especiais, tais como martimas, de trao eltrica, de usinas, pedreiras, luminosas com gases (nenio esemelhantes), devem obedecer, alm desta Norma, s normas especficas aplicveis em cada caso.

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    1.4 As prescries desta Norma constituem as exigncias mnimas a que devem obedecer as instalaes eltricas s quaisse refere, para que no venham, por suas deficincias, prejudicar e perturbar as instalaes vizinhas ou causar danos apessoas e animais e conservao dos bens e do meio ambiente.1.5 Esta Norma aplica-se s instalaes novas, s reformas em instalaes existentes e s instalaes de carter permanente ou temporrio.

    NOTA - Modificaes destinadas a, por exemplo, acomodar novos equipamentos ou substituir os existentes no implicamnecessariamente reforma total da instalao.

    1.6 Os componentes da instalao so considerados apenas no que concerne sua seleo e s suas condies deinstalao. Isto igualmente vlido para conjuntos pr-fabricados de componentes que tenham sido submetidos aosensaios de tipo aplicveis.

    1.7 A aplicao desta Norma no dispensa o respeito aos regulamentos de rgos pblicos aos quais a instalao devasatisfazer. Em particular, no trecho entre o ponto de entrega e a origem da instalao, pode ser necessrio, alm dasprescries desta Norma, o atendimento das normas e/ou padres do concessionrio quanto conformidade dos valoresde graduao (sobrecorrentes temporizadas e instantneas de fase/neutro) e capacidade de interrupo da potncia decurto-circuito.

    NOTA - A Resoluo 456:2000 da ANEEL define que ponto de entrega ponto de conexo do sistema eltrico da concessionria com asinstalaes eltricas da unidade consumidora, caracterizando-se como o limite de responsabilidade do fornecimento.

    1.8 Esta Norma no se aplica:

    a) s instalaes eltricas de concessionrios dos servios de gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica,no exerccio de suas funes em servio de utilidade pblica;

    b) s instalaes de cercas eletrificadas;

    c) trabalhos com circuitos energizados.

    2 Referncias normativas

    As normas relacionadas a seguir contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituem prescries para estaNorma. As edies indicadas estavam em vigor no momento desta publicao. Como toda norma est sujeita a reviso,recomenda-se queles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a convenincia de se usarem as edies maisrecentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informao das normas em vigor em um dado momento.

    NBR 5410:1997 - Instalaes eltricas de baixa tenso

    NBR 5413:1992 - Iluminncia de interiores - Procedimento

    NBR 5433:1982 - Redes de distribuio area rural de energia eltrica - Padronizao

    NBR 5434:1982 - Redes de distribuio area urbana de energia eltrica - Padronizao

    NBR 5460:1992 - Sistemas eltricos de potncia - Terminologia

    NBR 5463:1992 - Tarifas e mercado de energia eltrica - Terminologia

    NBR 6146:1980 - Invlucros de equipamentos eltricos - Proteo - Especificao

    NBR 6251:2000 - Cabos de potncia com isolao extrudada para tenses de 1 kV a 35 kV - Requisitos construtivos

    NBR 6979:1998 - Conjunto de manobra e controle em invlucro metlico para tenses acima de 1 kV at 36,2 kV -Especificao

    NBR 7282:1989 - Dispositivos fusveis tipo expulso - Especificao

    NBR 8451:1998 - Postes de concreto armado para redes de distribuio de energia eltrica - Especificao

    NBR 8453:1984 - Cruzeta de concreto armado para redes de distribuio de energia eltrica - Especificao

    NBR 8456:1984 - Postes de eucalipto preservado para redes de distribuio de energia eltrica - Especificao

    NBR 8458:1984 - Cruzetas de madeira para redes de distribuio de energia eltrica - Especificao

    NBR 8669:1984 - Dispositivos fusveis limitadores de corrente - Especificao

    NBR 9511:1997 - Cabos eltricos - Raios mnimos de curvatura para instalao e dimetros mnimos de ncleos decarretis para acondicionamento

    NBR 10478:1988 - Clusulas comuns a equipamentos eltricos de manobra de tenso nominal acima de 1 kV -Especificao

    NBR 11301:1990 - Clculo da capacidade de conduo de corrente de cabos isolados em regime permanente (fator de carga 100%) - Procedimento

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    NBR 14039:2003 3

    NBR IEC 60050 (826):1997 - Vocabulrio eletrotcnico internacional - Captulo 826: Instalaes eltricas emedificaes

    IEC 60038:2002 - IEC standards voltages

    IEC 60909-0:2001 - Short-circuit currents in three-phase a.c. systems - Part 0: Calculation of currents

    IEC 60949:1988 - Calculation of thermally permissible short-circuit currents, taking into account non-diabatic heatingeffects

    IEC-CISPR 18-1:1982 - Radio interference characteristics of overhead power lines and high-voltage equipment -Part 1: Description of phenomena

    IEC-CISPR 18-2:1996 - Radio interference characteristics of overhead power lines and high-voltage equipment -Part 2: Methods of measurement and procedure for determining limits

    IEC-CISPR 18-3:1996 - Radio interference characteristics of overhead power lines and high-voltage equipment -Part 3: Code of practice for minimizing the generation of radio noise

    3 Definies

    Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definies das NBR 5460, NBR 5463 e NBR IEC 60050 (826), e as seguintes:

    3.1 barramento blindado: Componente da instalao constitudo de condutor rgido, sustentado por isoladores e protegidopor invlucro metlico ou material com resistncia equivalente.

    3.2 cabos areos isolados: Cabos que, com isolao adequada, no estando em contato com o solo nem instalados emeletrodutos ou canaletas, permanecem em contato direto com o ambiente. Podem ser auto-sustentados e no auto-sustentados.

    3.3 cabos auto-sustentados: Cabos areos que, devido sua construo, resistem a todos os esforos mecnicosdecorrentes de sua instalao, sem o emprego de dispositivos suplementares de sustentao.

    3.4 cabos no auto-sustentados: Cabos areos que exigem dispositivos auxiliares para a sua sustentao e para resistir aos esforos decorrentes de sua instalao.

    3.5 origem da instalao

    3.5.1 nas instalaes alimentadas diretamente por rede de distribuio pblica em mdia tenso corresponde aos terminaisde sada do dispositivo geral de comando e proteo; no caso excepcional em que tal dispositivo se encontre antes da

    medio, a origem corresponde aos terminais de sada do transformador de instrumento de medio.3.5.2 nas instalaes alimentadas por subestao de transformao, corresponde aos terminais de sada do transformador;se a subestao possuir vrios transformadores no ligados em paralelo, a cada transformador corresponde uma origem,havendo tantas instalaes quantos forem os transformadores.

    3.5.3 nas instalaes alimentadas por fonte prpria de energia em baixa tenso, a origem considerada de forma a incluir afonte como parte da instalao.

    3.6 subestao de entrada de energia: Subestao que alimentada pela rede de distribuio de energia doconcessionrio e que contm o ponto de entrega e a origem da instalao.

    3.7 subestao transformadora: Subestao que alimenta um ou mais transformadores conectados a equipamentosdiversos.

    3.8 subestao unitria: Subestao que possui e, ou alimenta apenas um transformador de potncia.

    4 Princpios fundamentais e determinao das caractersticas gerais

    As instalaes e equipamentos devem ser capazes de suportar as influncias ambientais, eltricas, mecnicas e climticasprevistas para o local de instalao.

    4.1 Prescries fundamentais

    Em 4.1.1 a 4.1.11 so indicadas prescries fundamentais destinadas a garantir a segurana de pessoas, e de animais e aconservao dos bens e do meio ambiente contra os perigos e danos que possam resultar da utilizao das instalaeseltricas, em condies que possam ser previstas.

    4.1.1 Proteo contra choques eltricos

    4.1.1.1 Proteo contra contatos diretos

    As pessoas e os animais devem ser protegidos contra os perigos que possam resultar de um contato com partes vivas dainstalao.

    4.1.1.2 Proteo contra contatos indiretos

    As pessoas e os animais devem ser protegidos contra os perigos que possam resultar de um contato com massascolocadas acidentalmente sob tenso.

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    4.1.2 Proteo contra efeitos trmicos

    A instalao eltrica deve estar disposta de maneira a excluir qualquer risco de incndio de materiais inflamveis devido atemperaturas elevadas ou arcos eltricos. Alm disso, em servio normal, as pessoas e os animais no devem correr riscosde queimaduras.

    4.1.3 Proteo contra sobrecorrentes

    4.1.3.1 Proteo contra correntes de sobrecarga

    Todo circuito deve ser protegido por dispositivos que interrompam a corrente nesse circuito quando esta, em pelo menosum de seus condutores, ultrapassar o valor da capacidade de conduo de corrente nominal e, em caso de passagemprolongada, possa provocar uma deteriorao da instalao.

    4.1.3.2 Proteo contra correntes de curto-circuito

    Todo circuito deve ser protegido por dispositivos que interrompam a corrente nesse circuito quando pelo menos um de seuscondutores for percorrido por uma corrente de curto-circuito, devendo a interrupo ocorrer num tempo suficientementecurto para evitar a deteriorao da instalao.

    4.1.4 Proteo contra sobretenses

    As pessoas, os animais e os bens devem ser protegidos contra as conseqncias prejudiciais devidas a uma falta eltricaentre partes vivas de circuitos com tenses nominais diferentes e a outras causas que possam resultar em sobretenses

    (fenmenos atmosfricos, sobretenses de manobra etc.).4.1.5 Seccionamento e comando

    4.1.5.1 Dispositivos de parada de emergncia

    Se for necessrio, em caso de perigo, desenergizar um circuito, deve ser instalado um dispositivo de desligamento deemergncia, facilmente identificvel e rapidamente manobrvel.

    4.1.5.2 Dispositivos de seccionamento

    Devem ser previstos meios para permitir o seccionamento adequado da instalao eltrica, dos circuitos ou dosequipamentos individuais, para manuteno, verificao, localizao de defeitos e reparos.

    4.1.6 Independncia da instalao eltrica

    A instalao eltrica deve ser disposta de modo a excluir qualquer influncia danosa entre a instalao eltrica e asinstalaes no eltricas.

    4.1.7 Acessibilidade dos componentes

    Os componentes da instalao eltrica devem ser dispostos de modo a permitir:

    a) espao suficiente para a instalao inicial e eventual substituio posterior dos componentes individuais;

    b) acessibilidade para fins de servio, verificao, manuteno e reparos.

    4.1.8 Condies de alimentao

    As caractersticas dos componentes devem ser adequadas s condies de alimentao da instalao eltrica na qualsejam utilizados.

    4.1.9 Condies de instalao

    Qualquer componente deve possuir, por construo, caractersticas adequadas ao local onde instalado, que lhe permitamsuportar as solicitaes a que possa ser submetido. Se, no entanto, um componente no apresentar, por construo, ascaractersticas adequadas, ele pode ser utilizado sempre que provido de uma proteo complementar apropriada, quandoda execuo da instalao.

    4.1.10 O projeto, a execuo, a verificao e a manuteno das instalaes eltricas s devem ser confiados a pessoasqualificadas a conceber e executar os trabalhos em conformidade com esta Norma.

    4.1.11 Devem ser determinadas as seguintes caractersticas da instalao, em conformidade com o indicado a seguir:

    a) utilizao prevista, alimentao e estrutura geral (ver 4.2);

    b) influncias externas s quais est submetida (ver 4.3);

    c) manuteno (ver 4.4).

    Essas caractersticas devem ser consideradas na escolha das medidas de proteo para garantir a segurana(ver seo 5) e na seleo e instalao dos componentes (ver seo 6).

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    4.2 Alimentao e estrutura geral

    4.2.1 Potncia de alimentao

    4.2.1.1 Generalidades

    A determinao da potncia de alimentao essencial para a concepo econmica e segura de uma instalao noslimites adequados de temperatura e de queda de tenso.

    Na determinao da potncia de alimentao de uma instalao ou de parte de uma instalao, devem-se prever osequipamentos a serem instalados, com suas respectivas potncias nominais e, aps isso, considerar as possibilidades deno simultaneidade de funcionamento destes equipamentos, bem como capacidade de reserva para futuras ampliaes.

    4.2.1.2 Previso de carga

    A previso de carga de uma instalao deve ser feita obedecendo-se s prescries citadas a seguir:

    a) a carga a considerar para um equipamento de utilizao a sua potncia nominal absorvida, dada pelo fabricanteou calculada a partir da tenso nominal, da corrente nominal e do fator de potncia;

    b) nos casos em que for dada a potncia nominal fornecida pelo equipamento (potncia de sada), e no a absorvida,devem ser considerados o rendimento e o fator de potncia.

    4.2.2 Limitao das perturbaes

    As instalaes ligadas a uma rede de distribuio pblica no devem prejudicar o funcionamento desta distribuio emservio normal, da mesma forma que os aparelhos que fazem parte da instalao, quando em operao, no devemcausar perturbaes significativas na rede.

    4.2.3 Esquemas de aterramento

    Nesta Norma so considerados os esquemas de aterramento descritos a seguir, com as seguintes observaes:

    a) as figuras 1 a 6 mostram exemplos de sistemas trifsicos comumente utilizados;

    b) para classificao dos esquemas de aterramento utilizada a seguinte simbologia:

    - primeira letra - situao da alimentao em relao terra:

    T = um ponto de alimentao (geralmente o neutro) diretamente aterrado;

    I = isolao de todas as partes vivas em relao terra ou aterramento de um ponto atravs de umaimpedncia;

    - segunda letra - situao das massas da instalao eltrica em relao terra:

    T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de ponto de alimentao;

    N = massas ligadas diretamente ao ponto de alimentao aterrado (em corrente alternada, o ponto aterrado normalmente o neutro);

    - terceira letra situao de ligaes eventuais com as massas da subestao:

    R = as massas da subestao esto ligadas simultaneamente ao aterramento do neutro da instalao e smassas da instalao;

    N = as massas da subestao esto ligadas diretamente ao aterramento do neutro da instalao, mas noesto ligadas s massas da instalao;

    S = as massas da subestao esto ligadas a um aterramento eletricamente separado daquele do neutro edaquele das massas da instalao.

    4.2.3.1 Esquema TNR

    O esquema TNR possui um ponto da alimentao diretamente aterrado, sendo as massas da instalao e da subestaoligadas a esse ponto atravs de condutores de proteo (PE) ou condutor de proteo com funo combinada de neutro(PEN). Nesse esquema, toda corrente de falta direta fase-massa uma corrente de curto-circuito (figura 1).

    onde:

    RPn A a resistncia do eletrodo de aterramento comum massa da subestao, do neutro e das massas da instalao.

    Figura 1 - Esquema TNR

    PEN

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    C

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    4.2.3.2 Esquemas TTN e TTS

    Os esquemas TTx possuem um ponto da alimentao diretamente aterrado, estando as massas da instalao ligadas aeletrodos de aterramento eletricamente distintos do eletrodo de aterramento da subestao.

    Nesse esquema, as correntes de falta direta fase-massa devem ser inferiores a uma corrente de curto-circuito, sendo,porm suficientes para provocar o surgimento de tenses de contato perigosas.

    So considerados dois tipos de esquemas, TTN e TTS, de acordo com a disposio do condutor neutro e do condutor de

    proteo das massas da subestao, a saber:a) esquema TTN, no qual o condutor neutro e o condutor de proteo das massas da subestao so ligados a umnico eletrodo de aterramento (figura 2);

    b) esquema TTS, no qual o condutor neutro e o condutor de proteo das massas da subestao so ligados aeletrodos de aterramento distintos (figura 3).

    onde:

    Rpn a resistncia do eletrodo de aterramento comum massa da subestao e do neutro;

    RA a resistncia do eletrodo de aterramento das massas da instalao.Figura 2 - Esquema TTN

    onde:Rp a resistncia do eletrodo de aterramento da subestao;

    Rn a resistncia do eletrodo de aterramento do neutro;

    RA a resistncia do eletrodo de aterramento das massas da instalao.Figura 3 - Esquema TTS

    4.2.3.3 Esquemas ITN, ITS e ITR

    Os esquemas Itx no possuem qualquer ponto da alimentao diretamente aterrado ou possuem um ponto da alimentaoaterrado atravs de uma impedncia, estando as massas da instalao ligadas a seus prprios eletrodos de aterramento.

    Nesse esquema, a corrente resultante de uma nica falta fase-massa no deve ter intensidade suficiente para provocar osurgimento de tenses de contato perigosas.

    So considerados trs tipos de esquemas, ITN, ITS e ITR, de acordo com a disposio do condutor neutro e dos condutoresde proteo das massas da instalao e da subestao, a saber:

    a) esquema ITN, no qual o condutor neutro e o condutor de proteo das massas da subestao so ligados a umnico eletrodo de aterramento e as massas da instalao ligadas a um eletrodo distinto (figura 4);

    b) esquema ITS, no qual o condutor neutro, os condutores de proteo das massas da subestao e da instalaoso ligados a eletrodos de aterramento distintos (figura 5);

    c) esquema ITR, no qual o condutor neutro, os condutores de proteo das massas da subestao e da instalaoso ligados a um nico eletrodo de aterramento (figura 6).

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    onde:Rpn a resistncia do eletrodo de aterramento comum massa da subestao e do neutro;

    RA a resistncia do eletrodo de aterramento das massas da instalao.

    Figura 4 - Esquema ITN

    onde:

    Rp a resistncia do eletrodo de aterramento da subestao;

    Rn a resistncia do eletrodo de aterramento do neutro;

    RA a resistncia do eletrodo de aterramento das massas da instalao.

    Figura 5 - Esquema ITS

    onde:

    Rpn a resistncia do eletrodo de aterramento comum massa da subestao, do neutro e das massas da instalao.

    Figura 6 - Esquema ITR

    4.2.3.4 Aterramento do condutor neutro

    Quando a instalao for alimentada por concessionrio, o condutor neutro, se existir e o concessionrio permitir, deve ser

    aterrado na origem da instalao.NOTA - Do ponto de vista da instalao, o aterramento do neutro na origem proporciona uma melhoria na equalizao de potenciaisessencial segurana.

    4.2.4 Alimentao

    4.2.4.1 Devem ser determinadas as seguintes caractersticas da alimentao, tendo em vista o fornecimento da potnciaestimada de acordo com 4.2.1:

    a) natureza da corrente (ca ou cc);

    b) valor da tenso;

    c) valor da freqncia;

    d) valor da corrente de curto-circuito presumida na origem da instalao.

    4.2.4.2 Essas caractersticas devem ser obtidas do concessionrio de energia eltrica, no caso de fonte externa, e devemser determinadas, no caso de fonte prpria. So aplicveis tanto para a alimentao normal como para alimentaes desegurana e de reserva.

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    4.2.5 Tenso nominal

    4.2.5.1 A tenso nominal da instalao a maior tenso (valor eficaz) entre fases encontrada em condies normais deoperao, em qualquer tempo e ponto da instalao ou parte desta.

    NOTA - Uma instalao pode ter vrias tenses nominais, uma para cada parte.

    4.2.5.2 As tenses nominais da instalao so as seguintes: 3 kV, 4,16 kV, 6 kV, 13,8 kV, 23,1 kV e 34,5 kV.

    4.2.5.3 A tenso nominal e a identificao dos circuitos devem ser claramente indicadas.4.2.5.4 A tenso nominal, padronizada na NBR 10478, dos equipamentos utilizados nas instalaes deve ser igual ousuperior tenso nominal da instalao.

    4.2.5.5 Os valores de tenso mxima para o equipamento em funo da tenso nominal da instalao devem ser selecionados de acordo com a norma do equipamento.

    4.2.6 Corrente de curto-circuito

    4.2.6.1 As instalaes devem ser projetadas e construdas para suportar com segurana os efeitos trmicos e mecnicosresultantes de correntes de curto-circuito.

    Quatro tipos de curtos-circuitos devem ser considerados:

    a) trifsico;b) bifsico;

    c) entre fase e neutro;

    d) entre duas fases e neutro.

    NOTA - Exemplos de clculos de curtos-circuitos e seus efeitos podem ser obtidos nas IEC 60909-0 e IEC 60949.

    4.2.6.2 As instalaes devem ser providas de dispositivos automticos para seccionar os curtos-circuitos entre fases, faltas terra perigosas ou para indicar a condio de falta, dependendo principalmente do esquema de aterramento.

    4.2.7 Freqncia nominal

    As instalaes devem ser projetadas para a freqncia nominal do sistema.

    4.2.8 Corona

    As instalaes devem ser projetadas para que a radiointerferncia devida ao efeito corona no exceda os limitesestabelecidos em normas e/ou regulamentos especficos sobre o assunto.

    NOTA - Exemplos de recomendaes para a minimizao da radiointerferncia das instalaes podem ser obtidos na IEC-CISPR 18Partes 1, 2 e 3.

    4.2.9 Caractersticas mecnicas

    Equipamentos e estruturas de sustentao, incluindo suas fundaes, devem suportar as combinaes dos vrios esforosmecnicos previstos em uma instalao.

    NOTA - Os esforos mais usuais a serem considerados so os seguintes: carga de tensionamento, carga de erguimento, carga de vento,foras de comutao, foras de curto-circuito e perda de tenso nos condutores.

    4.3 Classificao das influncias externas

    Esta seo estabelece uma classificao e uma codificao das influncias externas que devem ser consideradas naconcepo e na execuo das instalaes eltricas. Cada condio de influncia externa designada por um cdigo quecompreende sempre um grupo de duas letras maisculas e um nmero, como descrito a seguir:

    a) a primeira letra indica a categoria geral da influncia externa:

    - A = meio ambiente;

    - B = utilizao;

    - C = construo das edificaes;

    b) a segunda letra (A, B, C,...) indica a natureza da influncia externa;

    c) o nmero (1, 2, 3,...) indica a classe de cada influncia externa.

    NOTA - A codificao indicada nesta seo no destinada marcao dos componentes.

    C

    C

    C

    C

    C

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    4.3.1 Meio ambiente

    4.3.1.1 Temperatura ambiente

    A temperatura ambiente (ver tabela 1) a considerar para um componente a temperatura no local onde deve ser instalado,considerada a influncia de todos os demais componentes instalados no local e em funcionamento, no levando emconsiderao a contribuio trmica do componente considerado.

    Tabela 1 - Temperatura ambiente

    Caractersticas

    Cdigo Classificao Limite inferior C

    Limite superior C

    AA3AA4AA5AA6

    FrioTemperado

    QuenteMuito quente

    - 25- 5+ 5+ 5

    + 5+ 40+ 40+ 60

    NOTAS1 O valor mdio por um perodo de 24 h no deve ser superior ao limite superior diminudo de 5C.

    2 Para certos ambientes pode ser necessrio combinar duas regies entre as definidas acima. Assim, por exemplo, asinstalaes situadas no exterior podem ser submetidas a temperaturas ambientes compreendidas entre - 5C e + 50C, isto ,AA4 + AA6.

    4.3.1.2 Altitude

    Conforme a tabela 2.Tabela 2 - Altitude

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplos

    AC1

    AC2

    Baixa

    Alta

    1 000 m

    > 1 000 m

    Para alguns materiais, medidas especiais podem ser necessrias a partir de 1 000 m de altitude

    4.3.1.3 Presena de guaConforme a tabela 3.

    Tabela 3 - Presena de gua

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplosAD1 Desprezvel A probabilidade de presena

    de gua desprezvelLocais em que as paredes no apresentam geralmentetraos de umidade, mas que podem apresentar duranteperodos curtos, por exemplo sob forma de lixvia, e quesecam rapidamente graas a uma boa aerao

    AD2 Quedas degotas de gua

    Possibilidade de quedasverticais de gua

    Locais em que a umidade se condensa ocasionalmente,sob forma de gotas de gua, ou em que h a presenaocasional de vapor de gua

    AD3 Asperso degua Possibilidade de chuvacaindo numa direo emngulo mximo de 60Ccom a vertical

    Locais em que a gua, ao respingar, forma uma pelculanas paredes ou pisos

    AD4 Projees degua

    Possibilidade de projeesde gua em qualquer direo

    Locais em que, alm de haver gua nas paredes, oscomponentes da instalao eltrica tambm sosubmetidos a projees de gua

    AD5 Jatos de gua Possibilidade de jatos degua sob presso emqualquer direo

    Locais que so freqentemente lavados com ajuda demangueiras

    AD6 Ondas Possibilidade de ondas degua

    Locais situados beira-mar, tais como piers , praias,ancoradouros etc.

    AD7 Imerso Possibilidade derecobrimento intermitente,parcial ou total, por gua

    Locais suscetveis de serem inundados e/ou onde a guapossa se elevar no mnimo a 15 cm acima do ponto maiselevado do equipamento, estando a parte mais baixa doequipamento a no mximo 1 m abaixo da superfcie dagua

    AD8 Submerso Possibilidade de totalrecobrimento por gua demodo permanente

    Locais onde os componentes da instalao eltrica sejamtotalmente cobertos de gua, de maneira permanente, sobuma presso superior a 10 kPa (0,1 bar, 1 m de gua)

    C

    C

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    4.3.1.4 Presena de corpos slidos

    Conforme a tabela 4.

    Tabela 4 - Presena de corpos slidos

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplosAE1 Desprezvel No existe nenhuma quantidade

    aprecivel de poeira ou de corposestranhos

    Instalaes onde no so manipulados objetospequenos

    AE2 Objetospequenos

    Presena de corpos slidos cujamenor dimenso igual ou superior a 2,5 mm

    Ferramentas e pequenos objetos so exemplosde corpos slidos cuja menor dimenso igualou superior a 2,5 mm

    AE3 Objetos muitopequenos

    Presena de corpos slidos cujamenor dimenso igual ou superior a 1 mm

    Fios so exemplos de corpos slidos cujamenor dimenso igual ou superior a 1 mm

    AE4 Poeira Presena de poeira em quantidadeaprecivel

    Locais empoeirados. Quando as poeiras foreminflamveis, condutoras, corrosivas ouabrasivas, deve-se considerar simultaneamenteoutras classes de influncias externas, senecessrio

    NOTA - Nas condies AE2 e AE3 pode existir poeira, desde que esta no tenha influncia sobre os materiais eltricos.

    4.3.1.5 Presena de substncias corrosivas ou poluentes

    Conforme a tabela 5.Tabela 5 - Presena de substncias corrosivas ou poluentes

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplos

    AF1 Desprezvel A quantidade ou naturezados agentes corrosivos oupoluentes no significativa

    -

    AF2 Atmosfrica Presena significativa deagentes corrosivos oupoluentes de origematmosfrica

    Instalaes localizadas na vizinhana da orla martima einstalaes situadas nas proximidades de estabelecimentosindustriais que produzam poluio atmosfrica significativa,tais como indstrias qumicas, fbricas de cimento, etc.; estestipos de poluio provm principalmente da produo depoeiras abrasivas, isolantes ou condutoras

    AF3 Intermitente Aes intermitentes ouacidentais de produtosqumicos corrosivos oupoluentes de uso corrente

    Locais onde se manipulam produtos qumicos em pequenasquantidades e onde estes produtos s podem vir a ter contatosacidentais com os materiais eltricos; tais condiesencontram-se nos laboratrios de fbricas, laboratrios deestabelecimentos de ensino ou nos locais onde se utilizamhidrocarbonetos (centrais de aquecimento, garagens etc.)

    AF4 Permanente Uma ao permanente deprodutos qumicoscorrosivos ou poluentesem quantidadessignificativas

    Indstria qumica, por exemplo

    4.3.1.6 Solicitaes mecnicas

    Conforme a tabela 6.

    4.3.1.7 Presena de flora e mofo

    Conforme a tabela 7.

    4.3.1.8 Presena de fauna

    Conforme a tabela 8.

    C

    C

    C

    C

    C

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    Tabela 6 - Solicitaes mecnicas

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplosChoques mecnicos

    AG1 Fracos Meios que podem produzir choques de energia igual ouinferior a 0,25 J

    -

    AG2 Mdios Meios que podem produzir choques de energia igual ou

    inferior a 2 J

    Condies industriais

    habituaisAG3 Significativos Meios que podem produzir choques de energia igual ou

    inferior a 20 JCondies industriaisseveras

    AG4 Muitosignificativos

    Meios que podem produzir choques de energia superior a 20 J

    Condies industriais muitoseveras

    Vibraes

    AH1 Fracas Vibraes desprezveis -AH2 Mdias Vibraes de freqncias compreendidas entre 10 Hz e

    50 Hz e de amplitude igual ou inferior a 0,15 mmCondies industriaishabituais

    AH3 Significativas Vibraes de freqncias compreendidas entre 10 Hz e

    150 Hz e de amplitude igual ou inferior a 0,35 mm

    Condies industriais

    severasTabela 7 - Presena de flora e mofo

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplos

    AK1 Desprezvel Ausncia de riscos dedanos devidos flora ouao mofo

    -

    AK2 Riscos Riscos de danos devidos flora ou ao mofo

    Os riscos dependem das condies locais e da natureza daflora. Pode-se separ-los em riscos devidos aodesenvolvimento prejudicial da vegetao e riscos devidos sua abundncia

    Tabela 8 - Presena de fauna

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplos

    AL1 Desprezvel Ausncia de riscos dedanos devidos fauna

    -

    AL2 Riscos Riscos de danos devidos fauna (insetos epequenos animais)

    Os riscos dependem da natureza da fauna. Pode-se separ-losem: perigos devidos a insetos em quantidades prejudiciais oude natureza agressiva; presena de pequenos animais ou depssaros em quantidades prejudiciais ou de natureza agressiva

    4.3.1.9 Influncias eletromagnticas, eletrostticas ou ionizantes

    Conforme a tabela 9.

    Tabela 9 - Influncias eletromagnticas, eletrostticas ou ionizantes

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplosAM1 Desprezvel Ausncia de efeitos prejudiciais

    devidos s correntes parasitas,radiaes eletromagnticas,radiaes ionizantes ou correntesinduzidas

    -

    AM2 Correntesparasitas

    Presena prejudicial de correntesparasitas

    AM3 Eletromagnticas Presena prejudicial de radiaeseletromagnticas

    Estas influncias encontram-se principalmentenas proximidades de subestaes, de emissorasde correntes a alta freqncia, de aparelhos quecontenham substncias radioativas, de linhas dealta tenso, de linhas de trao eltrica etc.

    AM4 Ionizantes Presena prejudicial de radiaesionizantes -

    AM5 Eletrostticas Presena prejudicial de influnciaseletrostticas

    -

    AM6 Induo Presena prejudicial de correntesinduzidas

    -

    C

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    4.3.1.10 Radiaes solares

    Conforme a tabela 10.Tabela 10 - Radiaes solares

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplosAN1 Desprezvel - -AN2 Significativas Radiaes solares de

    intensidade e/ou duraoprejudicial

    Os efeitos da radiao podem causar um aumento datemperatura e modificaes de estrutura de algunsmateriais

    4.3.1.11 Raios

    Conforme a tabela 11.Tabela 11 - Raios

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplosAQ1 Desprezvel - -

    AQ2 Indiretos Riscos provenientes da rede dealimentao

    Instalaes alimentadas por linhas areas

    AQ3 Diretos Riscos provenientes da exposio dos

    equipamentos

    Partes da instalao situadas no exterior das

    edificaes4.3.2 Utilizaes

    4.3.2.1 Competncia das pessoas

    Conforme a tabela 12.Tabela 12 - Competncia das pessoas

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplosBA1 Comuns Pessoas inadvertidas -BA4 Advertidas Pessoas suficientemente informadas ou supervisionadas

    por pessoas qualificadas de modo a lhes permitir evitar os perigos que a eletricidade pode apresentar

    Pessoal de manuteno e /ouoperao trabalhando emlocais de servio eltrico

    BA5 Qualificadas Pessoas que tm conhecimentos tcnicos ou experinciasuficiente para lhes permitir evitar os perigos que aeletricidade pode apresentar

    Engenheiros e/ou tcnicostrabalhando em locais deservio eltrico fechados

    4.3.2.2 Resistncia eltrica do corpo humano

    Conforme a tabela 13.

    Tabela 13 - Resistncia eltrica do corpo humano

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplosBB1 Elevada Condies

    secasCircunstncias nas quais a pele est seca (nenhuma umidade, inclusivesuor)

    BB2 Normal Condiesmidas

    Passagem da corrente eltrica de uma mo outra ou de uma mo aum p, com a pele mida (suor) e a superfcie de contato sendosignificativa (por exemplo, um elemento est seguro dentro da mo)BB3 Fraca Condies

    molhadasPassagem da corrente eltrica entre as duas mos e os dois ps,estando as pessoas com os ps molhados a ponto de se poder desprezar a resistncia da pele e dos ps

    4.3.2.3 Contatos das pessoas com o potencial local

    Conforme a tabela 14.

    Tabela 14 - Contatos das pessoas com o potencial local

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplosBC3 Freqentes Pessoas em contato com elementos

    condutores ou se postando sobresuperfcies condutoras

    Locais cujos piso e paredes no soisolantes e/ou possuem grandes ou inmeroselementos condutores

    C

    C

    C

    C

    C

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    4.3.2.4 Condies de fuga das pessoas em emergncias

    Conforme a tabela 15.

    Tabela 15 - Condies de fuga das pessoas em emergncias

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplosBD1 Normal Baixa densidade de

    ocupao, condies defuga fceis

    reas comuns e de circulao em edificaesexclusivamente residenciais de at 15 pavimentos eedificaes de outros tipos de at 6 pavimentos

    BD2 Longa Baixa densidade deocupao, condies defuga difceis

    reas comuns e de circulao em edificaesexclusivamente residenciais com mais de 15 pavimentos eedificaes de outros tipos com mais de 6 pavimentos

    4.3.2.5 Natureza das matrias processadas ou armazenadas

    Conforme a tabela 16.

    Tabela 16 - Natureza das matrias processadas ou armazenadas

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplosBE1 Riscos

    desprezveis- -

    BE2 Riscos deincndio

    Presena, processamento, fabricao ouarmazenamento de matrias inflamveis, inclusive apresena de ps

    BE3 Riscos deexploso

    Presena, tratamento ou armazenamento de matriasexplosivas ou que tenham ponto de fulgor baixo, inclusivea presena de ps explosivos

    Refinarias e locais dearmazenamento dehidrocarbonetos

    4.3.3 Construo das edificaes

    4.3.3.1 Materiais de construo

    Conforme a tabela 17.

    Tabela 17 - Materiais de construo

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplosCA1 No

    combustveis- -

    CA2 Combustveis Edificaes construdasprincipalmente com materiaiscombustveis

    Edificaes construdas principalmente commadeira ou com outros materiais combustveis

    C

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    4.3.3.2 Estrutura das edificaes

    Conforme a tabela 18.

    Tabela 18 - Estrutura das edificaes

    Cdigo Classificao Caractersticas Aplicaes e exemplosCB1 Riscos

    desprezveis- -

    CB2 Propagao deincndio

    Edificaes cuja forma e dimenses facilitam apropagao de incndio (por exemplo, efeito dechamin)

    Edificaes de grande altura(ver cdigo BD2 da tabela 15)ou edificaes com sistemas deventilao forada

    CB3 Movimentos Riscos devidos aos movimentos de estrutura (por exemplo, deslocamentos entre partes diferentes deum prdio ou entre um prdio e o solo), assentamentodos terrenos ou das fundaes das edificaes

    Edificaes de grande altura ouconstrudas sobre terrenos noestabilizados

    CB4 Flexveis ouinstveis

    Construes frgeis ou que possam ser submetidas amovimentos (tais como oscilaes)

    Instalaes sob toldos, fixadas adivisrias ou paredesdesmontveis, ou em coberturasinflamveis

    4.4 ManutenoDeve-se estimar a freqncia e a qualidade de manuteno da instalao, tendo em conta a durabilidade prevista.Essas caractersticas devem ser consideradas ao aplicar-se as prescries das sees 5, 6, 7 e 8, de forma que:

    a) toda verificao peridica, ensaio, manuteno e reparo necessrios possam ser realizados de maneira fcil esegura;

    b) a eficcia das medidas de proteo para segurana esteja garantida;c) a confiabilidade dos componentes seja apropriada durabilidade prevista.

    5 Proteo para garantir a segurana

    As medidas de proteo para garantir a segurana podem ser aplicadas a uma instalao completa, a uma parte de umainstalao ou a um componente.

    A ordem em que as medidas de proteo so descritas no implica qualquer noo de importncia relativa.

    5.1 Proteo contra choques eltricos

    A proteo contra choques eltricos deve ser prevista pela aplicao das medidas especificadas em 5.1.1 e 5.1.2.

    5.1.1 Proteo contra contatos diretos

    A proteo contra contatos diretos deve ser assegurada por meio de:

    a) proteo por isolao das partes vivas, conforme 5.1.1.1;

    b) proteo por meio de barreiras ou invlucros, conforme 5.1.1.2;

    c) proteo por meio de obstculos, conforme 5.1.1.3;

    d) proteo parcial por colocao fora de alcance, conforme 5.1.1.4.

    5.1.1.1 Proteo por isolao das partes vivas

    A isolao destinada a impedir todo contato com as partes vivas da instalao eltrica. As partes vivas devem ser completamente recobertas por uma isolao que s possa ser removida atravs de sua destruio. Observar que:

    a) para os componentes montados em fbrica, a isolao deve atender s prescries relativas a essescomponentes;

    b) para os demais componentes, a proteo deve ser garantida por uma isolao capaz de suportar as solicitaesmecnicas, qumicas, eltricas e trmicas s quais possa ser submetida;

    c) as tintas, vernizes, lacas e produtos anlogos no so, geralmente, considerados como constituindo uma isolaosuficiente no quadro da proteo contra os contatos diretos.

    NOTA - Quando a isolao for feita durante a execuo da instalao, a qualidade desta isolao deve ser verificada atravs de ensaiosanlogos aos destinados a verificar a qualidade da isolao de equipamentos similares industrializados.

    5.1.1.2 Proteo por meio de barreiras ou invlucros

    5.1.1.2.1 As barreiras ou invlucros so destinados a impedir todo contato com as partes vivas da instalao eltrica,conforme NBR 6146.

    5.1.1.2.2 As partes vivas devem estar no interior de invlucros ou atrs de barreiras que confiram pelo menos o grau deproteo IP3X, conforme a NBR 6146.

    C

    C

    C

    C

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    5.1.1.2.3 As superfcies superiores das barreiras ou dos invlucros horizontais que sejam facilmente acessveis devematender pelo menos ao grau de proteo IP4X, conforme a NBR 6146.

    5.1.1.2.4 As barreiras e invlucros devem ser fixados de forma segura e possuir robustez e durabilidade suficientes paramanter os graus de proteo e a apropriada separao das partes vivas nas condies normais de servio, levando-se emconta as condies de influncias externas relevantes.

    5.1.1.2.5 A supresso das barreiras, a abertura dos invlucros ou coberturas ou a retirada de partes dos invlucros oucoberturas no deve ser possvel, a no ser:

    a) com a utilizao de uma chave ou de uma ferramenta; e

    b) aps a desenergizao das partes vivas protegidas por essas barreiras, invlucros ou coberturas, no podendo ser restabelecida a tenso enquanto no forem recolocadas as barreiras, invlucros ou coberturas; ouNOTA - Esta prescrio atendida com utilizao de intertravamento mecnico e/ou eltrico.

    c) que haja interposta uma segunda barreira ou isolao que no possa ser retirada sem a desenergizao das partesvivas protegidas por essas barreiras e que impea qualquer contato com as partes vivas.

    5.1.1.3 Proteo por meio de obstculos

    5.1.1.3.1 Os obstculos so destinados a impedir os contatos fortuitos com partes vivas, mas no os contatos voluntriospor uma tentativa deliberada de contorno do obstculo.

    5.1.1.3.2 Os obstculos devem impedir:

    a) uma aproximao fsica no intencional das partes vivas (por exemplo, por meio de corrimes ou de telas dearame);

    b) contatos no intencionais com partes vivas por ocasio de operao de equipamentos sob tenso (por exemplo, por meio de telas ou painis sobre os seccionadores).

    5.1.1.3.3 Os obstculos podem ser desmontveis sem a ajuda de uma ferramenta ou de uma chave, entretanto, devem ser fixados de forma a impedir qualquer remoo involuntria.

    5.1.1.4 Proteo parcial por colocao fora de alcance

    5.1.1.4.1 A colocao fora de alcance somente destinada a impedir os contatos fortuitos com as partes vivas.

    5.1.1.4.2 Quando h o espaamento, este deve ser suficiente para que se evite que pessoas circulando nas proximidadesdas partes vivas em mdia tenso possam entrar em contato com essas partes, seja diretamente ou por intermdio deobjetos que elas manipulem ou transportem.

    5.1.1.4.3 Os espaamentos mnimos previstos para instalaes internas so definidos nas figuras 7-a) e 7-b) com osvalores da tabela 19 e para instalaes externas na figura 8 com os valores da tabela 20.

    a) Circulao por um lado

    B

    C

    C

    C

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    b) Circulao por mais de um ladoLegenda:

    Partes vivas W - rea de circulao permitida a pessoas advertidas

    Anteparos: tela ou grade metlica X - rea de circulao proibida

    Dispositivos de manobra

    Figura 7 - Espaamento para instalaes internas

    Tabela 19 - Espaamento para instalaes internas

    Dimenses mnimasmm

    300 at 24,2kVD

    400 para 36,2kV

    Distncia entre a parte viva e um anteparo vertical

    A - Valores de distncias mnimas da tabela 21R 1 200 Locais de manobraB 2 700 Altura mnima de uma parte viva com circulao

    K 2 000 Altura mnima de um anteparo horizontalF 1 700 Altura mnima de um anteparo verticalJ E+300 Altura mnima de uma parte viva sem circulao

    Dimenses mximasmm

    E 300 Distncia mxima entre a parte inferior de um anteparo vertical e o pisoM 1 200 Altura dos punhos de acionamento manual

    malha 20 Abertura da malha

    C

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    NBR 14039:2003 17

    Legenda:

    Partes vivas W - rea de circulao permitida a pessoas advertidas

    Anteparos: tela ou grade metlica X - rea de circulao proibida

    Dispositivos de manobra

    Figura 8 - Espaamento para instalaes externas ao nvel do piso

    Tabela 20 - Espaamento para instalaes externasDimenses mnimas

    mmA - Valores de distncias mnimas da tabela 21G 1 500 Distncia mnima entre a parte viva e a proteo externaB 4 000 Altura mnima de uma parte viva na rea de circulaoR 1 500 Locais de manobraD 500 Distncia mnima entre a parte viva e um anteparo verticalF 2 000 Altura mnima de um anteparo vertical

    6 000 Em ruas, avenidas e entradas de prdios e demais locais com trnsito de

    veculos5 000 Em local com trnsito de pedestres somente9 000 Em ferrovias

    H

    7 000 Em rodoviasJ 800 Altura mnima de uma parte viva na rea de circulao proibidaK 2 200 Altura mnima de um anteparo horizontalL 2 000 Altura mnima da proteo externaC 2 000 Circulao

    Dimenses mximasmm

    E 600 Distncia mxima entre a parte inferior de um anteparo vertical e o pisoM 1 200 Altura dos punhos de acionamento manual

    Malha 20 Abertura das malhas dos anteparos

    C

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    Tabela 21 - Distncias mnimas x tenso nominal da instalao

    Distncia mnimafase/terra

    e fase/fase 1)

    Interno Externo

    Tenso nominalda

    instalaokV

    Tenso de ensaio freqnciaindustrial

    ( valor eficaz)kV

    Tenso suportvel nominal deimpulso atmosfrico

    ( valor de pico )kV

    mm

    3 10 2040

    6060

    120120

    4,16 19 60 90 120

    6 20 4060

    6090

    120120

    13,8 34 95110125

    160180220

    23,1 50 95125

    160220

    34,5 70 145170

    270320

    1) Estes afastamentos devem ser tomados entre extremidades mais prximas e no de centro a centro. Os valores de distncias mnimasindicados podem ser aumentados, a critrio do projetista, em funo da classificao das influncias externas.

    5.1.2 Proteo contra contatos indiretos

    5.1.2.1 Princpios bsicos

    A proteo contra contatos indiretos deve ser garantida pelo aterramento e pela eqipotencializao descritos em 5.1.2.1.1e 5.1.2.1.2, sendo que o seccionamento automtico da alimentao descrito em 5.1.2.2 uma medida que visa garantir aintegridade dos componentes dos sistemas de aterramento e de eqipotencializao e limitar o tempo de durao da falta.

    5.1.2.1.1 Aterramento

    As massas devem ser ligadas a condutores de proteo nas condies especificadas em 4.2.3 para cada esquema deaterramento. Massas simultaneamente acessveis devem ser ligadas mesma rede de aterramento individualmente, por grupos ou coletivamente.

    NOTA - As disposies referentes ao aterramento e aos condutores de proteo devem satisfazer as prescries de 6.4.

    5.1.2.1.2 Ligao eqipotencial

    A tenso de contato em qualquer ponto da instalao no pode ser superior tenso de contato limite (U L ), com valor indicado na tabela 22. Aos limites indicados aplicam-se as tolerncias definidas na IEC 60038. Esta regra satisfeita se emcada edificao existir uma ligao eqipotencial principal, reunindo os seguintes elementos:

    a) condutor(es) de proteo principal(is);

    b) condutores de eqipotencialidade principais ligados a canalizaes metlicas de utilidades e servios e a todos osdemais elementos condutores estranhos instalao, incluindo os elementos metlicos da construo e outrasestruturas metlicas;

    c) condutor(es) de aterramento;

    d) eletrodo(s) de aterramento de outros sistemas (por exemplo, de sistemas de proteo contra descargas atmosfricasetc.).

    NOTAS

    1 A ligao eqipotencial principal, via de regra, realizada pelo terminal de aterramento principal (ver 6.4.2.4).

    2 Quando tais elementos originarem-se do exterior da edificao, sua conexo ligao eqipotencial principal deve ser efetuada o maisprximo possvel do ponto em que penetram na edificao.

    3 Os condutores de eqipotencialidade devem satisfazer s prescries de 6.4.

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    5.1.2.2 Seccionamento automtico da alimentao

    O seccionamento automtico da alimentao destina-se a evitar que uma corrente se mantenha por um tempo que possaresultar em sobreaquecimento na instalao. Esta medida de proteo requer a coordenao entre o esquema deaterramento adotado e as caractersticas dos condutores de proteo e dos dispositivos de proteo. Os princpios bsicosdesta medida so aqueles apresentados em 5.1.2.2.1. Os meios convencionais para satisfazer estes princpios estodescritos em 5.1.2.2.4 e 5.1.2.2.5, conforme o esquema de aterramento.

    5.1.2.2.1 Princpios bsicos

    A proteo por seccionamento automtico da alimentao baseia-se nos seguintes princpios:

    a) aterramento: as massas devem ser ligadas a condutores de proteo nas condies especificadas para cadaesquema de aterramento. Massas simultaneamente acessveis devem ser ligadas mesma rede de aterramento -individualmente, por grupos ou coletivamente;

    NOTA - As disposies referentes ao aterramento e aos condutores de proteo devem satisfazer as prescries de 6.4.

    b) seccionamento da alimentao: um dispositivo de proteo deve secionar automaticamente a alimentao do circuitoou equipamento protegido contra contatos indiretos por este dispositivo sempre que uma falta entre parte viva e massano circuito ou equipamento considerado der origem a uma tenso de contato superior ao valor apropriado de U L.

    Tabela 22 - Valores mximos da tenso de contato limite U L (V)

    Natureza da correnteSituao 1

    1)

    Situao 2

    1)

    Alternada, 15 Hz 1 000 Hz 50 25

    Contnua sem ondulao2) 120 60

    1) A situao 1 aplica-se a reas internas e a situao 2 aplica-se a reas externas.

    NOTAS

    1 Uma tenso contnua "sem ondulao" convencionalmente definida como apresentando uma taxa de ondulao no superior a 10%em valor eficaz; o valor de crista mximo no deve ultrapassar 140 V para um sistema em corrente contnua sem ondulao com 120 Vnominais ou 70 V para um sistema em corrente contnua sem ondulao com 60 V nominais.

    2 Os valores mximos da tenso de contato limite apresentados so para tenso de contato de durao maior ou igual a 10 s.Para tempos inferiores a 10 s, podem ser utilizados os valores obtidos na figura A.1.

    5.1.2.2.2 Aplicao convencional

    Para o atendimento dos princpios definidos em 5.1.2.2.1, suficiente aplicar as prescries de 5.1.2.2.3 a 5.1.2.2.5,conforme o esquema de aterramento.

    5.1.2.2.3 Esquema TNx

    Em um esquema TNx todo defeito de isolamento um curto-circuito fase/neutro. Quando a proteo assegurada por dispositivos de proteo contra sobreintensidade, a avaliao da corrente de curto-circuito mnima necessria, a fim deverificar as condies de funcionamento destes dispositivos.

    5.1.2.2.4 Esquemas TTx

    Nos esquemas TTx a corrente de defeito limitada por:

    a) as resistncias de tomadas de terra e do neutro, esta ltima aumentada ao valor da resistncia de limitaopodendo ser inserida entre o ponto neutro e o terra;

    b) a resistncia das ligaes eventuais, utilizadas por interconexo das massas e das tomadas de terra. Mesmo quea corrente do primeiro defeito seja importante, no permitido que sua deteco seja assegurada por dispositivosde proteo contra sobrecorrentes; com efeito, seu funcionamento dificilmente verificvel. Por outro lado adeteco de pequenas correntes de fuga resultante de uma degradao lenta da isolao no possvel com essesdispositivos cujo limiar de funcionamento muito elevado (muitas vezes sua corrente nominal). Por isso que necessrio recorrer aos dispositivos sensveis corrente diferencial no necessitando a verificao das condiesde disparo.

    5.1.2.2.5 Esquemas lTx

    A no interrupo no primeiro defeito de isolamento justificada nas instalaes quando necessrio assegurar acontinuidade do servio.

    Aps a apario do primeiro defeito de isolamento recomendado proceder rapidamente busca e eliminao destedefeito. A permanncia de um primeiro defeito conduz ao funcionamento da instalao com um ponto ligado terra,correspondendo s condies de funcionamento para as quais a instalao no concebida.

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    5.2 Proteo contra efeitos trmicos

    5.2.1 Generalidades

    As pessoas, os componentes fixos de uma instalao eltrica, bem como os materiais fixos adjacentes, devem ser protegidos contra os efeitos prejudiciais do calor ou radiao trmica produzida pelos equipamentos eltricos,particularmente quanto a:

    a) riscos de queimaduras;

    b) prejuzos no funcionamento seguro de componentes da instalao;

    c) combusto ou deteriorao de materiais.

    5.2.2 Proteo contra incndio

    5.2.2.1 Os componentes eltricos no devem apresentar perigo de incndio para os materiais vizinhos. Devem ser observadas, alm das prescries desta Norma, eventuais instrues relevantes dos fabricantes.

    5.2.2.2 Os componentes fixos, cujas superfcies externas possam atingir temperaturas que venham a causar perigo deincndio a materiais adjacentes, devem:

    a) ser montados sobre materiais ou contidos no interior de materiais que suportem tais temperaturas e sejam debaixa condutncia trmica; ou

    b) ser separados dos elementos da construo do prdio por materiais que suportem tais temperaturas e sejam debaixa condutncia trmica; ou

    c) ser montados de modo a permitir a dissipao segura do calor, a uma distncia segura de qualquer material emque tais temperaturas possam ter efeitos trmicos prejudiciais, sendo que qualquer meio de suporte deve ser debaixa condutncia trmica.

    5.2.2.3 Os componentes fixos que apresentem efeitos de focalizao ou concentrao de calor devem estar a umadistncia suficiente de qualquer objeto fixo ou elemento do prdio, de modo a no submet-los, em condies normais, aelevao perigosa de temperatura.

    5.2.2.4 Os materiais dos invlucros dispostos em torno de componentes eltricos durante a instalao devem suportar amaior temperatura susceptvel de ser produzida pelo componente. Materiais combustveis no so adequados para aconstruo destes invlucros, a menos que sejam tomadas medidas preventivas contra a ignio, tais como o revestimentocom material incombustvel ou de combusto difcil e de baixa condutncia trmica.

    5.2.3 Proteo contra queimaduras

    As partes acessveis de equipamentos eltricos que estejam situadas na zona de alcance normal no devem atingir temperaturas que possam causar queimaduras em pessoas e devem atender aos limites de temperatura indicados natabela 23. Todas as partes da instalao que possam, em servio normal, atingir, ainda que por perodos curtos,temperaturas que excedam os limites dados na tabela 23, devem ser protegidas contra qualquer contato acidental.Os valores da tabela 23 no se aplicam a componentes cujas temperaturas limites das superfcies expostas, no queconcerne proteo contra queimaduras, sejam fixadas por normas especficas.

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    Tabela 23 - Temperaturas mximas das superfcies externas dos equipamentos eltricosdispostos no interior da zona de alcance normal

    Tipo de superfcie Temperaturas mximasC

    Superfcies de alavancas, volantes ou punhos de dispositivos de controlemanuais:

    - metlicas- no-metlicas

    Superfcies previstas para serem tocadas em servio normal, mas nodestinadas a serem mantidas mo de forma contnua:

    - metlicas

    - no-metlicas

    Superfcies acessveis, mas no destinadas a serem tocadas em servionormal:

    - metlicas

    - no-metlicas

    55

    65

    70

    80

    80

    90

    NOTAS

    1 Esta prescrio no se aplica a materiais cujas normas fixam limites de temperatura ou de aquecimento para as superfciesacessveis.

    2 A distino entre superfcies metlicas e no-metlicas depende da condutividade trmica da superfcie considerada. Camadas detinta e de verniz no so consideradas como modificando a condutividade trmica da superfcie. Ao contrrio, certos revestimentosno condutores podem reduzir sensivelmente a condutividade trmica de uma superfcie metlica e permitir consider-la comono-metlica.

    3 Para dispositivos de controle manuais, dispostos no interior de invlucros, que somente sejam acessveis aps a abertura doinvlucro (por exemplo, alavancas de emergncia ou alavancas de desligamento) e que no sejam utilizados freqentemente, podemser admitidas temperaturas mais elevadas.

    5.3 Proteo contra sobrecorrentes

    5.3.1 Proteo geral (subestao de entrada de energia)

    considerado proteo geral o dispositivo situado entre o ponto de entrega de energia e a origem da instalao em mdiatenso. Esta proteo geral deve atender no mnimo ao especificado em 5.3.1.1 e 5.3.1.2.

    5.3.1.1 Capacidade instalada menor ou igual a 300 kVA

    Em uma subestao unitria com capacidade instalada menor ou igual a 300 kVA, a proteo geral na mdia tenso deveser realizada por meio de um disjuntor acionado atravs de rels secundrios com as funes 50 e 51, fase e neutro (onde fornecido o neutro), ou por meio de chave seccionadora e fusvel, sendo que, neste caso, adicionalmente, a proteogeral, na baixa tenso, deve ser realizada atravs de disjuntor.

    5.3.1.2 Capacidade instalada maior que 300 kVA

    Em uma subestao com capacidade instalada maior que 300 kVA, a proteo geral na mdia tenso deve ser realizadaexclusivamente por meio de um disjuntor acionado atravs de rels secundrios com as funes 50 e 51, fase e neutro(onde fornecido o neutro).

    5.3.2 Proteo contra correntes de sobrecarga

    Os condutores vivos devem ser protegidos contra as correntes de sobrecargas, exceto quando alimentam cargas(transformadores, motores etc.) que possuem sua prpria proteo contra as sobrecargas.

    5.3.3 Proteo contra correntes de curto-circuito

    Os condutores vivos devem ser protegidos contra correntes de curto-circuito que possam provocar danos.

    5.3.4 Natureza dos dispositivos de proteo

    Os dispositivos de proteo devem ser escolhidos entre os indicados em 5.3.4.1 e 5.3.4.2.

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    5.3.4.1 Dispositivos que garantem simultaneamente a proteo contra correntes de sobrecarga e contra correntesde curto-circuito

    Esses dispositivos de proteo devem poder interromper qualquer sobrecorrente menor ou igual corrente de curto-circuitopresumida no ponto em que o dispositivo est instalado. Tais dispositivos podem ser disjuntores acionados atravs derels secundrios com as funes 50 e 51, fase e neutro (onde fornecido o neutro). No so aceitos rels com princpiode funcionamento com retardo a lquido.

    NOTAS

    1 Quando forem utilizados rels com as funes 50 e 51 do tipo microprocessado, digital, auto-alimentados ou no, deve ser garantida, nafalta de energia, uma fonte de alimentao de reserva, com autonomia mnima de 2 h, que garanta a sinalizao dos eventos ocorridos e oacesso memria de registro dos rels.

    2 Os transformadores para instrumentos conectados aos rels secundrios devem ser instalados sempre a montante do disjuntor ou chavea ser atuado(a), garantindo assim a proteo contra falhas do prprio dispositivo.

    3 Para qualquer tipo de rel, deve ser instalado um dispositivo exclusivo que garanta a energia necessria ao acionamento da bobina deabertura do disjuntor, que permita teste individual, recomendando-se o uso de fonte capacitiva.

    4 O sistema geral de proteo da unidade consumidora deve permitir coordenao com o sistema de proteo da concessionria, ser dimensionado e ajustado de modo a permitir adequada seletividade entre os dispositivos de proteo da instalao.

    5.3.4.2 Dispositivos que garantem apenas a proteo contra correntes de curto-circuito

    Tais dispositivos podem ser utilizados quando a proteo contra sobrecargas for realizada por outros meios ou quando seadmitir a omisso da proteo contra sobrecargas. Esses dispositivos devem poder interromper qualquer corrente de curto-circuito menor ou igual corrente de curto-circuito presumida. No so aceitos rels com princpio de funcionamento comretardo a lquido. Podem ser utilizados:

    a) disjuntores acionados atravs de rels com a funo 50;

    b) dispositivos fusveis limitadores de corrente conforme a NBR 8669 e do tipo expulso conforme a NBR 7282, parauso exclusivo em instalaes externas.

    5.4 Proteo contra sobretenses

    As sobretenses nas instalaes eltricas de mdia tenso no devem comprometer a segurana das pessoas, nem aintegridade das prprias instalaes e dos equipamentos servidos.

    NOTA - O uso adequado de pra-raios de resistncia no linear considerado uma medida de proteo contra sobretenso de origem

    atmosfrica.5.5 Proteo contra mnima e mxima tenso e falta de fase

    5.5.1 Devem ser consideradas medidas de proteo quando uma queda de tenso significativa (ou sua falta total) e oposterior restabelecimento desta forem suscetveis de criar perigo para pessoas e bens ou de perturbar o bomfuncionamento da instalao.

    NOTA - No caso da proteo contra quedas e faltas de tenso, normalmente so utilizados rels de subtenso acoplados a dispositivosde seccionamento.

    5.5.2 Quando aplicvel, a proteo de mxima tenso deve atuar no dispositivo de seccionamento apropriado.

    5.6 Proteo contra inverso de fase

    Quando aplicvel, as instalaes devem ser protegidas contra inverso de fase, de forma que o rel de proteo

    correspondente atue no dispositivo de seccionamento apropriado.5.7 Proteo das pessoas que trabalham nas instalaes eltricas de mdia tenso

    As instalaes eltricas devem ser construdas e instaladas de forma que possam ser empregadas as medidas necessriaspara garantir a proteo das pessoas que trabalham nas instalaes eltricas.

    5.7.1 Os equipamentos de proteo a serem utilizados pelos trabalhadores so no mnimo os seguintes: capacetes, culosde segurana, luvas, detector de tenso, botas e estrado ou tapete isolante.

    5.7.2 Os equipamentos devem ser providos de meios que permitam, quando necessrio, o seu isolamento da instalao.

    5.7.3 Equipamentos devem ser providos para que a instalao completa ou partes da instalao possam ser isoladas,dependendo das condies operacionais. Isto pode ser realizado, por exemplo, desligando-se seccionadores ouremovendo-se elos ou interligaes.

    5.7.4 A instalao completa ou partes das instalaes que possam ser energizadas por vrias fontes devem ser dispostasde forma que todas as fontes possam ser isoladas.

    5.7.5 Se os terminais de neutro de vrios equipamentos estiverem ligados em paralelo, deve ser possvel isol-losindividualmente. Isto tambm se aplica s bobinas e aos resistores de falta terra, sendo que, nestes casos, a proteocontra sobretenses deve ser mantida.

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    NBR 14039:2003 23

    5.7.6 Devem ser providos meios para descarregar os equipamentos que ainda possam transferir potencial eltrico mesmoaps a sua desconexo da instalao, como, por exemplo, capacitores.5.7.7 Os equipamentos empregados com o propsito de isolamento devem ser providos de dispositivos eltricos e/oumecnicos apropriados que garantam a sua condio de isolamento.Quando partes removveis, como, por exemplo, os fusveis ou disjuntores extraveis, so utilizadas para a desconexo dainstalao completa ou parte dela e so substitudas por coberturas ou barreiras, estas devem ser montadas de tal formaque a sua remoo somente possa ser executada com o uso de ferramenta apropriada.

    Os equipamentos que so operados manualmente devem permitir o uso de dispositivos de travamento mecnico paraevitar o seu religamento.

    5.7.8 Dispositivos para a verificao do estado de desenergizao devem ser disponibilizados para garantir a seguranadas pessoas que trabalham nas instalaes eltricas.

    Os dispositivos devem permitir que o estado de desenergizao possa ser verificado em todos os pontos onde o trabalhofor realizado.NOTA - Tanto dispositivos fixos como portteis podem ser utilizados para atender a este requisito.

    5.7.9 Cada parte de uma instalao que possa ser isolada de outras partes deve possuir dispositivos que permitam o seuaterramento e curto-circuito.NOTA - Equipamentos como, por exemplo, transformadores e capacitores devem ser providos de meios para seu aterramento e curto-circuito no ponto de sua instalao. Este requisito no deve ser aplicado a partes do sistema onde isto no for praticvel ou for imprprio(por exemplo, transformadores ou mquinas eltricas com terminaes seladas ou terminaes flangeadas de cabos). Nestes casos, oaterramento e o curto-circuito devem ser realizados nos respectivos cubculos ou compartimentos situados nos lados primrio esecundrio.

    Para cada parte da instalao, devem ser providos pontos de conexo, facilmente acessveis e apropriadamentedimensionados, ao sistema de aterramento e s partes vivas para permitir a conexo dos dispositivos de aterramento ecurto-circuito. Os mecanismos existentes em cubculos ou compartimentos devem ser projetados de forma a permitir aconexo manual dos dispositivos de aterramento e curto-circuito.

    Quando o aterramento e curto-circuito forem realizados por chaves de aterramento controladas remotamente, a posio dachave deve ser fielmente transmitida para o ponto de controle remoto.

    5.8 Proteo contra fuga de lquido isolante

    NOTA - Em todos os casos descritos em 5.8.1 a 5.8.3, os regulamentos das autoridades competentes devem ser atendidos.

    5.8.1 As instalaes que contenham 100 L ou mais de lquido isolante devem ser providas de tanque de conteno.

    5.8.2 Nas instalaes abrigadas, pisos impermeveis com soleira apropriada podem ser utilizados como depsito se nomais que trs transformadores ou outros equipamentos estiverem instalados e se cada um deles contiver menos de100 L.

    5.8.3 Nas instalaes ao tempo, pisos impermeveis com soleira apropriada podem ser utilizados como depsito que noseja destinado a conter todo o lquido, mesmo sem tanques de conteno, se a superfcie poluda puder ser removida e seo lquido no for destinado aos sistemas de drenagem ou crregos. Isto no se aplica a reas de conteno, a zonas deproteo de mananciais e outros casos especiais, nos quais as autoridades competentes devem ser consultadas.

    5.9 Proteo contra perigos resultantes de faltas por arco

    Os dispositivos e equipamentos que podem gerar arcos durante a sua operao devem ser selecionados e instalados deforma a garantir a segurana das pessoas que trabalham nas instalaes.

    A seguir so relacionadas algumas medidas para garantir a proteo das pessoas contra os perigos resultantes de faltaspor arco:

    a) utilizao de um ou mais dos seguintes meios:

    - dispositivos de abertura sob carga;

    - chave de aterramento resistente ao curto-circuito presumido;

    - sistemas de intertravamento;

    - fechaduras com chave no intercambiavis.

    b) corredores operacionais to curtos, altos e largos quanto possvel;

    c) coberturas slidas ou barreiras ao invs de coberturas perfuradas ou telas;

    d) equipamentos ensaiados para resistir s faltas de arco internas;

    e) emprego de dispositivos limitadores de corrente;

    f) seleo de tempos de interrupo muito curtos, o que pode ser obtido atravs de rels instantneos ou atravs dedispositivos sensveis a presso, luz ou calor, atuando em dispositivos de interrupo rpidos;

    g) operao da instalao a uma distncia segura.

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    6 Seleo e instalao dos componentes

    6.1 Prescries comuns a todos os componentes da instalao

    6.1.1 Generalidades

    6.1.1.1 A escolha do componente e sua instalao devem permitir que sejam obedecidas as medidas de proteo paragarantir a segurana, as prescries para garantir um funcionamento adequado ao uso da instalao e as prescries

    apropriadas s condies de influncia externas previsveis.6.1.1.2 Os componentes devem ser selecionados e instalados de forma a satisfazer as prescries enunciadas nesta seo,bem como as prescries aplicveis das outras sees desta Norma.

    6.1.2 Componentes da instalao

    6.1.2.1 Os componentes da instalao devem satisfazer as Normas Brasileiras que lhes sejam aplicveis e, na falta destas,as normas IEC e ISO.

    6.1.2.2 Na falta de Normas Brasileiras, IEC e ISO, os componentes devem ser selecionados atravs de acordo entre oprojetista e o instalador.

    6.1.3 Condies de servio e influncias externas

    6.1.3.1 Condies de servio

    6.1.3.1.1 Tenso

    Os componentes devem ser adequados tenso nominal (valor eficaz em corrente alternada) da instalao.Se, numa instalao que utiliza o esquema ITx, o condutor neutro for distribudo, os componentes ligados entre uma fase e oneutro devem ser isolados para a tenso entre fases.

    6.1.3.1.2 Corrente

    Os componentes devem ser escolhidos considerando-se a corrente de projeto (valor eficaz em corrente alternada) que possapercorr-los em servio normal. Deve-se igualmente considerar a corrente suscetvel de percorr-los em condies anormais,levando-se em conta a durao da passagem de uma tal corrente, em funo das caractersticas de funcionamento dosdispositivos de proteo.

    6.1.3.1.3 Freqncia

    Se a freqncia tiver influncia sobre as caractersticas dos componentes, a freqncia nominal do componente devecorresponder freqncia da corrente no circuito pertinente.

    6.1.3.1.4 Potncia

    Os componentes escolhidos segundo suas caractersticas de potncia devem ser adequados s condies normais deservio, considerando os regimes de carga que possam ocorrer.

    6.1.3.1.5 Compatibilidade

    A menos que sejam tomadas medidas adequadas quando da instalao, os componentes devem ser escolhidos de modo ano causar, em servio normal, efeitos prejudiciais, quer aos demais componentes, quer rede de alimentao, incluindocondies de manobra. Cuidados especficos devem ser observados no caso do emprego de condutores de alumnio.

    6.1.3.2 Influncias externas

    6.1.3.2.1 Os componentes devem ser selecionados e instalados de acordo com as prescries da tabela 24.Esta tabela indica as caractersticas dos componentes em funo das influncias externas a que podem ser submetidos eque so definidas em 4.3. As caractersticas dos componentes so determinadas, seja por um grau de proteo, seja por conformidade com ensaios.

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    Tabela 24 - Caractersticas dos componentes da instalao em funo das influncias externas

    Cdigo Influncias externas Caractersticas exigidas para seleo einstalao dos componentes

    A - Condies ambientais (4.3.1)AA Temperatura ambiente (4.3.1.1)AA3 - 25C a + 5C Componentes especialmente projetados ou disposies

    apropriadas1)

    AA4 - 5C a + 40C Normal (em certos casos podem ser necessrias precauesespeciais)

    AA5 - 5C a + 40C NormalAA6 + 5C a + 60C Componentes especialmente projetados ou disposies

    apropriadas 1)

    AC Altitude (4.3.1.2)AC1 1 000 m NormalAC2 > 1 000 m Podem ser necessrias precaues especiais, tais como a

    aplicao de fatores de correo.AD Presena de gua (4.3.1.3)

    AD1 Desprezvel IPX0AD2 Quedas de gotas de gua IPX1AD3 Asperso de gua IPX3AD4 Projeo de gua IPX4AD5 Jatos de gua IPX5AD6 Ondas IPX6AD7 Imerso IPX7AD8 Submerso IPX8AE Presena de corpos slidos (4.3.1.4)AE1AE2AE3

    DesprezvelObjetos pequenos (2,5 mm)Objetos muito pequenos (1 mm) 5.1.2tambmVer

    IP4XIP3X

    IPOX

    AE4 Poeira

    componenteno penetrarem nopoeirasasSe IP6X

    componentedontofuncioname o prejudicar

    sem penetrar puderem poeirasasSe IP5X

    AF Presena de substncias corrosivas oupoluentes (4.3.1.5)

    AF1 Desprezvel NormalAF2 Agentes atmosfricos De acordo com a natureza dos agentesAF3 Intermitente Proteo contra corroso definida pelas especificaes dos

    componentesAF4 Permanente Componentes especialmente projetados de acordo com a

    natureza dos agentesAG Choques mecnicos (4.3.1.6)AG1 Fracos Normal. Por exemplo, componentes para uso domstico ou

    anlogoAG2 Mdios Componentes para uso industrial, quando aplicvel, ou proteo

    reforadaAG3 Significativos Proteo reforadaAG4 Muito significativos Proteo muito reforada

    AH Vibraes (4.3.1.6)AH1 Fracas NormalAH2 MdiaAH3 Significativas

    Componentes especialmente projetados ouDisposies especiais

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    Tabela 24 (continuao)

    Cdigo Influncias externas Caractersticas exigidas para seleo einstalao dos componentes

    AK Presena de flora ou mofo(4.3.1.7)

    AK1 Desprezvel Normal

    AK2 Riscos Protees especiais tais como:- grau de proteo aumentado (ver AE);- componentes especiais ou revestimentos protegendo os invlucros;- disposies para evitar a presena de flora.

    AL Presena de fauna(4.3.1.8)

    AL1 Desprezvel NormalAL2 Riscos A proteo pode compreender:

    - um grau de proteo adequado contra a penetrao de corpos slidos (ver AE);- uma resistncia mecnica suficiente (ver AG);- precaues para evitar a presena de fauna (como limpeza, uso de pesticidas);- componentes especiais ou revestimentos protegendo os invlucros

    AM Influnciaseletromagnticas,eletrostticas ou ionizantes(4.3.1.9)

    AM1 Desprezvel NormalAM2 Correntes parasitas Protees especiais tais como:

    - isolao adequada;- revestimentos protetores especiais;- proteo catdica;- eqipotencialidade suplementar.

    AM3

    AM4 Ionizantes

    ticasEletromagn Protees especiais tais como:- distanciamento das fontes de radiao;- - interposio de telas protetoras;- - invlucros especiais.

    AM5 Eletrostticas Protees especiais tais como:- isolao apropriada do local;- eqipotencialidade suplementar.

    AM6 Indues Protees especiais tais como:- distanciamento das fontes de corrente induzida;- interposio de telas protetoras.

    AN Radiaes solares(4.3.1.10)

    AN1 Desprezveis Normal

    AN2 Significativas Disposies especiais tais como:- materiais resistentes radiao ultravioleta;- revestimentos de cores especiais;- interposio de telas protetoras

    AQ Raios (4.3.1.11)AQ1 Desprezveis Normal

    B - Utilizaes (4.3.2)BA Competncia das pessoas

    (4.3.2.1)BA1 Comuns Componentes protegidos contra contatos diretos e indiretosBA4 AdvertidasBA5 Qualificadas

    Componentes no protegidos contra contatos diretos admitidos apenas noslocais que s sejam acessveis a pessoas devidamente autorizadas

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    Tabela 24 (concluso)

    Cdigo Influncias externas Caractersticas exigidas para seleo einstalao dos componentes

    BB Resistncia eltrica docorpo humano (4.3.2.2)

    BB1 Elevada Normal

    BB2 Normal Normal

    BB3 Fraca Medidas de proteo apropriadas (ver 5.8.1)

    BC Contatos das pessoas como potencial local (4.3.2.3)

    BC3 Freqentes Componentes protegidos contra contatos diretos e indiretos

    BD Fuga das pessoas ememergncia (4.3.2.4)

    BD1 Normal Normal

    BD2 Longa Componentes constitudos de materiais no propagantes de chama e com baixaemisso de fumaa e gases txicos ou utilizao de materiais no propagantes

    de chama e com baixa emisso de fumaa e gases txicos que envolvam oscomponentes da instalao

    BE Natureza das matriasprocessadas ouarmazenadas (4.3.2.5)

    BE1 Riscos desprezveis Normal

    BE2 Riscos de incndio Componentes constitudos de materiais no propagantes de chama. Disposiestais que uma elevao significativa da temperatura, ou uma fasca, nocomponente, no possa provocar incndio no exterior. Utilizao de materiaisno propagantes de chama e com baixa emisso de fumaa e gases txicos queenvolvam os componentes da instalao

    BE3 Riscos de exploso Componentes adequados para atmosferas explosivas

    C - Construo de edificaes (4.3.3)

    CA Materiais de construo(4.3.3.1)

    CA1 No combustveis Normal

    CB Estrutura das edificaes(4.3.3.2)

    CB1 Riscos desprezveis Normal

    CB2 Propagao de incndio Componentes constitudos de materiais no propagantes de chama, incluindofogo de origem no eltrica. Barreiras corta-fogo. Utilizao de materiais no

    propagantes de chama e com baixa emisso de fumaa e gases txicos queenvolvam os componentes da instalaoNOTA- Podem ser previstos detectores de incndio

    CB3 Movimentos Juntas de dilatao ou de expanso nas linhas eltricas1) Podem ser necessrias certas precaues suplementares (por exemplo, lubrificao especial).

    6.1.3.2.2 Quando um componente no possuir, por construo, as caractersticas correspondentes s influncias externasdo local, ele pode ser utilizado sob a condio de que seja provido, por ocasio da execuo da instalao, de umaproteo complementar apropriada. Esta proteo no pode afetar as condies de funcionamento do componenteprotegido.

    6.1.3.2.3 Quando diferentes influncias externas se produzirem simultaneamente, seus efeitos podem ser independentesou influenciar-se mutuamente e os graus de proteo devem ser escolhidos de acordo.

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    6.1.3.2.4 A escolha das caractersticas dos componentes em funo das influncias externas necessria no somentepara seu funcionamento correto, mas tambm para garantir a confiabilidade das medidas de proteo, em conformidadecom as prescries de 5.1 a 5.9. As medidas de proteo associadas construo dos componentes so vlidas apenaspara as condies de influncias externas dadas se os correspondentes ensaios previstos nas normas dos componentesforem prescritos para aquelas condies.

    NOTAS

    1 So consideradas como normais as seguintes classes de influncias externas:

    - AA (temperatura ambiente): AA4;

    - AB (umidade atmosfrica): ainda no normalizada;

    - outras condies ambientais (AC a AR): XX1 de cada parmetro;

    - condies de utilizao e de construo das edificaes (B e C): XX1 para todos os parmetros, exceto XX2 para o parmetro BC.

    2 A palavra normal que figura na terceira coluna da tabela 24 significa que o componente deve satisfazer, de modo geral, as NormasBrasileiras aplicveis ou, na sua falta, as normas IEC e ISO ou atravs de acordo especial entre o projetista e o instalador.

    6.1.4 Acessibilidade

    Os componentes, inclusive as linhas eltricas, devem ser dispostos de modo a facilitar sua operao, sua inspeo, suamanuteno e o acesso s suas conexes. Tais possibilidades no devem ser significativamente reduzidas pela montagemde equipamentos nos invlucros ou compartimentos.

    6.1.5 Identificao dos componentes6.1.5.1 Generalidades

    As placas indicativas ou outros meios adequados de identificao devem permitir identificar a finalidade dos dispositivos decomando e proteo, a menos que no exista qualquer possibilidade de confuso. Se o funcionamento de um dispositivo decomando e proteo no puder ser observado pelo operador e disso puder resultar perigo, uma placa indicativa, ou umdispositivo de sinalizao, deve ser colocada(o) em local visvel ao operador.

    6.1.5.2 Linhas eltricas

    As linhas eltricas devem ser dispostas ou marcadas de modo a permitir sua identificao quando da realizao deverificaes, ensaios, reparos ou modificaes da instalao.

    6.1.5.3 Condutores

    6.1.5.3.1 Qualquer cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor neutro deve ser identificado conformeessa funo. Em caso de identificao por cor, deve ser usada a cor azul-claro na veia do cabo multipolar ou na coberturado cabo unipolar.NOTA - A veia com isolao azul-claro de um cabo multipolar pode ser usada para outras funes, que no a de condutor neutro, se ocircuito no possuir condutor neutro ou se o cabo possuir um condutor perifrico utilizado como neutro.

    6.1.5.3.2 Qualquer cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor de proteo (PE) deve ser identificadode acordo com essa funo. Em caso de identificao por cor, deve ser usada a dupla colorao verde-amarela (coresexclusivas da funo de proteo) na veia do cabo multipolar ou na cobertura do cabo unipolar.NOTA - Na falta da dupla colorao verde-amarela, admite-se o uso da cor verde.

    6.1.5.3.3 Qualquer cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor PEN deve ser identificado de acordocom essa funo. Em caso de identificao por cor, deve ser usada a cor azul-claro, com identificao verde-amarela nospontos visveis ou acessveis, na veia do cabo multipolar ou na cobertura do cabo unipolar.

    6.1.5.3.4 Qualquer cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor de fase deve ser identificado deacordo com essa funo (por exemplo, por nmero, disposio, cores ou smbolos) e esta identificao deve estar indicadanos diagramas e desenhos.

    6.1.5.3.5 Qualquer condutor nu utilizado como condutor de fase deve ser identificado de acordo com essa funo. No casode a identificao ser feita por cor, devem ser utilizadas as cores definidas em 6.1.5.3.6.

    6.1.5.3.6 No caso de emprego de cores para identificao dos condutores de fase, devem ser utilizadas as seguintes cores:

    a) em corrente alternada:

    - fase A: vermelha;

    - fase B: branca;

    - fase C: marrom;

    b) em corrente contnua:- plo positivo: vermelha;

    - plo negativo: preta;

    - condutor mdio: branca.

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    6.1.5.4 Equipamentos

    6.1.5.4.1 Quando existirem na mesma instalao tenses diversas ou diferentes espcies de correntes, os equipamentos emateriais afetos a cada uma delas devem, tanto quanto possvel, ser agrupados e separados dos outros e ser facilmenteidentificveis.

    6.1.5.4.2 Os dispositivos de proteo devem estar dispostos e identificados de forma que seja fcil reconhecer osrespectivos circuitos protegidos.

    6.1.5.4.3 As posies de fechado e aberto dos equipamentos de manobra de contatos no visveis devem ser indicadaspor meio de letras e cores, devendo ser adotada a seguinte conveno:

    I vermelho: contatos fechados;

    O verde: contatos abertos.

    NOTAS

    1 Chaves seccionadoras: deslocamento mecnico vertical da alavanca ou punho de manobra para baixo deve corresponder aoequipamento desligado.

    2 Disjuntores: Os cabos ou barramentos provenientes da fonte devem estar conectados nos bornes superiores de entrada.

    6.1.6 Independncia dos componentes

    Os componentes devem ser escolhidos e dispostos de modo a impedir qualquer influncia prejudicial entre as instalaeseltricas e as instalaes no eltricas.

    6.1.7 Documentao da instalao

    6.1.7.1 A instalao deve ser executada a partir de projeto especfico, que deve conter no mnimo:

    a) plantas;

    b) esquemas (unifilares e outros que se faam necessrios);

    c) detalhes de montagem, quando necessrios;

    d) memorial descritivo;

    e) especificao dos componentes: descrio sucinta do componente, caractersticas nominais e norma(s) a quedevem atender.

    6.1.7.2 Aps concluda a instalao, a docu