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Malásia Ficha de Mercado Julho 2018
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Malásia - Ficha de Mercado (julho 2018)
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Índice
1. Dados Gerais 03
2. Economia 05
2.1. Situação Económica e Perspetivas 05
2.2. Comércio Internacional 08
2.3. Investimento Estrangeiro 11
2.4. Turismo 12
3. Relações Económicas com Portugal 14
3.1. Comércio de Bens e Serviços 14
3.1.1. Comércio de Bens 14
3.1.2. Serviços 17
3.2. Investimento 18
3.3. Turismo 18
4. Condições Legais de Acesso ao Mercado 18
4.1. Regime Geral de Importação 18
4.2. Regime de Investimento Estrangeiro 21
5. Informações Úteis 24
6. Contactos Úteis 26
7. Endereços de Internet 29
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1. Dados Gerais
Mapa:
Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU)
Área: 330 252 Km2
População: 31,6 milhões de habitantes (2017)
Densidade populacional: 95 habitantes/km2 (2017)
Designação oficial: Federação da Malásia
Chefe de Estado: Rei Muhammad V
Primeiro-Ministro: Mahathir Mohamad
Data da atual Constituição: Em 31 de agosto de 1957, dia da independência, entrou em vigor a atual
constituição, tendo existido muitas alterações posteriormente. O Parlamento é
constituído pela Câmara dos Representantes, composta por 222 deputados
eleitos por sufrágio universal, e pelo Senado, que integra 70 senadores
Principais Partidos Políticos: A coligação Pakatan Harapan (PH) governa o país. Essa coligação é composta
pelos seguintes partidos: o Parti Amanah Negara (Amanah), o Democratic Action
Party (DAP), o Parti Keadilan Rakyat (PKR) e o Parti Pribumi Bersatu Malaysia
(PPBM). Na oposição, há salientar a coligação designada por Barisan Nasional
(BN).
Divisão Administrativa: A Malásia encontra-se dividida em 13 estados e 3 territórios federais
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Capital: Kuala Lumpur
Outras cidades importantes: Subang Jaya; Klang; Johor Baru; Ampang Jaya
Religião: O islamismo é a religião predominante, seguida do budismo, do cristianismo e do
hinduísmo
Língua: A língua oficial é o “Bahasa Malaysia” (malaio); também são falados o mandarim
e vários dialetos chineses, o inglês, o tamil e línguas indígenas
Unidade monetária: Ringgit da Malásia (MYR)
1 EUR = 4,6717 MYR - Banco de Portugal, média / junho 2018
Risco país: Risco geral - BBB (AAA = risco menor; D = risco maior) - EIU
Risco Político - BB
Risco de Estrutura Económica - BBB
Risco de crédito: 2 (1 = risco menor; 7 = risco maior) - COSEC, julho 2018
Política de cobertura de risco: Operações de Curto prazo - Aberta sem condições restritivas
Médio/Longo prazo - Não definida
(COSEC - julho 2018)
Principais relações internacionais e regionais:
Banco Asiático de Desenvolvimento (Asian Development Bank – BAsD), Banco
de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements – BIS),
novo Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (Asian Infrastructure
Investment Bank – AIIB), Organização das Nações Unidas (United Nations – UN)
e suas agências especializadas (Funds, Programmes, Specialized Agencies and
Others UN Entities) e Banco Mundial (World Bank Group). Integra, ainda, a
Organização Mundial de Comércio (World Trade Organization – WTO) desde 1
de janeiro de 1995.
A nível regional a Malásia faz parte do Encontro Ásia-Europa (Asia-Europe
Meeting – ASEM), do Fórum de Cooperação Económica da Ásia e do Pacífico
(Asia-Pacific Economic Cooperation – APEC), do Conselho de Cooperação
Económica do Pacífico (Pacific Economic Cooperation Council – PECC) assim
como da respetiva Área de Comércio Livre (ASEAN Free Trade Area – AFTA), e
da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Association of Southeast Asian
Nations – ASEAN).
Relacionamento com a União Europeia (UE):
Em setembro de 2010, e com vista a aprofundar o relacionamento bilateral
(EU/ASEAN), a União Europeia e a Malásia lançaram as bases para a
celebração de um Acordo de Comércio Livre, como sucedeu posteriormente com
outros países da ASEAN individualmente (ex.: Singapura e Vietname), enquanto
não for concluído o futuro Acordo UE/ASEAN (último objetivo). Realizadas 7
rondas, as negociações foram suspensas em abril de 2012, a pedido da Malásia,
sendo que as partes procedem agora a um exercício de avaliação dos avanços
efetuados (muitas das dificuldades não foram ultrapassadas), antes de as
negociações serem eventualmente retomadas.
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Salienta-se que os acordos de comércio livre visam, entre outras metas, a
eliminação dos direitos aduaneiros e barreiras não pautais no comércio entre as
partes e uma maior abertura no acesso aos mercados dos serviços e
investimento, propriedade intelectual, contratos públicos, entre outras matérias.
Mais informação sobre o relacionamento bilateral pode ser consultada nos
seguintes links: Trade Policy – Contries and Regions – Malaysia / Overview of
FTA and Other Trade Negotiations (European Commission) / European External
Action Service (EEAS) – Malaysia.
Ambiente de Negócios
Competitividade (Rank no Global Competitiveness Index 2017/18) 23º Facilidade de Negócios (Rank no Doing Business Rep. 2018) 24º
Transparência (Rank no Corruption Perceptions Index 2017) 62º Ranking Global (EIU, entre 82 mercados) 26º
2. Economia
2.1. Situação Económica e Perspetivas
A Malásia é um país com uma população de 31,6 milhões de pessoas, em 2017, e um PIB per capita de
de 9 950 USD, segundo dados do EIU - The Economist Intelligence Unit.
A organização política e económica da Malásia é fruto do seu passado histórico, sendo a estrutura
federal do país um vestígio dos antigos sultanatos independentes. A península obteve a independência
da Grã-Bretanha em 1957, mas a formação da Malásia atual só culminaria em 1965, com a saída de
Singapura da Federação Malaia. O país está dividido em treze estados e três territórios federais,
conforme anteriormente referido.
A atividade económica da Malásia desde há muito que se encontra centrada nas exportações, sendo o
grau de abertura da economia ao exterior bastante elevado. O investimento direto estrangeiro tem sido
fundamental para assegurar o êxito deste modelo de “industrialização exportadora”.
A Malásia dispõe de recursos naturais, tais como, o estanho, o petróleo, a madeira, o cobre, o minério de
ferro, o gás natural e a bauxita. O país é um importante exportador de madeira tropical. Ao nível do setor
agrícola, é de referir que a Malásia é de um dos principais produtores mundiais de óleo de palma e
borracha. Na indústria, o país é um importante exportador mundial de semicondutores. No que concerne
aos serviços, que empregam a maioria da população, destaca-se o setor do turismo que tem alguma
relevância na economia do país.
Em termos de estrutura produtiva, os dados referentes a 2017 indicam que o setor dos serviços
representou 53,6% do PIB (produto interno bruto), sendo o peso da indústria de 37,6% e a percentagem
do setor agrícola de 8,8%.
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Segundo o relatório Global Competitiveness Report 2017-20181, a Malásia posicionou-se no 23º lugar do
ranking que inclui 137 economias (tendo-se situado no 25º lugar no relatório de 2016/2017, e neste caso
entre 138 economias). Por outro lado, o país situou-se no 62º lugar em temos de transparência, de
acordo com o Corruption Perceptions Index 2017, ocupando a 24ª posição, a nível mundial, no que
respeita à facilidade em fazer negócios, no ranking do Doing Business Report 2018.
A economia do país tem registado um desenvolvimento muito positivo nos últimos anos, com o
crescimento real do PIB a situar-se numa taxa média de 5,2% ao ano, no período de 2013-2017,
impulsionado, fundamentalmente, pelo consumo privado. O EIU prevê um acréscimo médio anual do PIB
de 5,5% para o período 2018-2022, perspetivando que o consumo interno continue a ser o principal
motor do crescimento económico na Malásia. Em 2018, deverá verificar-se um incremento do produto
interno bruto de 5,6%, com o consumo privado e a despesa pública a aumentarem a um ritmo
ligeiramente maior do que no ano anterior. A previsão relativa ao crescimento económico para 2018 teria
sido ainda mais elevada, caso não tivessem sido revistas em baixa as projeções da mesma fonte
referentes às componentes externas do PIB, de acordo com os dados que mostraram uma acentuada
desaceleração da atividade do setor externo no primeiro trimestre deste ano. Por outro lado, caso se
verifique o adiamento ou a suspensão de projetos de infraestruturas de longo prazo tal poderá vir a
refletir-se num menor crescimento da formação bruta de capital de fixo.
No que concerne à formação bruta de capital fixo, os acréscimos percentuais anuais diminuíram de 8,1%
em 2013 para 2,7% em 2016. Verificou-se um maior incremento percentual deste indicador em 2017 (de
6,2%), prevendo-se que a taxa média de crescimento anual, de 2018 até 2022, se possa situar em 5,4%.
Verificaram-se taxas de crescimento, em termos reais, de 10,9% nas importações de bens e serviços e
de 9,4% no que se refere às exportações em 2017. Segundo os dados do EIU, espera-se que as
exportações de bens e serviços aumentem a uma taxa média anual de 7,1% no período de 2018 até
2022. No entanto, o contributo das exportações líquidas para o incremento do PIB deverá continuar a ser
negativo, na medida em que se prevê que o crescimento das importações seja superior ao das
exportações.
Perspetiva-se que possa existir uma redução ao nível da inflação, sendo mais acentuada à medida que
os retalhistas forem diminuindo os preços na sequência da abolição do imposto sobre bens e serviços,
que se verifica desde o início do passado mês de junho. Assim, registou-se uma taxa de inflação média
de 3,8% em 2017 e prevê-se que a mesma se possa situar em 1,5% em 2018.
O saldo da balança corrente da Malásia é positivo, mas fica bastante aquém dos valores registados no
passado, contribuindo para isso o incremento que se vem verificando ao nível das importações, com o
aumento da procura de bens de consumo e de capital, refletindo-se no saldo da balança comercial. O
saldo da balança corrente representou 3,0% do PIB em 2017, perspetivando-se que se possa verificar
uma percentagem média anual de 2,7% no período de 2018 até 2022.
1 The Global Competitiveness Report 2017-2018 - World Economic Forum
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A população malaia tem vindo a aumentar gradualmente, verificando-se uma taxa de crescimento de
cerca de 6% em 2017 relativamente a 2013. O EIU prevê que o país possa ter 32 milhões de pessoas
em 2018 e que a população possa continuar a aumentar nos quatro anos seguintes.
Principais Indicadores Macroeconómicos
Unidade 2015a 2016
a 2017
a 2018
b 2019
b 2020
b
População Milhões 30,7 31,2 31,6 32,0 32,5 32,9
PIB a preços de mercado1 109 MYR 1 158,5 1 231,0 1 353,4 1 443,7 1 548,9 1 657,1
PIB a preços de mercado1 109 USD 296,6 296,8 314,7 362,5 376,3 406,7
PIB per capita USD 9 660 9 520 9 950 11 310 11 590 12 370
Crescimento real do PIB Var. % 5,1 4,2 5,9 5,6 5,5 5,3
Consumo privado2 Var. % 6,0 6,0 7,0 7,3 6,4 6,3
Consumo público2 Var. % 4,5 0,9 5,4 5,8 5,3 5,4
Formação bruta de capital fixo2 Var. % 3,6 2,7 6,2 5,4 5,5 4,7
Taxa de desemprego % 3,2 3,5 3,4c 3,4 3,4 3,5
Taxa de inflação (média) % 2,1 2,1 3,8 1,5 2,3 2,2
Saldo do setor público % do PIB -3,2 -3,1 -3,0 -3,3 -3,6 -3,5
Dívida pública % do PIB 54,4 52,7 50,7 51,1 51,4 51,7
Saldo da balança corrente 109 USD 9,1 7,1 9,5 9,7 9,0 13,8
Saldo da balança corrente % do PIB 3,1 2,4 3,0 2,7 2,4 3,4
Dívida externa % do PIB 64,4 67,5 69,0c 63,4 62,1 58,6
Taxa de câmbio (média) 1 USD = X MYR 3,91 4,15 4,30 3,98 4,12 4,08
Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU)
Notas: (a) Valores atuais; (b) Previsões; (c) Estimativas; (1) Preços correntes; (2) Preços constantes
MYR - Ringgit da Malásia
De referir que o Décimo Primeiro Plano da Malásia, um plano quinquenal para o período 2016-2020, visa
apoiar a concretização do objetivo do país de poder integrar o conjunto de mercados com elevado
rendimento, segundo a classificação do Banco Mundial, até 2020. A produtividade e a inovação são dois
pilares fundamentais do Plano, que se baseia em seis objetivos estratégicos: aumentar a inclusão tendo
em vista uma sociedade equitativa; melhorar o bem-estar da população; acelerar o desenvolvimento do
capital humano; procurar que o crescimento da economia se desenrole tendo em conta aspetos de
caráter ambiental; reforçar as infraestruturas de apoio à expansão da economia; equacionar alterações
no modelo de crescimento económico para aumentar a prosperidade.
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2.2. Comércio Internacional
No âmbito das relações comerciais internacionais, de acordo com os dados da Organização Mundial do
Comércio, a Malásia ocupava o 25º lugar no ranking mundial de exportadores em 2017, situando-se este
mercado próximo da Polónia (22º), da Austrália (23º), da Arábia Saudita (24º), do Brasil (26º), do
Vietname (27º) e da República Checa (28º).
Relativamente ao ranking mundial de importadores, a Malásia situou-se no 26º lugar em 2017, ficando
este país próximo da Austrália (23º, com base num valor estimado), da Tailândia (24º), do Vietname
(25º), da Áustria (27º), da República Checa (28º) e do Brasil (29º).
As quotas da Malásia nos valores globais das exportações e das importações, em 2017, foram
respetivamente de 1,2% e 1,1%.
Segundo os dados do EIU (The Economist Intelligence Unit), as exportações da Malásia aumentaram em
2014 (+2,6%, face ao ano anterior), diminuíram em 2015 e em 2016 (variações percentuais,
respetivamente, de -15,9% e -5,2%) e voltaram a registar um incremento em 2017 (+13,5%). A taxa
média de variação anual foi de -1,2%, no período 2013-2017.
Ao nível das importações, registaram-se acréscimos em 2014 (+0,7%) e em 2017 (+14,0%), verificando-
se reduções em 2015 e em 2016 (variações percentuais, respetivamente, de -15,2% e -3,9%). A taxa
média de variação anual, no período em análise, situou-se em -1,1%.
A Malásia apresenta tradicionalmente excedentes em termos do saldo da balança comercial, registando,
em 2017, o segundo menor valor dos últimos cinco anos (27,2 mil milhões de USD). O coeficiente de
cobertura das importações pelas exportações situou-se entre 116,9% em 2017 e 120% em 2014.
Evolução da Balança Comercial
(109
USD) 2013
2014
2015
2016
2017
Exportação (fob)1 202,3 207,5 174,6 165,5 187,9
Importação (fob)1 171,7 172,9 146,7 141,0 160,7
Saldo1 30,6 34,6 27,9 24,5 27,2
Coeficiente de cobertura (%)1 117,8 120,0 119,0 117,4 116,9
Posição no ranking mundial
Como exportador2 25ª 23ª 24ª 24ª 25ª
Como importador2 26ª 26ª 26ª 26ª 26ª
Fontes: (1) The Economist Intelligence Unit (EIU); (2) Organização Mundial do Comércio (OMC)
As exportações e as importações representaram 110,8% do PIB em 2017, sendo a percentagem de
51,1%, considerando apenas as compras de bens ao exterior.
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O EIU prevê um crescimento das exportações de 10,5% em 2018, relativamente ao ano anterior, sendo
o acréscimo perspetivado referente às importações de 13,4%.
No que respeita aos principais clientes das exportações da Malásia, e segundo os dados do ITC -
International Trade Centre, Singapura ocupa a primeira posição (14,3% do total em 2017), seguindo-se a
China (13,5%), os Estados Unidos da América (9,5%), o Japão (8,0%) e a Tailândia (5,4%). Os cinco
primeiros mercados representaram, em conjunto, cerca de 51% das vendas de bens desse país ao
exterior no último ano.
Em 2017, no âmbito dos países da Europa, situaram-se nas vinte primeiras posições como clientes da
Malásia os seguintes mercados: os Países Baixos (12º cliente, com um peso de 2,9% no total das
exportações), a Alemanha (13º cliente, com um peso de 2,9%), a Turquia (17º cliente, com um peso de
1,1%) e o Reino Unido (18º cliente, com um peso de 1,0%). O conjunto dos países da União Europeia
representou 10,2% do montante global das suas exportações em 2017.
Portugal foi o 80º cliente da Malásia em 2017, correspondendo as suas exportações para o nosso país a
0,04% do valor global. Segundo os dados do ITC, as exportações da Malásia para Portugal, nesse ano,
aumentaram 37,4% face a 2016.
Principais Clientes
Mercado 2015 2016 2017
Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição
Singapura 13,9 1ª 14,6 1ª 14,3 1ª
China 13,0 2ª 12,5 2ª 13,5 2ª
Estados Unidos da América 9,5 4ª 10,2 3ª 9,5 3ª
Japão 9,5 3ª 8,1 4ª 8,0 4ª
Tailândia 5,7 5ª 5,6 5ª 5,4 5ª
Portugal 0,04 82ª 0,03 84ª 0,04 80ª
Fonte: International Trade Centre (ITC)
No que se refere às importações, a China situa-se no primeiro lugar enquanto fornecedor (19,6% do
valor global em 2017), seguindo-se Singapura (11,1%), os Estados Unidos da América (8,3%), o Japão
(7,6%) e Taiwan (6,5%). O valor agregado dos cinco primeiros mercados representou cerca de 53% das
compras da Malásia de produtos provenientes do exterior no último ano.
Entre os países europeus que se posicionaram nos vinte principais fornecedores da Malásia em 2017
encontram-se a Alemanha (10º fornecedor, com um peso de 3,1% no total das importações), a França
(15º fornecedor, com um peso de 1,5%), a Suíça (16º fornecedor, com um peso de 1,4%) e os Países
Baixos (20º fornecedor, com um peso de 0,9%). O conjunto dos países da União Europeia representou
9,6% do valor global das suas importações em 2017.
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Portugal, como fornecedor da Malásia, ocupou a 69ª posição em 2017, representando 0,03% do
montante global das importações. Segundo os dados do ITC, as suas compras de bens provenientes do
nosso país aumentaram 39,7% face a 2016.
Principais Fornecedores
Mercado 2015 2016 2017
Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição
China 18,9 1ª 20,4 1ª 19,6 1ª
Singapura 12,0 2ª 10,4 2ª 11,1 2ª
Estados Unidos da América 8,1 3ª 8,0 4ª 8,3 3ª
Japão 7,8 4ª 8,2 3ª 7,6 4ª
Taiwan 5,3 6ª 6,0 6ª 6,5 5ª
Portugal 0,02 75ª 0,02 70ª 0,03 69ª
Fonte: International Trade Centre (ITC)
No que concerne à estrutura das exportações, as máquinas e equipamentos elétricos, os combustíveis e
óleos minerais e as máquinas e equipamentos mecânicos ocuparam as três primeiras posições,
representando, em conjunto, cerca de 58% do valor global em 2017. Situaram-se nas duas posições
seguintes os grupos relativos a gorduras e óleos animais ou vegetais e instrumentos e aparelhos de
ótica, fotografia, medida, precisão, médico-cirúrgicos, etc., totalizando os cinco primeiros agrupamentos,
aproximadamente, 68% do total.
Numa análise mais em detalhe, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, as cinco primeiras
categorias de produtos exportados pela Malásia foram as seguintes: circuitos integrados eletrónicos, e
suas partes (15,1% do valor global em 2017); óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto
óleos brutos) e preparações não especificadas (6,1%); gás de petróleo e outros hidrocarbonetos gasosos
(4,6%); óleo de palma e suas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados (4,5%);
díodos, transístores e dispositivos semelhantes semicondutores, dispositivos fotossensíveis
semicondutores, etc. (3,9%). O valor agregado destas categorias de produtos representou cerca de 34%
das suas exportações nesse ano.
Ao nível das importações, as máquinas e equipamentos elétricos, os combustíveis e óleos minerais e as
máquinas e equipamentos mecânicos também ocuparam as três primeiras posições, representando, em
conjunto, cerca de 53% do montante global em 2017. Seguiram-se os grupos referentes a plástico e
suas obras e instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia, medida, precisão, médico-cirúrgicos, etc.,
representando o valor agregado das cinco primeiras categorias de produtos, neste caso, cerca de 59%
do total.
Numa análise mais detalhada, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, as cinco primeiras
categorias de produtos importados pela Malásia foram as seguintes: circuitos integrados eletrónicos, e
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suas partes (15,9% do total em 2017); óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos
brutos) e preparações não especificadas (8,6%); aparelhos telefónicos, incluindo os telefones para redes
celulares e para outras redes sem fio, outros aparelhos para a transmissão ou receção de voz, imagens
ou outros dados (2,1%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos (2,0%); díodos,
transístores e dispositivos semelhantes semicondutores, dispositivos fotossensíveis semicondutores, etc.
(1,9%). O valor agregado destas categorias de produtos representou, aproximadamente, 31% das suas
importações nesse ano.
Principais Produtos Transacionados - 2017
Exportações / Setor % Importações / Setor %
85 - Máquinas e equipamentos elétricos 31,6 85 - Máquinas e equipamentos elétricos 28,0
27 - Combustíveis e óleos minerais 15,3 27 - Combustíveis e óleos minerais 12,8
84 - Máquinas e equipamentos mecânicos 11,0 84 - Máquinas e equipamentos mecânicos 11,7
15 - Gorduras e óleos animais ou vegetais 6,2 39 - Plástico e suas obras 4,0
90 - Instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia, medida, precisão, médico-cirúrgicos, etc.
3,6 90 - Instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia, medida, precisão, médico-cirúrgicos, etc.
2,9
Fonte: International Trade Centre (ITC)
2.3. Investimento Estrangeiro
A Malásia ocupou o 32º lugar do ranking mundial (UNCTAD - World Investment Report 2018) como
recetor de investimento direto do exterior (IDE) em 2017, ficando próxima do Japão (29º), dos Emirados
Árabes Unidos (30º), da Áustria (31º), das Filipinas (33º), da Tailândia (34º) e da República Checa (35º).
O investimento direto do exterior na Malásia diminuiu de 2013 até 2015, aumentou em 2016 e voltou a
registar uma redução em 2017, sendo o valor do último ano (9,5 mil milhões de USD), o menor do
período em análise (2013-2017). O valor do IDE representou 0,7% do respetivo total a nível mundial em
2017. O montante médio anual do investimento direto do exterior, de 2013 até 2017, situou-se em cerca
de 10,8 mil milhões de USD.
O EIU prevê uma diminuição do valor de investimento direto do exterior na Malásia para 9 mil milhões de
USD em 2018, podendo aumentar os montantes dos próximos quatro anos.
Segundo estatísticas do Department of Statistics da Malásia, o conjunto dos mercados da Ásia
representou 74,6% do investimento direto do exterior no país em 2016, sendo a respetiva percentagem
relativa à Europa de 14,1%. Os três principais mercados da Ásia foram Hong Kong, Singapura e a China
Continental. Os serviços representaram 50,9% do valor do IDE nesse ano, situando-se o valor percentual
referente à indústria transformadora, ao setor mineiro e à indústria extrativa em 43,3%. Nos serviços
destacaram-se as utilities e a atividade financeira e seguradora.
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Enquanto emissor de investimento direto no exterior, a Malásia situou-se no 29º lugar no respetivo
ranking mundial em 2017 (UNCTAD - World Investment Report 2018), ficando próxima do Koweit (26º),
da África do Sul (27º) de Israel (28º), da Arábia Saudita (30º), do Chile (31º) e do México (32º).
O investimento direto do país no exterior aumentou de 2013 para 2014 e diminuiu nos três últimos anos,
fixando-se em cerca de 5,8 mil milhões de USD em 2017, representando 0,4% do total a nível mundial. O
valor médio anual do investimento direto no exterior, nos últimos cinco anos, situou-se,
aproximadamente, em 11 mil milhões de USD.
O EIU prevê um aumento do montante do investimento direto da Malásia no exterior para 8 mil milhões
de USD em 2018.
Segundo estatísticas do Department of Statistics da Malásia, o conjunto dos países da Ásia representou
45,5% do investimento direto do país no exterior em 2016, sendo as percentagens da Europa e da
América, respetivamente, de 23,7% e 23,2%. Os serviços representaram 56,9% do valor do investimento
direto no exterior nesse ano, seguindo-se o setor mineiro e a indústria extrativa (25,8%) e a indústria
transformadora (14,1%). Nos serviços destacaram-se a atividade financeira e seguradora e o setor do
transporte e armazenagem.
Investimento Direto
(106
USD) 2013 2014 2015 2016 2017
Investimento do exterior na Malásia 12 115 10 877 10 082 11 336 9 543
Investimento da Malásia no exterior 14 107 16 369 10 546 8 011 5 792
Posição no ranking mundial
Como recetor 28ª 28ª 31ª 32ª 32ª
Como emissor 24ª 18ª 28ª 28ª 29ª
Fonte: UNCTAD - World Investment Report 2018
2.4. Turismo
O setor do turismo tem alguma importância na economia da Malásia, sendo o país um destino turístico
relevante, com interessantes atrações naturais e a oferta de unidades hoteleiras de luxo.
A Malásia ocupava a 26ª posição no ranking do Travel & Tourism Competitiveness Report 2017 (World
Economic Forum) face a um total de 136 mercados considerados, tendo descido uma posição em
relação a 2015 (neste caso, num conjunto de 141 mercados).
Segundo os dados da World Tourism Organization (UNWTO), o número de turistas que se deslocaram à
Malásia aumentou em 2013 (+2,7%, relativamente a 2012) e em 2014 (+6,7%), diminuiu em 2015 (uma
variação percentual de -6,3%) e voltou a registar um incremento em 2016 (+4,0%). Apesar deste
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13
acréscimo, o número de turistas em 2016 (cerca de 26,8 milhões) ficou ainda aquém do número
verificado em 2014 (27,4 milhões). O crescimento médio anual, no período 2012-2016, foi de 1,8%.
As receitas relativas a visitantes provenientes dos mercados externos (não considerando as de
transporte) registaram incrementos que se situaram entre 5% e cerca de 6% em 2013 e 2014,
diminuíram em 2015 (uma variação percentual de -21,8%), aumentando 2,4% em 2016. A taxa média de
variação anual, no período em análise, foi de -2,0%.
Ao nível das receitas, a Malásia situou-se no 19º lugar no ranking global em 2016 (os dados são
provisórios) ficando próxima de mercados como a Áustria (16º), a Turquia (17º), Singapura (18º), o
Canadá (20º), a Coreia do Sul (21º) e a Suíça (22º).
Relativamente aos principais mercados de origem dos turistas, por nacionalidade, que se deslocaram à
Malásia em 2016, passamos a referir os seguintes: Singapura (49,6%), a Indonésia (11,4%),
a China (7,9%), a Tailândia (6,7%), o Brunei (5,2%) e a Índia (2,4%).
Os mercados da Ásia/Pacífico e Médio Oriente representaram, em conjunto, cerca de 94% do número
total de turistas estrangeiros que se deslocaram à Malásia em 2016, tendo o peso da Europa sido,
aproximadamente, de 4%.
Indicadores do Turismo
2012 2013 2014 2015 2016
Turistas (103) 25 033 25 715 27 437 25 721 26 757
Receitasa (106 USD) 20 251 21 500 22 600 17 666 18 084
Fonte: Word Tourism Organization (UNWTO)
Nota: (a) Não estão incluídas as receitas de transporte
Como mercado emissor, as despesas relativas aos visitantes da Malásia no exterior (não incluindo as de
transporte) aumentaram em 2013 (+0,2%, face ao ano anterior) e em 2014 (+1,7%), registando reduções
em 2015 e em 2016 (variações percentuais, respetivamente, de -13,9% e -2,2%). Assim, as despesas
passaram de 12,2 mil milhões de USD em 2012 para cerca de 10,5 mil milhões de USD em 2016.
A Malásia ocupou o 27º lugar no respetivo ranking de mercados emissores, em termos de despesas (os
dados são provisórios), situando-se próxima da Suécia (24º), do Koweit (25º), das Filipinas (26º), do
México (28º), da Áustria (29º) e da Dinamarca (30º).
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3. Relações Económicas com Portugal
3.1. Comércio de Bens e Serviços
3.1.1. Comércio de Bens
As exportações portuguesas para a Malásia e as importações provenientes desse país têm uma
importância muito reduzida no contexto do comércio internacional português de bens.
A Malásia foi o 68º cliente de Portugal em 2017, situando-se próxima de outros mercados, tais como o
Qatar (65º), a Croácia (66º), o Vietname (67º), a Ucrânia (69º), a Sérvia (70º) e os Camarões (71º). As
nossas vendas de bens para a Malásia representaram 0,06% do total em 2017. Trata-se da melhor
posição e da maior percentagem dos últimos cinco anos.
Enquanto fornecedor, a Malásia ocupou o 62º lugar em 2017, ficando próxima da Nigéria (59º),
do Chile (60º), do Koweit (61º), do Bangladesh (63º), da Croácia (64º) e da Costa Rica (65º). A sua quota
no valor global das nossas compras de bens ao exterior foi de 0,09% nesse ano.
De janeiro a maio de 2018, a Malásia ocupou o 65º lugar no ranking de clientes, com uma quota de
0,06%, e a 56ª posição no de fornecedores, com uma percentagem de 0,1%.
Posição e Quota da Malásia no Comércio Internacional Português de Bens
2013 2014 2015 2016 2017 2018
jan/maio
Malásia como cliente de Portugal Posição 96ª 91ª 93ª 89ª 68ª 65ª
% Export. 0,02 0,03 0,03 0,03 0,06 0,06
Malásia como fornecedor de Portugal Posição 57ª 55ª 60ª 61ª 62ª 56ª
% Import. 0,11 0,11 0,09 0,08 0,09 0,10
Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)
As exportações portuguesas para a Malásia aumentaram 12,4% em 2014 e 22,3% em 2015, registando
acréscimos em 2016 e 2017, respetivamente, de 7,2% e 85,2%. O crescimento médio anual, no período
2013-2017, foi de 31,8%. O montante das exportações passou de cerca de 11,6 milhões de euros em
2013 para 31,6 milhões de euros em 2017.
Ao nível das importações, verificou-se um ligeiro incremento em 2014 (+0,7%, face a 2013), registaram-
se reduções em 2015 e em 2016 (variações percentuais, respetivamente, de -15,7% e -5,9%),
aumentando novamente em 2017 (+27,8%). A taxa média de crescimento anual, no período em análise,
foi de 1,7%. As importações eram, aproximadamente, de 63,5 milhões de euros em 2013, diminuíram
para 50,7 milhões de euros em 2016 e fixaram-se em cerca de 64,9 milhões de euros em 2017.
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Nos últimos cinco anos, o saldo da balança comercial foi sempre desfavorável a Portugal, verificando-se,
em 2017, um défice de cerca de 33,3 milhões de euros, que foi inferior aos registados nos quatro anos
anteriores. O coeficiente de cobertura das importações pelas exportações oscilou entre 18,2% em 2013
e 48,7% em 2017.
De janeiro até maio de 2018, as nossas vendas de bens para a Malásia aumentaram 65,3%,
relativamente ao período homólogo do ano anterior, não tendo significado a variação registada em
termos das importações.
Balança Comercial de Bens de Portugal com a Malásia
(103 EUR) 2013 2014 2015 2016 2017
Var %
17/13a
2017 jan/maio
2018 jan/maio
Var %
18/17b
Exportações 11 579 13 012 15 912 17 064 31 607 31,8 9 150 15 123 65,3
Importações 63 527 63 994 53 928 50 738 64 867 1,7 29 322 29 333 0,0
Saldo -51 948 -50 982 -38 016 -33 674 -33 260 -- -20 173 -14 209 --
Coef. Cobertura (%) 18,2 20,3 29,5 33,6 48,7 -- 31,2 51,6 --
Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)
Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2013-2017
(b) Taxa de variação homóloga
(2013 a 2016: resultados definitivos; 2017 e 2018: resultados preliminares)
No que concerne à estrutura das exportações portuguesas para a Malásia, as máquinas e aparelhos
ocupam destacadamente a primeira posição (48,6% do total em 2017). Seguiram-se os agrupamentos
referentes a plásticos e borracha (12,5%), instrumentos de ótica e precisão (8,7%), pastas celulósicas e
papel (4,8%) e matérias têxteis (4,5%). Os cinco primeiros grupos de produtos representaram, em
conjunto, cerca de 79% do valor global das nossas vendas para esse país em 2017.
Desses agrupamentos, diminuíram em 2017, face ao ano anterior, os valores dos plásticos e borracha e
das pastas celulósicas e papel (variações percentuais, respetivamente, de -2,6% e -36,0%), aumentando
bastante os montantes das máquinas e aparelhos (+217,6%), dos instrumentos de ótica e precisão
(+792,8%) e das matérias têxteis (+68,6%).
Numa análise mais em detalhe, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, as cinco primeiras
categorias de produtos das exportações portuguesas para a Malásia foram as seguintes: máquinas e
aparelhos elétricos, com função própria, não especificados nem compreendidos em outras posições do
capítulo 85, e suas partes (16,9% do total em 2017); pneumáticos novos (11,0%); máquinas e aparelhos,
mecânicos, com função própria, não especificados nem compreendidos em outras posições do capítulo
84, e suas partes (8,6%); instrumentos, aparelhos e máquinas de medida ou controlo, não especificados
nem compreendidos em outras posições do capítulo 90 e projetores de perfis (7,3%); partes e acessórios
(exceto estojos, capas e semelhantes), reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinados às
máquinas ou aparelhos das posições 8469 a 8472, não especificadas nem compreendidas noutras
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16
posições (5,9%). O valor agregado destas categorias de produtos representou cerca de 50% do valor
global das exportações do último ano.
Com base nos dados do INE, o número de empresas portuguesas que exportam produtos para a
Malásia tem vindo a aumentar, passando de 206 em 2013 para 295 em 2017, sendo o respetivo
acréscimo de cerca de 43%.
Exportações por Grupos de Produtos
(103 EUR) 2013
% Total 2013
2016 % Total
2016 2017
% Total 2017
Var % 17/16
Máquinas e aparelhos 4 313 37,2 4 837 28,3 15 360 48,6 217,6
Plásticos e borracha 1 613 13,9 4 043 23,7 3 940 12,5 -2,6
Instrumentos de ótica e precisão 164 1,4 309 1,8 2 763 8,7 792,8
Pastas celulósicas e papel 1 400 12,1 2 385 14,0 1 527 4,8 -36,0
Matérias têxteis 737 6,4 846 5,0 1 426 4,5 68,6
Químicos 80 0,7 784 4,6 1 382 4,4 76,4
Alimentares 173 1,5 374 2,2 998 3,2 166,6
Calçado 138 1,2 545 3,2 801 2,5 46,8
Metais comuns 363 3,1 470 2,8 768 2,4 63,5
Minerais e minérios 159 1,4 812 4,8 764 2,4 -5,9
Vestuário 15 0,1 487 2,9 667 2,1 36,7
Madeira e cortiça 310 2,7 373 2,2 481 1,5 29,1
Agrícolas 285 2,5 129 0,8 250 0,8 94,5
Combustíveis minerais 36 0,3 10 0,1 72 0,2 635,8
Veículos e outro mat. transporte 754 6,5 60 0,4 58 0,2 -2,9
Peles e couros 29 0,2 62 0,4 57 0,2 -8,3
Outros produtos (a) 1 011 8,7 537 3,1 293 0,9 -45,5
Total 11 579 100,0 17 064 100,0 31 607 100,0 85,2
Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)
Nota: (a) Tabaco, chapéus, guarda-chuvas, pedras e metais preciosos, armas, mobiliário, brinquedos, obras de arte e obras diversas
Ao nível das importações de bens provenientes desse mercado, os plásticos e borracha e as máquinas e
aparelhos ocupam as duas primeiras posições (representaram, respetivamente, 38,5% e 33,1% do total
em 2017); seguiram-se os metais comuns (10,3%), os instrumentos de ótica e precisão (3,7%) e os
químicos (3,2%). Os cinco primeiros grupos de produtos representaram, em conjunto, cerca de 89% das
importações do último ano.
Os valores desses agrupamentos aumentaram em 2017 relativamente a 2016, verificando-se acréscimos
de 157,4% nos metais comuns, de 58,9% nos instrumentos de ótica e precisão e de 18,7% nas
máquinas e a aparelhos. Apesar de terem existido incrementos nos montantes dos plásticos e borracha
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(+30,6%) e dos produtos químicos (+32,9%), as importações destes grupos de produtos diminuíram em
2017 face a 2013 (variações percentuais, respetivamente, de -34% e -3,6%).
Importações por Grupos de Produtos
(103 EUR) 2013
% Total 2013
2016 % Total
2016 2017
% Total 2017
Var % 17/16
Plásticos e borracha 37 870 59,6 19 148 37,7 25 004 38,5 30,6
Máquinas e aparelhos 14 207 22,4 18 069 35,6 21 443 33,1 18,7
Metais comuns 1 380 2,2 2 589 5,1 6 664 10,3 157,4
Instrumentos de ótica e precisão 1 761 2,8 1 501 3,0 2 385 3,7 58,9
Químicos 2 122 3,3 1 540 3,0 2 046 3,2 32,9
Combustíveis minerais 1 332 2,6 1 330 2,1 -0,2
Matérias têxteis 787 1,2 2 149 4,2 1 323 2,0 -38,4
Veículos e outro mat. transporte 730 1,1 492 1,0 724 1,1 46,9
Minerais e minérios 1 082 1,7 493 1,0 576 0,9 16,9
Agrícolas 184 0,3 174 0,3 505 0,8 190,3
Alimentares 1 496 2,4 726 1,4 465 0,7 -36,0
Pastas celulósicas e papel 197 0,3 536 1,1 304 0,5 -43,2
Vestuário 3 0,0 40 0,1 157 0,2 288,9
Madeira e cortiça 4 0,0 2 0,0 22 0,0 920,9
Calçado 39 0,1 50 0,1 6 0,0 -88,9
Peles e couros 1 0,0 46 0,1 2 0,0 -94,7
Outros produtos (a) 1 666 2,6 1 850 3,6 1 912 2,9 3,3
Total 63 527 100,0 50 738 100,0 64 867 100,0 27,8
Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)
Nota: (a) Tabaco, chapéus, guarda-chuvas, pedras e metais preciosos, armas, mobiliário, brinquedos, obras de arte e obras diversas
Numa análise mais detalhada, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, as cinco primeiras
categorias de produtos das importações portuguesas do Japão foram as seguintes: borracha natural, em
formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras, etc. (23,4% do total em 2017); partes reconhecíveis
como exclusiva ou parcialmente para aparelhos das posições pautais 8525 a 8528 (10,1%); quadros,
painéis, consolas, cabinas, armários e outros suportes, com dois ou mais aparelhos das posições 8535
ou 8536, para comando elétrico ou distribuição de energia elétrica (7,9%); obras de plástico e obras de
outras matérias das posições 3901 a 3914, não especificadas nem compreendidas noutras posições
(7,8%); vestuário e seus acessórios de borracha vulcanizada não endurecida (3,4%). O valor agregado
destas categorias de produtos representou cerca de 53% do valor global do último ano.
3.1.2. Serviços
Não existem dados disponíveis que nos permitam fazer uma análise dos fluxos relativos aos serviços.
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3.2. Investimento
Não existem dados disponíveis que nos permitam fazer uma análise dos fluxos relativos ao investimento.
3.3. Turismo
Não existem dados disponíveis que nos permitam fazer uma análise dos fluxos relativos ao turismo.
4. Condições Legais de Acesso ao Mercado
4.1. Regime Geral de Importação
O regime de importação na Malásia tem vindo a ser objeto de várias reformas no sentido de uma maior
liberalização, de acordo com os ditames da OMC. Não obstante as melhorias verificadas, a política
comercial continua a ser utilizada pelo Governo (via Ministry of International Trade and Industry – MITI)
como instrumento de desenvolvimento e proteção de alguns setores industriais (ao nível
aduaneiro/tarifário e do sistema de licenciamento prévio) de entre os quais se destaca o setor automóvel
e seus componentes, a indústria siderúrgica e cimenteira. O quadro legal aplicável é o Customs Act
(Código Aduaneiro), n.º 235, de 1967 (revisto) e o Customs Regulations (Regulamentação do Código
Aduaneiro), de 1977 (revisto).
A maior parte dos bens é objeto de importação livre, ao abrigo do – Open General Licensing Regime
(Malaysia: Regulations & Customs). Conforme já foi referido a importação de determinados produtos
pode estar sujeita a licenciamento prévio – Import Licences (ex.: alguns produtos alimentares essenciais;
pesticidas; equipamentos elétricos; motores para veículos automóveis) ou ser mesmo proibida (é o caso
de vários produtos químicos) por razões religiosas, ambientais ou de segurança nacional.
Ainda no que às formalidades de importação diz respeito, para além da documentação comercial
habitual (fatura comercial, documentos de transporte, entre outra), a cargo do despachante oficial das
empresas, existem, igualmente, exigências técnicas e requisitos de qualidade a observar por parte de
alguns produtos, que os exportadores podem aceder no tema Procedures and Formalities, do Portal
Market Access Database (MADB), clicando nos itens aí referidos para obter informação pormenorizada
sobre cada uma das formalidades/documentos. Especial atenção é devida à coluna Country Overview,
na qual podem ser consultadas variadíssimas matérias, de entre as quais se destacam os procedimentos
aduaneiros de importação, as regras de rotulagem e embalagem e a regulamentação técnica de
produtos.
Os produtos alimentares de origem animal e os vegetais/plantas deverão ser acompanhados de
certificados sanitários e fitossanitários, respetivamente, estando também sujeitos, muitas vezes, a
licenciamento.
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No âmbito dos produtos agroalimentares, importa finalmente referir que quando do envio para a Malásia
de produtos de origem animal (ex.: carnes; lacticínios; ovos) e de produtos de origem vegetal (ex.:
plantas; frutas; sementes; e legumes), as empresas nacionais devem inquirir, respetivamente, junto da
Divisão de Internacionalização e Mercados e Direção de Serviços de Sanidade Vegetal, da Direção-
Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), sobre a possibilidade de realizarem operações de
exportação.
Com efeito, pode não ser possível, desde logo, proceder ao envio deste tipo de bens para este mercado
pelo facto de Portugal não se encontrar habilitado para o efeito (necessidade de acordo entre os serviços
veterinários/fitossanitários do nosso país e os homólogos do país de destino no que se refere ao
procedimento e/ou modelo de certificado sanitário/fitossanitário).
As barreiras não tarifárias às exportações do setor agroalimentar podem ser consultadas no Portal
GlobalAgriMar, do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral – GPP, tutelado pelo
Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural e pelo Ministério do Mar (ver tema
“Facilitação da Exportação” e, depois, “Constrangimentos” / “Constrangimentos à Exportação”).
De notar que o facto de determinados produtos/países não constarem na listagem de constragimentos à
exportação, não significa que Portugal esteja habilitado a exportar. Eventualmente, pode nunca ter
existido qualquer intenção de exportação por parte de empresas nacionais, condição indispensável para
a DGAV iniciar o respetivo processo de habilitação (Formulário de Exportação).
Para melhor entendimento das várias fases destes processos, os interessados podem consultar, no
Portal GlobalAgriMar, a apresentação esquemática sobre os processos de habilitação para a exportação
de:
• Animais, Produtos Animais e Produtos/Subprodutos de Origem Animal;
• Vegetais e Produtos Vegetais com Risco Fitossanitário.
Os interessados devem consultar a informação disponível no site da DGAV sobre os procedimentos de
exportação para a Malásia de produtos de origem animal.
Dada a coexistência de várias etnias no país (malaia, indiana e chinesa), importa salientar que os
cidadãos malaios só consomem comida Halal que deverá ser objeto de análise e inspeção – Certificação
Halal (significa "permitido" ou "lícito" em árabe), a qual estabelece que os produtos alimentares não
podem contrariar os ditames e princípios da lei islâmica, de modo a poderem ser aceites pelos
consumidores de etnia malaia. Um dos produtos alimentares frequentemente abrangido por esta
certificação é a carne e produtos cárneos; quanto aos restantes produtos alimentares a sua identificação
depende do seu processo de fabrico e composição, devendo o exportador contactar os organismos
encarregues da Certificação Halal em Portugal, com a descrição pormenorizada da composição e
processo de fabrico do produto, para apurar da necessidade da referida certificação.
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Em Portugal, a certificação Halal pode ser efetuada junto das seguintes entidades:
• Comunidade Islâmica de Lisboa (CIL) – Rua da Mesquita n.º 2 (Praça de Espanha), 1070-238
Lisboa. Contacto: [email protected] / 213 874 142 – que necessita, para o efeito, de
subcontratar os serviços da empresa Inedit Utilization, Lda., que está encarregue de efetuar a
inspeção e fiscalização dos bens alimentares a exportar pelos agentes económicos, a respetiva
composição e o processo de fabrico, assim como a elaboração do dossier administrativo a
apresentar à CIL. Deste modo, as empresas portuguesas, quando da exportação destes bens,
devem contactar com a empresa Inedit Utilization, Lda – Rua Cidade de Moçâmedes, Lote n.º 254,
2.º Esq.º,1800-194 Lisboa. Contacto: [email protected] (a utilizar de forma preferencial) /
933 603 015;
• Instituto Halal de Portugal (IHP) – Av. Vila Amélia, Lote 171/172, 2950-805 Quinta do Anjo,
Palmela. Contacto: [email protected] / 937 860 786, 934 126 366.
No que respeita a regulamentação técnica, a certificação de qualidade está a cargo do Department of
Standards Malaysia (DSM) organismo que exerce funções na dependência do Ministry of Energy,
Science Technology, Environment & Climate Chance (MESTECC), responsável a nível nacional pela
área das normas técnicas e de qualidade, assim como pela investigação e desenvolvimento tecnológico.
Quanto à rotulagem dos produtos, e de um modo geral, a legislação obriga a que sejam incluídas nos
rótulos as seguintes informações: designação do produto; nome, morada e número de telefone do
fabricante; país de origem; nome, morada e número de telefone do importador; descrição dos vários
componentes e ingredientes; peso líquido; volume, quantidade ou outra medida (se aplicável); data de
fabrico e prazo de validade. Os bens sujeitos a certificação Halal deverão ser rotulados de acordo com
regras próprias. No caso dos produtos cosméticos e farmacêuticos existem requisitos específicos
adicionais a observar (MADB / Procedures and Formalities / Packaging and Labelling Requirements).
A Malásia é membro da OMC e aplica o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de
Mercadorias (SH). As tarifas são, na maior parte dos casos, ad valorem, embora também existam
direitos específicos. Em ambas as situações incidem, ainda, sobre determinados produtos as seguintes
imposições (Malaysia – Import Tariffs):
• Imposto sobre Bens e Serviços (Goods and Services Tax – GST) a uma taxa de 0% até 1 de
setembro de 2018, altura em que será reintroduzido o Imposto sobre o Consumo (Sales and
Services Taxes – SST) a uma taxa ainda não fixada (GST Repeal – Bill 2018);
• Impostos Especiais sobre o Consumo (Excise Duties) que recaem sobre bens como bebidas
alcoólicas e cigarros, a taxas variáveis.
No que respeita aos Direitos Aduaneiros mais de metade dos códigos pautais está sujeita a taxa zero,
sendo a taxa média (6%), uma das mais baixas da ASEAN. Por outro lado, sobre alguns bens, como os
considerados de luxo e as bebidas alcoólicas, incidem taxas superiores.
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Malásia - Ficha de Mercado (julho 2018)
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Dada a sua particularidade, o setor automóvel merece referência à parte, pois goza de uma forte
proteção com o objetivo de salvaguardar a jovem indústria automóvel da Malásia. Neste caso os Direitos
Aduaneiros podem ser elevados, bem como os Impostos Especiais sobre o Consumo.
As tarifas aplicadas na entrada de produtos na Malásia, tal como a documentação exigida para a sua
importação, podem ser consultadas na já referida Base de Dados – MADB, tema – Tariffs.
4.2. Regime de Investimento Estrangeiro
No que respeita à regulamentação do investimento estrangeiro, o ordenamento jurídico da Malásia é
constituído fundamentalmente por dois diplomas base: o Promotion of Investment Act (Lei da Promoção
do Investimento Estrangeiro), de 1986 (revista); e o Industrial Coordination Act (Lei de Coordenação
Industrial), de 1975 (revista).
Durante anos, as autoridades da Malásia incentivaram o investimento direto estrangeiro, especialmente
em atividades orientadas para a exportação e em indústrias de alta tecnologia, contudo, no que
respeitava aos investimentos que visavam o mercado interno, a política do país configurava um sistema
intervencionista e muito restritivo. Em muitos setores, as parcerias entre empresas estrangeiras e locais
eram incentivadas e mesmo exigidas.
A partir de 2009 o país tem vindo a implementar várias reformas na área do investimento com vista a
tornar o ambiente de negócios mais amigável e atrativo para determinado tipo de investimentos
considerados de qualidade, nomeadamente no setor dos serviços. Por outro lado, o setor da indústria
transformadora está a passar por um período de reestruturação para acelerar a mudança que se
pretende alcançar – um setor industrial de elevado valor acrescentado baseado na inovação tecnológica.
Neste contexto, em abril de 2009, o Governo tomou medidas tendentes à liberalização do investimento
estrangeiro na área dos serviços, tendo sido eliminada a participação mínima obrigatória de 30% de
capital malaio em 27 subsetores de atividade (Liberalisation of the Services Setor). Em 2012 foram
adicionados outros 18 subsetores, sendo permitido aos promotores estrangeiros a detenção de 100% do
capital de empresas de forma faseada e progressiva (Autonomous Liberalisation).
De entre os subsetores totalmente liberalizados destacam-se:
• Serviços de consultadoria relacionados com a instalação de software;
• Serviços de veterinária;
• Jardins de infância;
• Centros de congressos e feiras;
• Agências de viagens e operadores de turismo;
• Hotéis e restaurantes de 4 e 5 estrelas;
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• Serviços de transporte de carga de classe C (licença transportadora privada para o transporte de
mercadorias próprias);
• Centros de distribuição regionais;
• Centros de compras internacionais;
• Testes técnicos e serviços de análise;
• Aluguer de navios de carga sem tripulação;
• Agências marítimas;
• Telecomunicações (ASP);
• Escolas internacionais;
• Hospitais privados;
• Serviços de contabilidade e fiscais;
• Serviços jurídicos;
• Universidades particulares;
• Serviços médicos especializados;
• Telecomunicações (NSP e NFP).
Também no cumprimento de orientações da OMC e da ASEAN é expectável que a desregulamentação
prossiga noutros setores.
Não obstante esta abertura do mercado, os investimentos em setores estratégicos de interesse nacional
regulados continuam a ser objeto de restrições ao nível do capital e a requerer autorização das
entidades competentes. É o caso das participações sociais (limitadas) em setores como radiodifusão de
rádio / televisão, distribuição de água e eletricidade, bancos, saúde, hidrocarbonetos e indústria
automobilística.
A agência governamental responsável pela promoção do investimento externo no país é a Malaysian
Investment Development Authority (MIDA), primeiro interlocutor dos promotores estrangeiros
interessados na implementação de projetos na indústria transformadora e nos serviços. A MIDA presta
assessoria especializada, para além de apoiar e coordenar a submissão das respetivas candidaturas, a
obtenção de licenças de operação e incentivos, e a divulgação de oportunidades de investimento / listas
de eventuais parceiros locais para dinamizar a constituição de joint-ventures.
A repatriação do capital e dos lucros do investimento não está sujeita a restrições nem, com algumas
exceções, a imposições fiscais.
Para se operar um investimento/negócio no país, deverá ser constituída uma sociedade local ou, no
mínimo, aberta uma sucursal da empresa mãe (que realiza atividades promocionais e presta assistência
pós venda), sendo que as sociedades ou empresários em nome individual que se estabeleçam na
Malásia deverão ser registados junto da Companies Commission of Malaysia (SSM). Também é
frequente o estabelecimento de joint-ventures.
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Malásia - Ficha de Mercado (julho 2018)
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No que respeita aos incentivos a Malásia disponibiliza uma diversidade de apoios, dos quais se destaca,
pela sua relevância, a Malaysia Digital Economy Corporation (MDEC) , centro de atendimento único para
todos os serviços relacionados com a investigação, desenvolvimento e outras atividades de alta
tecnologia, promovendo o investimento e a inovação (MSC – Multimedia Super Corridor Status). As
empresas que se qualifiquem para o estabelecimento no MSC podem beneficiar de incentivos
substanciais (Be Eligible for Financial Incentives).
Este país prevê, igualmente, a atribuição de incentivos ao investimento em função de vários critérios
como os setores envolvidos (ex.: indústria transformadora ou serviços), o montante do investimento ou a
área geográfica em causa e muitos são da responsabilidade da agência MIDA. Os apoios poderão
assumir natureza fiscal, aduaneira, subsídios ou dedução de despesas (i-Incentives Portal).
Os programas de ajuda às PME podem ser consultados no site SME Corporation Malaysia / Our
Programmes.
Na Malásia existem zonas francas (Free Zones) de natureza comercial (Free Commercial Zones – FCZs)
ou industrial (Free Industrial Zones – FIZs) que permitem a obtenção de benefícios por parte dos
investidores que se pretendam aí estabelecer, facultando, entre outras facilidades, isenções fiscais,
aduaneiras, incentivos à exportação e total repatriação de capital e lucros. Uma das principais zonas
francas é a Port Klang Free Zone (PKFZ).
Por sua vez, na Região Económica da Costa Oriental (East Coast Economic Region – ECER) foram
criadas Zonas Económicas Especiais para promover o desenvolvimento e crescimento económico das
regiões costeiras orientais. São disponibilizados incentivos específicos, incluindo isenção de impostos
sobre os rendimentos durante os primeiros 10 anos de atividade e isenção de Imposto de Selo quando
da aquisição de terrenos (ou prédios) para desenvolvimento dos projetos.
No site da MIDA os interessados podem obter informação variada sobre como investir na Malásia, para
além da relativa aos incentivos, nomeadamente:
• Costs of Doing Business;
• General Guidelines & Facilities;
• Investment Incentives;
• Frequently Asked Questions – FAQ.
Para informações adicionais (ex.: formas de estabelecimento; sistema fiscal; aspetos laborais), os
interessados podem consultar as seguintes publicações / artigos / sites:
• Doing Business in Malaysia (2018, World Bank);
• Malaysia Doing Business (2018, PricewaterhouseCoopers – PwC);
• Taxation and Investment in Malaysia (2018, Deloitte Touche);
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• Malaysia: Foreign Investment (July 2018, Santander Trade Portal);
• Foreign Direct Investment (FDI) in Malaysia (July 2018, Nordea Trade Portal);
• Foreign Investment Opportunities in Malaysia (June 2018, Conventus Law);
• Key Considerations Before Starting a Business in Malaysia (January 2018, TMF Group);
• Doing Business in Asia Pacific 2018 (May 2018, Moore Stephens);
• ASEAN Business Guide – Malaysia (2018, KPMG International);
• Doing Business in Malaysia 2018 (November 2017, DFK International);
• Doing Business in Malaysia 2017/2018 (July 2017, British Malaysian Chamber of Commerce –
BMCC);
• Guide to Doing Business in Malaysia 2017/2018 (31 May 2017, Mazars);
• Doing Business in Malaysia (2017, UHY International);
• Malaysia Investment Guide Framework for Investments (2017/2018, Rödl & Partner).
No que respeita ao relacionamento bilateral, entre Portugal e a Malásia não está em vigor nenhum
acordo com vista à promoção e à proteção recíproca dos investimentos ou para evitar a dupla tributação
sobre os rendimentos.
Notas:
1. A legislação da Malásia, em inglês, pode ser consultada no Official Portal of the Attorney General’s Chambers of
Malaysia.
2. Para mais informação sobre o mercado da Malásia os interessados podem aceder ao site da aicep Portugal Global.
5. Informações Úteis
Formalidades na Entrada
Não é exigido visto para períodos inferiores a trinta dias. Os cidadãos portugueses que pretendam
deslocar-se à Malásia devem ser portadores de passaporte cujo prazo de validade mínimo seja, à data
de entrada no país, de seis meses.
Hora Local
O fuso horário padrão corresponde ao UTC mais oito horas, o que significa que em relação a Portugal a
Malásia tem mais oito horas durante o horário de inverno e mais sete horas no de verão.
Horários de Funcionamento
Serviços Públicos:
a) Estados de Kedah, Kelantan e Terengganu
De domingo a quinta-feira: das 8h30 às 16h30
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Sexta-feira, sábado e feriados: encerrados
b) Outros Estados
De segunda-feira a sexta-feira: das 8h30 às 16h30
Sábado, domingo e feriados: encerrados
Bancos:
a) Estados de Kedah, Kelantan e Terengganu
De domingo a quinta-feira: das 8h30 às 16h30
Sexta-feira, sábado e feriados: encerrados
b) Outros Estados
De segunda-feira a sexta-feira: das 8h30 às 16h30
Sábado, domingo e feriados: encerrados
Comércio:
Comércio Tradicional
De segunda-feira a sábado: das 8h30 / 9h00 às 18h30 / 19h00
Domingo e feriados: encerrado
Centros Comerciais e Supermercados
De segunda-feira a domingo: estão abertos entre as 10h00/10h30 e as 22h00/22h30
Feriados 2018
16 e 17 de fevereiro - Ano Novo Chinês
1 de maio - Dia do Trabalhador
9 de maio - Dia de Eleições Gerais
29 de maio - Dia Vesak
15 e 16 de junho - Hari Raya Puasa / Aidilfitri (fim do Ramadão)
22 de agosto - Hari Raya Qurban (Festa do Sacrifício)
31 de agosto - Dia da Independência da Malásia
9 de setembro - Aniversário do Rei da Malásia
11 de setembro - Awal Muharram (início do novo ano muçulmano)
16 de setembro - Dia da Malásia
20 de novembro - Aniversário do nascimento do profeta Maomé
25 de dezembro - Natal
De referir, que se o feriado coincidir com um outro feriado ou com o dia de domingo, o dia útil seguinte
será considerado feriado (compensação). Por outro lado, para além dos feriados nacionais, há a
considerar os feriados que se aplicam aos estados em particular (a um ou mais estados).
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Pesos e Medidas
É utilizado o sistema métrico.
6. Contactos Úteis
Em Portugal
Nota: Não existe representação diplomática da Malásia em Portugal, sendo os assuntos do nosso país
acompanhados pela Embaixada da Malásia em Paris.
Embaixada da Malásia em Paris
2 bis, rue Benouville
75116 Paris
Tel.: +33 1 45 53 11 85 I Fax: +33 1 47 27 34 60
E-mail: [email protected] (assuntos consulares) / [email protected] (outros assuntos)
http://www.kln.gov.my/perwakilan/paris
aicep Portugal Global
Rua Júlio Dinis, 748, 9º Dto.
4050-012 Porto
Tel.: +351 226 055 300
E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt
aicep Portugal Global
Av. 5 de Outubro, 101
1050-051 Lisboa
Tel.: +351 217 909 500
E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt
COSEC - Companhia de Seguro de Créditos, S.A.
Av. da Liberdade, 249 - 6º piso
1250-143 Lisboa
Tel.: +351 217 913 700 | Fax: +351 217 913 720
http://www.cosec.pt
Comunidade Islâmica de Lisboa (CIL)
Rua da Mesquita nº 2 (Praça de Espanha)
1007-238 Lisboa
Tel.: 213 874 142 I Fax: 213 872 230
E-mail: [email protected] I www.comunidadeislamica.pt/
aicep Portugal Global
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Inedit Utilization, Lda. (Certificação Halal)
Rua Cidade de Moçâmedes,
Lote 254, 2º Esq.º,
1800-194 Lisboa
Telemóvel: +351 933 603 015
E-mail: [email protected]
Instituto Halal de Portugal (IHP)
Av. Vila Amélia, Lote 171/172
2950-805 Quinta do Anjo
Palmela
Telemóvel: + 351 937 860 786; 934 126 366
E-mail: [email protected] | http://halal.pt/
Na Malásia
Nota: Não existe representação diplomática de Portugal na Malásia, sendo os assuntos da Malásia
acompanhados pela Embaixada de Portugal em Bangkok.
Embaixada de Portugal em Bangkok
26, Bush Lane
Bangkok 10500 - Thailand
Tel.: +66 2 233 7610 / 236 1981 | Fax: +66 2 238 4275 / 639 6113
E-mail: [email protected] / [email protected]
aicep Portugal Global - Kuala Lumpur
Suite 10.01, Level 10,
Menara Atlan,
161B Jalan Ampang,
50450 Kuala Lumpur - Malaysia
Tel.: +60 1 6373 0090 | Fax: +60 3 4253 3826
E-mail: [email protected]
Delegation of the European Union to Malaysia
Menara Tan & Tan, Suite 10.01,
207 Jalan Tun Razak
50400 Kuala Lumpur - Malaysia
Tel.: +60 3 2723 7373
E-mail: [email protected] | http://eeas.europa.eu/delegations/malaysia/
aicep Portugal Global
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EU-Malaysia Chamber of Commerce and Industry (EUMCCI)
Suite 10.01, Level 10,
Menara Atlan,
161B Jalan Ampang,
50450 Kuala Lumpur - Malaysia
Tel.: +60 3 2162 6298 | Fax: +60 3 2162 6198
E-mail: [email protected] | http://www.eumcci.com
Malaysian International Chamber of Commerce and Industry (MICCI)
C-08-08, Plaza Mont’Kiara, 2 Jalan Kiara,
Mont Kiara
50480 Kuala Lumpur - Malaysia
Tel.: +60 3 6201 7708 | Fax: +60 3 6201 7705
E-mail: [email protected] | http://www.micci.com
Malaysian Investment Development Authority (MIDA)
MIDA Sentral
No. 5, Jalan Stesen Sentral 5
Kuala Lumpur Sentral
50470 Kuala Lumpur - Malaysia
Tel.: +60 3 2267 3633 | Fax: +60 3 2274 7970
E-mail: [email protected] | http://www.mida.gov.my
Royal Malaysian Customs Department
Jabatan Kastam Diraja Malaysia,
Kompleks Kementerian Kewangan No 3,
Persiaran Perdana,
Presint 2,
62596, Putrajaya - Malaysia
Tel.: +60 3 8882 2100 / 2300
http://www.customs.gov.my/en
Department of Standards Malaysia (Standards Malaysia)
Century Square, Level 1 & 2,
Block 2300, Jalan Usahawan
63000 Cyberjaya, Selangor Darul Ehsan - Malaysia
Tel.: +60 3 8318 0002 | Fax: +60 3 8319 3131
E-mail: [email protected] | http://www.standardsmalaysia.gov.my
aicep Portugal Global
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7. Endereços de Internet
A informação online aicep Portugal Global pode ser consultada no site da Agência, nomeadamente, nas
seguintes páginas:
• Temas de Comércio Internacional
• Guia de Internacionalização
• Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático
• Mercados Externos (Malásia)
Outros endereços:
• Attorney General's Chambers of Malaysia (Legislation)
• Central Bank of Malaysia (BNM)
• Companies Commission of Malaysia (SSM)
• Comunidade Islâmica de Lisboa (CIL)
• Constrangimentos à Exportação para Países Terceiros (Portal GlobalAgriMar, Gabinete de
Planeamento, Políticas e Administração Geral – GPP, Ministério da Agricultura, Florestas e
Desenvolvimento Rural)
• Delegation of the European Union to Malaysia (European External Action Service)
• Department of Standards Malaysia (DSM)
• Department of Statistics Malaysia
• Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) / Direções de Serviços de Alimentação e
Veterinária Regionais (DSAVR)
• Doing Business in Malaysia 2018 (World Bank Group)
• EUR-Lex (Acesso ao Direito da União Europeia)
• Federal Government Gazette (e-Federal Gazette)
• Federation of Malaysian Manufacturers (FMM)
• Guia Prático – Destacamento de Trabalhadores de Portugal para Outros Países (Instituto da
Segurança Social)
• ICC (International Chamber of Commerce) Malaysia
• Immigration Department of Malaysia
• Inland Revenue Board of Malaysia
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30 Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA
Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 114 927 980 Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120
• Instituto Halal de Portugal
• Intellectual Property Corporation of Malaysia (MyIPO)
• Lawyerment (Malaysia Online Law and Legal Resources)
• Malaysia Digital Economy Corporation (MDEC) / Multimedia Super Corridor Status (MSC)
• Malaysia Industries, Commerce and Companies Information (MICCI)
• Malaysian Investment Development Authority (MIDA)
• Market Access Database (Tariffs; Procedures and Formalities; Trade Barriers)
• Ministry of Agriculture and Agro-Based Industry Malaysia (MOA)
• Ministry of Finance (MOF)
• Ministry of Foreign Affairs (MFA)
• Ministry of Health Malaysia (MOH)
• Ministry of International Trade and Industry (MITI)
• Ministry of Energy, Science, Technology, Environment & Climate Change (MESTECC)
• MyGOV News
• National Chamber of Commerce and Industry of Malaysia (NCCIM)
• National ICT Association of Malaysia (PIKOM)
• Novo Quadro de Apoio Portugal 2020 / Programa Operacional Competitividade e
Internacionalização (Compete 2020)
• Parliament of Malaysia
• Port Klang Free Zone (PKFZ) / Investment Incentives
• Portal da Segurança Social – Destacamento de Trabalhadores Portugueses para Estados sem
Coordenação Internacional de Legislações (como é o caso da Malásia)
• Portal das Comunidades Portuguesas (Conselhos aos Viajantes)
• Portal GlobalAgriMar (Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral – GPP) /
Constrangimentos à Exportação, Formulário de Exportação, Fichas de Internacionalização
(produto e mercado) / Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural / Ministério do
Mar
• Prime Minister’s Office
• Royal Malaysian Customs Department (JKDM)
• SME Corporation Malaysia (SMEinfo)
• SIRIM Berhad Corporate
• Tourism Malaysia