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MOREIRA DE CÓNEGOS Rua Laurinda F. Magalhães, nº 42 Telefone 253 563 250 S. MARTINHO DO CAMPO Av. Manuel Dias Machado, 283 Telemóvel: 919 366 189 VILA DAS AVES Rua D.Nuno Álvares Pereira, 27 (Largo da Mariana) Telefone: 252 941 316 entre MARGENS QUINZENAL | 16 NOVEMBRO 2017 | N.º 593 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO “Ninguém consegue gerir esta associação por telefone ou de casa” ELEIÇÕES | ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS DE VILA DAS AVES Entrevista a Carlos Valente, cabeça de lista da Lista A, candidata à liderança dos bombeiros Com obras quase concluídas, ponte já está aberta ao trânsito automóvel AVES - NEGRELOS | PONTE DO ESPÍRITO SANTO Guimarães jazz faz a festa de encerramento com 18 músicos em palco MÚSICA | GUIMARÃES

NEGRELOS - jornalentremargens.files.wordpress.com · ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017 | 03 Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda. Av. Comendador Silva Araújo, nº 359 4795-003

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MOREIRA DE CÓNEGOSRua Laurinda F. Magalhães, nº 42

Telefone 253 563 250

S. MARTINHO DO CAMPOAv. Manuel Dias Machado, 283

Telemóvel: 919 366 189

VILA DAS AVESRua D.Nuno Álvares Pereira, 27

(Largo da Mariana)Telefone: 252 941 316

entreMARGENSQUINZENAL | 16 NOVEMBRO 2017 | N.º 593 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

“Ninguémconseguegerir estaassociaçãopor telefoneou de casa”

ELEIÇÕES | ASSOCIAÇÃOHUMANITÁRIADOS BOMBEIROSDE VILA DAS AVES

Entrevista a CarlosValente, cabeça delista da Lista A,candidata à liderançados bombeiros

Com obras quaseconcluídas, ponte

já está aberta aotrânsito automóvel

AVES - NEGRELOS | PONTE DO ESPÍRITO SANTO

Guimarães jazzfaz a festa deencerramentocom 18 músicosem palco

MÚSICA | GUIMARÃES

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens.

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE a feliz contemplada nestaprimeira saída de novembro foi a nossa estimada assinante Anabela Lopes Ferreira,

residente na rua S. José, nº 244, 1º esq., em Vila das Aves.

Dentro de portas - “Eureka”

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Começo de forma brusca com umapergunta: quantas pessoas ficaram in-teressadas em conhecer “Eureka” de-pois de verem a polémica capa cor-respondente? A imagem da ilustra-dora japonesa Mimiyo Tomozawa ori-gina dois sentidos distintos: uns acham-na genial e outros repugnante e de-sapropriada. Não tendo qualquer in-formação prévia, facilmente imagina-mos um conteúdo sonoro esquizo-frénico e pouco acessível. Enganamo-nos. As credenciais avant-garde deJim o’Rourke estão lá, assim como umsurpreendente pop melódico. Encon-tramos consistência e ficamos com asensação de que as canções ficambem juntas. São arquitetadas de umaforma invulgar, criando dificuldadespara quem pretende colar rótulos.

O músico americano não é umtotal desconhecido. Trabalhou cominúmeros nomes do universo alter-

nativo como Wilco, Gastr del Sol e SonicYouth. Ajudou a criar a obra-prima dosprimeiros (“Yankee Hotel Foxtrot”) efoi membro dos segundos e terceiros.Por isso, não estranhamos a desenvol-tura visível neste seu álbum de 1999.Com quase nove minutos, “Preludeto 110 or 220/Women of the World”dá início a uma excursão musical exu-berante. Recicla um tema do escocêsIvor Cutler, arrastando-o no tempo.Deixa-nos uma impressão de que es-tamos numa festa de escuteiros ounuma celebração de cariz religioso.O frágil folk associa-se a uma repetiti-va mecânica eletrónica. O início peno-so de “Movie on the Way Down” tra-va-nos o entusiasmo mas depois so-mos reconfortados com a doçura dosmetais. De igual modo, o sax imponen-te mas quase piroso de “Through theNight Softly” é camuflado pela sonori-dade que o envolve. As vozes femi-ninas em “Something Big” ajudam auma nova ancoragem da nossa aten-ção. Até ao fim somos surpreendidoscom passagens que tanto nos relaxamcomo inquietam. “Eureka!” – gritouArquimedes na Antiguidade Clássi-ca. O mesmo gritamos nós depoisde repetirmos as nossas audições. Cu-riosamente, Jim o’Rourke confessoumais tarde não gostar das letras desa-jeitadas e de como lhe soa agora esteseu registo. Utilizou inclusive a pala-vra “fracasso” que contrasta com ojúbilo de muita gente. |||||

SANTO TIRSO

EXPOSIÇÃO | VILA DAS AVESA descobertade umsurpreendentepop melódico

Somos surpreendidoscom passagens que tan-to nos relaxam comoinquietam. “Eureka!” –gritou Arquimedes naAntiguidade Clássica. Omesmo gritamos nós”.

Rui Duarte expõeno Centro Cultural

Está patente desde 8 de novembroaté 15 de dezembro a mostra “E pursi muove” do pintor Rui Duarte noCentro Cultural Municipal de Vila dasAves com entrada livre. A mostra, ins-pirada nas famosas palavras de Gali-leu Galilei, “E, no entanto, ela move-se”,pretende desafiar o senso comumatravés da arte, estimulando o espec-tador a abrir horizontes e usar a ima-ginação no ato de interpretação.

Segundo o autor, “a obra surge nãopara desafiar uma qualquer autorida-de religiosa através da Ciência, massimplesmente para desafiar o senso co-mum através da Arte, incitando o espec-tador a fazer as leituras que a sua ima-ginação for capaz de gerar, a partir daanálise de um conjunto de pinturas”.

O resultado final surge como um

conjunto de construções, velhas ouem ruínas, feitas de linhas e coreslivres e animadas, que convidam oespectador a embarcar na vida e mo-vimento que elas insinuam, num re-gisto estético que oscila entre o figu-rativo e o surreal.

Rui Duarte nasceu em França, masainda na sua infância veio viver paraPortugal, em Amarante. É licenciadoem Educação Visual e Tecnológica, émestre em Educação e Doutorado emEstudos da Criança, com especializa-ção de Comunicação Visual e Expres-são Plástica. Lecionou no ensino bási-co, secundário e ainda na Universida-de do Minho e na Escola Superiorde Educação de Fafe, onde foi do-cente de disciplinas de metodologiae didática da educação artística. |||||

EXPOSIÇÃO “E PUR SI MUOVE” FICA PATENTE AOPÚBLICO ATÉ MEADOS DO PRÓXIMO MÊS

“Todos temos um animal pre-ferido, qual é o teu? Nos con-tos encontramos toda a bicha-rada e nos tecidos eles se es-condem… Onde estarão? Noavental, no tapete, num bolso?”

Estas são algumas das per-guntas colocadas por CláudiaPinheiro que no próximo sá-bado, 18 de novembro, estarána Biblioteca Municipal de San-to Tirso para partilhar, com pe-quenos e graúdos, históriassobre o que dizem os bichos,na iniciativa “De conto a con-to… entre pontos e contos”.Com entrada livre esta sessãode contos realiza-se às 10h30.

Cláudia Pinheiro é profes-sora na área da Educação Es-pecial. Além da sua atividadeprincipal, dinamiza sessões decontos para crianças com re-cursos narrativos em tecido (ta-petes e aventais de histórias).No seu espetáculo, apresentahistórias e canções que des-pertam e promovem o gostopela leitura e pela música, pelaeducação para a cidadania eque cultivam o valor do res-peito pela natureza e pelas di-ferenças humanas.

Embora com entrada livre, aparticipação na iniciativa “Deconto a conto… entre pontos econtos” está sujeita a inscriçãoprévia através do e-mail oudo telefone 252 833 428. |||||

O que dizemos bichos?SESSÃO DE CONTOSNA BIBLIOTECA MU-NICIPAL, ESTE SÁBADO,DIA 18, ÀS 10H30

ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017 | 03

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

SEXTA, DIA 17 SÁBADO, DIA 18Céu limpo. Vento fraco.Max. 21º / min. 5º

Céu limpo. Vento fraco.Máx. 21º / min. 5º

Céu pouco nublado. Ventomoderado. Máx. 21º / min. 6º

DOMINGO, DIA 19

Guimarães jazzfaz a festa deencerramentocom 18 músicosem palco

É com o esgotadíssimo concerto deJan Garbarek que se dá início, estaquinta-feira, à segunda e derradeirasemana da edição 26 do Guima-rães Jazz. Depois de uma primeirasemana de grandes concertos, a se-gunda começa então com o saxofo-nista norueguês, nome incontorná-vel da música contemporânea, nãoapenas no jazz, mas também do uni-verso da música clássica e da worldmusic. Com concerto marcado paraas 21h30, Jan Garbarek apresenta-se em quarteto, partilhando o palco

O SAXOFONISTA JAN GARBAREK E A BATERISTA E COMPO-SITORA ALLISON MILLER SÃO OS NOMES QUE SE SEGUEMNO CARTAZ DA EDIÇÃO 26 DO GUIMARÃES JAZZ QUETERMINA ESTE SÁBADO, DIA 18, COM A DARCY JAMESARGUE’S SECRET SOCIETY

com o contrabaixista Yuri Daniel, oteclista Rainer Brüninghaus e opercussionista indiano Trilok Gurtu.

Na sexta-feira, o palco do grandeauditório do Centro Cultural Vila Florfica por conta da compositora e bate-rista Allison Miller. Figura proemi-nente da cena jazz nova-iorquina daúltima década e com uma intensa ativi-dade enquanto colaboradora de pres-tigiados músicos contemporâneos,Allison Miller apresenta já um rele-vante currículo enquanto líder, so-bretudo no contexto do grupo BoomTic Boom, com o qual atuará no Gui-marães Jazz. O álbum “Otis Was aPolar Bear” (2016) constituirá o focoprincipal de atenção deste concerto,onde Allison Miller se apresentaráacompanhada de notáveis músicos.

No último dia do festival, sábado,estão programados dois concertos.Às 18h30, no pequeno auditório doCCVF, o Guimarães Jazz apresenta oconcerto da formação de músicos queestá responsável pelas oficinas de jazze pelas jam sessions do festival. JeffLederer, saxofonista e clarinetista ino-vador, e Joe Fiedler, um dos mais con-ceituados trombonistas norte-ameri-canos da atualidade, vão estar acom-panhados pela vocalista nova-iorqui-na Mary LaRose, pelo jovem contra-baixista Nick Dunston e pelo bate-rista e compositor George Schuller.

À noite, às 21h30, o GuimarãesJazz encerra, como habitualmente, emespírito celebratório, com a atuaçãode uma grande formação. Com 18músicos em palco, a Darcy JamesArgue’s Secret Society traz ao festivaldeste ano uma singular visão musi-cal e artística. Darcy James Argue, jo-vem e idiossincrático compositor, tem-se revelado um dos valores emergen-tes do jazz contemporâneo e o tra-balho que aqui estará em foco, “RealEnemies”, revela “um compositor in-quieto e vigilante, determinado a com-por música comprometida com o pre-sente da sociedade da arte”. Maisinformação em: www.ccvf.pt. |||||

A DARCY JAMES ARGUE’S SECRETSOCIETY (FOTO EM CIMA) FAZAS HONRAS DE ENCERRAMENTODO GUIMARÃES JAZZ QUERECEBE, ESTA SEXTA FEIRA, ACOMPOSITORA E BATERISTAALLISON MILLER (NA IMAGEM)

GUIMARÃES | MÚSICA

Quem tem saúdee liberdadeé rico e não sabe

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04 | ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017

DESTAQUE

Entregou a sua lista de recandida-tura no primeiro dia possível paraesse efeito, tal como em 2014. Foipor superstição ou é por convicçãodo trabalho que fez?É tudo isso. Acima de tudo porquequeria que fosse obrigatoriamente aLista A. É óbvio que eu já estava apreparar isto com algum tempo, por-que é notório um crescimento da es-tabilidade nesta casa desde que aquichegámos. Depois de um início comalguma turbulência, conseguimos nes-te terceiro ano estabilizar e isso estáà vista de todos. O corpo de bom-beiros e a clínica de fisioterapia sãosinais de que realmente essa estabi-lidade está criada.

A cerca de um mês de um novo atoeleitoral, que balanço faz dos últi-mos três anos?É um balanço totalmente positivo. Im-porta dizer que quando cá chegamos(e isso está escrito na ata da assem-bleia de 20 de outubro de 2014), adívida a fornecedores encontrava-seperto dos 120 mil euros, havia res-ponsabilidades bancárias e outras, ou

ENTREVISTA A CARLOS VALENTE, CANDIDATO PELA LISTA A, A NOVO MANDATOCOMO PRESIDENTE DA DIREÇÃO NAS ELEIÇÕES A REALIZAR EM DEZEMBRO.

ELEIÇÕES | ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS

“A lista B tem motivaçõesque nada têm a vercom os superioresinteresses da associação”

seja, no total, herdamos cerca de 260mil euros de responsabilidades. Porexemplo, o último carro novo que aquitinha entrado, em 2012, nós acaba-mos de o pagar em julho deste ano,cerca de 30 mil euros.

Tivemos que recorrer à banca, emprocesso aprovado em assembleia-ge-ral, e felizmente nunca tivemos um diade atraso no pagamento. Estamos nes-te momento com menos de metadedos 130 mil euros pedidos na altura.

Desde a tomada de posse, o nos-so objetivo sempre foi equilibrar fi-nanceiramente a instituição. E con-seguimos cumprir com todos os nos-sos compromissos. É preciso frisar quetemos mais três dezenas de venci-mentos mensalmente, entre bombei-ros, secretaria e clínica e nunca fa-

lhámos um dia de pagamento.Conseguimos durante os primei-

ros dois anos compor tudo isso edepois entrar no campo da forma-ção. Ainda esta semana começou umcurso de formação para tripulantesde ambulâncias de socorro (TAS).Nunca descurámos o corpo de bom-beiros, porque esse é o objetivo final.

Começamos a renovar a frota au-tomóvel, pois conseguimos trazer novecarros novos cá para dentro, emboradois deles não sendo “novos”, sãonovos cá. Como são de combate aincêndio, não sendo possível em ter-mos de orçamento comprar novo, te-mos de comprar usados, pois estão embelíssimo estado para trabalhar. De sa-lientar que cinco destes veículoschegaram a custo zero. Pintámos oquartel por fora, para dar uma imagemcompletamente diferente do que es-tava, não só pela questão estética, mastambém pelas infiltrações, com umaimpermeabilização total da cobertura.

Quanto à clínica foi nosso objetivoperceber o seu funcionamento. Re-novamos a imagem da clínica e ocorpo clínico. Hoje temos três médi-cos, quando antes eram apenas dois,e uma equipa jovem de fisioterapeu-tas e auxiliares que dão uma ima-gem diferente da clínica.

Com as restrições financeiras da ins-tituição, como é que se faz esta ges-tão entre o que se tem e o que é pre-ciso fazer?Isto não é um trabalho de uma hora,de fazer e ir embora. É um trabalhoque percorre o dia inteiro. O acom-panhamento é essencial e eu tenhotido disponibilidade total. Só assim é

que posso pegar em todos os pon-tos, gerir e avaliar o que é preciso, oque podemos fazer e o que pode-mos pagar. Porque se fizesse esse tra-balho de uma hora, não teria conse-guido isto. Ninguém pense que che-ga aqui e consegue gerir esta associ-ação por telefone ou de casa.

Foi preciso ir para a rua arranjar di-nheiro. Foi preciso ir para a rua arran-jar quem pagasse um carro aqui, ou-tro acolá. O mesmo com o equipa-mento. Foi preciso pedir a empresasque sabíamos que podiam contribuir.

Foi preciso reformular toda a ques-tão da cobrança de quotas, porqueestávamos a pagar vinte por cento decomissão quando conseguíamos tor-nar o pagamento muito mais prático,através do multibanco, payshop, etc.Conseguimos controlar a despesa.Para fazer tudo isto é preciso insistire ter tempo para estar cá e ir ao en-contro das pessoas.

A direção e o comando dos bombei-ros têm sido alvo de críticas anóni-mas através das redes sociais. Comoreage a esse tipo de ações?É um caso de polícia. Está entregue àPJ, vai chegar a tribunal e nessa alturaestarei à vontade para falar sobre essecaso. Há crime. Como tal, estando nasmãos da PJ, vou aguardar para falardesse caso, porque é realmente ver-gonhoso. Vou fazer apenas um pa-rêntesis: quando surgiu, de forma es-pontânea, um grupo razoável e compeso, de bombeiros a defender a ins-tituição contra tudo isso que tem sidodito e que não é a realidade da insti-tuição, curiosamente, algumas pesso-as questionaram o comando sobre o

“SE NESTE PRÓXIMO MAN-DATO CONSEGUIRMOSFAZER OS BALNEÁRIOS,RENOVAR A CENTRAL,COMPRAR UM CAMIÃO-TANQUE E MANTER O DIA-A-DIA DA ASSOCIAÇÃONUNCA FALTANDO COMNADA TEREMOS COMCERTEZA UM MANDATO DESUCESSO ATÉ 2020.”

ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017 | 05

O Entre Margens, reconhecendoa importância que esta eleiçãotem para a instituição e sendo aprimeira vez, nos seus quarentaanos de existência, que duas lis-tas apresentam a sufrágio, esta-beleceu como objetivo ouvir oscandidatos ao cargo de presiden-te da direção, para publicar nes-ta edição entrevistas pré-eleito-rais, tendo como único constran-gimento a data de fecho da edi-ção. A intenção do Entre Margensera publicar as duas entrevistasna mesma edição, de modo a dara ambas as candidaturas a mesmaplataforma de apresentação dassuas intenções e motivações bemcomo a defesa dos seus pontosde vista perante os leitores e as-sociados da instituição.

Para tal, convidámos, no mes-mo dia os dois cabeças de lista.

Nesta edição apresentamos aentrevista realizada ao candida-to da lista A.

O candidato da lista B marcouo encontro com o jornalista doEntre Margens para a passada ter-ça-feira, dia do fecho da edição,mas não se mostrou disponívelpara a realização da entrevista,justificando que não estava emcondições de o fazer porque só apartir dessa manhã foi oficial-mente considerado como candi-dato às eleições de dezembro.Desta indisponibilidade resul-tou a impossibilidade de incluira entrevista nesta edição e de apublicar simultaneamente com ado outro candidato sem compro-meter toda a edição do jornal. Aentrevista com o candidato da lis-ta B fica, por isso, programadapara a edição do Entre Margensque será distribuída no dia 30de novembro. |||||

porquê dessa página, aberta e identi-ficada, poder usar o símbolo da Asso-ciação. No entanto, essas pessoas nãose preocuparam com o que é dito deforma vergonhosa nessa página anó-nima. É escandaloso, é um ataquequer a mim quer ao comando.

A crítica mais comum que lhe têmfeito é de usar a Associação Humani-tária como instrumento político parase autopromover. Que fundamentotêm estas acusações?Promoção? Não preciso de promo-ção, não estou a ver porquê.

Tendo em conta o seu alinhamentopartidário nas eleições autárquicasde outubro passado.Não. Interesse próprio seria se eu esti-vesse aqui com ordenado. Não es-tou. Estou como voluntário total. Pos-so dizer que o telefone é meu, o com-putador é meu, posso dizer que ve-nho no meu carro. E no passado nãofoi bem assim.

Se disserem que usei politicamen-te, é o contrário. Sempre soube sepa-rar as águas. E disse-o numa assem-bleia que, enquanto presidente dosbombeiros, cá dentro sê-lo-ei sempre,na rua continuarei a exercer a minhacidadania como bem entendo. As pes-soas não me podem penalizar por isso.

Aliás, a candidatura adversária éuma candidatura política. Contra mim.O Sr. Pereira se quiser, que fale nisso.A lista B tem motivações óbvias quenada têm a ver com os superiores inte-resses da nossa Associação Humani-tária dos Bombeiros. Só não vê, quemnão quiser. Basta analisar com aten-ção, no contexto do que se passouno dia um de outubro, para tirar asdevidas ilações. É abertamente umacampanha política contra mim, bastapegar na lista e ver os elementos quea compõem, a tendência de toda a gen-te. Aliás, posso assegurar que essa lis-ta tem algumas “figuras decorativas”que, em caso de ganharem as eleições,nunca assumirão os seus cargos, o queem nada dignifica a candidatura.

Mas, cuidado, porque a estabilida-de crescente de que falei há pouco,é muito frágil. Quem diz que querdefender os interesses da associaçãopode pôr em risco o próprio futuroda instituição. É preciso medir bemquando se faz uma candidatura a umaassociação como esta, porque não éuma associação qualquer. É uma ins-tituição com muita responsabilidade.

Diz exercer a sua cidadania, lá fora,como bem entender. Considera queo facto de ser vereador da Câmara

Municipal de Santo Tirso é uma van-tagem ou pode criar atritos?Não acho que seja vantagem ou vácriar atritos. Como é público concor-ri, fui eleito e ponderei bem aceitar.Cheguei mesmo a pensar não assu-mir, mas depois percebi que era im-portante assumir o lugar.

É óbvio que estamos numa des-vantagem total, não temos qualquerpelouro. Irei acompanhar mais de per-to o que se passa no concelho nasreuniões de câmara e será apenas esó dentro dessas limitações. Prejudi-cial não será de certeza, pode trazeralgumas vantagens no que diz res-peito aos bombeiros de todo o con-celho, podemos passar a mensagemmais diretamente e discutir melhor ascoisas de forma a poder tirar algum be-nefício para as associações do género.

Como é que classifica a relação en-tre a Associação Humanitária, osbombeiros do concelho e a CâmaraMunicipal?Nos últimos três anos, é público, as-sinamos uma carta conjunta os trêspresidentes das associações huma-nitárias do concelho a pedir uma reu-nião com o Presidente de Câmara enunca fomos recebidos. Podem tiraras conclusões que quiserem. Existeuma ótima relação com todas as as-sociações, temos um relacionamentoperfeito, estamos em sintonia em tor-no do que são as necessidades.

No princípio deste mandato, jáhouve uma primeira reunião com onovo vereador da proteção civil, JoséPedro Machado, espero que nestenovo mandato possamos ter umarelação completamente diferente eacima de tudo ter a câmara comoparceiro mais próximo.

Como explica a saída de cinco ele-mentos dos corpos gerentes queaconteceu este ano?É óbvio que não se consegue unani-midade nas decisões e a partir daí aspessoas entenderam tomar atitudes.Há apenas algo que lamento. Antesde se demitirem, não terem tido acoragem de ter uma conversa comi-go. Porque se uma demissão foi se-parada, as restantes aconteceram emconjunto. Foi planeado, sem me da-rem uma única palavra. Deviam tertido a coragem e frontalidade de sedirigirem ao presidente e conversarsobre o que os levou a tal decisão.Era natural e eu aceitaria.

Assim, deixa-me um pouco tristeporque foram dois anos e meio detrabalho. Mas no entanto nós cá con-tinuámos porque tínhamos quórum,

ao contrário do que andou a circu-lar. A direção é composta por noveelementos efetivos e como somos cin-co neste momento, contra quatro quenão existem, estamos portanto per-feitamente legais.

Quanto ao mandatário da outralista, David Adães, que foi o segun-do vice-presidente da atual direçãoe um dos diretores demissionários, épena que tenha andado quase trêsanos ausente e em nada tenha con-tribuído para o sucesso do manda-to. Curiosamente, só porque eu, naqualidade de presidente da dire-ção, lhe neguei um pedido para umfamiliar direto. David Adães empe-nhou-se afincadamente como umdos mentores da lista B, apenas e sópor ser contra Carlos Valente...

Que efeito tiveram essas demissõesna Associação Humanitária?Nenhum. Apenas passou essa ima-gem lá para fora que era a mim queme queriam atacar. Publicamente nun-ca falei sobre as demissões, nem te-ria que as referir, a não ser perante aassembleia-geral e aí sim darei as jus-tificações que os sócios considera-rem necessárias.

Quais são as grandes prioridades dasua recandidatura para mais ummandato?É simples: continuar a dar aquilo queos bombeiros precisam para poderemdesempenhar a sua função o melhorpossível. Há obras de remodelação ain-da a fazer, por exemplo dos balneári-os, que é algo antigo, estão num es-paço muito perdido e já temos um pro-jeto a andar há quase um ano parareformular toda aquela zona. Que-remos criar uma sala de prontidão paraque ao toque de uma sirene, numcurto espaço de tempo, seja possívelvestir o fardamento e arrancar.

Queremos renovar completamentea central telefónica porque está com-pletamente ultrapassada. Queremosque quem está na central tenha umavisão perfeita sobre onde estão os nos-sos carros, através do GPS neles ins-talados. Isso já está em desenvolvi-mento. Queremos tornar o espaço maisconfortável e melhorar as condiçõesde quem lá passa horas a fio sentado.

Se neste próximo mandato con-seguirmos fazer os balneários, reno-var a central, comprar um camião-tan-que e manter o dia-a-dia da associa-ção nunca faltando com nada tere-mos com certeza um mandato desucesso até 2020.

Se for agora reeleito, qual quer que

seja o maior legado da AssociaçãoHumanitária em 2020?Acima de tudo quero que o nossocorpo de bombeiros, e os nossos vo-luntários em especial, vejam reconhe-cido o seu esforço. Felizmente temosmuita juventude que está interessa-da em valorizar-se para melhor servira comunidade. Quero que as pessoaspercebam que há gente aqui que fazfins de semana inteiros como volun-tários, dedicados a uma corporação.

Gostava que as pessoas colabo-rassem, que no mínimo fossem sóci-os da Associação. Temos um núme-ro razoável de sócios, mas podíamoster o triplo daqueles que temos setoda a gente tivesse consciência queuma casa como esta precisa da aju-da de todos. Os nossos bombeirosprecisam desse carinho e dessa mo-tivação para poderem dar de si aqui-lo que dão constantemente. Aqui nãohá hora de fechar a porta. ||||||

Carlos Valente e Joaquim Perei-ra lideram, respetivamente, a lis-ta A e a lista B que no próximodia 2 de dezembro vão disputara liderança da Associação Huma-nitária. As eleições decorrerãoentre as 14 e as 19 horas, na sededa Associação. Conforme as dis-posições estatutárias, as duas lis-tas candidatas estão patentes nasede da Associação. Na lista A,Carlos Valente é o candidato apresidente da direção, AdalbertoCarneiro lidera a candidatura àmesa da Assembleia Geral e PedroGonçalves é o candidato a presidiro Conselho Fiscal. Na lista B, Joa-quim Pereira é o candidato a pre-sidente da direção, António Abreucandidata-se a presidir à mesa daAssembleia Geral e José Lauren-tino Pacheco é o candidato a pre-sidir ao Conselho Fiscal. |||||

DUAS LISTASA SUFRÁGIO

NOTA DA REDAÇÃO

É preciso medir bem quando se faz umacandidatura a uma associação como esta, porquenão é uma associação qualquer. É umainstituição com muita responsabilidade.”

“ David Adães empenhou-se afin-cadamente como um dosmentores da lista B, apenas e sópor ser contra Carlos Valente...”

06 | ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017

OPINIAO~

É frequente olhar-se para tráse pensar que, sabendo o quese sabe agora, se teria agidode forma diferente, se teria se-guido com outra decisão numdeterminado momento. Em teo-ria, é uma boa prática, capazde nos facilitar a aprendizagem.

O exemplo prático conta,como tantas vezes o faz, umahistória bem diferente: a retros-petiva revela-se inútil na esma-gadora maioria das vezes. Di-zemos que faríamos as coisasde outra forma cinco segun-dos antes de esquecer o assun-to. Mesmo quando se prolon-ga o exercício durante uns mi-nutos, o mais provável é nãoter qualquer efeito da próximavez que nos depararmos comuma situação semelhante.

É óbvia a causa deste fenó-meno: quando enfrentadoscom as mesmas circunstânci-as, dificilmente praticámos aretrospetiva no momento. Ain-da que o fizéssemos, poucassituações se revelam tão idên-ticas ao ponto de fazer diferen-ça, mas o facto é que não nosdamos ao trabalho de fazer.

Não sei se essa recusa vemde teimosia ou de preguiça –talvez de ambas. Por um lado,teimosia de reconhecer queaprender com os erros não ésó uma frase bonita que se diz

A retrospetiva

A revolução russa marca não só o iníciode uma disputa geopolítica entre o Soci-alismo e o Capitalismo, mas também umafratura dentro do próprio Socialismo, queopôs o denominado Socialismo Real aoSocialismo Democrático (ou Social Demo-cracia), que muito ajuda a explicar as con-quistas sociais que as sociedades ociden-tais granjearam até os dias de hoje, assimcomo a crise que atualmente atravessam.

Incumbiu a Lenine aplicar pela primei-ra vez na prática o projeto, alegadamenteemancipatório, teorizado por Karl Marx.Resumidamente, segundo o filósofo ale-mão, a História tem um sentido em dire-ção ao progresso cujo auge é o Comu-nismo. Esta evolução, de estágio paraestágio, é ditada pelo extremar das rela-ções de produção – a luta de classes – eocorre de forma determinística, tal comoas leis naturais. Todos os fenómenos so-ciais – superestrutura – são causados pelaestrutura produtiva vigente – a infraestru-tura. Posto isto, a superação do Capita-lismo, faz-se através de uma revoluçãooperada pela classe oprimida – o proleta-riado – encarregue de abolir a proprieda-de privada, transferindo os meios de pro-dução para as mãos do Estado, por for-ma a garantir uma distribuição igualitá-

Os 100 anos darevolução russa -duelo de Socialismos

ria dos frutos do trabalho. Ou seja, a ins-tauração de um regime Socialista, o últi-mo estágio antes do Comunismo. O teorcientífico que caracteriza a doutrina Mar-xista implica algo que viria a revelar-setragicamente ao longo de toda a experi-ência soviética. A instauração de um úni-co caminho, sem margem para desvios,só é possível com o controlo das liberda-des e a eliminação de toda a qualquerdissidência. Ao contrário do que muitasvezes se diz, a repressão é uma conse-quência teórica do próprio marxismo.

Por seu turno, o Socialismo Democráti-co optou por integrar o seu projeto den-tro da tradição do Liberalismo Político.Significa isto que a dignidade do indiví-duo e a promoção da sua liberdade cons-tituem o centro da política. Logo, nãopodem ser sacrificados em prol de fimalgum futuro. Nesse sentido, defendiamque a transição para o Socialismo deviaantes ser feita através de reformas, numcontexto de luta democrática. Não sei sefoi em virtude ou não da contradição entreliberdade individual e determinismo his-tórico, mas a ideia de um sentido teleoló-gico viria a ser praticamente abandona-da na social-democracia do pós-guerra.

As diferenças que estabelecem noque respeita à conceção ontológica e mo-ral do Homem, explicam também em parte,a forma como se relacionam com o Capi-talismo. Enquanto que o marxismo o con-cebe como um ser passível de encontrara sua máxima realização, que coincidecom o fim da História, a figura do indiví-duo parece remeter para a sua indetermi-nação, face a uma panóplia infinita de

possibilidades. Por conseguinte, emboraambos os projetos defendam tratar-se deum sistema fundamental para a criaçãodas condições materiais necessárias parasatisfazer as necessidades humanas, sóos primeiros se permitem a situar esseponto de suficiência no tempo, que seriao momento ideal para tomar de assaltoos meios de produção, a que acresce ailusão de que uma vez nas mãos do Es-tado a eficácia económica manter-se-iaperpetuamente. Além disso, a Rússia de1917 encontrava-se bem longe desse ní-vel de desenvolvimento. Já os segundos,na ambição de conciliar eficácia e justi-ça, mantêm a sua estrutura, mas ofere-cem um critério redistributivo medianteimpostos progressivos, serviços públicos,proteção social, direitos laborais e o equi-líbrio entre classes – concertação social.

Os anos de sucesso do modelo socialeuropeu no ocidente em contraste com amiséria e as injustiças da experiência so-viética, que culminaram no seu fim, pare-cem ter ditado a superioridade do Soci-alismo Democrático sobre o Real. No en-tanto, a dissolução da URSS trouxe, ironi-camente, um problema para a Social De-mocracia para o qual ainda não encon-trou solução. Determinou o fim do bichopapão que mitigava a resistência do siste-ma capitalista a reforma sociais e de umaestrutura internacional de trabalhadoresimprescindível para o equilíbrio laboralnum mercado globalizado. Com o capi-tal a vencer a luta de classes, deixandoo seu proletariado estilhaçado, não hátambém espaço para a concertação soci-al. ||||| [email protected]

Hugo Rajão

Tiago Grosso

para superar uma falha; poroutro, preguiça de pensar de-mais num assunto e optar porusar somente o instinto comoforça mística e certeira de de-cisão. De facto, o instinto é amaior prova de que a retrospe-tiva é um exercício fútil namaior parte dos casos. Se nãofosse, aprenderíamos rapida-mente que o instinto não temuma taxa de sucesso muitoelevada quando completa-mente isento de razão.

Este colar de ouro é falsifi-cado; a boa notícia é que ain-da tem alguma prata: comoágua mole em cabeça dura,umas mais duras que outras,claro, a repetição consecutivade uma situação acaba por terum efeito tangível nas pesso-as. É o que se chama “acordarpara a vida” – pena que sejatão difícil. ||||||

É frequente olhar-separa trás e pensarque, sabendo o quese sabe agora, se te-ria agido de formadiferente, se teriaseguido com outradecisão num deter-minado momento.

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: QUINZENAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA CCEA: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES (PRESIDENTE); LUDOVINA

SILVA E JOSÉ ALVES DE CARVALHO (VOGAIS).

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES.

REDAÇÃO: PAULO R. SILVA E LUDOVINA SILVA.

COLABORADORES: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, NUNO MOTA, MIGUEL MIRANDA,

ADÉLIO CASTRO, FELISBELA FREITAS, FELISBELA LUÍS FREITAS, HUGO RAJÃO, ASSUNÇÃO LINO, CELSO CAMPOS, ELSA

CARVALHO, LUÍS AMÉRICO FERNANDES.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO.

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS.

COBRANÇAS/DISTRIBUIÇÃO E PUBLICIDADE: MANUEL AZEVEDO.

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ENTRE MARGENS - Nº 593 - 16 NOVEMBRO 2017

ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017 | 07

CARTOON // VAMOS A VER...

A camisola do Entre Margens é daquelas que,uma vez vestidas, não mais conseguem serarrancadas, colam-se à pele. E é assimque continuaremos a fazer o nosso trabalho.

“A REDAÇÃO

Há 30 anos, Adolfo Queirós, o pri-meiro diretor do Entre Margens, es-crevia: “...o Jornal que queremos fa-zer é um jornal novo, novo porquenecessariamente independente,novo porque consequentemente

FORMAS DE APRENDIZAGEM

Um jornal sempre renovado

Américo Luís Fernandes

“bairrista”, novo porque nunca “ser-vidor” e “obrigado”, novo porquepermanentemente crítico”.

Em fevereiro de 1992, José Ma-chado, assumia a direção do jornale o seu primeiro editorial garantia“espaço, abertura e participação” atodos quantos se julgam aptos a fa-zer a “defesa plural desta terra” e oseu (nosso) esforço para mantê-lomês após mês.

Em janeiro de 2001 era já LuísAmérico Fernandes o diretor e as-segurava “procuramos não distor-cer os factos e ser imparciais, dan-

do relevo a todas as manifestaçõesde vitalidade em prol da cultura edo progresso”.

Neste número, em que o meunome começa a aparecer no cabe-çalho do Entre Margens enquantodiretor do jornal, cumpre-me reco-nhecer e louvar a dedicação, o em-penho e a sabedoria dos meus ante-cessores, em cujas linhas de rumome revejo e me apoio.

E, na linha por eles definida e semquaisquer reservas, assumimos que“o que queremos fazer é um jornalnovo”. Um jornal sempre renovado. ||||

As mudanças, os novos rumos, osciclos que se fecham para dar lugara outros, os fins e os inícios são exer-cícios banais do dia-a-dia. Na políti-ca, nos investimentos na bolsa, nasociedade, as mudanças são, aindaque tudo o resto falhe, uma forma deaprendizagem. A elas, não foge a co-municação social, não está imune oEntre Margens. Hoje inicia-se um no-vo ciclo para nós enquanto jornal,enquanto redação, enquanto profis-sionais. Hoje tiramos do bolso todosos sinónimos de agradecimento queo dicionário oferece, damos-lhes vidacom a ponta das mesmas canetascom que contamos um sem númerode estórias ao longo destes anos.Obrigada Sr. Diretor. Obrigada Profes-sor. O nome de Luís Américo Fernan-

des deixa, hoje, oficialmente, a pri-meira página do Entre Margens en-quanto diretor, mas não nos deixaa nós, redação. Não deixa a histó-ria do jornal, não deixa o EntreMargens. Por todos estes anos, portodas as tempestades que ajudoua transformar em bonanças, pelavoz calma e o tratamento cordialcom que sempre brindou todos, obri-gada. Por tudo!

O novo diretor dispensa apresen-tações mas não as boas-vindas. Co-nhece os cantos à casa melhor queninguém e, mais que isso, tem sido,nos últimos anos, um dos alicercesmais fortes que a mantém de pé.Américo Luís Fernandes é o novodiretor do Entre Margens. Conheceas necessidades, as dificuldades, os

entraves. Sabe de cor a matéria deque é feito um jornal. Já apanhou ecolou pedaços, já riu connosco e jáperdeu a noção do número de ho-ras que por cá passou enquanto Pre-sidente da Cooperativa Cultural En-tre-os-Aves. Irá fazê-lo agora, en-quanto diretor. Da redação podeesperar o mesmo empenho e dedi-cação de sempre.

A camisola do Entre Margens édaquelas que, uma vez vestidas, nãomais conseguem ser arrancadas, co-lam-se à pele. E é assim que conti-nuaremos a fazer o nosso trabalho.Com profissionalismo, respeito ecompanheirismo. Com personalida-de, também, e com bom humor. Sejabem-vindo, Sr. Diretor. Tenha paci-ência connosco. ||||| AAAAA REDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃO

Acabou o Verão…A nostalgia do Outono com os

seus dias chuvosos e curtos recor-da-me o fim das férias, o romantismoda infância em terras de Camilo Cas-telo Branco.

Mas… O Verão está a chegar, estou qua-

se a esfregar os olhos de um sonhoextravagante, já sei, irei ficar desnor-teada ao entrar no Porto Interior deMacau.

Que será aquilo? Que gente es-tranha será aquela? E os templos, eas igrejas?

Subir à Colina da Guia, descer aoLargo do Senado, beber água da Bicado Lilau…

Que correria, que doideira… Macau que impressões e recor-

dações irei eu ter dessa terra, sei quedela tenho tido saudades e certezasque nunca a vi.

Já me “queimam” as mãos os li-vros do meu bisavô, tão próximo estáde mim o seu conteúdo…

Para livro de viagem escolhi “Visõesda China” de Jaime do Inso, que logono início do livro me fez gelar o san-gue ao ler este pequeno parágrafo:

“Outro dia, ao passarmos pela avalan-

Macau: aperegrinação

che de chinas que enchiam os passeios daAvenida Almeida Ribeiro, dizia-me pessoaamiga: - eu tenho medo de gostar disto!

Oh, espirito superior que te ris de maisesta miséria e fraqueza humanas, fica sa-bendo que aquele medo é justificado.

Porquê? - O que é?É porque qualquer coisa que só aqui se

sente - o que é, não sei - mas a China temo seu mistério!

Macau, Julho de 1926”

Pois eu estou na mesma…Tenho medo de gostar daquilo.Maria dos Anjos da Silva Mendes(Novembro de 2017)

08 | ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017

ATUALIDADE

A ponte do Espírito Santo, no lugar daPonte (o nome é comum às duas fregue-sias) tem agora um perfil transversal quepermite uma circulação desafogada tan-to para os veículos automóveis como paraos peões, que dispõem de dois passeiosbem dimensionados.

Joaquim Couto terá assinalado ontem,15 de novembro, a reabertura da ponteao trânsito, pouco mais de 180 dias depoisde iniciadas as obras. Esse era o prazoprevisto no contrato e foi o tempo deespera. Mas valeu a pena, pois é notóriaa melhoria das condições de circulação.A abertura da ponte deverá também per-mitir, a partir de agora, acelerar as obrasdo cruzamento do Barreiro, cujo anda-

AVES – NEGRELOS | PONTE DO ESPÍRITO SANTO

O recém-renovado balcão da CaixaEconómica Montepio Geral dispõede diversos suportes digitais no seuinterior e apresenta mudanças ao ní-vel da decoração, do mobiliário e dasfuncionalidades, projetando umaimagem mais atual e colocando aodispor dos clientes as últimas ten-dências tecnológicas.

A imagem mais atual, moderna ejovem deste balcão do Montepio emVila das Aves tem como objetivo mos-trar um banco próximo e melhor pre-parado para levar ainda mais longeas ambições das famílias, os projetosdas empresas e as necessidades dascomunidades e da economia social.

A remodelação da rede de balcõesfaz parte do processo de moderniza-ção e transformação digital iniciadoem janeiro, que chegará aos mais de300 balcões da instituição bancáriaespalhados de norte a sul do país.

O principal objetivo desta trans-formação digital é simplificar, facilitare flexibilizar a experiência do cliente.Para tal, o Montepio está a reformulare criar novos pontos de contacto como cliente, introduzindo as tendênci-as tecnológicas mais recentes, demodo a poder responder a todas assuas necessidades, seja qual for ocanal usado. |||||

www.ortoneves.pt

Com obras quase concluídas, pontejá está aberta ao trânsito automóvelÀ HORA DE FECHO DESTA EDIÇÃO DO ENTRE MARGENS, A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO ANUNCIAREABERTURA AO TRÂNSITO DA PONTE DO ESPÍRIRTO SANTO, ENTRE VILA DAS AVES E NEGRELOS

mento não tem causado grande pressãosobre o tráfego da E.N. 105. Esta pontevai permitir alternativas importantes paraa circulação na estrada nacional.

A obra realizada na Ponte do EspíritoSanto foi contratada por um pouco menosque 300 mil euros e o seu projeto já vi-nha de mandato anterior, pois foi adju-dicado em 2010. Par além do alargamen-to do tabuleiro, a obra revelou-se de extre-ma importância para a manutenção do arcoe de toda a estrutura de granito, já que,nascidas nas juntas das pedras, aí cresci-am árvores com troncos já de razoável porte.

Não se sabe em que época foi cons-truída esta ponte mas ela já é referenciadaem 1758 como a Ponte de S. Tomé. O

Padre Joaquim da Barca, na monografiade S. Miguel das Aves, refere que terátido obras de beneficiação nos primórdiosda Fábrica do Rio Vizela. Em tempos maisrecentes as obras que teve permitiram asubstituição das antigas grades de ferroforjado por outras mais resistentes.

Aguarda-se que o espaço outrora ajar-dinado que existe junto à entrada daFábrica e da ponte seja também requali-ficado de forma a dar ao local a digni-dade que merece. E assim reforçará ain-da mais o contraste entre o novo da pon-te e acessos e o velho da rua adjacente,que merece uma intervenção urgente deregeneração urbana. ||||| TEXTO E FOTO:AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Balcão doMontepio emVila das AvesrenovadoA CAIXA ECONÓMICA MON-TEPIO GERAL (CEMG)INAUGUROU BALCÃOREMODELADO COM A NOVAIMAGEM DA MARCA

VILA DAS AVES | BANCA

PAR ALÉM DOALARGAMENTODO TABULEI-RO, A OBRAREVELOU-SEDE EXTREMAIMPORTÂNCIAPARA AMANUTENÇÃODO ARCO EDE TODA AESTRUTURADE GRANITO

ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017 | 09

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Chama-se Laura Alvarez, é arquiteta,tem nacionalidade espanhola masdesenvolve a sua atividade em Ames-terdão, na Holanda e foi apresenta-da em fevereiro de 2016 como ven-cedora do concurso Europan 2013relativo à requalificação do mercadomunicipal e feira de Santo Tirso. “Foodlab” (Laboratório de comida) era otítulo do programa que apresentou aconcurso e que servirá de base aotrabalho contratado em julho passa-do: projeto de arquitetura e especia-lidades da reabilitação do mercadomunicipal e recinto da feira, no valorde 399 850 euros.

A assinatura do contrato para o pro-

jeto de execução representa um pas-so em frente na concretização da ideiavencedora do concurso e, da leiturado mesmo pode deduzir-se que jádeverá ser apresentado um estudoprévio, cujo prazo era de 60 dias. OEntre Margens contactou a CâmaraMunicipal que adiantou estar o con-trato a aguardar visto do Tribunal deContas pelo que o prazo efetivo pode-rá ser diferente. Segundo a mesmafonte, o “programa será reavaliado como desenvolvimento do projeto, masem princípio mantém-se o programavencedor do concurso”.

A QUESTÃO DO ESTACIONAMENTOÉ natural que o estudo prévio, quan-do aprovado pela Câmara Municipal

regeneração do centro da cidade, asligações que pretende entre as ruasadjacentes, as pérolas a cobrir os per-cursos e a explícita intenção de criarum espaço para “descansar, jogar, es-tar e apreciar” definem o sentido deum novo parque no centro da cida-de que pode, para ser exequível, obri-gar reduzir a feira semanal a umaamostra do que era ou mesmo aca-bar por arredá-la desse espaço.

MERCADO OU LABORATÓRIO?É natural que o espaço do recintoda feira, assim transformado estabe-leça uma ligação forte com o edifíciodo mercado, como defende e pre-tende a projetista. O título da pro-posta de Laura Alvarez, o “Food Lab”representa a ideia elaborada para umnovo impulso para a utilização desseedifício: a combinação de um merca-do tradicional com utilizações relaci-onadas com a comida, com restau-rantes, escola de culinária, residên-cia de artistas… São estas ideias abandeira do programa vencedor doEuropan 2013. Mas são também es-tas as ideias que merecem muita re-serva, tendo em conta a dimensãoda cidade, os novos hábitos de aqui-sição dos produtos que eram tradici-onalmente obtidos no mercado e apressão das grandes superfícies. Sãopropostas que justificam, a nosso ver,o recurso a estudos de viabilidade eco-nómica para dar suporte a uma deci-são adequada, viabilidade que podeestar condicionada resolução do pro-blema do estacionamento no local.Que diversidade de atividades, quenovas funções, que vantagens compe-titivas para essas atividades e funçõesesperar obter num mercado requali-ficado? Não é bem uma questão dearquitetura ou de urbanismo e podeser a pedra de toque para o sucessoda intervenção. Com ou sem feira, arequalificação do recinto da mesmatem elevado potencial de sucesso. Darequalificação do mercado talvez nãose possa garantir o mesmo. |||||

já possa dar resposta a algumas dasdúvidas que a apresentação da ideia,há quase dois anos, bem como a lei-tura das informações disponíveis,deixaram em aberto: haverá ou nãoestacionamento subterrâneo? Certoé que a projetista considera que “gran-des áreas de estacionamento à supe-rfície não são compatíveis com a ideiade cidade que quer reforçar o usoda bicicleta e os passeios pedonais”,visto que “áreas de estacionamentosegregam os fluxos urbanos e, por isso,não deveriam ser localizados acimado solo no centro das cidades”, peloque a proposta pretende remover to-dos os lugares de estacionamento, re-duzindo este às ruas periféricas e acei-tando a solução do estacionamentosubterrâneo. A ideia de estacionamen-to subterrâneo na feira (e não só), jánão é novidade, tendo mesmo sidoanunciada em mandato anterior. Odesenvolvimento deste projeto vai, des-ta vez, tornar premente uma decisão.

No que diz respeito ao recinto dafeira, a manterem-se as ideias apre-sentadas anteriormente, haverá uma“redução da escala” do recinto, crian-do uma “praça multifuncional pavi-mentada suficientemente grande paraalojar a feira semanal e alguns even-tos novos como concertos, feira deartesanato, etc. A ideia de que a novapraça funcione como catalisador da

O futuro dafeira e domercado municipal

SANTO TIRSO | MERCADOMUNICIPAL E FEIRA

ARQUITETA ESPANHOLA COM ATEL-IER EM AMESTERDÃO VAIDESENVOLVER O PROJETO“FOODLAB” COM QUE GANHOUCONCURSO EUROPAN 2013

COM OU SEM FEIRA, AREQUALIFICAÇÃO DO RECIN-TO DA MESMA TEM ELEVA-DO POTENCIAL DE SUCESSO.DA REQUALIFICAÇÃO DOMERCADO TALVEZ NÃO SEPOSSA GARANTIR O MESMO

10 | ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017

ATUALIDADEAs inscrições para a candidatura àsbolsas de estudo, atribuídas pela au-tarquia aos estudantes do concelho,relativas ao ano letivo 2017/2018decorrem até dia 20 de novembro.

A apresentação das candidaturasdeverá ser efetuada em suporte depapel, mediante o preenchimento doformulário tipo, devidamente acom-panhado de todos os elementos ins-trutórios, disponível no Balcão Úni-co e no site oficial da Câmara de San-to Tirso. Os documentos devem serentregues pessoalmente no BalcãoÚnico da autarquia, ou remetidos porcarta registada com aviso de receção.

Este ano, o número de bolsas atri-buídas surge duplicado, face ao anotransato, contemplando as vagas nãoutilizadas nas duas edições anterio-res. Ao todo, a autarquia atribuirá 21bolsas de estudo, entre renovaçõese novas candidaturas, no ano letivo2017/2018.

A medida de atribuição de bolsasde estudo ao Ensino Superior, imple-mentada pela Câmara de Santo Tirsodesde 2015, visa apoiar a frequên-cia escolar dos jovens residentes noconcelho e contribuir para uma efetivaigualdade de oportunidades no aces-so ao prosseguimento dos estudos. |||||

Sofia Andrade, 29 anos, iniciaassim o seu segundo mandato dedois anos à frente dos destinosdos jovens socialistas tirsenses ecom os olhos postos no futurorealçou a necessidade de “come-çar rapidamente a trabalhar comvista a atingir os objetivos estratégi-cos traçados” para o novo biénio.

Para a presidente da estrutura,“é precisar dar continuidade ao es-forço que tem vindo a ser feito nosúltimos dois anos para afirmar aJS/Santo Tirso a nível regional enacional”, recordando que SantoTirso teve pela primeira vez umamulher a nível nacional no tercei-ro lugar da lista vencedora às elei-ções para a Comissão Nacionalda JS, o que tem permitido “fazerouvir a voz dos jovens do partidodo concelho junto da estruturanacional da Juventude Socialista”.

Fruto dessa estratégia, SantoTirso foi pela Federação para, pelaprimeira vez, acolher o acampa-mento distrital dos jovens socia-listas, no mês de agosto, que con-tou com a presença de Ivan Gon-

SANTO TIRSO | EDUCAÇÃO

Câmara abreconcurso para21 bolsas deestudo para oEnsino Superior

Sofia Andradereeleita líderda JS/Santo TirsoVENCEU AS ELEIÇÕES PARA A CONCELHIA DAJUVENTUDE REALIZADAS A 4 DE NOVEMBRO

Via panorâmicapara devolvero rio à cidade“Já está em marcha a empreitada quedará nova vida a uma das principaisentradas de Santo Tirso”. É nestesmoldes que a Câmara Municipalanunciou, no início desta semana, oarranque da construção do troço daVia Panorâmica, localizado entre a ave-nida Soeiro Mendes da Maia e a ruaDr. Oliveira Salazar, junto à Fábricade Santo Thyrso. A obra traduz-senum investimento camarário de cer-ca de 1,2 milhões de euros.

“Esta é uma intervenção que irátransformar uma das principais en-tradas da cidade. Não só pela reorga-nização do espaço público, já que vemresolver um problema de circulaçãoautomóvel, mas também porque fun-cionará com uma perspetiva ambiental,já que resultará na criação de umavia estruturante com paisagem essen-cialmente verde, e sem barreiras ar-quitetónicas”, refere Joaquim Couto.

Este “corredor” funcionará desdea Fábrica de Santo Thyrso, passandopela Quinta de Fora até ao MuseuInternacional de Escultura Contem-porânea. O projeto pretende criar uma

nova centralidade, com acessos me-lhorados e compatíveis com as no-vas exigências da mobilidade susten-tável, já que a ligação da Via Panorâ-mica à Rua Dr. Oliveira Salazar resul-tará ainda na criação de uma praça,junto à Fábrica de Santo Thyrso.

O autarca de Santo Tirso acres-centa ainda que esta intervenção vempromover a reaproximação da cida-de ao rio. “É uma Via Panorâmica semconstrução do lado norte, que per-mitirá uma vista desimpedida para orio e para a paisagem envolvente, oque hoje não é possível. O nossoobjetivo é devolver, cada vez mais epaulatinamente, o espaço público àspessoas, requalificando esses espa-ços, arborizando a cidade e criandomeios alternativos de transporte, portodo o concelho”.

A via panorâmica é um projetofinanciado pelo Programa Operacio-nal Regional do Norte – NORTE2020,com comparticipação através do Fun-do Europeu de Desenvolvimento Re-gional (FEDER). A obra tem conclu-são prevista para agosto de 2018. |||||

CÂMARA ANUNCIA INVESTIMENTO DE 1,2 MILHÕES DEEUROS COM O ARRANQUE DAS OBRAS DA VIA PANORÂMICA

SANTO TIRSO | MOBILIDADE

çalves, secretário-geral da JS.Sofia Andrade deseja manter

e aprofundar os Roteiros Autárqui-cos pelas freguesias, com visitasde proximidade, para melhor seinteirar dos problemas e anseios daspopulações do concelho, bem comopromover campanhas solidárias evisitas a instituições e associações.

Com resultados já confirmadosquer na mobilização para iniciati-vas da JS e do partido a nível con-celhio, nomeadamente na campa-nha eleitoral autárquica, marcadapor ume forte envolvimento dajuventude, o mandato que agorase inicia será também marcado porum grande esforço no sentido deaumentar a participação cívica epolítica dos jovens de Santo Tirso.

“Queremos participar na cons-trução do futuro do concelho, coma apresentação de ideias e de pro-postas, nomeadamente junto dopartido”, deixou claro Sofia Andra-de, convencida de que, em articu-lação com o PS/Santo Tirso, “vai serpossível dar continuidade ao pro-jeto político iniciado em 2015”. |||||

JS | ELEIÇÕES

ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017 | 11

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Foi dada luz verde para o desenvol-vimento dos procedimentos adminis-trativos necessários para a alteraçãodo plano de pormenor para a zonaindustrial da Picaria. Segundo o pre-sidente da câmara, Joaquim Couto,“é necessário tomar um conjunto dedeliberações para que o projeto avan-ce, uma vez que se estão aí a imple-mentar-se um conjunto empresas”.

O executivo camarário fez apro-var uma prorrogação do prazo docontrato de “prestação de serviços defornecimento de refeições escolares”.Esta extensão de um mês do contra-to que faz a ligação entre o términodo concurso público anterior e onovo, prende-se com a demora doTribunal de Contas em dar o aval donovo contrato. Assim, “de modo agarantir as refeições das crianças doprimeiro ciclo e do pré-escolar” é pre-ciso prorrogar a data de vigênciadesse contrato. Espera-se que até aofinal do mês de novembro o novocontrato resultado do concurso pú-blico possa entrar em vigor.

A única intervenção da oposiçãosurgiu através da voz de Andreia Neto

Primeira reuniãopública mostranovo executivo em plenoREUNIÃO EXTRAORDINÁRIA FICOU MARCADA PELA TOMADA DE POSSE PRÉVIA DECARLOS VALENTE E PIMENTA DE CARVALHO COMO VEREADORES DA OPOSIÇÃO.

que, aquando da discussão da apro-vação da minuta do contrato da 2ªfase das obras na ligação entre o ce-mitério de Vilarinho e Paradela, ques-tionou o presidente sobre a retiradadas máquinas do local na semana aseguir às eleições autárquicas. JoaquimCouto respondeu que “a informaçãonão corresponde totalmente à ver-dade”. O edil, citando o empreiteiro,disse que “por dificuldades técnicasde trabalhos que haviam de ter sidorealizados previamente, não havianecessidade de manter as máquinasno local enquanto esse trabalho decampo se fizesse”, garantindo que logoque esses trabalhos estivessem con-cluídos a obra avançará como previsto.

Foram aprovadas as minutas doscontratos correspondentes a 126 mileuros de trabalhos adicionais naempreitada de requalificação da pra-ça de Camilo Castelo Branco e 28mil euros na requalificação do edifí-cio da EB1 de São Bento.

Esta reunião do executivo serviuainda para continuar o progressivoprocesso de delegação de competên-cias no presidente da câmara, proce-dimento legal que deverá continuarainda numa próxima reunião. |||||

À esquerda de Joaquim Couto (mas à direita na foto),Alberto Costa, Ana Maria Ferreira, José PedroMachado, Tiago Araújo e Silvia Tavares. Na oposição,Andreia Neto, Pimenta de Carvalho e Carlos Valente.

12 | ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017

ATUALIDADE

Na reunião do CPP, destaque ain-da para a tomada de posse deSandra Martins e de Rafael Lopes,este último como chefe de agru-pamento de escuteiros de Vila dasAves. Foi também alinhado o pro-grama da visita pastoral a Vila dasAves do bispo D. Nuno Almeida,prevista para 19 e 21 de Janeirode 2018. Esta visita incluirá visi-tas ao Lar Familiar da Tranquili-dade, à capela de Santo André deSobrado e ao centro pastoral deCense, bem como uma deslocaçãoà Universidade Sénior. Além daassembleia paroquial está aindaprevisto reunir com as crianças ea celebração eucarística na ma-nhã desse domingo.

Referência ainda para audiçãodos cinco novos membros do Con-selho Económico e Social, que de-verão tomar posse a 14 de janei-ro. A presidência continua com opároco; seguindo-se como secre-tária, Rosa Maria Azevedo; comotesoureira aparece Eugénia Pi-nheiro Dias; e como vogais NunoRoque Faria e António Gouveia. |||||

VILA DAS AVES | ANO PASTORAL

Vila das Aves criagrupos “Semeadoresde Esperança”A PARÓQUIA DE VILA DAS AVES PRETENDE AVANÇAR COM ACRIAÇÃO DE, PELO MENOS, TRÊS GRUPOS “SEMEADORESDE ESPERANÇA”, CUMPRINDO ASSIM UMA DASDETERMINAÇÕES PARA NOVO ANO PASTORAL NAARQUIDIOCESE DE BRAGA. PARA AJUDAR NO SEULANÇAMENTO, O PADRE DIAMANTINO DUARTE VEIO AOCONSELHO PASTORAL PAROQUIAL AVENSE FALAR NA SUAEXPERIÊNCIA NA DINAMIZAÇÃO DESTE TIPO DE GRUPOSNA SUA DIOCESE, EM LAMEGO.

||||| TEXTO E FOTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

Marta Costa, Sandra Martins e LuísBaltazar Dias são os três paroquia-nos que responderam ao apelo dopároco, Padre Fernando AzevedoAbreu, para se constituírem como di-namizadores de três grupos “Semea-dores da Esperança”, ou seja, con-cretizando a criação de grupos departilha da Palavra de Deus. Os três,bem como os restantes conselheiros,reunidos na noite do passado sába-do, ouviram o testemunho destes gru-

VISITA PASTORALA 19 E 21DE JANEIRO

pos que existem já há vários anos nadiocese de Lamego. O Padre Diaman-tino Duarte é um dos impulsionado-res, explicando que a sua origem é o“Movimento por um mundo melhor”,muito forte na América latina e queexiste em algumas paróquias em Por-tugal, “mas que já teve melhores diase que estamos a tentar revitalizar emLamego”, apontou o sacerdote.

Na diocese duriense estes gruposcomeçaram a funcionar há cerca de25 anos, existindo atualmente 40,distribuídos por cerca de duas deze-nas de paróquias. Estes grupos reú-nem em espaços familiares como re-sidências particulares evitando-se lo-cais de culto como igrejas e capelas e,obedecendo a um esquema rígido, re-únem durante cerca de uma hora, ten-do como epicentro, em cada sessãomensal, um tema da vida quotidiana.

Diamantino Duarte disse que separte, por vezes, de situações reais eem que se lança um debate abertosobre o mesmo. De seguida, lê-se umtexto bíblico sobre o assunto e procu-

ra-se fazer a ligação entre ambos, pro-curando depois num diálogo fazercom que saia um compromisso decada participante para “melhorar umadeterminada realidade, seja a títulopessoal, seja ao nível comunitário”.

Os objetivos destes grupos é levaros seus participantes a “crescer na fé,a fomentar a comunhão e a fazer umacaminhada conjunta de diferentes ge-rações, interligando a vida com a pala-vra de Deus, além de ser fermento nomeio do povo de Deus e de desen-volver o compromisso eclesial”, salien-tou este sacerdote, natural de Moi-menta da Beira.

Com um total de quinze a vintepessoas desejavelmente, o grupodeve ser heterogéneo em termos deidades de modo a enriquecer os di-álogos com experiências diferentes.“Isto está pensado não para padres,mas sim para os leigos e qualquerleigo pode orientar um grupo des-tes”, enfatizou Diamantino Duarte, quereconhece também haver dificulda-des a ultrapassar, nomeadamente, “ga-rantir o interesse de quem participa,assegurar novas entradas de pessoase manter a missão específica para quefoi criado, ou seja, de fidelidade doprojeto inicial de crescimento de fé”. |||||

EM CIMA, A MESA QUEPRESIDIU AO CPP, COM O

PADRE DIAMANTINODUARTE AO CENTRO. EM

BAIXO, O PÁROCO DE VILADAS AVES DURANTE ATOMADA DE POSSE,

COMO CONSELHEIRA, DESANDRA MARTINS

ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017 | 13

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FOTOS: NICOLENICOLENICOLENICOLENICOLE GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

A crítica rendeu-se e o público, queno passado dia 4 de novembro pre-encheu o Salão Nobre da antiga juntade freguesia de Vila das Aves, podeperceber em primeira mão porquê. Nasemana que antecedeu o concertodos 800 Gondomar, a crítica espe-cializada desfez-se em elogios a “Li-nhas de Baixo”, primeiro LP do trio,que sucedeu aos já bem recebidos

O Punk enérgicoe vital dos800 GondomarCOM NOVO ÁLBUM NA BAGAGEM E DE PARTIDAPARA UM TOUR EUROPEU, O TRIO DOSARREDORES DO PORTO TROUXE À VILA DAS AVES AVITALIDADE DO PUNK QUE LHES CORRE NAS VEIAS.

“Jeau de 54 cartes” é uma exposi-ção que resulta da interligação en-tre o processo criativo do autor, anoção de jogo, ocasionalidade eperformance, estruturada com baseno esquema do tradicional baralhode cartas francês, com quatro nai-pes de treze cartas. Molder utilizaessa nomenclatura para apresentarum trabalho em seis partes: cin-quenta e duas imagens divididaspelos quatro naipes (Caras, Mãos,Bocados, Espectros), dois jokers e afotografia de um Gabarito.

O reconhecido fotógrafo que ex-pôs um pouco por todo o mundo,obra integrante das principais cole-ções de arte contemporânea, de-clarou-se muito satisfeito por ter asua obra em mostra no MIEC e emSanto Tirso. “Não é a arte que veme se desloca até cá. É o espírito destesítio que está e estará cada vez maisalto. Estou, por isso, muito contentepor expor aqui”, referiu Jorge Molder.

A série realizada ao longo des-te ano, inédita, utiliza o próprio artis-ta como performer explorando o atofotográfico como símbolo signifi-cante e a sua relação com a arbitra-riedade e intuição dos jogos de for-tuna. Uma desfragmentação do “eu”

O ato performativodo baralho decartas de MolderFOTÓGRAFO PORTUGUÊS TRAZ A SANTO TIRSO UMA EX-POSIÇÃO INÉDITA ONDE EXPLORA, ATRAVÉS DA SUAFIGURA E DA ESQUEMÁTICA DE UM NAIPE DE CARTAS,O ATO PERFORMATIVO DA ARTE E DA SUA IDENTIDADE

artístico, uma exploração das ideiasde autenticidade e identidade, dis-simulação, realidade, ficção, e corpo.

Joaquim Couto, presidente daCâmara Municipal de Santo Tirso,por sua vez, relevou a agenda denomes que o MIEC tem vindo a ex-por desde a sua abertura, congra-tulando-se pela presença da obrado artista em Santo Tirso. “É umaexposição inédita. Estamos, por isso,muito honrados, que o Jorge Mol-der tenha aceitado este desafio, es-colhendo Santo Tirso para apresen-tar o seu trabalho. É um mérito quese deve, também, à crescente noto-riedade do MIEC, ao longo do úl-timo ano e meio.”

O autarca aproveitou a ocasiãopara sublinhar o papel fundamentalque as políticas culturais têm no de-senvolvimento do concelho. “As nos-sas prioridades para este novo man-dato mantêm-se e renovam-se. A áreada cultura será reforçada, para queo MIEC continue a ser um dos prin-cipais embaixadores de Santo Tirsono país e no estrangeiro”, garantiu.

“Jeu de 54 Cartes” estará paten-te ao público na sede do MIEC atédia 21 de janeiro, com entrada gra-tuita. ||||| TEXTEXTEXTEXTEXTTTTTOOOOO: : : : : PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

SANTO TIRSO | EXPOSIÇÃO

EPs de estreia, “800 Gondomar” e“Circunvalação”. Naquela noite desábado as expectativas não saíram de-fraudadas.

Mariana Duarte escrevia no Ípsilon,que os 800 Gondomar são “poesiaem bruto entre os subúrbios e o cen-tro da cidade, à boleia do frémito dogarage-punk”, o que no estado atualdas coisas, neste mundo cada vezmais decrépito que vivemos, soa avitalidade. Na verdade, o vazio sim-bólico, a perda de referências nas co-munidades, a falta de sentido dosatos e da solenidade abre caminhopara uma outra visão. Algo que sur-ja das bases, que parte da experiên-cia do dia-a-dia e crie os seus própri-os sentidos. “É a escola da vida, é oquotidiano a fazer-se canção”, conti-nuava a jornalista do Público, cunhan-do a definição mais precisa do uni-verso criativo dos 800 Gondomar.

E o cenário foi a isso propício.Uma sala outrora nobre, de um edi-fício outrora solene, de uma vila compassado industrial tão vincado, ser-vem de palco ao som sujo e ríspidoque envolve as letras despojadas, mascerteiras do trio. Durante 13 etapas,a intensidade e o volume foram apli-cados em crescendo de modo siste-mático, quase inexorável. Um concertode uma banda que se rebelia faixa afaixa não contra nada, mas sobre al-guma coisa.

O popular site Comunidade Cul-tura e Arte concluía a sua crítica decinco estrelas afirmando que “com umprimeiro álbum como Linhas de Bai-xo, os 800 Gondomar inscrevem-sena indústria musical portuguesa co-mo uma das grandes promessas dopunk, e podemos certamente esperarouvir falar muito deles no futuro.” Abem do panorama musical nacional,esperamos ansiosamente que sim.

A passagem dos 800 Gondomarpela Vila das Aves marcou a rentréeda Alarido que promete fazer agitaro panorama cultural nos meses quese avizinham. ||||||

VILA DAS AVES | CONCERTO

A PASSAGEM DOS 800GONDOMAR PELA VILADAS AVES MARCOU ARENTRÉE DA ASSOCIAÇÃOCULTURAL ‘ALARIDO’

“Não é a arte que vem e se desloca até cá. É o espíritodeste sítio que está e estará cada vez mais alto.Estou, por isso, muito contente por expor aqui.”JORGE MOLDER

14 | ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017

DESPORTO

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Karaté, prestígio edesenvolvimentosocial: três décadasna Vila das Aves

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Uma das instituições desportivas demaior relevo do concelho celebroutrês décadas de katas, kumites e me-dalhas, muitas medalhas. São mais detrês mil, conquistadas ao longo dosanos que prometem não ficar por aqui.Do começo como secção da Asso-ciação Avense em 1987 aos méritosdo atual Shotokan, há um nome queé sinónimo com as artes marciais naVila das Aves, Joaquim Fernandes.

O mestre é como um embaixadorinternacional do trabalho aqui reali-zado. Como membro do conselhomundial de arbitragem, teve a opor-tunidade de ajuizar finais mundiaise europeias, sendo presença assíduanos principais torneios da modalida-de, não teve receio de projetar a vozperante a plateia do auditório do Cen-tro Cultural Municipal de Vila das Aves.

JOAQUIM FERNANDES E SHOTOKAN VILA DAS AVES CELE-BRARAM O 30º ANIVERSÁRIO COM UM COLÓQUIODEDICADO AO DESENVOLVIMENTO SOCIAL QUE CONTOUCOM INTERVENÇÕES DE CONVIDADOS DE TODO O PAÍS

MESTRE JOAQUIMFERNANDESNO CAMPEONATODO MUNDO

O certame mundial para as cate-gorias de cadetes, juniores esub-21 que decorreu em Tene-rife contou com a contribuiçãodo Mestre Joaquim Fernandes.

Na competição que juntoumais de 1700 atletas de umacentena de nações, JoaquimFernandes viu ser-lhe reconhe-cido o bom trabalho ao ser es-colhido para ajuizar cinco fi-nais, facto assinalável porqueestavam mais de 200 árbitros eapenas um grupo muito reduzi-do arbitrou finais.

Este é o maior evento a nívelmundial de karate, estão presen-tes os melhores atletas, treina-dores e árbitros do mundo, detodos estilos de karate, onde sópodem participar um atleta porcategoria de cada país. |||||

junta de freguesia, Joaquim Faria e opresidente da Federação Portuguesade Karaté, Carlos Silva.

Porém, a frase da tarde talvez sejada autoria do pároco de Vila das Avesaquando da sua intervenção, referin-do-se à importância da modalidadeem termos sociais um pouco por todoo mundo. Baseando-se nas suas via-gens, Fernando Abreu afirmou que“no Azerbaijão, o karaté faz mais açãosocial do que a Igreja Católica”. |||||

“Em 1987 não me passaria pela ca-beça estar aqui hoje, trinta anos de-pois”, confessou Joaquim Fernandes.

Hoje, o karaté é mais do que umpassatempo, “é uma modalidade in-clusiva que ajuda no desenvolvimen-to social” e crescimento pessoal dequem a pratica, refere o mestre. Joa-quim Fernandes mencionou nãoaqueles que no clube treinam e com-petem, mas também todos aqueles aquem leciona, das mais variadas ida-des, um pouco por todo o concelhoatravés de protocolos com o Municí-pio e as juntas de freguesia. Nestescasos, diz, “não interessa a técnica,interessa a coordenação”.

Na mesa de abertura do colóquio,acompanhando o mestre nas boasvindas e intervenções iniciais encon-travam-se a nova vereadora com opelouro do desporto, Ana Maria Fer-reira, o recém-eleito presidente da

KARATÉ | 30 ANOS

ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017 | 15

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Invencibilidadecontinua,sem fim à vistaNo passado fim de semana, as joga-doras avenses deslocaram-se ao pa-vilhão do Vitória de Guimarães e ba-teram as anfitriãs por 3-0 com os par-ciais de 15-25; 26-28; 21-25, na-quele que foi claramente a partidamais complicada do calendário atéao momento. Apesar de algumas au-sências no plantel e de uma equipavimaranense muito motivada, o CDAves assumiu sempre o encontro,conquistando mais um triunfo semperder qualquer set.

Nas jornadas anteriores, realiza-das em casa, perante o sempre rui-doso público avense, o Desportivoderrotou, com facilidade o Ala Gon-domar pelos parciais 25-12; 25-15;25-17 em partida a contar para asegunda jornada. Na semana seguin-te, a vítima foi a Académica de SãoMamede que, por inversão das jorna-das se deslocou à Vila das Aves. Osparciais de 12-25; 22-25; 24-26talvez não façam jus à missão com-plicada com que as atletas do CDAves tiveram que se deparar, sobre-tudo no terceiro set, quando se vi-ram a perder por 9-17 a determinadaaltura. Quer no segundo quer no ter-ceiro set o Desportivo foi obrigado arecuperar de avolumadas desvanta-gens no marcador, acabando por ven-cer pela margem máxima novamente.

Após a quarta jornada da série Ado campeonato nacional da 2ª Divi-são o CD Aves é líder destacado àfrente do Ginásio Clube de SantoTirso. Neste fim de semana que se apro-xima o Desportivo das Aves faz nova-mente a curta viagem até Guimarãespara medir novamente forças com oVitória, encontro a contar para a 2ªEliminatória da Taça de Portugal. |||||

Na receção aos Leões de Porto Salvo,o Desportivo só chegou aos golosna segunda parte. De rajada PedroPeixoto (24’) e Zé Rui (26’) resolve-ram a partida e deram a segunda vi-tória ao Desportivo na Liga Sportzone.Com o AD Fundão a história foi di-ferente. O resultado dilatado podenão traduzir na totalidade os acon-tecimentos do encontro, mas simbo-liza as fragilidades sobretudo defen-sivas que a equipa tem apresentado.O 6-2 final da visita à Beira Baixanão deixa margem para dúvidas.

Frente ao Futsal Azeméis, o encon-

FUTSAL | LIGA SPORTZONE

Dupla derrotaafunda DesportivoVITÓRIA FRENTE AOS LEÕES DE PORTO SALVO NÃO FOISUFICIENTE PARA MANTER O DESPORTIVO DAS AVESLONGE DO FUNDO DA TABELA. DERROTAS COM O FUNDÃOE AZEMÉIS DEIXAM AVENSES COM A LANTERNA VERMELHA.

Saída de Rui Orlando do coman-do técnico do São Martinho apósa derrota com o Mondinense dei-xou a turma campense à deriva. En-tretanto, o jogador Bobô assumiuas funções interinamente na parti-da com o candidato à subida, Fafe.Frente à União Torcatense, Agosti-nho Bento estreou-se ao leme daformação que veste de verde.

Foram semanas tremidas em SãoMartinho do Campo e os resulta-dos continuam a ser algo pericli-tantes, mesmo com posição assí-dua a meio da tabela classificati-va. O ponto conquistado nas últi-mas três jornadas é sintoma deinstabilidade provocada pela saí-da surpreendente de Rui Orlando.Contra o Mondinense, o São Mar-tinho recuperou de uma desvanta-gem de 0-2 para restabelecer aigualdade no marcador com tem-

po mais do que suficiente parajogar, só que André Martins des-pedaçou os corações campensese fez o golo da vitória caseira.

A receção ao Fafe ainda deuesperanças aos adeptos do SãoMartinho, com o golo de DiogoSilva aos 68’, mas nos minutosfinais, aos 84’, Vilmar igualou omarcador e o resultado final, 1-1.

No passado fim de semana emSão Torcato, Guimarães, o SãoMartinho marcou cedo, logo aos4’pelo inevitável Damien Furtado,mas João Agostinho aos 12’ fezo empate e Rui Pedro os 45’ deutrês pontos à equipa da casa.

O São Martinho é oitavo clas-sificado da série A do Campeo-nato de Portugal com 13 pontose na próxima jornada, a 11ª, re-cebe o Montalegre, dia 26 no-vembro pelas 15 horas. |||||

CAMPEONATO DE PORTUGAL – SÉRIE A

Rui Orlando sai, SãoMartinho tenta encontrar-se

JUNIORES – CAMPEONATO NACIONAL ZONA NORTE

DIVISÃO ELITE – AF PORTO (SÉRIE 2)- Jornada 8: Tirsense 1-1 Baião- Jornada 8: Vilarinho 1-3 Rebordosa- Jornada 9: Aliados Lordelo 1-0 Vilarinho- Jornada 9: Paredes 0-1 Tirsense- Jornada 10: Vilarinho 3-0 Folgosa da Maia- Jornada 10: Tirsense 0-0 LixaClassificação: Tirsense 8º; Vilarinho 13º

DIVISÃO DE HONRA – AF PORTO (SÉRIE 2)- Jornada 8: Nogueirense 2-1 Tirsense B- Jornada 9: Tirsense B 0-2 Rio de Moinhos- Jornada 10: Vila Caiz 7-1 Tirsense BClassificação: Tirsense B 9º

1ª DIVISÃO – AF PORTO (SÉRIE 2)- Jornada 8: UDS Roriz 2-1 S. Lourenço Douro- Jornada 9: Frazão 0-0 UDS RorizClassificação: UDS Roriz 8º

2ª DIVISÃO – AF PORTO (SÉRIE 1)- Jornada 6: Bougadense B 2-1 Monte Córdova- Jornada 7: Monte Córdova 3-0 ZebreirenseClassificação: Monte Córdova 7º

Sustento da marca de penalti

tro foi intenso e vibrante e foi decidi-do nos pormenores. Desatenções co-mo as que deram o primeiro golo aosvisitantes pagam-se caras. Bolas aoposte do outro lado também. O 2-3conseguido no último minuto é de-vastador para as aspirações avensesporque deitou por terra uma excelen-te recuperação que levou ao empate.

O Desportivo das Aves é últimoclassificado com seis pontos em dezjogos, menos um que o Burinhosa eQuinta dos Lombos. Este fim de sema-na desloca-se a Braga para defrontaro SC no sábado às 18 horas. |||||

+ D

ESPO

RTO

VOLEIBOL FEMININO

O que têm em comum a derrotafrente ao Cesarense e a vitória emChaves? Golos da marca de gran-de penalidade concretizados porMada Pereira. Desportivo é 10ºclassificado.

A deslocação ao terreno do“lanterna vermelha” da zona nor-te do campeonato nacional dejuniores revelou-se satisfatóriapara os lados avenses. O Despor-tivo venceu em Chaves pela mar-gem mínima, num jogo atípicoonde o treinador Hélder Amaralse viu obrigado a substituir o guar-da-redes Afonso Nunes a meiodo segundo tempo.

O único golo da partida sur-giu mesmo ao cair do pano sobreo primeiro tempo com o avançadoguineense Mada Pereira a conver-ter um pontapé da marca da gran-de penalidade, batendo Marcos

Teixeira e fazendo o resultado final.Na jornada anterior, o mesmo

Mada Pereira tinha feito o gostoao pé exatamente da mesma for-ma, a partir da conversão de umagrande penalidade, desta vez in-suficiente para evitar um resulta-do negativo. Na receção ao Cesa-rense, os visitantes inauguraramo marcador por intermédio de JoséManuel à passagem dos 29’, como empate a surgir já em tempocompensação da primeira parte. Nasegunda metade, também na con-versão de um penalti aos 75’,Gonçalo Azevedo estabeleceu oresultado final. Vitória do Cesa-rense por 2-1 no Campo Bernar-dino Gomes.

A próxima jornada joga-se a18 de novembro quando oDesportivo das Aves recebe o SCBraga pelas 15 horas. |||||

16 | ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017

DESPORTO

Vitória a sulpermite respirarAO TERCEIRO JOGO LITO VIDIGAL ESTREIA-SE A VENCER NO CAMPEONATO. DESPOR-TIVO POSICIONA-SE ACIMA DA LINHA DE ÁGUA ANTES DA RECEÇÃO AO FC PORTO

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FOTOS: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Quim. Quim. Quim. Ao capitão a ida-de é só um número. Qual Beetlejuice,o guardião apareceu sempre que foichamado a intervir, pontuando maisuma exibição de excelente qualida-de com três intervenções que, no fi-nal de contas, deram efetivamente avitória ao Desportivo das Aves.

LIGA NOS | DESPORTIVO DAS AVES

18 - ESTORIL PRAIA11 07 17 - MOREIRENSE11 06

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - FC PORTO 11 31

2 - SPORTING 11 27

3 - BENFICA 11 26

4 - BRAGA 11 225 - MARÍTIMO 11 22

7 - BELENENSES 11 16

9 - BOAVISTA 11 13

10 - PAÇOS FERREIRA 11 12

11 - TONDELA 11 12

6 - RIO AVE 11 17

11

13 - FEIRENSE 11 11

16 - CD AVES

11 1114 - CHAVES

11 10 15 - V. SETÚBAL11 09

12 - PORTIMONENSE 11 12

148 - V. GUIMARÃES

V. SETÚBAL 0 - CD AVES 1

MOREIRENSE 1 - PORTIMONENSE 1

TONDELA 3 - BOAVISTA 2

ESTORIL PRAIA 0 - RIO AVE 2FC PORTO 2 - BELENENSES 0

FEIRENSE 0 - MARÍTIMO 1

BELENSENSES - CHAVESPORTIMONENSE - TONDELA

CHAVES 4 - PAÇOS FERREIRA 2

CD AVES - FC PORTOMARÍTIMO - ESTORILPAÇOS FERREIRA - SPORTING

BENFICA - SETÚBAL

BOAVISTA - MOREIRENSE

JORNADA 11 - RESULTADOS

BRAGA - FEIRENSE

V. GUIMARÃES 1 - BENFICA 3SPORTING 2 - BRAGA 2

RIO AVE - V. GUIMRÃES PRÓ

XIM

A JO

RNAD

A 24

A 2

7 NO

V.

O encontro em Setúbal, entre duasequipas muito necessitadas de pon-tos, foi marcado pelas condições cli-matéricas que iam dificultando a prá-tica de futebol. Quando as jogadassurgiam eram na sua maior da respon-sabilidade dos Sadinos que tinhamGonçalo Paciência como referênciaatacante, sempre muito perigoso.

O Aves tentava aproveitar maiordomínio de bola do adversário parapartir em ataques rápidos, na procu-ra das desmarcações rapidíssimas deAmilton e Salvador Agra. Antes docair do pano, a melhor oportunida-de do primeiro tempo pertenceu aosda casa com Edinho a não conse-guir desfeitear Quim.

Na segunda parte a toada mante-ve-se quase inalterada. Muito jogo divi-dido a meio-campo, congestionava afluidez de jogo e as oportunidadesde golo eram raras, mesmo com umaentrada mais pressionante do Despor-tivo. Por sua vez, o Setúbal deparava-se com a muralha intransponível, de

nome Quim. Falha de Ponck oferecemais uma oportunidade, agora a Cos-tinha, que não consegue concretizar.

As alterações fizeram bem aos vi-sitantes. Ryan Gauld que, antes dalesão se tinha imposto como um dosmotores ofensivos da equipa avense,entrou em campo e a diferença no-tou-se. Os pés de veludo não enga-nam. Aos 78’, na sequência de umcanto batido por Paulo Machado, Fal-cão apareceu de cabeça e abriu omarcador no Estádio do Bonfim.

Até ao final do encontro, o Vitó-ria de Setúbal ainda tentou, mas in-suficiente. João Amaral ainda dispôsde mais uma ocasião, mas Quim foimais uma vez superior e guardou ostrês pontos no cofre.

O Desportivo das Aves saiu assimda zona dos aflitos, com dois pontosde vantagem para o rival Moreirense,penúltimo classificado e a um pontodo V. Setúbal imediatamente acima.Na 12ª jornada o CD Aves recebe olíder da tabela classificativa, FC Porto.Este fim de semana joga-se a 4ª eli-minatória da Taça de Portugal com oDesportivo a deslocar-se a Leiria paradefrontar a União no Domingo, dia19 pelas 15 horas.

AMANHECERPINTADO DEVERMELHO E BRANCO

Em dia de festejos do 87º aniver-sário do Clube Desportivo dasAves, a vila acordou com surpre-sas espalhadas um pouco por to-do o lado. Mais de cinco mil ba-lões, atados com prémios varia-dos, foram distribuídos pela Viladas Aves em dia de celebração.

A manhã do passado Domin-go foi especial também no Está-dio, onde o clube deu oportuni-dade a adeptos e sócios fazeremvisitas guiadas pelas instalações,por locais normalmente vedados,conduzidas por atletas que re-presentam o Desportivo nas maisvariadas modalidades, do futebolprofissional, passando pelo fut-sal masculino e feminino e volei-bol feminino.

Esta iniciativa fez parte de umplano alargado de festividadesque marcaram mais um aniversá-rio do Desportivo das Aves quese espalharam um pouco portodo o fim de semana. |||||

O DESPORTIVO DASAVES SAIU DA ZONADOS AFLITOS, COMDOIS PONTOS DEVANTAGEM PARA ORIVAL MOREIRENSE,PENÚLTIMOCLASSIFICADOE A UM PONTO DOV. SETÚBAL IME-DIATAMENTE ACIMA.

ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017 | 17

Duas sessões, uma ordinária paraaprovação de relatório e contas, euma extraordinária para alteraçõesestatutárias, decorreram no passadodia 27 de outubro nas instalaçõesdo Clube Desportivo das Aves, coma presença de algumas dezenas desócios. No ponto principal da primeiradas sessões o relatório e contas fo-ram aprovados por larga maioria, de-pois de terem sido prestados os es-clarecimentos necessários à tomadade decisão pelos associados. De sa-lientar que, relativamente à época emanálise, as receitas superaram as des-pesas em mais de 90 mil euros; re-gistou-se uma diminuição do passi-vo, relativamente ao exercício anteri-or, da ordem dos 130 mil euros, e oativo é agora superior ao passivo emmais de 250 mil euros.

Por parte dos associados presentes,foram colocadas questões no sentidode esclarecer as relações com a SADnomeadamente no que respeita àequipa de juniores, que vem represen-tando o Clube mas, ao que se sabe,

VILA DAS AVES | CLUBE DESPORTIVO DAS AVES

Contas aprovadas, estatutosrenovados e direçãoreconduzida atéàs eleições de abrilNARCISO OLIVEIRA, PRESIDENTE DA AG, LOUVADO POR ACLAMAÇÃO EM SESSÃOEM QUE AS RELAÇÕES COM A SAD TAMBÉM ESTIVERAM EM DESTAQUE

gerida pela sociedade anónima. Aquestão foi colocada por sócios queasseguram que este assunto nuncafoi referido nas assembleias em quefoi aprovada a SAD e que pode terincidência nas contas, por via subsí-dios da UEFA para a formação, quesegundo um sócio ascendem a maisde cem mil euros.

Uma outra intervenção provocouuma reação exaltada da parte do pre-sidente da direção. Este garante queo “acordo parassocial” feito nessa al-tura previa tal situação e que estãosalvaguardadas as compensaçõesque a eventual promoção de atletaspossa originar. Quanto aos subsídi-os para a formação, foi referido queeles têm por referência a participaçãona liga profissional e por isso entre-gues à SAD, pelo que obter dissobenefícios para o clube depende denegociação com a SAD.

No período destinado a tratar ou-tros assuntos de interesse para o clubefoi aprovado por aclamação “um votode profundo reconhecimento e gra-

tidão do clube ao sócio Narciso Oli-veira, pelo exercício, com inexcedívelzelo e dedicação, das funções de pre-sidente da mesa da Assembleia Gerale de médico do Clube durante maisde 30 anos”, tendo sido salientadoque Narciso Oliveira presidiu a maisde 60 sessões da Assembleia Geral.Depois, para além dos esclarecimen-tos sobre a equipa de juniores, assun-to cuja discussão vinha do primeiroponto, sócios houve que questiona-ram a exigência de pagamento de bi-lhete aos jovens atletas, como ocor-reu na visita do Benfica, que critica-ram o procedimento que levou à mo-dificação do valor das cotas de sóciosem decisão de assembleia geral eainda pediram esclarecimentos sobrea forma como é cedida a exploraçãodos bares das instalações do Clube.

O presidente da direção, Arman-do Silva, sobre os bilhetes exigidosaos sócios atletas, argumentou como acordo parassocial da SAD e coma “bilhética”, da responsabilidade des-ta e, relativamente à exploração dosbares, alertou para a necessidade deser dado conhecimento à direção dealgo que não funcione regularmen-te. Sobre as razões da paragem dasobras do Centro de Estágio, informounão ter conhecimento das razões efe-tivas do facto mas referiu ser sua con-vicção de que se trata de um abran-damento do ritmo por motivo do ele-vado investimento feito até agora.

Na segunda sessão da noite foramaprovadas alteração aos estatutos queconsagram, entre outras coisas, queas eleições para os órgãos sociais pas-sem, no futuro, a realizar-se entre 15de abril e 15 de maio, tendo a assem-bleia aprovado que a atual direçãocontinue em funções mais tempo doque aquele para que tinha sido elei-ta (o mandato de dois anos termina-ria em janeiro próximo). E ArmandoSilva aproveitou a oportunidade para,desde logo, se assumir como candi-dato a um novo mandato como pre-sidente do clube. |||||| AAAAA REDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃO

EFICÁCIA DO VITÓRIAABATE O ‘AVES’Desportivo foi superior em praticamentetodos os aspetos do jogo, mas o prag-matismo dos ‘conquistadores’ deuuma vitória muito desejada à equipada cidade berço. Desperdícios na fina-lização e desatenções defensivas con-tinuam a custar pontos aos avenses.

A lei máxima do futebol fez-se va-ler na Vila das Aves. Quem não mar-ca, arrisca-se a sofrer. E o destino fezdo Aves exemplo. O V. Guimarãesvenceu por 1-3, mas o resultado dila-tado não faz jus aos acontecimentosdentro das quatro linhas. Mais pos-se de bola, mais oportunidades, mais“jogo”, como se costuma dizer, semconseguir retirar proveitos disso. OAves continua a ser mais vítima de simesmo, do que dos adversários.

Logo a abrir o encontro, minuto4’, Raphinha aproveita um corte fa-lhado de Nildo Petrolina, desta veztitular como lateral esquerdo, paraaparecer nas suas costas e isoladoperante Quim não desperdiçou.

O Desportivo reagiu ao golo damelhor maneira, controlando a par-tida através da posse de bola (VítorGomes de batuta nos pés) e da ve-locidade pelos flancos de SalvadorAgra e, especialmente Amílton.

Os anfitriões foram recompensa-dos pelo domínio territorial poucodepois do quarto de hora de jogo,quando Vítor Garcia tocou a bolacom o braço dentro da sua grandeárea. Penalti claro que Agra conver-teu em golo e igualou o marcador.

O encontro equilibrou com o empa-te, embora o Aves continuasse a sermais perigoso. Até que, mesmo antesdo cair do pano, Heldon, que fizera opasse para o golo inaugural, bate Quimpela segunda vez com um remate co-locado, já dentro da área avense.

No segundo tempo, só deu Avesa abrir, embora com poucos provei-tos práticos. Paulo Machado dispôsde uma bela ocasião aos 59’ à qualcontrapôs de imediato o Vitória porintermédio de Raphinha, prenúnciodo golo que viria pouco minutosmais tarde. Rafael Martins correspon-deu da melhor maneira a um livrede Hurtado com conta, peso e medi-da, com um remate de primeira jádentro da pequena área.

Lito Vidigal demorou a fazer altera-ções no onze do Aves, colocou Aran-go e Derley em campo e o colombia-no ainda agitou o encontro, mas foitarde de mais. O resultado estava feito.O V. Guimarães vence com a eficáciae pragmatismo necessários para umaequipa à procura de resultados. |||||

NA ASSEMBLEIA GERAL FOIAPROVADO POR ACLAMAÇÃO“UM VOTO DE PROFUNDORECONHECIMENTO EGRATIDÃO DO CLUBE AOSÓCIO NARCISO OLIVEIRA(NA IMAGEM, À DIREITA),PELO EXERCÍCIO, COMINEXCEDÍVEL ZELO EDEDICAÇÃO, DAS FUNÇÕESDE PRESIDENTE DA MESA DAASSEMBLEIA GERAL E DEMÉDICO DO CLUBEDURANTE MAIS DE 30 ANOS”

Mais de cinco mil balões, atados com prémios variados, foramdistribuídos pela Vila das Aves em dia de celebração,para assinalar os 87 anos do Clube Desportivo das Aves.

18 | ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017

DIVERSOS

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CARNEIRO (21/03 A 20/04)Carta Dominante: 2 de Paus, quesignifica Perda de Oportunidades.Amor: O amor espera por si, não odeixe passar! Que o futuro lhe sejarisonho! Saúde: Pode ter doresmusculares, evite esforços. Dinhei-ro: Esteja atento a tudo o que dizrespeito à sua vida material. Pensa-mento positivo: O meu futuro serárisonho!

TOURO (21/04 A 20/05)Carta Dominante: A Morte, quesignifica Renovação. Amor: Procureesquecer as situações menos posi-tivas do seu passado afetivo. Saú-de: Sistema nervoso instável. Di-nheiro: Segurança financeira. Pen-samento positivo: Descubro aimensa força e coragem que tragodentro de si!

GÉMEOS (21/05 A 20/06)Carta Dominante: Rei de Espadas,que significa Poder, Autoridade.Amor: Não deixe que a monotoniaafete a sua relação, puxe pela ima-ginação. Saúde: Não se Automedi-

que, procure o seu médico. Di-nheiro: Poderá sofrer um aumentoinesperado. Pensamento positivo:Tenho a ousadia de sonhar!

CARANGUEJO (21/06 A 21/07)Carta Dominante: 2 de Copas, quesignifica Amor. Amor: Não tenhaatitudes infantis relacionadas comciúmes doentios ou emotividadedescontrolada. Saúde: Cuidadocom a automedicação. Adote umaalimentação saudável. Dinheiro:Época favorável ao investimentoem novos negócios. Pensamentopositivo: Quem sabe proteger-sedas emoções negativas aprende aconstruir um futuro risonho!

LEÃO (22/07 A 22/08)Carta Dominante: A Temperança,que significa Equilíbrio. Amor:Aproveite o seu lado criativo paradar mimos a quem gosta. Saúde:Tente levar uma vida mais relaxada,a agitação pode ser prejudicial pa-ra a sua saúde. Dinheiro: O equilí-brio está neste campo da sua vida.Pensamento positivo: Liberto toda

a criatividade que existe dentro demim e aprendo a contemplar o Belo.

VIRGEM (23/09 A 22/10)Carta Dominante: A Imperatriz,que significa Realização. Amor:Apague de uma vez por todas asrecordações do passado. Saúde:Não se automedique, procure anteso seu médico. Dinheiro: Esta é umaboa altura para fazer uma doaçãode caridade. Pensamento positivo:Olho em frente e vejo que existeuma luz ao fundo do túnel!

BALANÇA (23/09 A 22/10)Carta Dominante: O Mundo, quesignifica Fertilidade. Amor: Os sen-timentos que tanto tentou escon-der vão aparecer à luz do dia. Saú-de: Cuidado com a alimentação. Di-nheiro: Não é a melhor altura parafazer negócios ou comprar benssupérfluos. Pensamento positivo:Acredito nas minhas capacidades!

ESCORPIÃO (23/10 A 21/11)Carta Dominante: 6 de Paus, quesignifica Ganho. Amor: Faça algo es-

pecial e romântico para quem ama.Saúde: Procure relaxar e andartranquilo. Dinheiro: Para não sesurpreender verifique regularmen-te o seu saldo bancário. Pensamen-to positivo: A felicidade espera porsi, aproveite-a!

SAGITÁRIO (22/11 A 21/12)Carta Dominante: 5 de Espadas,que significa Avareza. Amor: Nãoseja mal-humorado. Saúde: Façaalguns exercícios físicos mesmo emsua casa. Dinheiro: Não deixe paraamanhã aquilo que pode fazerhoje. Pensamento positivo: Protejaas suas emoções tornando-se cadadia que passa num ser humanomais forte e então sim, será feliz!

CAPRICÓRNIO (22/12 A 20/01)Carta Dominante: O Papa, quesignifica Sabedoria. Amor: Dê maisatenção aos seus familiares maispróximos. Reúna a sua família como propósito de falarem sobre osproblemas que vos preocupam.Saúde: Tudo correrá dentro dosparâmetros normais. Dinheiro:

Nada de preocupante acontecerá.Pensamento positivo: Defendo aharmonia através da sinceridade.

AQUÁRIO (21/01 A 19/02)Carta Dominante: A Força, quesignifica Força, Domínio. Amor:Não se deixe influenciar por ter-ceiros, poderá sair prejudicado.Saúde: Cuidado com os seus ouvi-dos. Dinheiro: Não se precipite epense bem antes de investir as suaseconomias. Pensamento positivo:Só erra quem está a aprender afazer as coisas da maneira certa!

PEIXES (20/02 A 20/03)Carta Dominante: Rainha de Co-pas, que significa Generosidade.Amor: Se não disser aquilo quesente verdadeiramente, ninguém opoderá adivinhar. Saúde: Cuidadocom o excesso de açúcar no seusangue, pois poderá ter tendênciapara diabetes. Dinheiro: Este é umperíodo em que pode fazer umapequena extravagância, mas não seexceda. Pensamento positivo: Queo seu olhar tenha o brilho do sol!

HORÓSCOPOZODÍACO Maria Helena

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ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017 | 19

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A família neste momento doloroso e profunda-mente sensibilizada pelo apoio e carinho rece-bidos, vêm por este meio agradecer a todosquantos se dignaram a participar no funeral, namissa de 7º dia bem como na de 30º dia emsufrágio da alma da saudosa extinta.

Funeral a cargo de: Funerária das Aves de Alves da Costa, Unip, Lda.

AGRADECIMENTOAGRADECIMENTOAGRADECIMENTOAGRADECIMENTOAGRADECIMENTON- 31.12.1922 F- 13.10.2017N- 31.12.1922 F- 13.10.2017N- 31.12.1922 F- 13.10.2017N- 31.12.1922 F- 13.10.2017N- 31.12.1922 F- 13.10.2017

Carolina Augusta daSilva Pacheco

AREIAS - SANTOTIRSO

Deolinda da Costa Ferreira Moura

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Areias - S. Tirso, com 80 anos de idade,falecida no Hospital de V. N. Famalicão no dia 31 deOutubro de 2017. O funeral realizou-se no dia 2 deNovembro, na Capela Mortuária de Areias - S. Tirso,para a Igreja Paroquial, indo de seguida a sepultar noCemitério de Areias - S. Tirso.Sua família, renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DAS AVES

Joaquim da Costa Carneiro

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 72 anos de idade, falecidono Lar das Camélias em Polvoreira no dia 12 de outu-bro de 2017.O funeral realizou-se no dia 13 de Outubro, na CapelaMortuária de Vila das Aves, para a Igreja Matriz, indode seguida a sepultar no Cemitério de Vila das Aves.Sua família, renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DELORDELO

Júlio Ferreira de Lima

A família participa o falecimento do seu ente querido, natu-ral de Lordelo, com 71 anos de idade, falecido no Hospital deGuimarães no dia 13 de Outubro de 2017.O funeral realizou-se no dia 14 de Outubro, na CapelaMortuária da Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial, indode seguida a sepultar no Cemitério da Vila de Lordelo.Sua família, renova os sinceros agradecimentos pela partici-pação no funeral e missa de 7º. dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

A família neste momento doloroso e profunda-mente sensibilizada pelo apoio e carinho rece-bidos, vêm por este meio agradecer a todosquantos se dignaram a participar no funeral,missa de 7º dia bem como na de 30º dia emsufrágio da alma da saudosa extinta.

Funeral a cargo de: Funerária das Aves de Alves da Costa, Unip, Lda.

AGRADECIMENTOAGRADECIMENTOAGRADECIMENTOAGRADECIMENTOAGRADECIMENTON- 05.09.1937 F- 15.10.2017N- 05.09.1937 F- 15.10.2017N- 05.09.1937 F- 15.10.2017N- 05.09.1937 F- 15.10.2017N- 05.09.1937 F- 15.10.2017

Maria Fernanda daSilva Azevedo

O Entre Margensendereça àsfamílias enlutadas assuas mais sentidascondolências.

A família neste momento doloroso e profunda-mente sensibilizada pelo apoio e carinho rece-bidos, vêm por este meio agradecer a todosquantos se dignaram a participar no funeralbem como na missa de 7º dia em sufrágio daalma do saudosao extinto.

Funeral a cargo de: Funerária das Aves de Alves da Costa, Unip, Lda.

AGRADECIMENTOAGRADECIMENTOAGRADECIMENTOAGRADECIMENTOAGRADECIMENTON- 09.05.1951 F- 18.10.2017N- 09.05.1951 F- 18.10.2017N- 09.05.1951 F- 18.10.2017N- 09.05.1951 F- 18.10.2017N- 09.05.1951 F- 18.10.2017

Joaquim da Silva(Marcelino)

Assembleia Geral ExtraordináriaA presidente da mesa da Assembleia Geral, Elisa-bete Conceição da Silva Guimarães Neiva, vempor este meio convocar os associados da ARVA –Associação de Reformados de Vila das Aves, paraa Assembleia Geral Extraordinária a realizar nodia 25 de Novembro de 2017, pelas 15 horas, nasede da ARVA, para apresentação do Plano deAtividades de 2018 aos seus associados, confor-me o artigo 17º , alínea c dos estatutos.

Ordem de trabalhos:PONTO ÚNICO: apresentação do Plano de Atividadespara o ano de 2018 e outros que possam ter inte-resse, neste mesmo ano.

A PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERAL DA ARVA

Elisabete Conceição da Silva Guimarães Neiva

ARVAAssociação de Reformados

de Vila das Aves CONVOCATÓRIA

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20 | ENTRE MARGENS | 16 NOVEMBRO 2017

A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas a

30 de novembro

RORIZ | CLUBE DE PESCADORES

Magusto de ‘cara lavada’

||||| TEXTO E FOTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Sempre muito concorrido, o ma-gusto do clube de pesca de Rorizeste ano tinha um ingrediente es-pecial para oferecer aos que porlá passassem. Nas semanas ante-riores ao evento, a azáfama dasobras deu uma nova cor ao velhoedifício da escola do Calvário, hojedesativada, que serve de sede àassociação de pescadores.

“O espaço é o ideal para nós”,dizia José Portilha, carismático pre-sidente do clube e uma das per-sonalidades mais coloridas da fre-guesia, “não chateamos ninguéme temos a nossa autonomia.” Oque começou em 2011 como brin-cadeira de café, numa sala da an-tiga escola da Costa com dezanovepessoas, na tentativa de fazer re-nascer a pesca na vila depois dodesaparecimento do núcleo liga-do ao clube de futebol local, cres-ceu à vista de todos.

Hoje são mais de uma cente-na de associados, com um espa-ço próprio e atividade regular.Competem e convivem com apoi-os da autarquia tirsense, junta deRoriz e Cooperativa Elétrica local.Competitivamente realizam seteprovas internas e participam emtrês do campeonato concelhio.

“Nós, ao pescar, só pensamos

CLUBE DE PESCADORES DE RORIZ APROVEITOU A ENTREGA DE PRÉMIOS NOMAGUSTO ANUAL PARA MOSTRAR A “NOVA CARA” DA ANTIGA ESCOLA DO CALVÁRIO.

Vandalismo deHalloween comtravo de vingança

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

“Vais arrepender-te” é a mensagem pin-tada em letras garrafais no muro da fren-te da casa de Maria Augusta Leal. O re-cado é direto e não deixa qualquer mar-gem para dúvidas. Em causa está umconflito entre vizinhos que envolve o caféda rua e o local de estacionamento deum camião. “O vais arrepender-te refe-re-se ao facto de nós lhe termos fecha-do o café. Porque fomos nós que de-nunciamos à ASAE”, afirmou de modocontundente a proprietária da casavandalizada.

Em outubro de 2016 uma nova ge-rência tomou conta do café da Travessada Indústria e desde então o maior pon-to de conflito é o estacionamento do ca-mião, lugar que ocupa há dezanove anos.

As queixas sugerem que o facto de ocamião ficar parado naquela rua dificul-ta o acesso dos clientes ao espaço, factoque a família agora visada no Halloweencontesta porque eles próprios tinha geri-do o estabelecimento durante sete e nun-ca tinham ouvido dos clientes tal queixa.

Ao não ceder, o casal “comprou” umaguerrilha entre vizinhos que durou me-ses com ameaças constantes. A situaçãochegou a um ponto de ebulição quan-do em maio deste ano o gerente do cafée a funcionária ensanduicharam o ca-

HABITANTES DE UMA MORADIA EM VILA DAS AVESACORDARAM NA MANHÃ DO DIA DOS FINADOSCOM AMEAÇAS E INJÚRIAS PINTADAS NA FACHADA.

mião com os seus carros dificultando-lhe a saída. Desenvencilhando-se dessaquestão, numa curta viagem o camiãocomeçou a ter problemas que uma revi-são posterior confirmou ser devido aaçúcar no combustível.

O marido de Maria Augusta Leal ce-deu e passou a evitar estacionar o camiãoem frente a sua casa, com raras exceções.Em junho deste ano, sexta-feira dia deregresso a casa, numa dessas ocasiõesa GNR foi chamada ao local para resol-ver a situação do estacionamento. Osânimos exaltaram-se e os eventos atin-giram um ponto de não retorno.

Segundo reconta Maria Augusta Leal,“ele chegou a chamar aqui a GNR porcausa do estacionamento, ao que, o meumarido retaliou e disse que ia chamar aASAE e fechar a tasca.”

Certo é que na segunda-feira seguinteo café estava aberto, e a partir daí nuncamais abriu.

A vizinhança nunca mais foi a mes-ma. Familiares e vizinhos deixaram de sefalar. Os atos da última noite de outu-bro não são um acaso. São direcionadosde forma velada, sem margem para in-terpretações. Em madrugada de bruxas,a “travessura” que deixaram a MariaAugusta Leal e à família esteve longe deser doce, teve travo de vingança.

O caso está entregue às autoridades. |||||

naquilo, o stress vai-se”, talvez sejao melhor lema para a prática deum desporto como a pesca. Umamistura capacidade de concentra-ção, disciplina mental, convívio aoar livre e contacto com a nature-za. O desporto como postal natu-ral. “Não há nada melhor do queir para as provas de manhã cedoe conviver no meio da natureza”,garantiu o líder associativo.

Embora seja uma atividademais propícia a faixas etárias maisvelhas, José Portilha garante que aaposta está em trazer mais jovenspara o desporto. “Temos associa-dos e todas as idades, até um comtrês anos, mas queremos mais ju-ventude para podermos renovar.”

A “NOVA” CARAA escola do Calvário, símbolo deuma era de segregação de génerona educação, porque funcionavacomo escola para as raparigas,divide hoje as duas salas entreformações profissionais e a sededo clube de pesca, está de caralavada. A intervenção das últimassemanas financiada através de umsubsídio da autarquia tirsense re-novou todo o exterior do edifício,muro e portão à face da estrada.

Convidada de honra da entre-ga de prémios, Ana Maria Ferreira,ainda recém-chegada ao pelouro

do desporto, conhece melhor doque ninguém espaços como a es-cola do Calvário, sublinhando areutilização das antigas escolasum pouco por todo o concelhotêm tido por parte de associações.

“O trabalho faz-se em conjun-to. A câmara não tem obrigaçãode fazer tudo. A junta de fregue-sia não tem obrigação de fazertudo. As associações não podemfazer tudo. Mas se fizermos umtrabalho de sinergia entre todos,conseguimos levar tudo a bomporto”, referiu.

A festa seguiu. Prémios para osmeritórios. Lanche e castanhas paraos muitos convidados que enche-ram o antigo recreio, cumprindo-sea tradição do dia de S. Martinho. |||||

A câmara e a juntade freguesia não têmobrigação de fazertudo. As associaçõesnão podem fazer tu-do. Mas se fizermosum trabalho desinergia entre todos,conseguimos levartudo a bom porto”ANA MARIA FERREIRA

VILAS DAS AVES