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06 Espetacular largada rumo ao ACT 2016 Jornal do Sindicato dos Trabalhadores em Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais Ano 27 | Edição nº 01 | Janeiro - Março de 2016 www.sinter-mg.org.br “Nós, mulheres, conquistamos direitos, mas desigualdades permanecem” SINTER-MG SINDICATO DOS TRABALHADORES EM ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS Concurso Público na EMATER E mais: Uso exclusivo dos Correios Reintegrado ao Serviço Postal em Responsável - visto: Mudou-se Desconhecido End. Insuficiente Falecido Não existe o número Outros NESTA EDIÇÃO 07 SINTER na promoção de ATER de qualidade Foto: Liliam Telles – Arquivo pessoal

NESTA EDIÇÃO - Sinter-MGsinter-mg.org.br/orgao/wp-content/uploads/2017/07/...Coluna Especial 03 O SINTER-MG homenageou os compa-nheiros que aderiram ao Programa de De-missão Voluntária

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06Espetacular largada rumo ao ACT 2016

Jornal do Sindicato dos Trabalhadoresem Assistência Técnica e Extensão Ruraldo Estado de Minas Gerais

Ano 27 | Edição nº 01 | Janeiro - Março de 2016

www.sinter-mg.org.br

“Nós, mulheres, conquistamos direitos, mas desigualdades permanecem”

SINTER-MGSINDICATO DOS TRABALHADORES EM ASSISTÊNCIA TÉCNICAE EXTENSÃO RURAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Concurso Público na EMATER

E mais:

Uso exclusivo dos Correios

Reintegrado ao Serviço Postal em Responsável - visto:

Mudou-se Desconhecido

End. Insuficiente Falecido

Não existe o número Outros

NESTA EDIÇÃO

07SINTER na promoção de ATER de qualidade

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DIRETORIA COLEGIADA DO SINTER-MGDiretor Geral | Carlos Augusto de Carvalho Diretor Secretário | Ronaldo Vieira de Aquino Diretor de Administração e Finanças | Lúcio Passos Ferreira Diretor de Comunicação e Cultura | Luiz Mário Leite Júnior Diretor De Assuntos Jurídicos | Cleide Neves da Silva Diretor de Formação Política e Sindical | Margareth do Carmo C. G. Diretor de Assuntos de Agricultura Familiar e Reforma Agrária | Leni Alves de Souza Diretor De Assuntos Dos Aposentados | Elizabete Soares de Andrade

DIRETORES DE BASE Norte | Maria de Lourdes V. Leopoldo Centro | Afrânio Otávio Nogueira Triângulo | Darci Maria Do Rosário Julião Leste | Adilson Lopes Barros Zona Da Mata | Luciano Saraiva G. de Souza Sul | André Martins Ferreira Alto Paranaíba e Noroeste | Paulo César Thompson

REPRESENTANTES DAS SEÇÕES SINDICAISJanaúba | Raimundo Mendes de Souza Júnior Januária | Gilson Pereira Lima Montes Claros | Onias Guedes Batista Salinas | Shyrlei Dos Anjos Pereira Barbacena | Tadeu César Gomes de Azevedo Belo Horizonte | Silmara Aparecida C. Campos Curvelo | Marcelino Teixeira da Silva Divinópolis | Júlio César Maia Uberaba | Claúdia A. Sabino El Armali Uberlândia | Carlos Miguel Rodrigues Couto Patos De Minas | João Batista Almeida Unaí | Dalila Moreira da Cunha Almenara | Eloizia Sousa Ramalho Capelinha | Guilherme Da Cunha Sales Governador Valadares | Wildes Vilarino Ferreira Teófilo Otoni | Paulo Ernesto Palmieri Manhuaçu | Célio Alexandre de O. Barros Juiz de Fora | Janya A. de Paula Viçosa | Rogério Jacinto Gomes Lavras | Francisco Carlos Pedro

Pouso Alegre | Orlando Regis Teixeira

CONSELHO FISCAL Francisco Carlos Fonseca Gruppi | Helio Antônio Fernandes | Marlene da Conceição A. Pereira | Noé de Oliveira Fernandes Filho | Reinaldo Bortone

CONEXÃO SINTERCoordenação | Luiz Mário Leite Participação | Diretoria Sinter-MG | Jurídico Sinter-MG Redação | Liliane Mendes I Jurídico SINTER-MG Fotos | Liliane Mendes / Arquivo SINTER-MG Diagramação | Dante Cançado Projeto Gráfico | Somanyideas Jornalista Responsável | Liliane Mendes - 0019118/MG Tiragem | 1.600 exemplares

Para sugestões, comentários e críticas sobre o Conexão [email protected]

SINTER-MGSINDICATO DOS TRABALHADORES EM ASSISTÊNCIA TÉCNICAE EXTENSÃO RURAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Rua Olinda, 460 | Nova Suíça | Belo Horizonte/MG | CEP 30421-185Telefax: 31 3334 3080www.sinter-mg.org.br | [email protected]

Expediente

Editorial Notas Curtas

Em vários setores do nosso País há reclama-ção sobre a crise, não bastasse isso, o povo brasileiro vem sendo afrontado com cons-tantes ataques midiáticos que colocam a si-tuação econômica como algo catastrófico e armam um verdadeiro circo em torno de situ-ações políticas, que deveriam ser conduzidas com seriedade e imparcialidade. Vale lembrar, que não só o Brasil, mas diversos países vi-vem momentos preocupantes. O importante é não se desesperar e ter em mente que crise é uma situação, portanto, tem começo, meio e fim. Mais do que entrar no joguinho “toma lá dá cá”, apoiado pela grande mídia, devemos debater amplamente soluções, garantindo um controle efetivo sobre a prestação social dos nossos governantes.

O nosso País já enfrentou antes, outras crises, já vivemos momentos parecidos, e consegui-mos sair fortes e com ganhos significativos para nossa economia, para o nosso povo. Para muita gente, o momento é de desespero, mas temos que, mais do que nunca, unir nossas forças para continuar fazendo o Brasil crescer e passar por mais esse momento de incerte-zas. Algumas medidas como diminuir o endi-vidamento, evitar comprar a prazo, por causa da alta dos juros, podem ajudar a melhorar a economia do País, que tem potencial para o crescimento. Em momentos de desafios é preciso inovar, ter ideias originais, criar novos negócios. Com criatividade pode se resolver qualquer proble-ma. Devemos lembrar que as figuras políticas estão lá para nos representar, mas nós, brasi-leiros, trabalhadores, somos a voz desse País e só unidos, conseguiremos retomar o caminho do crescimento. Quando nossos limites são testados, criamos saída para os problemas e assim as mudanças necessárias acontecerão.

Após grande luta da categoria, sob a co-ordenação do SINTER-MG, no mês de março começaram as inscrições para a o Concurso Público na Emater, o que irá ajudar a diminuir a sobrecarga de traba-lho vivida por muitos técnicos atualmente.

O concurso é realizado pela Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Educação, Ci-ência e Tecnologia de Minas Gerais - Funda-ção Renato Azeredo (FRA), e as inscrições devem ser efetuadas, via internet, no site www.gestaoconcurso.com.br, de 01/03 a 06/04/2016.

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Crise? Um problema de todos nós. Concurso Público EMATER

CHARGE

Coluna Especial 03

O SINTER-MG homenageou os compa-nheiros que aderiram ao Programa de De-missão Voluntária (PDV) e foram desligados em fevereiro. A homenagem foi em reco-nhecimento à contribuição de todos para a promoção de uma ATER justa e de qualida-

de, além da dedicação às lutas da categoria, sempre ao lado do Sindicato. Foi graças ao esforço de companheiros dedicados e pre-sentes, que construímos um Sindicato forte e respeitado, que já garantiu muitas con-quistas aos trabalhadores. Foi gratificante

para o SINTER contar com a dedicação de todos vocês, que deram sua contribuição ao longo de suas vidas para que a nossa luta fosse reconhecida. Desejamos aos compa-nheiros sucesso na nova empreitada e que sigam firme na luta conosco!

Homenagem aos companheiros que se desligaram pelo PDV

Abelardes Figueiredo

Adair Fonseca

An¡sio Miranda

Anastásio José�de Carvalho

Antônio Felício da Cunha

Avelino Borges

Cleber de Minas Monteiro

Darci Moreira

Murilo de Castro Mendes

Norton Bertoldi

Odette de Paula Cruz

Roberto Lana

Ronaldo Jose dos Passos

Selina Ferreira Oliveira

Willy Mesones

Wilson JoséRosa

Leda Augusta de Morais Santos

Luiz Fernando Ponce

Manoel Joaquim Alves da Silva

Maria da Conceição Santos

Maria da Gloria Camargos Pereira

Maria do Carmo Cunha Fontes

Maria Therezinha Rodrigues

Mauro Marques de Morais

Edinete Henriques Junior

Expedito Bueno

Francisco de Paiva Rezende

Geusa Gomes de Brito

José�Eustáquio Bortone

Jose Duarte Filho

José Renato Santana

Lázaro Teófilo de Souza

Mês da Mulher04

Mulher, sinônimo de lutas, avanços e conquistas

O Movimento das mulheres pela igualdade tem obtido avanços graduais e constan-tes. O direito ao voto, a igual-dade de gênero, a Lei Maria da Penha que definiu um novo marco na proteção dos direitos das mulheres, e uma mulher chegar à presidência do País são alguns exemplos.

Houve um avanço considerável na inserção da mulher no mercado de trabalho, mas ainda existe desigualdade salarial e de cargos.

Acredito que para a mulher conquistar sua emancipação é pre-ciso que a sociedade retire a venda dos olhos e deixe o concei-to machista de lado, temos que educar nossas crianças, nos-sos jovens, mostrando que não existe diferença entre homens e mulheres, negros e brancos, heterossexuais e homossexuais, devemos nos despir de todo e qualquer tipo de preconceito. Es-tamos ganhando a cada dia mais voz e espaço, mas muito mais está por vir, é preciso que sejamos respeitadas e reconhecidas

Um dos maiores avanços foi a criação de delegacias es-pecializadas contra crimes a mulheres e a Lei Maria da Penha. Muitas das conquis-tas e o direito de igualdade que as mulheres reivindi-cam foram conquistadas por meio de movimentos femi-nistas, cabe mais investi-

mentos por parte do governo em educação para que se estabe-leça definitivamente, não só um pensamento de igualdade entre homes e mulheres, e sim uma realidade vivida com mulheres tendo o mesmo direito que os homens.

Na minha visão, os maiores avanços conquistados pela mulher foram a Lei Maria da Penha e a Secretaria de Polí-ticas para as Mulheres. Acre-dito que para a conquista de direitos plenos, é necessário erradicar com o sexismo, o machismo e o patriarcalis-mo. O combate ao racismo

é fundamental, pois afeta de maneira avassaladora as mulheres negras, que estão na base da pirâmide nacional.

Nós tivemos grandes vitórias nos nossos direitos, princi-palmente para as trabalha-doras rurais, mas ainda há muito a se conquistar, como a participação nos espaços políticos, a autonomia sobre seus corpos e libertação de-finitiva da opressão. A Lei Maria da Penha representa

um grande avanço, mas precisa ser melhorada, e só vamos con-seguir com muita luta e enfrentamento, mais medidas protetivas.

É preciso que todos os órgãos e entidades que cuidam das ques-tões da vida das mulheres, invistam em mais formação, para que elas se apoderem de suas vidas, sejam protagonistas da própria história. A luta da mulher tem quer ser firme, sempre lembrando das milhares de mulheres que morreram e morrem todos os anos, pela crueldade, pelo machismo e pelas falhas nas leis. O que precisamos para nossa emancipação é formação e informação para o empode-ramento total. Seguiremos em LUTA, até que todas sejamos livres!!

A liberdade de expressão é um dos principais avanços conquistados pela mulher. Não adianta você ter direitos consolidados no papel se você não pode se expres-sar. Ainda no mundo atual, a mulher continua sofrendo agressões e opressão, mas hoje ela tem a liberdade de

colocar isso para fora e buscar seus direitos, conquistados à base de muita luta. A emancipação definitiva da mulher depen-de de se levantar a cabeça, acreditar nas mudanças e lutar por tudo aquilo que precisamos para exercer plenamente nossa liberdade seja em casa, seja no mercado de trabalho, seja na política, ou na área sindical. Nós não devemos ter medo de dis-cutir de igual para igual com nossos companheiros.”

Confira também a entrevista de Liliam Telles, que faz parte do Grupo de Trabalho Gênero e Agroecologia da Articulação Mineira de Agroecologia (AMA) concedida ao Jornal Brasil de Fato MG, em que ela fala sobre os avanços e sobre o que ainda

precisa ser alterado em relação à situação da mulher.

Igualdade entre homens e mulheres é uma luta de décadas e o 8 de março é uma data importante para se comemorar os direitos civis alcançados e discutir o papel da mulher na sociedade atual. Apesar das conquistas, ainda há muito pelo que lutar. De acor-do com pesquisa da Fundação Perseu Abramo (2010), uma em cada cinco mulheres ainda sofre algum tipo de violência por parte de um homem, seja ela verbal ou psíquica e na maioria desses

casos, a violência física é praticada pelos parceiros, uma realida-de inaceitável. Temos observado o aumento do empoderamento feminino com avanços no Direito, maior apoio da sociedade, que tem pautado com mais compromisso e seriedade as necessida-des das mulheres. Conversamos com mulheres que representam a força e o espaço conquistado nas mais diversas áreas, se tor-nando fonte de inspiração.

SABRINA TEIXEIRA RIBEIRO

Secretária de Juventude CUT-MG

ROSÁLIA DIOGO

Professora e Pesquisadora

LUCIMAR DE LOURDES G. MARTINS

Secretária de mulheres da CUT-MG

ANTONIETA DORLEDO

Dir. de Relações Sindicais Inst. SISIPSEMG

MARIA DAS GRAÇAS NETO

Coordenadora de Organização das Mulheres FETRAF-MG

Todos os anos, no dia 8 de março, movimentos sociais realizam jornadas de lutas e ações feministas em todo o mundo. O que faz o 8 de março ser atual?

É fato que nós, mulheres, já conquistamos avanços significativos na luta por direitos, autonomia pessoal, política e econômica. No entanto, não se pode negar que as desigualdades de classe, gê-nero, raça e etnia permanecem como um produto – e ao mesmo tempo mola propulsora – do sistema capitalista e patriarcal, que organiza a sociedade, a partir da exploração dos nossos corpos, do nosso trabalho e dos nossos territórios.

As mulheres são ainda as principais responsáveis pelo trabalho doméstico e de cuidados e ambos continuam não sendo consi-derados como trabalho. Desta forma, o sistema capitalista segue lucrando com horas e horas de trabalho não remunerado realiza-do pelas mulheres, como lavar, passar, cozinhar, arrumar a casa, cuidar das pessoas doentes, das crianças, dos adultos e idosos.

Para se ter uma ideia, no mercado de trabalho, em 2010, o rendi-mento médio das mulheres era equivalente a 67,7% do rendimen-to dos homens, embora as mulheres apresentassem um maior grau de escolarização. Estudos apontam que entre 2009 e 2011, ocorreram, em média, 5.664 mortes de mulheres por causas vio-lentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma a cada hora e meia. Jovens e negras foram principais vítimas.

Diversos projetos de lei que envolvem a vida das mulheres foram colocados em pauta no Congresso Nacional. Há um avanço no conservadorismo da sociedade?

No atual sistema político brasileiro, com financiamentos privados de campanhas e a necessidade de alianças com diferentes partidos para garantir governabilidade, a influência do poder econômico é direta. De-putados federais e senadores estão no congresso representando os interesses daqueles que os financiaram. Por isso, tantos retrocessos na pauta política. Soma-se a isso o fato de as políticas de inclusão social não terem produzido uma maior conscientização política. É um ciclo, no qual quem perde é sempre a classe trabalhadora.

A mídia, empresas e diversas outras instituições tratam o 8 de março como um dia de comemoração, incentivando que as mu-lheres ganhem presentes e flores. O que você acha disso?

Receber flores e presentes no 8 de março é uma forma de despoli-tizar a data, de transformar uma agenda de lutas em apenas um dia de comemoração, com o qual também ganha o sistema capitalista

e patriarcal. Com as flores e todos os itens cor-de-rosa do merca-do, ou os eletrodomésticos de última geração, o recado que nos dão é o de que devemos permanecer dóceis, frágeis e exercendo todas as tarefas domésticas e de cuidados que fazem parte do papel, construído socialmente, e atribuído a nós mulheres.

Em Minas Gerais, quais as pautas e reivindicações principais deste 8 de março?

Neste momento unimos forças para gritar “Fora Cunha”. Ocupare-mos as ruas neste 8 de março pela ampliação dos nossos direi-tos. Pela legalização do aborto, por salários iguais para trabalhos iguais; pela ampliação da participação política e poder paritário das mulheres. Reivindicamos creches públicas de qualidade e de período integral, contextualizadas para o meio rural. Levantamos a bandeira da democratização da mídia, lutamos pelo fim de todas as formas de violência contra a mulher e contra a mercantiliza-ção dos nossos corpos, dos nossos territórios e de nossas vidas. Lutamos contra o racismo, a lesbofobia e qualquer discriminação ou preconceito. Reivindicamos que o governador cumpra sua pro-messa de campanha, criando a Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres. Dizemos não a este modelo baseado na mine-ração e no agronegócio, que destrói, escraviza e mata as mulhe-res – e seus modos de vida – em seus territórios. E reforçamos a agroecologia e a economia feminista e solidária, como alterna-tivas que têm sido construídas pelas mulheres do mundo todo. E defendemos a importância da agricultura familiar e camponesa para a produção de alimentos saudáveis.

O que nós mulheres, podemos fazer para romper com o machis-mo além do 8 de março?

Reafirmar que as tarefas domésticas e de cuidados são traba-lho e devem ser compartilhadas por todos os membros da famí-lia. Também devemos demonstrar a solidariedade feminista para com outras mulheres, em qualquer situação no nosso cotidiano, na comunidade, no trabalho, no ônibus, nas redes sociais ou em um boteco. Não compartilhar imagens ou outros materiais com conteúdo machista e olhar para outras mulheres como nossas aliadas é fundamental para rompermos com o machismo! Por fim, é no coletivo que conseguimos a transformação social. Por isso é importante que nos auto-organizemos em grupos e coletivos de mulheres nos diferentes espaços em que vivemos! Socializar as diferentes formas de opressão e construir a consciência feminista para enfrentar o machismo.

Entrevista concedida ao Jornal Brasil de Fato MG - ed.125 - www.brasildefato.com.br

Liliam Telles

Feminista e militante da luta agroecológica

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AGE 201606

Acordo coletivo movimenta a categoria em todo o Estado

Com data-base em 1º de maio, os traba-lhadores se mobilizaram para organizar a pauta de reivindicações. O Sindicato rea-lizou, dos dias 11/2 a 18/3 encontros da Assembleia Geral da Categoria, que acon-teceram em diversas regiões do Estado. Foram discutidas a conjuntura das nego-ciações e as propostas apresentadas para

a pré-pauta, em que foram identificadas as demandas atuais dos trabalhadores, tanto na capital quanto no interior, para definição de diretrizes da pauta de reivindicações e formas de mobilização da categoria.

A AGE é o ponto de partida para as nego-ciações e a disposição dos companheiros

em participar, discutir e deliberar demons-tra que a categoria encontra-se afinada com a proposta democrática de defender seus direitos. O primeiro passo foi dado, mas agora é necessário garra e persistên-cia para que, com o envolvimento de to-dos, alcancemos as condições de trabalho que merecemos.

Águas Formosas Capelinha Carangola Coronel Pacheco

Lavras

Pouso Alegre

Muriaé

Iapu

Uberaba

Muzambinho

Itaobim

Uberlândia Unaí

Ponte Nova

Montes Claros

Patos de Minas

ACORDOCOLETIVO

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07Perfil

Conheça Shyrlei dos Anjos – Representante de Salinas

Diretores do SINTER participam de Conferências para ATER de qualidade

O SINTER participará em 2016, de diver-sas conferências relacionadas à promoção da ATER de qualidade. A 2ª Conferência Nacional de ATER (CNATER) ocorrerá no período de 31 de maio a 03 de junho de 2016, em Brasília. A Conferência Nacional será posterior à realização da Conferência Estadual, que acontecerá nos dias 13 a 15 de abril de 2016, em Belo Horizonte, em local a ser definido, e das Conferên-cias Territoriais, Regionais ou Intermunici-pais, que ocorreram no período de dezem-bro/2015 a 18/março/2016.

Em Minas Gerais estão sendo realizadas 23 Conferências Regionais e Territoriais O lema da Conferência é “ATER, agroecolo-gia e alimentos saudáveis”. Nas conferên-cias territoriais e regionais serão eleitos os delegados e aprovadas as propostas para a Conferência Estadual.

O SINTER-MG está participando da Co-missão de Organização da 2ª CEATER--MG, sendo os representantes, a colega

Leni Alves de Souza (Titular) e Luiz Mário Leite Júnior (Suplente). O SINTER-MG se comprometeu a participar da mobili-zação para a realização das conferências territoriais e regionais, com a ação dos nossos representantes sindicais em cada território. Como o tema das conferências está diretamente relacionado ao trabalho e à vida da categoria, é muito importante a participação.

É importante que seja feito um debate na base antes da Conferência Territorial, para que os representantes da sociedade civil e poder público tenham conhecimento das propostas a serem apresentadas e debati-das sobre ATER na Conferência.

Visite nosso site, veja a programação com-pleta e os documentos relativos ao tema e participe.

Ela entrou para o Conselho Deliberativo do SINTER em 2015, com toda a dispo-sição para representar os companheiros da região de Salinas. Shyrlei é natural de Alfredo Graça, zona rural de Araçuaí, onde viveu até os 11 anos de idade, quando seus pais se mudaram para que ela e seus irmãos pudessem estudar. Como exemplo da força da mulher nas mais diversas áre-as, nossa representante cursou o ensino médio, em uma escola agro técnica – HA-GROGEMITO - em Araçuaí, onde adquiriu formação técnica em Mineração.

Além da formação técnica, ela possui for-mação superior em Tecnologia em Análise

de Sistemas e Licenciatura em Educação do Campo. Ingressou na EMATER em Maio de 2005 no município de Itinga, onde trabalhou até dezembro de 2006 quando conseguiu a transferência para o seu mu-nicípio de residência, Araçuaí.

Apesar de jovem, Shyrley já tem no his-tórico de vida participações em alguns movimentos sociais, como na Pastoral da Juventude, catequeses, associações de bairro e foi membro de Colegiado na UFVJM enquanto estudante, um histórico de lutas e engajamento, que com certeza, veio somar ainda mais à luta do SINTER.

ATER

Giro Sindical08

Sindicato dos Jornalistas de Minas luta por trabalhadores da comunicação

Legislativo brasileiro na contramão dos direitos das mulheres

O SINTER-MG torna público o seu apoio e solidariedade ao Sindi-cato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, frente à gran-de mobilização mediante demissão em massa no Hoje em Dia. O Sindicato luta contra arbitrariedades como falta de garantia do pagamento do salário e das verbas rescisórias de 36 jornalistas demitidos no início de fevereiro, além disso, demissões por tele-fone e de pessoas em férias, pressões para que os avisos fossem assinados com data retroativa e até mesmo o deslocamento do RH até a casa dos trabalhadores para efetuar as dispensas foram outros constrangimentos enfrentados pelos trabalhadores.

Reafirmamos, assim, a importância de que os sindicatos atuem em defesa de suas categorias, que estão compreendidas dentro de um movimento geral das lutas sociais em defesa da ampliação e da garantia de direitos de todos.

A ONU Mulheres publicou nota em fevereiro criticando a postura do Legislativo brasileiro, que retirou da Medida Provisória (MP 696/2015) um trecho do texto-base que se referia à incorpora-ção da perspectiva de gênero na promoção de políticas de igual-

dade, como função do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, pois deputados da bancada evangélica afir-maram que tal conteúdo “fere a família tradicional”.

No texto, a ONU Mulheres Brasil observa com preocupação as mu-danças na legislação brasileira que depõem contra os direitos das mulheres. A Organização se preocupa ainda com o teor retrógrado que tais propostas posicionam o Parlamento brasileiro, indo contra os esforços mundiais para eliminar todas as formas de discriminação.

A entidade ressalta ainda que o país necessita de medidas afirmati-vas para combater uma “estrutural desigualdade de gênero existente na sociedade brasileira, que vulnerabiliza a vida de 51% da popula-ção brasileira formada por mulheres”. A ONU Mulheres ainda desta-ca que desde a criação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM), vinculada ao Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, em 2003, o Brasil vem liderando avanços no campo do empoderamento feminino nas Américas.

Frente Brasil Popular articula saída para a crise

A Frente Brasil Popular, articulação de movimentos populares e organi-zações políticas, foi lançada em fevereiro, em Belo Horizonte. Reunidos na área externa da Assembleia Legislativa, mais de duas mil pessoas participaram da Conferência Nacional Popular. Segundo os organiza-dores, o objetivo da Frente é a defesa da democracia e a proposição de uma nova política econômica, voltada para os trabalhadores.

O ato político e cultural do lançamento da Frente Brasil Popular teve a presença de representantes de movimentos sociais, centrais sindicais, movimentos de negritude, LGBT e de mulheres, ao lado de lideranças políticas, parlamentares e intelectuais, que contaram com delegações de 21 estados, mais o Distrito Federal.

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