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Nesta Edição

Editorial ..................................................................................... 03

Juventude e VocaçãoPe. Valnei Pamponet Oliveira, SDV..................................................... 05

A vida Mariana VocacionistaPe. Eduardo Batista da Mota, SDV...................................................... 09

São Domingos: Vocação a serviço da caridade e da verdade cristã Pe. Danilo da Silva Pacheco, SDV....................................................... 13

Mãe Negra Aparecida, Mãe das Divinas Vocações Hugo da Silva Eliodoro, SDV............................................................. 16

Exposição do carisma e espiritualidade de uma Congregação Religiosa Diác. Luis Felipe Lañón Angamarca, SDV ........................................... 21

Carta à Sagrada Congregação dos Seminários Pe. Justino Russolillo ....................................................................... 26

A Revista Espírito Digital é uma publicação da Sociedade Divi-nas Vocações – Província do Brasil. Rua Esperanto, nº 07, São Caetano . CEP: 40391-232. Salvador-BA.Equipe de Direção:Diretor Presidente: Pe. José Carlos Lima SDV.Diretor Administrativo: Pe. Albino Thiago Santos de Jesus SDV.Editor Geral: Pe. Valnei Pamponet Oliveira SDV.Revisor Geral: Pe. Luis Jonas Carneiro de Oliveira SDV.OBS: Os artigos assinados não representam necessariamente o pensamento da Revista.

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EDITORIALO serviço vocacional é uma missão muito importante na Igreja e, justamente por isso, tem encontrado diversos modos de rea-lização. Através de várias iniciativas nascidas da criatividade humana, embora continue a situação de poucos operários para uma grande messe, o que não faltam, para nós hoje, são ma-neiras e recursos diversificados que podem ser empregados na Animação Vocacional. Por isso, apropriando-nos da tecnologia de nossa época atual, decidimos mais uma vez reavivar a Revis-ta Espírito, porém agora numa versão digital, como havíamos indicado no editorial da última edição impressa.Modo diverso, mas com o mesmo fim. Continuaremos aqui ser-vindo às Vocações. Por isso, nossos textos visão especialmente:

a) Ajudar jovens e adultos (homens e mulheres) que bus-cam sinceramente compreender melhor a realidade vo-cacional na qual se encontra;

b) Apresentar propostas e sugestões de trabalho para agen-tes vocacionais.

Dando continuidade às seções da Revista Espírito impressa, nesta edição oferecemos:

a) Tema Vocacional: Artigo voltado para algum tema espe-cífico da atualidade vocacional. Nesta edição abordamos a temática Juventude e Vocação, em vista da XV Assem-bleia Geral Ordinária que tratará sobre juventude, fé e vocação.

b) Congregação Vocacionista: Divulgamos nosso Instituto porque acreditamos que suas riquezas espirituais e pasto-rais podem também ajudar a outros.

c) Testemunho Vocacional: Como o testemunho de vida motiva mais que os discursos, apresentamos aqui

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a história de pessoas que, apesar das dificuldades, responderam concretamente ao chamado de Deus até a conclusão de sua vida.

d) Celebração Vocacional: Tem por objetivo ajudar às co-munidades a pedirem ao Senhor da Messe que envie ope-rários para a messe, mas ao mesmo tempo conscientizar e animar as pessoas presentes na sua resposta pessoal ao chamado.

e) Atividade Vocacional: Pretende ajudar as Equipes Vo-cacionais e as diversas pastorais, descrevendo, passo a passo, alguma atividade na linha vocacional ou na estru-turação da própria Equipe.

f) Palavra do Pe. Justino: Publicamos os textos integral-mente do Pe. Justino como meio de torna-lo mais conhe-cido, tanto das pessoas consagradas a ele ligados de al-gum modo no Brasil, como também de todas as pessoas que pretendem beber nesta fonte de espiritualidade.

Na esperança de um bom trabalho a ser realizado, voltamos ao serviço escrito com mais otimismo. Contamos com a colabo-ração de todos neste serviço, seja conhecendo e utilizando este material, como também enviando avaliações e considerações sobre este trabalho, através de e-mail para nosso endereço.Que Maria, a Mãe das Divinas Vocações, nos acompanhe e nos auxilie nesta importante atividade que é o Serviço Vocacional.

Pe. Valnei Pamponet Oliveira SDVEditor

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TEMA VOCACIONALJuventude e Vocação

Pe. Valnei Pamponet Oliveira, SDV

Nas diversas conversas, nas muitas leituras, nos múltiplos filmes... per-cebe-se que muitas pessoas vêm a vida humana como algo a ser cons-truído com a participação de todos em conjunto e cada um em parti-cular. Nesta perspectiva, o futuro aparece como algo a ser preparado desde agora, isto é, olhar o amanhã vivendo o hoje sob a influência do ontem. No entanto, não podemos deixar de perceber que esta con-vergência parece terminar por aqui. Embora a maioria das pessoas olhe o futuro desejando felicidade, pois dificilmente encontramos alguém pretendendo se dá mal na vida, de-

finir o que é felicidade e apontar os meios para esta realização, não é algo tão unânime assim1. Talvez isso se deva ao fato de sermos diferentes enquanto indivíduos. Por isso, falar de futuro comum feliz implica necessariamente levar em consideração as diferenças (personalidade, cultura, idade, gênero, história, etc.). O esboço de um futuro feliz precisa ser algo compreendido e desejado pelos indivíduos, ao menos como esperança, e não como imposição de um grupo sobre as demais pessoas.Partindo desta breve introdução, tendo o futuro como motiva-ção, pretendemos aqui pensar Juventude como participação e vida como Vocação.1 Reflexão nesta perspectiva já encontramos em pensadores antigos como Platão e Aristóteles.

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Nesta presente reflexão, referindo-se aos jovens como “pes-soas de idade compreendida aproximadamente entre 16 e 29 anos”2, pretendemos falar de futuro, pois a ideia de juventude enquanto faixa etária, nos leva a pensar em desenvolvimento humano que traz em si a noção de continuidade em vista de um fim. Porém, esta ideia de futuro não exclui necessariamente a ideia de presente. Com isso quero dizer que Juventude não é apenas uma preparação para algo (potencialidade em vista de um adulto maduro), mas já é algo em si mesmo (Juventude é Juventude em ato e não apenas um adulto em potência). Por-tanto, Juventude não é uma vida em espera, mas sim uma vida acontecendo no cotidiano, agora. Neste acontecimento concreto chamado Juventude, se encontra alguém em relação cotidiana consigo mesmo, com as demais pessoas, com o mundo e com Deus. Se a perspectiva de futuro está presente na Juventude, não podemos esquecer que esta mesma perspectiva também se encontra presente nas demais faixas etárias, pois até mesmo um idoso contempla o futuro. Juventude então é vivência de um presente que está aí diante de si, e posicionar-se neste presente, tendo perspectivas de futuro, é um desafio constante.Portanto, chega de Juventude vista como esperança do amanhã! Bem vinda a Juventude hoje, com suas características próprias (dinamicidade, companheirismo, ousadia, contestação, etc.). Se existe esperança do amanhã é porque vemos uma Juventude concreta no hoje.Pe. Justino Russolillo, em seu trabalho pelas vocações de especial consagração, acolhia jovens que apresentavam sinais de vocação. Podemos entender por sinais de vocação não a verbalização de um desejo pessoal ou alheio, mas antes de tudo perspectivas de futuro manifesto no cotidiano. Antever o futuro possível de alguém ali presente diante de si, perceber uma 2 Sínodo dos Bispos XV Assembleia Geral Ordinária. Os jovens, a fé e o discernimento vocacional (Documento preparatório). São Paulo, Paulinas, 2017, p. 18.

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vocação específica que o acolheria como uma luva. Para isso ser possível, é preciso que os jovens possam ser si mesmo, mostrar-se quem é no cotidiano e na espontaneidade, sem por isso enfrentar repreensões ou condenações. A partir do que foi dito, podemos então entender que o serviço concreto pelas vocações passa pela visão (observação do que temos diante de nós) e não simplesmente pela comunicação (convidar indistintamente).Com isso, chegamos à perspectiva de uma cultura vocacional, isto é, um modo comunitário de viver, onde as pessoas encon-tram espaço propício para se perceber (pela própria observação e pela orientação de pessoas maduras) como também apoio e auxilio para realização vocacional. Mas, aqui para nós, parece que tudo isto é um sonho, apenas um belo sonho de idealista. Estamos longe de um ambiente assim. Não é raro encontrar co-munidades que clamam por vocações, mas, ao mesmo tempo apresentam um conjunto de elementos que empurram as pes-soas para a ocupação de papeis pré-estabelecidos ou ocupações vantajosas.Nesta situação de ideal e real, entendemos a importância da Ju-ventude que, não apenas projeta futuro, mas participa ativamen-te com suas contribuições da novidade numa realidade de rotina. Contestar o presente propondo suas inquietações e expectativas será uma grande forma de participação da Juventude no âmbito vocacional hoje. É claro que não se trata de rejeitar o antigo sem motivo, sugerir novidade simplesmente pela novidade, mas é antes de tudo, consciente dos valores presentes, apresentar um modo plausível de vivê-los no hoje.Tudo isso requer um processo contínuo de maturação de todas as pessoas (jovens e adultos), repercutindo assim no crescimen-to comunitário. Aqui a relação entre jovens e adultos não pode ser apenas uma relação onde uma pessoa busca realização (jo-vem) e outra pessoa orienta nesta busca (adulto), mas se trata de

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relações pessoais onde há crescimento mútuo. Como dissemos no início deste texto, a vida humana é dinâmica e ascensional, não estática e monótona. Tanto jovens como adultos crescem juntos na medida em que se relacionam como pessoas humanas em busca de um bem maior. Afinal de contas, Deus nos criou para a grandeza da relação com Ele no todo.Concluindo nossa mensagem vocacional, que mais poderíamos desejar senão contribuir para a construção de um ambiente so-cial onde a Juventude, consciente de si na atual estrutura social, é capaz de participar ativamente. Dando continuidade à vida, e ao mesmo tempo colaborando em sua renovação com perspec-tiva ascensional. Juventude e Vocação! Responder ao chamado de Deus como Jesus:

a) Livremente, Jesus foi obediente ao Pai na sua cultura de judeu.

b) Preservando valores vigentes, Jesus apresentou a novi-dade de si mesmo.

c) Olhando para o futuro, Jesus viveu o presente como dom Divino.

d) Diante das ameaças e dificuldades, Jesus não retrocedeu.e) Às tradições legalistas e prejudiciais, Jesus apontava o

plano de Deus.Olhar para Jesus, tal como aparece nos Evangelhos e não nas ideologias, torna-se para nós hoje um constante convite e desa-fio; tanto os jovens como os adultos são movidos pelo Espírito Santo em vista da resposta concreta à verdadeira Vocação para a qual fomos chamados: o Reino de Deus e nosso.

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CONGREGAÇÃO VOCACIONISTAA vida Mariana Vocacionista

Pe. Eduardo Batista da Mota SDV

A Igreja universal eleva suas orações de agradecimento a Deus pela Mãe do seu Filho, contemplando as diversas manifestações de Maria no meio da humanidade, como aquela que acompanha, anima e dá esperança a tantos homens e mulheres que no seu contexto histórico passavam por situações difíceis, tornando-se uma presença de misericórdia e esperança para todos. Agrade-cidos por tantas maravilhas que Deus realizou e continua reali-zando por meio de Maria, diante dos acontecimentos históricos, vimos a necessidade de contemplar Maria na vida e na espi-ritualidade dos Vocacionistas. Como nosso fundador, o Beato Justino Russolillo, fala dela? Qual é seu lugar na vida espiritual dentro da Congregação Vocacionista? Como os Vocacionistas devem viver esta relação, hoje, com ela?A vida cristã tem uma dimensão mariana, e assim sendo não podia ser diferente na vida da Congregação Vocacionista. Para nosso fundador a importância da Mãe de Deus está na união com Deus, e não existiu outra criatura mais unida a Deus que ela, já que Deus “manifestou nela seu amor de eleição e prefe-rência eterna com a tríplice relação de alma da filha, da mãe e da esposa, manifestando uma grande relação e união divina” 3. Em Maria a Congregação encontra sua maternal proteção, sendo para as Congregações Vocacionistas a superiora e rainha, donde seus membros devem adquirir a mesma atitude filial do evangelista aos pés da cruz. Manifestando uma perfeita relação de amor que deve chegar a uma imitação de Maria na vida de cada Vocacionista. 3 Opere Vol 12, p. 283.

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Este processo de uma profunda vida mariana Vocacionista deve ser alcançado em uma constante união com ela, através do rosá-rio todos os dias, do seu culto nos sábados, nas festas marianas, nas festas litúrgicas da igreja onde ela está unida a todos os mistérios da vida do seu filho (encarnação, natividade, epifa-nia, etc), na sua relação com São José, com os anjos e Santos, donde ela reina sobre todos os santos e é mediadora de todas as graças, Mãe do belo amor na qual nos faz expressar e alimen-tar o culto permanente da nossa união filial. Toda esta relação com Maria na vida e na espiritualidade dos Vocacionistas deve ser alimentada, de modo particular, no seu título de Perpétua Visitação, a qual somos chamados como ela, a uma atitude mis-sionária para formar através da Palavra, Jesus Evangelho em cada pessoa, em colaboração com ela e com o Espírito Santo. Assim, “oferecendo e unindo ao seu coração de Mãe todo o trabalho de apostolado para a santificação universal, preferindo especialmente sua imitação, em um pequeno e individual gesto de ir ao encontro de pessoa a pessoa, casa por casa, família por família, partindo das casas de formação sacerdotal e religiosa, até chegar a qualquer outro lar de filhos dos homens, para que todos possam encontrar a Jesus e o triunfo de suas delícias” 4. Neste trabalho apostólico missionário os Vocacionistas, devem em todas as suas práticas “individuais de culto, da ascética e do próprio apostolado, unir-se com a intenção e a disposição da vida interior de seu coração cumprindo a perfeição da caridade, para encontrar graça diante do Senhor e ascender com ela todos os dias na graça da União Divina” 5. Não podemos chegar a União Divina se não estamos unidos a Jesus, por isso que nosso fundador nos afirma que a vocação própria de Maria é “formar Jesus em cada alma, e fazer de cada alma, não só a ser santo 4 P. Caputo, pg.10.5 Spiritus Domini, 1976, n1.

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como Jesus, mas um outro Jesus, um outro formador de Jesus” 6. Aí encontramos o fundamento de nossa relação com Ela, não podemos formar Jesus nas pessoas se primeiro não deixarmos formar em nós mesmos, como em Maria.

O Beato Justino na sua espiritualidade nos fala de alma espo-sa, ou seja, da união nupcial com Jesus, esta união se realiza através da missão de Maria, já que ela como Madre deve dar a seu filho uma companheira, aqui não se refere a relação de um homem ou mulher como em uma relação natural, mas Justino quer dizer que nossa relação íntima de amor com Maria, tende a ser as almas esposas de Deus.

Quanto mais aprofundarmos nossa devoção com Maria, os Vo-cacionistas encontrarão nela as graças necessárias que nos aju-dará a formar Jesus em nós e nos outros. Por isso mesmo que para nosso fundador ela reina entre todos os Santos, é mediado-ra de todas as graças e mãe do belo amor, porque ela é o canal que nos chega a graça Divina, devido sua maternidade. Assim a nossa devoção se manifesta em união com ela e nos leva a “cor-responder com a função e a missão materna de Maria em rela-ção as almas e da plenitude da graça para nós” 7. Honrá-la com esses títulos, porque nela esperamos continuamente a vida da graça, as vocações, as inspirações, a missão divina, para unir-nos no amor ao amor, e converter-nos assim em eleitos e santos da Trindade.

Podemos ver que nossa vida mariana Vocacionista não é dife-rente das aparições de Maria na história humana, mas onde ela vem nos chamar e recordar que somos todos chamados a res-ponder com amor e fidelidade nossa vocação, de almas esposas de Deus, através de uma perfeita união com Jesus e a Trindade, 6 Opere, libro del’animma vol 12 p.146.7 Opere, Ascensão art. 950.

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por este motivo quando invocamos a Ela com o título de Nos-sa Senhora das Divinas Vocações, queremos como Vocacionis-tas fazer descobrir e seguir nossa vocação e também de enviar muitas vocações e santos a vida sacerdotal e religiosa, para que como ela, formem Jesus no coração de cada pessoa humana, continuando sua missão nesta terra.

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TESTEMUNHO VOCACIONAL

São Domingos: Vocação a serviço da caridade e da verdade cristã.

Pe. Danilo da Silva Pacheco SDV

São Domingos de Gusmão sem sombras de dúvidas foi alguém que viveu intensamente sua vocação na Igreja. Foi um dos nomes de maior envergadura para a renovação eclesiástica do Século XIII. Tornou-se um zeloso defensor da sã doutrina cristã, em um tempo de grande difusão de heresias. Toda sua vida vocacional foi investida em um árduo esforço para a santificação da Igreja, portan-to necessariamente do povo de Deus. Diferente de seu contem-porâneo e amigo, São Francis-co que teve sua conversão só na idade adulta, Domingos desde criança foi educado na fé cristã. Sua mãe, Joana de Aza, foi ca-paz de lhe transmitir verdadeiramente os valores do evangelho. Foi sua animadora vocacional, motivando o pequeno Domingos à vocação de especial consagração. Embora fosse católico, o desejo do Pai de Domingos era impressionar-lhe com as armas, com uma carreira militar. Mas, ele preferiu seguir os passos da mãe, que profundamente religiosa, lhe iniciou no caminho da caridade e vivencia da santidade. Foi também educado por um tio que era Padre. Domingos passou uma temporada com este tio e foi instruído nas letras e no serviço eclesial.

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Por motivação familiar, especialmente de sua mãe, buscou dis-cernir mais de perto o chamado do Senhor para sua vida. Foi estudar filosofia e teologia para a formação à vida Sacerdotal. Imbuído de um espírito de caridade e amor ao próximo, durante o período de formação dividia seu tempo entre os estudos e as visitas aos doentes, viúvas e órfãos e quando possível os atendia em suas necessidades. “Certa vez, ofereceu sua própria pessoa para resgatar um jovem que caíra nas mãos dos mouros” 8. A mãe de Domingos teve um sonho, em que um cão trazia uma tocha acessa na boca que irradiava grande luz para o mundo in-teiro. Pode se dizer que tal sonho foi profético, pois Domingos foi luz para a Igreja de seu tempo e continua sendo para os dias de hoje. Com o exercício da caridade e o zelo apostólico, lutou contra a escuridão das heresias de seu contexto histórico e aju-dou a muitas pessoas, reconduzindo-as ao Cristo Bom Pastor. Aos 30 anos ele foi ordenado Presbítero. Logo se destacou pelo zelo apostólico, assim o Bispo de Osma buscou inserir o jovem Padre nos diversos serviços da Diocese.Em uma viagem ao sul da França, sentiu de perto o problema da heresia dos albigenses também conhecidos como cátaros 9. Diante disso, Domingos sentiu-se vocacionado à enfrentar o problema ensinando a doutrina cristã e vivendo a simplicidade e a radicalidade do evangelho. Para tal, reuniu alguns sacerdotes do qual surgiu a Ordem dos Pregadores que buscou intensificar a espiritualidade Sacerdotal com profunda formação teológica, devotamento a Igreja; a vida comunitária como santificação e maior desempenho da vida e ação Sacerdotal e espiritualidade apostólica sobretudo na pregação. Com grande empenho São Domingos, com sua recém fundada Ordem, buscava atrair a ju-ventude acadêmica para dentro do Clero e para a Vida Religiosa 8 Conti, Dom Servilio. O santo do dia. Petrópolis: Vozes,1983. P 342.9 Heresia que baseava-se no dualismo de 2 princípios opostos, o bem e o mal. Assim toda matéria era depreciada, era considerada pecaminosa. A realidade da encarnação era negada e todos os sacramentos rejeitados. Buscava-se ascese extrema para o alcance da perfeição.

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Consagrada para propagar com lucidez a mensagem de Cristo e viver a radicalidade do evangelho. As primeiras casas da Ordem foram fundadas justamente nos centros universitários entre os quais Paris e Bolonha.Quando nos deparamos com a biografia de um santo, quase nun-ca damos a devida atenção ao seu processo vocacional. Porém, é muito importante assimilar que a santidade é um caminho de discipulado a Cristo. Somente alguém que escuta a suave voz do Bom Pastor é realmente capaz de segui-lo com perseverança. Isto é muito evidente na vida de Domingos.Ele foi alguém que soube acolher o chamado de Deus. Sua Fa-mília, especialmente sua mãe, teve um importante papel neste discernimento. Seu sim a Deus produziu muitos frutos. Sua Or-dem rendeu ilustres nomes para a Igreja, entre eles: Tomas de Aquino, Alberto Magno, Vicente Ferrer, etc.Que São Domingos interceda por cada vocacionado que está em processo de discernimento. Que tenhamos a clareza e a perseve-rança de Domingos em viver e difundir a mensagem cristã, que nos lancemos sem reservas ao serviço do Reino.

Bibliografia consultada:Conti, Dom Servilio. O Santo do dia. Petrópolis: Vozes,1983.Butler, De. Vida dos Santos. Vol. VIII. (Agosto) Petrópolis: Vozes.1992.

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CELEBRAÇÃO VOCACIONAL

Mãe Negra Aparecida, Mãe das Divinas VocaçõesHugo da Silva Eliodoro, SDV

Preparação do ambiente: Uma imagem de Nossa Senhora Apa-recida no meio de uma rede de pesca. Em torno da imagem, em cima da rede, colocar: fotos de devoções de Nossa Senhora, fotos das diversas vocações e peixes grandes tendo escrito: Vo-cação humana e cristã e as vocações específicas (Laical, Minis-térios Ordenados e Vida Consagrada).

Acolhida (utilizar um mantra mariano)

Comentarista: Amados irmãos e irmãs, meditemos e oremos nesta celebração vocacional pedindo a intercessão de Nossa Se-nhora da Imaculada Conceição Aparecida. Podemos lembrar as graças ocorridas no ano passado dedicado a Maria. Quantas fa-mílias construídas e restauradas? Quantas vidas geradas e cura-das? Quantos novos batizados? Quantos ministros ordenados? Quantos novos consagrados/as? Quantos pessoas que contribuí-ram e contribuem para uma sociedade justa e fraterna? Quantas pessoas vivendo sua missionariedade? Quantas pessoas vivendo e buscando a santidade? Então, podemos agradecer a Maria por seu “SIM” generoso e coroa-la proclamando-a Mãe das Divinas Vocações. (Momento de silêncio)Canto Mariano: 300 Anos de Aparecida (Pe. Zezinho, scj) ou Maria Das Vocações (Jonny)

Animador (a): Iniciemos Invocando a Santíssima Trindade: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. (A invocação a Trindade pode ser cantada)

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Animador (a): Façamos neste momento a recordação da vida, recordando pontos da vida de Maria em consonância com a nossa vida (Momento de silêncio). Depois deste momento, manifestemos a recordação de nossas vidas com gratidão como fez Maria no Magníficat: Lc 1,46-55. (Poderá ser rezado ou cantado)

Leitor 1: A minha alma engrandece ao Senhor

Todos: e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador;

Leitor 2: pois ele viu a pequenez de sua serva,

Todos: desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita.

Leitor 3: O Poderoso fez por mim maravilhas

Todos: e Santo é o seu nome!

Leitor 4: Seu amor, de geração em geração,

Todos: chega a todos que o respeitam;

Leitor 5: demonstrou o poder de seu braço,

Todos: dispersou os orgulhosos;

Leitor 6: derrubou os poderosos de seus tronos

Todos: e os humildes exaltou;

Leitor 7: De bens saciou os famintos,

Todos: e despediu, sem nada, os ricos.

Leitor 8: Acolheu Israel, seu servidor,

Todos: fiel ao seu amor,

Leitor 9: como havia prometido aos nossos pais,

Todos: em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.

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Comentarista: A Palavra de Deus nos fez peregrinar em nos-sas vidas junto com a peregrina da fé. Vamos agora meditar um texto da Sagrada Escritura (Lc 11,27-28).

Aclamação ao Evangelho: Aleluia! Alguém do povo Exclama!

Evangelho: (Após a proclamação, o animador poderá fa-zer uma reflexão ou partilha).Animador (a): O documento preparatório da XV Assembleia do Sínodo dos Bispos, Os jovens, a fé e o discernimento vo-cacional, tem como modelo a vocação de Maria; rezemos para compreender o que nos ensina o Santo Padre e confiemos as vocações aos cuidados dela, que é Mãe das Vocações.

Leitor 1: Confiemos a Maria este percurso em que a Igreja se interroga sobre a maneira de acompanhar os jovens a aceitar a chamada para a alegria do amor e para a vida em plenitude.

Leitor 2: Ela, jovem mulher de Nazaré, que em cada etapa da sua existência acolhe a Palavra e a conserva, “meditando-a no seu coração” (Lc 2, 19), foi a primeira que percorreu este cami-nho.

Leitor 3: Cada jovem pode descobrir na vida de Maria o estilo da escuta, a coragem da fé, a profundidade do discernimento e a dedicação ao serviço (Lc 1, 39-45).

Leitor 4: Na sua “pequenez”, a Virgem noiva de José experi-menta a debilidade e a dificuldade de compreender a vontade misteriosa de Deus (Lc 1, 34).

Leitor 5: Também Ela é chamada a viver o êxodo de si mesma e dos seus projetos, aprendendo a entregar-se e a confiar.

Leitor 6: Fazendo memória das “maravilhas” que o Todo-Poderoso realizou nela (Lc 1, 49), a Virgem não se sente

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sozinha, mas plenamente amada e apoiada pelo Não temas! do anjo (Lc 1, 30).

Leitor 7: Consciente de que Deus está com Ela, Maria abre o seu coração ao Eis-me!, inaugurando deste modo o caminho do Evangelho (Lc 1, 38).

Leitor 8: Mulher da intercessão (Jo 2, 3), diante da cruz do Fi-lho, unida ao “discípulo amado”, aceita novamente a chamada a ser fecunda e a gerar a vida na história dos homens.

Leitor 9: Nos seus olhos cada jovem pode voltar a descobrir a beleza do discernimento, e no seu coração pode experimentar a ternura da intimidade e a coragem do testemunho e da missão.

Comentarista: Cantemos a ladainha de Nossa Senhora, ela que neste Brasil olhou sempre para os vocacionados do Pai, aqueles que assumiram com coragem a sua vocação e lembremos que seu olhar também para os mais necessitados, excluídos e aque-les que ficam a margem da sociedade.

Ladainha: Neste momento poderá rezar ou cantar a ladainha de Nossa Senhora.

Animador (a): Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,

Todos: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Animador (a): Atendei Senhor, as preces do vosso povo e pela intercessão da Virgem Maria, Mãe das Divinas Vocações e da Igreja, derramai o dom do Espírito Santo sobre este povo, para que sem demora alcancemos de vossa bondade o que, por vossa inspiração, pedimos cheios de fé Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Todos: Amém.

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Bênção final.

Animador (a): Santíssima Trindade, pela intercessão da Vir-gem Maria, dos Anjos e de todos os Santos e Santas, abençoai-nos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Animador (a): Levantai-vos ó Deus e, com a ajuda da Virgem Maria e de São Miguel, livrai-nos de todos os nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Animador (a): Sobre o nosso próximo, especialmente sobre as almas do Purgatório, sobre os nossos benfeitores e sobre todos quantos se recomendaram às nossas orações, desça ò Senhor a vossa benção. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

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ATIVIDADE VOCACIONAL

Exposição do carisma e espiritualidade de uma Con-gregação Religiosa

Diác. Luis Felipe Lañón Angamarca, SDV

Objetivo geralFacilitar o conhecimento da vida e obra do/a Fundador/a, bem como a Espiritualidade, Carisma e História da Congregação.Objetivos específicos

1. Promover o interesse pela espiritualidade e carisma da Con-gregação;

2. Despertar a curiosidade e o interesse das pessoas para co-nhecer melhor as vocações especificas: ao Matrimônio, à Vida Consagrada e ao ministério ordenado;

3. Atrair membros para a Equipe Vocacional Paroquial (EVP) para somar forças no trabalho de animação vocacional.

Atividades prévias

1. Escolha da atividade vocacionalPara a escolha da atividade vocacional deve ter conheci-mento do espaço onde vai ser realizada a atividade e a sua disponibilidade para que não aconteça atropelos e impeça a sua realização. O espaço deve ser grande e de fácil acesso para o público, para ter a sua participação e conseguir atin-gir o objetivo desejado.A escolha da próxima atividade vocacional deve ter o in-tuito de trazer algo novo para chamar a atenção do público

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e poder conseguir atingir o objetivo. Se possível uma ati-vidade que antes não foi realizada ou uma que já teve uma boa acolhida pelo público e que foi realizada há um tempo considerável.Desta vez optou-se por fazer uma exposição da vida do Fundador/a e seus escritos; a espiritualidade, carisma e his-tória da Congregação. Todo o trabalho, exceto os escritos do fundador/a (livros publicados), pode ser feito através de fotografias.

2. Planejamento das atividades A atividade vocacional deve estar, se possível, entre as ati-vidades planejadas pela equipe para realizar durante o pre-sente ano. Neste contexto já se possui data e horário para a execução da atividade vocacional. Recomendamos aqui um planejamento, já utilizado por nós na Paróquia São Sebas-tião de Olaria no Rio de Janeiro.

Data Atividade a ser realizada.

24 junho (pelo menos dois meses antes da data da atividade)

Primeira reunião: divisão dos trabalhos

22 de julho (pelo menos um mês antes da data da atividade)

Segunda reunião: conferir os materiais e escolha das fotografias para serem impressas

26-27 de agosto (uma semana antes da data da atividade)

Preparação do material: enfeite das fo-tografias para dar um destaque e se faça da fotografia uma arte bem trabalhada que cative o público. Exp. Colocar um marco ou moldura nas fotografias.

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Data Atividade a ser realizada.

2 de setembro (na véspe-ra, dia anterior, do início da exposição)

Montagem da exposição

Todos os domingos do mês de setembro

Exposição aberta para a visita do pú-blico

3. Distribuição de trabalhosPara que o trabalho seja realizado com tranquilidade e da melhor maneira possível é bom distribuir uma ação para cada membro ou dividir a equipe em pequenos grupos a depender do número membros que compõem a equipe.

3.1. Coleta do material fotográfico (digital ou impresso)Para este trabalho é bom designar as pessoas que tenham facilidade para o acesso a páginas virtuais ou lugares que tenham esse material, ou pessoas que possam entrar em contato com as pessoas responsáveis por esses lugares. Re-comenda-se procurar fotografias de todos os lugares onde a Congregação estiver presente, para montar uma espécie de linha do tempo bem como mostrar as atividades que a congregação realiza no mundo.

3.2. Escolha das fotografiasApós ter adquirido as fotografias é importante a seleção das mesmas, levando em conta a qualidade da imagem como o conhecimento que fornece, para não colocar muitas foto-grafias e fazer da exposição algo cansativo e que o público não dê a devida atenção. É bom lembrar que toda escolha

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tem um pouco da subjetividade pessoal, por isso é bom ter o consenso da maioria das pessoas que está realizando este trabalho.

3.3. Impressão das fotografiasImprimir com uma boa qualidade, de preferência em papel fotográfico, ou para uma economia em folhas de revista de 230-250-300 gr/m2. Certamente o valor para a impressão das fotografias deve ser pesquisado para evitar gastos exa-gerados e ter uma economia para a equipe. O tamanho da fotografia se sugere que seja pelo menos do tamanho A4, assim facilitará a visão e compreensão da imagem.

3.4. Providenciar materiais para montar a exposiçãoÉ bom lembrar que a exposição atraves de fotografias pode ser feita de diferentes maneiras: penduradas, colocadas num painel ou diretamente numa parede. Desta vez optamos por pendurar as fotos e colocar num pano fixado na parede as fotografias com texto (em A3). Para este trabalho precisamos: linha nylon 0,50; papel cartão preto (o mais grosso possível); tesoura; parafusos e bucha; régua; cola; fita dupla face (ou alfinetes); luvas (para evitar manchar as fotografias e o cartão papel com o suor).

3.5. Confecção de um marco ou moldura para a fotografia Para evitar desperdício de material se aconselha dividir o papel cartão em quatro partes iguais, ficando do tamanho apropriado para colar a fotografia, ou seja um pouco maior e fique, com a formatura de um marco ou moldura, que dará um realce à fotografia. É bom também separar as fotos que vão juntas ou que pertencem a um tema específico para facilitar a montagem.

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Execução da atividade

1. Verificar os materiais para a exposiçãoNo começo da montagem é bom conferir se todos os ma-teriais solicitados foram fornecidos para no momento da montagem não para por falta de material, é bom também levar reserva de material, por acaso surja algo imprevisto.

2. Montar a exposiçãoA montagem da exposição deve ser realizada de forma tran-quila, porém com a maior precisão para que cada foto fique no lugar conveniente bem como para deixar na mesma altu-ra e distância. Nós optamos por colocar fotos pelos dois la-dos (frente e verso). Dependendo do espaço é bom ter uma entrada (ou início do percurso) e uma saída (final da expo-sição) para que todas as pessoas possam circular com faci-lidade. Aconselhamos também colocar na saída um caderno para as pessoas que participaram da exposição assinem e depois ter uma ideia do número de visitantes.

3. Dia da exposiçãoRecomenda-se que tenha pelo menos três pessoas para cada visita (horário) para que uma possa convidar a visitar; outra dê as boas-vindas e acompanhe o percurso, para se neces-sário for acrescente alguma informação que for pertinente para uma maior compreensão do que foi exposto. E outro que agradeça a visita e convide a fazer a assinatura.

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PALAVRA DO PE. JUSTINO

Carta à Sagrada Congregação dos SemináriosPe. Justino RussolilloOpere XVIII, 41 - 44.

Tradução: Pe. Severino Martini

Pianura de Nápolis, 11-09-1932.À Sua Eminência Rev, Cardeal Prefeito da Sagrada

Congregação dos Seminários Roma.

O subscrito diretor geral da Congregação Religiosa dita “So-ciedade Divinas Vocações” há não muitos dias apresentava um

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pedido a esta Sagrada Congregação para ser autorizado a ter para os jovens aspirantes ao clero secular, quando as famílias e os respectivos Excelentíssimos Ordinários não pudessem mantê-los nos seminários regionais, como um Vocacionário filosófico e teológico, no sentido em que tais jovens estando em uma casa de Vocacionistas frequentariam as escolas do Seminário Regio-nal de Posillipo ou Salerno, depois de obtida a licença da Sa-grada Congregação da qual os referidos seminários dependem, e do respectivo Ordinário da diocese onde um dia deverão ser ordenados. Ora para apoiar este pedido e como complemento da resposta ao questionário recebido desta Sagrada Congregação, expõe-se:01. Desde o tempo do Seminário (Episcopal de Pozzuoli, Pon-tifício de Posillipo) isto é, no período de tempo que vai de 1901 a 1913, o subscrito sentiu-se levado, sempre mais fortemente, a consagrar-se à obra da procura e cultivo das vocações ao servi-ço de todo instituto religioso e diocese; e não estando esta obra dentro das possibilidades de uma só pessoa, ele era ao mesmo tempo levado a organizar almas para esta finalidade, e depois de várias tentativas e diversas experiências, se chegou à consti-tuição da Sociedade Divinas Vocações na forma atual de Con-gregação Religiosa de direito diocesano, mas que espera e se prepara para se tornar de direito pontifício.02. Portanto, no período de férias anuais, como clérigo, fazendo todos os dias ininterruptamente, e com frequência o dia intei-ro, o catecismo e oratório a meninos de rua, a filhos do povo, via sempre surgir tantos brotos de vocação religiosa em muitos dos melhores meninos, enquanto ainda se lamentava a escassez de vocações, seja para os seminários que para os noviciados; e se ia persuadindo que não são as vocações que faltam, mas os que procuram, suscitam, cultivam as vocações que faltam; pois enquanto Jesus bendito nos deu um exemplo de procurar

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as vocações e não simplesmente de esperá-las; os seminários e os noviciados limitam-se a acolher ou recusar, segundo os que se apresentam.03. E assim começava a persuadir-se de que o modo mais sim-ples e mais eficaz de suscitar, procurar vocações é buscar seria-mente a própria santificação pessoal, e entregar-se sem reserva às obras catequéticas integradas, porém, da assistência religiosa dos meninos, todos os dias; e muito mais na vida eucarística de tal modo intensa que requeira a santa comunhão quotidia-na; consequentemente se convencia de que também o princi-pal cultivo das vocações, uma vez encontradas e acolhidas em apropriados institutos, está no alimento quotidiano da Palavra de Deus e da divina Eucaristia. No ministério da Palavra de Deus é necessário dar lugar aos exemplos dos santos que são mais apropriados para entusiasmar os jovens.04. E porque as almas de intensa vida natural e por toda a vida consagradas a todas as práticas do fervor religioso não serão nunca bastante no mundo; e por outro lado os sacerdotes não serão nunca o bastante fervorosos no amor e relação com Deus, e no zelo e apostolado pelas almas; o ideal deste servo das voca-ções era de acender de Deus muitíssimos jovens, o quanto podia, e entre esses depois escolher os mais idôneos e mais dignos de poderem ser apresentados à vocação canônica dos Ordinários, a quem somente compete. Pois se há uma escolha esta pode ser melhor se for feita entre muitos do que entre poucos. Mas quando se visa não somente o sacerdote mas o perfeito cristão religioso de Deus, se pode então chamar e chamar sem fim.05. A confirmá-lo, no entanto no empreendimento vinham pu-blicadas cartas pontifícias, me parece por meio da Congregação do Concílio (não me lembro das datas exatas, as li pela pri-meira vez no suplemento da Moral do Bucceroni, que na época estudava no Seminário Campano. Nelas se preanunciava uma

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assustadora crise das vocações, desde antes da guerra, e se re-comendava aos Ordinários e Párocos, e a sacerdotes que procu-rassem e cultivassem na piedade e no estudo os jovenzinhos que mostrassem algum sinal de vocação... enfim continham aqueles documentos pontifícios, distintamente, o que foi pois condensa-do e codificado no cânon 1353, que seja bendito! E no entanto se fechavam somente na Itália meridional cerca de 120 seminá-rios no período da grande guerra.06. Mas, como dizia acima, querendo procurá-las e ajudá-las se via bem que não eram as vocações que faltavam: faltavam os que as suscitassem, os que as procurassem, e os meios. A maior parte dos meninos, nos quais depois de um período de cultivo religioso resplandeciam os sinais da vocação, idoneidade, for-te vontade, grande piedade, etc... são das classes humildes, do povo operário (dentre os quais Jesus preferiu procurar os seus apóstolos), e, portanto, na impossibilidade de ser acolhido nas condições ordinárias, nos seminários pagos. As famílias sim se dispõem a sacrificar os ganhos que já recebem ou dentro em breve esperam receber daqueles filhos que trabalham, ou mes-mo não podem ou não querem enfrentar sacrifícios com outras despesas para a regular manutenção nos seminários pagos.

(continua na próxima edição)

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