View
213
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Informativo quinzenal elaborado pela equipe Tributária Fiscal do MBAF.
Citation preview
MBAF CONSULTORES E ADVOGADOS [email protected]
MBAF Consultores e Advogados
Avenida Tancredo Neves, nº 1672 - Edf. Catabas
Empresarial, Conjunto 502 - Salvador - BA
CEP.41820-020
Tel. (71) 3172-0600 | Fax.(71) 3172-0604 -
NEWS
OPINIÃO
Alta carga tributária no país: existe
alternativa?
DESTAQUES
ICMS, PIS e COFINS não devem integrar
o valor aduaneiro.
ICMS antecipado Não integram a base
de cálculo do PIS/COFINS
ARTIGO
Contribuinte: bem vindo à Era Digital.
FIQUE DE OLHO!
Nota importante
TRIBUTÁRIA
FISCAL
Informativo 5
Março| 2013
Ano II
MBAF CONSULTORES E ADVOGADOS [email protected]
Alta carga tributária no país: existe alternativa?
Esta constatação revela uma das causas do engessamento do mercado nacional: o freio à
produtividade e à competitividade das empresas nacionais diante de tamanho custo
produtivo.
Países que sempre foram potências mundiais estão em crise. E parece ser o momento e a vez
dos países ditos emergentes. Mas é temerário esquecer que, em um momento, a crise vai
acabar e teremos outros concorrentes neste cenário competitivo.
Por isso, um dos pontos que já deve integrar a ordem do dia a dia do empresário é a
preocupação prática com a carga tributária do país.
Não adianta somente aguardar a tão prometida pelos governantes e tão esperada pelos
contribuintes reforma tributária.
Por certo que o papel do Congresso Nacional é de suma importância nessa questão, mas não
pode o empresário adotar uma postura passiva de continuar esperando que ela saia do
discurso político e chegue ao papel das leis.
É preciso agir desde já e procurar alternativas que permitam otimizar o negócio empresarial,
planejando as suas operações e analisando as alternativas legais que já lhe são conferidas, mas
que muitos poucos tem conhecimento e aproveitam.
É preciso descruzar os braços da passividade e da indignação e avaliar o que já é possível fazer
enquanto a reforma tributária não vem. Isso é pensar em seu negócio a curto prazo e sair na
frente da concorrência.
Que a carga tributária do Brasil é uma das maiores do
mundo, todo mundo já está cansado de saber. Mas, em
percentuais, quanto representa o custo com tributos
federais, estaduais e municipais para o setor empresarial
no país, poucos se dão ao trabalho de calcular na
ponta do lápis.
Atualmente, cerca de 36% da riqueza produzida no país
vai direto para os cofres públicos, para pagamento dos
tributos incidentes sobre a produção. Significa dizer, em
outras palavras, que a cada R$ 100,00 produzidos no
país, R$ 36,00 já tem destino certo: os cofres do Fisco.
Por Daniela Augusta Brandão
Opinião
News Tributária Fiscal – Março |2013
MBAF CONSULTORES E ADVOGADOS [email protected]
ICMS, PIS e COFINS não devem integrar o valor aduaneiro.
De acordo com texto constitucional no caso de importação, quando se tratar de alíquota “ad
valorem”, essa deverá corresponder ao valor aduaneiro. Portanto, os acréscimos estabelecidos
pela lei devem ser desconsiderados por afronta a Constituição.
O valor aduaneiro, inclusive, é estabelecido em tratado internacional, incorporado ao nosso
ordenamento jurídico pelo decreto nº 1.355/94 que estabelece no seu artigo primeiro: “o valor
aduaneiro de mercadorias importadas será o valor de transação, isto é, o preço efetivamente
pago ou a pagar pelas mercadorias, em uma venda para exportação para o país de
importação”, fato que não pode ser ignorado por lei ordinária.
O entendimento do TRF4, na prática, reduz o valor dos produtos importados e gera, para o
Estado, o dever de ressarcir a diferença aos contribuintes que recolheram o tributo majorado
nos últimos cinco anos devidamente atualizada. A medida, entretanto, seja visando à
cobrança correta do tributo, seja a destinada ao ressarcimento do valor cobrado
indevidamente pressupõe a atuação de um advogado.
ICMS antecipado Não integram a base de cálculo do PIS/COFINS
O ICMS recolhido antecipadamente na condição de substituto tributário não deve compor a
base de cálculo do PIS ou da COFINS. Esse foi o entendimento da Receita Federal da 9ª região,
manifestado na solução de consulta nº 2 de 09 de janeiro de 2013. Segundo a Receita, o ICMS
configura mero adiantamento de tributo devido pelo contribuinte substituído e, portanto, não
pode ser encarado como um custo da aquisição.
Destaques
Em recente decisão, o TRF da 4ª região declarou
inconstitucional o acréscimo de parcelas referente
ao pagamento de tributos ao valor aduaneiro para
fins de apuração da base de cálculo do PIS e
COFINS. Segundo entendimento do tribunal, ao incluir
no valor aduaneiro as parcelas referentes ao ICMS e
aos próprios PIS e COFINS a lei 10.865/2004 ofende o
artigo 149, § 2, III, a, da Constituição Federal.
Por Igor Azevedo
News Tributária Fiscal – Março |2013
MBAF CONSULTORES E ADVOGADOS [email protected]
Contribuinte: bem vindo à Era Digital.
siglas já consegue conferir a dimensão da quantidade de obrigações acessórias eletrônicas a
que já estão sujeitas as atividades empresariais no Brasil: DCTF, DIPJ, PER/DCOMP, SPED, FCont,
Dacon, NFe, Dmed, Dimob integraram-se ao cotidiano empresarial e passaram a demandar a
readequação imediata dos procedimentos até então implantados.
O que mais chama a atenção é que, no que se pode definir como Era anterior, os contribuintes
lidavam com uma infinidade de livros em papel, fato esse que, sem dúvida alguma, impedia um
controle efetivo por parte do Fisco acerca das operações registradas e efetivamente realizadas.
Hoje, no entanto, essa situação foi alterada e, como os livros e documentos contábeis e fiscais
passaram a ser emitidos em formato eletrônico, o Fisco passou a acompanhar praticamente em
tempo real a contabilidade das sociedades empresárias.
Em um primeiro momento, identificou-se que a implantação do SPED permitiu a efetiva
integração das administrações tributárias nas três esferas governamentais (federal, estadual e
municipal) e consolidou essa nova Era de atuação da fiscalização tributária.
Porém, além disso, nesse cenário, os diversos convênios que estão sendo firmados entre União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, demonstram claramente a interligação digital completa
de dados fiscais.
Então, inseridas na Era Digital, as autoridades fiscais contam, cada vez mais, com importantes
instrumentos eletrônicos que facilitam e tornam mais efetivo o trabalho de fiscalização tributária.
É certo que o objetivo dos processos eletrônicos de fiscalização é otimizar os procedimentos
administrativos. Mas, se por um lado tais instrumentos eletrônicos otimizam os procedimentos
para a cobrança e fiscalização de tributos, esta mesma realidade está proporcionando a
multiplicação de situações de inconsistências que podem ensejar autuações para os
contribuintes.
Afinal, sendo diversos instrumentos com muitas informações prestadas que podem ter os seus
dados informativos visualizados, analisados e confrontados com apenas um clique, a grande
Por Daniela Augusta Brandão
Artigo
News Tributária Fiscal – Março |2013
A relação entre o Fisco e os contribuintes foi alterada
e jamais será a mesma. A informatização chegou ao
cenário tributário nacional e veio pra ficar. E, diante
dessa nova realidade, os empresários devem estar
atentos e organizar as suas atividades para que
possam atender às novas exigências do Fisco.
Esse novo cenário é composto por diversas
modificações normativas e a diversidade das siglas já
consegue conferir a dimensão da quantidade de
obrigações acessórias eletrônicas a que já estão
sujeitas as atividades empresariais no Brasil: DCTF,
DIPJ, PER/DCOMP, SPED, FCont, Dacon,
MBAF CONSULTORES E ADVOGADOS [email protected]
consequência é que os entes fazendários dispõem do mais completo e imediato mecanismo
de cruzamento de dados e autuação fiscal sem precisar fazer qualquer visita à sede da
empresa para checar seus livros fiscais.
E os efeitos práticos disso já estão sendo verificados: a Receita Federal vem obtendo uma
fiscalização cada vez mais ampla, o que passa a refletir nos sucessivos recordes de
arrecadação, que decorrem não do mero aumento da carga tributária, mas, sobretudo, da
efetividade no controle das informações e na cobrança dos tributos.
Por outro lado, os problemas para os contribuintes podem estar apenas começando: diante
dessa diversidade de instrumentos a serem preenchidos, e como não há uma unidade nesse
sistema de escrituração fiscal e contábil, por certo que inconsistências nas informações
prestadas podem ocorrer.
Não é por outra razão que, nesse momento inicial, a Receita Federal está constantemente
emitindo intimações eletrônicas para que os contribuintes regularizem eventuais inconsistências,
que se tornam evidentes quando confrontadas as informações prestadas por via eletrônica.
Atentos a esse quadro, que já é uma realidade, é possível realizar o cruzamento imediato de
todas estas informações, antecipando-se à Receita Federal e permitindo, assim, que o
contribuinte esteja um passo à frente da fiscalização, evitando o pagamento de altas multas
que, futura e certamente, serão impostas pelas inconsistências identificadas.
Por tudo isso, a existência de um controle interno para gestão fiscal, sem dúvidas, é um
importante mecanismo a ser adotado em benefício do contribuinte. O objetivo é que as
empresas previamente se auto fiscalizem, auditem e validem seus arquivos digitais e obrigações
acessórias.
Afinal, uma gestão tributária eficiente privilegia a prevenção de riscos e antecipa as possíveis e
futuras autuações. Essa é mais valia desta Era para auxiliar as empresas na nova relação Fisco-
Contribuinte. É a tecnologia a serviço da tecnologia. E quem se antecipa, sai na frente.
Antecipe-se ao Fisco!
Artigo
Fique de olho!
As empresas do ramo varejista devem ficar atentas às definições da Secretaria Nacional do Consumidor
(Senacon). É que, a partir de junho de 2013, o consumidor deverá ser informado sobre os tributos embutidos
no preço final de cada produto e serviço comprado no Brasil, quando passa a vigorar a nota fiscal com
identificação dos tributos, fruto de lei aprovada no fim do ano passado. Até a vigência da nova regra, as
empresas devem buscar a melhor forma de aderir à obrigação para se adequarem a essas novas regras.
Entretanto, até o momento, ainda não há definição sobre a necessidade de se discriminar, um a um, os
tributos envolvidos na cobrança ou se bastará informar na nota fiscal a somatória deles. A empresa que
descumprir a nova legislação poderá ser autuada nos termos do Código de Defesa do Consumidor, que
prevê multa, suspensão da atividade e até cassação da licença de funcionamento.
News Tributária Fiscal – Março |2013
MBAF CONSULTORES E ADVOGADOS [email protected]
Boletim Informativo quinzenal da área Tributária Fiscal – MBAF.
Conteúdo Institucional e Diagramação: Comunicação | Gestão e Desenvolvimento
Conteúdo Técnico: Área Tributária Fiscal
Expediente
Dra. Daniela Augusta Brandão
Advogada Tributarista e Coordenadora da
área Imobiliária e Bancária do MBAF
Consultores e Advogados. Pós-graduada em
Direito Civil pela Universidade Salvador –
UNIFACS (2008). Especialista em Direito Civil
com ênfase em Direito Empresarial pela
Universidade Salvador – UNIFACS (2008).
Extensão em Planejamento Tributário pelo
Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário –
IBPT (2009). Tributarista pelo Instituto Brasileiro
de Planejamento Tributário – IBPT (2009). Pós-
graduanda em Direito Tributário pelo Instituto
Brasileiro de Estudos Tributários (IBET).
Coautora do livro: DIREITO E INFRAESTRUTURA
– GUIA DO INVESTIDOR. Cap II: Infraestrutura
e Aspectos Tributários. Como efetivar
Planejamento para implementar as Obras.
Cursando contabilidade para advogados in
company.
E-mail: [email protected]
Dr. Igor Azevedo Silva Almeida
Advogado Tributarista e coordenador da
área Imobiliária e Bancária do MBAF –
Consultores e Advogados. Especialista em
Direito Tributário – JUSPODIVM (2010).
Extensão em Direito Imobiliário – ESAD – OAB
(2007). Coautor do livro: DIREITO E
INFRAESTRUTURA – GUIA DO INVESTIDOR. Cap
II: Infraestrutura e Aspectos Tributários. Como
efetivar Planejamento para implementar as
Obras. Pós-graduando em Direito Tributário
pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários
(IBET). Cursando contabilidade para
advogados in company.
E-mail: [email protected]