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FREE Os segredos Dublin: A Terra Como se adaptar Morar com gringos Mala barata DA Jordânia DA Literatura à nova cultura Ou brasileiros? E com estilo Gingado Made in Brazil Aldy Coelho A revista do estudante brasileiro na Irlanda www.yeahbrasil.com

NewsBrasil - Junho/2013

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FREE

Os segredos

Dublin: A Terra

Como se adaptar

Morar com gringos

Mala barata

DA Jordânia

DA Literatura

à nova cultura

Ou brasileiros?

E com estilo

Gingado Made

in BrazilAldy Coelho

A revista do estudante brasileiro na Irlanda

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Está incluso no pacote

Acompanhem nossa página no facebook, saiba mais sobreas próximas trips e novidades no link https://www.facebook.com/Egali.Intercambio.Dublin

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área de baladas e pubs: St. Julians Bay.

Page 3: NewsBrasil - Junho/2013

6 Entrevista

24Turismo

30 Literatura

16 Espiritismo

4 Palavra do editor

Conteúdo

5 Panoramas

8 Profissão

10 Futsal

27 intercâmbio legal

12 Artigo

14 Jornalismo

20 Intercâmbio

28 Dublin

19 Do lado de cá

33 Do lado de cá

35 Do lado de cá

38 Do lado de cá

34 Culinária

22 Moda

36 ACONTECE

18 Comportamento

11 Do lado de cá

Fabio Teberga

Gelson Pereira

Cintia Tanno

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A revista do estudante brasileiro na Irlanda

www.yeahbrasil.com

Page 4: NewsBrasil - Junho/2013

DiretorRaffael [email protected]

EdiçãoAldy Coelho

Sub-ediçãoMarcos Bonfim

Arte e designGelson Pereira

Equipe Agosto 2013

Palavra do editor

Cintia TannoJornalista

Denver PelluchiJornalista

Mariam SharifMarketing

Leticia MartinsJornalista

Sofia SundenJornalista

Silvana Sapyras ByrnePsicóloga

Fabio TebergaConsultor jurídico

Nicole RanieriGerente de vendas

Servane BaldyDesenvolvimento de negócios

ColaboradoresEquipe

Aldy Coelho

- Miren Maialen

- Kristen Elguero Medina

- Eduarda Byrne

- Luiz Gustavo Miguez

- Emilie Blanc

Contribuições

Revista Yeah!Brasil é uma publicação da DMP - Dreams Media ProducersEndereço: 7, Segundo andar, Gardi-ner Row, Dublin 1,Telefone: 018726597Dublin, Ireland. www.yeahbrasil.com Email: [email protected]@gmail.com Todos os conteúdos da Revista Yeah!Brasil são apenas para infor-

mação geral e / ou utilização. Tais conteúdos não constituem aconse-lhamento e não devem ser usados na tomada (ou deixar de fazer) qualquer decisão. Algum conselho específico ou respostas a consultas em qual-quer parte da revista é / são a opi-nião pessoal de tais peritos / consul-tores / pessoas e não são subscritas pela Revista Yeah!Brasil.

Novos horizontesA revista NewsBrazil de agosto está imperdível! Com um novo gás, uma equipe renovada e novos projetos, a edição deste mês mostra mais uma vez a força dos brasileiros em solo irlandês, cada um mostrando com garra o que tem de melhor e fazendo a diferença.

Na publicação de agosto, você poderá encontrar entrevistas com o professor de dança de salão que ministra aulas na Irlanda, assim como o técnico brasileiro que treina a equipe de futebol amador. Na editoria de turismo você vai conhecer as belezas de Petra na Jordânia, os encantos de Dublin num passeio a pé (e melhor, grátis!).

Para os amantes de literatura, uma matéria especial sobre os escritores irlandeses ganhadores do Prêmio

Nobel de Literatura, além das dicas de moda, comportamento, orientações jurídicas acerca do intercâmbio e os principais acontecimentos envolvendo a comunidade brasileira.

Lembrando que todo o conteúdo desta revista também estará disponibilizado pelo nosso site www.revistanewsbrazil.com e em nosso facebook www.facebook.com/revistanews.brazil, incluindo notícias do cotidiano e reportagens em vídeo dos principais eventos de Dublin, você pode compartilhá-lo à vontade. É a Revista NewsBrazil buscando, com interatividade, a melhor forma de estar mais perto de você!

Dentre os novos projetos está a ampliação da circulação de nossa revista para outros mercados, como o brasileiro com a logomarca Yeah!Brasil,

e francês com a Yeah!France, com conteúdos atualizados, reportagens relevantes e de qualidade, tendo como público alvo os estudantes interessados em fazer um intercâmbio, assim como informações importantes para os estudantes brasileiros que já estão em outros países. Será mais um veículo que possibilitará a troca de experiências de quem já está viajando com aqueles que estão planejando a sua viagem.

Como nossa distribuição é gratuita, você poderá encontrar uma edição atualizada da Revista NewsBrazil sempre perto de você - na sua escola, nos pontos comerciais, agências de intercâmbio – portanto, não perca a oportunidade de manter-se bem informado, pegue logo a sua e tenha uma boa leitura!

Page 5: NewsBrasil - Junho/2013

Os preços ao produtor na Zona do Euro ficaram es-táveis no mês de junho em

comparação com o mês de maio. O resultado já era esperado e ratifica as expectativas do Banco Central Europeu (BCE) de inflação baixa. O indicativo é de que os 17 países do bloco saia da mais longa recessão da sua história e retome o crescimento a partir do segundo semestre deste ano. O crescimento total, no entan-to, vai precisar de mais tempo segun-do os especialistas.

O número de pessoas desem-pregadas na Espanha voltou a cair em julho. Foi o quinto

mês consecutivo que esse número di-minuiu. O número de espanhóis sem trabalho, no entanto, ainda é eleva-do. Segundo o ministério do Empre-go, são 4,7 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. O país, que é a quarta maior economia da Zona do Euro, está há quase dois anos em recessão. O verão ajudou na redução desse número, pois a Espanha é o quarto destino turístico do mundo.

Um projeto vai transformar uma região abandonada em uma praia às margens do East

River, em Nova York. O novo ponte de lazer fica sob a histórica ponte do Brooklyn e a poucas ruas de Wall Street. O projeto vai custar 7 milhões de dólares e deve ficar pronto em até três anos. O local vai contar com uma orla e locais para a prática de ativi-dades recreativas, como canoagem e caiaque. Também serão criadas bar-reiras, pantanais e restingas de água e outras medidas preventivas que ajudarão a proteger zonas mais vul-neráveis contra futuras tempestades e inundações.

A Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou, no início do mês, a legalização do cul-

tivo e venda de maconha. O projeto ainda precisa passar pelo Senado. A proposta vai além da política holan-desa de despenalização e cria um órgão do governo para regularizar as vendas legais e os clubes públicos para o consumo de maconha. Para evitar que o país se torne um para-íso da maconha para turistas, só ci-dadãos uruguaios serão autorizados a usar maconha. O consumo já é re-gularizado no país, mas a venda e o cultivo ainda não. O presidente José Mujica é um dos defensores da pro-postas. “Ninguém deve pensar que com essa lei se irá criar desordem ou encorajar o consumo”, diz.

No próximo mês de outubro completam 100 anos da Ba-talha das Nações ou Batalha

de Leipzig. A luta aconteceu na cida-de alemã de Leipzig entre o exército francês de Napoleão Bonaparte e os exércitos de Rússia, Prússia, Áustria e Suécia. Para lembrar a data, o ar-tista austríaco Yadegar Asisi recons-truiu em escala real e em 360 graus um painel em Leipzig ilustrando o cenário da batalha.

A obra está aberta para exposição desde o início de agosto e foi mon-tada no Leipzig Panometer, uma estrutura criada pelo próprio Asisi em 2003 para exibir enormes cenas panorâmicas. A cena da Batalha das Nações lembra uma fotografia, mas como na época ainda não existiam atividades fotográficas, o artista uti-lizou uma técnica minuciosa para re-criar nos mínimos detalhes o cenário do confronto.

Preços estáveis indicam uma recuperação na Zona do Euro

Desemprego na Espanha cai pelo quinto mês consecutivo

Parlamento do Uruguai aprova venda e cultivo da maconha

Nova York terá uma nova praia

Alemanha relembra os 200 anos da Batalha das Nações

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Page 6: NewsBrasil - Junho/2013

Professor usa a linguagem universal da dança para

contagiar brasileiros e europeus

Por Aldy Coelho

Cearense de nascimento, José Néris Nogueira, de 38 anos, teve contato

com a dança e a capoeira aos onze anos de idade em São Paulo, quando foi para a região Sudes-te com sua família em

busca de melhores con-dições de vida. Ao som do

batuque do atabaque e do berimbau, descobriu que

estava no lugar certo e que o ritmo estava no sangue. Envolvido primeiro no mundo da capoeira e depois

com a dança, enfrentou todas as dificuldades fi-nanceiras para estudar e formou-se em Educação Física, depois se especiali-zou em Dança e Consciên-cia Corporal.

Sua extensa atuação profissional vai de profes-sor de educação infantil, educação física, mestre de

capoeira, professor de dança, inte-grante do Grupo de Dança de Salão “Cia. da Terra” pesquisador de cons-ciência corporal e fundador do “Cen-tro Educacional de Capoeira Luz do Amanhecer”, voltado para a comuni-dade carente paulistana.

Desde então, nunca mais dei-xou essas duas paixões de lado, nem mesmo quando resolveu atravessar o oceano e vir estudar inglês na Irlan-da. E é justamente esta paixão que não o deixa parado. Aqui em Dublin, o Professor Néris segue ensinando a dança de salão, e fala com exclusi-vidade para a Revista NewsBrazil/Yeah!Brasil sobre os benefícios da dança como atividade física, dos de-safios de ensinar as artes brasileiras para os europeus, e revela que está em busca de um espaço em que possa se dedicar inteiramente ao ensino da dança. “A dança foi uma descoberta na minha vida, um processo de auto-transformação, e eu acredito que ela pode ser um agente transformador para a vida de qualquer pessoa”, res-salta.

Um brasileirodançante

Quem se interessar em fazer aulas e até mesmo ajudar o Professor Néris em seu projeto de dança de salão, pode entrar em contato com ele pelo e-mail [email protected], ou pelo telefone 089-961-7351.

Como participar

Fotos: Fabio Teberga

6 Agosto 2013

Entrevista

Page 7: NewsBrasil - Junho/2013

NB: Porque lecionar dança de salão na Europa?Néris: Para mostrar um jeito diferente de dançar, porque as pessoas gostam e se sentem bem quando dançam e isso é universal. Também para mostrar a cultura do Brasil através do samba, do forró, das influências africanas nas danças como o afoxé, a dança do coco e o maracatu, que são muito comuns no nordeste do Brasil. A dança faz bem em todos os aspectos como o socioafetivo, psicomotor, cognitivo, e acaba contribuindo para o desenvolvimento do ser humano como um todo.

NB: Há interesse dos estrangeiros pelas danças tipicamente brasileiras, como o samba e o forró?Néris: Eu percebo que os europeus gostam muito das nossas danças, os irlandeses, franceses e poloneses principalmente, mas no geral os europeus se interessam muito pelos ritmos brasileiros. Aqui em Dublin tem muitos lugares para se praticar a dança apenas para divertimento, mas percebo também que as mulheres procuram aprender muito mais que os homens, pois eles se mostram um tanto resistentes, e nesse ponto estão perdendo a oportunidade, afinal, quase todas as danças são para casal.

NB: Quais são os estilos preferidos dos brasileiros e dos estrangeiros?Néris: Os estrangeiros procuram principalmente pelo samba, pois eles associam este ritmo com o nosso carnaval. Mas no geral, eles se interessam por quase todos os ritmos latinos, com a salsa, o zouk e o forró. Os brasileiros curtem todos os ritmos, mas percebo que há uma grande procura pelo sertanejo universitário, que está em alta na Europa.

NB: Qual o estilo mais fácil e o mais difícil de aprender?Néris: A dificuldade não está presente na dança ou no ritmo em si, ela é individual. Por exemplo,

uma pessoa que tem problemas com coordenação ou a lateralidade, eu proponho exercícios dentro da própria dança que facilitem o aprendizado. De forma lúdica e divertida, a pessoa sem perceber aprende o passo, o ritmo e melhora sua capacidade motora.

NB: Por que escolher a dança de salão como atividade física?Néris: As pessoas estão perdendo alguns movimentos importantes para o corpo, e o ser humano nasceu para o movimento. Há pessoas que trabalham sentadas, muitas horas em frente ao computador e vão aos poucos esquecendo algumas habilidades corporais. Está comprovado ser possível recuperar, melhorar e lapidar essas capacidades físicas praticando a dança, adquirindo mais equilíbrio, coordenação motora, readquirindo a consciência corporal e qualidade de vida.

NB: Quais são os benefícios percebidos pelo praticante da dança de salão?Néris: Entre as principais estão o aumento da qualidade de vida, a elevação da autoestima, a melhora no relacionamento interpessoal e socioafetivo, assim como o aumento das reações cognitivas, tais como mobilidade, velocidade, equilíbrio, força, noção de tempo e espaço.

NB: Quem pode e quem não pode praticar a dança de salão?Néris: A dança está presente em tudo, o movimento e o ritmo são naturais do ser humano, por isso todas as pessoas têm a capacidade de dançar. A dança não tem restrições, não distingue nenhuma pessoa, basta você querer aprender. Até pessoas

com determinadas restrições de movimento podem e conseguem dançar, basta ter sensibilidade e um bom orientador que encontre as melhores condições de ensino para adequar cada tipo de restrição.

NB: Qual é o seu projeto com relação à dança de salão em Dublin?Néris: Meu projeto é a implantação de um núcleo de dança, um espaço fixo para que se possa lecionar e futuramente montar grupos de espetáculos de dança com olhares diferentes, onde não seja necessário ser um dançarino de alto nível e sim pessoas comuns, interessados em dança, crianças ou terceira idade. Este núcleo com o tempo poderá ir se aperfeiçoando, trazendo novos ritmos, novos cursos, para que quando eu retorne ao Brasil alguém dê continuidade ao projeto que não deverá se extinguir.

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Page 8: NewsBrasil - Junho/2013

Por Denver Pelluchi

O sonho de se profissionalizar no futebol acaba cedo para mui-tos garotos do mundo inteiro.

Com o brasileiro Regis Almeida, 29, teria acontecido o mesmo, não fosse o destino trazê-lo de volta aos campos para atuar, dessa vez, em uma posição totalmente diferenciada e ambicionada pelos fãs da redonda.

Reginho, como é popularmente co-nhecido, é treinador do English in Dublin Football Club – EID.FC, time que atual-mente disputa a Premier League - mais alta divisão da Liga Amadora United Church (UCFL) e uma das mais impor-tantes do Futebol Irlandês. Desde 2012 no cargo de técnico, ele revela que o tra-balho é gratificante e desafiador. “Sou novo para o cargo, e exercê-lo é uma tare-fa complicada. Até agora, esse foi o maior desafio da minha vida, lidar com muitas cabeças pensando de forma diferente”, conta.

O envolvimento com o esporte em Dublin aconteceu há 8 anos, quando o brasileiro decidiu fazer intercâmbio para Irlanda com objetivos diferentes da maio-ria dos estudantes. “Eu jogava bola pela minha universidade no Brasil. E no últi-mo ano de curso, decidi fazer intercâm-bio como uma oportunidade de trabalhar e ganhar dinheiro”, revela. Assim como a maioria, o treinador teve de se empenhar para adaptar-se à cultura e uma língua que, até então, ele desconhecida. “Não é fácil, porque você tem de abrir mão de muitos valores e estar aberto a novos propósitos. Mas assim que para de recla-mar da temperatura e olha o lado positi-vo, você se sente bem melhor”, conta o brasileiro que chegou no período ante-rior à Crise Mundial Financeira (2009), o que facilitou a busca por colocação no mercado de trabalho. “Em 15 dias eu já estava empregado como Kitchen Porter em um restaurante italiano, foi quando me dei conta da necessidade de aprender o Inglês, até para conseguir um emprego melhor”, analisa.

Ensinamentos do melhorFutebol do mundo

Fotos: Tiago da Silva

8 Agosto 2013

Profissão

Page 9: NewsBrasil - Junho/2013

Carreira Escolar e Esportiva

Nesse meio tempo, o técnico começou a estudar na escola English in Dublin, onde co-

nheceu o projeto de futebol que era gerido pelo dono da instituição, um entusiasta do esporte. “Foi aí que eu entrei para o time como jogador, mas no começo era bem básico, não havia treino e nós disputávamos um cam-peonato bem legal aos domingos. Só que nós passamos a ganhar tudo e vimos a necessidade de mudar de divisão”, relembra aos risos.

A carreira como jogador do EID durou até 2011, quando Regis re-tornou ao país natal e começou a trabalhar com um amigo dele. Neste momento, porém, ele recebeu a pro-posta de assumir o comando do ex--clube irlandês e teve de fazer uma grande escolha na vida, que na opi-nião dele foi a correta. “Tive medo de largar tudo e arriscar, mas amo fute-bol e no fim, deu tudo certo”, avalia.

Na opinião dele, a vantagem de comandar o time é o fato de con-viver com o grupo há anos o que o permitiu manter a mesma filosofia e valores. “Somos de fato uma família dentro do futebol, o grupo se gosta muito e um ajuda o outro. Quando estamos juntos, esquecemos nossos problemas e fazemos o melhor possí-vel dentro de campo” conta animado.

O trabalho realizado atrás das linhas que limitam as dimensões do campo é importante para que o

grupo se desenvolva, ganhe padrão, sistema tático e motivação, mas com certeza o maior mérito do sucesso pode se atribuir a sintonia entre os jogadores, este quesito é fundamen-tal na opinião de Regis. “Futebol é encaixe, o ambiente e amizade tam-bém favorece, além é claro da hones-tidade”, avalia.

Com a estabilidade adquirida ao longo destes anos de trabalho e estudo, o professor – como muitas vezes é mencionado – é hoje uma referência para novos estudantes que desembarcam no país, uma fon-te de inspiração e confiança. “Acho que me veem como exemplo e pen-sam: se ele conseguiu, eu também posso conseguir”, conta o treinador que muitas vezes acha curiosa a re-ação das pessoas quando ele revela a profissão dele. “É um carinho gosto-so, elas [pessoas] ficam surpresas ao saberem que um brasileiro treina um time da Irlanda, acho que isso soa até como um incentivo”, comenta aos ri-sos.

Regis garante ainda que o verda-deiro segredo para se dar bem é bus-ca por qualificação. “Eu ainda quero fazer cursos para melhorar meu de-sempenho como técnico”, conta o brasileiro que ainda dá um conselho para os novos intercambistas. “Fazer o intercâmbio, é aprender um jei-to novo de viver, em si mesmo, um novo jeito de se conhecer”.

Futebol Irlandês

Apesar do convívio diário com imigrantes de toda a parte do mundo, a Irlanda não carre-

gou essa cultura para os gramados, como fizeram países como Inglater-ra e Espanha, que atualmente apre-sentam times competitivos e de alto nível. Para Regis, os irlandeses pos-suem excelente jogadores e estrutu-ra de preparo aos atletas, mas ainda falta abrir o mercado. “Eles precisam compor um elenco com jogadores de fora para aprender com os estrangei-ros e trocar experiências. Além disso, um futebol mais bonito atrai o públi-co, patrocinadores e a publicidade, gerando mais visibilidade para o es-porte no país”, enfatiza.

English in Dublin F.CEnglish in Dublin Football Club é um time formado por estudantes irlandeses e outros de diferentes países. São 25 jogadores mais 4 membros da comissão técnica, entre treinador, preparador físico, fisioterapeuta e diretor. Agora, neste segundo semestre, o clube disputa 6 campeonatos dentro da liga amadora do futebol irlandês. Para acompanhar a agenda de jogos e saber mais sobre o clube, acesse: www.englishindublinfc.com e facebook.com/englishindublinfc

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Page 10: NewsBrasil - Junho/2013

Por Aldy Coelho

O futebol, além de ser o espor-te preferido pelos brasileiros, também pode ser a razão

principal para uma reunião entre ami-gos, uma confraternização ou mesmo promover a integração entre dife-rentes grupos. Unindo todos estes objetivos, a Egali Intercâmbio reuniu seus agenciados para o primeiro Egali Championship, realizado no mês de junho, em Santry, Dublin 9.

Com dez times inscritos para a

competição, sendo dois times femi-ninos, o campeonato conseguiu mo-bilizar cerca de 60 atletas de cinco escolas diferentes, que animaram a quadra do Airways Industrial Esta-te. “Estamos atendendo um pedido antigo de nossos agenciados, que é o de realizar um grande encontro para trocar experiências. Esta foi a forma que encontramos para proporcioná--los um final de semana diferente”, disse Matheus Rocha, organizador

do evento.De acordo com Vagner Klumb, ge-

rente da Egali Intercâmbio, esta foi a maneira encontrada para realizar uma grande confraternização entre os intercambistas recém-chegados em Dublin: “Recebemos semanal-mente uma média de 30 estudantes brasileiros vindos pela nossa agência e a ideia principal foi justamente in-tegrar esses alunos, incentivando a prática desportiva entre os jovens”.

Futsal aproximaintercambistas

Apesar de ser uma compe-tição, todos os atletas sa-lientaram a importância da

interação entre os estudantes e o incentivo para a uma vida saudável. Para Matheus Pavanelli, estudante da International House: “Está sendo um domingo diferente, conhecendo pessoas novas, relembrando o Brasil e praticando nosso esporte preferi-do”.

Já Caroline Sachie Rebello, estu-dante da ECM e jogadora da equipe feminina, parabeniza a iniciativa da Egali: “É uma oportunidade bacana para interagir com pessoas diferen-tes, mas que estão vivendo as mes-mas experiências que eu, além de estarmos juntos praticando um es-porte”.

O grande vencedor da competição foi o time ‘Branco’, seguido do time ‘Rosa’ que conquistou o segundo lugar, e do time ‘Vermelho’ em ter-ceiro lugar. Todos os vencedores re-ceberam troféu, medalhas e viagens. Tiveram destaque Vinícius Dahmer, como o goleiro menos vazado e Na-than Stone como melhor artilheiro, com 4 gols marcados.

Para os organi-zadores, este foi o pontapé inicial para uma série de outros eventos visando a in-tegração entre seus alu-nos, “devido ao sucesso do evento, temos planos para que este campeona-to seja realizado perio-dicamente, com um time oficial que poderá repre-sentar a Egali em campe-onatos municipais e es-taduais, além de outras atrações voltadas para os estudantes brasilei-ros na Irlanda”, revela Vagner.

Interação é importante

Divulgação/Egali

10 Agosto 2013

Futsal

Page 11: NewsBrasil - Junho/2013

O músico Gustavo Santos, de 21 anos, deixou São Paulo há menos de um mês em busca

de desenvolvimento. “Eu já queria fa-zer um intercâmbio, e quando surgiu a oportunidade eu não pensei duas vezes, decidi que tinha que ser ago-ra”, afirma Gustavo relembrando a rapidez na tomada de decisão “Entre a decisão e o embarque foram três se-manas”, conta.

Gustavo, estudante da Irish Busi-ness School Dublin (http://irishbusi-nessschooldublin.com), revela que a opção da escola foi muito relevante para que ele escolhesse Dublin para morar. “Recebi indicação da IBSD pela minha agência, e a escola me surpreendeu pela estrutura ofereci-da, a qualidade do ensino e a dedica-

ção dos professores em sala de aula”, avalia e reforça “além de es-tudar inglês eu também queria ter contato com a cultura irlandesa, principalmente a música, que é foco do meu trabalho”.

Outro fator que influen-ciou muito na sua decisão foi a pretensão de futuramente cursar uma faculdade por aqui. “Eu estava terminando meu bacharelado em música e tranquei a faculdade para estudar inglês, mas descobri que eu posso terminar meu curso aqui, pois a universi-dade onde estudava é conve-niada com uma universidade irlandesa e ainda oferece bolsas de estudo para estrangeiros. Vou desen-

volver o meu inglês e aproveitar esta oportunidade”, ressalta Gustavo, confiante.

Ao som da música irlandesa

Gustavo Santos

A publicitária Juliana Rosa, de 26 anos, foi muito decidida quando resolveu fazer o seu

intercâmbio. “Pesquisei por um ano para ter realmente a certeza se era isso o que eu queria. Quando escolhi a cidade e decidi pela escola, em um mês eu já estava desembarcando em Dublin”, afirma.

E para escolher a Academic Brid-ge (http://www.abcollege.ie) Juliana também foi bem objetiva. “Eu mon-tei um questionário com 10 pergun-tas e enviei para cinco escolas dife-rentes. A escola que me respondeu de maneira mais pessoal e objetiva foi a Academic Bridge, esclarecendo todas as minhas dúvidas em portu-guês e me enviando novas informa-ções, acredito que fiz a escolha certa”, pontua.

Além de toda a assessoria ofere-cida pela escola, ela também destaca

como ponto positivo a diversificação dos professores, “São professores de diferentes nacionalidades, que nos ensinam coisas de uma forma dife-rente, mesmo se for o mesmo assun-to”. Não é à toa que sua evolução tem sido bem rápida. Há quatro meses morando e estudando em Dublin, a paulista já consegue perceber seu de-senvolvimento, “em dois meses meu listening evoluiu muito, é incrível como agora eu consigo entendê-los e me comunicar com facilidade”, ava-lia.

Como publicitária, Juliana rea-lizou alguns trabalhos voluntários e até já conseguiu um emprego na sua área, “fiz alguns trabalhos volun-tários e eles me deram visibilidade para que eu conseguisse meu traba-lho fixo, estou muito feliz, e agora o próximo passo é fazer mestrado em folkmarketing na Europa”.

Planejando o futuroJuliana Rosa

Divulgação/NB

Divulgação/NB

Do lado de cá

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Page 12: NewsBrasil - Junho/2013

Legados econômicos além de 2016

Considerando a situação única para o Brasil por hospedar dois dos maiores

eventos mundiais do esporte, po-demos imaginar a atividade econô-mica que isto irá gerar com todas as construções que precisam ser feitas e a reforma das atuais arenas e estádios com o objetivo de gerar turismo, e um aumento do inte-resse do investidor estrangeiro em todas as atividades que cercam os jogos. No entanto, há uma série de razões pelos quais os impactos eco-

nômicos no Brasil podem ser me-nos favoráveis do que o esperado.

Em primeiro lugar, o Brasil está planejando grandes investimen-tos em infra-estrutura como no-vas estradas, novos aeroportos e linha de metrô. No entanto, uma ruptura de imposto é concedida pelo governo federal para qualquer construção relacionadas aos even-tos, porém toda a atividade de ne-gócios gerada pela infra-estrutura construída para esses eventos não gerará qualquer receita para o go-

verno federal. Em segundo lugar, se os jogos

não fazem um lucro, geram perdas, e o déficit econômico será pago pe-los contribuintes brasileiros, e os três níveis de governo têm garantia do Comitê Olímpico Internacional para cobrir perdas potenciais. Fi-nalmente, megaeventos de espor-te são associados frequentemente com enormes perdas econômicas e os resultados são raramente tão fa-voráveis como previsto previamen-te em previsões econômicas.

Atual situação econômica do Brasil

Em tempos de recessão global, a progressão econômica no Brasil tem sido melhor do que

a média. Enquanto a recessão global enfraqueceu a Europa e os EUA, o Brasil conseguiu manter-se relativa-mente bem com a manutenção do crescimento durante a crise econô-mica. O Brasil ainda conseguiu com-binar crescimento econômico com a redução da pobreza e da desigual-dade – uma combinação notável em tempos de recessão global.

Durante a última década, a po-breza e a desigualdade diminuíram no Brasil e quase 12 milhões de ci-dadãos brasileiros foram tirados da pobreza absoluta (equivalente a uma queda de 11,2% para 3,8%). Com esta grande conquista, seria de se esperar que os políticos responsáveis iriam aproveitar-se da oportunidade

para usar o aumento da atividade econômica no Brasil como um gera-dor para retirar as pessoas da pobre-za. No entanto, aumento do cresci-mento econômico não é o suficiente para reduzir a pobreza, pois foi de-monstrado que o crescimento não ‘goteja’ para o mais pobre, e que isso terá que ser ativamente combatido por outras medidas, como por exem-plo a redução da desigualdade social, para ser eficaz.

Consideramos então que a hos-pedagem dos dois megaeventos des-portivos não são necessários, e que não tem qualquer impacto na redu-ção da pobreza no Brasil. Em primei-ro lugar, há a incerteza se estes mega eventos de esporte vão realmente levantar o aumento do crescimento econômico e, mesmo se for o caso, é pouco susceptível a melhora a re-

dução da pobreza no Brasil; a menos que a desigualdade seja abordada em paralelo, como tem acontecido até agora. O medo é de que aconteça o oposto, e que possa ocorrer maior desigualdade, dívida pública e forçar o despejo como o resultado.

Uma equação complexa entre riqueza econômica, desigualdade e bem-estar geral demonstram que, em uma sociedade com baixa de-sigualdade, que todos os cidadãos na sociedade estarão melhores em algum aspecto. Não apenas existi-rão menos pessoas pobres, como as pessoas pobres serão menos pobres. Assim como os homens mais ricos e a classe média estarão melhores economicamente em uma socieda-de menos desigual. Os mais ricos encontrarão-se vivendo em um am-biente mais seguro com menos cri-

Copa do Mundo no BrasilJogos Olímpicos e a

12 Agosto 2013

Artigo

Page 13: NewsBrasil - Junho/2013

UPP – Nada mudou realmente?

Um legado social desses mega-eventos já pode ser encontra-do entre algumas das favelas

do Rio de Janeiro. O bem conhecido programa de Unidade de Polícia Paci-ficadora (UPP) foi criado e implemen-tado no Rio de Janeiro pelo Secretá-rio de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame, como uma ambiciosa tentativa de aumentar a segurança na parte central do Rio de Janeiro e demonstrar ao mundo que o Brasil está fazendo algo sobre seus problemas criminais. Os objetivos das UPPs são recuperação de favelas controladas por traficantes de dro-gas. O programa UPP, por vezes, tem sido descrito na mídia internacional como “o fim do narcotráfico nas fa-velas do Rio de Janeiro”. No entan-

to, não é preciso muito para definir que a pacificação primária não visa acabar com o tráfico, mas retomar os territórios e reduzir a violência. E ainda está longe de todas as favelas serem alcançadas por este programa. O objetivo declarado do governo do Rio de Janeiro é instalar 40 UPPs até 2014. A maioria dessas favelas está alocada na Zona Sul e Zona Oeste, onde serão realizadas as Olimpíadas e é muito frequentada pelos turistas.

Os impactos da UPP têm de-monstrado que onde o programa foi implementado, os crimes violentos caíram drasticamente. A pacificação também tem levado a um crescente interesse de investidores estrangei-ros e um aumento nos preços da pro-priedade, que tem levado a alguns

casos em que o próprio residente não pode pagar para ficar em sua co-munidade. Uma pesquisa realizada entre os moradores em favelas pa-cificadas do Rio de Janeiro mostrou que houve uma redução no número de crimes violentos e mortes, e tam-bém que as pessoas se sentem mais livres para discutir previamente te-mas tabus como violência de rua e atividade ilegal de drogas. Mas muitos ainda temem que a presen-ça da UPP seja apenas temporária. É incerto quanto tempo UPP vai ficar instalada no lugar, uma vez que não existem até o momento planos con-cretos para além de 2016. O medo entre muitas residentes é de que o negócio retorne a situação anterior se a UPP for retirada.

Negócios como de costume?

Poucos ‘barões do tráfico’ fo-ram realmente capturados e a maioria dos criminosos es-

tavam fugindo de favelas antes da entrada da polícia para estabelecer uma presença permanente da UPP. A parte positiva é que anteriormente, quando a polícia tentava cercar uma favela de surpresa para prender e matar traficantes, tiroteios em gran-de escala decorreriam e moradores inocentes muitas vezes foram atin-gidos pelo fogo cruzado. No entan-

to, a falta de criminosos capturados levanta a questão se houve algum grande impactos da pacificação ou se a violência gerada pelo tráfico sim-plesmente foi movidos para novas áreas. É reconhecido que o tráfico de drogas não foi interrompido, mas continua com tudo sobre a cidade e que os criminosos migraram de par-tes do Rio com menos polícia e sem UPPs, como Niterói. Enquanto as favelas sob pacificação tenham visto melhorias, tem havido um aumento

da concentração de criminosos em outras partes do Rio de Janeiro que não têm a presença da UPP.

A pacificação de algumas partes do Rio de Janeiro é um exemplo de como os jogos podem fornecer lega-dos que afetam a sociedade, mesmo após o fim dos jogos. A esperança é de que os impactos positivos da pa-cificação permaneça no lugar para além de 2016, e que as coisas não se revertam ao controle por quadrilhas de traficantes.

minalidade e agitação social, e ainda terão um efeito sobre a saúde geral, que tendem a ser melhor em uma so-ciedade mais igualitária. Por isso iria beneficiar todos no Brasil se o au-mento da atividade econômica gera-do por estes mega eventos de espor-tes fossem usados para direcionar alguns meios para minimizar a desi-gualdade e ajudar a tirar mais pesso-as da pobreza. Não só para ajudar as pessoas que sofrem de pobreza, mas também para aumentar o bem-estar para os mais ricos e a classe média, que lhes permitem viver em um am-biente mais seguro.

No entanto, o aumento da ati-vidade econômica em seu próprio direito não terá impacto sobre a po-breza, a menos que seja diretamente o alvo. Se um país deseja extinguir a pobreza precisa ativamente tomar medidas para fazê-lo, o que o Brasil tem feito com sucesso pela execu-ção do programa de transferência de dinheiro Bolsa família e a imple-mentação do salário mínimo. Estas medidas têm ajudado a 12 milhões de brasileiros de extrema pobreza e também reduziu a taxa de desigual-dade (medida pelo coeficiente de Gini, a desigualdade no Brasil caiu de

0,59 em 2001 para 0,53 em 2007). Se o Brasil continuar a fazer este tipo de esforços direcionados para reduzir a pobreza e a desigualdade, os legados destes megaeventos de esportes poderiam fazer um impacto real positivo na sociedade. O medo é que a mega eventos de esportes vão ter um impacto bastante opos-to, sendo que pode causar o encargo econômico sobre os contribuintes se o crescimento econômico for gerado, que permanece entre os mais ricos e aumentar a desigualdade, que teria um impacto negativo sobre a socie-dade como um todo.

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Page 14: NewsBrasil - Junho/2013

Jornalistas de todo mundo se encontram em Dublin para definir diretrizes da profissão

Por Aldy Coelho

A cidade de Dublin, capital da Irlanda, foi sede no mês de junho do 28º Congresso

Mundial de Jornalistas, evento pro-movido pela Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) e organizado pelo Sindicato Nacional dos Jornalis-tas da Irlanda.

A Federação, que representa cerca de 600 mil jornalistas em 154 países do mundo, trouxe como foco princi-pal deste congresso o tema “Traba-lho Decente” reunindo delegados de entidade sindicais da Europa, África, Mundo Árabe, Ásia, América do Nor-te e América Latina para discutir as condições de trabalho dos jornalistas e definir um plano de ação para en-frentar os principais problemas da categoria.

Ao todo, o evento reuniu mais de 400 pessoas entre delegados, obser-vadores e palestrantes. A delegação brasileira esteve composta por sete

membros da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), entre eles José Augusto de Oliveira Camargo, presi-dente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo (SJSP), e Cel-so Schröeder, presidente da FENAJ e da Federação de Periodistas da Amé-rica Latina e do Caribe (FEPALC).

Durante os cinco dias, foram abordados assuntos acerca do tema como as legislações que regulamen-tam o trabalho de imprensa em di-versos países e projetos que busquem assegurar leis específicas de proteção ao trabalho decente, regulamenta-ções profissionais, salários, jornadas de trabalho e condições gerais como liberdade de imprensa e a segurança dos jornalistas. O evento foi marca-do também por uma acirrada disputa pela presidência da FIJ. Após a apu-ração Jim Boumelha foi reeleito com 191 votos.

Beth Costa, secretária-geral da

FIJ, acredita que o resultado final das discussões, propiciará aos líderes uma capacitação para enfrentar as crises, segmentadas em suas regiões, pois cada continente enfrenta uma realidade diferente. “Tentamos ela-borar um programa de trabalho, com moções particulares que servirão de base para o trabalho da Federação para os próximos três anos”, refor-çou.

Para Celso Schröder, presidente da FENAJ e FEPALC, e recém-eleito vice-presidente da FIJ, o congres-so foi importante não apenas pelos debates e resoluções, mas principal-mente pela busca da unicidade da categoria. "A eleição para a estrutura diretiva da Federação resultou numa composição equilibrada, com repre-sentação de todos os continentes e com o encaminhamento das lutas internacionais da categoria contem-plando a todos", disse.

Jornalistas se reúnem

em Dublin

Fotos: Aldy Coelho

14 Agosto 2013

Jornalismo

Page 15: NewsBrasil - Junho/2013

Presidente da Irlanda discursa na cerimônia de abertura do Congresso

Durante a abertura do 28º Con-gresso Mundial de Jornalis-tas, o presidente da Irlanda,

Michael D. Higgins, recebeu cerca de 300 jornalistas, delegados sindicais em seus países, no histórico Royal Hospital Kilmainham, em Dublin.

Na ocasião, o presidente discur-sou para os presentes e enfatizou a importância de uma imprensa livre para a sociedade democrática. Para Higgins, os desafios que os jornalis-tas enfrentam, incluindo a concen-tração da propriedade, a convergên-cia de tecnologias, a fragmentação das audiências, são elementos da al-teração das circunstâncias em que o jornalismo é praticado. “Os jornalis-tas que tentam investigar e fornecer

informações sobre corrupção políti-ca e empresarial muitas vezes pode ser prejudicados e intimidados por aqueles que têm interesses, inclusive com o uso de meios violentos, o que, se deferido, levaria a uma distorção perigosa ou até mesmo a falsificação de informações que não seria no in-teresse dos cidadãos e, obviamente, seria prejudicial para a sociedade em geral”.

E continuou, “o princípio da di-versidade e do pluralismo, que está no cerne dos meios de comunicação, devem ser protegidos se quisermos promover o livre fluxo de ideias e in-formações para fortalecer o exercício da liberdade de expressão em todo o mundo”.

Marcha da LiberdadeUm dos momentos mais marcantes do Congresso FIJ foi a "Marcha da Liberdade", quando os participantes caminharam pelas ruas de Dublin levando em suas mãos 408 cravos em alusão aos 408 profissionais de imprensa mortos no exercício de sua função nos últimos 3 anos. "Foi nossa saudação aos homens e mulheres que morreram por causa de sua profissão e a reafirmação de nosso compromisso com a defesa do jornalismo e dos jornalistas", disse a secretária geral da FIJ, a brasileira Beth Costa.

Fontes: www.fenaj.com.br e www.congress.ifj.org

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Page 16: NewsBrasil - Junho/2013

Reunião Espírita em Inglês reúne brasileiros em busca de conhecimento e networking

Por Denver Pelluchi

Quem passa pela Saint Kevin’s Church, em Dublin 8, pode encontrar ao lado desta Igre-

ja um reduto diferenciado de brazu-cas. Dentro de um Centro Comunitá-rio, que abre espaço para realização de cultos religiosos e culturais, um grupo de cerca de 30 pessoas se re-úne duas vezes por semana para se dedicar ao estudo do Espiritismo. O Spiritist Society of Ireland (SSI), como é denominado, tem como ob-jetivo trazer a prática e os benefícios da Doutrina Espírita para todos na-tivos e estrangeiros residentes na Irlanda. “Nós seguimos a linha do Kardecismo, abordando o espiritis-mo pelo lado filosófico e científico,

oferecendo ao participante uma ma-neira de melhorar sua vida, através da mudança moral”, explica o coor-denador Stevan Bertozzo, 36. Há 5 anos na Irlanda, o brasileiro conta que a SSI já existia quando chegou ao país - em busca de uma nova experi-ência profissional -, mas que o grupo foi reativado e os encontros iniciais passaram a acontecer dentro da casa dele e dos demais membros, antes de se firmar.

Atualmente, as reuniões acon-tecem aos domingos e terças-feiras - com duração de uma hora e meia - e são intermediadas por cinco pa-lestrantes, que se revezam a cada en-contro. No primeiro é escolhido um

tema que é discutido de uma forma mais superficial e no outro dia da se-mana, é um estudo mais aprofunda-do das obras básicas de Allan Kardec, onde a parte religiosa, muitas vezes, precisa ser mencionada. Segundo Bertozzo, essa tarefa não é muito fá-cil e requer um cuidado maior porque os irlandeses não têm a mesma com-preensão da palavra fé, como têm os brasileiros. “Aos poucos, nós fomos aprendendo a passar uma mensagem de uma maneira diferente, evitando focar o lado religioso e aproximar à realidade e a cultura deles [euro-peus]. Porque já tivemos casos em que ao falar de Deus, muitos levanta-ram e saíram da sala”, revela.

Culto Espírita comaBORDAGEM CIENTÍFICA

Gelson Pereira

16 Agosto 2013

Espiritismo

Page 17: NewsBrasil - Junho/2013

Novo Idioma

Embora organizado por bra-sileiros, um dos povos mais adeptos à religião, o encontro

é aberto a todos e, por isso mesmo, todo o estudo é conduzido na língua inglesa. “Primeiro porque essa é a língua oficial do país e também por-que, além dos participantes, nós aju-damos os irmãos desencarnados que estão à procura de um auxílio e escla-recimento”, ressalta Bertozzo.

Para o intercambista de primeira viagem, porém, essa pode ser a prin-cipal barreira inicial, por não estar familiarizado com outro idioma. O coordenador espírita reconhece, mas garante que os estudantes acabam

assimilando as informações e, de certa forma, praticando o inglês. “No começo, a pessoa vai entender 30% da reunião, mas este pouco que ela absorve é o suficiente para o que ela precisa naquele momento, e através de outros meios também ela conse-gue entender a mensagem, que é o mais importante”, avalia.

Além de cuidar do lado espiritual, conta Bertozzo, o encontro propor-ciona muitos benefícios aos estu-dantes brasileiros, que muitas vezes são o público dominante. “Esse con-vívio é vantajoso porque eles trocam experiência e fazem o networking. Geralmente são pessoas que estão

na mesma sintonia e passando pelas mesmas dificuldades de morar fora do seu país”.

A fotógrafa Neide Mota, 32, que participou pela primeira vez do en-contro, conta que se sente muito bem e ficou feliz ao descobrir um lugar para dar continuidade aos seus estu-dos. Para ela, o local atrai brasileiros justamente porque é onde também há troca de informação e ajuda. “Aqui é excelente porque você se sente mais em casa, a troca de ideia e de experi-ência é mais direta e você acaba tra-zendo amigo, flatmate. Também me surpreendeu bastante o número de pessoas de outros países”, avalia.

Auxílio ao Intercambista

A SSI auxilia os intercambis-tas que estão enfrentando dificuldades e tentando se

adequar às novas rotinas e respon-sabilidades. Pelo serviço Assistência Fraterna, que também acontece às terças-feiras, o estudante pode con-versar e expor seus problemas, em troca ele recebe apoio através da filo-sofia espírita, além de esclarecimen-

tos para tomar a decisão que melhor convier.

A Spiritist Society of Ireland se-gue a cartilha da Sociedade Espírita Internacional e não trabalha com reuniões mediúnicas. Pessoas que desejam criar outros grupos de estu-do, porém, podem solicitar o auxílio da SSI que dará a assistência neces-sária.

Lantern Centre - 17 Synge Street, Dublin 8

Terças-feiras, às 19h Domingos, às 11h

Mais informações: http://www.freewebs.com/spiritismireland/

Serviço

médium brasileiro esteve em Dublin

Uma das figuras mais represen-tativas do espiritismo na atu-alidade, o palestrante espírita

e médium brasileiro Divaldo Franco esteve em Dublin no mês de junho para palestrar sobre as bênçãos e os desafios da mediunidade.

Após excursionar por 16 países europeus e 26 cidades diferentes, Di-valdo Franco, aos 85 anos, continua sua obra de divulgação do espiritis-mo pelo mundo todo, realizando se-minários e conferências sobre diver-sos assuntos da temática espírita.

Em Dublin, Divaldo encerrou sua passagem pela Europa e discursou para mais de duzentas pessoas no salão de conferências do Bewley’s Hotel, com público formado em sua maioria por jovens que estavam em busca de esclarecimentos sobre o tema e a vida.

Tendo como mestre o ilustre Chi-co Xavier, em toda sua trajetória, Franco já psicografou mais de 200 obras e os livros vendidos já alcança-ram mais de sete milhões de exem-plares, dos quais 104 títulos já foram traduzidos para 16 idiomas. Com a

venda destas obras são mantidos o centro espírita e todas as obras so-ciais, entre elas a Mansão do Cami-nho, um complexo educacional e assistencial, onde são atendidas três mil crianças e jovens de famílias de baixa renda de Salvador, Bahia.

Massafelli Photography

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Page 18: NewsBrasil - Junho/2013

Quase todo mundo que vive no ex-terior por um período longo sente um choque cultural. Este é um dos problemas mais comuns com estu-dantes de intercambio e expatria-dos. Porém, muitas pessoas que

nunca passaram por esta expe-riencia tem uma visão român-

tica da vida no exterior.

Choque cultural não é apenas uma falta de adaptação, falta de resiliência ou algum pro-

blema relacionado a personalidade, tampouco depende do nível de in-teligência, educação, raça ou tipo de trabalho. A pessoa que sofre dos sin-tomas não é fraca ou incapaz. Nin-guém está imune ao choque cultural, mesmo depois de várias experiências internacionais.

O choque cultural é resultado do estresse e sobrecarga, causado por vários incidentes, muitos são tão sutis que dificilmente notamos e muitos são tão significativos que nos sentimentos seriamente ameaçados.

Para conseguirmos interagir no mundo dependemos de nossa habi-lidade de compreender centenas de sinais e responder de acordo com inúmeras regras explícitas e implíci-tas. Muitas tarefas que fazemos são automáticas e requerem pouco es-

forço. Quando vivemos no exterior ocorre o contrário. Simples tarefas se tornam mais difíceis pois tudo é diferente do que estamos acostuma-dos, sentimentos falta da rotina e das coisas mais simples. Tudo é fei-to de modo diferente, não consegui-mos nos comunicar o que queremos de forma efetiva e frequentemente sofremos de ansiedade porque não sabemos como nos comportar, ou nossas ações e palavras não recebem a resposta esperada e por outro lado não entendemos as mensagens que recebemos.

Os sinais são diferentes do quais estamos acostumados. Nos confron-tamos com novos valores, novos mo-dos de pensar e fazer as coisas. Nosso senso comum ou lógica não se aplica na cultura local. Ansiedade se torna um estado permanente. É a sensação de estar passando por um exame 24 horas por dia.

Os sintomas do choque cultural> Tristeza/ depressão > Ansiedade> Irritação/ Stress> Conflitos de relacionamento> Sentimento de solidão e aborrecimento> Hostilidade com as pessoas nativas> Compulsão por comida e bebidas > Cansaço físico e mental> Propensão para ficar fisicamente doente> Diminuição na performance nos estudos e trabalho

Por Silvana Sapyras Byrne

Silvana Sapyras Byrne é Psicóloga Intercultural, Membro da Sociedade de Psicologia da Irlanda, M6280R e Conselho Regional de Psicologia do Brasil. CRP: 60529. Atendimento psicoterapeutico presencial em Dublin e por Skype para clientes residentes em outras localidades. E-mail: [email protected]: 0863429003

Choque culturalComo se adaptar

Divulgação/NB

18 Agosto 2013

Comportamento

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O paulista Rodrigo Pereto de-sembarcou na Irlanda há um mês com a esposa Camila e

a cada dia vem descobrindo coisas novas por aqui. “Valeu a pena ter dei-xado tudo no Brasil para realizarmos o nosso sonho”, confessa. Para ele, a qualidade de vida em Dublin supera e muito a cidade onde vivia antes, “aqui podemos fazer caminhadas diárias, pois a cidade oferece mui-tos parques, sem falar na sensação de segurança que temos aqui”, avalia Rodrigo.

Outra coisa que tem surpreendi-do Rodrigo é a qualidade de ensino da escola que escolheu para desen-volver o inglês. Desde que iniciou os estudos, junto com a esposa, na Aca-demic Bridge (http://www.abcollege.ie) o que mais lhe chamou a atenção foi o suporte oferecido pela escola. “A escola nos ofereceu uma apostila com todas as informações necessá-rias sobre obtenção de documentos, agências de emprego, mapas, dicas gerais, entre outras informações que são importantes para quem acaba de chegar. Até hoje sempre que preciso

Realizando sonhosRodrigo Pereto

recorro a esta apostila. Sem falar na qualidade dos professores, que são de primeira linha”, ressalta Rodrigo.

Ele conta ainda que, curiosamen-te, encontrou antigos amigos que também optaram por Dublin para aprender inglês. “Aconteceu de es-tar andando na rua e reencontrar amigos brasileiros, de infância, que vieram estudar em inglês aqui muito antes de mim. São pessoas que não via há mais de dez anos, e fui encon-trar justamente aqui e isso me deixa feliz, pois são grandes amigos e o destino tratou de nos reaproximar”, finaliza.

Em busca de mudan-ça total, a paulista Ana Claudia Nasci-

mento, de 28 anos, virou a mesa e cruzou o oceano em busca de seu sonho. “Minha vida estava muito estabilizada, e ao mesmo tempo eu necessitava de uma motivação para mi-nha vida profissional. Foi quando resolvi deixar meu emprego em uma multina-cional e estudar inglês em Dublin.”

Há dois meses, reve-la que tem se encantado pela cidade e pelas no-vas descobertas, “agora

consigo fazer coisas que em São Paulo não fazia por falta de tempo, como por exemplo, como caminhar 40 minutos para chegar à escola”, enfatiza Ana, “minha vida mudou muito em pouco tempo e estou aprendendo a dar valor a estas pe-quenas coisas que fazem tanta dife-rença no meu dia-a-dia”.

Na Irish Business School Dublin (http://irishbusinessschooldublin.com), Ana tem se esforçado em aprender a língua inglesa e dá os créditos para a qualidade do ensi-no, “esta é uma escola que ouve os alunos e atende suas solicitações, e isso é essencial para que a gente tenha segurança no aprendizado”, pontua Ana Claudia.

Deixando a rotina para trásAna Claudia Nascimento

Divulgação/NB

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NB

Do lado de cá

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Por Marcos Bonfim

Entre as inúmeras questões que surgem na cabeça de futuros intercambistas, uma delas é

‘morar apenas com estrangeiros ou com brasileiros’? Na balança há ele-mentos culturais, hábitos, e claro, a língua que se quer aprender. Alguns entrevistados pela Revista NewsBra-zil/Yeah!Brasil já saíram do solo bra-sileiro decididos: morar com gringos e sem medo de novidades.

“Cheguei a Dublin decidida a en-contrar um apartamento sem bra-sileiros. Queria falar o mínimo de português possível, já que vim prin-cipalmente para melhorar o meu in-glês. Sempre tem um medinho das diferenças culturais, mas acho que quem vem para um intercâmbio quer mais é novidade, né?”, indaga a inter-cambista Bruna Dalmaso Junqueira, que dividiu o quarto por três meses com uma espanhola que acaba de re-tornar ao seu país e foi substituída por uma brasileira. O apartamento é compartilhado ainda com uma vene-zuelana.

“Com certeza dividir a casa só com estrangeiros está me ajudando bastante com o inglês”, diz Rafael Carvalho, que mora com dois me-xicanos e um francês. Lucas Silva e Souza, que morou em Dublin por 8 meses e dividiu uma casa com mais cinco pessoas, dentre eles um casal de franceses e três brasileiros, tam-bém concorda sobre o peso de morar com estrangeiros no desenvolvimen-to do inglês. “Você melhora e muito a língua quando você mora com um gringo. Essa é a melhor vantagem”. Bruna exemplifica: “Comecei a notar que a gente se força para exercitar o inglês em coisinhas do cotidiano, por exemplo, como eu vou saber cadê o liquidificador se nem sei falar isso em inglês?”.

Se para o inglês a experiência é positiva, às vezes sente-se a falta de um pouco do bem conhecido portu-guês – mesmo com a presença mas-siva de brasileiros em Dublin. “Sabe quando dizem que tu sabes qual é a tua língua de verdade quando tu estás em perigo? Eu não vou pedir help, vou pedir socorro! E em coisas cotidianas, tipo desentendimentos - que são naturais - o que a gente quer mesmo, é poder se expressar perfeitamente (pra não ser mal in-terpretado, principalmente). Enfim, nessas horas, bate uma loucura pelo português, pelos brasileiros”, brinca a gaúcha Bruna.

Além da vantagem na língua in-glesa, morar com pessoas de outras nacionalidades é um exercício coti-diano de viver e aprender sobre a cul-tura da pessoa com quem se divide o apartamento ou mesmo o quarto, como palavras, comidas, músicas e histórias – incluindo os famosos palavrões, um dos elementos “es-senciais” durante o intercâmbio. “A gente começa a dividir uma casa, faz refeições juntos, compara a comida, compara o jeito de fazer. Fala da fa-mília, fala da rotina. Pode ser tudo muito parecido, mas também muito diferente”, conta Bruna.

Morar com gringosou brasileiros?

Fotos: Divulgação/NB

20 Agosto 2013

Intercâmbio

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Hábitos

Do lado oposto, um dos pon-tos mais sensíveis quando se pensa em morar com grin-

gos são os hábitos, principalmente a higiene. Para brasileiros que divi-dem apartamento com estrangei-ros, questões sobre esse assunto são comuns, e aqui a troca nem sempre será positiva, algo a depender das forças do universo.

Para Lucas, embora julgue a ex-periência de morar com uma deter-minada nacionalidade “ótima no sentido de conhecimento sobre ou-tra cultura”, os resultados não foram tão positivos. “Tivemos alguns pro-blemas. Na minha casa, creio que a questão de higiene e de educação, no caso de fumar dentro de casa, eram as piores diferenças. E na divisão de tarefas, porque quando era a vez de-les, eles sempre faziam de qualquer jeito e sem muita higiene”, revela. Rafael Silveira também enfrenta pro-blemas com a limpeza em sua casa: “Com certeza a pior coisa é a bagun-ça e a sujeira. É complicado. Em casa não temos nenhuma tabela como já vi em algumas casas, cada um limpa quando acha necessário, mas de vez em sempre eles não estão nem aí, en-tão acaba sobrando pra mim”.

Na casa da Bruna a limpeza pas-sa por outro processo e, segundo ela, sem problemas. “É tudo bem dividi-do. Eu gosto do sistema. Toda sema-na uma fica responsável pela limpeza da casa toda (tirar o pó, aspirar, etc). E as coisas diárias, tipo limpeza das louças, são imediatas - quem usa, limpa. Fica tudo sempre arrumadi-nho e pra gente funciona”.

Apesar das pedras no meio do ca-minho, os nossos entrevistados são unânimes ao defender dividir casa com estrangeiros. “Eu aconselho to-dos a morarem com gringos, você vai

aprender muito sobre uma cultura diferente e aprender o inglês bem mais rápido. Os problemas gerados, na sua maioria, são questões de co-tidiano, mas se colocar em uma ba-lança vale muito a pena morar com eles”, afirma Lucas. “Quem vem para um intercâmbio tem que vir buscan-do novidades. É para meter a cara, mesmo. Para se inserir num ambien-te que te force a exercitar uma nova língua, uma nova experiência, acho muito válido dividir casa com estran-geiros e, melhor ainda, achar um tra-balho por aqui”, finaliza Bruna.

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Page 22: NewsBrasil - Junho/2013

Mala barata eNa modaUma das maiores dúvidas de quem decide fazer um intercâmbio, é o que levar na mala. Independente da duração da viagem, é importante lembrar que cada um tem um estilo diferente, mas preparar uma mala funcional é essencial para ganhar espaço e economizar dinheiro antes do embarque.

Por Cintia Tanno

Realizar o sonho de fazer inter-câmbio está ficando cada vez mais fácil para muitos brasi-

leiros, mas depois de resolver toda a parte burocrática da viagem, a dú-vida mais comum para aqueles que decidem passar um ano fora do país se resume em o que levar na mala.

É importante lembrar na hora de fazer as malas, que em boa parte dos vôos internacionais, só é possível despachar duas malas de 32 quilos cada, e assim será quando você deci-dir voltar para o Brasil. Não é difícil encontrar intercambistas sofrendo

para fechar as malas no fim do pro-grama estudantil, por conta das inú-meras compras feitas no exterior.

Convertendo valores, na maioria das vezes, comprar roupas e sapatos fora do país é sim mais barato e isso deve ser levado em consideração na hora de se preparar para a viagem. Para aqueles que amam as novida-des no mundo da moda, a Europa é um ótimo lugar para fazer com-pras inteligentes, seguir tendências e voltar para casa com um guarda--roupa renovado e cheio de novida-des.

Com as semanas de moda mais importantes do’ mun-do acontecendo em Londres,

Paris, Milão, encontrar tendências das passarelas nas vitrines das lojas semanas depois dos eventos não é um caso raro. Se inspirar instanta-neamente nas grandes marcas não é um problema para quem está pas-sando uma temporada na Europa. Os lançamentos das grandes grifes servem de inspiração para lojas de “fast fashion”, que em tradução livre, são lojas de moda rápida, e não é ne-cessário desembolsar muito dinheiro para comprar uma peça desejo, que no Brasil demoraria mais tempo para chegar e provavelmente custaria muito mais caro.

Este é um dos motivos pelos quais muitos intercambistas conseguem ousar mais na hora de se vestir uma vez que estão morando fora. Peças que podem sair de moda tão rápido quanto viraram tendência, podem

custar cerca de dez Euros, dei-xando assim o medo de ousar

mais e gastar muito ficarem para trás.

Peças básicas conse-guem ser ainda mais ba-ratas e acessíveis. Das mais variadas cores, modelos e qualidade, camisetas em geral, ca-misas e jeans, são peças tentadoras para quem está procurando roupas

que se adaptam a muitas ocasiões. Meias, pijamas, meias-calças são produ-tos baratos e que também podem ser comprados no exterior com mais faci-lidade. Meias térmicas para o inverno, por

exemplo, podem ser encontradas a partir

de três Euros.

Novidades chegam primeiro

Fotos: Divulgação/NB

22 Agosto 2013

Moda

Page 23: NewsBrasil - Junho/2013

Outro detalhe importante é como se preparar para o in-verno. Se você já possui ca-

sacos pesados, que possam ser uma ajuda no começo do intercâmbio, são muito bem vindos na mala, mas não mais do que dois. Caso contrário, é melhor deixar para comprar boa par-te das coisas assim que você chegar no exterior. Roupas brasileiras não são produzidas para aguentar o frio e o vento daqui. É melhor investir em um bom e único casaco que aguente as temperaturas negativas, do que andar com muitas e incômodas ca-madas de roupas todos os dias.

Como a maior parte dos lugares tem calefação, vai ser muito mais prático usar roupas mais leves por

baixo de um casaco que segure a temperatura do corpo. Tirar várias peças de roupas todas as vezes que entrar em um ônibus ou em qualquer ambiente com aquecimento pode ser desconfortável. Um bom exem-plo de casacos para o inverno, são os de pena de ganso. Encontrados nos mais variados estilos, é um ótimo investimento para quem decide ficar um ano em um país que raramente tem um verão longo e intenso.

Prepare sua mala com cautela e pense em tudo que também possa ser comprado fora do Brasil. Não deixe para trás peças favoritas, sapa-tos confortáveis e as famosas calças jeans brasileiras. Uma das maiores reclamações das meninas são em re-

lação aos modelos das calças no exte-rior. Botas de couro ou tênis com um solado mais grosso são muito bem vindos para aqueles que vão enfren-tar o inverno europeu.

Ler a etiqueta das roupas antes de comprar também é uma boa dica para compras inteligentes. Uma blu-sa que tenha uma porcentagem míni-ma de 20% de lã vai esquentar muito mais do que usar três blusas feitas de produtos sintéticos. O mesmo vale para casacos, meias, gorros, luvas e cachecóis. É possível preparar uma mala funcional, básica, com peças fa-voritas e sem esquecer do essencial. Pense nas compras inteligentes, elas vão ajudar a não carregar mais do que o necessário.

Para o inverno não surpreender

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Page 24: NewsBrasil - Junho/2013

Escondida por cânions e grandes montanhas que criam de longe uma paisagem que mescla tons de areia, amarelo e rosa, Petra com certeza é um dos principais roteiros para quem quer conhecer um pouco do Oriente Médio e sem dúvida nenhuma o maior tesouro da Jordânia.

Por Cintia Tanno

Com deslumbrantes fachadas cravadas nas paredes rocho-sas de um lugar que parece

ter sido esquecido pelo tempo, uma das sete maravilhas do mundo, Petra tira o fôlego de qualquer um que de-cide visitar a Cidade Perdida.

Localizada no que é hoje o sudo-este do Reino Hachemita da Jordâ-nia, a cidade já foi um ponto estraté-gico para o comércio. Os Nabateus, uma tribo árabe nômade que se fixou na região, foram os responsáveis pela prosperidade de Petra. Ali construí-ram magistralmente imponentes templos e tumbas, rede de cisternas que cortavam a cidade, represas, ca-nais e até teatros com capacidade para três mil pessoas. O império Na-bateu reinou como centro comercial entre os anos 400 a.C. e 106 d.C. sen-do a principal rota de caravanas que transportavam especiarias, seda, in-censo e mirra pelo Oriente Médio. A importância do comércio começou a diminuir, quando Roma tomou posse

da cidade e as rotas marítimas come-çaram a aumentar consideravelmen-te.

Por volta do ano 700, Petra caiu no esquecimento e começou a ser chamada de “cidade perdida”, onde apenas os beduínos locais sabiam sua exata localização e assim a guar-daram até 1812. No mesmo ano, um explorador suíço conseguiu redesco-brir a cidade, se disfarçando de be-duíno e fazendo o mesmo caminho que hoje, todos os turistas fazem até chegarem em uma das principais atrações de Petra, o Tesouro.

Petra está localizada a cerca de três horas da capital Amã e deveria ser destino obrigatório mesmo para quem está viajando por países vizi-nhos como Israel e Egito. Há várias maneiras de atravessar a fronteira entre países, tanto de ônibus ou car-ro para os turistas independentes ou comprando pacotes de turismo, ven-didos tanto em Israel como no Egito. Para brasileiros, o visto de entrada

é concedido na fronteira e custa 20 Dinares Jordanianos, cerca de 21 Eu-ros.

Uma vez no país, as paisagens surpreendentes vão encher os olhos de quem está conhecendo pela pri-meira vez a região. Passeios de car-ro 4x4 pelo deserto de Wadi Rum encantam turistas do mundo todo e um jantar ou até mesmo se hospedar em acampamentos beduínos fazem toda a diferença durante a viagem. Totalmente equipados com tendas confortáveis, banheiros e cozinha o acampamento é uma opção confor-tável e segura, mesmo para aqueles que num primeiro momento tendem a desconfiar de tanta hospitalidade. Geralmente depois do jantar, os be-duínos se juntam para cantar ou con-tar histórias em volta da fogueira, oferecendo o tradicional chá jorda-niano. Pelo menos uma noite em um dos inúmeros acampamentos de be-duínos deveria ser uma experiência obrigatória para todos os turistas.

Jordânia: segredose bELEZAS NATURAIS

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24 Agosto 2013

Turismo

Page 25: NewsBrasil - Junho/2013

Para entrar no complexo de Pe-tra e finalmente conhecer e explorar a cidade perdida, não

custa muito barato, cerca de 50 euros por pessoa, mas cada centavo inves-tido é válido para tamanha experi-ência. Roupas confortáveis, um bom tênis e muita água são extremamen-te necessários para quem vai passar o dia caminhando entre as paredes rochosas ou enfrentando muitos de-graus e escaladas para conseguir che-gar em lugares onde a vista é de tirar o fôlego.

Para conseguir ver com calma tudo que Petra tem para mostrar, é necessário pelo menos dois dias de muita caminhada pelos 5,2 quilô-metros quadrados da cidade antiga. Além de ser gigantesca, muitos locais são imperdíveis e de difícil acesso. Há quem se arrisque em conhecer a

cidade a cavalo, burro e carroças, to-dos oferecidos por beduínos que vi-vem do turismo na região, mas nada como caminhar e fazer tudo com tranquilidade e ao seu tempo.

O passeio começa por uma grande área com paisagem lunar. Ali os pri-meiros beduínos vão fazer contato, oferecer passeios e serviço de guia turístico. Sempre muito simpáticos e amigáveis, sem serem incansavel-mente irritantes, como na maioria dos países árabes, encantam os tu-ristas com os olhos contornados pelo kajal, lápis preto que todos os ho-mens usam, segundo eles para prote-ger os olhos da poeira e do Sol.

A paisagem começa a ficar ainda mais impressionante quando as tri-lhas começam a entrar pelo Siq, um sinuoso desfiladeiro, com paredes de até 200 metros de altura. Ali é pos-

sível observar a incrível mudança de cores das paredes conforme a luz do Sol. Do salmão ao vermelho, as for-mações rochosas são um espetáculo da natureza.

Depois de percorrer cerca de um quilômetro pelo Siq, a atração mais conhecida de Petra aparece grandio-samente entre as rochas e da lugar para mais admiração. O Al-Khazneh, mais conhecido como O Tesouro, en-canta com seus 30 metros de largura e 43 metros de altura. Esculpido na rocha rosada, impressiona pelos de-talhes e sem dúvida é um dos maio-res tesouros de Petra. Foi construído para ser o túmulo de um importante rei nabateu. Tanto os caminhos do Siq, quanto o Tesouro, foram cená-rio de uma das cenas mais clássicas do filme “Indiana Jones e a Última Cruzada”.

Passeio exige muita caminhada

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Continuando a caminhada pelas ruas de Petra, tumbas mais simples, igrejas, teatros

e placas apontando diferentes mira-douros no topo das rochas são pon-tos de parada para os turístas que ainda estão em busca da foto perfeita ou ainda têm fôlego para encarar su-bidas íngrimes entre as pedras.

Para os que querem chegar até a pedra do sacrifício, onde mais uma vez a natureza se faz presente com paisagens fantásticas do deserto, é necessário enfrentar mais 800 de-graus até o outro extremo da cidade. Lá não só belas paisagens naturais são estrelas, mas também o famo-so Monastério. Um impressionante templo esculpido em um paredão de cor amarelada, faz valer cada pas-so dado durante o dia e ali recebe a contemplação de todos os turistas que decidem sentar,descansar e se encantar com o uma das maravilhas da natureza e do homem.

Nas principais ruas de Petra, é possível encontrar banheiros ex-tremamente bem cuidados, muitas lojas de souvenirs, restaurantes e pequenas tendas onde beduínos ven-dem sucos, refrigerantes, água e ali sentam com você, contam sua histó-ria de vida e não perdem a chance de mostrar quão bom é morar em Petra. Não se cansam de repetir quantos tu-ristas nunca mais deixaram a cidade e assim quase sem perceber o você vai embora completamente apaixo-nado pelo lugar que um dia ja foi a “cidade perdida”.

800 degraus

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Cintia TannoCint

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Intercâmbio legal

A Revista Yeah!Brasil e NewsBrazil estão, desde a edição passada, apre-sentando esta coluna na qual infor-mamos os leitores de como fazer um

intercâmbio dentro da legalidade. Em conjunto com a coluna, a Revista oferece dicas em víde-os apresentados por mim e que você poderá acessar pelo site da Revista NewsBrazil (www.revistanewsbrazil.com) assim como pelo nos-so canal no Youtube www.youtube.com/user/NewsBrazilRevista.

Na edição passada informamos sobre os procedimentos para você retirar seu passapor-te, e nesta edição estaremos lhe ajudando a pla-nejar seu intercâmbio, iniciando pela escolha da Escola de Inglês.

Para quem está querendo fazer intercâmbio, sem o risco de se decepcionar, é muito impor-tante seguir a regra dos 3Ps, ou seja, Planejar, Pesquisar e Pechinchar. Primeiramente é neces-sário esclarecer que o planejamento é a parte mais importante, e você terá que anotar todos os gastos que terá e poderá fazer, sendo eles o curso, a passagem, a alimentação, acomodação, documentação, presentes, festas entre outros.

Há de salientar ainda que o custo no primei-ro mês em território irlandês fica em torno de 1 mil Euros, sem acrescentar o depósito obrigató-rio de 3 mil Euros. Em seguida anote em letras maiúsculas o quanto de dinheiro você possui ou o quanto está disposto gastar no seu intercâm-bio (lembrando que a moeda na Irlanda é o Euro e que a cotação a ser acompanhada é do Euro Turismo). A partir deste ponto avalie qual ní-vel de inglês você se enquadra. Somente, então, você poderá ir para segunda regra: pesquisa de escolas.

Quanto às escolas vocês devem permanecer atentos no quesito custo-benefício, pois há es-

colas que oferecem um preço convidativo, po-rém, muitas vezes, elas não estão habilitadas ou capacitadas para lhe oferecer o curso que você procura, portanto consulte o site http://www.acels.ie/ e confira se a escola que está em seu projeto está regularmente aprovada.

Avalie também a estrutura física da escola e localização, carga horária dos cursos, se há ati-vidades extracurriculares, se os materiais didá-ticos estão incluso etc. Esses dados são muito importantes serem levantados antes de se fe-char um pacote de intercâmbio, tendo em vista que depois de pago você terá que frequentar o curso mesmo não gostando, ou então voltar ao Brasil e buscar o ressarcimento de uma forma litigiosa, que é o caminho mais longo e custoso, tendo em vista que as escolas não possuem Em-presa Registrada no Brasil.

A terceira regra é sempre pechinchar preços, pois as agências e escolas podem lhe oferecer um ótimo desconto para você contratar o servi-ço. Esta última regra é muito importante, pois cada Euro economizado lhe ajudará em sua es-tada em território Irlandês.

Realizado todos esses procedimentos, agora sim você está apto em contratar uma escola ade-quada às suas necessidades, bem como àquela que cabe no seu bolso sem te decepcionar.

Portanto, planeje, pesquise e pechinche, uma vez que o sonho de estudar fora do Brasil não é impossível, mas se não seguirmos essas regras pode se tornar um pesadelo. Lembrando que na próxima edição estaremos dando con-tinuidade nas nossas dicas e o assunto será a possibilidade de se cursar Universidade na Ir-landa e se você não quer esperar ou tem outras dúvidas envie um e-mail para nossa coluna que lhe enviaremos as respostas.

Bom Planejamento e até a próxima.

Dr. Fábio Teberga (advogado brasileiro desde 2008, pós-graduado em Direito Empresarial e Trabalhista). Se você tem alguma dúvida ou sugestão, entre em contato pelo nosso e-mail [email protected] . Será um prazer esclarecer a sua dúvida!

Por Fábio Teberga

Hora do planejamento - 3 P’s

Page 28: NewsBrasil - Junho/2013

Passeios monitorados e gratuitos pelos principais pontos turísticos proporcionam uma boa ideia da capital irlandesa

Por Letícia Martins

Para conhecer o melhor de Du-blin não tem outro jeito senão sair a campo e explorar, ao vivo

e a cores, o que a cidade tem a ofere-cer. Uma opção bastante enriquece-dora é fazer um city tour a pé com grupos organizados por agências ou escolas. As vantagens são muitas; a começar pelo preço, já que algumas empresas oferecem excursões grátis diariamente e sem burocracia: basta chegar no ponto de encontro quinze

minutos antes do horário de partida.Dinâmicos e descontraídos, os

passeios a pé são uma excelente opor-tunidade para aqueles que acabaram de desembarcar em Dublin e querem fazer um reconhecimento do terreno ou para quem está só de passagem pela capital e precisa otimizar o tem-po. É o caso do brasileiro Estevão dos Santos Gedraite, que mora na Alema-nha e aproveita os finais de semana para viajar. “A primeira vez que eu

fiz um tour de graça foi na Alemanha e gostei muito, pois normalmente os guias são bons e passam a infor-mação de forma teatral e divertida”, comenta o estudante, que já parti-cipou dos passeios promovidos pela agência Sandemans New Europe em outras cidades, como Londres e Bu-dapeste. A empresa promove o free tour em 18 cidades, entre elas Bru-xelas, Edimburgo, Jerusalém, Lisboa e Paris.

Walking Tourem Dublin

Fotos: Letícia Martins

28 Agosto 2013

Dublin

Page 29: NewsBrasil - Junho/2013

Pubs, música, parques e muita história

Guias preparados

Após uma hora e meia de ca-minhada, é feito um inter-valo de quinze minutos na

badalada região do Temple Bar, onde se concentram os tradicionais pubs e restaurantes irlandeses. Antes da pausa, porém, o guia mostra algumas curiosidades do lugar, como a calçada onde a banda de rock U2 se apresen-tava antes da fama. De bandeja, ele

ainda dá dicas de lugares mais em conta para degustar uma cerveja, ou-vir músicas típicas ou comprar lem-brancinhas da Ilha Esmeralda.

O passeio termina em um dos vários parques da cidade, o St. Stephen’s Green, não sem antes o guia explicar o que há por trás de um importante monumento: o memo-rial da fome, que simboliza um dos

períodos mais trágicos da história da Irlanda (1845 a 1849), quando gran-de parte da população foi dizimada ou obrigada a migrar.

A essa altura do trajeto, sua ba-gagem cultural está um pouco mais pesada, mas não será nenhuma no-vidade se você voltar para casa com vontade de se aprofundar na história da Irlanda!

Em Dublin, a Sandemans New Europe tem passeios gratuitos saindo diariamente às 11 horas e às 13 horas do City Hall, na Dame Street. A empresa também oferece roteiros privados e tours para o litoral de Howth. Acesse o site www.newdublintours.com e saiba mais.

Quem leva

As excursões a pé duram em média três horas – mas você nem sente passar! – e per-

correm vários cartões postais, como o Castelo de Dublin, a Catedral da Igreja de Cristo, onde há a maior catacumba da Irlanda; e a Trinity College, maior e mais antiga univer-sidade da Irlanda. Além de explicar a arquitetura dos prédios e os aspec-tos históricos das atrações, os guias turísticos fazem breve relato sobre os escritores famosos, como James Joyce, Oscar Wilde e George Bernard Shaw.

Os grupos não costumam ter muitas pessoas e são conduzidos geralmente por jovens muito bem preparados, como destacou Estevão. É notório o envolvimento, a dedica-ção e a simpatia dos guias! Com uma

linguagem leve e pitadas de humor, eles transmitem detalhes culturais da cidade e do país e dão verdadeiras aulas de história, explicando sobre as invasões e o domínio dos vikings, o Levante de Páscoa, a Guerra da Inde-pendência, o conflito com a Irlanda do Norte, dentro outros aspectos.

O espanhol Juan Jeres é um des-ses animados guias. Há um ano, ele apresenta um pedacinho da Terra do Leprechaun aos turistas. “Sou apai-xonado por História e por gente, e com este trabalho encontro pessoas de todos os lugares do mundo”, diz. Juan tem razão: as turnês pelas ruas da capital também são uma ótima oportunidade para fazer amizades e treinar o idioma. Os passeios são, ge-ralmente, em inglês, mas há turmas com guias falando em espanhol.

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Page 30: NewsBrasil - Junho/2013

Patrimônio Mundial de Literatura, Dublin é o berço de renomados escritores

Por Aldy Coelho

A tradição histórica e cultural de Dublin ressoa em todos os cantos da cidade. E não

poderia ser por menos que uma ci-dade com tão longa tradição literá-ria como Dublin receberia da UNES-CO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), em 2010, o título de Cidade Patri-mônio Mundial de Literatura, uma entre somente seis cidades do mun-do a compartilhar esta honra.

Dublin é a terra natal de reno-mados escritores, conhecidos mun-dialmente, que aqui viveram, estu-daram, tiveram seus antepassados e fizeram com que Dublin e seus arre-dores fossem conhecidos em todos os continentes através de suas obras

literárias. Alguns mudaram de país, mas não perderam a estreita ligação com a Ilha Esmeralda. James Joice, Samuel Becket, Oscar Wilde, Geor-ge Bernard Shaw, Brendan Behan e tantos outros narraram o cotidiano da cidade, suas crenças mitológicas, suas belezas naturais e persona-gens, sempre se utilizando da po-ética para aproximar os leitores de suas vidas e da fonte de onde surgi-ram suas histórias.

Devido a grande relevância para a literatura mundial, três destes es-critores, nascidos em Dublin, rece-beram o Prêmio Nobel de Literatura por suas poesias de elevado nível artístico, pelos textos de espírito irreverente e inconformista, e pela

grandiosidade de suas obras que romperam a fronteira do idioma, superando mais de trinta traduções sem perder a riqueza e a originali-dade.

Se você é um amante de litera-tura ou apenas um interessado nas curiosidades irlandesas, vale a pena conhecer um pouco dos três princi-pais nomes da cena literária. E se, ao final, ficar ainda mais interessado, visite “Writer’s Museum” na Parnel Square e confira pessoalmente. No museu instalado em uma mansão georgiana do séc. XVIII há um gran-de acervo permanente de cartas, primeiras edições, objetos pessoais e mais detalhes da vida e das obras dos grandes escritores irlandeses.

literáriaDublin: Uma cidade

30 Agosto 2013

Literatura

Page 31: NewsBrasil - Junho/2013

Dois anos depois, em 1925, foi George Bernard Shaw quem recebeu o Prêmio Nobel de

Literatura, também descrito no site “por seu trabalho marcado pelo idea-lismo e humanidade, sua sátira esti-mulante muitas vezes sendo infundi-da com uma beleza poética singular”. Mas curiosamente, como Shaw não precisava do dinheiro, ele doou o prê-mio em dinheiro para a confecção da edição em inglês de uma obra do dra-maturgo sueco August Strindberg.

Nascido em junho de 1856, numa família de classe média escocesa--protestante, recebeu da mãe, uma cantora profissional, grande influ-ência artística. Sua educação foi ir-regular, devido à sua antipatia por qualquer estudo organizado, e aos 15 anos ingressou no Museu de Du-blin para aprender pintura. Mudou-

-se para Londres após o divórcio da mãe e lá aderiu ao socialismo inglês, ingressando em 1884 na Sociedade Fabiana, uma organização política socialista dedicada a transformar a Grã-Bretanha em um estado socia-lista pela legislação progressiva e sistemática, com base na persuasão e educação em massa.

Shaw trabalhou como crítico de arte e literatura para diversos jornais. Ele começou sua carreira literária como romancista e após impressionar-se com uma obra do autor norueguês Henrik Ibsen, tornou-se um fervoroso defensor do novo teatro e decidiu então es-crever peças, a fim de ilustrar sua crítica à sociedade inglesa. Em 1893 escreve sua primeira peça teatral, o começo de uma série que o deixaria famoso. Alguns

William Butler Yeats (W.B. Yeats)

O primeiro a ser agraciado com o Prêmio Nobel de Li-teratura foi W.B. Yea’ts, em

dezembro de 1923, assim descrito no próprio website destinado à pre-miação “por sua poesia sempre inspi-rada, que através de um elevado nível artístico dá expressão ao espírito de toda uma nação”.

Nascido em 13 de junho de 1865 na aldeia de Sandymount, no Con-dado de Dublin, ainda jovem foi educado em Dublin e depois seguiu para Londres para estudar arte. Seus primeiros versos surgiram em 1887, mas antes disso ele já produzia al-guns textos dramáticos. Foi um dos fundadores do renascimento literá-rio irlandês. Os conteúdos de suas peças tratavam das lendas mitológi-cas irlandesas e suas histórias.

Em 1894, Yeats conheceu Lady Augusta Gregory e assim começaram a desenvolver o Teatro Literário Ir-landês, que foi fundado em 1899 em Dublin, tornando-se depois o Abbey Theatre, ou também conhecido como

Teatro Nacional da Irlanda, em 1904. Este local tornou-se o carro-chefe para liderar dra-maturgos e atores irlandeses. Após 1910, suas produções to-maram um tom mais poético, estático e esotérico, influenciados pelo teatro japonês Nô, repletas de máscaras, música e dança.

Patriota convicto, Yeats usou seus textos para protestar contra os exa-geros dos movimentos nacionalistas. Em 1922 Yeats recebeu um diploma honorário da Trinity College, e foi eleito para o senado irlandês, onde atuou por seis anos antes de renun-ciar ao devido a problemas de saúde.

Curiosamente, suas maiores obras foram escritas após a atribui-ção do Prêmio Nobel, considerando que ele recebeu este prêmio por suas obras dramáticas, seu maior desta-que atualmente se concentra em sua produção lírica, tornando-o um dos maiores poetas do século XX em cir-culação e o mais influente de escrita Inglesa. Seus temas recorrentes são

o contraste da arte e da vida, as más-caras, as teorias cíclicas da vida e o ideal da beleza e da cerimônia que

contrasta com a agitação da vida mo-derna. Yeats faleceu em 28 de janeiro de 1939, aos setenta e três anos na França, e hoje se encontra sepultado, no Condado de Sligo, na Irlanda.

George Bernard Shaw

Fotos: Divulgação/NB

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Page 32: NewsBrasil - Junho/2013

Samuel Becket

O último irlandês a receber o Prêmio Nobel em 1969 foi Samuel Beckett, “por sua

escrita, que em novas formas para o romance e drama, na miséria do homem moderno, adquire sua ele-vação”, de acordo com a descrição no website oficial do prêmio, sendo con-siderado desde então um dos princi-pais autores do denominado Teatro do Absurdo.

Nascido em abril de 1906, filho caçula da família Barclay Beckett, de origem burguesa e protestante, fre-quentou a Trinity College entre 1923 e 1927, graduando-se em Literatura Moderna, também em francês e ita-liano, onde desenvolveu um grande amor por línguas românicas e poesia.

Foi professor no Campbell Col-lege, em Belfast, antes de se mudar para Paris para lecionar. Lá, Beckett conheceu o também escritor irlandês James Joyce, que se tornaria então seu grande amigo e uma grande in-fluência em suas obras. Retornou à Dublin para aceitar uma vaga como professor na Trinity College, mas de-siludido com o pedantismo no mun-do acadêmico, logo depois se demitiu do cargo.

Samuel Becket viajou pela Europa e Grã-Bretanha, publicou em Lon-dres um estudo crítico acerca a obra do escritor francês Marcel Proust, e ao longo de suas andanças, Beckett também se interessou pelas obras de Arthur Schopenhauer e decidiu dedi-

car-se inteiramente à escrita. Foram idas e vindas para a Irlanda, por mo-tivos familiares, até fixar residência definitiva em Paris.

Com o início da Segunda Guerra Mundial, ele resolve ajudar a Resis-tência Francesa como mensageiro, sendo obrigado a fugir da cidade com sua esposa, e mesmo sendo desco-berto, continuou a ajudar a Resistên-cia. Passou a partir de então a usar o francês como idioma literário.

Em 1953 lança a sua mais famo-sa peça teatral “Esperando Godot”, repleta de riqueza metafórica, dan-do foco para uma visão pessimista e minimalista acerca do ser humano. Apesar de não ter sido bem enten-

dida no princípio, posteriormente ganhou a aclamação da crítica inter-nacional, e Becket foi considerado um dos principais e mais influentes autores do século XX.

O sucesso de suas peças ofereceu--lhe a possibilidade de experimentar outras vertentes, sendo contratado em 1956 pela BBC para escrever e expandir seu alcance em rádio, tele-visão e cinema. Mas apesar da fama, no entanto, Samuel Beckett perma-neceu um homem privado.

Samuel Beckett morreu em 22 de dezembro de 1989, de enfisema pul-monar e está enterrados no cemité-rio Montparnasse em Paris.

Fontes: www.nobelprize.org; http://www.writersmuseum.com; www.poetryfoundation.org; http://www.online-literature.com;www.e-biografias.net;

textos atacam selvagemente a hipo-crisia social, enquanto em outras, a crítica é menos feroz. Nesse entre-meio abandona a carreira jornalís-tica para se dedicar exclusivamente ao teatro, mas sem abandonar seus interesses sociais e políticos.

Em 1904, Shaw passou para seu amigo Harley Granville Barker, dra-maturgo, ator e diretor a gestão de

seu teatro experimental e a direção de seus espetáculos. Foi então que ele pode escrever novas peças, sem-pre com as montagens na gestão de Barker. Enriqueceu muito somente com a produção e exibição de suas peças teatrais.

As obras de Bernard Shaw foram produzidas por várias companhias de teatro nos Estados Unidos, e ele

viveu o resto de sua vida como uma celebridade internacional, sempre envolvido na política local e interna-cional, e continuou a escrever algu-mas peças.

George Bernard Shaw faleceu na Inglaterra, em novembro de 1950, aos 94 anos, após complicações de uma queda que sofreu enquanto po-dava algumas árvores em sua casa.

32 Agosto 2013

Page 33: NewsBrasil - Junho/2013

O mineiro Leandro Ave-lar, de 25 anos, apro-veitou as suas férias no

trabalho para viajar e estudar inglês. Sim! Esta também pode ser uma opção para quem não quer largar tudo no Brasil para se aventurar num intercâmbio muito longo. Ele optou pelo programa “Study and Travel” oferecido pela Egali Intercâm-bios. “Eu queria fazer uma via-gem para o exterior, e quando a Egali me ofereceu este progra-ma eu aceitei na hora, pois era uma oportunidade de unir o útil ao agradável, viajar e praticar o inglês ao mesmo tempo”, frisa.

No período de um mês, ele terá a possibilidade de estudar pela manhã e fazer city tours no período da tarde e trips aos finais de semana. “Para mim tem sido muito vantajosa esta viagem pelo seu custo-benefí-cio. O que eu investiria apenas numa viagem de turismo para um único destino, aqui eu posso conhecer três países da Europa e ainda desenvolver o meu in-glês”, destaca.

Em busca de suporte para sua viagem, Leandro procurou a Egali pelo profissionalismo da agência, demonstrado durante todo o atendimento, tanto em Minas Gerais quanto em Du-blin. “Optei pela Egali, pois eles indicaram uma viagem de acor-do com o meu perfil, e estão me dando toda a assessoria desde o início do planejamento da via-gem, ainda em Belo horizonte, como aqui em Dublin. Neste momento, estou indo a um city tour monitorado pela equipe da Egali”.

Além da viagem em si, a experiência no exterior tem proporcionado a Leandro uma interação com novas culturas e também uma possibilidade de fazer novos amigos, “neste pouco tempo conheci pessoas de diferentes países, mas tam-bém pessoas de outras regiões do Brasil, o que torna este inter-câmbio também uma forma de intercâmbio regional. Indico a todos que queiram planejar suas férias de uma forma diferente, viajando e estudando”, define.

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Do lado de cá

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Page 34: NewsBrasil - Junho/2013

Por Eduarda Byrne

A origem do brigadeiro não é conhecida, mas consideran-do o fato de que o leite con-

densado já existia no final do século XIX, é possível que o brigadeiro pos-sa ter sido preparado em meados da década de 20 e provavelmente com outro nome. Ou quem sabe até mes-mo antes, com outro ingrediente no lugar do leite condensado, como o açúcar. Dizem que no período pós Se-gunda Guerra Mundial, devido a difi-culdade de se conseguir leite e açúcar para o preparo de doces, descobriu--se que, misturando leite condensa-do com chocolate, ovos e manteiga resultava nessa sobremesa deliciosa.

A denominação deste doce, no en-tanto, é um pouco curiosa: Nos anos de 1946 e 1950 o Brigadeiro (paten-te militar da aeronáutica) Eduardo Gomes estava se candidatando à presidência da República e um gru-po de fãs se prontificou em organi-zar festas para a promoção da sua eleição. Fizeram uma guloseima à base de leite, ovos, manteiga, açúcar e chocolate para ar-recadação de fundos para a campanha. Essas festas, naquela época, eram bas-tante disputadas e as pessoas diziam umas às outras: ‘’Vamos lá comer o docinho do brigadeiro”. E de tanto repetirem o ‘’docinho do brigadeiro’’ pra cá, o ‘’docinho do brigadeiro’’ pra lá, o doce foi popularmente batiza-do de ‘’brigadeiro’’. O en-graçado dessa história é que apesar da popularidade do Brigadeiro Eduardo Gomes e seus deliciosos docinhos, ele não

ganhou a eleição.Com o tempo, a receita do bri-

gadeiro ganhou novos ingredientes como o chocolate granulado para enfeitá-lo e o creme de leite, que o deixa menos açucarado. Mais re-centemente o brigadeiro tornou-se um doce chique, com novas receitas a partir da original e recentemente tem surgido as “brigaderias”, que são os estabelecimentos especiali-zados em brigadeiros nas principais cidades do Brasil. Em outros países, a exemplo da França, o brigadeiro é conhecido como a ‘’trufa brasileira’’.

Aos apaixonados por brigadeiro como eu, deixo aqui a minha receita. É simples e rápida de preparar!

Ingredientes:

1 Colher de sopa de manteiga ou

margarina

1 Lata de leite condensado

4 Colheres de sopa de chocolate em pó

1 Pacote de chocolate granulado

Modo de preparo:

Aqueça a panela em fogo médio e

acrescente a manteiga. Junte o leite

condensado e o chocolate em pó,

mexendo sem parar até desgrudar

da panela. Espere esfriar um pouco e

despeje a mistura em um recipiente

untado. Faça pequenas bolas com as

mãos, passando a mistura no chocolate

granulado antes de colocar nas

forminhas.

Brigadeiro: O doce que éa cara do Brasil

Como preparar

Divulgação/NB

34 Agosto 2013

Culinária

Page 35: NewsBrasil - Junho/2013

Para a engenheira Caroline Car-riel, de 28 anos, e o professor Diogo Marinho, de 30, ambos

de Curitiba, a escolha da Irlanda para realizar o intercâmbio foi per-feita, “daqui é mais fácil conseguir-mos viajar para podermos participar de eventos de capoeira que aconte-cem com frequência nos países euro-peus”, destaca Caroline.

Há menos de um mês em Dublin, o casal que é unido pela prática da capoeira e agora também no estudo do inglês, conta que depois de mui-ta pesquisa e planejamento a deci-são por Dublin e pela escola Irish Business School Dublin (http://irishbusinessschooldublin.com) foi certeira. “Está superando nossas ex-pectativas, pois é uma escola nova, com uma estrutura muito boa, onde o aluno tem total atenção por parte dos professores, que são todos na-tivos, e a interação com pessoas de outras nacionalidades tem feito a

gente se esforçar na comunicação”, avalia Diogo.

Para eles as diferenças de clima e cultura da nova cidade não foram empecilhos para se adaptarem ao local, “nos primeiros momentos o estranhamento é comum, mas logo percebemos qualidades como a segu-rança e a organização da cidade que faz com que a adaptação seja mais fácil”, afirmam.

O casal aproveita a quantidade de parques e áreas verdes nas regi-ões centrais de Dublin para treinar alguns movimentos, o que tem cha-mado a atenção, principalmente das crianças, para a luta brasileira. “É comum as crianças interromperem nosso treino para perguntar o que estamos fazendo, pedem pra mos-trar como se faz. Percebo até que o interesse das crianças daqui é até maior que o das crianças brasilei-ras”, observa Diogo que é professor de Educação Física.

No amor, na capoeira e no inglêsCaroline Carriel e Diogo Marinho

Apaixonado pela herança culturalJúlio Meiron

Divulgação/NB

Júlio Meiron é formado em Ar-tes Plásticas pela Universida-de de São Paulo (USP) e pre-

tende seguir carreira acadêmica em sua área, e para tanto, o inglês é item fundamental em sua profissão. Com conhecimento prévio da língua ingle-sa, ele decidiu fazer um intercâmbio cultural pra adquirir fluência, “aqui as possibilidades são infinitas, de es-tar imerso no cotidiano e na prática do inglês em todos os momentos, em todos os ambientes”.

A Irlanda como destino se deu por sua essência cultural, seu grande pa-trimônio artístico, assim como o das cidades e países próximos. “Em seis meses, eu consegui direcionar e pla-nejar a melhor forma de realizar este intercâmbio, investi algumas econo-

mias e consegui concretizar este so-nho, há três meses e meio estou em Dublin e não me arrependo”, revela.

Aluno da Infinity Business Colle-ge (www.ibcollege.com), Júlio con-ta o que mais pesou em sua escolha pela escola foi o fato dela estar devi-damente registrada pelo governo ir-landês, o que lhe proporcionou uma sensação de segurança, e a qualidade do corpo docente, “mais do que qual-quer estrutura são os professores que fazem a escola - e neste ponto eles são excelentes, sempre dispostos a ouvir e ensinar seus alunos - além disso, ela está muito bem localizada”, ressalta.

O que mais tem chamado sua atenção é a quantidade de festivais ocorridos no período de verão na ci-

dade, “são festivais com enfoque cul-tural, que tem a participação massiva das pessoas, é um diferencial que faz com que as pessoas se apaixonem por Dublin”, confessa Júlio.

Fabio Teberga

Do lado de cá

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Vicking Festival em Clontarf, Co. DublinEm junho aconteceu em Clontarf o Vicking Festival, reunindo adultos e crianças em um dia repleto de brincadeiras e curiosidades sobre o cotidiano da civilização vicking. Exposições de armas, confecção de utensílios, e até aula aberta de arco e flecha foram algumas das atrações da Vila Vicking. Confira o vídeo com a matéria completa no site www.revistanewsbrazil.com. Fotos: Divulgação.

Street Performance World ChampionshipUm festival gratuito fez a alegria de quem esteve pelo Merrion Square Garden em julho. Artistas de rua de todo o mundo fizeram apresentações concorrendo ao título de Campeão Mundial em Performance de Rua. Malabaristas, acrobatas, atores e até engolidores de espada se apresentaram e o público votava no seu preferido. O vencedor foi o grupo cômico acrobático Ireland’s Lords of Strut. Fotos: Fábio Teberga.

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Page 37: NewsBrasil - Junho/2013

Bray Air Display 2013A cidade de Bray sediou em julho a edição do European Air Show, uma exibição de aviões de guerra de todos os tipos em manobras aéreas que reuniu cerca de 85 mil pessoas na orla da praia. O bom tempo ajudou nas apresentações que ainda acontecem em outros países europeus. Fotos: Luiz Gustavo Miguez.

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Page 38: NewsBrasil - Junho/2013

Kelly Quintino, de 27 anos, ti-nha o sonho de estudar inglês e morar na Europa, mas a de-

cisão para definir o seu destino foi a simpatia irlandesa, “o diferencial que fez com que eu escolhesse Dublin foi a personalidade dos irlandeses, que são amigáveis e gentis, e isso eu pude presenciar quando cheguei aqui”, analisa.

Formada em Administração de Empresas com ênfase em Comércio Exterior, o inglês é um item neces-

sário para a carreira de Kelly, que pretende voltar ao Brasil, assim que estiver fluente para conseguir uma colocação melhor em sua carreira, “meu objetivo é retornar para atuar na minha área, e para isso é funda-mental que eu tenha conhecimento e vivência de uma língua estrangeira”.

A paulista é estudante da Eden College (www.edencollege.ie), esco-la que foi muito bem indicada pela agência que intermediou sua viagem, “me indicaram pela estrutura ofere-

cida, pela qualidade dos professores, que são nativos, e pela boa organiza-ção”, reforça Kelly.

Com a mesma formação da ami-ga, Aline Nascimento, de 29 anos, também aluna da Eden College, re-conhece que o conhecimento de idio-mas é indispensável em sua profis-são e afirma que o mundo hoje é tão globalizado que se torna um grande diferencial na carreira a experiência de morar no exterior, “com a fluência em inglês as portas estarão sempre abertas e eu terei diversas oportuni-dades dentro da área administrativa e financeira, onde eu já tenho conhe-cimento”.

Aline desembarcou em Dublin em busca de novas experiências, “os de-safios são logo superados, mas temos que estar aqui abertos para vivenciar todas as novas experiências, conhe-cer este novo mundo, não ficar com a mente no Brasil e aproveitar ao máximo o que a cidade nos oferece”, aconselha a carioca.

Idioma é exigência do mercadoKelly Quintino e Aline Nascimento

Experiência de vida e de trabalhoGustavo Korontai

Gustavo Korontai, de 28 anos, depois de uma viagem de 15 dias pela Europa junto

com a esposa Luciana, resolveu que era a ‘hora de sair da cas-

ca’, como ele mesmo men-ciona. Há cinco meses

em Dublin, o baiano de Itabuna afir-

ma ter feito a melhor escolha de sua vida, “Dublin me surpreende todos os dias, o sotaque incompreensível era só um mito e a escola deu signifi-cado a expressão método de ensino”.

Aluno da Grafton College (www.graftoncollege.com), além de elogiar o ensino da escola, Gustavo também tem uma estreita relação com seus professores, “o Gerry provavelmen-te foi o melhor professor que já tive e o Eddie tem o dom de te ensinar a ter senso de humor em inglês! Tenho ambos como amigos pessoais”.

Quanto às dificuldades, somente a saudade da família e dos amigos têm sido o ponto fraco desta aven-tura, mas o restante ele tem tirado de letra, “quem tem vontade conse-gue, principalmente trabalho, não adianta lamentar por não encontrar

empregos, pois não aconselho nin-guém a se basear em experiências de pessoas sem foco ou que distorcem a realidade”, reforça Gustavo, que tem conseguido muitos trabalhos em sua área de atuação.

Decididos a viver esta fantástica experiência, Gustavo e a esposa vie-ram dispostos a trabalhar em algo que não fosse de suas áreas, ele é Mo-tion/VFX Designer e ela jornalista, mas a sorte e a determinação de am-bos têm ajudado o casal a abrir a pró-pria produtora de vídeo em Dublin. “Trabalhamos muito e o mercado tem respondido de forma bastante positiva”, ressalta Gustavo, que tem como plano voltar ao Brasil somente para realizar alguns trabalhos espe-ciais, mas retornar em seguida para continuar seus projetos.Lu Guimarães

Divulgação/NB

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