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Newsletter Dezembro 2011

Newsletter Dezembro 2011 - Municipio de Oliveira de Frades · Tânia Ribas de Oliveira e João Baião de 2ª a 6ª feira na RTP1 entre as 15h00 e as 18h00 e também na RTP Internacional

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Newsletter Dezembro 2011

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Caros munícipes/cidadãos:

Finalizámos o ano de 2011 com mais uma Newsletter que pretende dar a conhecer o que fazemos, o que investimos e a forma empenhada e labo-riosa que os agentes locais têm dinamizado este nosso Concelho.Avizinha-se um ano difícil em todo o País, mas tenho a convicção que a dinâmica que se criou no Concelho nos últimos anos que permitiu que se requali�casse a Escola Secundária, que se construísse a Barragem de Ribeiradio, que se revitalizasse a nossa Zona Industrial, que se construísse a Via Estruturante e que se disseminassem mais um conjunto de investimentos e equipamentos neste nosso concelho, permitirá que consigamos juntos ultrapassar as di�culdades e almejar novos tempos de prosperidade e de crescimento.Estou certo que com a ajuda de todos os oliveirenses, com o seu empenho e com o nosso dedicado trabalho iremos conseguir.

Luís Vasconcelos

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No passado dia 20 de dezembro, Oliveira de Frades recebeu a visita do Programa de Tele-visão “Portugal no Coração”, apresentado por Tânia Ribas de Oliveira e João Baião de 2ª a 6ª feira na RTP1 entre as 15h00 e as 18h00 e também na RTP Internacional.A tarde começou na Praça do Cine-teatro com a demonstração do Grupo de Dança da ACROF e da gastronomia do concelho e con-tinuou no Centro histórico, dando assim a conhecer o Museu Municipal de Oliveira de Frades e os Grupos “FicActivo”, “Cantares do Ídolo” e Concertinas da Musifrades. Nestes espaços marcaram também presença diver-sas associações concelhias de índole cultural, desportiva e humanitária.Este programa de entretenimento que deu assim a conhecer um pouco do muito que se faz no nosso concelho, foi emitido no pas-sado dia 28 de dezembro, no Programa “Por-tugal no Coração” na RTP1.

Oliveira de Frades recebeu a visita do Programa de Televisão “Portugal no Coração”

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Pavilhão Municipalde Oliveira de Frades

Circular Nascente

Requali�cação da Z. I.

Execução de passeiosna Rua Paulo Bandeira

Reposição de calçadasnos Cadavais

Pavimentação em Bandonagens(S. Vicente de Lafões)

Via Estruturante

Pavilhão de Arcozelo das Maias

Nova Biblioteca Municipal

Limpeza de caminhos em Destriz

Pavilhão de Ribeiradio

Requali�cação da Bancada Cobertado Parque Desportivo de O. Frades

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Circular Nascente

Encontra-se em construção a 3.ª fase da Circular Nascente, obra de capital importân-cia para o ordenamento do trânsito e planea-mento do Centro Urbano de Oliveira de Frades.A empreitada, adjudicada à empresa Embei-ral inclui pavimentação, execução de pas-seios, drenagem de águas pluviais e residuais desde a rotunda existente na EN16 até junto às instalações do Pingo Doce.Neste momento, encontra-se cerca de 13% da empreitada executada o que equivale a 108.167,14 euros (IVA incluído) de um valor total da obra adjudicada por 826.680,16 euros (IVA incluído), obra esta �nanciada por fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) a 80 %.No �nal da empreitada, previsto para junho de 2012, �cará concluída a circular exterior à zona urbana da vila de Oliveira de Frades, permitindo assim o �uxo de trânsito de veícu-los pesados que libertará o centro da vila.

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Há uns bons pares de anos, escrevi para o nosso Município um texto que intitulei: Na face da montanha o beijo do mar… Ora essa montanha, sem esquecer outras do concelho, pode bem corporizar-se na nossa Serra do Ladário. Hoje gostaria que o leitor aceitasse a minha sugestão de a conhecer ou revisitar. Se está de acordo, deixe a EN16 em Arcozelo, rumando à esquerda em direção à casa �orestal do Soutinho. Trepe até aos píncaros do Cabeço das Cruzes (804 m de altitude), onde não resistirá a pedir que o deixem subir os degraus de acesso ao posto de vigia, ali mesmo ao lado. E olhe à volta…Ficará de início deso-lado com o espetáculo deixado pelos últimos incêndios. Porém, se o dia estiver límpido e o sol brilhar, terá a justa compensação: �cará extasiado com o refulgir da Ria de Aveiro e o azul das águas do mar! Descendo poucas centenas de metros, terá bons motivos para comprazer-se na planura da Vessada do Salgueiro: uma lagoa

ARCOZELO DAS MAIASLadário: Serra maravilhosa donde a vista alcança o mar

de construção recente veio facilitar o ataque a incêndios e constitui já um excelente fator de valorização turística, com a pesca des-portiva a merecer referência especial. Se o leitor caminheiro tiver gosto pela história de há milénios, ali encontrará também restos de antas, tal como a meio da encosta, junto às povoações de Soutinho e Quintela. Esta Serra do Ladário é um autêntico ecossistema: manancial de água a correr por tudo quanto é ribeiro a convergir no rio Gaia, até à con�uência deste com o Vouga; vertentes e quebradas polvilhadas de aldeias e póvoas em todas as direções, em vários concelhos de dois distritos; múltiplas espé-cies vegetais, que são fontes de riqueza e de ares lavados; muitos outros miradouros

lindíssimos, desde o Cabeço das Merendas, lá no alto do Feitalinho até ao da Pena do Corvo, sobranceiro à con�uência do Teixeira com o Vouga; circuitos pedestres como o do rio Gaia, desde a ponte do mesmo nome, na EN16, até à ponte das Coifas, a montante, além de outros junto a cursos de água que estão a ser limpos e ordenados. Nem faltam as vias de acesso (estradas e caminhos), felizmente em gradual melho-ria, em diversos sentidos. E, acima de tudo, um povo acolhedor, solidário e empreendedor, a respirar a juven-tude de todas as idades, bem expressa nas muitas associações culturais e recreativas, que congregam toda a freguesia de Arcozelo das Maias.

Prof. Manuel Lopes Martinho

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moção de emprego e expansão das ativi-dades económicas, permitindo assim o desenvolvimento da economia local. O Município contou ainda com a colabora-ção dos alunos e professores das Atividades de Enriquecimento curricular do Concelho que enfeitaram com dedicação e empenho duas das rotundas de Oliveira de Frades.

O Município de Oliveira de Frades apostou numa iluminação de Natal sóbria e adequada ao momento que atualmente se vive, redu-zindo substancialmente o orçamento, relati-vamente ao ano anterior. Esta iniciativa para além de iluminar algumas das artérias da vila, estendeu-se também a alguns edifícios e espaços públicos nas fre-guesias, dando assim mais luz e brilho a esta quadra.Com esta decisão, o Município visou assim apoiar o comércio local, mais vulnerável aos efeitos da crise, estimulando a visita de pes-soas ao Concelho.Esta iniciativa insere-se nas políticas de pro-

Município de Oliveira de Frades apostou numa iluminação de Natal sóbria e adequada ao momento

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Arménio Maia)2º lugar -Óptica Médica Santa Bárbara1º lugar -Medical ÓpticaA entrega dos prémios aos respetivos vence-dores será realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho, no dia 5 de janeiro de 2012, pelas 19h00.O júri e Município gostariam de felicitar todos os envolvidos pelo modo dinâmico como receberam mais uma vez esta humilde contribuição ao desenvolvimento e à dina-mização do comércio local. A todos os envolvidos o Município agradece, por tornarem este evento possível.

Pelo 4º ano consecutivo a Câmara Municipal de Oliveira de Frades promoveu, com sucesso, o “Concurso de Montras de Natal”. O Município pretende assim contribuir para a promoção do comércio local, incentivando o consumo durante a época natalícia. O júri do concurso, constituído por: um com-erciante local, um especialista em matéria de vitrinismo e um representante da ADDLAP, teve o prazer de avaliar o trabalho realizado pelos comerciantes inscritos. Este ano fomos agraciados com a participa-ção de 8 montras, referentes a 6 estabeleci-mentos comerciais locais: Perfumaria Orquí-dea, Decorângela (3 montras), Castanheira Cabeleireiros, Óptica Média Santa Bárbara, Medical Óptica e Percursoscamp.De entre todos estes maravilhosos cenários natalícios foram tidos em conta critérios como: originalidade, criatividade, harmonia e estética do conjunto, cores e materiais e iluminação.O júri escolheu para estarem presentes no pódio as seguintes montras:3º lugar - Decorangela (montra da Av. Dr.

IV CONCURSO DE MONTRAS DE NATAL DE OLIVEIRA DE FRADES“Medical Óptica” ganhou o 1º prémio”

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A Festa de Natal da Câmara Municipal de Oliveira de Frades decorreu na passada noite de 17 de dezembro, reunindo colaboradores e seus familiares num agradável convívio, onde não faltaram as delícias gastronómicas tão caraterísticas desta época, música e animação.Este ano, o jantar foi confecionado pelas co-zinheiras do Município e servido pelos alunos da Escola Pro�ssional de Vouzela, com a colaboração dos funcionários que levaram as sobremesas, mostrando assim o espírito de união e de colaboração nesta época tão difícil

Festa de Natal da Câmara uniu colaboradores e seus familiares para todos.

O Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, Luís Vasconcelos, usou da palavra para desejar um Santo Natal e um Feliz Ano Novo, deixando uma mensagem de espe-rança e agradecimento a todos os colabora-dores pelo seu trabalho, empenho e dedica-ção durante mais um ano. Esta Festa de Natal, que decorreu na Quinta do Cunhedo, superou todas as expectativas pela qualidade da comida, do convívio e da boa disposição dos cerca de duzentos e cinquenta participantes, onde o “Pai Natal” também marcou presença, distribuindo presentes pelas crianças.

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O Município de Oliveira de Frades, através do Gabinete de Desporto e Associativismo, rea-lizou com êxito mais uma Festa de Natal da Piscina Municipal, no dia 16 de dezembro, onde participaram crianças e jovens que frequentam esta instalação desportiva.A Vereadora do Desporto, Elisa Ferraz de Oliveira fez a sua intervenção, onde realçou a importância das atividades realizadas durante o ano, desejando um Feliz Natal a todos. Este evento traduziu-se assim num alegre convívio, onde os utentes realizaram diversos

Festa de Natal da Piscina Municipal

jogos aquáticos, mostrando assim a sua destreza física. Para além disso, esta Festa contribuiu ainda para um maior envolvimento entre alunos, professores e pais, num saudável momento marcado pelo entusiasmo e pela boa disposição que encerrou com a distribuição de presentes pela personagem tão cara-terística desta época, o “Pai Natal”.

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Durante o mês de dezembro decorreram ainda diversas festas religiosas, nomeada-mente em honra de Santa Bárbara em Arco-zelo das Maias e Souto de Lafões, em honra de N. Sra da Conceição nas Benfeitas, em Oliveira de Frades, na Prova e em Arcozelo das Maias e em honra de Santa Luzia em Fornelo e no Covelinho.Cumpriram-se assim as tradições religiosas que juntaram os devotos destes santos e animaram as comunidades e povoações locais.

Entrevista com…Alberto PereiraAdministrador da Empresa “Pereira e Ladeira”

Atualmente qual é a área de negócio da empresa “Pereira e Ladeira”?A nossa área de negócio é, de há muitos anos, a mesma: executamos exclusivamente tampos de cozinhas e de casas-de-banho em granito, quartzo e, atualmente, também cerâmica.

Recorde-me, a empresa “Pereira e Ladeira” foi fundada em que ano?Esta empresa foi fundada em 1997 e até 2001/2002 tínhamos uma área de intervenção, do ponto de vista do produto e do ponto de vista geográ�co, muito diversi�cada.Fazíamos de tudo sem especialização e geogra�ca-mente, a quota de mercado interna era muito elevada sendo a exportação quase marginal.Em 2001, a opção foi exportar cem por cento… acabar, de vez, com o mercado nacional enquanto estratégia e, especializarmo-nos na execução de tampos de cozinha.

Para além da especialização em tampos de cozinhas e de casas-de-banho, quais são os produtos que atual-mente fazem?Lateralmente fazemos mesas e também estamos a começar a fazer mobiliário em cerâmica pelas vanta-

gens que esta tem sobre o quartzo e o granito. Procuramos, se possível, uma constante inovação.

Sendo a “Pereira e Ladeira” uma empresa cem por cento de exportação, para que países é que expor-tam?Fundamentalmente para a Europa, nomeadamente para a Holanda, Bélgica e França.O passo seguinte será o Reino Unido e a Alemanha onde temos contactos interessantes. Não temos “atacado” outros países porquanto temos a nossa capacidade produtiva plenamente tomada e em constante crescimento.Havendo di�culdade em produzir tudo o que se tem “em carteira”, é meu entendimento que não se deve ir a outros mercados pois corre-se o risco de o resultado vir a ser mais negativo que positivo.

A sua grande aposta é a exportação, mas neste momento como é que vê o mercado interno?Há um pensador, poeta, �lósofo, jornalista, etc., uruguaio nascido em Montevideo por volta de 1940 (71 anos de idade, portanto), de nome Eduardo Galeano que eu muito admiro e para quem…“há coisas de que não deveríamos falar… de tão más que são”.Que esperar de um país, ou de uma sociedade que ao longo de anos vem desenvolvendo e promovendo a mediocridade, o carreirismo político, a troca de favores, a desresponsabilização sistemática pelos atos de gestão pública danosa até ao aniquilamento do sistema judiciário enquanto necessário pilar de uma sociedade justa?Quantos administradores de empresas públicas aí chegaram enquanto “putos coladores de cartazes” de partido e que “malvadez(es)” económico-�nanceira(s) provocaram e deixaram como legado? Já se fez um levantamento sério desta realidade e dos respetivos custos agora necessários pagar com o mais vil ataque, que eu me lembre ou que tenha estudado, sobre aqueles que menos podem?

Dos mercados com os quais trabalha, qual é para si o mais fácil de trabalhar?Não há mercados fáceis. Permita-me a minha visão qual verdade de La Palisse.Temos de ter um objeto ou produto… (de fabrico na indústria) e, acima de tudo, temos de ter um projeto. Temos de ter um produto altamente especializado, competitivo e o segredo assenta sempre na mesma premissa: “Como é que eu posso ser o mais barato no mercado a ganhar dinheiro?”.A indústria versus a venda tem três premissas: a compra da matéria-prima; a transformação da mesma e o produto no mercado.No que respeita ao produto no mercado, não conse-guimos mexer, por isso temos de ter um produto de qualidade e o mercado faz-lhe o preço.Só há dois campos em que conseguimos interferir, a compra, tentando não passar pelos intermediários que, a maioria das vezes pouco mais fazem do que acrescentar custo.Se ganharmos volume e dimensão, compramos na origem e temos o melhor preço de compra. E depois temos que gastar o nosso tempo enquanto gestores na produção (layout) e otimizá-la de forma a que consigamos ter a maior e�cácia possível na produção. Tendo a matéria-prima ao mais baixo custo e a máxima e�ciência na produção conseguimos o produto ao mais baixo preço. Do ponto de vista do gestor de um projeto, o que eu posso dizer é que o gestor tem que conhecer o processo de �o a pavio ou então reunir-se de pessoas que o conheçam porque é nesta variável onde mais se ganha ou se perde, isto é, o resultado �nal depende da boa ou má e�cácia ou e�ciência da produção. Acha que a aposta na qualidade do produto é aquilo que diferencia a vossa empresa no mercado?A qualidade é intrínseca, hoje não podemos de maneira nenhuma pensar que é possível estar no mercado com falta de qualidade. Claro que a quali-dade é uma das chaves do nosso sucesso mas diria que… e não só.

Atualmente, quantos colaboradores tem a empresa “Pereira e Ladeira”?A empresa “Pereira e Ladeira” tem 114 funcionários.

Está a crescer…Numa altura de crise, como explica o crescimento veri�cado na empresa?Há cerca de 8/9 anos apercebi-me que a transferência da nossa produção da Europa para os mercados emergentes da China, da Índia, do Vietname nos iria trazer alguns problemas mais cedo ou mais tarde e a Europa em certa medida foi-se desfazendo paulatina-mente da produção. O fabrico foi transferido para esses países e eu achei que iríamos assistir a um retorno do fabrico à Europa quando acontecer um “boom” na China, ou seja, quando a China despertar, os preços irão subir. A estratégia que eu delineei foi, enquanto houver empresas da mesma área a produzir na Europa Central, garantidamente, com os mesmos trabalha-dores e com mais e�cácia, eu/nós produzirei (emos) mais. Apercebi-me de quantas empresas de pedra há nesta “Europa aburguesada”, através de estudos de mercado feitos na Holanda, na Alemanha, na França, na Bélgica, na Irlanda e no Reino Unido.As empresas do Centro da Europa têm muito poucas hipóteses de competir com o nosso preço e com o nosso prazo de entrega dada a grande �exibilidade das nossas estruturas organizacionais.Diz-se, ou dizem os pretensos entendidos que a produtividade do trabalhador português é baixa. Eu

gostaria de saber qual é o método ou grelha de análise utilizada para chegar a tal conclusão.O mesmo tampo de cozinha custa lá fora o dobro do que custa aqui. Logo, se o valor do trabalho for o quantum monetário à partida o nosso trabalhador tem que produzir o dobro da quantidade para estar igual à partida.Concretizando: uma cozinha que aqui custe quinhen-tos euros e lá mil euros… se nós produzimos quatro cozinhas, temos dois mil euros, basta lá fora produzir duas para ter a mesma produtividade.Se medirmos a produtividade de fabrico, por exemplo quantos metros quadrados se faz em cada um dos países vamos chegar à conclusão que a nossa é, quase seguramente, das mais elevadas.E quando se consegue um todo harmónico e orga-nizado, então… foi por aí a minha aposta.

Depreendo desta entrevista que para o Dr. Alberto liderar este projeto acaba por ser muito grati�cante?Para mim o mais grati�cante, enquanto líder de uma equipa, é o privilégio de poder decidir ou ter a capaci-dade de fazer o que quero dentro de determinadas balizas e valores. Poder decidir sobre o mais ou menos bem-estar dos meus trabalhadores, por exem-plo, admitir uma pessoa que não é admitida por ninguém porque já tem 45 anos e dando-lhe a opor-tunidade de trabalhar, constato que ao �m de um ano essa pessoa é válida. É também grati�cante ter quatro funcionárias de escritório grávidas praticamente ao mesmo tempo, nenhuma delas ter sido despedida, e com uma entreajuda excecional entre todos o trabalho se ter mantido como se nada houvesse suce-dido… a não ser haver mais quatro elementos “na família”. As pessoas que trabalham comigo têm que entender que todos nós fazemos parte de uma equipa. O estar no escritório ou o estar na produção é e será sempre uma questão de lugar na equipa. Não há, nem pode haver, trabalhos menores. A funcionária da limpeza

tem tanta dignidade como tem o melhor dos acaba-dores, porque cada um deles é peça de uma estrutura organizada que tem de ser inter-relacional.

Sempre que o ouço falar, até naquele discurso que fez quando a empresa “Pereira e Ladeira” foi distinguida pelo Município no Feriado Municipal no ano passado, elogia os seus colaboradores…Para mim é um desa�o sempre permanente. Na hierarquia da vida há os considerados fortes e os considerados fracos… e eu pre�ro estar do lado dos fracos. É que estar sempre do lado dos fortes… é, em meu entender, para os fracos.Na nossa relação com outras pessoas, quaisquer que elas sejam, dever-se-ia ter sempre presente o “princípio kantiano”… põe-te no lugar do outro.Cada vez mais tenho a certeza que por detrás da sorte estão: a atitude que se tem face aos outros e muito trabalho… como alguém disse: quanto mais se trabalha mais sorte se tem.

Acha que estão interligados? Porque a sorte pode estar lá, mas sem trabalho também não se consegue nada…Absolutamente…Há uns anos largos ouvi alguém defender a teoria do duplo retorno, quando nós temos maus princípios e maus comportamentos, normalmente recebemos em dobro aquilo que semeamos. Quando se é correto, as pessoas acabam por se harmonizar. Eu tenho tido “a sorte” de ter conseguido um naipe de colaboradores que estão comigo há muitos anos e, presumo que com gosto, vamos trabalhando em conjunto.Agora tem que se trabalhar muito, eu venho para aqui todos os dias às 8h (ainda hoje) e saio daqui às 20h. O meu horário de trabalho normal são doze horas diárias há anos a �o, sempre contínuo, porque é preciso estar permanentemente dentro de tudo e motivar. Eu acho que tenho tido a sorte de conseguir ser um bom motivador para projetos.

Por falar em motivação, é algo que o Dr. Alberto consegue fazer diariamente?Consigo e é algo que é inato e acho que é resultado de algumas atividades enquanto miúdo. Fui escuteiro muitos anos e o escutismo traz-nos a noção do grupo, da partilha, da entreajuda, de lidar com situações imprevistas. Para cada di�culdade é preciso improvisar. O construir uma cabana em cima de um pinheiro implica necessariamente uma certa criativi-dade e entreajuda e os desportos que pratiquei foram todos de equipa nos quais tive a sorte de jogar sempre na frente em que era um dos melhores marca-dores da equipa. Mas sempre achei que o melhor marcador só é melhor porque tem os outros a ajudar. Tenho esta visão do global e acho que acabo por ter sorte nisso e em ver assim as coisas.

Como se sente ao olhar agora para a sua empresa e ver este sucesso alcançado? É muito recompensador? Alguma vez imaginou?Tenho um amigo que me disse duas frases que falam desta vida de empresa. Uma delas não vou dizer porque é apenas uma questão de processo de fabrico. A outra foi: “Alberto, você cresceu e nem deu por isso”. E de facto há dias tive que falar com os meus cola-boradores e quando juntei as 114 pessoas é que me apercebi que não conseguia falar ao nível a que estava posicionado e tive necessidade de subir para cima de uma bancada e ao olhar constatei que é de facto muita gente. Nunca pensei. Eu tenho vivido

obcecado em produzir a melhor das qualidades. Quando olhamos para uma dada peça e penso no que os meus concorrentes achariam, que não seria possível fazê-la, e quando vamos ao mercado e encontramos peças dessas produzidas pela minha empresa, signi�ca que os meus operários são capazes de fazer isto com a minha ajuda e com as máquinas que são desenvolvidas por nós. Nunca andei tão tenso e preocupado como nos últimos dois anos quando me comecei a aperceber da crise. Comecei a associar a crise à responsabilidade social que tenho pelas pessoas à minha volta. Quanto mais trabalha-dores temos, mais poder temos e isso obriga-me a uma maior responsabilidade. Quanto mais, poder ou dinheiro, mais rigoroso e cuidadoso se tem que ser.

Quais são os projetos a longo prazo?“Day by day” é o projeto. Temos de facto uma parceria excecional com as empresas que fazem as nossas máquinas. Eu sei o conceito que pretendo de cada máquina, o que pretendo que ela faça e de que forma. Em conjunto com alguns dos meus colaboradores da área de equi-pamentos dialogamos muito sobre os mesmos de�nindo o que se pretende… e depois existe uma equipa de engenheiros que dão corpo a estas ideias.Temos em desenvolvimento dois equipamentos que serão instalados no primeiro trimestre do próximo ano e que representam um investimento de cerca 400 mil euros e nos permitirão aumentar a capacidade de

fabrico e atacar seriamente o mercado francês. Neste momento, estamos “nos �nais” de negociações com dois grupos económicos o que nos pode vir a permitir um eventual crescimento de 30 a 40 %.Estou consciente de que, fazendo 58 anos daqui a uns dias, estará na hora de começar a gizar um plano de continuidade para este projeto.Tenho, como disse anteriormente, um excelente grupo de colaboradores e uma equipa coesa de que muito me orgulho construída ao longo de muitos anos de sacrifícios e di�culdades apenas superadas com ajudas preciosas prestadas por pessoas simples que intencionalmente e por razões óbvias não enumero, mas os quais sabem quão gratos todos lhes estamos.Terminaria dizendo que tem sido para mim um permanente desa�o o trazer de volta o orgulho à laboração… espelhada no rosto de cada um dos meus colaboradores.Parece-me estar na altura de se digni�car o fabrico, a laboração, a atividade industrial, de dar sentido “ao fazer”.

Numa organização da Paróquia de Oliveira de Frades com a colaboração do Município de Oliveira de Frades, decorreu, no dia 8 de dezembro, um Encontro de Coros que assinalou com música sacra, o Dia da N.ª Sr.ª da Conceição, Padroeira da nossa Paróquia.Neste encontro cultural participaram os coros: “Vozes de Lafões”, “Coro da Universi-dade Sénior de Aveiro”e “Coro do Grupo Des-portivo Empregados do Banco BPI” que propiciaram ao público uma ampla variedade de melodias, algumas delas dedicadas a esta Quadra Natalícia, na Igreja Nª Sra. da Con-ceição, mantendo assim vivo o espírito desta época.

Encontro de Coros assinalou o Diada N.ª Sr.ª da Conceição

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A prática desportiva, que há alguns anos atrás era apenas efetuada por um restrito número de pessoas, tornou-se, felizmente, num hábito para uma signi�ca-tiva parte dos portugueses, facto que me apraz regis-tar também no concelho de Oliveira de Frades.Na verdade, o exercício físico traz, sem dúvida, signi�-cativos benefícios para a saúde física e mental de quem os pratica. E se os mesmos se re�etem, na diminuição da obesidade, das doenças cardio-vasculares, dos distúrbios psicológicos, então, tudo o que contribuir para o facilitar e incrementar, merece ser reconhecido.Isto a propósito do título deste pequeno artigo, que pretende ser uma despretensiosa e sobretudo simples, abordagem a tal temática, no concelho onde nasci e resido.Recordo com alguma saudade, o ano de 1982, quando, dando continuidade a um trabalho – Educa-ção Física e Desporto – que iniciei em 1971, voltei a Oliveira de Frades.Durante esses onze anos, e com um ligeiro interregno por razões de serviço militar, fui professor daquela disciplina, para além de técnico de voleibol da A. Académica de Coimbra.Todo o trabalho desse período, foi desenvolvido nas escolas e cidade de Coimbra, onde, já nessa época, praticamente todas as escolas tinham ginásio e muitas delas acesso às piscinas, tendo tido a felici-dade de, num desses anos, ter possibilidades de dar as aulas no Estádio Universitário, onde para além de

uma piscina de água aquecida, tinha pavilhão, pista de atletismo e campos relvados.Eis-me então e como supra re�ro, de volta à minha terra e à Escola, onde hoje se encontra o Centro de Saúde e onde, para além de um campo térreo, havia uma pequena sala a que pomposamente chamáva-mos ginásio, com pouco mais de dez metros de com-primento e três de altura, com dois cestos de basquetebol, que desa�avam todo o engenho dos alunos que nele pretendiam “encestar”.E durante alguns anos – talvez quatro – inventámos quanto pudemos, divertimo-nos imenso, apanhámos algumas “molhas” e fomos sonhando com dias melhores…Passados que estão agora, cerca de vinte cinco anos é com enorme satisfação que constato, o que são hoje as estruturas desportivas do concelho, sem aqui cuidar, ou pretender atribuir a alguém, em concreto, a paternidade de tal realidade.Correndo o risco de esquecer uma ou outra situação – delas estive mais perto, já há mais de dez anos – creio poder a�rmar que hoje, todas as freguesias podem proporcionar aos seus habitantes, e nomeadamente aos mais jovens – sobretudo na escola onde tudo deve começar - prática desportiva, porquanto, em todas elas, existe um polidesportivo, para esse efeito.E se assim é naquelas, na sede do concelho, ao pavi-lhão gimnodesportivo existente, com a sua capaci-dade de utilização esgotada, virá juntar-se um novo, em construção avançada, de grande qualidade,

inserido num renovado parque desportivo, onde coexistirá com os existentes dois cortes de ténis, um campo (estádio?) de futebol e respetivos anexos, altamente funcionais e porque não dizê-lo, muito interessantes sob o ponto de vista estético, bem como com o pequeno campo relvado para futebol de cinco e as “velhas piscinas”. Digo velhas, porquanto construída com as disponibilidades da época, nome-adamente a coberta e de água aquecida, precisa de ser substituída por outra, não sendo de afastar uma solução que passe pela alteração da descoberta, mas nos tempos que correm…E se falarmos em campos de futebol, então somos até levados a pensar que, dado o seu número, se foi, porventura, até longe de mais, por tantos se terem construído.Dir-me-ão que essa realidade, poderá encontrar justi-�cação, nas exigências das comunidades e no decurso do tempo. Naturalmente que sim. Mas quando olho à volta e comparo, �co feliz pelas instala-ções desportivas que no (meu) concelho, são postas à disposição da população, e que contribuem, para um incremento assinalável e visível, na prática desportiva - bastante diversi�cada - da cultura física e do lazer.

Ferreira da Silva

As Estruturas Desportivas em Oliveira de Frades

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Entrevista com…Alberto PereiraAdministrador da Empresa “Pereira e Ladeira”

Atualmente qual é a área de negócio da empresa “Pereira e Ladeira”?A nossa área de negócio é, de há muitos anos, a mesma: executamos exclusivamente tampos de cozinhas e de casas-de-banho em granito, quartzo e, atualmente, também cerâmica.

Recorde-me, a empresa “Pereira e Ladeira” foi fundada em que ano?Esta empresa foi fundada em 1997 e até 2001/2002 tínhamos uma área de intervenção, do ponto de vista do produto e do ponto de vista geográ�co, muito diversi�cada.Fazíamos de tudo sem especialização e geogra�ca-mente, a quota de mercado interna era muito elevada sendo a exportação quase marginal.Em 2001, a opção foi exportar cem por cento… acabar, de vez, com o mercado nacional enquanto estratégia e, especializarmo-nos na execução de tampos de cozinha.

Para além da especialização em tampos de cozinhas e de casas-de-banho, quais são os produtos que atual-mente fazem?Lateralmente fazemos mesas e também estamos a começar a fazer mobiliário em cerâmica pelas vanta-

gens que esta tem sobre o quartzo e o granito. Procuramos, se possível, uma constante inovação.

Sendo a “Pereira e Ladeira” uma empresa cem por cento de exportação, para que países é que expor-tam?Fundamentalmente para a Europa, nomeadamente para a Holanda, Bélgica e França.O passo seguinte será o Reino Unido e a Alemanha onde temos contactos interessantes. Não temos “atacado” outros países porquanto temos a nossa capacidade produtiva plenamente tomada e em constante crescimento.Havendo di�culdade em produzir tudo o que se tem “em carteira”, é meu entendimento que não se deve ir a outros mercados pois corre-se o risco de o resultado vir a ser mais negativo que positivo.

A sua grande aposta é a exportação, mas neste momento como é que vê o mercado interno?Há um pensador, poeta, �lósofo, jornalista, etc., uruguaio nascido em Montevideo por volta de 1940 (71 anos de idade, portanto), de nome Eduardo Galeano que eu muito admiro e para quem…“há coisas de que não deveríamos falar… de tão más que são”.Que esperar de um país, ou de uma sociedade que ao longo de anos vem desenvolvendo e promovendo a mediocridade, o carreirismo político, a troca de favores, a desresponsabilização sistemática pelos atos de gestão pública danosa até ao aniquilamento do sistema judiciário enquanto necessário pilar de uma sociedade justa?Quantos administradores de empresas públicas aí chegaram enquanto “putos coladores de cartazes” de partido e que “malvadez(es)” económico-�nanceira(s) provocaram e deixaram como legado? Já se fez um levantamento sério desta realidade e dos respetivos custos agora necessários pagar com o mais vil ataque, que eu me lembre ou que tenha estudado, sobre aqueles que menos podem?

Dos mercados com os quais trabalha, qual é para si o mais fácil de trabalhar?Não há mercados fáceis. Permita-me a minha visão qual verdade de La Palisse.Temos de ter um objeto ou produto… (de fabrico na indústria) e, acima de tudo, temos de ter um projeto. Temos de ter um produto altamente especializado, competitivo e o segredo assenta sempre na mesma premissa: “Como é que eu posso ser o mais barato no mercado a ganhar dinheiro?”.A indústria versus a venda tem três premissas: a compra da matéria-prima; a transformação da mesma e o produto no mercado.No que respeita ao produto no mercado, não conse-guimos mexer, por isso temos de ter um produto de qualidade e o mercado faz-lhe o preço.Só há dois campos em que conseguimos interferir, a compra, tentando não passar pelos intermediários que, a maioria das vezes pouco mais fazem do que acrescentar custo.Se ganharmos volume e dimensão, compramos na origem e temos o melhor preço de compra. E depois temos que gastar o nosso tempo enquanto gestores na produção (layout) e otimizá-la de forma a que consigamos ter a maior e�cácia possível na produção. Tendo a matéria-prima ao mais baixo custo e a máxima e�ciência na produção conseguimos o produto ao mais baixo preço. Do ponto de vista do gestor de um projeto, o que eu posso dizer é que o gestor tem que conhecer o processo de �o a pavio ou então reunir-se de pessoas que o conheçam porque é nesta variável onde mais se ganha ou se perde, isto é, o resultado �nal depende da boa ou má e�cácia ou e�ciência da produção. Acha que a aposta na qualidade do produto é aquilo que diferencia a vossa empresa no mercado?A qualidade é intrínseca, hoje não podemos de maneira nenhuma pensar que é possível estar no mercado com falta de qualidade. Claro que a quali-dade é uma das chaves do nosso sucesso mas diria que… e não só.

Atualmente, quantos colaboradores tem a empresa “Pereira e Ladeira”?A empresa “Pereira e Ladeira” tem 114 funcionários.

Está a crescer…Numa altura de crise, como explica o crescimento veri�cado na empresa?Há cerca de 8/9 anos apercebi-me que a transferência da nossa produção da Europa para os mercados emergentes da China, da Índia, do Vietname nos iria trazer alguns problemas mais cedo ou mais tarde e a Europa em certa medida foi-se desfazendo paulatina-mente da produção. O fabrico foi transferido para esses países e eu achei que iríamos assistir a um retorno do fabrico à Europa quando acontecer um “boom” na China, ou seja, quando a China despertar, os preços irão subir. A estratégia que eu delineei foi, enquanto houver empresas da mesma área a produzir na Europa Central, garantidamente, com os mesmos trabalha-dores e com mais e�cácia, eu/nós produzirei (emos) mais. Apercebi-me de quantas empresas de pedra há nesta “Europa aburguesada”, através de estudos de mercado feitos na Holanda, na Alemanha, na França, na Bélgica, na Irlanda e no Reino Unido.As empresas do Centro da Europa têm muito poucas hipóteses de competir com o nosso preço e com o nosso prazo de entrega dada a grande �exibilidade das nossas estruturas organizacionais.Diz-se, ou dizem os pretensos entendidos que a produtividade do trabalhador português é baixa. Eu

gostaria de saber qual é o método ou grelha de análise utilizada para chegar a tal conclusão.O mesmo tampo de cozinha custa lá fora o dobro do que custa aqui. Logo, se o valor do trabalho for o quantum monetário à partida o nosso trabalhador tem que produzir o dobro da quantidade para estar igual à partida.Concretizando: uma cozinha que aqui custe quinhen-tos euros e lá mil euros… se nós produzimos quatro cozinhas, temos dois mil euros, basta lá fora produzir duas para ter a mesma produtividade.Se medirmos a produtividade de fabrico, por exemplo quantos metros quadrados se faz em cada um dos países vamos chegar à conclusão que a nossa é, quase seguramente, das mais elevadas.E quando se consegue um todo harmónico e orga-nizado, então… foi por aí a minha aposta.

Depreendo desta entrevista que para o Dr. Alberto liderar este projeto acaba por ser muito grati�cante?Para mim o mais grati�cante, enquanto líder de uma equipa, é o privilégio de poder decidir ou ter a capaci-dade de fazer o que quero dentro de determinadas balizas e valores. Poder decidir sobre o mais ou menos bem-estar dos meus trabalhadores, por exem-plo, admitir uma pessoa que não é admitida por ninguém porque já tem 45 anos e dando-lhe a opor-tunidade de trabalhar, constato que ao �m de um ano essa pessoa é válida. É também grati�cante ter quatro funcionárias de escritório grávidas praticamente ao mesmo tempo, nenhuma delas ter sido despedida, e com uma entreajuda excecional entre todos o trabalho se ter mantido como se nada houvesse suce-dido… a não ser haver mais quatro elementos “na família”. As pessoas que trabalham comigo têm que entender que todos nós fazemos parte de uma equipa. O estar no escritório ou o estar na produção é e será sempre uma questão de lugar na equipa. Não há, nem pode haver, trabalhos menores. A funcionária da limpeza

tem tanta dignidade como tem o melhor dos acaba-dores, porque cada um deles é peça de uma estrutura organizada que tem de ser inter-relacional.

Sempre que o ouço falar, até naquele discurso que fez quando a empresa “Pereira e Ladeira” foi distinguida pelo Município no Feriado Municipal no ano passado, elogia os seus colaboradores…Para mim é um desa�o sempre permanente. Na hierarquia da vida há os considerados fortes e os considerados fracos… e eu pre�ro estar do lado dos fracos. É que estar sempre do lado dos fortes… é, em meu entender, para os fracos.Na nossa relação com outras pessoas, quaisquer que elas sejam, dever-se-ia ter sempre presente o “princípio kantiano”… põe-te no lugar do outro.Cada vez mais tenho a certeza que por detrás da sorte estão: a atitude que se tem face aos outros e muito trabalho… como alguém disse: quanto mais se trabalha mais sorte se tem.

Acha que estão interligados? Porque a sorte pode estar lá, mas sem trabalho também não se consegue nada…Absolutamente…Há uns anos largos ouvi alguém defender a teoria do duplo retorno, quando nós temos maus princípios e maus comportamentos, normalmente recebemos em dobro aquilo que semeamos. Quando se é correto, as pessoas acabam por se harmonizar. Eu tenho tido “a sorte” de ter conseguido um naipe de colaboradores que estão comigo há muitos anos e, presumo que com gosto, vamos trabalhando em conjunto.Agora tem que se trabalhar muito, eu venho para aqui todos os dias às 8h (ainda hoje) e saio daqui às 20h. O meu horário de trabalho normal são doze horas diárias há anos a �o, sempre contínuo, porque é preciso estar permanentemente dentro de tudo e motivar. Eu acho que tenho tido a sorte de conseguir ser um bom motivador para projetos.

Por falar em motivação, é algo que o Dr. Alberto consegue fazer diariamente?Consigo e é algo que é inato e acho que é resultado de algumas atividades enquanto miúdo. Fui escuteiro muitos anos e o escutismo traz-nos a noção do grupo, da partilha, da entreajuda, de lidar com situações imprevistas. Para cada di�culdade é preciso improvisar. O construir uma cabana em cima de um pinheiro implica necessariamente uma certa criativi-dade e entreajuda e os desportos que pratiquei foram todos de equipa nos quais tive a sorte de jogar sempre na frente em que era um dos melhores marca-dores da equipa. Mas sempre achei que o melhor marcador só é melhor porque tem os outros a ajudar. Tenho esta visão do global e acho que acabo por ter sorte nisso e em ver assim as coisas.

Como se sente ao olhar agora para a sua empresa e ver este sucesso alcançado? É muito recompensador? Alguma vez imaginou?Tenho um amigo que me disse duas frases que falam desta vida de empresa. Uma delas não vou dizer porque é apenas uma questão de processo de fabrico. A outra foi: “Alberto, você cresceu e nem deu por isso”. E de facto há dias tive que falar com os meus cola-boradores e quando juntei as 114 pessoas é que me apercebi que não conseguia falar ao nível a que estava posicionado e tive necessidade de subir para cima de uma bancada e ao olhar constatei que é de facto muita gente. Nunca pensei. Eu tenho vivido

obcecado em produzir a melhor das qualidades. Quando olhamos para uma dada peça e penso no que os meus concorrentes achariam, que não seria possível fazê-la, e quando vamos ao mercado e encontramos peças dessas produzidas pela minha empresa, signi�ca que os meus operários são capazes de fazer isto com a minha ajuda e com as máquinas que são desenvolvidas por nós. Nunca andei tão tenso e preocupado como nos últimos dois anos quando me comecei a aperceber da crise. Comecei a associar a crise à responsabilidade social que tenho pelas pessoas à minha volta. Quanto mais trabalha-dores temos, mais poder temos e isso obriga-me a uma maior responsabilidade. Quanto mais, poder ou dinheiro, mais rigoroso e cuidadoso se tem que ser.

Quais são os projetos a longo prazo?“Day by day” é o projeto. Temos de facto uma parceria excecional com as empresas que fazem as nossas máquinas. Eu sei o conceito que pretendo de cada máquina, o que pretendo que ela faça e de que forma. Em conjunto com alguns dos meus colaboradores da área de equi-pamentos dialogamos muito sobre os mesmos de�nindo o que se pretende… e depois existe uma equipa de engenheiros que dão corpo a estas ideias.Temos em desenvolvimento dois equipamentos que serão instalados no primeiro trimestre do próximo ano e que representam um investimento de cerca 400 mil euros e nos permitirão aumentar a capacidade de

fabrico e atacar seriamente o mercado francês. Neste momento, estamos “nos �nais” de negociações com dois grupos económicos o que nos pode vir a permitir um eventual crescimento de 30 a 40 %.Estou consciente de que, fazendo 58 anos daqui a uns dias, estará na hora de começar a gizar um plano de continuidade para este projeto.Tenho, como disse anteriormente, um excelente grupo de colaboradores e uma equipa coesa de que muito me orgulho construída ao longo de muitos anos de sacrifícios e di�culdades apenas superadas com ajudas preciosas prestadas por pessoas simples que intencionalmente e por razões óbvias não enumero, mas os quais sabem quão gratos todos lhes estamos.Terminaria dizendo que tem sido para mim um permanente desa�o o trazer de volta o orgulho à laboração… espelhada no rosto de cada um dos meus colaboradores.Parece-me estar na altura de se digni�car o fabrico, a laboração, a atividade industrial, de dar sentido “ao fazer”.

Page 14: Newsletter Dezembro 2011 - Municipio de Oliveira de Frades · Tânia Ribas de Oliveira e João Baião de 2ª a 6ª feira na RTP1 entre as 15h00 e as 18h00 e também na RTP Internacional

Entrevista com…Alberto PereiraAdministrador da Empresa “Pereira e Ladeira”

Atualmente qual é a área de negócio da empresa “Pereira e Ladeira”?A nossa área de negócio é, de há muitos anos, a mesma: executamos exclusivamente tampos de cozinhas e de casas-de-banho em granito, quartzo e, atualmente, também cerâmica.

Recorde-me, a empresa “Pereira e Ladeira” foi fundada em que ano?Esta empresa foi fundada em 1997 e até 2001/2002 tínhamos uma área de intervenção, do ponto de vista do produto e do ponto de vista geográ�co, muito diversi�cada.Fazíamos de tudo sem especialização e geogra�ca-mente, a quota de mercado interna era muito elevada sendo a exportação quase marginal.Em 2001, a opção foi exportar cem por cento… acabar, de vez, com o mercado nacional enquanto estratégia e, especializarmo-nos na execução de tampos de cozinha.

Para além da especialização em tampos de cozinhas e de casas-de-banho, quais são os produtos que atual-mente fazem?Lateralmente fazemos mesas e também estamos a começar a fazer mobiliário em cerâmica pelas vanta-

gens que esta tem sobre o quartzo e o granito. Procuramos, se possível, uma constante inovação.

Sendo a “Pereira e Ladeira” uma empresa cem por cento de exportação, para que países é que expor-tam?Fundamentalmente para a Europa, nomeadamente para a Holanda, Bélgica e França.O passo seguinte será o Reino Unido e a Alemanha onde temos contactos interessantes. Não temos “atacado” outros países porquanto temos a nossa capacidade produtiva plenamente tomada e em constante crescimento.Havendo di�culdade em produzir tudo o que se tem “em carteira”, é meu entendimento que não se deve ir a outros mercados pois corre-se o risco de o resultado vir a ser mais negativo que positivo.

A sua grande aposta é a exportação, mas neste momento como é que vê o mercado interno?Há um pensador, poeta, �lósofo, jornalista, etc., uruguaio nascido em Montevideo por volta de 1940 (71 anos de idade, portanto), de nome Eduardo Galeano que eu muito admiro e para quem…“há coisas de que não deveríamos falar… de tão más que são”.Que esperar de um país, ou de uma sociedade que ao longo de anos vem desenvolvendo e promovendo a mediocridade, o carreirismo político, a troca de favores, a desresponsabilização sistemática pelos atos de gestão pública danosa até ao aniquilamento do sistema judiciário enquanto necessário pilar de uma sociedade justa?Quantos administradores de empresas públicas aí chegaram enquanto “putos coladores de cartazes” de partido e que “malvadez(es)” económico-�nanceira(s) provocaram e deixaram como legado? Já se fez um levantamento sério desta realidade e dos respetivos custos agora necessários pagar com o mais vil ataque, que eu me lembre ou que tenha estudado, sobre aqueles que menos podem?

Dos mercados com os quais trabalha, qual é para si o mais fácil de trabalhar?Não há mercados fáceis. Permita-me a minha visão qual verdade de La Palisse.Temos de ter um objeto ou produto… (de fabrico na indústria) e, acima de tudo, temos de ter um projeto. Temos de ter um produto altamente especializado, competitivo e o segredo assenta sempre na mesma premissa: “Como é que eu posso ser o mais barato no mercado a ganhar dinheiro?”.A indústria versus a venda tem três premissas: a compra da matéria-prima; a transformação da mesma e o produto no mercado.No que respeita ao produto no mercado, não conse-guimos mexer, por isso temos de ter um produto de qualidade e o mercado faz-lhe o preço.Só há dois campos em que conseguimos interferir, a compra, tentando não passar pelos intermediários que, a maioria das vezes pouco mais fazem do que acrescentar custo.Se ganharmos volume e dimensão, compramos na origem e temos o melhor preço de compra. E depois temos que gastar o nosso tempo enquanto gestores na produção (layout) e otimizá-la de forma a que consigamos ter a maior e�cácia possível na produção. Tendo a matéria-prima ao mais baixo custo e a máxima e�ciência na produção conseguimos o produto ao mais baixo preço. Do ponto de vista do gestor de um projeto, o que eu posso dizer é que o gestor tem que conhecer o processo de �o a pavio ou então reunir-se de pessoas que o conheçam porque é nesta variável onde mais se ganha ou se perde, isto é, o resultado �nal depende da boa ou má e�cácia ou e�ciência da produção. Acha que a aposta na qualidade do produto é aquilo que diferencia a vossa empresa no mercado?A qualidade é intrínseca, hoje não podemos de maneira nenhuma pensar que é possível estar no mercado com falta de qualidade. Claro que a quali-dade é uma das chaves do nosso sucesso mas diria que… e não só.

Atualmente, quantos colaboradores tem a empresa “Pereira e Ladeira”?A empresa “Pereira e Ladeira” tem 114 funcionários.

Está a crescer…Numa altura de crise, como explica o crescimento veri�cado na empresa?Há cerca de 8/9 anos apercebi-me que a transferência da nossa produção da Europa para os mercados emergentes da China, da Índia, do Vietname nos iria trazer alguns problemas mais cedo ou mais tarde e a Europa em certa medida foi-se desfazendo paulatina-mente da produção. O fabrico foi transferido para esses países e eu achei que iríamos assistir a um retorno do fabrico à Europa quando acontecer um “boom” na China, ou seja, quando a China despertar, os preços irão subir. A estratégia que eu delineei foi, enquanto houver empresas da mesma área a produzir na Europa Central, garantidamente, com os mesmos trabalha-dores e com mais e�cácia, eu/nós produzirei (emos) mais. Apercebi-me de quantas empresas de pedra há nesta “Europa aburguesada”, através de estudos de mercado feitos na Holanda, na Alemanha, na França, na Bélgica, na Irlanda e no Reino Unido.As empresas do Centro da Europa têm muito poucas hipóteses de competir com o nosso preço e com o nosso prazo de entrega dada a grande �exibilidade das nossas estruturas organizacionais.Diz-se, ou dizem os pretensos entendidos que a produtividade do trabalhador português é baixa. Eu

gostaria de saber qual é o método ou grelha de análise utilizada para chegar a tal conclusão.O mesmo tampo de cozinha custa lá fora o dobro do que custa aqui. Logo, se o valor do trabalho for o quantum monetário à partida o nosso trabalhador tem que produzir o dobro da quantidade para estar igual à partida.Concretizando: uma cozinha que aqui custe quinhen-tos euros e lá mil euros… se nós produzimos quatro cozinhas, temos dois mil euros, basta lá fora produzir duas para ter a mesma produtividade.Se medirmos a produtividade de fabrico, por exemplo quantos metros quadrados se faz em cada um dos países vamos chegar à conclusão que a nossa é, quase seguramente, das mais elevadas.E quando se consegue um todo harmónico e orga-nizado, então… foi por aí a minha aposta.

Depreendo desta entrevista que para o Dr. Alberto liderar este projeto acaba por ser muito grati�cante?Para mim o mais grati�cante, enquanto líder de uma equipa, é o privilégio de poder decidir ou ter a capaci-dade de fazer o que quero dentro de determinadas balizas e valores. Poder decidir sobre o mais ou menos bem-estar dos meus trabalhadores, por exem-plo, admitir uma pessoa que não é admitida por ninguém porque já tem 45 anos e dando-lhe a opor-tunidade de trabalhar, constato que ao �m de um ano essa pessoa é válida. É também grati�cante ter quatro funcionárias de escritório grávidas praticamente ao mesmo tempo, nenhuma delas ter sido despedida, e com uma entreajuda excecional entre todos o trabalho se ter mantido como se nada houvesse suce-dido… a não ser haver mais quatro elementos “na família”. As pessoas que trabalham comigo têm que entender que todos nós fazemos parte de uma equipa. O estar no escritório ou o estar na produção é e será sempre uma questão de lugar na equipa. Não há, nem pode haver, trabalhos menores. A funcionária da limpeza

tem tanta dignidade como tem o melhor dos acaba-dores, porque cada um deles é peça de uma estrutura organizada que tem de ser inter-relacional.

Sempre que o ouço falar, até naquele discurso que fez quando a empresa “Pereira e Ladeira” foi distinguida pelo Município no Feriado Municipal no ano passado, elogia os seus colaboradores…Para mim é um desa�o sempre permanente. Na hierarquia da vida há os considerados fortes e os considerados fracos… e eu pre�ro estar do lado dos fracos. É que estar sempre do lado dos fortes… é, em meu entender, para os fracos.Na nossa relação com outras pessoas, quaisquer que elas sejam, dever-se-ia ter sempre presente o “princípio kantiano”… põe-te no lugar do outro.Cada vez mais tenho a certeza que por detrás da sorte estão: a atitude que se tem face aos outros e muito trabalho… como alguém disse: quanto mais se trabalha mais sorte se tem.

Acha que estão interligados? Porque a sorte pode estar lá, mas sem trabalho também não se consegue nada…Absolutamente…Há uns anos largos ouvi alguém defender a teoria do duplo retorno, quando nós temos maus princípios e maus comportamentos, normalmente recebemos em dobro aquilo que semeamos. Quando se é correto, as pessoas acabam por se harmonizar. Eu tenho tido “a sorte” de ter conseguido um naipe de colaboradores que estão comigo há muitos anos e, presumo que com gosto, vamos trabalhando em conjunto.Agora tem que se trabalhar muito, eu venho para aqui todos os dias às 8h (ainda hoje) e saio daqui às 20h. O meu horário de trabalho normal são doze horas diárias há anos a �o, sempre contínuo, porque é preciso estar permanentemente dentro de tudo e motivar. Eu acho que tenho tido a sorte de conseguir ser um bom motivador para projetos.

Por falar em motivação, é algo que o Dr. Alberto consegue fazer diariamente?Consigo e é algo que é inato e acho que é resultado de algumas atividades enquanto miúdo. Fui escuteiro muitos anos e o escutismo traz-nos a noção do grupo, da partilha, da entreajuda, de lidar com situações imprevistas. Para cada di�culdade é preciso improvisar. O construir uma cabana em cima de um pinheiro implica necessariamente uma certa criativi-dade e entreajuda e os desportos que pratiquei foram todos de equipa nos quais tive a sorte de jogar sempre na frente em que era um dos melhores marca-dores da equipa. Mas sempre achei que o melhor marcador só é melhor porque tem os outros a ajudar. Tenho esta visão do global e acho que acabo por ter sorte nisso e em ver assim as coisas.

Como se sente ao olhar agora para a sua empresa e ver este sucesso alcançado? É muito recompensador? Alguma vez imaginou?Tenho um amigo que me disse duas frases que falam desta vida de empresa. Uma delas não vou dizer porque é apenas uma questão de processo de fabrico. A outra foi: “Alberto, você cresceu e nem deu por isso”. E de facto há dias tive que falar com os meus cola-boradores e quando juntei as 114 pessoas é que me apercebi que não conseguia falar ao nível a que estava posicionado e tive necessidade de subir para cima de uma bancada e ao olhar constatei que é de facto muita gente. Nunca pensei. Eu tenho vivido

obcecado em produzir a melhor das qualidades. Quando olhamos para uma dada peça e penso no que os meus concorrentes achariam, que não seria possível fazê-la, e quando vamos ao mercado e encontramos peças dessas produzidas pela minha empresa, signi�ca que os meus operários são capazes de fazer isto com a minha ajuda e com as máquinas que são desenvolvidas por nós. Nunca andei tão tenso e preocupado como nos últimos dois anos quando me comecei a aperceber da crise. Comecei a associar a crise à responsabilidade social que tenho pelas pessoas à minha volta. Quanto mais trabalha-dores temos, mais poder temos e isso obriga-me a uma maior responsabilidade. Quanto mais, poder ou dinheiro, mais rigoroso e cuidadoso se tem que ser.

Quais são os projetos a longo prazo?“Day by day” é o projeto. Temos de facto uma parceria excecional com as empresas que fazem as nossas máquinas. Eu sei o conceito que pretendo de cada máquina, o que pretendo que ela faça e de que forma. Em conjunto com alguns dos meus colaboradores da área de equi-pamentos dialogamos muito sobre os mesmos de�nindo o que se pretende… e depois existe uma equipa de engenheiros que dão corpo a estas ideias.Temos em desenvolvimento dois equipamentos que serão instalados no primeiro trimestre do próximo ano e que representam um investimento de cerca 400 mil euros e nos permitirão aumentar a capacidade de

fabrico e atacar seriamente o mercado francês. Neste momento, estamos “nos �nais” de negociações com dois grupos económicos o que nos pode vir a permitir um eventual crescimento de 30 a 40 %.Estou consciente de que, fazendo 58 anos daqui a uns dias, estará na hora de começar a gizar um plano de continuidade para este projeto.Tenho, como disse anteriormente, um excelente grupo de colaboradores e uma equipa coesa de que muito me orgulho construída ao longo de muitos anos de sacrifícios e di�culdades apenas superadas com ajudas preciosas prestadas por pessoas simples que intencionalmente e por razões óbvias não enumero, mas os quais sabem quão gratos todos lhes estamos.Terminaria dizendo que tem sido para mim um permanente desa�o o trazer de volta o orgulho à laboração… espelhada no rosto de cada um dos meus colaboradores.Parece-me estar na altura de se digni�car o fabrico, a laboração, a atividade industrial, de dar sentido “ao fazer”.

Page 15: Newsletter Dezembro 2011 - Municipio de Oliveira de Frades · Tânia Ribas de Oliveira e João Baião de 2ª a 6ª feira na RTP1 entre as 15h00 e as 18h00 e também na RTP Internacional

Entrevista com…Alberto PereiraAdministrador da Empresa “Pereira e Ladeira”

Atualmente qual é a área de negócio da empresa “Pereira e Ladeira”?A nossa área de negócio é, de há muitos anos, a mesma: executamos exclusivamente tampos de cozinhas e de casas-de-banho em granito, quartzo e, atualmente, também cerâmica.

Recorde-me, a empresa “Pereira e Ladeira” foi fundada em que ano?Esta empresa foi fundada em 1997 e até 2001/2002 tínhamos uma área de intervenção, do ponto de vista do produto e do ponto de vista geográ�co, muito diversi�cada.Fazíamos de tudo sem especialização e geogra�ca-mente, a quota de mercado interna era muito elevada sendo a exportação quase marginal.Em 2001, a opção foi exportar cem por cento… acabar, de vez, com o mercado nacional enquanto estratégia e, especializarmo-nos na execução de tampos de cozinha.

Para além da especialização em tampos de cozinhas e de casas-de-banho, quais são os produtos que atual-mente fazem?Lateralmente fazemos mesas e também estamos a começar a fazer mobiliário em cerâmica pelas vanta-

gens que esta tem sobre o quartzo e o granito. Procuramos, se possível, uma constante inovação.

Sendo a “Pereira e Ladeira” uma empresa cem por cento de exportação, para que países é que expor-tam?Fundamentalmente para a Europa, nomeadamente para a Holanda, Bélgica e França.O passo seguinte será o Reino Unido e a Alemanha onde temos contactos interessantes. Não temos “atacado” outros países porquanto temos a nossa capacidade produtiva plenamente tomada e em constante crescimento.Havendo di�culdade em produzir tudo o que se tem “em carteira”, é meu entendimento que não se deve ir a outros mercados pois corre-se o risco de o resultado vir a ser mais negativo que positivo.

A sua grande aposta é a exportação, mas neste momento como é que vê o mercado interno?Há um pensador, poeta, �lósofo, jornalista, etc., uruguaio nascido em Montevideo por volta de 1940 (71 anos de idade, portanto), de nome Eduardo Galeano que eu muito admiro e para quem…“há coisas de que não deveríamos falar… de tão más que são”.Que esperar de um país, ou de uma sociedade que ao longo de anos vem desenvolvendo e promovendo a mediocridade, o carreirismo político, a troca de favores, a desresponsabilização sistemática pelos atos de gestão pública danosa até ao aniquilamento do sistema judiciário enquanto necessário pilar de uma sociedade justa?Quantos administradores de empresas públicas aí chegaram enquanto “putos coladores de cartazes” de partido e que “malvadez(es)” económico-�nanceira(s) provocaram e deixaram como legado? Já se fez um levantamento sério desta realidade e dos respetivos custos agora necessários pagar com o mais vil ataque, que eu me lembre ou que tenha estudado, sobre aqueles que menos podem?

Dos mercados com os quais trabalha, qual é para si o mais fácil de trabalhar?Não há mercados fáceis. Permita-me a minha visão qual verdade de La Palisse.Temos de ter um objeto ou produto… (de fabrico na indústria) e, acima de tudo, temos de ter um projeto. Temos de ter um produto altamente especializado, competitivo e o segredo assenta sempre na mesma premissa: “Como é que eu posso ser o mais barato no mercado a ganhar dinheiro?”.A indústria versus a venda tem três premissas: a compra da matéria-prima; a transformação da mesma e o produto no mercado.No que respeita ao produto no mercado, não conse-guimos mexer, por isso temos de ter um produto de qualidade e o mercado faz-lhe o preço.Só há dois campos em que conseguimos interferir, a compra, tentando não passar pelos intermediários que, a maioria das vezes pouco mais fazem do que acrescentar custo.Se ganharmos volume e dimensão, compramos na origem e temos o melhor preço de compra. E depois temos que gastar o nosso tempo enquanto gestores na produção (layout) e otimizá-la de forma a que consigamos ter a maior e�cácia possível na produção. Tendo a matéria-prima ao mais baixo custo e a máxima e�ciência na produção conseguimos o produto ao mais baixo preço. Do ponto de vista do gestor de um projeto, o que eu posso dizer é que o gestor tem que conhecer o processo de �o a pavio ou então reunir-se de pessoas que o conheçam porque é nesta variável onde mais se ganha ou se perde, isto é, o resultado �nal depende da boa ou má e�cácia ou e�ciência da produção. Acha que a aposta na qualidade do produto é aquilo que diferencia a vossa empresa no mercado?A qualidade é intrínseca, hoje não podemos de maneira nenhuma pensar que é possível estar no mercado com falta de qualidade. Claro que a quali-dade é uma das chaves do nosso sucesso mas diria que… e não só.

Atualmente, quantos colaboradores tem a empresa “Pereira e Ladeira”?A empresa “Pereira e Ladeira” tem 114 funcionários.

Está a crescer…Numa altura de crise, como explica o crescimento veri�cado na empresa?Há cerca de 8/9 anos apercebi-me que a transferência da nossa produção da Europa para os mercados emergentes da China, da Índia, do Vietname nos iria trazer alguns problemas mais cedo ou mais tarde e a Europa em certa medida foi-se desfazendo paulatina-mente da produção. O fabrico foi transferido para esses países e eu achei que iríamos assistir a um retorno do fabrico à Europa quando acontecer um “boom” na China, ou seja, quando a China despertar, os preços irão subir. A estratégia que eu delineei foi, enquanto houver empresas da mesma área a produzir na Europa Central, garantidamente, com os mesmos trabalha-dores e com mais e�cácia, eu/nós produzirei (emos) mais. Apercebi-me de quantas empresas de pedra há nesta “Europa aburguesada”, através de estudos de mercado feitos na Holanda, na Alemanha, na França, na Bélgica, na Irlanda e no Reino Unido.As empresas do Centro da Europa têm muito poucas hipóteses de competir com o nosso preço e com o nosso prazo de entrega dada a grande �exibilidade das nossas estruturas organizacionais.Diz-se, ou dizem os pretensos entendidos que a produtividade do trabalhador português é baixa. Eu

gostaria de saber qual é o método ou grelha de análise utilizada para chegar a tal conclusão.O mesmo tampo de cozinha custa lá fora o dobro do que custa aqui. Logo, se o valor do trabalho for o quantum monetário à partida o nosso trabalhador tem que produzir o dobro da quantidade para estar igual à partida.Concretizando: uma cozinha que aqui custe quinhen-tos euros e lá mil euros… se nós produzimos quatro cozinhas, temos dois mil euros, basta lá fora produzir duas para ter a mesma produtividade.Se medirmos a produtividade de fabrico, por exemplo quantos metros quadrados se faz em cada um dos países vamos chegar à conclusão que a nossa é, quase seguramente, das mais elevadas.E quando se consegue um todo harmónico e orga-nizado, então… foi por aí a minha aposta.

Depreendo desta entrevista que para o Dr. Alberto liderar este projeto acaba por ser muito grati�cante?Para mim o mais grati�cante, enquanto líder de uma equipa, é o privilégio de poder decidir ou ter a capaci-dade de fazer o que quero dentro de determinadas balizas e valores. Poder decidir sobre o mais ou menos bem-estar dos meus trabalhadores, por exem-plo, admitir uma pessoa que não é admitida por ninguém porque já tem 45 anos e dando-lhe a opor-tunidade de trabalhar, constato que ao �m de um ano essa pessoa é válida. É também grati�cante ter quatro funcionárias de escritório grávidas praticamente ao mesmo tempo, nenhuma delas ter sido despedida, e com uma entreajuda excecional entre todos o trabalho se ter mantido como se nada houvesse suce-dido… a não ser haver mais quatro elementos “na família”. As pessoas que trabalham comigo têm que entender que todos nós fazemos parte de uma equipa. O estar no escritório ou o estar na produção é e será sempre uma questão de lugar na equipa. Não há, nem pode haver, trabalhos menores. A funcionária da limpeza

tem tanta dignidade como tem o melhor dos acaba-dores, porque cada um deles é peça de uma estrutura organizada que tem de ser inter-relacional.

Sempre que o ouço falar, até naquele discurso que fez quando a empresa “Pereira e Ladeira” foi distinguida pelo Município no Feriado Municipal no ano passado, elogia os seus colaboradores…Para mim é um desa�o sempre permanente. Na hierarquia da vida há os considerados fortes e os considerados fracos… e eu pre�ro estar do lado dos fracos. É que estar sempre do lado dos fortes… é, em meu entender, para os fracos.Na nossa relação com outras pessoas, quaisquer que elas sejam, dever-se-ia ter sempre presente o “princípio kantiano”… põe-te no lugar do outro.Cada vez mais tenho a certeza que por detrás da sorte estão: a atitude que se tem face aos outros e muito trabalho… como alguém disse: quanto mais se trabalha mais sorte se tem.

Acha que estão interligados? Porque a sorte pode estar lá, mas sem trabalho também não se consegue nada…Absolutamente…Há uns anos largos ouvi alguém defender a teoria do duplo retorno, quando nós temos maus princípios e maus comportamentos, normalmente recebemos em dobro aquilo que semeamos. Quando se é correto, as pessoas acabam por se harmonizar. Eu tenho tido “a sorte” de ter conseguido um naipe de colaboradores que estão comigo há muitos anos e, presumo que com gosto, vamos trabalhando em conjunto.Agora tem que se trabalhar muito, eu venho para aqui todos os dias às 8h (ainda hoje) e saio daqui às 20h. O meu horário de trabalho normal são doze horas diárias há anos a �o, sempre contínuo, porque é preciso estar permanentemente dentro de tudo e motivar. Eu acho que tenho tido a sorte de conseguir ser um bom motivador para projetos.

Por falar em motivação, é algo que o Dr. Alberto consegue fazer diariamente?Consigo e é algo que é inato e acho que é resultado de algumas atividades enquanto miúdo. Fui escuteiro muitos anos e o escutismo traz-nos a noção do grupo, da partilha, da entreajuda, de lidar com situações imprevistas. Para cada di�culdade é preciso improvisar. O construir uma cabana em cima de um pinheiro implica necessariamente uma certa criativi-dade e entreajuda e os desportos que pratiquei foram todos de equipa nos quais tive a sorte de jogar sempre na frente em que era um dos melhores marca-dores da equipa. Mas sempre achei que o melhor marcador só é melhor porque tem os outros a ajudar. Tenho esta visão do global e acho que acabo por ter sorte nisso e em ver assim as coisas.

Como se sente ao olhar agora para a sua empresa e ver este sucesso alcançado? É muito recompensador? Alguma vez imaginou?Tenho um amigo que me disse duas frases que falam desta vida de empresa. Uma delas não vou dizer porque é apenas uma questão de processo de fabrico. A outra foi: “Alberto, você cresceu e nem deu por isso”. E de facto há dias tive que falar com os meus cola-boradores e quando juntei as 114 pessoas é que me apercebi que não conseguia falar ao nível a que estava posicionado e tive necessidade de subir para cima de uma bancada e ao olhar constatei que é de facto muita gente. Nunca pensei. Eu tenho vivido

obcecado em produzir a melhor das qualidades. Quando olhamos para uma dada peça e penso no que os meus concorrentes achariam, que não seria possível fazê-la, e quando vamos ao mercado e encontramos peças dessas produzidas pela minha empresa, signi�ca que os meus operários são capazes de fazer isto com a minha ajuda e com as máquinas que são desenvolvidas por nós. Nunca andei tão tenso e preocupado como nos últimos dois anos quando me comecei a aperceber da crise. Comecei a associar a crise à responsabilidade social que tenho pelas pessoas à minha volta. Quanto mais trabalha-dores temos, mais poder temos e isso obriga-me a uma maior responsabilidade. Quanto mais, poder ou dinheiro, mais rigoroso e cuidadoso se tem que ser.

Quais são os projetos a longo prazo?“Day by day” é o projeto. Temos de facto uma parceria excecional com as empresas que fazem as nossas máquinas. Eu sei o conceito que pretendo de cada máquina, o que pretendo que ela faça e de que forma. Em conjunto com alguns dos meus colaboradores da área de equi-pamentos dialogamos muito sobre os mesmos de�nindo o que se pretende… e depois existe uma equipa de engenheiros que dão corpo a estas ideias.Temos em desenvolvimento dois equipamentos que serão instalados no primeiro trimestre do próximo ano e que representam um investimento de cerca 400 mil euros e nos permitirão aumentar a capacidade de

fabrico e atacar seriamente o mercado francês. Neste momento, estamos “nos �nais” de negociações com dois grupos económicos o que nos pode vir a permitir um eventual crescimento de 30 a 40 %.Estou consciente de que, fazendo 58 anos daqui a uns dias, estará na hora de começar a gizar um plano de continuidade para este projeto.Tenho, como disse anteriormente, um excelente grupo de colaboradores e uma equipa coesa de que muito me orgulho construída ao longo de muitos anos de sacrifícios e di�culdades apenas superadas com ajudas preciosas prestadas por pessoas simples que intencionalmente e por razões óbvias não enumero, mas os quais sabem quão gratos todos lhes estamos.Terminaria dizendo que tem sido para mim um permanente desa�o o trazer de volta o orgulho à laboração… espelhada no rosto de cada um dos meus colaboradores.Parece-me estar na altura de se digni�car o fabrico, a laboração, a atividade industrial, de dar sentido “ao fazer”.

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Banda Tentadivinhar

A Banda Tentadivinhar foi fundada em março de 2011 por um grupo de jovens amigos que sentiam um fascínio pela música, como algo que lhes completava, que teria que forçosa-mente fazer parte das suas vidas. Começaram a ensaiar e assim surgiu esta Banda, cujo nome foi colocado precisamente com o obje-tivo de suscitar curiosidade.A Banda, que tem como género musical o Rock, começou inicialmente com três elementos (Miguel, Fábio e Filipe Serrano), sendo que a sua primeira atuação decorreu na Edição das Festas do Concelho de 2011 e atualmente é constituído por seis elementos (Miguel, Fábio, Filipe Serrano, Daniel, João e Alex). Estes jovens dedicam-se a tocar covers (reprodução de canções previamente gravadas), como forma de tributo a quem gravou as músicas pela primeira vez.O Município aprecia o seu talento, trabalho e dedicação neste projeto musical, desejando--lhes os maiores êxitos e que continuem este seu percurso com o mesmo empenho e determinação.

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Reunião de Câmara de 15 de dezem-bro de 2011

1- PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA2- APROVAÇÃO DA ATA DA REUNIÃO ANTERIORAprovada, por unanimidade.3- RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIAConhecimento.4- PAGAMENTOSConhecimento.5- Plano Anual das FeirasAprovado, por unanimidade.6- Exercício do direito de preferência em processo de alienação de açõesNão adquirir ações, por não estar interessado no aumento da sua posição no capital da empresa, por unanimidade.7- Talikual: Pedido de autorização para alargamento de horárioRati�car a autorização do dia 10 de dezembro e deferir o pedido para os restantes dias, por unanimidade.8- Tambor Sonoro, Lda.: Pedido de autorização especial para abertura do estabelecimentoRati�car a autorização do dia 12 de dezembro e deferir o pedido para os restantes dias, por unanimidade.9- Associação Académica de Santa Cruz: Pedido de isenção de taxasAprovar a pretensão, por maioria.10- Protocolo de colaboração a celebrar com a Escola Superior de Educação de ViseuRati�cado, por maioria.11- Protocolo de colaboração a celebrar com a “Park Charge – Energy Systems, Lda.”Aprovar o protocolo em causa, por unanimidade.12- Protocolo de colaboração a celebrar com o Instituto Superior de Engenharia de CoimbraAprovar o protocolo e o acordo em causa, por unanimidade.13- Rati�cação de protocolo de estágio (Universidade de Aveiro, Departa-mento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial)Rati�cado, por unanimidade.14- Informação n.º 132GJ: Cumprimento defeituoso – “Parque Desportivo Municipal, Arrelvamento, Iluminação e Obras Complementares” – relvado sintéticoConcordar com a informação técnica e acionar as referidas garantias

Reunião de Câmara de 22 de dezem-bro de 2011

1- PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA2- APROVAÇÃO DA ATA DA REUNIÃO ANTERIORAprovada, por maioria.3- RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIAConhecimento.4- PAGAMENTOSConhecimento.5- Talikual: Pedido de autorização para alargamento de horárioAutorizado, por unanimidade.6- Centro Social Paroquial de Arcozelo das Maias: Pedido de isenção de pagamento de taxasAprovar a redução de 90% do valor das taxas a aplicar, por unanimidade.7- Informação n.º 6/2011 GAAQ: Cartão de Vendedor AmbulanteDeferir o pedido, por unanimidade.8- Informação n.º 48/2011 GAS: Pedido de apoio para transporteConcordar com a informação e assegurar o referido transporte, por unanimidade.CONHECIMENTO:1- Obras em ExecuçãoConhecimento.2- Posto da GNR do CaramuloA Câmara manifestou o seu descontentamento pela passagem do posto da GNR do Caramulo a posto de atendimento, por unanimidade.

referentes ao contrato da empreitada e ao contrato adicional bem como os respetivos reforços, por unanimidade.15- Informação n.º 47/2011 GAS: Material complementar necessário à �nalização de obra em habitaçãoConcordar com a informação técnica e apoiar a família em causa, com o valor de 205,94€ (duzentos e cinco euros e noventa e quatro cêntimos), por unanimidade.16- Alteração ao Regulamento de Taxas e Licenças Municipais e respetiva Tabela (fundamentação económico-�nanceira)Aprovar as novas taxas e tarifas de recolha de resíduos urbanos, água, saneamento e limpeza de fossas, por maioria. Submeter à apreciação da Assembleia Municipal.17- Mapas de Pessoal ao abrigo da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiroAprovados, por maioria. Submeter à apreciação da Assembleia Municipal.18- Apreciação e Votação do Orçamento para 2012Aprovado, por maioria. Submeter à apreciação da Assembleia Municipal.19- Apreciação e Votação das Grandes Opções do Plano 2012/2015Aprovadas, por maioria. Submeter à apreciação da Assembleia Municipal.20- Proposta: Autorização de Contratação de Empréstimo de Curto Prazo em 2012Aprovada, por maioria. Submeter à apreciação da Assembleia Municipal.21- Revogação parcial de subsídios atribuídosAprovar, por maioria, a revogação, parcial dos subsídios, nos seguintes valores:ACREL – 4.000,00€;Confraria Nossa Senhora Dolorosa – 20.000,00€ARCUSPOF – 20.000,00€.22- Desnível Bar: Pedido de autorização para alargamento de horárioAutorizar o alargamento de horário até às 04:00 horas dos dias 17 para 18, 23 para 24, 24 para 25 e 30 para 31 (todos no mês de dezembro) e autorizar o alargamento de horário até às 05:00 horas do dia 31de dezem-bro para 1 de janeiro, por unanimidade.CONHECIMENTO:1- Obras em ExecuçãoConhecimento.

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Sessão Extraordinária de Assembleia Municipal de 02 de dezembro de 2011

Ordem de Trabalhos/Deliberação1 -Derrama Aplicar o lançamento da derrama à taxa de 1,5% para empresas com faturação acima dos 150.000,00€ e de uma taxa reduzida de 1% para empresas com faturação abaixo de 150.000,00€, por maioria, com 23 (vinte e três) votos a favor e 3 (três) votos contra.2 -Participação variável no IRS Participar em 5% no IRS dos sujeitos passivos, por maioria com 24 (vinte e quatro) votos a favor e 2 (dois) votos contra.3 -Empréstimo Quadro (BEI): Amp. Req. ZIOF (Pav. Saneamento, Passeios, Depósitos/Reservatórios, Conduta Elevatória e Rep. Açudes) – 362.123,00€ Autorizar a contratação do empréstimo em causa, por unanimidade, com 26 (vinte e seis) votos a favor.4 -Empréstimo Quadro (BEI): Abertura e Pavimentação Estrada Circular Nascente EN 16 – EN 333-3 EN 16 – 93.565,00€ Autorizar a contratação do empréstimo em causa, por unanimidade, com 26 (vinte e seis) votos a favor.5 -3.ª Revisão ao Orçamento 2011 Aprovada, por maioria, com 24 (vinte e quatro) votos a favor e 2 (duas) abstenções. 6 -3.ª Revisão às Grandes Opções do Plano 2011-2014 Aprovada, por maioria, com 24 (vinte e quatro) votos a favor e 2 (duas) abstenções.7- Taxa Municipal de Direitos de Passagem Não �xar a taxa, por unanimidade, com 26 (vinte seis) votos a favor.

Sessão Ordinária de Assembleia Mu-nicipal de 30 de dezembro de 2011

Ordem de Trabalhos/Deliberação1- Homenagem ao(à) melhor aluno(a) do 12.º ano, no ano letivo 2010/2011, residente no Concelho e indicado pela Escola 2,3/S - Viktorya Lizanets. Entregue o prémio à aluna em causa.2- Período de Antes da Ordem do Dia.a. Aprovação das Atas das Sessões Anteriores. - Atas de 30.09.2011 e de 02.12.2011 – Aprovadas, por unanimidade, com 24 (vinte e quatro) votos a favor. b. Correspondência Recebida e Informações. - Conhecimento.c. Período de Intervenções. - Veri�caram-se várias intervenções. 3- Apreciação da Atividade Municipal. 4- Alteração ao Regulamento de Taxas e Licenças Municipais e respetiva Tabela (fundamentação económico-�nanceira). Aprovada, por maioria, com 19 (dezanove) votos a favor, 3 (três) votos contra e 3 (três) abstenções.5- Mapas de Pessoal ao abrigo da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro. Aprovados, por maioria, com 23 (vinte e três) votos a favor e 2 (duas) abstenções.6- Apreciação e Votação do Orçamento para 2012. Aprovado, por maioria, com 21 (vinte e um) votos a favor e 2 (dois) votos contra.7- Apreciação e Votação das Grandes Opções do Plano 2012/2015. Aprovadas, por maioria, com 21 (vinte e um) votos a favor e 2 (dois) votos contra.8 -Autorização de contratação de empréstimo de curto prazo em 2012. Autorizado, por maioria, com 21 (vinte e um) votos a favor e 3 (três) votos contra.9- Zona Industrial de Oliveira de Frades – Aprovação de novas Medidas Preventivas e suspensão dos respetivos Planos Municipais de Ordenamento em vigor na área da Revisão e Ampliação do Plano de Pormenor da ZIOF. Retirado.10- Discussão sobre o Documento Verde da Reforma da Administração Local. Aprovada a proposta apresentada pela Assembleia Municipal, contra a

reforma da administração local constante do livro verde (no que concerne às freguesias), por unanimidade, com 24 (vinte e quatro) votos a favor.11- Visita às obras: Circular Nascente; Requali�cação da Zona Industrial e Via Estruturante. 12- Intervenção do Público. Não houve intervenções.

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2012janeiro1 Feira S. .joão da serra

710h15_GDOF x Académico Viseu

PARQ. DESP. MUNICIPAL_Futebol inf. sub-12

9h00_GDOF x CD DrizesPARQ. DESP. MUNICIPAL_Futebol inf. sub-13

11h30_gdof x académico viseuPARQ. DESP. MUNICIPAL_Futebol esc. sub-10

10h30_ACD RIBEIRADIO x GD CampiaPARQ. DESP. RIBEIRADIO_Futebol inf. sub-13

21h30_Cantar as janeirasIGREJA DE S. PELÁGIO_Município de O. Frades (org.)

17h00_GDOF x A. Unidos EstaçãoPAV. DESP. MUNICIPAL_Futsal fem. sen.

621h30_Comemoração do Dia de Reis

SEDE_ACR Virela (org.)

(Até)_Presépio LARGO CÓNEGO FERNANDO ROSA_A.C.R.E. Prova (org.)

21h30_CONTO DE NATAL (CHARLES DICKENS)

CINE-TEATRO DR. MORGADO_ACROF (org.)

22h00_ACROF x Clube PT Coimbrapav. desp. municipal_Voleibol Sen. Mas.

2 3 4 5

815h00_ACOF x Falcão CTTL

PAV. DESP. MUNICIPAL_Andebol fem. inf.

10h30_GDOF x Souselo FCPARQ. DESP. MUNICIPAL_Futebol juv.

feira ribeiradio

17h00_ACOF x EA Moimenta BeiraPAV. DESP. MUNICIPAL_Andebol fem. juv.

9 feira oliveira de frades

10 11 12

1415h00_GDOF x GD Resende

PARQ. DESP. MUNICIPAL_Futebol jun.

15h00_ACOF x EA Moimenta BeiraPAV. DESP. MUNICIPAL_Andebol fem. ini.

1515h00_GDOF x A.A.T.L. Avanca

PARQ. DESP. MUNICIPAL_Futebol sen.

11h00_GDOF x AnadiaPARQ. DESP. MUNICIPAL_Futebol ini.

1322h00_ACROF x Clube PT Viseu

PAV. DESP. MUNICIPAL_Voleibol Sen. Mas.

14e15_Workshop de TeatroCINE-TEATRO DR. MORGADO_ACROF (org.)

Infor. e inscri.: Boutiq. Paulinha - [email protected]

16 17 18 19 20

23 24

30 31

25 26 27

2111h30_GDOF x S Viseu Benfica

PARQ. DESP. MUNICIPAL_Futebol esc. sub-10

10h15_GDOF x S Viseu BenficaPARQ. DESP. MUNICIPAL_Futebol inf. sub-12

2211h00_GDOF x são romão

PARQ.DESP. MUNICIPAL_Futebol ini.

9h00_GDOF x CD CinfãesPARQ.DESP. MUNICIPAL_Futebol juv.

2810h30_GDOF x A Os Vouzelenses

PARQ. DESP. MUNICIPAL_Futebol inf. sub-13

10h30_ACD RIBEIRADIO x CD Santacruzense

PARQ. DESP. RIBEIRADIO_Futebol inf. sub-13

17h00_GDOF x GD MangualdePAV. DESP. MUNICIPAL_Futsal fem. sen.

15h00_GDOF x CD CinfãesPARQ. DESP. MUNICIPAL_Futebol jun.

291.ª Atuação do Rancho Infantil

SEDE_A.A. de Santa Cruz (org.)

15h00_GDOF x FC Oliveira do HospitalPARQ. DESP. MUNICIPAL_Futebol sen.

farm

ác

ias 1 - Martinho

2 a 8 - Oliveirense 9 a 15 - Pessoa16 a 22 - Martinho23 a 29 - Oliveirense30 e 31 - Pessoa

até 8 de janeiro

museu municipalNuno Nascimento_artesanato

até 26 de fevereiro“Emoções Contidas”

Cláudia Soeiro - PinturaMuseu Municipal

“Exposição de trabalhos em madeira”

e a

ind

a...

exp

osi

çõ

es

percurso dos cogumelos

festas religiosas

a.a. santa cruz(org)

S. Antão – 17 JaneiroS. Vicente de Lafões

S. Vicente – 22 Janeiro-S. Vicente de Lafões

Sejães

S. Sebastião – 20 JaneiroArcozelo das Maias

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Câmara Municipal de Oliveira de FradesLargo Dr. Joaquim de Almeida3680 - 111 Oliveira de FradesTelef. 232 760 300Fax 232 [email protected]

[email protected]

Gabinete de Apoio à Presidência e Órgãos Autárquicos [email protected]

Serviço Municipal de Proteção [email protected]

Unidade Flexível de 2º Grau – Administrativa e [email protected] Unidade Flexível de 2º Grau – Desenvolvimento Social, Cultural e [email protected] Unidade Flexível de 2º Grau – Planeamento, Urbanismo e [email protected]

Gabinete de Ação [email protected]

Gabinete Técnico Florestal [email protected]

Assembleia [email protected]. Geral: 232 760 300Fax: 232 761727

Biblioteca MunicipalTelef: 232 760 [email protected]

Museu MunicipalTelef. 232 763 [email protected]

Cine-Teatro Dr. MorgadoTelef. 232 760 301

Pavilhão MunicipalTelef. 232 760 302

Piscina MunicipalTelef. 232 760 [email protected]

Central de CamionagemTelef. 232 761 005

EcocentroTelef. 232 761 839

Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em RiscoRua da Estação (Central de Camionagem)3680 – 121 Oliveira de FradesTelef. 232 760 304Telemóvel: 96 8493083Fax: 232 763 [email protected]

Rede SocialRua da Estação (Central de Camionagem)3680 – 121 Oliveira de FradesTelef. 232 763 848Fax: 232 763 848 [email protected]

Gabinete de Apoio ao CidadãoRua da Estação (Central de Camionagem)3680 – 121 Oliveira de FradesTelef. 232 763 848

Número Verde : 800 960 123