Nh3 Operação Manutenção

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    RECOMENDAES SOBREOPERAO E MANUTENODE SISTEMAS DE REFRIGERAO

    POR AMNIA

    Braslia, 2009

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    Ministrio do Meio Ambiente MMASecretria de Mudanas Climticas e Qualidade Ambiental SMCQ / MMA

    A reproduo no autorizada desta publicao, no todo ou em parte, constituiviolao dos direitos autorais (Lei n 9.610)

    1 edio 2.000 exemplaresPublicada em setembro/2008

    Ministrio do Meio Ambiente

    Ministro de Estado do Meio AmbienteCarlos Minc Baumfeld

    Secretria-Executiva

    Izabella Mnica Vieira Teixeira

    Secretria de Mudanas Climticas e Qualidade Ambiental SMCQSuzana Kahn Ribeiro

    Departamento de Mudanas ClimticasDiretora: Branca Bastos Americano

    Coordenao de Proteo da Camada de OznioCoordenadora: Magna Luduvice

    Equipe da Coordenao de Proteo da Camada de OznioTatiana Zanette

    Euler Martins LageFrank AmorimAlex Silva

    PublicaoResponsvel tcnico: Leonilton Tomaz CletoReviso tcnica: Liamarcia Silva HoraProduo grfica: Claudia FockingProjeto grfico e diagramao: Link Design

    Coordenao de Proteo da Camada de OznioEsplanada dos Ministrios Bloco B, 8 andar Braslia/DFCep: 70068-900 | Telefone: (61) 3317-1934 | Fax: (61) 3317-1217

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    Sumrio1 Introduo, 5

    2 Cdigos e normas aplicveis, 72.1 Normas brasileiras e internacionais2.2 Guidelines & Posters2.3 Sites na internet de referncia

    3 Responsabilidades do operador do sistema, 113.1 Conhecimento bsico3.2 Manuteno prevenva

    4 Sistemas de proteo, 174.1 Equipamentos de proteo individual4.2 Equipamentos de proteo coleva4.3 Equipamentos auxiliares4.4 Precaues para manuseio de Amnia4.5 Tratamento de primeiros socorros

    5 Operao e manuteno contaminao com gua, 235.1 Causas da contaminao com gua5.2 Efeitos provocados pela contaminao com gua5.3 Deteco da contaminao com gua5.4 Regenerao da Amnia

    6 Lquido enclausurado, 316.1 Lquido enclausurado em linhas e/ou componentes6.2 Desacelerao sbita do lquido

    6.3 Propulso de lquido pelo vapor

    7 Modicaes em sistemas existentes, 437.1 Recolhimento de Amnia7.2 Instalao do ponto de espera (Tie-In)7.3 Testes7.4 Incio da operao aps a modicao

    8 Procedimentos de operao e manuteno em instalaes de Amnia, 518.1 Procedimento adequado de drenagem de leo em vaso de presso8.2 Procedimento inadequado de drenagem de leo em vaso de presso8.3 Procedimento de recolhimento de Amnia do reservatrio de lquido8.4 Procedimento para inspeo e repara nos condensadores evaporavos8.4 Procedimento sobre a manuteno geral do sistema de refrigerao

    9 Literatura de referncia, soware e bibliograa ulizados, 639.1 Literatura9.2 Sowares9.3 Bibliograa

    Apndice A Critrios de projeto para coletores de leo, 65

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    1. IntroduoO objevo deste Guia de Referncia de apresentar algumas recomendaespara uma operao e manuteno seguras em um sistema de refrigerao por Amnia a

    serem aplicados pelas equipes de operao e manuteno do sistema.

    Este Guia de Referncia abrange os aspectos de segurana a serem considerados,

    durante procedimentos operacionais de campo e servios de manuteno no sistema.

    Este documento no tem funo de norma nem substui as obrigaes necessrias

    requeridas por autoridades locais, estaduais ou federais quanto aos aspectos de segurana

    a serem cumpridos para obteno de licenas de instalao e/ou funcionamento de um

    sistema de refrigerao por Amnia.Este documento deve ser ulizado por pessoal qualicado, com conhecimento

    terico e prco sobre sistemas de refrigerao por Amnia e experincia adequada em

    operao e manuteno dos vrios componentes do sistema.

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    2. Cdigos e normas aplicveisAtualmente, as boas prcas e cuidados desenvolvidos e ulizados nos sistemasexistentes de refrigerao por Amnia no Brasil, baseiam-se na documentao

    internacional disponvel.

    A comisso de estudos de refrigerao industrial CE-55:001.04, do CB-55,

    da ABNT, est desenvolvendo uma norma brasileira sobre segurana em sistemas de

    refrigerao, a NBR 16069. A norma est baseada no ANSI/ASHRAE Standard 15-2007

    e uliza as demais normas internacionais, como referncia para discusso. A norma j

    est em fase nal de elaborao, com o lanamento para consulta pblica previsto ainda

    para 2009.A seguir, os principais documentos disponveis, relacionados aplicao de

    Amnia em sistemas de refrigerao.

    2.1 Normas brasileiras e internacionaisNormas Brasileiras

    NR-13 2008 Caldeiras e Vasos de Presso Normas Regulamentadoras

    da Legislao de Segurana e Sade no Trabalho - Ministrio do Trabalho

    Lei nr. 6514 22/12/1977.

    P4.261 Manual de Orientao para a Elaborao de Estudos de Anlise de Riscos

    CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental 13/08/2003.

    NBR 13598 Vasos de Presso para Refrigerao ABNT Associao Brasileira

    de Normas Tcnicas 04/1996.

    Standards Internacionais

    ANSI/ASHRAE Standard 15-2007 Safety Code for Mechanical Refrigeraon

    American Society of Heang, Refrigerang and Air Condioning Engineers.

    ANSI/IIAR 2-2008 Equipment, Design & Installaon of Ammonia MechanicalRefrigerang Systems Internaonal Instute of Ammonia Refrigeraon.

    EN 378 Part 1- 4 2008: Refrigerang systems and heat pumps - Safety and

    environmental requirements European Comiee for Standardisaon

    Part 1: Basic requirements, denions, classicaon and selecon criteria

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    Part 2: Design, construcon, tesng, marking and documentaon

    Part 3: Installaon site and personal proteconPart 4: Operaon, maintenance, repair and recovery

    ISO 5149:1993 Mechanical Refrigerang Systems used for Cooling and Heang

    Safety Requirements Internaonal Organizaon for Standardizaon.

    ANSI/ASME B31.5 - 2001 Refrigeraon Piping American Society of Mechanical

    Engineers.

    ANSI/IIAR Standard 3-2005 : Ammonia Refrigeraon Valves.

    Cdigo ASME para Dimensionamento de Vasos de Presso

    ASME Pressure Vessel Code 2004 Secon VIII Div. 1 Rules for Construconof Pressure Vessels American Society of Mechanical Engineers.

    ASME Pressure Vessel Code 2004 Secon II Materials Part A Ferrous

    Material Specicaons American Society of Mechanical Engineers.

    ASME Pressure Vessel Code 2004 Secon II Materials Part C Specicaons

    for Welding Rods Electrodes and Filler Metals American Society of Mechanical

    Engineers.

    ASME Pressure Vessel Code 2004 Secon II Materials Part D Properes

    American Society of Mechanical Engineers.

    ASME Pressure Vessel Code 2004 Secon V Nondestrucve Examinaon

    American Society of Mechanical Engineers.

    ASME Pressure Vessel Code 2004 Secon IX Welding and Brazing

    Qualicaons American Society of Mechanical Engineers.

    2.2 Guidelines & PostersO IIAR Internaonal Instute of Ammonia Refrigeraon, possui atualmente os

    seguintes Bolens/Guias de Refernciarelacionados aplicao de Amnia em sistemas

    de refrigerao, entre suas publicaes:

    Bullen R1 1983 : A Guide to Good Pracces for the Operaon of an Ammmonia

    Refrigeraon System.

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    Bullen 107 1997 : Guidelines for: Suggested Safety and Operang Procedures

    when Making Refrigeraon Plant Tie-Ins.Bullen 108 1986 : Guidelines for: Water Contaminaon in Ammonia Refrigeraon

    Systems.

    Bullen 109 1997 : Guidelines for: IIAR Minimum Safety Criteria for a Safe

    Ammonia Refrigeraon System.

    Bullen 110 1993 : Guidelines for: Start-Up, Inspecon and Maintenance of

    Ammonia Mechanical Refrigerang Systems.

    Bullen 111 2002 : Guidelines for: Ammonia Machinery Room Venlaon.

    Bullen 112 1998 : Guidelines for: Ammonia Machinery Room Design.

    Bullen 114 1991 : Guidelines for: Idencaon of Ammonia Refrigeraon Pipingand System Components.

    Bullen 116 1992 : Guidelines for: Avoiding Component Failure in Industrial

    Refrigeraon Systems Caused by Abnormal Pressure or Shock.

    O IIAR possui ainda uma srie de Posters, que podem ser ulizados como

    referncia rpida no ambiente de trabalho, os quais j esto disponveis em portugus,

    com os seguintes temas:

    Equipamento de Proteo para Sistemas de Refrigerao.

    Manuteno Prevenva Bsica para Sistemas de Refrigerao.

    Primeiros Socorros ao Contato com Amnia.

    Instrues para Drenagem de leo

    O IOR Instute of Refrigeraon, com sede no Reino Unido, possui os seguintes

    documentos especcos para refrigerao por Amnia:

    IOR Guidance Note 10 - 2005: Working with Ammonia.

    IOR Ammonia Guidelines - 2005.

    Oil Draining from Ammonia Systems

    IOR Ammonia Safety Code 2002 (Norma em Reviso).

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    2.3 Sites na Internet de refernciaA seguir, uma lista de sites de referncia onde possvel obter o material listado

    acima:

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas : www.abnt.org.br

    CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Secretaria do

    Meio Ambiente do Governo do Estado de So Paulo: www.cetesb.sp.gov.br

    Ministrio do Trabalho Normas Regulamentadoras da Legislao de Segurana

    e Sade no Trabalho www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras

    IIAR Internaonal Instute of Ammonia Refrigeraon : www.iiar.org

    ASHRAE American Society of Heang Refrigerang and Air CondioningEngineers: www.ashrae.org

    CEN - European Comiee for Standardisaon :www.cenorm.be

    ISO Internaonal Organizaon for Standardizaon : www.iso.org

    IOR Instute of Refrigeraon :www.ior.org.uk

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    3. Responsabilidades dooperador do sistema

    Este captulo trata da capacitao e das qualicaes mnimas necessrias ao

    operador do sistema e tem como base o Bullen R1 1983: A Guide to Good Pracces

    for the Operaon of an Ammmonia Refrigeraon System [1]. Deve-se enfazar que

    essencial um treinamento especco, com programa de reciclagem educacional connua,

    para se manter uma equipe de operao capacitada e para garana da operao segura

    do sistema.

    3.1 Conhecimento bsicoInicialmente, para operao de um sistema de refrigerao por Amnia,

    necessrio um conhecimento pleno dos fundamentos bsicos de refrigerao, incluindo

    as caracterscas do ciclo de compresso vapor, as relaes presso x temperatura do

    fluido refrigerante, as funes e caracterscas principais dos componentes do sistema

    de refrigerao e os aspectos envolvendo a sua segurana. No signica que o operador

    saiba como projetar um sistema, mas precisa ter conhecimento suciente dos vrios

    aspectos do mesmo, principalmente sobre o sistema no qual ele opera. O Operador

    deve:

    Operar o sistema de maneira segura, conforme os requisitos de projeto e dentro

    das faixas limites de operao normal;

    Conhecer a funo e operao de cada componente do sistema;

    Entender a operao combinada entre os vrios componentes do sistema.

    O operador deve estar familiarizado com os seguintes componentes e operao:

    3.1.1 Compressor

    Cada po e modelo de compressor (ainda que do mesmo fabricante) possui uma

    srie de limites operacionais. Estes limites (relacionados principalmente a presses,

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    temperaturas e rotao) denem a faixa de aplicao na qual cada compressor pode

    operar de maneira segura. Os limites mais importantes so protegidos por controlesde segurana, os quais o operador deve estar familiarizado com os pontos de ajuste e

    funo. A seguir, os principais elementos de controle:

    Baixa presso de suco;

    Alta presso de descarga;

    Baixa presso diferencial de leo;

    Alta temperatura de descarga;

    Baixa temperatura de descarga;

    Alta temperatura de leo;

    Alta corrente do motor eltrico;

    Outros controles de segurana especcos para cada po de compressor.

    3.1.2 Vlvulas de controle automco

    A funo bsica das vlvulas de controle de regular automacamente a presso,

    temperatura, nvel ou vazo de injeo de fluido refrigerante nos vrios componentes

    do sistema. importante saber:

    O funcionamento da vlvula (princpio de operao e condies);

    Qual a funo de regulagem da vlvula;

    Quais os ajustes da vlvula e como ajust-la para determinada condio de

    operao e controle;

    O que acontece com o sistema quando a vlvula abre ou fecha;

    O que acontece com o sistema quando a vlvula isolada do restante do sistema

    ou quando h um bypass manual;

    O que acontece com a vlvula e o sistema quando h uma falha de energia. O que

    acontece quando a vlvula re-energizada.

    3.1.3 Vlvulas de bloqueio

    Estas vlvulas so instaladas no sistema com a funo de isolar certos componentes

    do restante do sistema ou de bloquear/parar o fluxo de fluido refrigerante. Elas podem

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    ser operadas manualmente, ou atravs de comando eltrico, pneumco e at atravs

    de piloto pelo fluido refrigerante pressurizado. importante saber:Onde cada vlvula de bloqueio est localizada no sistema;

    O que acontece com o sistema quando se abre ou fecha a vlvula;

    Qual a posio normal de operao da vlvula (normalmente aberta ou

    normalmente fechada);

    Como determinar se a vlvula est aberta ou fechada (quando no h uma

    indicao externa evidente).

    3.1.4 Vlvulas de alvio de presso (vlvulas de segurana)

    As vlvulas de alvio de presso tem a funo essencial de evitar que haja rupturas

    devido presso excessiva em vasos de presso, compressores, trocadores de calor,

    descargas de bombas de Amnia e em alguns trechos da tubulao. Todas as vlvulas

    de segurana precisam ser inspecionadas periodicamente, conforme os requisitos da

    legislao. O operador deve saber:

    A localizao das vlvulas de alvio de presso no sistema;

    O ponto de ajuste correto de cada vlvula de alvio de presso. Cada vlvula deve

    ser disntamente idencada e tagueada;

    Qual componente ou parte do sistema cada vlvula foi designada para proteger;Qual ao (condio de desvio de operao) deve ocorrer para que a vlvula

    eventualmente venha a atuar.

    3.1.5 Controles eltricos/eletrnicos

    O sistema de refrigerao possui vrios componentes de controle eltrico ou

    eletrnico tais como disjuntores, fusveis, rels, temporizadores, malhas de controle e

    vrias funes de proteo controladas por sistema computadorizados. Muitos deles

    localizados em um painel eltrico, painel microprocessado ou ainda na tela de um

    sistema de superviso e gerenciamento do sistema de refrigerao. responsabilidade

    do operador conhecer plenamente:

    Qual o propsito de cada controle;

    Qual componente ou parte do sistema cada controle designado para proteger;

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    O que fazer em caso de falha de energia;

    O que acontece com o sistema em um perodo longo de desligamento;Qual a sequncia de operao para desligamento completo do sistema;

    Qual a sequncia de operao para a entrada em funcionamento do sistema;

    Como aliviar o sistema devido a uma elevao de presso provocada por uma

    parada do sistema, durante a uma falha de energia.

    3.1.6 Mudanas de temperatura/presso no sistema

    So muitos os fatores que podem afetar as temperaturas e presses normais de

    operao do sistema de refrigerao incluindo mal funcionamento mecnico ou eltrico,temperatura ambiente, carga de produto, etc. importante saber:

    Quais as condies de projeto e as condies normais de operao do sistema,

    incluindo temperaturas e presso de cada regime de operao;

    Quais as causas e efeitos em caso de mudana de temperatura ou presso:

    No lado de baixa presso do sistema;

    Na presso intermediria do sistema (para sistemas de duplo estgio);

    No lado de alta presso do sistema.

    Em caso de desvio operacional, quais aes sero tomadas de modo a restaurar

    as condies normais de temperatura e presso nos vrios pontos do sistema.

    3.1.7 Recolhimento de fluido refrigerante

    Um sistema de refrigerao bem projetado inclui a facilidade de se transferir o

    fluido refrigerante de uma parte para outra do sistema com o propsito de manuteno.

    Cada operador deve ser bem treinado para realizar operaes de recolhimento e

    transferncia em todas as partes do sistema. Alm disso deve saber:

    Qual ao tomar quando houver uma elevao de presso no sistema;

    Qual ao tomar em caso de um vazamento no previsto;

    Como realizar as operaes de recolhimento no sistema ou manter vcuo nos

    diferentes componentes do sistema, para realizao de reparos.

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    3.2 Manuteno prevenva

    Um dos fatores mais importantes para a operao segura do sistema de refrigerao

    o conhecimento do operador com relao manuteno prevenva dos vrios

    componentes do sistema. Cada componente requer uma rona de inspeo, limpeza ou

    ajuste interno e possivelmente a substuio. As seguintes operaes/ revises devem

    ser realizadas periodicamente:

    Compressores devem ser revisados conforme a periodicidade e requisitos do

    fabricante;

    leo lubricante deve ser inspecionado e substudo conforme a periodicidade e

    requisitos do fabricante do compressor;

    Filtros devem ser limpos ou substudos conforme recomendao do fabricante.

    Caso seja necessrio realizar manutenes com maior freqncia, pode ser

    um indicavo de problemas relacionados qualidade e pureza da Amnia no

    sistema;

    Controles de Segurana devem ser inspecionados e testados atravs de operao

    manual para garanr que os mesmos esto funcionando corretamente. Quando

    em falha, devero ser substudos imediatamente;

    Vlvulas de Bloqueio devem ser vericadas quanto vedao completa atravsde manobras peridicas de inspeo de cada vlvula. O castelo deve estar livre de

    pintura ou ferrugem e o corpo da vlvula livre de vazamento;

    Vlvulas de Controle Automco devem ser vericadas atravs da sua operao

    manual. Componentes defeituosos tais como bobinas de solenides, pilotos e

    as partes internas (mecnicas) devem ser imediatamente substudas. Filtros de

    linha antes das vlvulas devem ser limpos, especialmente se for vericado alguma

    perda de capacidade;

    Drenos de leo devem ser vericados e o excesso de leo deve ser removido

    com a frequncia necessria. Se houver um aumento da frequncia de drenagem

    de leo um sintoma que h arraste excessivo de leo dos compressores para o

    sistema;

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    Vlvulas de Expanso devem ser vericadas quanto ao ajuste correto. Em caso de

    vlvulas eletrnicas os sensores de presso e temperaturas devero ser calibradosperiodicamente;

    Manmetros e Termmetros de Campo, Sensores Temperatura e Transdutores

    de Pressodevem possuir um programa de calibrao peridico;

    Visores de Nvel devem ser mandos limpos e desobstrudos. Devem ser protegidos

    de maneira adequada. Tubos de vidro devem ser evitados e substudos por

    visores blindados com proteo externa;

    Controladores de Nvel e Sensores de Nvel e Alarmes de Nvel devem ser

    inspecionados e testados atravs de operao manual para garanr que os mesmos

    esto funcionando corretamente. Quando em falha, devero ser substudos

    imediatamente;

    Bombas de Refrigerante devem ser vericadas quanto ao desempenho atravs de

    medies constantes das presses de suco e descarga e da corrente dos motores.

    Devem ser revisadas conforme a periodicidade e requisitos do fabricante;

    Equipamentos de Proteo Individual e Coleva tais como mscaras, luvas,

    aparelhos autnomos de respirao, lava-olhos, chuveiros e sinalizao de

    emergncia devem ser vericados regularmente;

    Procedimentos de Emergncia devem ser frequentemente executados em

    exerccios simulados e revisados pelo menos a cada 2 anos.

    Outros itens a serem constantemente inspecionados:

    Tubulao de Amnia e suportes da tubulao devem ser inspecionados quanto

    vibrao. O isolamento trmico tambm deve ser vericado em toda sua

    extenso quanto a danos ou rompimento da barreira de vapor, condensao ou

    congelamento no revesmento externo;

    Vazamentos . Uma boa instalao de Amnia no deve ter vazamentos. Caso

    sejam vericados traos de leo em conexes flangeadas ou prximo a vlvulas

    se perceber o odor de Amnia, os mesmos devem ser vericados. importante

    uma vericao peridica nos vrios pontos sujeitos a vazamentos na instalao;

    Sistemas Hidrnicos devem ser vericados quanto possibilidade de vazamentos

    atravs de anlise peridica da qualidade de gua se h traos de contaminao

    com Amnia.

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    4. Sistemas de proteo4.1 Equipamentos de proteo individual

    Todo operador trabalhando na sala de mquinas deve normalmente usar um

    conjunto de equipamentos para proteo individual, que depender da avidade em

    questo. Tradicionalmente se adotam culos, botas e capacete na maioria dos casos. Nas

    operaes onde h risco de vazamento de Amnia a proteo respiratria essencial, e

    deve incluir pelo menos uma mscara de proteo facial com ltro apropriado.

    As situaes de emergncia podem gerar condies bem mais severas que aquelasobservadas na operao do dia a dia. Para essas situaes, uma brigada de emergncia

    deve assumir o controle da situao, a qual dever estar munida de equipamentos de

    proteo individual especiais antes de iniciar qualquer ao correva. Em sistemas

    de refrigerao por Amnia, recomenda-se os seguintes equipamentos de auxlio aos

    operadores e brigada de emergncia:

    Capacetes, culos, Botas, Capas e Luvas de Neoprene , para proteo corporal

    contra radiao, respingos, objetos em queda, para todos os operadores e

    membros da brigada de emergncia;

    Mscaras Panormicas , que proporcionam proteo respiratria para avidades

    operacionais sujeitas a pequenos vazamento de Amnia onde a concentrao de

    Amnia for menor que 500 ppm. No deve ser ulizada em locais connados,

    onde existam excesso de vapores ou nuvem txica. Recomenda-se que cada

    operador possua sua mscara e seja treinado para uliz-la. Os ltros devem ser

    constantemente vericados e mandos dentro do prazo de validade;

    Equipamento de Respirao Autnoma (SCBA) , que proporciona proteo

    respiratria total numa operao de resgate de pessoas intoxicadas ou controle

    de situaes crcas, principalmente em locais connados. O cilindro deve

    ter autonomia mnima de 20 min. Recomenda-se que hajam pelo menos dois

    equipamentos desses na instalao e que estejam estrategicamente localizados,em abrigos apropriados e em posio de serem rapidamente vesdos;

    Roupas de Proteo de Nvel A (Macaco de PVC ou Borracha Clorobulica,

    com Botas e Luvas de Neoprene ou Borracha incorporadas ao macaco) , que

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    proporcionam total proteo corporal para os casos onde h necessidade de

    controlar vazamentos de Amnia lquida ou quando for necessrio entrar dentroda nuvem txica. Recomenda-se que haja pelo menos um conjunto completo

    desses na instalao junto com os equipamentos de respirao autnoma. Os

    operadores da sala de mquinas devem ser treinados na sua ulizao pois em

    caso de grande vazamento, os mesmos devero uliz-las para acesso sala de

    mquinas para idencao da fonte de vazamento e procedimentos especcos

    (como o fechamento vlvulas) para cessar o vazamento.

    4.2 Equipamentos de proteo colevaNas operaes de resgate de pessoas angidas por respingos ou jatos de Amnia

    e/ou intoxicadas pela inalao de vapores, so necessrios os seguintes equipamentos:

    Chuveiro de Emergncia e Lavaolhos, que devero ser instalados prximos s

    portas de sada da sala de mquinas;

    Manta para Fogo e Maca, Cobertor, Estojo de Primeiros Socorros e Garrafa de

    Oxignio com Mscaraa serem mandos em abrigos apropriados e de fcil acesso

    brigada de emergncia.

    4.3 Equipamentos auxiliaresRdio portl , para uso constante do coordenador local de emergncia do

    turno, possibilitando uma localizao e comunicao rpida entre a portaria da

    instalao, o coordenador e os vrios agentes externos (bombeiros, polcia, etc.);

    Birutas , com iluminao noturna, instaladas em pontos disntos da instalao,

    sem as quais no ser possvel orientar a ao da brigada de emergncia e nem

    decidir pela forma de evacuao durante um escape;

    Elementos de Sinalizao , incluindo:

    Conesreflexveis; Rolos de tas de isolamentoreflexivo;

    Placas de aviso sinalizadoras;

    Bandeirolas de sinalizao;

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    Lanternas prova de exploso com baterias de longa durao;

    Megafone prova de exploso;Venladores portteis;

    Gerador portl de emergncia;

    Detectores Eletrnicos de Amnia portteis.

    Todos os equipamentos de emergncia devem ser freqentemente submedos

    a uma inspeo rigorosa, por uma pessoa tecnicamente qualicada a qual deve relatar

    sempre que haja a necessidade de manuteno ou substuio.

    4.4 Precaues para manuseio de AmniaEPIs Equipamentos de Proteo Individual no substuem condies seguras

    de trabalho, mas certas operaes podem exigir alguma proteo mnima, enquanto

    que situaes de emergncia demandaro um alto grau de proteo pessoal.

    Qualquer pessoa que eventualmente tenha que usar estes equipamentos deve

    estar totalmente treinada e conhecer suas limitaes. A seguir algumas recomendaes

    sobre o uso de EPIs e precaues em operaes de manuseio com Amnia:

    culos ampla-viso e luvas, de neoprene ou borracha, so os equipamentos

    mnimos a serem usados por qualquer pessoa trabalhando na instalao, em

    condies normais;

    Para as operaes de drenagem de leo, purgas, rerada de amostras, deve-se

    proteger o corpo contra respingos e projees, botas de borracha, luvas e alm

    disso usar mscara panormica para proteo respiratria. Em alguns casos ser

    necessrio o uso de avental de PVC ou borracha clorobulica;

    Use, sempre que for trabalhar com Amnia, mscaras com o ltro apropriado e

    dentro do prazo de validade;

    O local de trabalho dever ter venlao adequada;

    Saiba onde se encontram os sistemas de respirao autnoma e como us-Ios. No

    caso de uma emergncia, deve-se usar equipamento de respirao autnoma, que

    proporciona a proteo total necessria numa manobra de resgate ou controle de

    situaes crcas;

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    Ao mais leve cheiro de Amnia, coloque mscara e procure o vazamento, avisando

    a manuteno e interditando a rea;Evitar que pessoas com doenas na viso e/ou pulmes transitem pela rea e

    muito menos trabalhem neste local;

    Quando houver Amnia lquida em tubulaes ou vasos, esta dever ser

    totalmente evaporada antes de qualquer servio nestes itens, deixando a rea

    livre e demarcada durante a operao.;

    O supervisor de segurana dever autorizar os servios de manuteno mediante

    uma permisso para trabalho;

    Manter quaisquer outros compostos gasosos afastados da Amnia, tais como

    Cloro, GLP, cidos, etc.

    4.5 Tratamento de primeiros socorros importante que em todos os atendimentos os socorristas estejam usando

    proteo respiratria adequada e removam a vma do local para uma rea livre e

    descontaminada mais prxima possvel, e solicitem imediatamente a assistncia mdica

    e ambulncia.

    No caso do produto ter angido os olhos a rapidez ser vital. Os olhos devem ser

    lavados com soluo lava-olhos, gua boricada, ou gua corrente durante no mnimo 10minutos. Se no houver servios mdicos disponveis a lavagem deve connuar por mais

    20 minutos.

    No caso do produto ter angido a pele, as roupas que verem entrado em contato

    com o produto devem ser removidas com cuidado (pois a roupa pode se colar ao corpo)

    e as partes do corpo angidas devem ser lavadas abundantemente.

    No caso de inalao de vapores, o acidentado deve ser colocado diretamente no

    solo para um possvel tratamento de respirao arcial e/ou massagens cardacas. Caso

    a respirao esteja dicil, aplicar oxignio com aparelho de respirao controlada.

    Se a vma parou de respirar, aplicar respirao arcial. No caso de paradacardaca, aplicar massagem cardaca externa.

    No caso de ingesto, fornea grandes quandades de gua para beber se a vma

    ainda esver consciente. No induza o vmito.

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    Um tratamento sintomco e de fortalecimento geral ser necessrio aps a fase

    crca da intoxicao. As consequncias de uma intoxicao com Amnia no ultrapassamnormalmente mais do que 72 horas, mas as leses oculares podero ser permanentes.

    Se a exposio for severa, o paciente dever ser mando em observao mdica por no

    mnimo 48 horas, uma vez que existe a possibilidade de edema pulmonar retardado.

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    5. Operao e manuteno contaminao com gua

    5.1 Causas da contaminao com guaA contaminao com gua em uma instalao pode ocorrer desde o perodo da

    montagem da instalao e at durante a operao normal do sistema.

    Contaminao durante a montagem:

    Condensao (de umidade) dentro da tubulao no protegida durante amontagem;

    Equipamentos, tubulao e demais componente expostos ao tempo durante

    o perodo de montagem sem proteo, ou sem pressurizao interna (com

    Nitrognio, por exemplo);

    Vasos de presso aps testes hidrostcos que foram mal drenados;

    Condensao (de umidade) devido a teste pneumco das linhas ulizando ar

    mido;

    Vcuo mal feito (ou nem realizado);

    Carga inicial de Amnia com presena de gua (proveniente de fornecedores no

    qualicados). Deve-se exigir o cercado de pureza (99.95%) da carga de Amnia

    a ser fornecida.

    Contaminao durante a operao:

    Ruptura de tubos de trocadores Shell-and-Tube, principalmente em resfriadores

    de gua ou condensadores a gua;

    Procedimentos no apropriados de drenagem de leo ou purga de Amnia

    durante a manuteno em vasos ou linhas, com presso abaixo da atmosfrica

    (Tev< -33.5oC). O risco aumenta quando a purga feita para tanques com gua

    e, neste caso, recomendvel a instalao de vlvulas de reteno na linha depurga para evitar que pelo contra-fluxo a gua penetre no interior do circuito de

    refrigerao;

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    Pequenos vazamentos em vlvulas, juntas, selos de bombas, selos de compressores

    e em serpennas de evaporadores quando operam com baixas presses (comTev< -33.5oC), ou mesmo em operao de recolhimento;

    Procedimento de vcuo no apropriado aps a manuteno de um equipamento

    do sistema. Muitas vezes nem feito o vcuo;

    Amnia ulizada para reposio com presena de gua (proveniente de

    fornecedores no qualicados).

    No entanto, nem sempre possvel evitar a penetrao de gua no sistema. Alm

    dos cuidados com a drenagem e com o vcuo, ca dicil avaliar a contaminao ao longo

    dos anos seno pela anlise de amostras em vrios pontos da instalao.

    Uma forma de se observar o quanto de gua penetra em sistemas com baixas

    presses que possuem purgadores de ar atravs da monitorao da purga de ar.

    importante lembrar que o ar que eventualmente penetra no circuito de refrigerao

    possui umidade, mas o ar que purgado completamente seco, pois a gua se solubiliza

    com a Amnia e ca acumulada no sistema. Quando se considera um perodo de 10 anos

    no surpresa encontrar 5-10% de gua na instalao.

    Uma pesquisa realizada nos anos 90 [3] em mais de 100 instalaes da Dinamarca,

    Noruega e Sucia, mostrou que grande parte delas connham cerca de 2% a 6% de gua

    e que mais de 10% das instalaes possuam mais do que 8% de gua acumulada no

    separador de lquido no lado de baixa presso.

    5.2 Efeitos provocados pela contaminaocom guaOs principais efeitos da contaminao da Amnia com gua so:

    A gua que entra no circuito de refrigerao ir se acumular no fundo dos

    separadores de lquido e evaporadores do sistema. Isto provocar uma diminuio

    da capacidade efeva e do COP do sistema numa proporo aproximada

    quandade de gua acumulada ( ex. 5% de gua signica uma perda de cerca de

    5% de capacidade no sistema);

    Reaes qumicas com a formao de hidrxido de amnio (NH4OH) que podem

    provocar corroso galvnica em vlvulas e linhas, principalmente onde h acmulo

    de leo;

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    Juntamente com a presena de oxignio (do ar que penetra no circuito de

    refrigerao), ocorre a quebra das cadeias moleculares do leo, atravs daoxidao, nitritao e formao de compostos nitrosos. Estes compostos so

    solveis em Amnia e so arrastados aps o separador de leo. Com isso, o

    consumo de leo se torna excessivo e vrios componentes podem se deteriorar

    devido corroso.

    A seguir, um exemplo de uma planta operando a uma temperatura de evaporao

    de -40OC e uma temperatura de condensao de 35C, com compressores de parafuso em

    sistema de duplo estgio (booster) {1}. O que acontecer com o consumo de energia e

    a capacidade se a contaminao da gua nos evaporadores de 10% ou de 20%?

    100% NH3e 0% H

    2O nos evaporadores:

    Tev

    = -40oC

    Pev = 70 kPa abs (0.70 bar abs)

    Tcd

    = 35oC

    COP = 1.80

    90% NH3e 10% H

    2O nos evaporadores:

    Tev

    = -40oC

    Pev

    = 63 kPa abs (0.63 bar abs)

    Tcd

    = 35oC

    COP = 1.69

    80% NH3e 20% H

    2O nos evaporadores

    Tev

    = -40oC

    Pev

    = 56 kPa abs (0.56 bar abs)

    Tcd

    =35oC

    COP=1.60

    Com o aumento gradavo da contaminao da Amnia com gua, o valor do COP

    do compressor vai diminuir. Tomando como exemplo um tnel de congelamento com

    capacidade de refrigerao de 1500 kW (1290000 kcal/h), que opera 16 horas por dia,360 dias por ano, nestas condies de funcionamento, o comparavo a seguir mostra

    qual o consumo de energia adicional (em kWh) necessrio para se obter a mesms

    capacidade de refrigerao:

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    Com 100% NH3e 0% H

    20 nos evaporadores:

    Para 1500 kW de capacidade, o consumo de energia para cada condio ser:1500 kW/1.80 = 833.3 kW

    12 h x 360 dias x 833.3 kW / (1000 kW/MW) = 3600 MWh por ano

    Com 90% NH3e 10% H

    2O nos evaporadores:

    1500/1.69 = 887.6 kW

    12 h x 360 dias x 887.6 kW / (1000 kW/MW) = 3835 MWh por ano

    Consumo adicional: 3835 3600 = 235 MWh/ano, para cada 1500 kW de

    Capacidade.

    Considerando ~R$ 150,00/MWh, obtm se o seguinte custo adicional:

    Custo Adicional: R$ 35.250,00/ ano, para cada 1500 kW de Capacidade

    Com 80% NH3 e 20% H2O nos evaporadores:

    1500/1.60 = 937.5 kW

    12 h x 360 dias x 937.5 kW / (1000 kW/MW) = 4050 MWh por ano

    Consumo adicional: 4050 3600 = 450 MWh/ano, para cada 1500 kW de

    Capacidade.

    Custo Adicional: R$ 67.500,00/ ano, para cada 1500 kW de Capacidade

    A Tabela 01 indica a reduo de capacidade e do COP, para o exemplo citado,

    operando no regime -40OC/-10OC/+35.0OC {1}.

    Quandade de gua na Amnia 0% 5% 10% 15% 20%

    Presso (kPa abs) a -40OC 70.0 66.5 63.0 60.5 56.0

    Capacidade (kW) 1500 1407 1347 1292 1214

    COP 1.80 1.73 1.69 1.65 1.60

    Reduo de capacidade --- 6% 10% 14% 19%

    Reduo de COP --- 4% 6% 8% 11%

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    5.3 Deteco da contaminao com guaO IIAR Bullem 108-1986 [2] descreve um procedimento adequado, incluindo

    todo o aparatus necessrio para coleta e anlise para a determinao da concentrao

    de gua em uma amostra de Amnia contaminada. Porm, para uma anlise criteriosa,

    recomenda-se a contratao de uma empresa especializada na rerada da coleta e na

    realizao da anlise em laboratrio. Alguns fornecedores de Amnia para sistemas de

    refrigerao possuem este servio.

    Os melhores pontos do sistema para a coleta de amostras so a linha de descarga

    das bombas de Amnia e os pontos de drenagem leo (ou de lquido) dos vasos

    separadores de lquido do lado de baixa presso.

    Deve-se observar que nos separadores de lquido, pode haver uma separao

    parcial de gua da Amnia no fundo, o que resultar em 3 regies de lquido disntas:

    gua no fundo, com uma pequena concentrao de Amnia (lquido mais

    denso);

    leo no nvel intermedirio (mais denso que a Amnia);

    Amnia lquida contaminada com gua na camada superior.

    Esta estracao pode ser observada no processo de drenagem de leo dos

    coletores de leo. Quando grande a presena de gua, logo no incio da drenagem

    para o recipiente externo (ex. balde), percebe-se que o lquido transparente que sai

    no possui um odor pungente e nem vaporiza com grande intensidade, pois trata-se de

    gua (ou soluo fraca de hidrxido de Amnia). Em seguida vem o leo e nalmente a

    Amnia contaminada.

    A amostra a ser coletada para ns de anlise de concentrao de gua, deve ser

    aquela que contm Amnia contaminada, e no a gua inicial da drenagem.

    5.4 Regenerao da Amnia

    De forma a manter as condies de operao dentro de limites aceitveis,recomenda-se que o percentual de gua seja mando no mximo em 0.5% (o grau de

    pureza da Amnia recomendada para sistemas de refrigerao de 99.95%, ou seja

    no mximo 0.05% de gua). Para que isto seja possvel necessrio a ulizao de um

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    regenerador de Amnia, um equipamento onde a Amnia se separa por evaporao da

    mistura gua-Amnia e a gua residual (no estado lquido) drenada do sistema.A Figura 01 apresenta um esquema de um Regenerador de Amnia ulizando

    gs quente como fonte de calor para evaporao de Amnia, que funciona da seguinte

    forma:

    Inicialmente, com o vaso vazio e a vlvula de sada (de Amnia regenerada) para

    o separador de lquido aberta, abre-se a vlvula de bloqueio da linha de entrada

    de Amnia contaminada (proveniente do sistema por exemplo, do fundo do

    separador de lquido do regime de baixa presso) e esta injetada no estado

    lquido no regenerador;

    O controle da injeo realizado por uma bia de nvel baixo (bia de baixa).

    Enquanto o nvel de lquido esver abaixo da posio da bia, a injeo

    connua;

    Quando o nvel da bia for angido, a injeo cessada e a vlvula de bloqueio da

    linha de injeo de Amnia contaminada deve ser fechada. Deve-se observar que

    o processo ocorre em regime de batelada;

    Em seguida, injetado gs quente na regio encamisada do vaso, trocando calor

    com a Amnia contaminada no interior do vaso;

    O gs quente resfriado e se condensa. O controle de condensado na camisa

    realizado por uma bia de nvel alto (bia de alta);

    Quando o condensado ange o nvel da bia, ela abre, drenando o condensado

    para um vaso do sistema de menor presso (ex. o separador de lquido);

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    Figura 01 - Esquema de um Regenerador de Amnia ulizando Gs Quente

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    Com a injeo de gs quente na camisa, a Amnia (da mistura gua-Amnia

    contaminada) evaporada e a gua residual (juntamente com outra eventualimpureza, incluindo leo) permanece no vaso;

    Deve-se observar que importante manter uma temperatura de evaporao

    mxima de 40OC no interior do vaso (presso mxima de 14.5 bar g) para evitar a

    formao de espuma devido presena de leo, o que vai dicultar a evaporao

    da Amnia;

    Finalizada a evaporao de Amnia, cessa-se a injeo gs quente. Isso vai

    provocar uma queda de presso no regenerador que tende a car na presso do

    separador. Para evitar um eventual congelamento da gua residual, recomenda-

    se que a vlvula de sada de Amnia regenerada do vaso para o separador de

    lquido seja fechada com uma presso no inferior a 3.3 bar g (com temperatura

    de evaporao em torno de 0.0OC);

    Aps nalizado o processo, com todas as vlvulas que ligam o regenerador ao

    sistema e injeo de gs quente fechadas, inicia-se o processo de drenagem;

    Deve-se observar que o vaso ainda estar pressurizado e ainda haver uma

    porcentagem de Amnia misturada na gua. Portanto, a drenagem dever ser

    realizada para um balde e o procedimento de drenagem deve ser o mesmo

    ulizado em um processo de drenagem de leo de um coletor de leo;

    Portanto, para a drenagem nal necessrio um EPI especco que dever incluir,

    luvas e uma mscara de proteo facial com ltro;

    Para a drenagem nal, recomenda-se instalar uma vlvula de dreno de fecho

    rpido (com retorno por mola) em srie com a vlvula de bloqueio do dreno,

    para garanr uma drenagem segura. Qualquer descontrole, basta soltar a vlvula

    de fecho rpido que ela se fecha e bloqueia imediatamente o fluxo para o

    ambiente;

    O lquido drenado no poder ser jogado na rede de esgoto, ou em qualquer

    lugar. Dever ser neutralizado e enviado para um sistema de coleta adequado

    para resduos contaminados.

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    6. Lquido enclausuradoO texto a seguir tem como base o Bullen 116 1992: Guidelines for: AvoidingComponent Failure in Industrial Refrigeraon Systems Caused by Abnormal Pressure

    or Shock [4], alm das normas e standards de referncia, onde aplicvel.

    6.1 Lquido enclausurado em linhas e/oucomponentes

    Liquido enclausurado o preenchimento completo do volume interno de umelemento de conteno pressurizado, tal como um vaso de presso ou trecho de

    tubulao, com o liquido refrigerante.

    Enclausuramento de lquido em trechos de linhas (normalmente na linha de

    lquido), ou em algum equipamento (ex. serpennas dos evaporadores), ocorre

    normalmente devido manobras erradas durante o fechamento de vlvulas para um

    servio de manuteno.

    Com o aumento da temperatura ocorre expanso trmica do lquido enclausurado,

    criando um aumento da presso e, nalmente, causando o aumento do volume, ou at o

    rompimento do trecho isolado. Como exemplo, o aumento de volume de Amnia lquida

    a -40oC em torno de 1% para cada incremento de 5oC na temperatura.

    6.1.1 Causas

    Lquido enclausurado na maioria das vezes causado pelo fechamento inadequado

    de vlvulas manuais que aprisionam lquido em um trecho connado. Isto pode ocorrer

    durante um procedimento de isolamento de um componente da linha de lquido do

    restante do sistema para manuteno. Exemplos disto incluem o enclausuramento do

    lquido entre duas vlvulas manuais ou entre uma vlvula de reteno e uma vlvula

    de bloqueio manual. A expanso trmica do refrigerante lquido enclausurado causa

    um aumento da presso, provocando um aumento do volume ou at mesmo a ruptura

    de um determinado componente, que pode percepvelmente expandir antes da falha

    ocorrer.

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    6.1.2 Medidas prevenvas

    O ANSI/ASHRAE 15-2007 e a NBR 16069 (Item 9.4.3)estabelecem que em um

    sistema onde as partes que contenham lquido e que este possa car enclausurado durante

    a operao ou manuteno e ainda sujeitas presso interna excessiva provocada, por

    exemplo, pela expanso decorrente do aumento da temperatura, deve ser ulizado um

    disposivo de alvio de presso hidrostca, para aliviar a presso interna. A descarga do

    disposivo de alvio de presso deve ser para outra parte do sistema.

    Antes de efetuar qualquer servio em uma vlvula de controle ou outros

    componentes na linha de lquido, o lquido dever ser removido de ambos os lados

    do disposivo. Primeiramente, deve ser fechada a vlvula manual de bloqueio no lado

    da entrada para remoo do lquido do componente e do lado jusante (evacuado ou

    recolhido). Apenas depois que se deve fechar a vlvula da suco ou do lado jusante,

    isolando portanto o componente do sistema.

    A seguir so apresentadas algumas sugestes para procedimentos operacionais

    com o propsito de evitar expanso trmica de lquidos enclausurados:

    Vlvulas de balanceamento para ajuste de vazo em sistemas com lquido

    bombeado no devem ser fechadas em nenhum instante, incluindo no decorrer

    do start-up ou comissionamento. Estes sistemas normalmente possuem vlvulas

    de reteno localizadas montante da vlvula de balanceamento na linha de

    lquido, na entrada do evaporador ou nas vlvulas de expanso manuais.Deve-se remover todo liquido jusante antes de isolar os reguladores de vazo de

    lquido que possuem vlvula de reteno incorporada.

    No se deve fechar vlvulas King (vlvula principal de um vaso) de operao

    manual em recipientes e vasos de presso contendo lquido durante queda do

    fornecimento de energia. Isto ir enclausurar o lquido entre a vlvula King e

    as diversas vlvulas solenides da linha de lquido dos evaporadores. Caso for

    ulizada uma vlvula King solenide, ela ir se fechar em caso de falta de

    energia, porm esta permite fluxo reverso em caso de expanso, evitando assim

    o enclausuramento de lquido.

    Caso ocorra uma queda de energia, alivie imediatamente a presso excessiva

    causada pelo liquido enclausurado na linha de lquido principal abrindo

    manualmente as vlvulas solenides que veram a alimentao de energia

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    interrompidas. Se no houver um diferencial de presso suciente, possvel que

    a vlvula no abra quando re-energizada. Alm disso, a bobina pode queimar se asituao persisr por um tempo.

    Evacue todos os evaporadores antes de efetuar a limpeza por gua quente ou vapor.

    Vlvulas da sada para a suco devem estar abertas durante o procedimento de

    limpeza.

    Nunca faa degelo em um evaporador cheio de lquido. necessrio fazer o todo

    recolhimento antes do incio do degelo.

    No feche as vlvulas de bloqueio de um evaporador (isolando-o do restante da

    instalao) que esver cheio de refrigerante lquido. Caso necessrio, todo lquido

    deve ser recolhido do interior de evaporador antes deste ser isolado do restante

    da instalao. Um evaporador localizado em uma rea fria pode levar vrias horas

    para um esvaziamento completo do lquido.

    Seja cauteloso durante um desligamento prolongado do sistema de refrigerao,

    pois os componentes do lado de baixa presso podem estar inundados com

    lquido. Durante o desligamento, o refrigerante ir migrar das regies com

    temperaturas mais altas (do separador de lquido), atravs da linha de suco,

    para o evaporador em reas mais frias.

    Quando os compressores esveram desligados e os venladores dos evaporadores

    esverem ligados, a taxa de migrao ir preencher estes interiores com lquido

    condensado em um tempo muito curto.

    No feche totalmente todas as vlvulas dos condensadores evaporavos durante

    operao em condies climcas muito frias ou durante condies de baixa carga trmica

    (baixa capacidade) da instalao, pois podem estar cheios de lquidos. Se as vlvulas

    dos condensadores esverem totalmente fechadas nestas condies, um aumento da

    temperatura ambiente pode causar a ruptura das serpennas dos condensadores.

    6.2 Desacelerao sbita do lquidoDesacelerao Sbita do Lquido uma rpida diminuio do escoamento do

    lquido em uma linha ou tubulao como resultado de um fechamento sbito de uma

    vlvula. tambm conhecido como choque hidrulico ou golpe de arete.

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    6.2.1 Causas

    A Desacelerao Sbita do Lquido pode ser causada pelo escoamento em uma

    linha de lquido que possui seu deslocamento interrompido pelo fechamento de uma

    vlvula solenide que atua instantaneamente. Contudo, as velocidades e presses de

    projeto nas linhas de lquido dos sistemas bombeados so normalmente muito baixas

    para produzirem choques de qualquer signicncia.

    6.2.2 Medidas prevenvas

    Para evitar este problema, recomenda-se o uso de vlvulas solenides que

    possuam um retardo de fechamento por volta de um segundo. Vlvulas que possuem

    disposivos de retardo propiciam este atraso e so disponveis no mercado.

    A alimentao de lquido a alta presso, tanto para um vaso de baixa presso

    ou em um evaporador de expanso direta, deve ter uma vlvula solenide instalada

    o mais prximo possvel do disposivo de injeo de lquido e bem junto ao vaso ou

    evaporador.

    Caso contrario, quando a solenide fechar, a linha jusante ser esvaziada, e ao

    reabrir, lquido a alta presso ir rapidamente preencher a linha causando um choque de

    desacelerao sbita de lquido no disposivo de injeo. Isto pode acontecer com maior

    freqncia em sistemas com linha de lquido subresfriada (ex. aps um economiserou um resfriador intermedirio com serpenna de resfriamento) antes da vlvula

    solenide.

    6.3 Propulso de lquido pelo vaporPropulso de lquido pelo vapor o movimento de lquido refrigerante

    propulsionado ou propelido em alta velocidade por um fluxo de vapor a alta presso nas

    linhas de gs quente e de suco. tambm conhecido como choque hidrulico, golpe

    de lquido ou surge.

    A maioria dos relatos de problemas envolvendo Propulso de Lquido pelo Vapor

    ocorre em sistemas de baixa temperatura operando abaixo de -30C, ulizando sistema

    de lquido bombeado e degelo atravs de gs quente. Problemas semelhantes tm

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    ocorrido tambm em sistemas com degelo com gua. Tcnicas de degelo por ar, por

    resistncia eltrica ou spray de glicol, tendem a ser menos agressivas em comparao aodegelo por gs quente em evaporadores com baixas temperaturas.

    6.3.1 Causas

    A propulso de lquido pelo vapor pode ser causada pela sbita liberao de vapor

    a alta presso, tal como gs quente, para uma linha que est parcialmente preenchida

    com lquido. Dois exemplos seriam:

    i. Uma linha de gs quente contendo algum lquido condensado ulizada para

    degelo em um ou mais evaporadores; ou

    ii. A liberao sbita de fluxo bi-fsico (lquido e vapor) pressurizado de um

    evaporador (que passou por degelo) para a linha de suco mida enclausurada

    ou de inclinao incorreta.

    Pelo fato de sbitas liberaes de gs poderem alcanar velocidades de 30 m/s,

    a presso de impacto resultante produzida por uma bolha de liquido pode exceder

    20000 kPa (2000 bar).

    Choques anormais em um sistema causado por propulso de lquido pelo vapor

    so acompanhados por sintomas externos, incluindo:

    Rudos intensos como pancadas e badas,

    Deslocamento da tubulao e movimentao dos evaporadores,

    Desprendimento do isolamento trmico da tubulao;

    Vazamentos podem aparecer.

    Se o primeiro choque no causar um vazamento ou ruptura, choques repedos

    podem eventualmente levar a uma falhar maior.

    6.3.2 Medidas prevenvas

    Uma mudana sbita na presso, que caractersca no ciclo de degelo com gsquente, a causa bsica da maioria dos problemas de Propulso de Lquido pelo Vapor.

    importante que a presso seja introduzida gradualmente ao evaporador no inicio do

    degelo e que seja feita uma drenagem gradual no trmino do degelo.

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    Devero ser ulizadas vlvulas de abertura gradual ou lenta, ou um grupo de

    vlvulas, para a introduzir presso de gs quente no evaporador que passar pelo degelo.Aps o degelo, necessrio diminuir gradualmente a presso do evaporador antes de

    iniciar a abertura da vlvula de suco principal. Isto pode ser feito normalmente com

    a instalao de uma pequena vlvula de bypass da vlvula de suco principal, com

    regulagem de presso.

    6.3.2.1 Lquido em linhas de gs quente

    O modo mais comum para fazer o degelo de evaporadores de sistemas de

    refrigerao industrial pelo uso de gs quente. Contudo, a falta de cuidado em lidar

    com o gs quente pode provocar problemas com o Lquido Propelido pelo Vapor e seuspossveis danos. O problema mais signicante est na condensao do lquido no interior

    da linha de gs quente.

    Quando for necessrio o degelo, a vlvula de gs quente se abre e vapor a alta

    presso rapidamente escoa ao longo da linha. O escoamento em alta velocidade do

    vapor ir carregar qualquer poro de lquido ao longo de seu caminho, empurrando-o

    frente do vapor at este ser parado.

    Testes de laboratrio, que reproduzem arrastes de bolha de lquido a alta

    velocidade na linha de gs quente, demonstraram que possvel desenvolver presses

    que excedam a 14000 kPa (140 bar). Estas presses podem destruir caps da tubulao

    e romper coletores/distribuidores de lquido de serpennas evaporadoras sem uma

    deformao previa. Falhas desta natureza j foram vericadas em diversas instalaes.

    Ao usar gs quente para degelo, importante que a parcela de lquido condensado

    na linha de gs quente seja previamente removida, ou melhor, deve-se evitar a

    condensao na linha de gs quente.

    6.3.2.2 Incio do degelo por gs quente

    O risco de ocorrer um choque grande no inicio de um degelo por gs quente,

    quando o evaporador subitamente se transforma em um condensador. Presses adversasou choques podem ser evitados se a mudana na presso acontecer de forma gradual.

    Isto parcularmente importante caso exista um excesso de lquido no evaporador, ou

    no caso deste estar completamente preenchido por lquido.

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    Se o gs quente de entrada no evaporador contm uma parcela de lquido que foi

    condensado na linha de gs quente e no foi removido previamente, o efeito do choqueda Propulso de Lquido pelo Vapor pode se tornar muito destruvo para a serpenna

    do evaporador; os caps dos coletores podem estourar, ou os coletores e as curvas

    em U da serpenna podem se romper (se rachar). A ruptura normalmente ocorre na

    longitudinal (ao longo do tubo).

    Se o evaporador esver cheio de lquido, resultante de uma operao prolongada

    em baixa carga trmica, o golpe de lquido pode criar uma onda de compresso sobre o

    lquido estacionrio produzindo presses na faixa de 7000 a 14000 kPa (70 a 140 bar),

    resultando em danos severos. Portanto, importante manter a presso do gs quente o

    mais baixo possvel, consistente com os requisitos de degelo e da prpria instalao.

    O recolhimento completo, antes do degelo, de todos evaporadores o ideal, mas

    essencial que o recolhimento seja feito baixa temperatura. O tempo esmado para

    fazer o recolhimento de 10 a 15 minutos, mas pode se estender dependendo do po do

    evaporador e da condio de carga. O recolhimento dever ser feito inicialmente atravs

    do fechamento da vlvula de solenide da linha de lquido, mantendo-se os venladores

    em operao e a vlvula de retorno para a suco aberta.

    O evaporador mais vulnervel s aes da Propulso de Lquido pelo Vapor aquele

    que opera com sistema bombeado, em baixa temperatura, que no tenha passado pelo

    processo de recolhimento, que esteja cheio de lquido e alimentado por uma linha

    de gs quente da qual o lquido condensado no tenha sido previamente removido.Algumas razes desta vulnerabilidade so:

    A diferena entre a presso de alimentao de gs quente e a presso de suco

    maior em sistemas de baixa temperatura, criando uma forca motriz maior em

    qualquer poro de Lquido Propelido por Vapor. Isto verdade tanto para o

    degelo quanto para a volta em operao;

    Tubulaes e evaporadores so maiores e mais frios. Mais gs quente necessrio

    para fazer o degelo, resultando em maiores vlvulas de controle e tubulaes;

    Os sistemas bombeados podem preencher completamente com lquido o

    evaporador durante uma operao de baixa carga trmica ou em condies deoperao com intensa formao de gelo sobre a serpenna (quando esta estar

    com baixa ecincia/ capacidade).

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    Em caso de tneis de congelamento operando em sistema com compressores em

    Booster, com o disposivo de alvio do retorno do degelo para a suco do lado debaixa temperatura (ex. -40C), a capacidade total do degelo por ciclo no deve exceder

    30% da capacidade dos compressores de baixa (em Booster).

    Caso este limite no seja observado, a presso de suco do lado de baixa se

    elevar, de modo que a temperatura de evaporao nos demais evaporadores do sistema

    (em operao normal) car acima da temperatura do ar das respecvas cmaras ou do

    tneis em operao. Com isso, estas serpennas se enchero de lquido, pois no haver

    mais transferncia de calor na serpenna.

    Neste caso, essencial no iniciar imediatamente o ciclo de degelo nestas

    serpennas inundadas, mas aps bom tempo depois que as condies normais foram

    angidas.

    6.3.2.3 Final do degelo por gs quente

    Assim como no inicio do degelo, o risco de ocorrer um choque tambm intenso

    no nal do degelo, no instante em que o condensador do degelo subitamente retorna

    sua condio de evaporador. A equalizao de presso (com a presso de suco do

    sistema) deve ser gradual, pois h lquido presente na serpenna e nas linhas de retorno

    para o separador de lquido central.

    A equalizao gradual da presso de degelo com a presso da linha de retorno igualmente importante em evaporadores inundados ou em sistemas bombeados.

    Recomenda-se, para sistemas inundados, a ulizao de um regulador de alivio do

    degelo com um disposivo de ampla abertura, acionado atravs de um piloto solenide,

    para despressurizar o evaporador.

    Grandes evaporadores operando em baixas temperaturas devem ser

    despressurizados lentamente, antes que a vlvula de bloqueio automca principal na

    linha de suco seja acionada. Esta funo vital. Para assegurar que os evaporadores

    esto completamente esvaziados ao nal do degelo, recomenda-se ainda uma pequena

    vvula solenide de equalizao como by-pass da vlvula de bloqueio principal da

    suco.

    Em sistemas de refrigerao de mlplos regimes, o alvio do degelo deve ser

    realizado sempre para uma presso intermediria, com uma vlvula de reteno na

    sada do disposivo de alvio (para evitar fluxo reverso quando o evaporador esver

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    operando em condio normal). Neste caso, deve-se observar que no possvel realizar

    a equalizao nal atravs do disposivo regulador de alvio de degelo (interligado linhacom presso intermediria) e a vlvula solenide de equalizao descrita anteriormente,

    se torna absolutamente necessria.

    Em sistemas de lquido bombeado, o lquido tende a car enclausurado em

    qualquer regio inferior da linha de suco. Se a Amnia no evaporador, ainda na presso

    de degelo, for subitamente liberada para a linha de suco, o lquido enclausurado ser

    arrastado pelo vapor a alta velocidade e propelido, criando foras intensas nos pontos

    de estagnao.

    6.3.2.4 Condies de carga leve ou sem carga

    Evaporadores que possuem carga trmica constante so raros. Variaes na

    produo, interrupo das linhas de alimentao de produto para o interior de tneis e

    cmaras, mudanas na temperatura externa, ciclagem dos venladores dos evaporadores

    na presso de suco, so todos eventos comuns que mudam a capacidade atual do

    evaporador.

    Alm disso, se o degelo em um evaporador for incompleto, cada degelo subseqente

    dever deixar mais e mais gelo na serpenna. A capacidade do evaporador ir diminuir

    connuamente devido ao efeito de isolamento trmico do gelo.

    Nessas condies, a quandade de lquido no interior da serpenna ir aumentar.Assim, possvel que um evaporador seja completamente preenchido com lquido

    enquanto esver operando em condies de baixa carga trmica ou sem carga.

    Se for iniciado o processo degelo por gs quente em um evaporador de um

    sistema bombeado, que esteja operando em condies de baixa capacidade por um

    longo perodo, o evaporador estar muito vulnervel a choques devido Propulso de

    Lquido pelo Vapor. As recomendaes a seguir so para evitar tais choques:

    Nunca faa o degelo de um evaporador que esteja completamente preenchido

    por lquido;

    Realize um recolhimento adequado antes de iniciar um ciclo de degelo;

    Feche a alimentao de lquido do evaporador (atravs do fechamento da vlvula

    solenide da linha de lquido) sempre que os venladores esverem desligados

    (em evaporadores com venladores operando em ciclos);

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    Nunca ulize a vlvula de reteno como elemento de bloqueio da alimentao

    de lquido no evaporador; ulize sempre uma vlvula solenide antes da vlvulade reteno.

    Em caso de falha na vlvula solenide de alimentao de lquido, no se deve

    realizar o processo de degelo no evaporador at que a vlvua seja reparada/

    substuda.

    Ulize um termostato de ambiente, preferencialmente com o sensor instalado no

    retorno de ar para o evaporador, para idencar condies de baixa carga trmica

    e fechar a vlvula solenide da linha de lquido.

    CUIDADO: Quando o compressor est desligado e os venladores de um

    evaporador de um freezer esverem ligados, por migrao, a serpenna pode

    rapidamente se encher de lquido.

    6.3.2.5 Sintomas de condies anormais de operao

    No fcil reproduzir uma situao de presso anormal ou de choque hidrulico

    durante as condies de operao normais porque estes incidentes freqentemente

    ocorrem apenas durante perodos de baixa carga trmica como em horrio noturno, nal

    de semana ou feriados. Contudo, os sons produzidos por um sistema de refrigerao so

    muitas vezes um fator importante para determinar se o sistema est operando de modo

    adequado ou no. A audio do operador do sistema deve ser constantemente treinadapara reconhecer as diferenas entre sons normais e adversos.

    Por exemplo, os sons produzidos por um evaporador ao ser submedo ao processo

    de degelo por gs quente devem ser mnimos. Rudos intensos de diferentes formas so

    considerados anormais e o operador deve ser capaz de reconhecer estes sons e tomar

    aes para eliminar as causas.

    Os picos extremamente altos de presso criados pela Desacelerao Sbita de

    Lquido ou pela Propulso de Lquido pelo Vapor so to breves que vlvulas de alvio

    ou reguladores no sero capazes de responder rpido o suciente para fazer qualquer

    diferena. Contudo, agulhas dos manmetros de presso se movem e emperram alm

    do fundo de escala e permanecem nesta posio. Agulhas de manmetros emperrados

    podem indicar a ocorrncia de presses anormais excessivas naquele ponto do sistema.

    Flanges com parafusos que precisam de constantes reapertos podem indicar tambm a

    presena de presses excessivas.

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    Cuidados devem ser tomados para assegurar procedimentos adequados de degelo

    e o manuseio correto das vlvulas para prevenir presses adversas ou falhas por choques.Sempre que for ouvido algum som incomum ou a tubulao vibrar, o operador deve

    suspeitar de condies anormais existentes e do risco de falha de algum componente. A

    inspeo das presses no sistema e avaliao de sons em todos os evaporadores durante

    o processo de degelo deve se tornar uma parte roneira da manuteno.

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    7. Modicaes em sistemasexistentesModicaes em sistemas existentes de refrigerao por Amnia requerem

    um planejamento especco desde o projeto, de forma a permir que na ocasio da

    modicao sejam aplicados os procedimentos apropriados e seguros.

    O texto a seguir trata dos aspectos operacionais abordados pelo Bullen 107

    1997: Guidelines for Suggested Safety and Operang Procedures when Making

    Refrigeraon Plant Tie-Ins [4].

    Para instalao de vlvulas de espera (Tie-ins) para modicaes em sistemasexistentes, recomenda-se os seguintes procedimentos operacionais:

    7.1 Recolhimento de Amnia

    7.1.1 Preparavos para o recolhimento

    Inicialmente, reduza a presso interna do sistema e dos equipamentos para a

    presso atmosfrica antes que qualquer modicao no sistema possa ser iniciada.

    Prepare o equipamento necessrio para o procedimento de recolhimento.

    Verique se todos os EPIs (equipamentos de proteo individual) esto em condies

    adequadas para o uso. Considere os seguintes itens, quando aplicveis:

    Verique a disponibilidade e cerque que os EPIs esto prontos para o uso.

    Selecione a proteo respiratria apropriada para caso de emergncia, conforme

    descrito no captulo 4.0;

    Providencie culos de proteo, luvas e mscaras panormicas de proteo facial

    com ltro, para todos os envolvidos no manuseio de Amnia;

    Mangueiras de gua;Equipamento de venlao portl;

    Exntores de incndio;

    Vesmenta de proteo adequada para as operaes;

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    Rdio portl de comunicao;

    Disponibilidade da brigada de emergncia devidamente treinada.Todos os membros da equipe envolvidos no trabalho devem estar devidamente

    treinados na ulizao dos EPIs necessrios.

    Revise com a equipe os procedimentos de recolhimento e de modicao da linha

    de Amnia. Alm disso, reveja o Plano de Ao de Emergncia, assegurando que todos

    os envolvidos saibam o que fazer no caso de uma situao de emergncia.

    Idenque as vlvulas, tubulaes e equipamentos conectados ao sistema que

    sero desconectados ou bloqueados. Ulize os procedimentos de travamento das

    vlvulas de bloqueio com cadeado e placas de idencao de posio (Lockout e

    Tagout) ao isolar qualquer equipamento ou poro do sistema. Tenha cuidado parano isolar qualquer parte da tubulao do restante do sistema ou equipamento que

    possa conter a Amnia lquida enclausurada. No force a abertura ou fechamento das

    vlvulas.

    7.1.2 Procedimento de recolhimento

    Para o recolhimento ulize os seguintes procedimentos:

    a. Monitore as presses e temperaturas durante o processo de recolhimento;

    b. Bloqueie a alimentao de liquido na parte do sistema onde a modicao deverser feita;

    c. Connue operando os evaporadores para facilitar a evaporao do refrigerante;

    d. Ulize um manmetro com mostrador de -100 a 1000 kPa g (-1.0 a 10.0 bar g),

    conectado ao equipamento ou parte do sistema que for esvaziada.

    i. Faa o recolhimento at que a presso esteja abaixo de 0 kPa g e (se apropriado)

    diminua a presso interna at -50 ou -60 kPa g (-0.5 a -0.6 bar g). Deixe o

    compressor ulizado para o recolhimento connuar operando at que ocorram

    vrias quedas por baixa presso. Um aumento da presso pode indicar que o

    recolhimento ainda est incompleto.ii. Deixe o sistema permanecer nestas condies por vrias horas, a noite inteira

    se possvel. Isto permir que o lquido refrigerante vaporize.

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    iii. Qualquer sinal de congelamento em tubulaes ou vlvulas sem isolamento

    trmico pode indicar a presena de Amnia lquida. Se esta condio persisraps vrias tentavas de esvaziamento, deve-se vericar se est ocorrendo

    vazamento interno (passagem) pelas vlvulas de bloqueio.

    e. Aps o processo de recolhimento, a presso deve ser ajustada para prximo de

    0.0 kPa g antes de que qualquer abertura ou corte seja feito no componente. No

    recomendvel que se tenha um vcuo profundo quando o sistema est prestes a

    ser cortado, pois ar, leo residual e Amnia podem formar uma mistura explosiva.

    Recomenda-se a ulizao de nitrognio seco para aumentar a presso a um valor

    um pouco acima de 0.0 kPa g.

    7.1.3 Procedimento de recolhimento quando o volume doreservatrio de Amnia for inadequado

    Se o reservatrio de Amnia do sistema no possuir volume suciente para o

    recolhimento de lquido dos equipamentos e respecvas tubulaes que sero esvaziados

    para a modicao, torna-se necessrio a transferncia de Amnia para tanques externos

    de armazenamentos temporrios ou para caminho tanque.

    Desenvolva procedimentos bem documentados para a transferncia segura da

    Amnia do sistema para o tanque externo. Considerar os seguintes principais pontos:

    a. Todo membro da equipe envolvida deve ulizar EPIs adequados: proteo

    respiratria adequada, luvas de proteo, botas de proteo, culos de

    proteo;

    b. Montar uma barreira para o isolamento da rea, proibindo o acesso de pessoas

    no autorizadas enquanto a transferncia ocorrer;

    c. Efetuar a inspeo visual e o teste de presso em todas mangueiras de transferncia

    e conexes. Ulize apenas mangueiras e conexes apropriadas para transferncia

    de Amnia pressurizada;

    d. Dever exisr um chuveiro e lava-olhos, permanente ou portl, disponvel na

    rea de transferncia (dentro dos limites da rea isolada);

    e. Estabelea uma rota de fuga caso ocorra uma liberao descontrolada de

    Amnia;

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    f. Nunca deixe o processo de transferncia sem superviso. Monitore as temperaturas

    e presses durante processo de recolhimento e transferncia.

    7.2 Instalao do ponto de espera (e-in)O isolamento trmico deve ser removido da proximidade do ponto de espera

    (e-in). Recomenda-se uma remoo de aproximadamente um metro de cada lado do

    ponto onde ser instalado o e-in.

    Seguir os procedimentos de permisso de trabalho a quente antes de efetuar os

    cortes, queimas ou soldas. Ulize EPI apropriado, mesmo que se acredite que a linha

    esteja toda vazia. Nunca assuma que uma linha esteja toda vazia de gua, leo ouAmnia residual.

    Venladores portteis so teis para disperso dos vapores para fora da rea de

    trabalho.

    Tenha todos os materiais prontos. A vlvula de espera a ser instalada no e-in

    dever ter uma seo de tubulao de pelo menos 300 mm conectada aps a vlvula.

    Introduza um fluxo lento de nitrognio seco no trecho do sistema que foi isolado

    para a modicao, deixando que a presso escape por uma pequena vlvula de alvio

    localizada na ponta oposta da seo da tubulao. No ulize ar ao invs de nitrognio.

    Dever haver uma pequena presso posiva de nitrognio no sistema durante o trabalho aquente. Caso nitrognio no esver disponvel, no use ar comprimido. Abra uma vlvula

    para a atmosfera para que a presso interna permanea prxima da atmosfrica.

    O trabalho de corte e solda deve ser feito por prossionais (soldadores) qualicados

    e experientes.

    7.3 TestesPara um teste inicial, introduza nitrognio anidro na seo nova do sistema. Faa

    os testes para descobrir a presena de vazamento na presso especicada pelo projetoou pelas normas aplicveis. O teste para encontrar vazamentos pontuais deve ser feito

    ulizando uma soluo contendo sabo.

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    Mantenha a presso por 24 horas quando possvel. Se a presso diminuir mais que

    30 kPa (0.3 bar compensando para as mudanas de temperatura externa que possamocorrer), faa uma nova avaliao do sistema para encontrar os vazamentos. Faa a

    reparao de todos os vazamentos e teste novamente se necessrio.

    Aps o teste de presso do sistema, alivie a presso e pressurize novamente com

    Amnia at se angir aproximadamente 200 kPa g (2 bar g). Logo em seguida eleve a

    presso do sistema para pelo menos 700 kPa g (7 bar g) ulizando nitrognio seco. Faa

    um lmo teste para vazamentos ulizando um detector eletrnico de Amnia (portl),

    papel tornassol (indicador de pH) ou pavio de enxofre. Onde a ulizao de nitrognio

    anidro se torna invivel, ulize apenas a Amnia para o teste de vazamento.

    Aps os testes de presso e vazamento tenham sido nalizados e documentados,

    libere a mistura de Amnia e nitrognio de acordo com as normas aplicveis. Remova

    todas as equetas de Lockout e Tagout.

    7.4 Incio de operao aps a modicaoAntes de integrar a parte nova ao sistema existente, deve-se realizar a purga dos

    gases incondensveis.

    Aps os testes, a parte adicionada j deve estar em torno de 0 kPa g. Caso no

    esteja, faa a purga da presso remanescente.a. Esvazie o sistema ulizando uma bomba de vcuo apropriada para Amnia. O

    vcuo no deve ser feito com a ulizao de compressores do sistema. Caso esteja

    disponvel, faa o uso de bombas absorvedoras de Amnia;

    b. Antes de integrar a parte nova ao sistema existente, coloque plaquetas de

    idencao nas novas tubulaes, vlvulas e equipamentos.

    Os novos equipamentos devem ser integrados ao sistema numa ordem lgica e

    seqencial para no sobrecarregar a capacidade do sistema.

    Ajuste com cautela a presso de suco do sistema. Monitore o efeito no sistema

    original. Ajuste e calibre os novos controles instalados.Ao iniciar as avidades de novos equipamentos de processo, diminua gradava-

    mente a temperatura a m de no criar choque trmico excessivo no equipamento. Siga

    as recomendaes do fabricante.

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    Para novas cmaras ou tneis de congelamento adicionados ao sistema, diminua

    a temperatura do ambiente de acordo com as seguintes recomendaes, ou siga asdiretrizes dos fornecedores do material dos painis isolantes das cmaras:

    a. Manter as portas entreabertas para evitar danos instalao por presso

    negava.

    b. Fase I At +2oC. Diminua a temperatura com o seguinte cronograma.

    Tempo Mxima reduo de temperatura Mnima temperatura da cmara

    24 Horas 5oC 24oC

    24 Horas 8oC 16oC

    24 Horas 8o

    C 8o

    C24 Horas 3oC 5oC

    24 Horas 3oC 2oC

    c. Deve-se manter a temperatura em +2oC em cmaras que iro operar abaixo

    do ponto de congelamento at se angir o ponto de orvalho de -18oC (com

    temperatura bulbo seco de 2oC, e de bulbo mido de -3.6oC).

    d. Permita que os evaporadores realizem pelo menos dois (2) ciclos de degelo e no

    inicie a fase II at que as serpennas se mantenham secas por pelo menos 24

    horas ou um ponto de orvalho de -18o

    C tenha sido alcanado.e. Fase II Ulize o seguinte cronograma para a reduo da temperatura ambiente

    da cmara at a temperatura de operao:

    Tempo Mxima reduo de temperatura Mnima temperatura do ambiente

    24 Horas 3oC -1oC

    24 Horas 6oC -7oC

    24 Horas 6oC -12oC

    24 Horas 6oC -18oC

    24 Horas 6oC -24oC

    24 Horas 6oC -30oC

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    A cada 3 dias (durante algumas semanas), refaa a inspeo da seo nova e em

    todos os equipamentos adicionados ao sistema para procurar possveis vazamentos.Completar todas as medidas de gesto da modicao previstas no Programa

    de Gerenciamento de Riscos, incluindo a documentao de projeto as-built e todo

    treinamento necessrio equipe de operao sobre as alteraes do sistema. Recomenda-

    se tambm executar uma auditoria de integridade mecnica de todo equipamento novo,

    tubulao, vasos, etc.

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    8. Procedimentos de operao emanuteno em instalaes deAmnia

    Segurana um dos elementos mais importantes no conceito de uma instalao

    de refrigerao, desde o projeto at a sua operao. A idia arcaica de que segurana

    signica mais custo e que sinnimo de problemas deve ser banida, no apenas do

    pensamento de empreendedores, mas tambm dos fornecedores quando fornecem um

    escopo falho no quesito segurana na tentava de conseguir um melhor preo. Noslmos 30 anos, principalmente as indstrias qumicas, tm provado que invesr em

    segurana no simplesmente diminuir o risco de acidentes envolvendo o elemento

    humano (o que em si s deveria ser a coisa mais importante, pois no h nada mais

    precioso que uma vida). As vantagens vo muito alm, comeando com o aumento da

    conabilidade operacional, a diminuio de paradas desnecessrias, a diminuio de

    avarias e quebras de equipamentos, menores custos de operao e manuteno, alm

    da conservao da imagem da empresa.

    Mas no apenas o invesmento em equipamentos e disposivos de segurana torna

    a instalao mais segura. Em estudos de anlise quantava de riscos, a probabilidade de

    falha humana de 1 em 100, um ndice muito alto que pode at inviabilizar um projeto

    devido ao nvel de risco inerente uma determinada operao. importante ainda

    salientar que, em casos de acidente por falha humana, a responsabilidade sempre da

    direo da empresa e no do operador envolvido, pois cabe a ela contratar e capacitar

    com treinamento os operadores, de modo que estes estejam sempre conscientes da

    sua responsabilidade em qualquer avidade operacional que possa trazer risco de

    acidente.

    Assim, os procedimentos operacionais adequados podem ajudar em muito na

    capacitao dos operadores e na diminuio dos riscos, em caso de operaes que

    possam expor os operadores ou a instalao, a um possvel acidente. Um resultado claro que quando h um procedimento escrito sobre determinada operao, nas anlises

    de risco a probabilidade cai para 1 em 10000 pelo menos. Alm disso o procedimento

    instrui o operador com padres a serem seguidos, os quais tornaro a operao mais

    convel.

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    Para elaborao de tais procedimentos importante o compromisso da empresa

    e dos operadores envolvidos. Para se iniciar os trabalhos necessrio a formao deum grupo de trabalho envolvendo a direo/gerncia, supervisores de operao e

    manuteno, operadores experientes e membros da equipe de segurana operacional.

    Recomenda-se tambm o envolvimento de um consultor externo para analisar os

    passos e idencar possveis falhas nos procedimentos, alm de avaliar a necessidade

    de se instalar disposivos de segurana faltantes ou substuir outros instalados

    incorretamente no sistema. importante observar que o trabalho deve ser desenvolvido

    pelo grupo.

    Finalmente, todo este material a ser desenvolvido de nada valer se no for

    implementado e seguido no dia a dia, pois no o documento e sim a conscincia e a

    responsabilidade que vo fazer diferena.

    Alguns dos procedimentos operacionais a serem desenvolvidos so:

    Procedimento de drenagem de leo acumulado em vaso de presso.

    Procedimento de recolhimento de Amnia de vaso de presso ou trecho do

    sistema.

    Procedimento de esvaziamento total de vaso de presso ou trecho do sistema

    para manuteno.

    Procedimentos para testes e inspeo de condensadores evaporavos.

    Procedimentos de vcuo em componentes ou trechos do sistema.Procedimentos de preparao para exame interno em vasos de presso, conforme

    os requisitos da NR-13.

    Procedimento de carga de reposio de Amnia.

    Procedimento de carga de leo nos compressores.

    Procedimento de calibrao da instrumentao de campo (incluindo manmetros,

    sensores de presso e de temperatura dos painis microprocessados dos

    equipamentos, sensores de nvel eletrnicos entre outros).

    Procedimento sobre a manuteno geral do sistema.

    Em alguns procedimentos, para cada po de componente ou trecho do sistema

    haver parcularidades de modo que ser necessrio um procedimento especco para

    cada componente. Nesses casos, recomenda-se ulizar os TAGs das vlvulas e dos

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    demais elementos envolvidos na operao como referncia na descrio das manobras

    a serem realizadas durante o procedimento (ver exemplo no item 8.1).A seguir alguns procedimentos picos de algumas operaes conhecidas,

    desenvolvidos para uma determinada instalao e que podem servir de guia inicial para

    a elaborao de procedimentos adequados para outras instalaes. Os mesmos no

    devem ser ulizados na ntegra, sem avaliao prvia, pois cada instalao possui suas

    parcularidades.

    8.1 Procedimento de drenagem de leo

    acumulado em vaso de presso (emsistemas corretamente projetados)

    Inicialmente, por que em sistemas corretamente projetados?

    A grande maioria dos vasos de presso no possuem o recipiente especco para

    drenagem de leo o coletor de leo e sim apenas uma conexo no fundo do vaso

    e uma vlvula simples de bloqueio manual. Isto j caracteriza uma falta de segurana

    muito grande em uma das operaes mais corriqueiras em sistemas com Amnia. Existe

    uma srie de riscos envolvidos nesta operao com histricos catastrcos em todo o

    mundo (inclusive no Brasil).Portanto, antes de connuar na elaborao dos procedimentos verique se

    sua instalao no precisa inicialmente ser adequada a um nvel mnimo de padro de

    segurana. O apndice A, traz algumas recomendaes sobre um projeto adequado de

    um sistema de drenagem de leo.

    A Figura 02 mostra um esquema de como deveria ser construdo um recipiente

    para drenagem de leo (coletor de leo) junto aos vasos de presso da instalao para

    uma operao correta.

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    Figura 02 Esquema do Separador de Lquido e Coletor de leo para Drenagem.

    A seguir, a descrio do procedimento:

    1. Obter autorizao do supervisor de manuteno para a realizao do servio

    atravs de permisso de trabalho.

    2. Isolar a rea proibindo a circulao de pessoas no autorizadas para o servio.

    3. Realizar o servio em equipe de pelo menos 02 pessoas.

    4. Prover gua em abundncia no local (mangueira com gua corrente).

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    RECOMENDAES SOBRE OPERAO E MANUTENO DE SISTEMAS DE REFRIGERAO POR AMNIA

    5. Ulizar plaquetas de idencao para a posio de abertura das vlvulas durante

    o procedimento.6. Ulizar EPI adequado para o servio (pelo menos botas, luvas e mscara

    panormica com ltro adequado).

    6.1. O operador deve estar treinado em ulizar o EPI;

    6.2. O operador deve vericar se o EPI encontra-se dentro do prazo de validade;

    6.3. Todo EPI deve ser testado pelo operador antes do seu uso.

    7. Vericar se todas as vlvulas de bloqueio do coletor de leo esto bloqueadas. Ao

    contrrio do que normalmente se verica em instalaes com o vaso coletor de

    leo, o mesmo deve permanecer vazio e s dever ser aberto quando for realizada

    a operao de drenagem de leo.8. Vericar se o coletor de leo est vazio

    8.1 Abrir 1/2 volta a vlvula de bloqueio V-04

    8.2 Abrir a vlvula de dreno V-05, mantendo a V-04 aberta na posio. Para a

    vlvula de dreno (V-05), recomenda-se a instalao de uma vlvula manual

    de fechamento rpido (com retorno automco por mola), em srie com

    uma vlvula combinada de bloqueio e reteno (V-04). A vlvula de dreno

    com fechamento rpido essencial para cercar-se que sempre haver um

    operador no local durante a operao.

    8.3 Caso o vaso no esteja vazio, dever ser anotado o evento para vericaoposterior de provveis falhas de bloqueio das outras vlvulas (passagem).

    9. Fechar a vlvula V-04 e em seguida a V-05.

    10. Vericar a funcionalidade das duas vlvulas de dreno:

    10.1 Abrir a vlvula V-02 de equalizao de vapor do coletor com o vaso

    principal (ex. separador de lquido ou o vaso onde o coletor de leo esver

    conectado);

    10.2 Abrir a vlvula V-01 por cerca de 15 s e logo em seguida voltar a fech-la. O

    vaso receber uma pequena carga de leo;

    10.3 Caso o vaso principal opere a uma presso abaixo da atmosfrica, abrir a

    vlvula V-03 para injeo de gs quente na serpenna de aquecimento para

    elevar a presso no coletor de leo;

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    10.4 Com presso posiva no coletor de leo, abrir a vlvula V-04 em 1/2 volta e

    em seguida fechar a mesma;10.5 Abrir a vlvula de dreno V-05, mantendo a V-04 fechada. Caso sair um

    pequeno jato de Amnia vapor e em seguida cessar o vazamento, as duas

    vlvulas esto operando normalmente. Caso a Amnia connue a sair,

    conclui-se que a vlvula V-04 est permindo passagem. A operao dever

    ser interrompida e a vlvula V-04 dever ser substuda;

    10.6 Fechar as vlvulas de dreno.

    11. Iniciar o processo de drenagem do vaso principal para o coletor de leo abrindo a

    vlvula de bloqueio V-02 para interligar o coletor de leo com a parte superior do

    vaso principal (zona de vapor). A vlvula V-02 dever permanecer aberta.

    12. Abrir a vlvula de bloqueio V-01 (e/ou a V-01a) para drenagem de leo do vaso

    principal para o coletor de leo.

    13. Quando o nvel de lquido no coletor de leo ultrapassar ~75% do nvel do

    indicador de nvel (LI), fechar a vlvula V-01 (e/ou a V-01a).

    14. Abrir a vlvula V-03, para injeo de gs quente na serpenna de aquecimento

    do coletor de leo para evaporao da Amnia conda no leo do coletor. O

    tempo de evaporao pode variar em funo da quandade de Amnia dentro

    do coletor. O nal do borbulhamento no indicador de nvel um indcio que a

    Amnia se evaporou. Ao nal da evaporao, a parede externa do coletor de leo

    estar prxima temperatura ambiente.

    15. Finalizada a evaporao, fechar a vlvula V-03.

    16. Aps fechada a vlvula V-03, fechar a vlvula V-02.

    17. Antes de abrir as vlvulas de drenagem de leo para a atmosfera, cerque que

    a presso no coletor de leo est posiva. Caso necessrio, abrir novamente a

    vlvula V-03, apenas para pressurizar o coletor de leo.

    18. Iniciar a drenagem do leo do coletor para um recipiente externo abrindo

    parcialmente a vlvu