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2. Nietzsche e o fim da metafísica Nietzsche toma a filosofia de Platão como modelo de metafísica. Ela se fundamenta numa concepção dualista do universo, estabelecendo uma relação de valores entre duas esferas distintas da realidade ou do ser: O verdadeiro mundo ou a realidade verdadeira – Assim denominado por ser o campo das essências. E a realidade aparente ou sensível- que é aquela que temos experiência ordinária. O mundo sensível é tradicionalmente considerado um plano de realidade deficitária, enganosa, mera aparência. Nossa alma ou espírito, nossa verdadeira essência e princípio inteligível, estaria como se prisioneiro de nosso corpo, sendo por isso induzida ao erro e ao engano pelos sentidos. Em virtude de nossa alma racional, imortal, somos parentados com as puras ideias e participantes do mundo inteligível. Um espirito ou razão pura, e um bem em se constituem as referências metafísicas que dão sustentação tanto ao conhecimento científico quanto as ações orais do ser humano no mundo. O anuncio, por Nietzsche, da morte de Deus significa o fim do modo tipicamente metafísico de pensar, para ele, o cristianismo, tanto como religião quanto doutrina moral, constitui uma versão vulgarizada do platonismo . Para Nietzsche, todo conhecimento é inevitavelmente guiado por interesses e condicionalmente subjetivos, ideológicos.

Nietzsche Capitulo 2

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2. Nietzsche e o fim da metafsica Nietzsche toma a filosofia de Plato como modelo de metafsica.Ela se fundamenta numa concepo dualista do universo, estabelecendo uma relao de valores entre duas esferas distintas da realidade ou do ser: O verdadeiro mundo ou a realidade verdadeira Assim denominado por ser o campo das essncias. E a realidade aparente ou sensvel- que aquela que temos experincia ordinria. O mundo sensvel tradicionalmente considerado um plano de realidade deficitria, enganosa, mera aparncia. Nossa alma ou esprito, nossa verdadeira essncia e princpio inteligvel, estaria como se prisioneiro de nosso corpo, sendo por isso induzida ao erro e ao engano pelos sentidos. Em virtude de nossa alma racional, imortal, somos parentados com as puras ideias e participantes do mundo inteligvel. Um espirito ou razo pura, e um bem em se constituem as referncias metafsicas que do sustentao tanto ao conhecimento cientfico quanto as aes orais do ser humano no mundo. O anuncio, por Nietzsche, da morte de Deus significa o fim do modo tipicamente metafsico de pensar, para ele, o cristianismo, tanto como religio quanto doutrina moral, constitui uma verso vulgarizada do platonismo. Para Nietzsche, todo conhecimento inevitavelmente guiado por interesses e condicionalmente subjetivos, ideolgicos. A morte de Deus implica a possibilidade de colocar em questo a crena na origem divina e no valor absoluto da verdade.Sua preocupao consiste em trazer a luz as condies histricas das quais emergiram nosso supostos valores absolutos, colocando em duvida a pretensa sacralidade de sua origem

CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE TERESINA - CEUTDISCIPLINA: FILOSOFIA JURDICAPROFESSOR: NEWTON CLARKTURMA: 1 DGRUPO DE DISCUSSO: NietzscheCOMPONENTES: Herclia Mariana; Ana Cardoso; Lucas Klain; Ademir; Davi Lustosa.

COMEAR O ESQUEMA DAQUI!!!!!!!!!!! PELA SEGUINTE ORDEM:1 A CRISE DOS VALORES 2 NIETZSCHE E O FIM DA METAFSICA3 O JOVEM NIETZSCHE4 UMA FILOSOFIA PARA ESPIRITOS LIVRES 5 A DERRADEIRA FILOSOFIA,OU COMO TORNAR-SE O QUE SE 6 BREVE HISTORIA DA RECEPAO DA OBRA DE NIETZSCHE