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Níveis da Linguagem

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Níveis da fala A língua e os níveis da linguagem pertence a todos os

membros de uma comunidade e é uma entidade viva em constante mutação. Novas palavras são criadas ou assimiladas de outras línguas, à medida que surgem novos hábitos, objetos e conhecimentos. Os dicionários vão incorporando esses novos vocábulos (neologismos), quando consagrados pelo uso. Atualmente, os veículos de comunicação audiovisual, especialmente os computadores e a internet, têm sido fonte de incontáveis neologismos — alguns necessários, porque não havia equivalentes em Português; outros dispensáveis, porque duplicam palavras existentes na linguagem. O único critério para sua integração na língua é, porém, o seu emprego constante por um número considerável de usuários.

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De fato, quem determina as transformações lingüísticas e os níveis de linguagem é o conjunto de usuários, independentemente de quem sejam eles, estejam escrevendo ou falando, uma vez que tanto a língua escrita quanto a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores: regionais, sociais, intelectuais etc.

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Níveis da fala

“O movimento de 1922 não nos deu — nem nos podia dar — uma ‘língua brasileira’, ele incitou os nossos escritores a concederem primazia absoluta aos temas essencialmente brasileiros [...] e a preferirem sempre palavras e construções vivas do português do Brasil a outras, mortas e frias, armazenadas nos dicionários e nos compêndios gramaticais.” (Celso Cunha)

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A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo na língua errada do povo Língua certa do povo Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil (Manuel Bandeira)

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Embora as variações linguísticas e níveis da linguagem sejam condicionadas pelas circunstâncias, tanto a língua falada quanto a escrita cumprem sua finalidade, que é a comunicação. A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais espontânea, solta, livre, visto que acompanhada de mímica e entonação, que preenchem importantes papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente difere substancialmente do padrão culto, o que, segundo alguns linguistas, criou no Brasil um abismo quase intransponível para os usuários da língua, pois se expressar em português com clareza e correção é uma das maiores dificuldades dos brasileiros: “No português do Brasil, a distância entre o nível popular e o nível culto ficou tão marcada que, se assim prosseguir, acabará chegando a se parecer com o fenômeno verificado no italiano ou no alemão, por exemplo, com a distância entre um dialeto e outro.” (Evanildo Bechara, Ensino da Gramática. Opressão? Liberdade?)

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Com base nessas considerações, não se deve reger o ensino da língua pelas noções de certo e errado, mas pelos conceitos de adequado e inadequado, que são mais convenientes e exatos, porque refletem o uso da língua nos mais diferentes contextos. Não se espera que um adolescente, reunido a outros em uma lanchonete, assim se expresse: “Vamos ao shopping assistir a um filme”, mas aceita-se: “Vamos no shopping assistir um filme”. Não seria adequado a um professor universitário assim se manifestar: “Fazem dez anos que participo de palestras nesta egrégia Universidade, nas quais sempre houveram estudantes interessados”.

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Escrever conforme a norma culta — que não representa uma camisa-de-força, mas um tesouro das formas de expressão mais bem cultivadas da língua — é um requisito para qualquer profissional de nível universitário que se pretenda elevar acima da vala comum de sua profissão. O domínio eficiente da língua, em seus variados registros e em suas inesgotáveis possibilidades de variação, é uma das condições para o bom desempenho profissional e social.

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A linguagem popular ou coloquial

É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (solecismo - erros de regência e concordância; barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular está presente nas mais diversas situações: conversas familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV (sobretudo os de auditório), novelas, expressão dos estados emocionais etc.

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VÍCIOS DE LINGUAGEM Pleonasmo Vicioso ou Redundância Exemplos: Entrei para dentro de casa quando começou a

anoitecer.Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada.Encontraremos outra alternativa para esse problema.

Observação: o pleonasmo é considerado vício de linguagem quando usado desnecessariamente, no entanto, quando usado para reforçar a mensagem, constitui uma figura de linguagem.

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BARBARISMO BarbarismoÉ o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis: 1) Pronúncia a) Silabada: erro na pronúncia do acento tônico. Por Exemplo: Solicitei à cliente sua rúbrica. (rubrica)b) Cacoépia: erro na pronúncia dos fonemas.Por Exemplo: Estou com poblemas a resolver. (problemas)c) Cacografia: erro na grafia ou na flexão de uma palavra.Exemplos:Eu advinhei quem ganharia o concurso. (adivinhei)O segurança deteu aquele homem. (deteve)2) MorfologiaExemplos: Se eu ir aí, vou me atrasar. (for)Sou a aluna mais maior da turma. (maior)3) SemânticaPor Exemplo: José comprimentou seu vizinho ao sair de casa.

(cumprimentou)

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SOLECISMO

É o desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguintes níveis:

1) ConcordânciaPor Exemplo: Haviam muitos alunos naquelasala. (Havia)2) RegênciaPor Exemplo: Eu assisti o filme em casa. (ao)3) ColocaçãoPor Exemplo: Dancei tanto na festa que não

aguentei-me em pé. (não me aguentei em pé)

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Pleonasmo O pleonasmo é uma figura de linguagem. Quando consiste numa

redundância inútil e desnecessária de significado em uma sentença, é considerado um vício de linguagem. A esse tipo de pleonasmo chamamos pleonasmo vicioso.

Ex:"Grande maioria" - "Maioria" já expressa o sentido de "grandeza", no

caso, "grande"."Ele vai ser o protagonista principal da peça". (Um protagonista é,

necessariamente, a personagem principal)"Meninos, entrem já para dentro!" (O verbo "entrar" já exprime ideia

de ir para dentro)"Estou subindo para cima." (O verbo "subir" já exprime ideia de ir

para cima)"Não deixe de comparecer pessoalmente." (É impossível

comparecer a algum lugar de outra forma que não pessoalmente)"Meio-ambiente" - o meio em que vivemos = o ambiente em que

vivemos.

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PRECIOSISMOExagero da linguagem

- Na pretérita centúria, meu progenitor presenciou o acasalamento do astro-rei com a rainha da noite.

(ou seja: No século passado, meu avô presenciou um eclipse solar.)

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GÍRIA Segundo Mattoso Câmara Júnior, “estilo literário e gíria

são, em verdade, dois pólos da Estilística, pois gíria não é a linguagem popular, como pensam alguns, mas apenas um estilo que se integra à língua popular”. Tanto que nem todas as pessoas que se exprimem através da linguagem popular usam gíria.

A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais “que vivem à margem das classes dominantes: os estudantes, esportistas, prostitutas, ladrões” (Dm0 Preti) como arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas pelo próprio grupo.

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GÍRIA Assim a gíria é criada por determinados segmentos da

comunidade social que divulgam o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria que circula pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso.

Caracterizada como um vocabulário especial a gíria surge como um signo de grupo, a princípio secreto, domínio exclusivo de uma comunidade social restrita (seja a gíria dos marginais ou da polícia, dos estudantes, ou de outros grupos ou profissões).

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GÍRIA

Primeiro, ela pinta como quem não quer nada. Chega na moral, dando uma de Migué, e acaba caindo na boca do povo. Depois desbaratina, vira lero-lero, sai de fininho e some. Mas, às vezes, volta arrebentando, sem o menor aviso. Afinal, qual é a da gíria? (Cássio Schubsky, Superinteressante)

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Linguagem vulgar

Existe uma linguagem vulgar, segundo Dino Preti, “ligada aos grupos extremamente incultos, aos analfabetos”, aos que têm pouco ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar multiplicam-se estruturas com “nóis vai, ele fica”, “eu di um beijo nela”, “Vamo i no mercado”.

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É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.

A linguagem culta ou padrão

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Linguagem regional

Regionalismos ou falares locais são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto às construções gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e do ponto de vista fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.

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Falar gaúcho

Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão. Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.

— O senhor quer que eu deite logo no divã? — Bom, se o amigo quiser dançar uma marcha, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro. (Luís Fernando Veríssimo, O Analista de Bagé)

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Falar caipira

Aos dezoito anos pai Norato deu uma facada num rapaz, num adjutório, e abriu o pé no mundo. Nunca mais ninguém botou os olhos em riba dele, afora o afilhado. — Padrinho, evim cá chamá o sinhô pra mode i morá mais eu. — Quá,flo, esse caco de gente num sai daqui mais não. — Bamo. Buli gente num bole, mais bicho... O sinhô anda perrengado... (Bernardo Élis, Pai Norato)

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LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL Sempre que nos comunicamos com alguém

utilizamos dois tipos de linguagem: verbal e não verbal. A linguagem verbal compõe-se de palavras e frases. A linguagem não verbal é constituída pelos outros elementos envolvidos na comunicação, a saber: gestos, tom de voz, postura corporal, etc.

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Que ninguém duvide do poder da linguagem não verbal. Se uma pessoa lhe diz que está muito feliz mas sua voz é baixa, seus ombros estão caídos, o rosto inexpressivo, em qual mensagem você acredita? Na que ouviu ou na que viu? À esta discrepância entre a linguagem verbal e não verbal damos o nome de incongruência. Portanto, uma pessoa incongruente em determinado aspecto diz uma coisa e expressa outra diferente através de seus gestos, postura, voz, etc.

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A linguagem não verbal provém do inconsciente de quem se comunica. Esta é a razão pela qual é tão difícil controlá-la conscientemente (por exemplo, um candidato a um emprego tem dificuldades para disfarçar suas mãos trêmulas em virtude da ansiedade na hora da entrevista). E será processada pelo inconsciente de quem recebe esta comunicação. Deste fato decorrem algumas observações interessantes.

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Somente os bons atores são capazes de convencer outras pessoas com relação a uma mensagem da qual discordem inconscientemente. Isto porque esboçam sinais mínimos de incongruência. Ou seja, são treinados para controlar as manifestações do inconsciente (os sinais que poderiam denunciá-los, tais como a voz, que precisa ser forte ao interpretar um personagem agressivo e corajoso, mesmo que no fundo o ator esteja morrendo de medo da platéia).

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Outra observação diz respeito à interpretação que fazemos desta linguagem não verbal e inconsciente. Nós às vezes não sabemos explicar por que não acreditamos no que uma pessoa disse. Simplesmente sentimos que algo está errado. Alguns chamarão a isto de intuição. Na verdade, nosso inconsciente observou os sinais do inconsciente da outra pessoa e os codificou. Ele registrou, por exemplo, os sinais que a pessoa emitiu a cada vez que expressou alegria. Imagine que esta pessoa juntava as mãos e respirava fundo sempre que se dizia alegre. Se um dia ela apenas sorri e não repete aqueles sinais, então concluímos que em uma das duas situações ela não estava se sentindo alegre.

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Num outro exemplo, temos aqueles nossos amigos que nos conhecem tão bem a ponto de ser quase impossível mentir para eles. Isto porque eles já têm codificados no inconsciente todos os nossos sinais. Eles conhecem, por terem participado de momentos importantes de nossas vidas, a expressão que temos quando estamos cansados, preocupados, alegres, etc.

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Na música “Carinhoso”, Pixinguinha sorri com os olhos. Já “Carolina”, musa de Chico Buarque, “guarda a dor de todo esse mundo” em seu olhar. Mas não é preciso ser poeta para perceber que mãos, posturas, gestos e olhares passam mensagens, às vezes contrárias às proferidas pela fala. E o mundo corporativo tem visto com cuidado a questão. Prova disso são treinamentos voltados para o aprimoramento da comunicação não verbal destinados a executivos.

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Pesquisa realizada por James Kouzes e Barry Posner, autores do best-seller “O Desafio da Liderança”, revela que apenas 7% do impacto da comunicação é passado pela fala. Já as expressões não verbais contribuem com 55% da mensagem que se quer dar. Os 38% restantes ficam por conta das características vocais do emissor (entonação, ênfase, colocação vocal, volume da voz). “O ser humano consegue, por meio da interpretação de gestos, por exemplo, captar o que o falante quer dizer nas entrelinhas”, afirma Cristina Ortiz, sócia-diretora da Toledo Ortiz & Polig, empresa especializada em coaching.

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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA NO MUNDO CORPORATIVO

Comunicação interna; O que é?

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COMUNICAÇÃO INTERNA

O sistema de comunicação entre a organização e seu público interno é o conceito mais simples, mas não simplista, para a Comunicação Interna. Em se tratando de comunicação, pressupõe obrigatoriamente um sistema de mão dupla, estruturado, dinâmico e proativo, capaz de disseminar o fluxo de informações que a organização tem interesse em compartilhar e que o colaborador precisa saber.

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COMUNICAÇÃO INTERNA

Esse relacionamento intenso, vivo e permanente com os colaboradores (sejam eles efetivos, terceirizados ou estagiários) e seus familiares, permite que a Comunicação Interna realize a primeira de suas funções estratégicas: a difusão da Visão, Missão e Valores Corporativos. Além disso, amplia e harmoniza o diálogo entre capital e trabalho, equaliza interesses, integra equipes e valoriza o conhecimento e a produção, fruto da razão de ser da organização.

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COMUNICAÇÃO INTERNA

Outra função muito valiosa é estabelecer o processo oficial pelo qual a empresa seu público interno se comunicam. Já se sabe que, quando as empresas não formalizam esse processo de comunicação interna, ficam reféns dos impactos negativos que uma rede de comunicação informal pode provocar na cultura organizacional, fruto do próprio relacionamento entre as pessoas, desagregando equipes e até mesmo comprometendo a obtenção dos resultados esperados.

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Ao estruturarem um processo formal de comunicação interna - tenha 20, 200 ou 2000 mil funcionários -, as empresas conseguem assegurar a criação de uma rede valiosa para a obtenção de resultados, tornando claro para todos os colaboradores o quanto respeita e valoriza cada membro de sua equipe, disseminando o pensamento, os objetivos e as metas definidas pela gestão.

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O importante é que, ao estruturar um processo formal de comunicação, as empresas insiram a Comunicação Interna como parte de uma estratégia de comunicação abrangente e integrada, dirigida também aos públicos externos (acionistas, imprensa, clientes, comunidade, fornecedores, governo etc), de maneira que os relacionamentos tenham objetivos comuns, fortalecendo uma imagem única e refletindo a postura ética estabelecida entre os diferentes agentes da organização.

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A sinergia com todas as áreas faz da Comunicação Interna um processo verdadeiramente servidor, capaz de explicar o negócio da empresa ao empregado e, de forma sistêmica, ajudá-lo a atingir os resultados projetados, levando-os a entender de que forma cada um poderá fazer a sua parte e como a parte de cada um se integra ao todo para o alcance das metas definidas.

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POR QUE FAZER?

As relações de trabalho passam por inúmeras transformações. Do lado do colaborador, aumentou a consciência da necessidade de interagir nos processos, conhecer profundamente o planejamento e as metas de seu trabalho, melhorar sua qualificação e sua qualidade de vida. Do lado da empresa, ficou mais nítida a importância de mudar rotinas para integrar equipes, desenvolver e reter talentos, valorizar e reconhecer as melhores práticas.

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POR QUE FAZER?

As inovações tecnológicas, as novas relações com os consumidores, a abertura de mercado, exigem um olhar voltado para dentro, que destaque os diferenciais competitivos, próprios de cada organização. Conceitos como transparência, valorização e visibilidade também se tornaram imperativos.

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QUEM FAZ?

São múltiplas as formas de composição das equipes de trabalho. Variam de um único funcionário até equipes inteiras dedicadas, com profissionais de comunicação responsáveis pela coordenação dos trabalhos e serviços terceirizados de agências e de consultores. A prática tem mostrado que a atuação de um profissional de comunicação capacitado para coordenar os trabalhos é uma forma eficiente de se garantir que os objetivos traçados serão alcançados de acordo com as orientações previamente estabelecidas.

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QUEM FAZ?

Em função dos diferentes estágios da percepção do valor da comunicação pelas empresas, ainda é comum encontrar, no Brasil, áreas ou processos de comunicação conduzidos por profissionais não qualificados tecnicamente, comprometendo a eficiência no cumprimento do planejamento estratégico do próprio negócio ou até mesmo provocando problemas na operação.

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QUEM FAZ?

Muitos trabalhos de Comunicação Interna também surgem de iniciativas mais coletivas. São murais com a colaboração de funcionários, o informativo do torneio de futebol, um boletim sazonal por vezes relacionado a uma efeméride como o aniversário da empresa, Natal etc. A prática tem mostrado que, em algum momento, essa iniciativa é absorvida pela empresa e tornasse parte formal de uma política de comunicação.

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QUEM FAZ?

É possível também identificar a Comunicação Interna, não como um processo estruturado, mas no contexto de implementação de campanhas internas ligadas a temas como segurança no trabalho, saúde, qualidade de vida, metas de vendas e/ou produtividade etc. Em geral, são campanhas com um viés mais publicitário e, em muitos casos, estão atreladas a uma agência de publicidade ou de marketing.

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Alinhamento estratégico da Comunicação Interna

Essa é uma questão fundamental para o sucesso de uma política de Comunicação Interna. Mesmo nos casos em que a área de Comunicação Interna está desvinculada do departamento de comunicação, promover o alinhamento de estratégias é imprescindível. A eficácia dos resultados depende de uma série de fatores, entre os quais a otimização dos recursos que serão empregados nas diferentes formas de comunicação da organização com seus diversos públicos. O alinhamento evita sobreposição de mensagens e a formação de zonas de ruído na comunicação.

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Tente imaginar uma empresa que declara, para o público interno, a necessidade de contenção de custos, com medidas que incluem reajustes salariais baixos, cortes de benefícios etc. E, paralelamente, anuncia ao mercado, pela imprensa, que teve resultados positivos no ano, com um lucro recorde em sua história recente. Com certeza, essas mensagens conflitantes provocam impacto negativo na equipe de trabalho, afetando a credibilidade da empresa junto a seus colaboradores. Uma possível consequência dessa falta de alinhamento na comunicação será a queda da produtividade dos trabalhadores, desestimulados pela incoerência da comunicação. Por outro lado, no plano externo, a empresa correrá o risco de perder credibilidade junto a fornecedores, clientes e investidores. E a lucratividade para o período subsequente poderá ser reduzida.

Alinhamento estratégico da Comunicação Interna

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COMO FAZER? Comunicação Interna deve responder aos desafios do

Planejamento Estratégico Corporativo. Na verdade, é uma atividade “meio” e não “fim”, que presta serviço às demais áreas, atendendo às suas demandas de troca de informações, conscientização, integração, reconhecimento etc. Oferece ferramentas e propicia a aproximação de equipes. E, mais importante, a Comunicação Interna é a única área que observa, de fato, a organização como um todo, favorecendo o alinhamento e o trabalho dos atributos de marca e metas corporativas, atuando como servidora de toda a organização. Portanto, deve ser valorizada e reconhecida e ter acesso à Direção da empresa, assim como às suas diversas áreas: Marketing, Vendas, Recursos Humanos, Supply, Finanças, Tecnologia etc.

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COMO FAZER?

Cultura de comunicação Para que a Comunicação Interna seja encarada como

estratégica, é necessário o envolvimento de todos os níveis da empresa, principalmente a diretoria.

Identificar necessidades A Comunicação Interna trabalha na identificação das

necessidades – tanto da empresa para com seu público interno quanto do seu público interno para com a empresa –, verificando o que é esperado da empresa em termos de comunicação.

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COMO FAZER?Planejamento de atividades Para estabelecer um processo de Comunicação Interna, deve-se elaborar

um planejamento que respeite as seguintes etapas:

Atender às metas do Planejamento Estratégico da Organização, buscandoidentificar de que maneira a Comunicação Interna pode colaborar com o

alcance dos resultados desejados Realizar um diagnóstico (por meio de pesquisa com os públicos internos) Estabelecer os objetivos da Comunicação Interna Estabelecer os atributos da Comunicação Interna que correspondamaos atributos da marca Criar o Plano de Ação da Comunicação, estabelecendo processos eatividades Estruturar os canais: veículos, eventos e ações Gerir os conteúdos comunicáveis Mensurar resultados a partir de um sistema de indicadores com baseno que é relevante para o sucesso do negócio

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COMUNICAÇÃO EXTERNA

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