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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NÚCLEO DE SAÚDE- NUSAU DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA- DEF KALINE JHÚLIA LEITE RIBEIRO NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE EM ESCOLARES DE 7-11 ANOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE PORTO VELHO PORTO VELHO-RO 2014

níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

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Page 1: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

NÚCLEO DE SAÚDE- NUSAU

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA- DEF

KALINE JHÚLIA LEITE RIBEIRO

NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE EM ESCOLARES DE 7-11 ANOS DE UMA

ESCOLA PÚBLICA DE PORTO VELHO

PORTO VELHO-RO

2014

Page 2: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

KALINE JHÚLIA LEITE RIBEIRO

NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE EM ESCOLARES DE 7-11 ANOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE PORTO VELHO

Monografia de Graduação apresentada

ao curso de Educação Física do Núcleo

de Saúde da Universidade Federal de

Rondônia – UNIR, para obtenção do

título de Licenciatura Plena em

Educação Física.

Orientador: Prof.Dr. Edson Santos Farias

PORTO VELHO – RO

2014

Page 3: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

FICHA CATALOGRÁFICA

BIBLIOTECA PROF. ROBERTO DUARTE PIRES

R484n

Ribeiro, Kaline Jhúlia Leite

Níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola pública de

Porto Velho / Kaline Jhúlia Leite Ribeiro. Porto Velho, Rondônia, 2014.

40f.

TCC (Graduação em Educação Física) Fundação Universidade Federal de

Rondônia / UNIR.

Orientador: Prof. Dr. Edson Santos Farias

1. Aptidão física 2. Flexibilidade 3. Escolares I. Farias, Edson Santos II. Título.

CDU: 796:37

Bibliotecária Responsável: Ozelina Saldanha CRB11/947

Page 4: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

KALINE JHÚLIA LEITE RIBEIRO

NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE EM ESCOLARES DE 7-11 ANOS DE UMA

ESCOLA PÚBLICA DE PORTO VELHO

Trabalho de Conclusão de Curso em Educação Física para a obtenção do título de Licenciado em Educação Física pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Núcleo de Saúde e Departamento de Educação Física.

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Edson Santos Farias - DEF/UNIR Presidente da Banca (Orientador)

Prof. Ms. Luis Gonzaga de Oliveira Gonçalves - DEF/UNIR 1º Membro da Banca

Prof. Esp. Elizângela de Souza Bernaldino - SEMED/PVH. 2º Membro da Banca

Conceito: ___________________

Porto Velho, ____de_______________de 2014.

Page 5: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

DEDICATÓRIA

Dedico primeiramente a Deus, que me

proporcionou tudo até aqui, aos meus

pais pela dedicação e força e todos que

contribuíram para que isso

acontecesse.

Page 6: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar ao meu Deus por me sustentar e por ter

me dado forças até aqui, pois nos momentos de desespero era a quem

recorria. EBENÉZER!

Agradeço aos meus pais Francisco Ribeiro e Idalina Leite Ribeiro, pela

educação, investimento e amor dado a mim todos esses anos. Pessoas que

são meus referenciais de caráter e tudo que sou devo a eles por extrema

dedicação e auxílio.

Agradeço ao Professor Edson Farias, pela sua orientação e importante

ajuda; Ao professor Luis Gonzaga pelos incentivos e ensinamentos; a Juliana

Oliveira pelo incentivo e ajuda e a todos os professores do departamento que

de alguma forma me ajudaram até aqui.

Não podia deixar também de agradecer aos meus colegas de curso

pela convivência durante todos esses anos, em especial aqueles em que tive

uma convivência maior (Não irei citar nomes), foram essenciais e importantes

para minha vida durante este período.

Agradeço a todos que de alguma forma me ajudaram...

Obrigada!

Page 7: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

Muitas vezes ficamos aflitos, mas não somos derrotados. Algumas vezes

ficamos em dúvida, mas nunca ficamos desesperados. Temos muitos

inimigos, mas não nos falta amigo. Às vezes somos gravemente feridos,

mas não somos destruídos.

(2º Coríntios 4:8-9)

Page 8: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 10

2 JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 12

3 OBJETIVOS ................................................................................................. 13

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 14

4.1 Teste, Medidas e Avaliação ....................................................................... 14

4.4.1 Critérios para Seleção de Testes ............................................................ 14

4.4.2 Medidas e Avaliações na Educação Física ............................................. 15

4.2 Aptidão Física Relacionada à Saúde ......................................................... 16

4.3 Flexibilidade: Conceitos e Definições ......................................................... 18

4.4 Fatores Intervenientes na Flexibilidade ...................................................... 19

4.5 Métodos para Desenvolvimento da Flexibilidade ....................................... 21

4.6 Promoção de Saúde na Escola .................................................................. 23

4.7 Educação Física escolar como Fator de Aquisição e Manuntenção da Flexibilidade ..................................................................................................... 24

5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................... 27

5.1. Tipo de Pesquisa ....................................................................................... 27

5.2 População e Amostra ................................................................................. 27

5.3 Procedimentos para Coleta de dados ........................................................ 27

5.4. Critérios de inclusão .................................................................................. 28

5.5. Protocolo Utilizado: Teste de Flexibilidade ................................................ 28

5.5 Tratamento Estatístico ............................................................................... 28

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................. 29

7. CONSIDERAÇÔES FINAIS ......................................................................... 33

8. REFERÊNCIAS ............................................................................................ 34

9.ANEXOS ....................................................................................................... 38

Page 9: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

RESUMO

A flexibilidade é um importante componente da aptidão física relacionada à

saúde e ao desempenho motor, sendo de importância tanto para as

performances esportivas quanto para as tarefas do cotidiano. O estudo teve

como objetivo verificar e analisar comportamento da variável flexibilidade em

escolares na faixa etária de 7-11 anos de uma escola pública do município de

Porto Velho no período de 2008 a 2010. A amostra foi composta de 482 alunos,

sendo 250 do sexo masculino e 232 do sexo feminino. Para realização foi

utilizado o teste de sentar-e-alcançar com banco de Wells. O tratamento dos

dados foi utilizado a Análise de Variância one-way ANOVA que fez a

comparação entre os três anos em relação a variável de desfecho a

flexibilidade. Observou-se que durante o tempo ambos os sexos não

apresentaram diferença significativa. Quando verificado o gênero relacionado à

idade também não se percebe uma diferença significativa, Porém nota-se que

os indivíduos do sexo feminino demonstram a tendência de apresentar valores

relativamente menores aos 10 anos, quando comparados às demais idades e

ao sexo masculino. Portanto faz-se necessário o conhecimento do

desenvolvimento dessas variáveis e identificar possíveis fatores intervenientes,

pois podem representar um importante papel nos níveis de saúde de crianças e

adolescentes na fase escolar.

Palavras chaves: aptidão física, flexibilidade, escolares.

Page 10: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

ABSTRACT

Flexibility is an important component of health -related physical fitness and

motor performance, being of importance for both sports performances as for

daily tasks. The study aimed to verify and analyze the behavior of variable

flexibility in schoolchildren aged 7-11 years in a public school in the city of Porto

Velho in the period 2008-2010. The sample consisted of 482 students, with 250

male and 232 female. To perform the sit - and-reach with Wells Bench test. The

treatment of the data to one- way ANOVA that compared between the three

years for the outcome variable flexibility ANOVA was used. It was observed that

during the time both sexes showed no significant difference. Analyzing the

gender associated with age also did not notice a significant difference, however

it is noted that females show a tendency to have relatively lower values at 10

years, compared to other ages and males. Therefore it is necessary to know the

development of these variables and identify possible intervening factors; it may

play an important role in health levels of children and adolescents during

school.

Key words: physical fitness, flexibility, school.

Page 11: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

10

1 INTRODUÇÃO

Quando tratamos do termo flexibilidade muitos de forma imediata fazem

ligação diretamente com trabalhos desenvolvidos na área de ginástica ou

ballet, como se fosse uma qualidade inerente apenas a estes grupos,

justamente por essa ser uma das principais características de ginastas e

bailarinos. Porém a flexibilidade não se restringe apenas as performances

esportivas, mas sendo de grande importância para a realização das nossas

atividades cotidianas.

Coledam (2012) afirma ainda que a flexibilidade é um importante

componente da aptidão física relacionada à saúde, sendo que parâmetros

inadequados desta capacidade física para região dos músculos isquiotibiais e

lombares estão relacionados a dores na coluna lombar. Portanto níveis de

flexibilidade não adequados podem resultar em uma maior probabilidade de

lesões musculoesqueléticas, ou dificultar a realização de alguns movimentos.

Muito se fala da importância na manutenção de bons níveis de

flexibilidade relacionada à saúde, mas não se tem o esclarecimento de forma

cientifica o nível de flexibilidade necessário ao ser humano, porém é conhecida

a necessidade de níveis mínimos de flexibilidade para a prevenção de algumas

patologias e melhoria da qualidade de vida (KISS, 2003).

Durante o desenvolvimento humano a flexibilidade sofre alterações e

influencias de acordo com as fases, para Gallahue & Ozmun (2005) esse

desenvolvimento tem um ritmo desde sua concepção até a idade adulta. Os

níveis de flexibilidade podem ser de origem genotípica, mas também pode

receber influências fenotípicas, ou seja, há a influência genética, porém esta

pode sofrer estímulos externos, como a alimentação e a prática de atividades

físicas (GALLAHUE & OZMUN, 2005).

Esses fatores interferem nos níveis de flexibilidade, que deve ser

trabalhada para que os indivíduos mantenham níveis adequados, adquira

melhorias e responda de forma melhor aos movimentos. A flexibilidade atua de

forma diferente em crianças, adolescente e adulto, onde atinge o seu auge aos

dez anos, e tende a diminuir com aumento da idade se não for devidamente

trabalhada.

Page 12: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

11

Para uma melhor qualidade de vida e manutenção de bons níveis de

aptidão física e consequentemente hábitos saudáveis fazem-se necessário a

promoção de atividade física desde a infância, e o melhor lugar é dentro da

escola, nas aulas de educação física.

Teoricamente entende-se a Educação Física Escolar como uma

disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento,

formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la,

capacitando-o para usufruir os jogos, os esportes, as danças, as lutas e as

ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da

qualidade de vida.

A Lei das Diretrizes Básicas (Lei nº. 9.394/96) em seu parágrafo terceiro,

artigo 26, refere-se à Educação Física como componente curricular integrado à

proposta pedagógica da escola, é componente curricular da educação básica,

ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo

facultativa em alguns aspectos.

Dentro deste aspecto cabe ressaltar a importância do desenvolvimento

da educação física, principalmente nas séries iniciais, que segundo pesquisas

conta com a colaboração de maior interesse dos alunos, que destacam a

disciplina de educação física como uma das preferidas. O que já não acontece,

com os jovens ao término da educação básica, que demonstram menos

interesse nas aulas de educação física.

Observa-se que as aulas de educação física na escola resumem- se em

apenas duas aulas por semana, no ensino fundamental e uma aula por semana

no ensino médio, que não é suficiente para fazer um trabalho adequado de

desenvolvimento de qualquer capacidade física. Normalmente os exercícios de

alongamentos, que são importantes para o desenvolvimento da flexibilidade,

são trabalhados de forma muito específica, apenas antecedendo exercícios de

maior intensidade com o objetivo de evitar lesões.

Diante de todos esses fatores, elaborou-se o seguinte problema de

pesquisa: Qual o comportamento da variável flexibilidade em escolares na

faixa etária de 7 – 11 anos de uma escola pública de Porto Velho no

período de 2008-2010?

Page 13: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

12

2 JUSTIFICATIVA

Este trabalho propõe a investigar o nível de flexibilidade em escolares

com idades entre 7- 11 anos, e apontar a importância de se ter uma boa

flexibilidade, já que se trata de um componente da aptidão física, e

consequentemente obtenção de bons níveis de saúde, componente esse que

pode e deve ser desenvolvido na escola. Outra finalidade para justificar esta

pesquisa é a escassez de trabalhos que verificam apenas a variável

flexibilidade nesta faixa etária. Refletindo assim o desinteresse para atuar com

este grupo de forma específica no desenvolvimento desta capacidade, pois na

maioria das vezes a flexibilidade é abordada de forma indireta através dos

alongamentos, como uma forma de anteceder e preparar para uma atividade

intensa, o que acaba se tornando algo rotineiro e sem finalidade.

Deve-se antes de tudo encontrar formas de conscientizar as pessoas

para a importância das várias práticas corporais que podem ser vivenciadas e,

com isso, efetivamente despertarem para uma prática sistematizada como

parte do cotidiano, tornando esse hábito parte imprescindível para o bem-estar.

De forma que é a flexibilidade é um componente fundamental na aptidão física

relacionada com a saúde; ela determina a mobilidade total dos indivíduos,

promove agilidade, prevenção de acidentes e melhoria da capacidade

mecânica dos músculos e articulações permitindo uma economia de energia

durante o esforço (DANTAS, 2005).

É de grande importância o acompanhamento do desenvolvimento do

estado de saúde de escolares nesta faixa etária. Sendo que a escola é o lugar

mais adequado, para que o tema saúde seja abordado, onde o educando

recebe orientação e formação, e permanece durante um longo período de sua

vida. Dentro deste ambiente o profissional mais adequado para orientar e

desenvolver este assunto dentro da escola é o professor de educação física,

nas suas aulas, por ser único da área da saúde ativo dentro da escola, diante

disto que este trabalho possa servir subsídios para outras pesquisas neste

tema.

Page 14: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

13

3 OBJETIVOS

Objetivo Geral

Verificar e analisar comportamento da variável flexibilidade em escolares

na faixa etária de 7-11 anos de uma escola pública do município de Porto

Velho no período de 2008 a 2010.

Objetivos Específicos

Descrever as características da amostra por frequências de sexo

e idade;

Comparar o comportamento da variável flexibilidade por sexo e no

tempo.

Comparar o comportamento da variável flexibilidade por sexo e na

idade.

Page 15: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

14

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 TESTE, MEDIDA E AVALIAÇÃO

Os processos de medida e avaliação dentro da educação física são de

fundamental importância, seja na área da educação física escolar, esportiva ou

rendimento. Segundo Guedes (2006) Um erro muito comum de confundir ou

colocar como sinônimos entre os termos medida e avaliação, sendo que

medida apenas faz parte do processo de avaliação. Guedes (2006) ainda

Classifica esses termos da seguinte forma:

a) Medida- É uma determinação da quantidade, extensão ou grau de

determinado atributo, com base em um sistema convencional. Medida refere-se

sempre ao aspecto quantitativo do atributo a ser descrito. Envolve

administração de um teste, como por exemplo: peso, estatura, força.

b) Avaliação- Consiste na interpretação da informação coletada com

bases em referenciais previamente definidos e classifica de forma qualitativa ou

quantitativa, exemplo: obeso, alto, fraco, veloz. Estrela (2006) divide Avaliação

em três tipos:

- Avaliação diagnóstica: sendo análise dos pontos fortes e fracos do

indivíduo ou da turma, em relação a uma determinada característica.

- Avaliação Formativa: informa sobre o progresso da performance,

quando a obtida e avaliada, é feita uma retroalimentação, apontando e

corrigindo os pontos fracos até ser atingido o objetivo proposto.

- Avaliação Somativa: É a soma de todas as avaliações realizadas no fim

de cada unidade do planejamento, com o objetivo de obter um quadro geral da

evolução do indivíduo.

c) Teste- Consiste em verificar o desempenho mediante as

situações previamente organizadas e padronizadas, sendo um dos diversos

processos de medida.

4.4.1 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE TESTES

Page 16: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

15

De acordo com Kiss (2003) a seleção de testes utilizam-se alguns

critérios que podem ser divididos em quatro categorias:

a) Quanto aos critérios de autenticidade

- Validade

- Fidedignidade

b) Quanto aos aspectos práticos:

- Viabilidade

- Economia

- Padronização

c) Quanto a aspectos pedagógicos:

- Motivação

- Facilidade de entendimento

-Capacidade de proporcionar experiências de aprendizagem.

d) Quanto à utilização dos resultados:

- Especificidade

- Discriminação

- Aplicabilidade a situações práticas.

Um teste precisa ser fidedigno e válido para estudos de intervenção. A

fidedignidade esta associada à reprodutibilidade de informação pelo mesmo

avaliador e precede ao estudo de avaliação e quando se compara os

resultados de um teste com dois ou mais avaliadores, se define a fidedignidade

interavaliador ou objetividade (ACHOUR, 2006).

4.4.2 MEDIDAS E AVALIAÇÕES NA EDUCAÇÃO FÍSICA

A avaliação é de fundamental importância para o trabalho dos

profissionais de educação física. A avaliação caracteriza-se como o processo

pelo qual se torna possível reunir informações que auxiliem na identificação de

características individuais, associadas a pratica de atividade física (GUEDES,

2006). Os objetivos são:

Page 17: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

16

Reunir subsídios para o acompanhamento do processo de Ensino

Aprendizagem;

Selecionar elementos de alto nível para integrar equipes de alto

rendimento;

Auxiliar o indivíduo oferecendo informações na prescrição e

orientação na escolha de uma atividade física que, além de motivá-lo possa

desenvolver suas aptidões;

Detectar deficiências, permitindo uma orientação no sentido de

superá-la;

Alimentar bancos de dados, a fim de desenvolver pesquisas de

finalidade cientifica.

Conforme Badaro et al (2007) os métodos para a medida e avaliação da

flexibilidade podem ser classificados em três tipos principais: angulares,

lineares e adimensionais. Os testes angulares são aqueles que possuem

resultados expressos em ângulos, a medida dos ângulos é denominada

goniometria, que pode ser obtido principalmente pelo goniômetro; Os testes

adimensionais têm como principal característica a interpretação dos

movimentos articulares, comparando-os com uma folha de gabarito. Os testes

lineares que se caracterizam por expressar os resultados em uma escala de

distância, tipicamente em centímetros ou polegadas. O mais utilizado é teste de

sentar alcançar de Wells.

Dentro da perspectiva deste trabalho é importante avaliar a flexibilidade,

pois pode se prescrever exercícios adequados para o indivíduo, independente

de ser sedentário ou esportista, buscando se evitar e prevenir lesões

musculoarticulares. Ainda com avaliação podem-se identificar quais os grupos

musculares necessitam de mais exercícios específicos (KISS, 2003).

4.2 APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE

Guedes (2006) diz que aptidão física é um estado dinâmico de energia e

vitalidade que permite a cada um não apenas a realização das tarefas do

cotidiano, as ocupações ativas das horas de lazer e enfrentar emergências

Page 18: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

17

imprevistas sem fadiga excessiva, mas, também, evitar o aparecimento das

funções hipocinéticas, enquanto funcionando no pico da capacidade intelectual

e sentindo uma alegria de viver. Aptidão física significa, de uma forma geral, a

capacidade e o estado de rendimento do ser humano, assim como a disposição

atual para uma determinada área de atuação (WEINECK, 2003).

A aptidão física vem sendo abordada, ao longo do tempo, por dois

principais aspectos: a aptidão física relacionada à saúde e a aptidão física

relacionada ao desempenho motor (PEREIRA et al 2011). O primeiro aspecto

refere-se a demandas energéticas que possibilitam desenvolver as atividades

do cotidiano com vigor, proporcionando um menor risco de desenvolver

doenças ou condições crônico-degenerativas. Enquanto o segundo está

relacionado às atividades esportivas ou performance motora que contribuem

para o desempenho das tarefas especificas, seja no trabalho ou nos esportes

(VERARDI, 2007).

Gallahue (2008) descreve aptidão física relacionada à saúde como

transitória e não esta relacionada de forma direta a habilidade atlética, mas

está associada à melhoria da qualidade de vida e baixo risco de doenças. A

aptidão física voltada para saúde abrange um maior número de pessoas,

valorizando as variáveis fisiológicas como potência aeróbica máxima, força,

flexibilidade e componentes da composição corporal, podendo voltar-se para as

habilidades desportivas em que as variáveis, tais como agilidade, equilíbrio,

coordenação motora, potência e velocidade, são mais valorizadas, objetivando

o desempenho desportivo (ARAUJO & ARAUJO, 2000).

O treinamento da aptidão física pela prática de atividades físicas

promove muitos benefícios para a saúde; entre eles, com relação à

composição corporal, muitos autores citam o aumento da massa corporal livre

de gordura e a diminuição da porcentagem de gordura corporal, o aumento da

eficiência de trabalho, umas susceptibilidades para doenças alem da melhora

da aparência física e menor incidência de problemas de autoconceito

relacionados à obesidade (COSTA, 2001).

Farias (2010) cita a importância de se alcançar melhorias e benefícios

relacionados à aptidão física, porém tem que se partir de alguns pressupostos,

como os dados referentes à condição física anterior, o conhecimento do

comportamento da capacidade em relação à idade e ao gênero e a relação dos

Page 19: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

18

níveis de aptidão física em critérios de saúde. Recomenda-se a manutenção de

bons níveis de aptidão física para individuo de ambos os sexos e em qualquer

faixa etária, entretanto, a aquisição de hábitos saudáveis e a prática de

atividade física na infância pode repercutir de forma muito positiva no estado de

aptidão física durante a vida adulta.

Como a aptidão física é fortemente influenciada por fatores ambientais,

além dos fatores biológicos, torna-se necessário que se tenha informações de

como se encontra o estado de aptidão física e desempenho motor de crianças

e adolescentes em diversas regiões do mundo (PEREIRA, 2011). Desse

pressuposto parte a importância de identificar níveis de aptidão física,

principalmente relacionada à saúde em escolares. Neste estudo será abordada

especificamente a Flexibilidade como um importante componente da aptidão

física relacionada à saúde.

4.3 FLEXIBILIDADE: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

O termo flexibilidade considerada pela maioria dos autores conceituados

no meio acadêmico, como um importante componente da aptidão física

relacionada à saúde ou ao esporte (SILVA et al 2006). Ainda assim ela assume

diversos conceitos por sua abrangência e especificidade. Destacam-se

conceitos sob a visão de alguns autores:

Dantas (2005) define como qualidade física responsável pela execução

voluntaria de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação

ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem risco de

provocar lesões.

Segundo Barbanti (2003) a flexibilidade é a capacidade de realizar

movimentos em certas articulações com amplitude de movimento de maneira

adequada.

Para Kiss (2003) define como a qualidade física responsável pela

amplitude de movimentos disponível em uma articulação ou conjunto de

articulações.

Page 20: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

19

Compreende-se por flexibilidade, a máxima amplitude fisiológica de

movimentos que uma articulação ou grupo de articulações conseguem

executar (HEYWARD, 2004).

Conforme Penha et al (2008), a flexibilidade é uma das característica do

sistema muscular que promove melhor eficiência de movimento, melhora o

desempenho muscular, além de influenciar na postura do individuo e prevenir

algumas patologias musculoesqueléticas.

Segundo Weineck (2003), os tipos de flexibilidade são vários e estão

listados a seguir:

Flexibilidade Geral - Compreende o maior número dos principais

sistemas articulares e que depende do nível de desempenho físico de quem o

pratica.

Flexibilidade Específica - Refere-se à prática desportiva e a uma

determinada articulação que é utilizada como um gesto desportivo próprio.

Flexibilidade Ativa - É estabelecida pela contração dos músculos

agonistas e relaxamento dos músculos antagonistas na realização de um

movimento de maior amplitude.

Flexibilidade Passiva - Apresenta-se como a maior amplitude de

movimento de uma articulação com auxílio de uma pessoa ou material, pois a

capacidade de extensão é bem utilizada.

Flexibilidade Estática – realizada quando o corpo mantém um

alongamento por um determinado tempo.

A flexibilidade é importante para favorecer a mobilidade nas atividades

diárias e esportivas, melhorar postura corporal, diminuir os riscos de lesões.

4.4 FATORES INTERVENIENTES NA FLEXIBILIDADE

De acordo com a literatura os fatores intervenientes podem ser divididos

em endógenos e exógenos. Os fatores endógenos que podem intervir na

flexibilidade destacam-se a idade, o sexo e a individualidade biológica. Entre

fatores exógenos, ambiente e temperatura, o nível de atividade pode interferir

no potencial de flexibilidade dos indivíduos.

Page 21: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

20

A flexibilidade se comporta de forma diferente em crianças, adolescentes

e adultos, e tende a diminuir de acordo com a idade (MINATO, 2010). Portanto,

quanto mais cedo começar a treinamento desta capacidade, maior a chance de

desenvolver arcos de flexibilidade maiores.

As mulheres possuem maior flexibilidade quando comparada aos

homens (MINATO, 2010). Dantas (2005) diz que as meninas são mais

privilegiadas nesse campo, em todas as fases do desenvolvimento. Isso se dá

pelas diferenças hormonais, e a capacidade de estiramento da mulher é maior

pela menor densidade dos tecidos.

Outro fator endógeno influenciador na flexibilidade é a individualidade

biológica, pois pessoas do mesmo sexo e idade podem possuir graus de

flexibilidade totalmente diferentes. O genótipo da pessoa interfere, pois

algumas pessoas possuem uma flexibilidade fraca e, por mais que se

submetam a treinamentos, melhoram muito pouco, enquanto outras

naturalmente são flexíveis (RASSILAN E GUERRA, 2006). O grau da

flexibilidade depende de vários fatores, como estrutura óssea, tecido,

elasticidade dos músculos, e qualquer variação que ocorrer nessas variáveis

podem provocar modificações na amplitude máxima possível do movimento.

Entre os fatores exógenos, destacam-se o ambiente e temperatura,

sendo que no frio a uma redução na elasticidade muscular com óbvios reflexos

sobre a flexibilidade. Inversamente, a temperatura ambiente alta acarreta

elevação da temperatura corporal, consequente relaxamento da musculatura e

aumento da flexibilidade (DANTAS, 2005).

Badaro et al (2007) citam que o bom nível de flexibilidade varia com a

necessidade de cada um, logo, a boa flexibilidade é aquela que permite ao

individuo realizar os movimentos articulares, dentro da amplitude necessária

durante a execução de suas atividades diárias, sem grandes dificuldades e

lesões.

Existem alguns indícios de que indivíduos que tiveram seu passado mais

ativo tornaram-se mais flexíveis. Tendo em vista que a flexibilidade é uma

aptidão física treinável, a manutenção de bons níveis de flexibilidade através de

exercícios físicos e alongamentos podem contribuir de forma significativa na

saúde e qualidade vida no decorrer das etapas da vida. Quando a flexibilidade

é inadequada pode ocasionar o surgimento de lesões musculoesqueléticas,

Page 22: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

21

impossibilitando alguns movimentos, e ocasionando um maior risco de dor

lombar na fase adulta. Porém vale apena ressaltar que nem sempre altos

níveis de flexibilidade significam melhor nível de desempenho físico ou sinal de

saúde.

Portanto, a caracterização da flexibilidade e decorrente da combinação

de vários fatores e principalmente a partir das experiências vividas ou

adquiridas ao longo da vida e níveis de atividade física que podem interagir na

flexibilidade.

4.5 MÉTODOS PARA DESENVOLVIMENTO DA FLEXIBILIDADE

Há alguns métodos para o desenvolvimento da flexibilidade, porém há

necessidade de se verificar vários aspectos, de forma não escolher apenas o

método mais rápido para desenvolver essa variável, mas que atenda os

objetivos do praticante, respeitando alguns aspectos físicos, idade e analise de

adaptação ao tipo de método a serem utilizados.

Segundo Varejão et al (2007) a flexibilidade pode ser trabalhada pelo

método de alongamento, que visa à manutenção dos níveis de flexibilidade

obtidos e a realização dos movimentos de amplitude normal com o mínimo de

restrições físicas. Outro método que trabalha a flexibilidade é o flexionamento,

que visa obter uma melhora no nível flexibilidade através da viabilidade de

amplitudes de arco de movimentos articular superiores as originais.

Os termos alongamento e flexibilidade ás vezes são confundidos ou

tidos como sinônimos, porém apesar de se relacionarem possuem conceitos

distintos. Contudo flexibilidade está relacionada com a amplitude de movimento

da articulação, o alongamento refere-se à elasticidade muscular (BADARO et

al. 2007). Os alongamentos podem ser classificados em: Estático, passivo

dinâmico, balístico.

O alongamento estático é determinado pelo alcance de uma amplitude

de movimento do grupo musculoarticular. A amplitude do movimento é atingida

de forma lenta, mantendo a postura com tensão muscular. (ACHOUR, 2006).

Já o alongamento passivo é feito com a ajuda de forças externas,

estando o praticante numa posição passiva, isto é, com descontração muscular

Page 23: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

22

e uma boa posição do sistema musculoarticular. Para ter um bom

desenvolvimento da flexibilidade, deve-se manter o alongamento por um tempo

de aproximadamente trinta segundos ou mais, para que se forneça um bom

relaxamento muscular até aumentar um pouco a amplitude do movimento.

(ACHOUR, 2006). Segundo Weineck (2003) na infância e início da puberdade,

devem-se evitar os exercícios de alongamento de forma passiva realizados

com ajuda de companheiros, pois a sobrecarga empregada pode lesionar as

crianças.

O alongamento dinâmico pode proporcionar menor risco de lesões, por

ser determinado pelo maior alcance do movimento voluntário, utilizando-se a

força dos músculos agonistas e o relaxamento dos músculos antagonistas, mas

isso se feito com suavidade na amplitude final do movimento (ACHOUR, 2006).

No alongamento Balístico o músculo é levado a se contrair e relaxar de

forma rápida e repetida, levando a deflagração de estímulos que mandam o

músculo contraírem ao invés de relaxar, aumentando a possibilidade de causar

micro lesões que posteriormente podem interferir no bom funcionamento do

músculo (CONCEIÇÃO & DIAS, 2004). Sempre lembrando em não ultrapassar

o limite do tecido, pois pode haver micro lesões que não são ideais para essa

finalidade, portanto é recomendado aquecer antes de realizar o alongamento

balístico. (ACHOUR, 2006).

Os alongamentos são estímulos que agem na musculatura, dando

elasticidade. Os alongamentos devem ser permanecidos por determinado

tempo, para obtenção de algum ganho significativo ou estabilização. Os

alongamentos se baseiam na ativação de fusos em órgãos musculares e

tendinosos sensíveis a esses estímulos que quando impulsionados e ativados

provocam respostas reflexas induzindo a adaptações musculares e

promovendo assim o ganho de flexibilidade (ALTER, 1999).

Há muitos relatos na literatura que defendem a permanência dos

exercícios de alongamento durante 30 segundos, isso acarreta uma adaptação

muscular nos fusos musculares, um reconhecimento do estímulo provocado,

que responde com um aumento da flexibilidade após o relaxamento provocado

pelo estímulo do (OTG) Órgão Tendinoso de Golgi (CHEBEL et al., 2007).

A flexibilidade obtida através de exercícios de alongamento será

permanecida se o individuo der progressividade no treinamento, se ele parar de

Page 24: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

23

realizar os exercícios ele tende a ter um encurtamento muscular que pode

implicar na biomecânica e na postura, prejudicando algumas unidades

musculotendíneas e acarretando a dor aguda (ACHOUR, 2004).

4.6 PROMOÇÃO DE SAÚDE NA ESCOLA

De acordo com a carta de Ottawa 1986, através do ministério de saúde

1996, cita que a promoção da saúde é o nome dado ao processo de

capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e

saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. A

promoção da saúde trabalha através de ações comunitárias concretas e

efetivas no desenvolvimento das prioridades, na tomada de decisão, na

definição de estratégias e na sua implementação, visando à melhoria das

condições de saúde.

Na literatura é recomendado focalizar ações preventivas e educativas no

espaço escolar e também os cuidados primários utilizando-se da educação

para a saúde na conscientização da comunidade, na direção de estimular

mudanças de comportamentos e contribuir para a melhoria dos indicadores da

qualidade de vida (RAMOS & FALSSARELA 2008). O ministério da saúde

compreende que o período escolar é de fundamental importância para se

trabalhar saúde na perspectiva de sua promoção desenvolvendo ações que

atuem na prevenção de doenças.

A promoção de saúde na escola visa o ser humano de uma forma

integral e considera pessoas e principalmente crianças e adolescentes dentro

do contexto escolar, comunitário e social. Dentro dessas iniciativas existe as

Escolas Promotoras de Saúde que ganhou força a partir dos anos 90, visando

um ambiente saudável para se viver, aprender e trabalhar, de forma que se

preocupa com a saúde de todos que se integram no meio, desde professores e

alunos até as pessoas que se relacionam com o ambiente escolar.

De acordo com Vilarta e Bocaletto (2007) os objetivos das escolas

promotoras de saúde são Colaborar com as escolas na promoção da saúde e

da qualidade de vida dos estudantes, professores, funcionários, pais e

comunidade através da:

Page 25: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

24

Estruturação de ambientes saudáveis para criar e melhorar a

qualidade de vida nas escolas e nos locais onde ela está situada, realizando:

Avaliação das condições do ambiente físico psicossocial da

escola conforme as diretrizes da OMS para Escolas Saudáveis, referente à

alimentação e atividade física.

Elaboração de um plano de Ação.

Fortalecimento da colaboração entre os serviços de saúde e de

educação visando à promoção integrada da saúde, alimentação, nutrição,

lazer, atividade física e formação do profissional.

Educação para saúde e ensino de habilidades para vida, visando

aquisição de conhecimentos sobre adoção e manutenção de comportamentos

e estilos de vida saudável.

Dentro dessa perspectiva e a partir da resolução 218/97 o conselho

nacional de saúde reconhece o profissional de educação física como

profissional da saúde, e a resolução n° 046/02 do CONFEF (Conselho Federal

da Educação Física) delega a atuação desses profissionais em um campo

integrado, não apenas na área da educação, mas também da saúde.

4.7 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR COMO FATOR DE AQUISIÇÂO E

MANUNTENÇÃO DA FLEXIBILIDADE

Após a regulamentação da profissão e o reconhecimento do profissional

de educação física como agente de saúde, o exercício físico se tornou uma

ferramenta importante para o desenvolvimento da aptidão física relacionada à

promoção de saúde e qualidade de vida. A flexibilidade como a capacidade da

aptidão é o enfoque neste estudo. Nessa perspectiva, a flexibilidade é um

elemento essencial para funcionalidade do aparelho locomotor humano, à

medida que se considera como uma das variáveis da aptidão física relacionada

à saúde e qualidade de vida, sendo esta responsável pela realização de

movimentos voluntários em uma ou mais articulações, sem exposição a lesões

do sistema musculoesquelética (ALTER, 1999). Sendo assim importante

Page 26: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

25

atribuição de desenvolvimento desta capacidade dentro da escola como

promoção de estilos de vida ativa.

De acordo com Dantas (2005) primeira infância, que se caracteriza do

nascimento até os três anos de idade, o trabalho de flexibilidade deve ser o

mais natural e menos forçado possível, devido à fragilidade dos componentes

envolvidos, não é adequado impor à criança posturas ou movimentos visando

aumentar seus arcos articulares. Na segunda infância, que se prolonga dos

três até os seis, já se pode falar em treinamento de flexibilidade e a forma mais

conveniente de realizar o trabalho é inserir exercícios de flexionamento em

pequenos jogos ou sessões de ginástica utilitária com alto componente lúdico.

Já na terceira infância, fase que vai dos seis, sete anos ao início da puberdade,

pode-se iniciar o treinamento de flexibilidade com finalidade esportiva, exigindo

elevado grau de desenvolvimento dessa qualidade física. No final desta fase,

ocorrerá normalmente o início do surto pubertário, acarretando inúmeras

alterações a nível hormonal, fisiológico e morfológico que irão provocar

profundas modificações na biomecânica dos movimentos e na capacidade de

estiramento dos músculos.

Nessa perspectiva, segundo Ramos & Falsarella (2008) o ambiente

escolar deve desenvolver programas preventivos focados nas capacidades

físicas sendo umas delas a flexibilidade para um desenvolvimento corporal

global, induzindo os indivíduos à vida ativa que ao passar dos tempos acabam

se acomodando com situações do cotidiano e tornando-se crianças

sedentárias. Ferreira & Ledesma (2008) entendem que para aplicar exercícios

com os objetivos de desenvolver flexibilidade, faz-se necessário buscar e

ampliar conhecimentos sobre cinesiologia, biomecânica, anatomia humana e

saber avaliar quantitativamente e qualitativamente a individualidade biológica

sem perder o objetivo desta prática.

Levando em consideração o papel de orientação da escola, neste

sentido feita principalmente pelo professor de educação física na aula, se torna

importante salientar as questões relacionadas aos hábitos posturais. Ramos &

Falssarela (2008) apontam período escolar como a fase precursora para

inúmeros problemas degenerativos da coluna vertebral dos indivíduos na fase

adulta, e afirma que a alta incidência desses distúrbios é decorrente da

manutenção de posturas inadequadas no espaço escolar e ainda, o principal

Page 27: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

26

fator etiológico de processos dolorosos e restritivos quanto à capacidade

funcional do educando.

Considerando os aspectos pedagógicos, a escola também deve

enfatizar ações promotoras da saúde de forma preventiva, além de ampliar a

capacidade de lidar com as limitações advindas do sedentarismo. As medidas

adotadas devem ser diretas sobre as condições determinantes da saúde, para

alcançar um estado de bem-estar físico, mental e social (VILARTA, 2008).

A carência de flexibilidade da musculatura da região inferior da coluna

lombar e posterior da coxa está associada ao risco aumentado para surgimento

de dores lombares, das quais 80% são causadas pelos níveis de flexibilidade

articular reduzido (ACMS, 2003). Por meio da manutenção de boa flexibilidade

nas principais articulações verifica-se melhoria nas dores, pois, quanto mais

flexível for, menor terá propensão à incidência de dores musculares,

principalmente nas regiões dorsal e lombar (DANTAS, 2005).

Dessa forma o profissional de Educação Física deve orientar e instrui a

criança sobre os benefícios do alongamento que ajudará o individuo na

realização da prática corporal sendo autônomo na sua ação e definindo os

objetivos dos movimentos de alongamento, dos níveis de flexibilidade e da

manutenção da aptidão física, tendo em vista que a idade escolar favorece na

melhora da flexibilidade em crianças e por serem biologicamente mais flexíveis

do que os adultos. (RAMOS & FALSARELLA, 2008).

Diante deste fato o profissional de Educação física deve se posicionar de

forma contundente dentro do ambiente escolar, por ser o agente de saúde

atuante, pois está envolvido diretamente dentro da escola, desenvolvendo

ações e estratégias de promoção e prevenção de saúde no ambiente que está

inserido. Então de incumbência do mesmo em suas aulas desenvolver intervir

de forma pedagógica, levando os alunos à consciência corporal de forma que

ele conheça os limites do seu corpo, de forma promover educação para saúde.

Page 28: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

27

5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

5.1. Tipo de Pesquisa

Trata-se de um estudo de coorte longitudinal misto que foi realizado na

escola municipal Saul Bennesby com 482 crianças matriculadas de 2008 a

2010 na cidade de Porto Velho, RO.

5.2 População e Amostra

A população deste estudo foram crianças escolares do ensino

fundamental I (1ª a 5ª ano) de ambos os gêneros. A amostra foi conveniência,

sendo que no grupo masculino teve no ano 2008 = 09, 2009=202, 2010=39

alunos e no grupo feminino 2008=12, 2009=185 e 2010=35, totalizando no final

do estudo 250 e 232 alunos em cada grupo. O estudo foi retrospectivo, pois

acompanhou o comportamento da variável de desfecho a flexibilidade durante

esses três períodos. A limitação do estudo ocorreu uma viés, sendo que não foi

acompanhado o mesmo sujeito nos três anos de estudo, somente a variável

que foi testada.

5.3 Procedimentos para Coleta de dados

Para a realização da pesquisa, efetuou-se a apresentação de uma carta

à Diretora da Escola, solicitando autorização para consulta e uso dos dados

que faz parte das fichas de avaliação física dos alunos da faixa etária, alvo da

pesquisa arquivados no setor de Educação Física da Escola.

Page 29: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

28

5.4. Critérios de inclusão

Estar regulamente matriculado durante esses três períodos na

escola no turno matutino e vespertino;

Ter entre 07 a 11 anos de idade;

5.5. Protocolo Utilizado: Teste de Flexibilidade

Material: Utilizou-se um banco de Wells.

Procedimentos: Os alunos ficaram descalços. Sentaram de frente para a

base da caixa, com as pernas estendidas e unidas. Colocaram uma das mãos

sobre a outra elevando os braços à vertical. Em seguida, inclinarão o corpo

para frente e alcançando com as pontas dos dedos das mãos tão longe quanto

possível sobre a régua graduada, sem flexionar as pernas e sem utilizar

movimentos de balanço (insistências). Cada aluno realizará duas tentativas. O

avaliador permanecerá ao lado do aluno, mantendo-lhe as pernas em

extensão.

O resultado foi medido a partir da posição mais longínqua que o aluno

pode alcançar na escala com as pontas dos dedos. Foi registrado o melhor

resultado entre as duas execuções com anotação em uma casa decimal.

5.5 Tratamento Estatístico

Foi realizada uma análise descritiva através da distribuição de

frequência e para estatística inferencial foi utilizada a Análise de Variância one-

way ANOVA *p < 0,05 Bonferroni (Post-Hoc) que fez a comparação entre os

três anos em relação a variável de desfecho a flexibilidade, teste “t” de Student

para amostras independentes **p < 0,05 para comparação dos sexos.

Page 30: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

29

6. RESULTADOS

Neste capitulo serão apresentado os resultados encontrados na

pesquisa e discutidos através de estudos semelhantes de âmbito local ou de

qualquer outra localidade. Este procedimento se faz necessário para ter uma

visão geral da flexibilidade dos escolares analisados. Inicialmente na tabela 1 é

apresentada a caracterização do grupo com relação ao número de crianças da

amostra, distribuídas por sexo e idade.

Tabela 1 Distribuição de frequências por sexo e idade.

Idade

Sexo

Masculino % Feminino %

7 anos 56 22,4 49 21,1

8 anos 40 16 54 23,3

9 anos 55 22 61 26,3

10 anos 57 22,8 36 15,5

11 anos 42 16,8 32 13,8

Total 250 100 232 100

Na tabela 2 podemos verificar a comparação da variação da

flexibilidade por sexo durante o tempo. Analisa-se que durante o tempo ambos

os sexos não apresentam diferença significativa, porém percebe-se que

durante os anos os indivíduos do sexo masculino têm um pequeno aumento na

variação da flexibilidade, enquanto o sexo feminino tem um pequeno

decréscimo, mas como citado acima sem diferença significativa.

Tabela 2 Valores de média, desvio padrão e variação da flexibilidade por sexo durante o tempo.

Ano

Sexo

Masculino Feminino

n Média DP Variação N Média DP Variação

2008 9 26,8 2,52 24,0 - 30,0 12 28,0 4,0 23,0 - 36,0

2009 202 26,5 6,36 10,0 - 44,0 185 25,8 6,0 8,0 - 40,0

2010 39 27,5 4,45 16,0 - 35,0 35 26,5 6,2 8,0 - 40,0

Total 250 232

“Teste ‘t” de Student para amostras independentes ** p<0,05; Análise de Variância one-way

ANOVA *p < 0,05 Bonferroni (Post-Hoc) na variável sexo, tempo.

Page 31: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

30

Na tabela 3 faz-se a comparação da idade e sexo. Pode verificar que

quando relacionados com os sexos não houve diferenças significativas. Porém

ao observar a tabela nota-se que os indivíduos do sexo feminino demonstram a

tendência de apresentar valores relativamente menores aos 10 anos, quando

comparados às demais idades e ao sexo masculino. Enquanto os meninos

mantêm a média até os 10 anos, com um decréscimo aos 11 anos.

Tabela 3 Valores de média, desvio padrão e variação da flexibilidade por sexo de acordo com a

idade.

Idade

Sexo

Masculino Feminino

n Média DP Variação N Média DP Variação

7anos 56 *27,0 5,56 14 - 37 49 *27,4 5,06 15 - 36

8anos 40 25,4 5,68 12 - 33 54 25,5 6,64 08 - 40

9anos 55 27,3 5,82 15 - 44 61 26,5 5,11 16 - 40

10anos 57 27,3 6,46 10 - 40 36 *23,9** 7,10 12 - 37

11anos 42 25,6 6,38 14 - 41 32 26,12 6,00 36 - 40

Total 250 232

Teste "t" de Student para amostras independentes **p<0,05; Análise de Variância one-way ANOVA

*p < 0,05 Bonferroni (Post-Hoc) na variável idade e sexo.

DISCUSSÕES:

Observando os aspectos para ambos os gêneros observa-se que não

houve uma diferença significativa dos níveis de flexibilidade, envolvendo a

variável tempo. Este fato pode está relacionado com a falta de um trabalho

especifico de flexibilidade, porém na maioria das vezes os alongamentos que é

a melhor forma de desenvolver flexibilidade são trabalhados de forma muito

especifica antecedendo a atividade a ser aplicada, com objetivo apenas de

prevenir lesões.

No estudo de Narezzi et al (2007) realizou um estudo com crianças de 9-

11 anos, submetidas a um teste e reteste com banco de Wells. Entre o teste e

o reteste, os participantes da pesquisa participaram por um período de 45 dias

aula de alongamento para os principais grupamentos musculares, 3 vezes por

semana. Conclui-se que houve mudanças significativas na flexibilidade de

ambos os sexos, após a prática regular dos exercícios de alongamentos

Page 32: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

31

durante esse período. Ainda com base nos resultados obtidos por Silva e

Martins (2010) pode-se observar que o alongamento pode contribuir para a

manutenção ou mesmo o aumento da flexibilidade em crianças. Outros estudos

relacionados a este assunto também obtiveram resultados satisfatórios.

No estudo de Ferreira e Ledesma (2008) desenvolveram uma pesquisa

com o objetivo de avaliar o nível de flexibilidade de escolares de 11 anos de

idade, da rede privada da cidade de Campo grande. Após as análises dos

dados concluí-se que os níveis de flexibilidade para referida população foram

baixos, o que pode está acontecendo por estímulos insuficientes ou uma

prática ineficaz.

Silva (2010), as meninas são mais flexíveis que os meninos em todas as

idades, sendo que esta diferença é maior durante o surto de crescimento e

maturação sexual. Pereira (2011) também diz que geralmente as meninas são

mais flexíveis que os meninos em todas as idades, em parte é devido à

diferença hormonal e a estrutura anatômica da pelve, ainda ressalta que as

meninas possuem maior densidade dos tecidos, além de ligamentos e

músculos flexíveis, porém não se afirma com certeza se essa situação seja

mais influenciada anatomo-fisiológicas do que pelas influências ambientais. A

literatura afirma que em geral o sexo feminino é mais flexível que o sexo

masculino, porém este estudo não mostrou diferenças significativas, sendo

houve algumas oscilações de níveis entre os sexos, onde os meninos

apresentaram um nível de flexibilidade maior do que das meninas nas idades

de 9 e 10 anos.

O estudo de Rassilan e Guerra (2006) verificam que as meninas têm a

tendência de apresentar valores relativamente menores de 9-10 anos e na

sequência aumenta variavelmente, fato que foi apresentado também no

presente estudo.

Entretanto, Minato (2010) não observaram diferenças na flexibilidade

para ambos os sexos com o avanço da idade (10 a 14 anos), sugerindo, assim,

que a idade não se correlaciona com a flexibilidade na infância e adolescência.

No estudo de Verardi (2007) foi observado que os meninos tiveram

desempenho superior aos das meninas, o que pode ter sido influenciado pelo

fato dos meninos apresentarem nível de atividade física maior, o que

proporciona melhoria na flexibilidade. Pesquisa semelhante à de Verardi, foi a

Page 33: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

32

apresentado por Silva, Santos e Oliveira (2006) que concluíram que o grupo

das meninas não foram mais flexíveis que o grupo dos meninos, o que

contraria a maioria das informações dadas pela literatura.

Gallahue e Ozmun (2006) relatam ainda, em uma pesquisa realizada

com crianças de 6 a12 anos de idade, que a flexibilidade estática aumentou

com a idade para o grupo estudado, e concluem que a flexibilidade começa a

declinar em meninos por volta da idade de 10 anos e, em meninas, por volta

dos 12 anos. Contudo este estudo demonstrou que a media para meninos

manteve-se praticamente a mesma até os 10 anos, enquanto as meninas

sofreram um decréscimo significativo nesta idade com um aumento posterior.

No estudo de Palma e Medeiros (2011) verificou que não houve

diferenças estatisticamente na comparação do nível de flexibilidade dos grupos

analisados, mas houve uma diminuição da flexibilidade com o aumento da

idade em ambos os sexos. Na pesquisa de Noll & Sá (2008) com 292 escolares

com idades entre 7 e 15 anos, desenvolvimento da flexibilidade em ambos os

gêneros parece acontecer de forma semelhante, ou seja, níveis maiores entre

7 e 8 anos decrescendo, com pequenas oscilações, até os 15 anos de idade.

Verifica-se a importância de incentivar professores de educação física

inserirem como programas nos currículo escolares a realização de teste de

aptidão física relacionado à saúde. Principalmente estudo de características

longitudinais, pois na maioria são realizados estudos transversais.

Page 34: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

33

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo utilizou-se de apenas uma variável, neste caso, a

flexibilidade, considerando os aspectos que permearam este estudo

verificamos, que nas variáveis relacionadas à flexibilidade tanto de gênero

feminino, quanto do gênero masculino não houve um valor representativo de

significância, indicando que nesta faixa etária o desenvolvimento da

flexibilidade de ambos os gêneros é similar. Quando relacionada à variável do

estudo no tempo, apesar de também não apresentar diferença significativa,

percebe-se que durante os anos os indivíduos do sexo masculino têm um

sensível aumento na variação da flexibilidade, enquanto o sexo feminino tem

um decréscimo, porém diferença não muito significativa.

Quando comparados à idade e o sexo, as meninas apresentam uma

tendência de níveis de flexibilidade menor aos dez anos, com um aumento

posterior e os meninos mantém a média até os dez anos com declínio na

sequencia.

Como visto neste trabalho os fatores influenciadores da flexibilidade

podem ser diversos de acordo com sua natureza, porém a redução ou

estabilidade da mesma por vezes associa-se à diminuição e a intensidade dos

exercícios físicos realizados.

Neste sentido é importante ressaltar a importância de se desenvolver

trabalhos que melhorem os índices não somente da flexibilidade, mas dos

outros componentes relacionados à aptidão física dentro do ambiente, o que é

de competência do profissional de educação física, que deve contar com ajuda

da escola.

Page 35: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

34

8. REFERÊNCIAS

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Page 39: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

38

Anexos

Page 40: níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola

39

NÚCLEO DE SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA Projeto de Pesquisa: “NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE EM ESCOLARES DE 7-11 ANOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE PORTO VELHO”.

Pesquisadora responsável: Kaline Jhúlia Leite Ribeiro Orientador: Prof. Dr. Edson dos Santos Farias – DEF/UNIR

DECLARAÇÃO DE CIÊNCIA INSTITUCIONAL

Eu, Marlúcia dos Santos Rocha Diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Saul Bennesby - Porto Velho, de livre e espontânea vontade, autorizo a realização do projeto de pesquisa acima intitulado, com os indivíduos integrantes desta Instituição de Ensino, sob minha responsabilidade. Para isso, fui informado que não receberei nenhum tipo de remuneração.

Também, fui devidamente esclarecido sobre os procedimentos a serem utilizados na coleta dos dados e respectivos objetivos. A coleta de dados será realizada nas fichas de avaliação física dos alunos na faixa etária de 07 a 11, do período de 2008 a 2012, arquivadas no setor de Educação Física da escola. Depois da retirada do dado necessário (medida da flexibilidade), será realizado a organização e tabulação, a fim de responder o objetivo geral da pesquisa.

Todos os procedimentos para este trabalho de pesquisa serão desenvolvidos pelo pesquisador responsável, sob orientação do professor Tutor; além de obedecerem às normas éticas destinadas à pesquisa envolvendo seres humanos, da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) do Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde (RES. 196 de 10/10/96).

Os resultados obtidos poderão fornecer subsídios para auxiliar para implementação de intervenções preventivas e terapêuticas inerentes com a aptidão física relacionada com a saúde desta população. Certos de contarmos com sua colaboração para a concretização desta investigação agradecemos antecipadamente a atenção dispensada e colocamo-nos à sua disposição para quaisquer esclarecimentos pelos contatos: Kaline Jhúlia Leite Ribeiro ([email protected] – cel – 9254-6906) e Prof. Dr. Edson dos Santos Farias.

Certifico de que tive a oportunidade de ler e entender o conteúdo das palavras contidas neste termo. E que, a qualquer momento posso interromper os trabalhos de coleta de dados, sem qualquer prejuízo de ordem pessoal ou institucional.

Porto Velho,______ de março de 2013

___________________________________ Marlúcia dos Santos Rocha

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NÚCLEO DE SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

OFÍCIO S/Nº Porto Velho, 19 de Março de 2013.

DO: Prof. Dr. Edson dos Santos Farias – DEF/UNIR

PARA: Marlúcia dos Santos Rocha. ASSUNTO: Autorização para realização de pesquisa científica.

Prezada Diretora,

Venho pelo presente solicitar autorização para a realização do projeto de

pesquisa intitulado “NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE EM ESCOLARES DE 7-11

ANOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE PORTO VELHO", que subsidiará a

monografia de conclusão do Curso de Educação Física da acadêmica Kaline

Jhúlia Leite Ribeiro, sob minha orientação. O referido projeto tem como objetivo

geral verificar o comportamento da variável flexibilidade em escolares na faixa

etária de 7-11anos de uma escola pública do município de Porto Velho-RO, no

período de 2008-2012.

Todos os procedimentos para este trabalho de pesquisa serão desenvolvidos

pela pesquisadora responsável. Em anexo, um termo de declaração de ciência

institucional.

Certos de contarmos com vossa colaboração agradecemos

antecipadamente.

Atenciosamente,

___________________________________ _______________________ Dr. Edson dos Santos Farias Kaline Jhúlia Leite Ribeiro

Professor Orientador Acadêmica/Pesquisadora