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A última terça-feira, dia 20 de março, marcou um momento inédito na rela- ção entre os parceiros do Corinthians. O clube reuniu todos os seus pa- trocinadores num encontro para definir quais projetos conjuntos podem ser feitos entre eles para melhorar os negócios a partir da parceria com o clube. A reunião, segundo apurou a Máquina do Esporte, não trouxe nenhum resultado prático de ação neste primeiro momento, mas serviu como uma espécie de troca de ideias de como as marcas podem usar diferentes serviços para atrair o torcedor corintiano para, assim, aumentar o faturamento e também mensurar o retorno que o patrocínio pode gerar. A plataforma digital deve ser o canal de entrada para isso. A ideia é poder usar o programa de fidelidade lançado o ano passado pelo clube, O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING Corinthians une marcas e traça plano digital 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1210 - SEGUNDA-FEIRA, 25 / MARÇO / 2019 De Reais foi o prejuízo com bilheteria do Botafogo até o momento com os jogos em casa pelo Campeonato Carioca. 1,6 mi

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Aúltima terça-feira, dia 20 de março, marcou um momento inédito na rela-ção entre os parceiros do Corinthians. O clube reuniu todos os seus pa-trocinadores num encontro para definir quais projetos conjuntos podem

ser feitos entre eles para melhorar os negócios a partir da parceria com o clube.A reunião, segundo apurou a Máquina do Esporte, não trouxe nenhum resultado

prático de ação neste primeiro momento, mas serviu como uma espécie de troca de ideias de como as marcas podem usar diferentes serviços para atrair o torcedor corintiano para, assim, aumentar o faturamento e também mensurar o retorno que o patrocínio pode gerar. A plataforma digital deve ser o canal de entrada para isso.

A ideia é poder usar o programa de fidelidade lançado o ano passado pelo clube,

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

Corinthians une marcas e traça plano digital

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1210 - SEGUNDA-FEIRA, 25 / MARÇO / 2019

De Reais foi o prejuízo com bilheteria do Botafogo até o momento com os jogos em casa pelo Campeonato Carioca.1,6 mi

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chamado de “Louco Por Pontos”, para começar a incentivar o consumo da torcida. No projeto que foi apresentado aos patrocinadores, eles podem oferecer ao co-rintiano usar o sistema de pontuação do clube para gerar benefícios relacionados ao Corinthians que serão resgatados pelo torcedor. A ação pode ser customizada.

“Você pode usar uma escola de idiomas (a Minds patrocina o Corinthians) que quer inscrever mais alunos. Nós montamos um projeto em que o corintiano, ao se matricular, ganha pontos na plataforma. Ele usa os pontos para trocar por recom-pensas inestimáveis para ele, como uma camisa autografada, um encontro com um ídolo ou o acesso a um jogo”, diz Ricardo Ramires, diretor de novos negócios do Banco de Pontos Fidelidade (BPF), empresa que administra o Loucos Por Pontos.

Em conversa com a Máquina do Esporte, Ramires explicou que o projeto procu-ra dar ao patrocinador melhores condições de mensurar o próprio retorno que o Corinthians é capaz de dar à marca. Como o programa é capaz de gerar pontos a cada nova compra do torcedor, a marca tem como mensurar que a venda foi pro-vocada pelo patrocínio ao clube. Assim, o clube pode virar incentivador de vendas.

“O desafio é promover experiências que se transformem em conteúdos e conte-údos que gerem negócios”, diz Tiago Oliveira, diretor de comunicação do Corin-thians, que em parceria com o BPF monitoram ideias que podem ser transforma-das em produtos para serem trocados pelos torcedores.

A ideia do Corinthians é usar, agora, a força comercial dos patrocinadores para dar mais opções ao torcedor e, assim, ampliar os negócios dos parceiros. O am-biente digital será usado para avaliar os resultados das primeiras ações.

I M A G E M D A S E M A N A

EURO LANÇA MASCOTE E CONCURSO

DE FREESTYLE

A Uefa lançou o Skillzy, mascote da Euro 2020, junto

de dois freestylers famosos: Liv Cooke e Tobias Becs; os dois serão jurados de um concurso

que vai eleger dois freestylers (mulher e homem) embaixador em cada uma das 12

sedes do torneio

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O P I N I Ã O

Clube precisa ser gerador de negócios

Foi durante uma reunião com os fundadores do Banco de Pontos Fidelida-de que surgiu a notícia que abre este boletim hoje. O Corinthians tinha feito um encontro com seus patrocinadores para que eles, de forma prá-

tica, vissem como poderiam gerar novos negócios entre si, ligados ou não ao clube.Em 2005, quando a Máquina do Esporte dava seus primeiros passos, lembro

de ter feito uma reportagem sobre um encontro que o Milan havia promovido para seus patrocinadores. Na época, já via naquela ideia uma tremenda oportunidade para os clubes no Brasil. Ser um pólo gerador de negócios entre diferentes empresas, de diferentes segmentos, mas tendo algo em comum: o mesmo cliente.

Nesses últimos 14 anos, vendo que o esporte brasileiro seguia na inércia de con-siderar patrocínio apenas exposição de marca e um pagamento ao final do mês, tentei

promover algumas iniciativas do gênero entre marcas. De alguns desses encontros com profissionais da indústria, saíram no-vos negócios, boas ideias, amizades.

O atropelamento da comunicação di-gital instantânea acabou um pouco com a força para realizar esse tipo de encontro, mas o poder que ele consegue ter, desde que tenha por trás um propósito claro de se fazer negócios, é realmente grande.

Por isso mesmo, ao ver um clube do tamanho do Corinthians liderar um pro-

cesso desses na indústria, temos a obrigação de tornar isso notícia para incentivar mais práticas desse gênero. A entidade esportiva é um pólo gerador de negócios não apenas no B2C, mas também no B2B. Quando o esporte perceber essa força que tem, haverá um enorme benefício para toda a cadeia esportiva.

É muito mais fácil para duas empresas usar uma propriedade emotiva como um clube de futebol para gerar negócios do que procurar sinergia de atuação em áreas dis-tintas e, a partir disso, criar um novo produto que precisa ser comunicado ao público.

O maior problema para esses encontros virarem regra no mercado é encontrar tempo e disposição para que as reuniões virem algo frequente. E, além disso, as em-presas precisam ter sucesso com aquilo que vão querer implementar. O programa de fidelidade implementado no ano passado pelo Corinthians pode ser uma saída. Sem a amarra de troca de ingresso para jogo que existe no sócio-torcedor, ele pode ser um novo caminho para as marcas promoverem vendas a partir do clube. Se o modelo dá certo em diversos segmentos da indústria, por que não funcionaria no esporte?

Em 2005, Milan já promovia um

encontro de patrocinadores; demorou

para o futebol brasileiro adotar isso

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

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Jogos geram acordos históricos

para escalada

A NBA anunciou que realizará, entre março e junho, a terceira temporada da Jr. NBA League, liga escolar organizada pela entidade no Brasil. Neste ano, o torneio, que será disputado em São Paulo e segue o formato da liga profission-al, terá mais de 700 atletas de 30 times masculinos e 18 femininos. Ao todo, são 48 equipes (de esco-las públicas, colégios particulares e projetos sociais).

Como já é tradição, cada insti-tuição representa uma franquia da liga de basquete dos Estados Uni-dos. Haverá primeiro um ‘draft’, depois temporada regular, playoffs e finais. O jogo decisivo está mar-cado para 16 de junho.

N B A L A N Ç A 3 ª E D I Ç Ã O D A J R . L E A G U E N O B R A S I L

Dois dias após anunciar que será patrocinador e terá o title sponsor da Superliga Feminina (WSL), principal torneio nacional de futebol feminino

do Reino Unido, a Barclays anun-ciou que renovou contrato e seguirá

como patrocinador oficial da Premier League também até o final da tem-

porada 2021/2022. De acordo com a Sky News, o novo acordo de três anos foi fechado por £ 31,5 milhões (quase

R$ 161 milhões), ou seja, £ 10,5 milhões por ano.

BARCLAYS RENOVA E

SEGUIRÁ COM PREMIER

LEAGUE

POR REDAÇÃO

A Federação Internacional de Escalada (IFSC, na sigla em inglês) anunciou na semana passada dois acordos históricos para a modalidade, que estreará como esporte olímpico nos Jogos de Tóquio no ano que vem. Com os contratos, a esca-lada aproveita o boom olímpico e, consequentemente, espe-ra aumentar sua visibilidade cada vez mais.

Os acordos foram assinados com a Dentsu, uma das maio-res agências de publicidade do mundo, e com a Synca Cre-ations, empresa especializada na produção e distribuição de produções multimídia, que já era parceira do IFSC para transmissões de eventos de escalada esportiva desde 2013. As duas companhias são japonesas.

Segundo o site blogdescalada.com, as duas companhias terão direitos exclusivos de publicidade e mídia, respecti-vamente, para Ásia, América Latina e Caribe até 2023. Os contratos incluem todas as competições oficiais, inclusive os Mundiais. A China e os Estados Unidos, no entanto, não fa-zem parte da parceria.

A IFSC já possui transmissão por streaming de todos os seus 16 eventos internacionais. A meta de Dentsu e Synca nas conversas com a IFSC têm o intuito de aumentar o núme-ro de eventos e ter mais espaço em mídia.

Esta é a segunda boa notícia para o futuro esporte olímpico em questão de semanas. Recentemente, a ESPN fechou um contrato com a US Climbing, liga de escalada esportiva dos Estados Unidos, para transmitir eventos do esporte no país.

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POR ERICH BETING

O Flamengo tem um novo patrocinador máster. O clube carioca anunciou de forma oficial na manhã desta sexta-feira (22) que assinou com o BS2, ex-Banco Bonsucesso (de 1992 a 2017), que se tornou um banco digital

com sede em Belo Horizonte (MG). O contrato, que vai até dezembro de 2020, ainda precisa ter a aprovação do Conselho Deliberativo do clube.

De acordo com o site do próprio Flamengo, o clube “estima, de forma conserva-dora, uma arrecadação anual superior a R$ 30 milhões”. O valor ultrapassaria em 20% o contrato que o time carioca tinha com a Caixa Econômica Federal.

Já segundo o site do jornal O Globo, o valor fixo do patrocínio é de R$ 15 mi-lhões. O resto viria de variáveis, com contas abertas por torcedores flamenguistas.

“Desenvolvemos esse modelo de contrato com o BS2 porque, além de conhecer a seriedade e a qualidade dos serviços do banco, sabemos a força da nação rubro--negra. Tenho certeza de que a nossa torcida vai abraçar esta parceria”, declarou Rodolfo Landim, presidente do Flamengo.

O site do clube ainda afirma que “o patrocínio incluirá o Flamengo no promissor mundo digital dos bancos, seguindo a tendência mundial”. No Brasil, o clube é o quinto a fechar um aporte máster com um banco digital em 2019, todos com modelos muito parecidos. Corinthians, Atlético Mineiro e Vasco assinaram com o BMG, enquanto o Cruzeiro firmou contrato com o Banco Renner.

Além deles, o São Paulo também possui um acordo do tipo, com o Banco Inter. As instituições financeiras ainda figuram nas camisas de Palmeiras (Crefisa) e de Grêmio e Internacional (Banrisul), entre os principais times do Brasil.

Flamengo fecha com banco digital BS2

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POR REDAÇÃO