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N o início da temporada da Fórmula 1, havia uma dúvida quanto à sustenta- bilidade da disputa no mercado brasileiro. Pela primeira vez desde 1970, a competição não contaria com um piloto do país. No domingo (11), em Interlagos, houve uma resposta clara: as corridas permanecem em alta. Durante os três dias de evento no autódromo paulistano, o GP Brasil de Fórmula 1 reuniu 150 mil torcedores, 10 mil a mais do que o registrado no ano passado. O número impressiona especialmente pelo valor alto do tíquete, que partiu de R$ 600 e chegou a R$ 16 mil. Em São Paulo, como de costume, a rede hoteleira registrou 97% de ocupação, e o turismo na cidade conseguiu uma movimentação estimada de R$ 300 milhões durante a semana. O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR REDAÇÃO Fórmula 1 mostra força sem pilotos brasileiros 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1124 - SEGUNDA-FEIRA, 12 / NOVEMBRO / 2018 Pessoas estiveram presentes no Morumbi para assistir ao encontro entre Brasil e All Blacks Maori, no sábado (10). 35 mil

NÚMERO DO DIA 35 encontro entre Brasil e All Blacks Maori ... · portivamente pouco significou; Lewis Hamilton correu e venceu a prova já com o título garantido. Ainda assim, além

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Page 1: NÚMERO DO DIA 35 encontro entre Brasil e All Blacks Maori ... · portivamente pouco significou; Lewis Hamilton correu e venceu a prova já com o título garantido. Ainda assim, além

No início da temporada da Fórmula 1, havia uma dúvida quanto à sustenta-bilidade da disputa no mercado brasileiro. Pela primeira vez desde 1970, a competição não contaria com um piloto do país. No domingo (11), em

Interlagos, houve uma resposta clara: as corridas permanecem em alta.Durante os três dias de evento no autódromo paulistano, o GP Brasil de Fórmula

1 reuniu 150 mil torcedores, 10 mil a mais do que o registrado no ano passado. O número impressiona especialmente pelo valor alto do tíquete, que partiu de R$ 600 e chegou a R$ 16 mil. Em São Paulo, como de costume, a rede hoteleira registrou 97% de ocupação, e o turismo na cidade conseguiu uma movimentação estimada de R$ 300 milhões durante a semana.

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

Fórmula 1 mostra força sem pilotos brasileiros

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1124 - SEGUNDA-FEIRA, 12 / NOVEMBRO / 2018

Pessoas estiveram presentes no Morumbi para assistir ao encontro entre Brasil e All Blacks Maori, no sábado (10).35 mil

Page 2: NÚMERO DO DIA 35 encontro entre Brasil e All Blacks Maori ... · portivamente pouco significou; Lewis Hamilton correu e venceu a prova já com o título garantido. Ainda assim, além

Não foi só o público que mostrou entusiasmo com a corrida brasileira, que es-portivamente pouco significou; Lewis Hamilton correu e venceu a prova já com o título garantido. Ainda assim, além da presença dos torcedores, diversas marcas mostraram que há bastante interesse. Ao longo da semana, os patrocinadores do evento e das equipes não foram tímidos nas ativações, com ações pelo país.

O maior exemplo foi da Heineken, dona dos naming rights da prova paulistana. No fim de semana passado, a marca fez evento no Rio de Janeiro e, no último sá-bado (10), a empresa colocou Rubens Barrichello e Jackie Stewart nas ruas de Por-to Alegre. Segundo comunicado da empresa, o ‘Heineken F1 Experience’ reuniu 70 mil pessoas na região do Gasômetro, às margens do Rio Guaíba.

No fim de semana, a Tommy Hilfiger ativou o patrocínio à Mercedes com uma festa em São Paulo, com leilão beneficente e decoração que lembrou aspectos da cultura brasileira. A marca também fez uma bateria ser orquestrada por um motor de Fórmula 1. Já a Red Bull, que mantém a equipe de mesmo nome no circuito, co-locou seus dois pilotos para jogar futebol na Vila Madalena, bairro boêmio de São Paulo. Max Verstappen, uma das estrelas da corrida de domingo, tentou mostrar alguma habilidade com os pés nas quadras da capital paulista.

Já a Renault conseguiu destaque por colocar seus embaixadores na pista de In-terlagos, como Mariana Ruy Barbosa e Bruno Gagliasso. Mas ninguém se destacou tanto quanto a cantora Anitta, um pouco por ter cantado o hino nacional no even-to, um pouco por se envolver em um boato de possível caso com o inglês Lewis Hamilton. Fofoca que só reforça a popularidade alta da Fórmula 1 no Brasil.

I M A G E M D A S E M A N A

NISSAN ATIVA ATLETAS EM SALÃO DO

AUTOMÓVEL

A Nissan recorreu ao time de atletas da marca para dar

força ao estande da empresa no Salão do Automóvel de

São Paulo. Petrúcio Ferreira, Caio

Ribeiro, Verônica Hipólito, e Susana

Schnarndorf interagiram com o público presente.

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O P I N I Ã O

Fórmula 1 precisa de novos ídolos

A Fórmula 1 sobreviveu bem no Brasil sem um piloto do país. A Globo manteve a competição em evidência, com a manutenção do pacote de publicidade, e o GP Brasil foi um sucesso. Mas isso não significa que a

competição não precise de ídolos. Ao contrário. A falta de pilotos com maior simpatia popular, independente da nacionalidade, limita um maior alcance da categoria.

Hoje, o grande ídolo da Fórmula 1 é Lewis Hamilton, mas ele está longe de ser o popstar que costuma levantar o esporte. Um bom modo de medir isso é por pa-trocinadores do piloto. Segundo a Forbes, o inglês é o 12º atleta mais bem pago do mundo, mas recebe apenas US$ 9 milhões em aportes. É menos do que, por exem-plo, Russell Westbrook, da NBA, ou Virat Kohli, do Críquete.

Na Fórmula 1, só há mais um nome na lista da Forbes: Sebastian Vettel. Quando se trata de patrocínio pessoal, no entanto, o alemão fica com míseros US$ 300 mil.

Não é difícil de entender isso. Além do perfil mais discreto dos pilotos, ao lon-go das últimas décadas foi construída uma imagem de personalidades inacessíveis en-tre pilotos. E, quando apareciam ao públi-co, é costumeira a postura arrogante.

A falta de tato para a própria imagem pôde ser vista no domingo. Jovem e ído-lo holandês, Max Verstappen gerou uma imagem absolutamente constrangedora

em São Paulo, ao trocar agressões com o francês Esteban Ocon.A melhor gestão de imagem dos pilotos deveria ser uma preocupação para a Li-

berty Media nessa caminhada de reconstrução da Fórmula 1. Talvez o velho estilo de piloto arrojado de antigamente tenha um apelo limitado atualmente. E, com velha fórmula, o carisma fica fechado ao público mais tradicional da categoria. Pode parecer bobagem, mas entender o porquê de Sebastian Vettel ter menos da metade de segui-dores no Instagram em relação a Andy Murray precisa entrar na pauta de questões primordiais para a competição dar o salto desejado nos próximos anos.

O GP Brasil sobrevive bem sem um brasileiro, mas o Brasil só parava inteiramen-te para assistir à prova quando Senna estava na pista. É normal: um grande ídolo tem a capacidade de parar multidões, mesmo aquelas que não têm interesse pelo esporte. A Fórmula 1 tem precisado de nomes comercialmente mais fortes, que possam atrair jovens, novos fãs. Uma grande personalidade tem a capacidade de unir uma audiência maior e, por consequência, novas marcas interessadas no produto.

Gestão de imagem dos pilotos deveria

receber maior atenção da Liberty

Media nesta nova fase da Fórmula 1

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

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Uefa e EA Sports lançarão torneio

de e-Sports

A Uefa anunciou nesta sexta-feira (9) o terceiro patrocínio para o ciclo que vai até o ano de 2022. Após Volkswagen e Booking.com, a entidade acertou com a Alipay, plataforma de pagamento da gigan-te chinesa de comércio eletrônico Alibaba. Enquanto as duas primei-ras fecharam até o final deste ciclo, a Alipay aproveitou para dar um passo adiante e já assinou até o final do ciclo seguinte, em 2026.

Pelo contrato, a empresa chinesa será patrocinadora oficial de todos os torneios de seleções europeias nos próximos oito anos. Durante este período, a Uefa organizará as Euros 2020 e 2024, além das ed-ições da Liga das Nações.

U E FA F E C H A C O M E M P R E S A C H I N E S A PA R A T O R N E I O S

O Liverpool será colocado à venda. A informação foi dada pelo jornal americano New York Post, após o

proprietário do Fenway Sports Group (FSG), John Henry, ter sinalizado

que está disposto a vender o clube. Nada foi tornado público, já que, ao menos por enquanto, Henry estaria

“fugindo” de um leilão oficial e prefer-indo um processo mais informal.

John Henry comprou o Liverpool em outubro de 2010 por £ 300 milhões e

busca agora £ 2 bilhões.

I M P R E N S A A M E R I C A N A

G A R A N T E Q U E L I V E R P O O L

E S T Á À V E N DA

POR REDAÇÃO

Pouco mais de um mês após o anúncio da criação da ePre-mier League, a EA Sports se uniu à Uefa para o lançamento da eChampions League, descrita pela empresa americana como uma “expansão crucial para a série global Fifa 19”, carro-chefe da desenvolvedora de jogos de videogame.

Segundo a Uefa, o formato da eChampions League fará com que os competidores disputem partidas no console PlayStation 4 de forma on-line e global entre os dias 2 e 3 de março. Os 64 melhores colocados avançam para um evento de classificação que será disputado em 26 e 27 de abril.

Apenas os oito melhores do mundo terão o direito de che-gar à fase decisiva, que será disputada em um espaço físico em Madrid, na Espanha. A final da competição de e-Sports será disputada no dia 31 de maio, um dia antes da final da Liga dos Campeões da Uefa, que será no Estádio Wanda Me-tropolitano, na capital espanhola, no dia 1º de junho. A ideia é que haja uma interação entre os amantes dos futebóis real e virtual durante o final de semana de decisões.

“O jogo Fifa, da EA Sports, cativa dezenas de milhões em todo o mundo, e nossa profunda integração com as muitas experiências dos videogames nos dá excelentes oportunida-des para conectar a Liga dos Campeões da Uefa aos compe-tidores. Vemos a eChampions como um passo importante e essencial para nos conectarmos ainda mais com os atuais e novos fãs da Liga dos Campeões real”, declarou Guy-Laurent Epstein, diretor de marketing da Uefa.

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POR ERICH BETING

Boca Juniors e River Plate fizeram, no domingo (11), a primeira final da Li-bertadores 2018. E, como era esperado, Buenos Aires parou para acom-panhar o duelo. A ponto de o Ministro da Segurança da capital argentina,

Martín Ocampo, ter declarado ao jornal “Clarín” que não imaginava que uma par-tida de futebol poderia gerar “tantas complicações”.

O comentário se referia ao enorme esquema de segurança que garantiu maior tranquilidade à cidade durante o evento, mesmo com a mudança de data; a forte chuva de sábado adiou o primeiro confronto. Com policiais espalhados em pontos estratégicos, o governo garantiu a ausência de encontro entre torcedores.

Mesmo com a imposição de torcida única na Bombonera, estádio do Boca Ju-niors, havia a possibilidade de encontros de fãs dos times em Buenos Aires. Duran-te o jogo, 5 mil torcedores do River Plate se reuniram no Monumental de Nunes, o que aumentou o desafio do efetivo policial programado para o evento.

Quem não esteve em nenhuma das duas arenas, teve que se contentar com a televisão. E, nesse caso, o ponto positivo ficou para a Fox, que detém o direito de transmissão da Libertadores e exibiu o jogo na Argentina. A Fox Sports registrou pico de 30 pontos de audiência com a partida, um recorde.

O número foi considerado muito alto na Argentina por se tratar de um canal fechado. A partida foi exibida no país no canal convencional da Fox, além do Fox Premium. Havia ainda uma opção em pay-per-view, que exibia a partida em três câmeras diferentes para o torcedor que ficou distante da Bombonera.

Nas ruas e TV, decisão para Buenos Aires

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POR REDAÇÃO