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NMIKI,9IKCONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE 1 ATA Nº 004/2017 2 DATA: 16 de fevereiro de 2017________________________________________________ 3 Aos dezesseis dias do mês de fevereiro de dois mil e dezessete, às 18h30min, no Auditório 4 da Secretaria Municipal de Saúde, situado no térreo da Av. João Pessoa, 325, nesta 5 Capital, reuniu-se, em sessão ordinária do Plenário, o Conselho Municipal de Saúde de 6 Porto Alegre – CMS/POA, reuniu-se, em sessão ordinária do Plenário, o Conselho Municipal 7 de Saúde de Porto Alegre – CMS/POA. Abertura : A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – 8 Associação de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS/POA: 9 Eu, Mirtha da Rosa Zenker, Coordenadora deste Conselho, no uso das atribuições que me 10 são concedidas pelas Leis nº 8.080 e nº 8.142/90, pela Lei Complementar nº 277/92, pela 11 Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, pelo Código Municipal de Saúde e pelo 12 Regimento Interno deste Conselho, aprovado em julho de 2008, declaro aberta a sessão 13 ordinária do Plenário do dia 16 de fevereiro de 2017. Faltas Justificadas: 1)Salete 14 Camerini; 2)Vera Regina Puerari. Conselheiros Titulares:1)Adriane da Silva; 2)Adelto 15 Rohr; 3)Alberto Moura Terres; 4)Alcides Pozzobon; 5)Alessandra Lemes Gemeli; 6)Aloísyo 16 Schimidt; 7)Alzira Marchetti Slodkowski; 8)Ana Paula de Lima; 9)Arisson Rocha da Rosa; 17 10)Carlos Miguel Azevedo da Silva; 11)Darci Antônio Santo de Lima; 12)Djaira Corrêa da 18 Conceição; 13)Eduardo Karolczak; 14)Erno Harzheim; 15)Gilberto Binder; 16)Gilmar 19 Campos; 17)Ireno de Farias; 18)Jair Gilberto dos Santos Machado; 19)Jairo Francisco 20 Tessari; 20)Jandira Roehrs Santana; 21)Janete Mariano de Oliveira; 22)João Alne 21 Schamann Farias; 23)Juliana Maciel Pinto; 24)Jussara Rosa Cony; 25)Loreni Lucas; 26)Luiz 22 Airton da Silva; 27)Marcia Maria Teixeira da Rosa; 28)Marcio Eduardo de Brito; 29)Maria 23 Angelica Mello Machado; 30)Maria Eronita Sirota Babosa Paixão; 31)Maria Leticia de 24 Oliveira Garcia; 32)Maria Lúcia Shaffer; 33)Mirtha da Rosa Zenker; 34)Nesioli dos Santos; 25 35)Pablo de Lannoy Sturmer; 36)Paulo Roberto Padilha; 37)Rejane Cerqueira Barbosa da 26 Fontoura; 38)Roger dos Santos Rosa; 39)Rosa Helena Cavalheiro Mendes; 40)Rosemari de 27 Souza Rodrigues; 41)Sandra Maria Natividade Thomaz de Oliveira; 42)Thiago Frank; 28 43)Vera Lúcia Trevisol. Conselheiros Suplentes: 1)Aline Laitano; 2)Caroline Detofoli; 29 3)Clevi Elena Lagni; 4)Rosangela Lima Collaziol; 5)Waldir Albuquerque. Boa noite a todos e 30 a todas. Nós já estamos com a presença do Dr. Daniel Toledo, do Tribunal de Contas da 31 União, com uma solicitação dele de poder estar iniciando com a pauta, porque ele tem um 32 compromisso às 20 horas. Eu vou ler o que nós temos dentro do regramento, que seria um 33 parecer e 08 pessoas inscritas para informe. Então, eu coloco em votação da plenária se 34 podemos inverter a pauta, colocar como pauta inicial o Relatório do Tribunal de Contas da 35 União sobre a política dos laboratórios de análises clínicas da Secretaria Municipal de 36 Saúde agora, neste primeiro momento da plenária e após a gente realiza a votação do 37 parecer e dos informes. Então, eu vou colocar em votação. Em regime de votação quem 38 aprova a troca de pautas. Por favor, Dja, conte para nós. (Contagem de votos: 31 votos 39 favoráveis). Contrários levante seu crachá. Abstenções? Uma abstenção. Está APROVADA 40 a nossa inversão da nossa rotina de plenária. Então, eu convido o Dr. Daniel Toledo, do 41 Tribunal de Contas da União para fazer a apresentação. Após a gente abre para o plenário. 42 Então, seja bem-vindo. Fique à vontade, pode sentar. Então, agradeço pela disponibilidade 43 de vir até o nosso Conselho Municipal de Saúde para apresentar o relatório. PAUTA : 44 RELATÓRIO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO SOBRE A “POLÍTICA DE 45 LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS DA SMS”. O SR. DANIEL TOLEDO – 46 Tribunal de Contas da União: Boa noite, pessoal. Eu agradeço por esta pauta. Muitíssimo 47 obrigado por terem agendado. Quero me apresentar, Secretário, que já nos conhecemos lá 48 do Telessaúde. Enfim, estamos aí junto com o Conselho. Bom, eu fui convidado aqui para 49 apresentar um relatório que fizemos de um trabalho que chegou a nós por meio do 50 Conselho Municipal de Saúde. A representação do Conselho Municipal de Saúde foi feita a 51 nós sobre a política de análises clínicas laboratoriais aqui no Município de Porto Alegre. Eu 52 sou do Tribunal de Contas, é o que chamamos de uma representação, o Conselho 53

NMIKI,9IKCONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE 2 ATA Nº …lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/cms/usu_doc/ata_004__(16.02... · 41 a nossa inversão da nossa rotina de plenária. Então,

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NMIKI,9IKCONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE 1 ATA Nº 004/2017 2 DATA: 16 de fevereiro de 2017______________________ __________________________ 3

Aos dezesseis dias do mês de fevereiro de dois mil e dezessete, às 18h30min, no Auditório 4 da Secretaria Municipal de Saúde, situado no térreo da Av. João Pessoa, 325, nesta 5 Capital, reuniu-se, em sessão ordinária do Plenário, o Conselho Municipal de Saúde de 6 Porto Alegre – CMS/POA, reuniu-se, em sessão ordinária do Plenário, o Conselho Municipal 7 de Saúde de Porto Alegre – CMS/POA. Abertura : A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – 8 Associação de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS/POA: 9 Eu, Mirtha da Rosa Zenker, Coordenadora deste Conselho, no uso das atribuições que me 10 são concedidas pelas Leis nº 8.080 e nº 8.142/90, pela Lei Complementar nº 277/92, pela 11 Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, pelo Código Municipal de Saúde e pelo 12 Regimento Interno deste Conselho, aprovado em julho de 2008, declaro aberta a sessão 13 ordinária do Plenário do dia 16 de fevereiro de 2017. Faltas Justificadas : 1)Salete 14 Camerini; 2)Vera Regina Puerari. Conselheiros Titulares: 1)Adriane da Silva; 2)Adelto 15 Rohr; 3)Alberto Moura Terres; 4)Alcides Pozzobon; 5)Alessandra Lemes Gemeli; 6)Aloísyo 16 Schimidt; 7)Alzira Marchetti Slodkowski; 8)Ana Paula de Lima; 9)Arisson Rocha da Rosa; 17 10)Carlos Miguel Azevedo da Silva; 11)Darci Antônio Santo de Lima; 12)Djaira Corrêa da 18 Conceição; 13)Eduardo Karolczak; 14)Erno Harzheim; 15)Gilberto Binder; 16)Gilmar 19 Campos; 17)Ireno de Farias; 18)Jair Gilberto dos Santos Machado; 19)Jairo Francisco 20 Tessari; 20)Jandira Roehrs Santana; 21)Janete Mariano de Oliveira; 22)João Alne 21 Schamann Farias; 23)Juliana Maciel Pinto; 24)Jussara Rosa Cony; 25)Loreni Lucas; 26)Luiz 22 Airton da Silva; 27)Marcia Maria Teixeira da Rosa; 28)Marcio Eduardo de Brito; 29)Maria 23 Angelica Mello Machado; 30)Maria Eronita Sirota Babosa Paixão; 31)Maria Leticia de 24 Oliveira Garcia; 32)Maria Lúcia Shaffer; 33)Mirtha da Rosa Zenker; 34)Nesioli dos Santos; 25 35)Pablo de Lannoy Sturmer; 36)Paulo Roberto Padilha; 37)Rejane Cerqueira Barbosa da 26 Fontoura; 38)Roger dos Santos Rosa; 39)Rosa Helena Cavalheiro Mendes; 40)Rosemari de 27 Souza Rodrigues; 41)Sandra Maria Natividade Thomaz de Oliveira; 42)Thiago Frank; 28 43)Vera Lúcia Trevisol. Conselheiros Suplentes: 1)Aline Laitano; 2)Caroline Detofoli; 29 3)Clevi Elena Lagni; 4)Rosangela Lima Collaziol; 5)Waldir Albuquerque. Boa noite a todos e 30 a todas. Nós já estamos com a presença do Dr. Daniel Toledo, do Tribunal de Contas da 31 União, com uma solicitação dele de poder estar iniciando com a pauta, porque ele tem um 32 compromisso às 20 horas. Eu vou ler o que nós temos dentro do regramento, que seria um 33 parecer e 08 pessoas inscritas para informe. Então, eu coloco em votação da plenária se 34 podemos inverter a pauta, colocar como pauta inicial o Relatório do Tribunal de Contas da 35 União sobre a política dos laboratórios de análises clínicas da Secretaria Municipal de 36 Saúde agora, neste primeiro momento da plenária e após a gente realiza a votação do 37 parecer e dos informes. Então, eu vou colocar em votação. Em regime de votação quem 38 aprova a troca de pautas. Por favor, Dja, conte para nós. (Contagem de votos: 31 votos 39 favoráveis). Contrários levante seu crachá. Abstenções? Uma abstenção. Está APROVADA 40 a nossa inversão da nossa rotina de plenária. Então, eu convido o Dr. Daniel Toledo, do 41 Tribunal de Contas da União para fazer a apresentação. Após a gente abre para o plenário. 42 Então, seja bem-vindo. Fique à vontade, pode sentar. Então, agradeço pela disponibilidade 43 de vir até o nosso Conselho Municipal de Saúde para apresentar o relatório. PAUTA: 44 RELATÓRIO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO SOBRE A “P OLÍTICA DE 45 LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS DA SMS”. O SR. DA NIEL TOLEDO – 46 Tribunal de Contas da União: Boa noite, pessoal. Eu agradeço por esta pauta. Muitíssimo 47 obrigado por terem agendado. Quero me apresentar, Secretário, que já nos conhecemos lá 48 do Telessaúde. Enfim, estamos aí junto com o Conselho. Bom, eu fui convidado aqui para 49 apresentar um relatório que fizemos de um trabalho que chegou a nós por meio do 50 Conselho Municipal de Saúde. A representação do Conselho Municipal de Saúde foi feita a 51 nós sobre a política de análises clínicas laboratoriais aqui no Município de Porto Alegre. Eu 52 sou do Tribunal de Contas, é o que chamamos de uma representação, o Conselho 53

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Municipal de Saúde tem legitimidade para representar ao Tribunal, assim como qualquer 54 cidadão para denunciar no Tribunal, isto é direito de todo o cidadão. E os requisitos que eu 55 explico agora, que estão nos slides, mas se não preenche os requisitos e ainda sim o 56 Tribunal entende que há elementos para ir a fundo, ele mesmo se coloca, ele mesmo dá 57 andamento na análise daquele assunto. E não precisou isto, porque o relatório na época, do 58 grupo de trabalho aqui do Conselho. Ele preencheu os requisitos, passou pela análise, foi 59 um assunto em várias plenárias. Então, vou apresentar a vocês, vou fazer um breve resumo 60 do que foi essa representação do Conselho na época, que trata dos exames laboratoriais, 61 laboratórios públicos e privados, de 2011 a 2013. A nossa análise se baseou nesse triênio, 62 é o escopo do nosso trabalho. Para isso nós consultamos todos os dados da Secretaria 63 Municipal de Saúde, o processo tem mais de 124 peças, vários megabytes de arquivo para 64 poder saber se aquilo que o Conselho e o grupo de trabalho do Conselho propôs para 65 representação era o que estava sustentado nos dados dos exames laboratoriais da 66 Prefeitura, os seus laboratórios ou laboratórios públicos de outras esferas, estaduais e 67 federais, ou do Laboratório Central, privados ou sem fins lucrativos. Então, vou dar 68 andamento. Só me apresentando, eu sou o Daniel, do Tribunal de Contas da União, 69 atualmente exerço a Diretoria... Esta terceira diretoria da nossa Secretaria aqui, que se situa 70 no 20º andar do edifício do Banrisul, que um dos temas é saúde. Conforme eu falei, o início 71 deste trabalho foi este relatório desse grupo de trabalho aqui do Conselho. Quais eram as 72 principais alegações e denúncias desse relatório? O sucateamento da estrutura pública 73 visando terceirizar os serviços de exames, diagnósticos e análises clínicas, bem como os 74 indícios de favorecimento a determinados laboratórios. Então, a partir desses dados a 75 Secretaria efetuou o levantamento da condução desses exames no período de 2011 a 2013. 76 Foram extraídos e consolidados mais de 900 mil registros, disponibilizados pelo DataSUS. 77 Os requisitos que constam na lei do Tribunal de Contas, a matéria tem que ser, obviamente 78 de competência do Tribunal, saúde é competência do Tribunal. Essa representação tem que 79 estar redigida em uma imagem clara, objetiva, o representante tem que ter legitimidade, que 80 é o caso do Conselho e ser acompanhado dos indícios das irregularidades. Fora isso o 81 Tribunal por conta da sua estrutura é capilar às 26 capitais da federação, entre elas nós 82 temos uma Secretaria com 26 auditores no Estado do Rio Grande do Sul para tratar todos 83 os temas que envolvem recursos públicos federais, não só municípios e estados, entre as 84 cidades aqui, os hospitais, mas qualquer empresa privada que administre por meio de 85 convênios, pode ser, deve ser fiscalizada pelo Tribunal de Contas também, pelos 26 86 auditores. Com isso a gente procura trabalhar com planejamento e naquilo que a gente 87 considera que vá trazer mais benefício para a sociedade. Então, isto está na lei do Tribunal, 88 o Tribunal trata de repercussão geral, de interesse coletivo. Alguém que não recebeu algum 89 valor de uma Prefeitura com dinheiro federal, que denuncia ao Tribunal, isso não é com o 90 Tribunal, isso é com o Judiciário. O Tribunal de Contas da União fiscaliza recurso público 91 que vem da sociedade civil e não do privado. Então, o problema de um médico que está lá é 92 assunto do Tribunal de Contas. Isso é um assunto de improbidade administrativa, que o 93 Ministério Público, alguém vai processar. A gente está preocupado, tenta focar a nossa 94 atuação de coisas que sejam mais conjunturais, regulação das secretarias de saúde, os 95 hospitais federais. Porto Alegre tem a benção de ter dois hospitais federais, o Clínicas e o 96 Conceição, não é qualquer cidade que tem isso, que são o foco da nossa atuação, o foco da 97 nossa prioridade também, os hospitais, sejam federais, porque envolvem recursos para a 98 saúde. Agora a gente entra no relatório, as evidências, naquilo que concluímos, baseado 99 naquele relatório inicial aqui do Conselho. Fizemos todas as análises e emitimos um 100 relatório com as principais irregularidades. A gente vai dividir em três, aí eu separei, o 101 acórdão é este 7.521/2016, eu separei em três. O acórdão foi redigido de uma forma, do 102 que é falado das irregularidades e após, o que o Tribunal propõe para o futuro. Então, a 103 atuação do Tribunal se divide em quem é punitivo, vamos ter que punir o passado, a 104 conduta de um gestor, a conduta de pessoas, e nisso nós estamos falando de passado, 105 mas ele tenta por conta do art. 71 da Constituição, de desenvolver a administração pública, 106 buscando a eficiência, a regularidade. Ele tenta olhar para o futuro e tenta conduzir o 107

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caminho. E aqui o que a gente buscou? Dar um caminho para a Prefeitura, o novo 108 Secretário está aqui, tentar um caminho para a Prefeitura nesse aspecto, nesse assunto de 109 aproximação com o Conselho Municipal de Saúde e de empoderamento do Conselho 110 Municipal de Saúde, que não significa o rebaixamento da Secretaria Municipal de Saúde. É 111 o que diz a lei, é o que diz o Ministério da Saúde, é o que dizem todos os indicativos legais. 112 O que não tem como se furtar, isso é público, está nos autos, o que nos assustou deste 113 processo, ao longo deste processo, as justificativas dos gestores públicos passados. 114 Quando nós colocávamos aqueles números ali, a Lei nº 8080, a lei número tal do Ministério 115 da Saúde, a defesa da Prefeitura era dizendo que não, que a Prefeitura não se submete a 116 portarias, à própria Lei nº 8080 para regulamentar esta relação entre o Conselho Municipal 117 de Saúde. Isso é assustador, isso me entristece. Ao final, quando eu falar o caminho que 118 nós vamos adotar, o monitoramento, este trabalho que planejamos para fazer uma visita à 119 prefeitura, dar início em item por item, aproveitado o início de uma nova administração, de 120 ótima relação com o Conselho. Eu dividi, então, mostrando esse tipo de irregularidade e no 121 slide seguinte a recomendação do Tribunal para o futuro. Então, foi concluído que realmente 122 havia o predomínio de condução laboratorial por parte de laboratórios privados. Além disso, 123 encontraram normativas legais, laboratórios com fins lucrativos em detrimento a laboratórios 124 sem fins lucrativos. Então, o 171... É ruim este número, mas é o número do acórdão... 125 (Risos da plenária). É o predomínio sobre a rede pública e eu deixei os originais para que 126 vocês possam visualizar. A produção de exames nesses planos, descumprindo as normas 127 estabelecidas. A rede privada tem que ser complementar à rede pública e não prioritária em 128 relação à rede pública, ainda mais quando há laboratórios, aí mesmo tem um ato 129 justificativo. O 172, o aumento da terceirização de exames. Aí fala exemplo, um crescimento 130 de 16% em relação a 2011 em privados, reduzindo a participação da rede pública municipal, 131 decrescimento de 19% sem que se tenha demonstrado, e aí é o importante, administração 132 pública tem que ser pública e as ações têm que ser fundamentadas em estudos, 133 submetidos aqui ao Conselho Municipal de Saúde. Por que foi reduzido? Pode ter a 134 justificativa, mas tem que ser demonstrado e não foi demonstrado. A necessidade de 135 expansão, não foi demonstrada a impossibilidade de expansão da rede pública, ao 136 contrário, foi demonstrado que o principal laboratório, o LABCEN, a sua capacidade foi 137 reduzida em menos da metade. Segue na mesma linha de irregularidades a respeito, o 138 predomínio dos laboratórios privados sobre a rede pública. O aumento da terceirização, a 139 favor de laboratórios privados. E a recomendação, o outro nível do acórdão, só para ficar 140 didático eu reuni o que é irregularidade e aquilo que o Tribunal está propondo. Depois eu 141 explico porque a nomenclatura é recomendação e não determinação, que impactos isso 142 causa, o que pode fazer com isso ou não. Ele recomenda quanto à participação da iniciativa 143 privada seja somente em caráter para orientar, desde que concretamente demonstrada a 144 insuficiente disponibilidade para garantir a cobertura assistencial à população e a 145 impossibilidade entre ação de serviço público, observando-se a preferência das entidades 146 filantrópicas a entidades com fins lucrativos. Agora é um item que tem a ver com o 147 relacionamento, e é aqui que eu acho que o Tribunal tenta mostrar o caminho de relação do 148 Conselho Municipal de Saúde e o Município ou com a sua Secretaria Municipal de Saúde. 149 Isso não é opinião do Tribunal, isso é o que consta nas normativas de lei e do Ministério da 150 Saúde. Não submissão, a irregularidade foi – não submeter ao Conselho Municipal de 151 Saúde a política de complementação de diagnósticos em laboratórios clínicos e não 152 inclusão no plano de saúde municipal; descumprindo a portaria tal, tal e tal. De novo, a 153 justificativa da Prefeitura, dos gestores anteriores, infelizmente, é de chorar, é de chorar 154 porque não temos o que fazer. Agora, a solução proposta é a realização previa de 155 audiências e consultas públicas que incentive a participação popular, de forma a dar 156 cumprimento à Lei Complementar nº141. A inclusão do Conselho Municipal de Saúde na 157 formulação da estratégia, de forma a cumprir com o art. 1º da Lei nº 8142 e o art. 194 da 158 Constituição Federal. Aprovação da necessidade de implementação pelo Conselho 159 Municipal de Saúde e inclusão no Plano Municipal de Saúde, essa política de análises 160 clínicas. Qual é a quantidade de exames prevista? Quais tipos? Por quê? H1N1 está 161

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previsto tantos, o nosso laboratório tem capacidade para tantos, a gente vai priorizar tantos; 162 mas para quem vai priorizar? Como é, chamamento público? É por assinatura de contrato? 163 Que também não existia. Elaboração de plano operativo que integre todos os ajustes entre 164 o ente público e a instituição privada, contendo elementos que demonstrem a utilização da 165 capacidade instalada necessária ao cumprimento do objeto do contrato. A fiscalização do 166 contrato, o sistema tem que estar claro, porque eu tenho que pagar aquilo que eu realmente 167 deveria pagar, com a efetiva comprovação da produção do laboratório privado. Bom, 168 também se analisou a formalização dessa terceirização para os privados, não havia 169 formalização. Terceirizavam com a ausência de licitação ou de processo seletivo público 170 para credenciamento de laboratórios privados, que não havia formalização de instrumentos 171 de contratos com os prestadores de serviço, também com as normativas legais ali expostas. 172 Existem vários privados, mas por que aqueles privados? Tem que ter um orçamento 173 público, licitação, tem que estar tudo assinado para pactuar e efetivamente cumprir. Não se 174 verificou isso também. E a recomendação, é óbvio, com seleção de prestadores por meio de 175 licitação, processo seletivo público de credenciamento, estabelecendo os critérios que 176 garantem isonomia, de modo a atender o princípio da impessoalidade, formalizando os 177 instrumentos de contrato de acordo com a Lei nº 8080. Esse é o trabalho. Agora o relator 178 tomou um caminho um pouquinho diferente do que nós tínhamos proposto, no sentido de 179 analisar o porque dessa conduta por parte do gestor anterior e já colocou direto esse 180 acórdão, olhando para o futuro. O que nós temos, então, do Tribunal é um acórdão que olha 181 e propõe uma relação, uma ação da Secretaria Municipal de Saúde em relação a esse 182 laboratório, e aqui vem um desconhecimento de como está isso em 2015, 2016 e 2017, 183 como está isso hoje. Esse é o objetivo, é estreitar contatos com a Secretaria de Saúde, para 184 a gente poder falar de assuntos mais atuais, do que foi feito pela gestão anterior ainda em 185 2016, mas para olhar para frente e caminhar para que isso não se repita. Falando em 186 recomendação o Tribunal monitora todas as suas determinações e/ou recomendações e faz 187 aos seus auditados. Entretanto, a gente coloca ali no final do relatório que este é o caminho 188 de empoderamento do controle social. Vocês tem este acórdão agora para se relacionarem 189 com a Secretaria Municipal de Saúde no que se refere a este termo. Esta é a opinião do 190 Tribunal, pelo melhor, que deva cumprir. Então, o controle social ajuda este acórdão, a 191 atuação do Conselho Municipal de Saúde com este acórdão é que se apure a realidade. O 192 nosso monitoramento sobre isto vai depender de como vai ser o nosso estreitamento com a 193 atual administração e a gente vê sinalizações. A evolução disso, suponhamos que nada 194 aconteça por questões atuais ou por medidas anteriores, aí o Tribunal pode subir na escala, 195 porque ele fala, ele emite, são consequências da repetição do movimento. Tentamos 196 resolver primeiro por meio de recomendações, determinações, com a ciência da 197 irregularidade, a partir daí para questões mais pesadas. Estou à disposição para dúvidas, fui 198 bem sucinto. Disponibilizamos o relatório, tem aqui todos os nossos contatos e fico à 199 disposição de todos agora e sempre. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação 200 de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coord enadora CMS/POA: Obrigada. 201 Eu vou passar a palavra ao Erno. Nós agradecemos, é um assunto que já foi pauta diversas 202 vezes, primeiro como denúncia, depois com os retornos, agora a gente está recebendo o 203 retorno do relatório do Tribunal de Contas da União. E vou passar a palavra ao Secretário, 204 depois abro para inscrição. O SR. ERNO HARZHEIM – Secretário Municipal de Saúde e 205 Coordenador Adjunto do CMS/POA: Boa noite a todos. Muito obrigado pela tua visita. 206 Muito obrigado por ter vindo apresentar um resumo do relatório, nós temos ele, já fizemos a 207 leitura. Nós temos feito uma série de visitas a vários órgãos ligados á justiça. Ontem nós 208 fomos à Defensoria Pública, já visitamos o Ministério Público Estadual, fomos ao Ministério 209 Público Federal e vamos agendar visita a vocês também. Não exatamente com o foco deste 210 relatório, precisamos ter uma aproximação desses entes importantes para a gestão da 211 saúde na Cidade. Vários itens apontados já foram de alguma forma corrigidos e não pela 212 nossa gestão, mas pelas gestões anteriores. Hoje os laboratórios privados que prestam 213 serviço para nós é através de um chamamento público, ele foi feito em 2013, iniciou mais 214 tarde, em 2015 essa prestação de serviço, mas já é uma adequação à recomendação do 215

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relatório de vocês. Tem estudo de estimativa no passado com um volume de exames com 216 uma base histórica. No nosso ponto de vista da gestão atual tem que ser ainda mais 217 embasado em dados, tanto de necessidade das pessoas, como o uso correto dos exames. 218 Na verdade, nós vamos publicar na semana que vem a lista de exames de imagem, lista de 219 espera por exame de imagem, pessoas que esperam por exames de imagem aqui na 220 Secretaria Municipal de Saúde. Vocês vão ver os dados, para alguns exames tem muitas 221 pessoas esperando e é difícil imaginar porque tem tantas pessoas esperando por um exame 222 e tem medicação tão baixa. Então, isso acontece no que a gente já comentou da internação 223 das crianças e adolescentes no PACS. Por que internam tantas crianças? Às vezes é 224 problema no processo de atendimento, que há uma superindicação de internação. A gente 225 sabe que na prática médica atual no Brasil há uma superindicação de exames dentro do 226 sistema público, fora o sistema público. Isso é um problema não só de custo e 227 financiamento, mas o dano que um exame desnecessário pode causar na saúde da pessoa. 228 Vocês sabem que é uma preocupação de todos a questão de fazer prevenção em saúde, 229 que tem uma questão chamada “prevenção quartanária”, que é evitar que a pessoa seja 230 submetida a um procedimento médico que possa lhe causar prejuízo. Isso pode ser um 231 tratamento, um exame, uma cirurgia e esse prejuízo é muito bem definido hoje em dia pala 232 ciência médica. Então, às vezes é mais fácil terminar uma consulta com uma folha de 233 exames do que com um pouco mais de tempo, com uma avaliação mais integral do 234 problema da pessoa que está ali na frente. Isso tem que ser avaliado, essas listas de espera 235 tem esse grau de artificialidade. A Letícia está elaborando desde o ano passado a política 236 de assistência laboratorial, a Letícia é a responsável pela assistência laboratorial na 237 Secretaria, assim como a política de saúde mental que nós tivemos a reunião, já tínhamos 238 combinado com o GT esta semana, a gente definiu tarefas para o GT e para o Gabinete, 239 para ter um novo desenho da política não muito diverso, porque está posto, mas com alguns 240 detalhamento e profundidades. E assim que a gente tiver este trabalho da Letícia revisado 241 pela gestão atual vamos apresentar a vocês. Nós temos um regimento para ser aprovado 242 da nova comissão de cadastros e insumos, equipamentos para a rede de laboratórios, este 243 é um dos problemas, a composição dessa comissão e talvez uma falha do processo de 244 trabalho dessa comissão. Então, tem regimento novo, que inclusive impede que as pessoas 245 que estejam diretamente vinculadas com a prestação de serviço do laboratório façam parte 246 desta comissão. Então, são as primeiras estratégias para as quais temos algumas 247 respostas, que não são da nossa gestão, são as respostas da gestão anterior, que e acho 248 que terá um bom caminho de tentar qualificar este trabalho da assistência laboratorial, que 249 tem falhas como algumas dessa apontadas pelo Tribunal de Contas. Em relação a como vai 250 realmente se dar a assistência laboratorial do Município, isso a gente não tem uma resposta 251 fechada ainda. Nós temos hoje 46 dias de gestão, é pouco tempo, se a gente cuidasse só 252 da assistência laboratorial tenho certeza que estaria resolvida, mas é um pouco mais o 253 trabalho da Secretaria Municipal de Saúde, ainda por cima porque envolve uma questão 254 que é lenta dentro da estrutura pública, que é a questão de chamamento público, contratos 255 e licitações. Então, estamos em tempo de passar isso a limpo, revisão os contratos, mesmo 256 tendo o trabalho de vocês nós vamos fazer o nosso, saber se todos contratos ativos têm 257 uma base solida, se o que está sendo entregue está sendo contratado. A partir de 258 dezembro a produção começou a ser individualizada e não mais agregado, que é uma das 259 maneiras de conseguir controlar a produção que os laboratórios afirmam ter sido produzida. 260 Outra questão é a ausência de um sistema de informação em relação à gestão do 261 laboratório. Tem uma proposta da PROCEMPA de criar mais um sistema próprio aqui na 262 Prefeitura. A gente tem uma lista de 15 a 20 sistemas próprios para a PROCEMPA 263 desenvolver nos próximos 50 anos para atender as necessidades atuais da Secretaria 264 Municipal de Saúde. Não é possível que a gente espere que a PROCEMPA sozinha consiga 265 desenvolver e integrar todos os sistemas que existem ou deveriam existir. Então, vamos 266 focar os sistemas que estão dando bons resultados e tem um bom desempenho. Este 267 problema aqui tem 6 anos pelo menos, é impossível querer que em 45 dias a gente consiga 268 responder a um problema que aqui dentro tem 6 anos de duração. Isso não quer dizer que a 269

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gente se furta a responder, mas a gente precisa de um tempo com base racional, legal e de 270 gestão, que pensa não no hoje, mas no amanhã e o que a gente vai fazer. Eu acredito 271 também que por muitas vezes as decisões que foram tomadas, principalmente quando a 272 gente avalia todos os contratos que levam 80% do nosso recurso, foram feitos sem pensar 273 muito no que acontece no dia de amanhã. Então, a gente tem algumas falhas nos contrato. 274 A gente tem um comprometimento de diversos contratos que nos colocaram em uma 275 situação de endividamento frente aos prestadores. Então, qualquer solução que tenha que 276 ser dada por problema dos laboratórios ou de qualquer outra necessidade, a partir desta 277 gestão vai ser dada com um pensamento muito claro para não comprometer o próximo 278 colega. Parece que isso não foi um fato muito marcado nos últimos anos. A gente está com 279 uma capacidade de herdar dívidas, que podem inviabilizar o trabalho da Secretaria 280 Municipal de Saúde. Então, a gente não pode comprometer a colocar recursos de uma 281 monta vultosa, porque a gente vai receber um recurso do Ministério não sabendo se a gente 282 vai ter recursos de contrapartida e vocês sabem que muitos dos convênios e financiamentos 283 que nós temos com o Ministério da Saúde funcionam um para um, um para dois, um para 284 três, as pessoas assinam os contratos, assumem convênios. Isso cria uma expectativa da 285 população de – Ah, que legal! Então, se tem a metade do dinheiro para a obra o Ministério 286 vai dar e a outra metade a Prefeitura vai colocar. Quando foi assinado não tinha dinheiro e 287 nenhuma previsão, isso não pode ser feito, se isso foi feito é um problema que transborda e 288 todos os outros. Então, a gente vai apresentar uma solução para a questão dos laboratórios. 289 Ao mesmo tempo a gente tem uma avaliação, também é responsabilidade de uso de 290 recurso, que a gente investe neles e o retorno que a gente tem não é igual a um 291 investimento. A capacidade de respostas dos nossos laboratórios próprios instalada é muito 292 maior do que o número de exames que a gente tem. Então, isso é um problema de gestão 293 do próprio laboratório. A gente tem que primeiro melhorar a gestão do laboratório próprio 294 para ver que resposta ele pode dar, se é que ele pode dar esta resposta. É isso... Ah, dia 295 26/12/2016, na gestão anterior, foi determinada a sindicância administrativa relacionada aos 296 laboratórios. Dia 09/02 foi instalada a sindicância. Eu não sei quanto tempo demorou a se 297 determinar a instalação da sindicância, mas em 39 dias instalamos a sindicância. Eu acho 298 que o Sindicato dos Municipários já foi informado, a lista das pessoas que vão ser 299 chamadas também já foi formatada e o trabalho desta sindicância está em andamento, 300 sendo acompanhado prioritariamente pela Letícia, que é a pessoa responsável, que me 301 relata o andamento dela. Então, já é uma resposta em 45 dias de um problema que vem há 302 6 anos. Obrigado. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapi a 303 Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS /POA: Gilmar. O SR. GILMAR 304 CAMPOS – CDS Lomba do Pinheiro: Secretário, quando assumimos os ônus assumimos 305 os bônus. Então, não adianta o senhor chorar, o senhor sabia quando assumiu se tem 306 dívida ou não, infelizmente, a coisa funciona assim. A minha pergunta é assim, gostaria de 307 saber, pelo que eu entendi os outros, os anteriores, não vai acontecer nada com eles, não 308 vão ser punidos, não vão recebe nada assim? Os outros dois secretários. Eu estou 309 perguntando ao Tribunal de Contas. Pelo que eu entendi na sua conclusão é de lá para cá. 310 Quer dizer, os outros dois secretários que passaram, não vai acontecer nada com eles? O 311 SR. DANIEL TOLEDO – Tribunal de Contas da União: Foram analisados três anos, 2011, 312 2012 e 2013. Gilmar, esse trabalho se propôs em analisar esses três anos. Tinha o relatório 313 do próprio Conselho, que mencionava esse período. As conclusões que eu apresentei são 314 desses três anos. Como eu disse, foi julgado encaminhar diretamente à Primeira Câmara, 315 que emitiu este relatório, este acórdão aqui, que olhe para frente, que olhe para o futuro. Se 316 a nossa opinião, a sua opinião for que de houve problema de gestão de alguns gestores, 317 este trabalho e este acórdão não o fez. O processo é público, está lá. É o que foi acordado, 318 emitindo um acórdão que olha para frente, que olha para a relação do Conselho com a sua 319 Secretaria daqui para frente. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de 320 Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordena dora CMS/POA: Vamos fazer 321 um bloco de perguntas e depois tu respondes. Pode ser, Daniel e Erno? Terres e depois o 322 Humberto. O SR. ALBERTO MOURA TERRES – Conselho Regional de S erviço Social: 323

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Primeiramente, eu quero parabenizar o Daniel pelo excelente trabalho. Eu o chamo de 324 Daniel porque liguei tantas vezes, mantivemos tantos contatos, não é, Daniel? Vínhamos 325 conversando, perguntando como estava o relatório. Então, fomos muito insistentes com o 326 Daniel, ligando, quando eu ligava ele já sabia o que era, já vinha conversar conosco a 327 respeito, foi sempre muito receptivo a nossa insistência a respeito dos laboratórios. É 328 porque nós brigamos, o Daniel sabe, aqui neste Conselho desde 2004, cobrando isso dos 329 gestores anteriores. Este relatório do Tribunal de Contas da União vem complementar o 330 relatório do Tribunal de Contas do Estado, que nós apresentamos aqui, também indo na 331 mesma direção, apontando as irregularidades sérias promovidas pela gestão anterior. Nós 332 denunciamos, nós brigamos, não apenas por denunciar, mas denunciamos no sentido de 333 defender o dinheiro público que é de cada cidadão, não só desta Cidade, mas do país. Isto 334 é dinheiro do Sistema Único de Saúde. Então, o trabalho do GT, que foi aprovado aqui 335 neste Conselho Municipal, que encaminhou e a inadmissibilidade feita pelo Tribunal de 336 Contas que colocou aqui de que foi um trabalho entregue, digamos assim, com uma 337 qualidade. Isso é resultado deste Conselho aqui, porque o Conselho aprovou este GT, o GT 338 se esmerou em fazer o trabalho e entregar para o Tribunal de Contas da União, Tribunal de 339 Contas do Estado, Polícia Federal, para todos. Eu acho que nós vamos ter que voltar para a 340 Polícia Federal com o resultado desse Tribunal de contas da União e do Estado. E a 341 pergunta do Gilmar é pertinente, Daniel, porque sabemos que a tua posição é diferente do 342 ministro, porque o ministro fez um julgamento político e não um julgamento técnico da forma 343 como vocês fizeram. Vocês analisaram tecnicamente. O nosso Tribunal de Contas da 344 União, também do Estado, viu o desvio de verba pública dentro da Secretaria Municipal de 345 Saúde na questão dos laboratórios. O Tribunal de Contas do Estado aponta o desvio de 43 346 milhões que não foram comprovadas as realizações dos exames. Esses 43 milhões é do 347 Sistema Único de Saúde. É isso que nós vamos ter que ver, Companheira Jussara Cony, de 348 que forma nós vamos ter que fazer esta cobrança, porque não podemos deixar impunes 349 aqueles que pegaram e malversaram o dinheiro público. Isso este Conselho não pode 350 deixar. Se nós chegamos até aqui com este resultado, este é resultado deste Conselho, do 351 controle social. Nós não podemos deixar que isto vá simplesmente na linha do Ministro, que 352 resolveu fazer um julgamento político: não, vamos recomendar daqui para frente e o resto 353 esquece. Nós não podemos esquecer. Então, Coordenação do Conselho, eu acho que nós 354 vamos ter que daqui para frente, porque já tem encaminhamentos sobre isto, a partir do 355 Tribunal de Contas do Estado a gente tem que dar um encaminhamento que não podemos 356 aceitar o que aconteceu aqui. Por outro lado, é importante ouvir o Secretário. Secretário, o 357 senhor está iniciando agora nesta gestão, este governo está iniciando agora, porque o 358 governo anterior a cada troca de secretário dizia o seguinte: “Nós estamos iniciado agora”, 359 quando, na verdade, o governo era o mesmo, desde 2004. Sempre que troca de secretário: 360 “Nós estamos iniciando agora”. Então, estamos lhe dizendo agora, eu lhe faço uma 361 pergunta muito direta, porque o senhor já está me conhecendo, eu sou um camarada muito 362 direto, muitos não gostam disso, né, mas eu sou muito direto. A posição da Secretaria... 363 (Sinalização de tempo esgotado). Eu vou concluir e depois me reinscrevo. A posição do 364 Secretário deste Governo é de fortalecer os laboratórios públicos e contra a terceirização ou 365 é de terceirizar, manter a terceirização? Quero uma resposta simples: terceiriza ou investe 366 nos laboratórios públicos. É neste sentido que este relatório aponta e neste Conselho já 367 houve a posição contra a terceirização... (Sinalização de tempo esgotado). Não só a 368 terceirização dos laboratórios, mas a terceirização da saúde. Então, para mim é uma 369 resposta simples, que poderá se resolver em dois, três, quatro, cinco meses, até um ano, 370 mas tem que ter uma posição, favorável ou contra a terceirização. A SRA. MIRTHA DA 371 ROSA ZENKER – Associação de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e 372 Coordenadora CMS/POA: Solicito que cumpra o tempo estipulado de 3 minutos de 373 questionamento. Humberto. O SR. HUMBERTO JOSÉ SCORZA – CDS 374 Glória/Cruzeiro/Cristal: Olha, eu quero brindar aos questionamentos feitos. Eu não tenho a 375 formação jurídica, mas nós tivemos consciência de todo o trabalho feito, de tudo aquilo que 376 foi pesquisado e constatado, que culminou em recomendações. Nós temos ciência do papel 377

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do controle social, tanto que todo este processo começou através do controle social. E a 378 minha preocupação era que eu enquanto cidadão, se tenho alguma dívida tenho que pagar. 379 Como fica essa história agora, que foi muito bem colocada depois pelo Terres, dessa 380 evasão de dinheiro público? Quer dizer, se houve progresso e se instalou em sindicância e 381 tudo, mas na prática nós vamos ficar sempre com as recomendações e o que se faz com 382 quem usa mal o dinheiro público? Isto mas preocupa. O SR. DANIEL TOLEDO – Tribunal 383 de Contas da União: Eu não vou emitir a minha opinião, em relação a gestor ou ex-gestor. 384 Agora, dentro da unidade técnica do Tribunal, assim, quando se fala que não houve 385 comprovação desses 43 milhões que o Terres falou, isso é muito mais comum do que se 386 imagina, isso não é na análise de 2011 a 2013 no Município de Porto Alegre, isso acontece 387 todos os meses nas relações de saúde todos os municípios, do Estado, nas secretarias, nos 388 hospitais contratualizados. Agora, isso significa desvio? Não necessariamente, isso significa 389 que está tendo uma relação com o poder privado e que não está analisando para fazer seus 390 pagamentos. Não quer dizer que seja desvio. Está se dizendo que há um mau controle 391 desses contratos assinados. Quando a gente faz uma obra em casa paga o nosso pedreiro 392 antes de fazer a obra, ou se fez a metade da obra e a gente paga o valor integral, ou paga a 393 metade? Ou a gente judicializa se ele não fez a obra? Essa é a questão, é muito fácil para a 394 nossa histórica administração pública. A Secretaria Estadual de Saúde, a Secretaria 395 Municipal me deve tanto, é muito fácil alegar dívidas que o Poder Público me deve. Agora, 396 estão batendo no Poder Público e não estão sabendo se defender na questão de gestão. É 397 muito CCs, os servidores públicos ganham mal, o executivo. Tudo isso tem que evoluir para 398 a questão de saber exatamente o que estou contratualizando daquele laboratório, daquele 399 hospital. Agora, tu não geres, aí quando não sabe quanto cada um produziu, por quanto, 400 vou pagar, não vou pagar, aí tem margem para a gente dizer. Nós fizemos um trabalho 401 gigantesco para que a Secretaria Estadual de Saúde contratualize com os seus hospitais de 402 forma adequada, correta, com controle e redução. Enquanto isso não houver há espaço 403 para dizer, então, que foi desvio, que não sei o quê. Não tem gestão, não tem dado. Então, 404 é muito fácil dizer que houver, mas isso é culpa de quem? Não quer dizer que houve desvio. 405 Tem que ficar claro. Não sei se fui claro. Quando não há comprovação significa que não 406 houve efetivo cumprimento dos contratos e de prestação de contas dos contratos, mas não 407 quer dizer que os exames não tenham sido feitos. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – 408 Associação de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS/POA: 409 Tem outras pessoas inscritas. Qual o seu nome? Luiz Eduardo, Carlos. Nós temos vários 410 inscritos, eu vou encerrar as inscrições agora, porque o Daniel tem horário. Então, tem o 411 Luiz, a Letícia, a Jussara Cony, Adalto, Terres, Gilson, Luiz e Carlos. É isto? Então, vamos 412 encerrar as inscrições. Vocês querem responder agora e a gente faz um bloco ou podemos 413 fazer todas as perguntas? O SR. ERNO HARZHEIM – Secretário Municipal de Saúde e 414 Coordenador Adjunto do CMS/POA: Gilmar, o que a gente. Eu não posso prender uma 415 pessoa. Eu sou o Secretário Municipal de Saúde, o que está no meu alcance é instaurar 416 uma sindicância, apurar os fatos, como o Daniel muito bem disse, porque o que a gente tem 417 é uma não evidenciação de prestação de serviço. A partir daí tem que ser investigado 418 porque não está dado se houve ou não houve um crime. Eu não estou defendendo 419 ninguém, eu nem sei quem estava responsável por isso no momento. Não é uma questão 420 pessoal minha, só acho que devemos ter cuidado no país neste momento. A mídia julga e a 421 população lincha, a gente pode linchar aqui no Conselho também a pessoa já! Pega alguém 422 e a gente lincha, mas isso não me parece uma boa postura. Eu acho que a gente tem que 423 fazer uma investigação que tenha cuidado e que tenha base legal e constitucional. A nossa 424 constituição diz que as pessoas são inocentes até que se prove o contrário. Terres, 425 objetivamente, investir no público até a máxima resposta dele e depois seguir a 8080, se 426 necessário for, complementando com outros serviços. Ou seja, seguindo a lei da maneira 427 mais estrita possível. Fui objetivo? O SR. ALBERTO MOURA TERRES – Conselho 428 Regional de Serviço Social: É objetiva. Contra a terceirização, o dinheiro como 429 complementar. O SR. ERNO HARZHEIM – Secretário Municipal de Saúde e 430 Coordenador Adjunto do CMS/POA: Não, está é a tua colocação, tu estás colocando 431

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palavras na minha boca. Eu estou dizendo que vou investir no público até a máxima 432 resposta que pode dar, com eficiência do dinheiro público, seguindo a lei, se necessário for 433 vai ser complementado. Eu não estou dizendo que sou contra ou a favor da terceirização, 434 de privatização. Isto não saiu da minha boca, por favor, o Humberto não tinha pergunta. A 435 SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapia Ocupacional do Rio 436 Grande do Sul e Coordenadora CMS/POA: Luiz. Vamos cumprir os 3 minutos de fala. O 437 SR. LUIZ AIRTON DA SILVA - CDS Eixo Baltazar: A minha pergunta é para o Daniel. A 438 questão deste processo e dos laboratórios, tu falaste e depois o Secretário confirmou em 439 outras palavras a questão de que até provar o contrário não é culpado. Nós enquanto 440 controle social temos que ser mais resolutivos nos nossos encaminhamentos. Muitas vezes 441 a gente tenta mediar e sabemos que somos ludibriados. Muitas vezes a gente está 442 comprovado isso, nesse relatório que eu li, que o gestor contratou o serviço de laboratório 443 sem ter um contrato, e a lei é clara, tem que ter esses contratos, aí já está agindo de má fé. 444 É o meu ponto de vista enquanto controle social. Se tem uma lei que fala sobre isso e o 445 gestor tem todo um respaldo de assessores para dizer o que é certo e o que é errado. 446 Então, ele deve saber o que está fazendo. O meu ponto de vista é este. E a gente tem que 447 ver até onde podemos ir nessa discussão e avançarmos. Eu acho que tem mais coisas, 448 porque a população foi lesada, mas a decisão do Ministério é ir para frente e avançar, 449 deixar. O valor exato a gente nem sabe, porque não tem contrato, o laboratório deu 450 números, mas tem documentos que provam isso? Eu acho que é isso. A SRA. MIRTHA DA 451 ROSA ZENKER – Associação de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e 452 Coordenadora CMS/POA: Letícia. A SRA. MARIA LETÍCIA DE OLIVEIRA GARCIA – 453 CDS Glória/Cruzeiro/Cristal: Boa noite a todos e todas. Boa noite, Daniel, mesa. Eu queria 454 trazer uma questão que me parece bastante importante. Quando a Coordenadora abre a 455 reunião ela o faz à luz de uma legislação, ela chama toda a legislação pertinente ao Sistema 456 Único de Saúde e ao nosso Conselho, o que diz respeito ao nosso Conselho. Ela fala na 457 8142, ela fala na Constituição, na Lei Orgânica do Município de Porto Alegre. E nós quando 458 começamos a fazer este trabalho aqui, em nome do Conselho de Saúde, que é através de 459 um grupo de trabalho, nós damos início a este processo através de uma provocação, muito 460 embora, como o Terres referiu, alguns conselheiros isoladamente, o Terres era um deles 461 até pela área que trabalhava, já vinha apontando essas questões aqui no Plenário; 462 especialmente nas avaliações dos relatórios de gestão da Secretaria. Nunca houve a 463 resposta. Isso data de 2005, 2006. Bem, ocorre que o DENASUS provoca o Conselho de 464 Saúde quando faz uma auditoria da Secretaria Municipal de Saúde, lá pelas tantas aponta 465 nessa auditoria as falas do Conselho de Saúde, no que o Conselho tem que se ater. A partir 466 desse momento este Plenário é informado sobre este tema; ou seja, o Secretário da Saúde, 467 que faz parte deste Plenário como conselheiro é notificado das questões que precisa tomar 468 pé, com relação aos laboratórios. Isso já começou a ser feito desde essa época. Então, vou 469 me focar nas deliberações que o Conselho já fez, aí para a gente poder dar continuidade 470 para essas questões. Na reunião de 08/05/2014 para tratar este tema nós deliberamos que: 471 a SMS deverá em 15 dias apresentar ao Conselho os contratos com a UFRGS para a 472 realização dos exames oriundos do PACS e IAPI. Não apresentou. A SMS deverá em 30 473 dias apresentar ao Conselho cópias dos contratos com todos os fornecedores de 474 equipamentos e equipes para a realização de exames e diagnósticos. Não apresentou. A 475 SMS deverá apresentar ao Conselho como é feito o controle de qualidade nos exames 476 realizados nos 15 laboratórios que prestam serviço ao Município. Não apresentou, só 477 depois, já em 2015 porque nós chamamos a Vigilância aqui para perguntar, mas mesmo 478 assim é outra forma, não foi o que perguntamos aqui. A SMS deverá para em 30 dias 479 estudo que justifique a terceirização dos exames, diagnósticos e análises clínicas. Não 480 apresentou. O conselho recomenda à SMS que suspenda a tramitação de chamamento 481 público dos laboratórios até o retorno dos encaminhamentos. Também não fez. 482 Deliberações da reunião de 02/07/2015: criação de uma área na SMS que será responsável 483 pela elaboração de uma política municipal de exames, diagnósticos e análises clínicas. 484 Começou a fazer, indicou uma pessoa, mas não terminou. (Sinalização de tempo esgotado). 485

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Cumprimento da Lei nº 8666, lei das licitações, para a contratação de laboratórios privados 486 para a realização de exames de forma a complementar o SUS. Realizar concurso público 487 para a contratação de profissionais para os laboratórios. Apresentação de um plano de 488 retomada gradativa de realização de exames de análises clínicas pelos laboratórios 489 públicos. Que a Vigilância realize vistoria no Laboratório Central e apresente o relatório de 490 fiscalização ao Conselho no prazo de 30 dias. Fez agora, no ano passado, em novembro. 491 Que eu saiba o Conselho ainda não recebeu este relatório. (Sinalização de tempo 492 esgotado). Troca imediata dos gerentes do laboratório. Acabou fazendo. E a revisão da 493 composição do GT da SMS de reestruturação dos laboratórios, propiciando a participação 494 dos representantes dos trabalhadores nesse GT. Também não permaneceu, foi criado, 495 houve problemas e não continuou. Depois, se der, eu falo de novo. A SRA. MIRTHA DA 496 ROSA ZENKER – Associação de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e 497 Coordenadora CMS/POA: Jussara Cony. A SRA. JUSSARA CONY – União das 498 Associações de Moradores de Porto Alegre: Boa noite a mesa, aos conselheiros e 499 conselheiras. Eu queria complementar o processo que o Conselho Municipal estabeleceu 500 neste estudo que envolveu vários conselheiros, inclusive alguns colegas meus da profissão 501 farmacêutica. Quero ressaltar que foi um trabalho importante, com a representação do 502 Conselho no TCE e depois no TCU. Uma das questões fundamentais que deve envolver a 503 todos nós e nós temos consciência, sejamos gestores, prestadores e etc., é exatamente o 504 descumprimento da Constituição nesse ato e em todos outros sob ponto de vista da 505 complementaridade do setor privado. Nós temos que fortalecer o setor público e não 506 sucatear o setor público para justificar terceirizações e privatizações. Nós estamos vivendo 507 um momento muito difícil na nação brasileira sob o ponto de vista de soberania nacional. 508 Bueno, foi feito um acordão olhando para o futuro. Quero complementar que trabalharam o 509 passado para trabalhar o presente e jogar para um futuro mais promissor. Eu acho que esse 510 acórdão deixou a desejar. Cumprimento o Tribunal, porque o Tribunal vai monitorar as 511 recomendações, é o papel do Conselho Municipal. Eu acho que a sua relação com o gestor 512 atual, nós conhecemos o Secretário, trabalhamos juntos inclusive, onde deu uma 513 contribuição valiosa do Grupo Hospitalar Conceição, todo um processo da universidade com 514 o nosso trabalho. Quero propor além do monitoramento do Tribunal um monitoramento pelo 515 Conselho sobre as recomendações, porque isto é originário daqui. (Sinalização de tempo 516 esgotado). Já finalizo. A gente tem que ter responsabilidade, porque a atual gestão recebeu 517 algo dos gestores anteriores, é resolver as recomendações do TCU e entender o Conselho 518 como elemento estratégico de fiscalização e monitoramento sobre as recomendações. 519 Então, proponho o acompanhamento pelo Conselho desta sindicância que o Município fez, 520 temos que acompanhar, porque somos o controle social. Por fim, o encaminhamento onde 521 couber de punição aos gestores que sucatearam o público para justificar a privatização. O 522 controle social somos nós e nós temos que fazer esse encaminhamento para que não mais 523 aconteça e que não mais falte dinheiro para questões estratégicas. Não estou dizendo que 524 foi desviado, mas um dinheiro mal aplicado quando poderíamos estar aplicando para cada 525 vez mais melhorarmos os laboratórios públicos. É um trabalho conjunto, Secretário, e o 526 controle social pode ajuda, cabe respeito ao controle social. A SRA. MIRTHA DA ROSA 527 ZENKER – Associação de Terapia Ocupacional do Rio G rande do Sul e Coordenadora 528 CMS/POA: Vou novamente solicitar, vocês não estão cumprindo os 3 minutos. Eu estou 529 nesse papel e tenho que fazer. Adelto. O SR. ADELTO – Sindicato dos Municipários: Boa 530 noite a todos. Eu vou apontar duas coisas e depois tenho uma pergunta para o Daniel. No 531 ano passado aconteceu uma denúncia que foi dirigida aos servidores públicos pela não 532 fiscalização das bocas de lobo que a Prefeitura estava pagando. Ela não tem relação exata 533 com a questão da saúde, mas é só para exemplificar. Na minha Secretaria, que é a SMIC, 534 estamos pagando desde julho para cá com contratação de gerador para gerar energia para 535 o prédio da Secretaria, que seria um custo que pagaria dois ou três guardas municipais para 536 fazer a segurança do prédio onde nós trabalhamos. É um milhão que foi gasto em meio ano 537 por conta de não ter tido garantia das questões de segurança em um prédio público, que 538 hoje o nosso secretário está correndo atrás. E jogam a culpa sobre os servidores públicos 539

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que deixam de realizar os seus serviços. Isso demonstra que o controle social aqui 540 conseguiu apontar e fazer a tarefa dele para a realização, para fazer com que andassem as 541 coisas no sentido de ter fiscalização e controle público da coisa. Então, tem alguma coisa 542 que possa apontar para que o recurso público alocado tenha algum mecanismo mais claro, 543 mais preciso para que a gente possa ter de volta o recurso público? Eu vi o relatório e não 544 está apontado desvio de recurso público, mas o que está apontado é que foi colocado o 545 dinheiro para duas entidades privadas e foi colocado mais recurso para entidade privada 546 não filantrópica, que trabalha com o lucro. Uma das gestoras, que tem 80% da empresa, 547 financiou a campanha do Secretário. É isso, e o que foi passado para essa empresa fazer 548 de laboratório eram os exames que mais pagavam. Isso tem que ter consequência lá na 549 frente, de apontar que isso é desvio. Este gestor tem que ser responsabilizado, porque o 550 dinheiro é público, é nosso. Então, temos que apontar nesse sentido. O Tribunal poderia 551 ajudar para que a gente produzisse a legislação que possibilitasse um controle melhor dos 552 recursos públicos. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapi a 553 Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS /POA: Terres de novo. O SR. 554 ALBERTO MOURA TERRES – Conselho Regional de Serviço Social: Nós estamos 555 falando aqui de terceirização da saúde. Por ser contra a terceirização da saúde eu, a Letícia 556 e o falecido Paulo Rogério sofremos uma ação penal, crime, por defender o Sistema Único 557 de Saúde. Muitos podem dizer – Pô, vem de novo com essa história. Só que isso é muito 558 pesado para o controle social, quando a mão do Estado resolve agir com tamanha força, 559 que é penalizar o controle social, ou melhor, criminalizar, chamar de criminoso quem 560 defende o dinheiro público. Então, isso é uma premissa, que é a questão da terceirização. 561 Este é o resultado da terceirização, onde o Tribunal de Contas do Estado aponta lá que um 562 funcionário tem que devolver aos cofres públicos em torno de 1,2 milhões. Isto está no 563 Tribunal de Contas do Estado, tem que devolver, que responsabiliza também o gestor 564 público, a exemplo do que o Tribunal de Contas traz aqui, que lá no final coloca a 565 responsabilidade pela má gestão, que é do gestor público, a responsabilidade pela má 566 gestão. E a má gestão nos levou a quê? A beneficiar um laboratório chamado Laboratório 567 UNILAB. Isto está nos dois relatórios. Este UNILAB acabou fazendo em torno de 60%, 568 quase 80% dos exames privatizados. E este laboratório, Daniel. Não entrou no chamamento 569 público quando foi feito, o Laboratório UNILAB. No entanto, ele recebeu de brinde fazer os 570 exames do Hospital Independência, por isso que ele não entrou. Isso nós temos que 571 averiguar também, porque ele não entrou. Claro, nós estávamos denunciando o UNILAB, aí 572 ele não entra no chamamento público, recebe de presente todo o Laboratório 573 Independência para fazer. Então, eu acho que nós temos que continuar cobrando aquilo 574 que foi apontado pela Letícia e os outros encaminhamentos. Eu acho que a Coordenação 575 do Conselho tem que rever todo esse encaminhamento, trazer novamente para este 576 Conselho. Nós temos que fazer acontecer aquilo que já foi recomendado lá do outro lado. E 577 essa política ser construída, Letícia, esta política que nós estamos aqui apontados, foi 578 apontado pelo TCE e TCU, tem que passar por este conselho, tem que ser feito, passado e 579 analisado pelo controle social para ver se realmente está cumprindo com as 580 recomendações, não só do Tribunal de Contas, mas também o Tribunal de Contas da 581 União. Aí tem indícios, tanto nos dos tribunais, de improbidade administrativa, é isso que 582 acontece quando um gestor público não cumpre com o seu dever, que é de fazer a boa 583 gestão dos recursos públicos. Improbidade é crime e é aí que nós queremos chegar, de que 584 forma que os secretários anteriores têm que ser penalizados? Porque eu não estou aqui, 585 nenhum de nós está aqui de graça, porque temos que pagar a nossa passagem. 586 (Sinalização de tempo esgotado). Estamos aqui lutando de forma militante, responsável, 587 porque quer defender o SUS, aí vem para cá, depois o gestor vai lá, acaba não gastando 588 bem os recursos públicos, aí nada acontece. Então, é isso que nós temos que perseguir, 589 responsabilidade e apontar a improbidade administrativa. A SRA. MIRTHA DA ROSA 590 ZENKER – Associação de Terapia Ocupacional do Rio G rande do Sul e Coordenadora 591 CMS/POA: Gilson. O SR. GILSON – CDS Glória/Cruzeiro/Cristal: Eu concordo muito com 592 o que foi falado aqui, acontece que tudo que foi falado aqui eu acho que falta um pouco 593

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mais de fiscalização da gestão para a coisa melhorar. Era só isso. A SRA. MIRTHA DA 594 ROSA ZENKER – Associação de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e 595 Coordenadora CMS/POA: Luiz. O SR. LUIZ: Boa noite. Eu sou o mais antigo nos 596 laboratórios, na CSVC eu comecei, eu presenciei 90% de tudo. A primeira coisa o que é 597 mais importante de tudo, que eu falei lá no Conselho Local, o Conselho não pode deixar 598 isso passar batido. Houve desvio, houve desvio e terceirização mal feita. No relatório deles 599 se um especialista ou uma pessoa mais informada olha ali e já vê, no ano de 2012 foram 600 comprados 55 kits para fazer HIV, eu fazia HIV, eu faço HIV. Nunca foram feitos aqueles 55 601 kits. O que ocorria? Aí era a direção do gestor que passou lá anos sendo adorado pela 602 Secretaria, sendo bajulado pela Secretaria. O que ele fazia? Ele recebia metade, a outra 603 metade ele vendia, desaparecia. Então, o que houve? Nós temos que ter controle social em 604 máxima atividade aqui. Não pode deixar passar batido isso, não pode ser omisso, houve 605 desvio, houve falcatrua. O Terres falou do Tribunal de Contas, daquele que foi desviado, 606 aquele não são 1,2 milhões, aquela pessoa e aquelas pessoas que passaram por lá, eu 607 conheço o laboratório há décadas, eles levaram de 3 a 4 milhões, tiraram o serviço de 608 pessoas, perseguiram, autoritários – O Casartelli me deu carta branca, eu faço o que quero 609 aqui dentro. Intimidavam as pessoas. Por isso que volto a insistir, este conselho não pode 610 deixar passar batido isto aqui, porque o Senhor Ministro ou do Tribunal de Contas, são 611 todos indicados politicamente. Não pode, isto é dinheiro da saúde. São espertos? Vão 612 roubar de burguês, não vão roubar de pobre aqui! (Aplausos da plenária). Eles não vão 613 roubar do Maurício Sirotsky, eles vêm roubar aqui de nós, porque eles enrolam e fazem a 614 confusão. Falta controle interno e controle social. A maioria dos funcionários lá quer 615 trabalhar, têm o seu espírito público, nós estamos lá porque nós queremos fazer alguma 616 coisa pela população, uma população carente e sempre quiseram acabar com o laboratório, 617 porque está longe, ninguém vê. Quem vem é para o Hospital de Pronto Socorro, Hospital 618 de Clínicas ou HPV, aquela população alijada, que ficava 10 horas esperando os exames de 619 laboratórios, com uma placa escrita – Laboratórios. Ficam 10 horas esperando porque eu 620 tinha que trazer para o HPS. (Sinalização de tempo esgotado). Não pode ficar nisso, o 621 Conselho tem que tomar isto, não pode deixar batida esta coisa. Era isto que eu queria 622 dizer. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapi a Ocupacional do 623 Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS/POA: Carlos. O SR. CARLOS – GAPA/RS: Boa 624 noite. Boa noite a todos e todas. Estou aqui como visitante pelo GAPA/RS, que é 625 conselheiro também, mas estou aqui como visitante. O meu questionamento é o seguinte, 626 que a gente vai muito na linha que a Jussara e o Terres colocaram, que é a questão da 627 terceirização. Este Conselho já se colocou várias vezes contra este processo, vem sendo 628 desrespeitado ao longo de todos esses anos por gestores que não respeitam nem a 8142, 629 nem a 8080, nem estão respeitando a 141. E esse relatório apresentado pelo Tribunal de 630 Contas em relação aos exames laboratoriais levanta várias questões de desrespeito a 631 essas leis do Sistema Único de Saúde. Só que é aquela questão assim, o público leva anos, 632 décadas para ser construído e para ser efetivado, mas ele é destruído da noite para o dia. 633 Depois tu reconstruíres isso, que a cada gestão destrói e na gestão seguinte fala que tudo 634 vai ser de acordo com os recursos disponíveis, a gente sabe que é sempre a partir dos 635 recursos disponíveis. Só que esses recursos disponíveis acabam sempre de alguma forma 636 privilegiando o privado e não o público. E não estou falando só da Prefeitura de Porto 637 Alegre, isso é geral no Brasil. E o que a gente vê hoje? Cada vez mais o público é 638 complementar ao privado. É isso que está acontecendo no Sistema Único de Saúde. E daí 639 vem um relatório do Tribunal de Contas que só olha para o futuro, ok, mas para que futuro 640 de fato nós estamos olhando? O futuro privatizado, futuro sem o público que foi destruído no 641 passado e nada acontece com quem destruiu o público no passado, porque levou muito 642 recurso nosso, de impostos nossos, do nosso dia a dia, para construir. Então, como fica 643 isso? Então, ok, acabou. Será? Ao mesmo tempo este Conselho aqui trabalhou durante 644 muito tempo nesse relatório, participou, fez o seu papel de controle social. E agora, quando 645 chega na hora do resultado, o gestor, que é responsável por tudo isso que aconteceu não é 646 punido. Agora, várias vezes eu escutei, desde que a 141 foi construída, que quando os 647

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conselheiros não exercerem o seu papel eles serão punidos, mas o gestor prova a cada 648 reunião, a cada ano, a cada gestão que não é punido nunca. Então, isso é um pouco 649 desanimador. Nós vamos continuar fazendo o nosso papel, nós vamos continuar 650 defendendo público em relação ao privado... (Sinalização de tempo esgotado). Mas nós 651 precisamos que os órgãos de fiscalização também tenham seus pareceres, a técnica e não 652 só a questão política. O parecer de vocês é técnico, mas a resolução final é política e isso 653 não ajuda o controle social. Obrigado. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação 654 de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coord enadora CMS/POA: Pedro. O 655 SR. PEDRO RIBEIRO – Trabalhador do PACS: Boa noite a todos. Eu fui testemunha, 656 participei do início desse processo, eu ouvi muitas vezes o colega do laboratório, que era 657 coordenador do Conselho de Saúde da Região Glória/Cruzeiro/Cristal. E a sugestão da 658 sindicância, que é o meio que a Prefeitura tem para se manifestar, que contemple isso, 659 porque o que o colega falou e muitos trabalhadores estão falando. O Daniel disse em outras 660 palavras que houve improbidade administrativa, porque não gerir corretamente, não ter 661 informações corretas e ter a capacidade de ser transparente, nós estamos falando de uma 662 capital com capacidade instalada para fazer isso, isso caracteriza quando não consegue 663 fazer. Eu queria me ater ao papel que embora estejamos falando fica pouco visível, que é o 664 Conselho Municipal de Saúde. Quem sabe fora daqui que essa ação, isso que movimentou 665 os tribunais de controle, que essa ação partiu deste Conselho. O Conselho Municipal de 666 Saúde de Porto Alegre tem várias ações que podem e devem ser nominadas, esta que é 667 uma das coisas mais importantes que aconteceu aqui do ponto de vista do controle social, 668 não só de Porto Alegre, mas do país, vai ser visibilizada de que maneira? Eu penso que não 669 só o Conselho, mas as instituições de modo geral, os tribunais envolvidos, a Secretaria e o 670 próprio Conselho devem dar visibilidade para isso. Esse é o resultado do trabalho de todos 671 nós e de muita gente. Quando o Gilmar faz a pergunta está dizendo – e nós o povo como 672 ficamos? A vizinha lá da vila vai ficar sabendo que isto que se faz aqui teve esses 673 resultados com um impacto tão grande. Então, essa é uma pergunta para todos nós, não 674 somente para a coordenação do Conselho. Os tribunais vão dar visibilidade ou já deram, 675 que esse resultado foi publicado nos seus meios de comunicação, é uma ação que partiu 676 daqui. O Conselho vai ficar anônimo depois de um ato assim muito importante como foi este 677 e outros atos? Eu provoco não só a Coordenação do Conselho Municipal, como provoco as 678 instituições envolvidas para que dêem visibilidade a este trabalho que teve este impacto, 679 esperamos que tenhamos outros. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de 680 Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordena dora CMS/POA: Vou passar a 681 palavra ao Daniel. O SR. DANIEL TOLEDO – Tribunal de Contas da União: Eu vou dar 682 um apanhado de tudo que ouvi de traz para frente. Pedro, se fala muito do relatório do 683 Tribunal de Contas do Estado. O resultado da análise do Tribunal de Contas da União não 684 aponta desvio de recursos, ele aponta descumprimento da legislação do que se refere a 685 uma política, a terceirização dos laboratórios. Se o Tribunal de Contas da União e equipe, 686 se eu tivesse a conclusão de que havia débito, pode ter havido débito, mas não houve a 687 conclusão. Eu por obrigação funcional, e aí respondendo ao colega ali, quando que o 688 recurso volta? De instituir uma tomada de conta especial, que eu tenho que ver o valor 689 exato da quantia que foi desviada, quem desviou, buscar a responsabilidade e a devolução 690 desse recurso aos cofres da União. Isso pode acontecer recurso, o resultado da sindicância, 691 porque pode evoluir e dizer que efetivamente houve um débito de tanto e aí instaurar uma 692 tomada de conta especial, mandar para o Tribunal de Contas do Estado que vai fazer aquilo 693 que se refere ao dinheiro estadual ou municipal e ao TCU naquilo que se refere ao dinheiro 694 da União. Não houve conclusão de débito. O Tribunal de Contas da União não concluiu o 695 débito, ele concluiu o descumprimento de legislação, que fala no descumprimento de várias 696 e várias leis do Ministério da Saúde. Se isso demandava uma multa ao gestor, multa é outra 697 coisa que não foi feita e era o encaminhamento que a unidade técnica tinha proposto para o 698 Ministro. A audiência dos gestores, audiência, que demandaria se a justificativa não fosse a 699 contento. Se a unidade técnica encaminhasse pela punição do gestor resultaria em multa ao 700 gestor, não débito de "x" mil ou milhões. E os contratos? Sim, os contratos não existiam, 701

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não são assinados. O que eu quero dizer é o seguinte, sem demonizar ou defender a 702 terceirização, o contrato é só o início do trabalho, a gente redige um contrato baseado em 703 estudos, falam em tanto, mas é só o início do trabalho. O contrato entre em vigor, alguém 704 tem que pagar mês a mês aquele contrato, mas baseado em quê? Em que prestação de 705 contas? Isso não é em Porto Alegre, isso é nos municípios. A terceirização da saúde é uma 706 realidade e a precariedade dessa terceirização é uma realidade maior ainda. A lei não 707 proíbe a terceirização, a lei diz que tem que ser feita com critério, com prestação de contas, 708 com complementaridade nesse caso, não por transparência de profissão. O desvio de 709 recurso ou a má gestão não está só em transferir para o privado. É bem claro, como o 710 Secretário comentou, que tem o laboratório público e tu subutilizares esse laboratório 711 público. (Falas concomitantes em plenária). É sucatear, isso, isso também é desvio. Assim 712 como também pode haver má conduta dos servidores que estão ali, ou no laboratório, ou 713 em qualquer empresa pública, aquilo é desvio de dinheiro ou má gestão, não por conta do 714 gestor, mas sim por conta do servidor. Não é? Então, o contrato é só o início de tudo. É 715 fiscalização e fiscalização. Tem que ter um estudo para ver se aquilo está legal, se estamos 716 pagando um valor legal, se não poderíamos estar transferindo para outro. Tudo isso se 717 pode fazer. Então, tudo que eu ouvi eu acho que consegui dar um resumo e responder a 718 todos. É a opinião do Tribunal. Agradeço a todos e vou ter que sair. A SRA. MIRTHA DA 719 ROSA ZENKER – Associação de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e 720 Coordenadora CMS/POA: Enquanto Coordenação do Conselho Municipal de Saúde, a 721 situação dos laboratórios de análises clínicas é pauta constante do Núcleo de Coordenação. 722 Dentro desse levantamento do relatório do TCU nós acompanhamos e fizemos o nosso 723 papel de controle social, não só dentro da plenária, mas sim no Núcleo de Coordenação, 724 tanto que foi designada a área técnica dos laboratórios, os contratos e nós acompanhamos 725 os contratos nas reuniões das comissões da CAC, que é o acompanhamento dos contratos. 726 Pressionamos para organizar e encaminhar sindicância, tanto que foi somente em 727 dezembro, tanto com vários acompanhamentos e pressão que nós realizamos dentro do 728 Núcleo de Coordenação. Então, nós não retiramos a obrigação de Conselho Municipal de 729 Saúde. E eu vejo como encaminhamento, que quando foi apresentado esse relatório do 730 TCU nós também encaminhamos para todas as outras instâncias que foi encaminhado o 731 relatório do grupo de trabalho deste Conselho Municipal de Saúde. Então, já foi 732 encaminhado, assim que recebemos o Relatório do TCU, na mesma semana 733 encaminhamos processo aos demais órgãos de controle externo, o relatório do grupo de 734 trabalho do Conselho de Saúde. O SR. ALBERTO MOURA TERRES – Conselho Regional 735 de Serviço Social: Um encaminhamento. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – 736 Associação de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS/POA: 737 Terres, vou estar agora passando a palavra ao Secretário, que a gente tem que garantir a 738 palavra... Não, não tem mais nada? então, Terres, mas breve, porque tu sempre se 739 estendes mais. O SR. ALBERTO MOURA TERRES – Conselho Regional de S erviço 740 Social: É um controle social, democrático acredito que deve ser democrático. A SRA. 741 MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapia Ocupa cional do Rio Grande do 742 Sul e Coordenadora CMS/POA: Mas temos regramento... O SR. ALBERTO MOURA 743 TERRES – Conselho Regional de Serviço Social: Vou pedir novamente que a 744 Coordenação do Conselho solicite, já foi aprovado na outra plenária, que solicite uma 745 reunião com o Presidente do Tribunal de Contas do Estado, que tem que julgar o relatório 746 do Tribunal de Contas. Então, quero reafirmar a esta Coordenação do Conselho que solicite 747 reunião, não é encaminhamento, é solicitar reunião e que insista na reunião com o 748 Presidente do Tribunal de Contas do Estado. E também uma reunião com a Promotoria aqui 749 da Santana, o Ministério Público, com a Dra. Liliane, que solicitou auditoria. Então, que 750 solicitem... O SR. DANIEL TOLEDO – Tribunal de Contas da União: Gente, com licença. 751 Obrigado, boa noite a todos. O SR. ALBERTO MOURA TERRES – Conselho Regional de 752 Serviço Social: Então, reafirmando o que já foi aprovado nesta Plenária, que é solicitar a 753 reunião, que tenha o acompanhamento da componente do GT das entidades que estavam. 754 Isso foi aprovado lá atrás e não foi efetivado até agora. Portanto, quero reafirmar isto como 755

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encaminhamento. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapi a 756 Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS /POA: Terres, primeiramente, 757 nós somos democráticos, mas a gente tem um regramento dentro do Conselho Municipal de 758 Saúde e eu preciso que tu obedeças, por favor. Nós temos um regramento dentro do 759 Conselho Municipal de Saúde, nós temos 3 minutos para fala e isto é algo que a gente 760 combinou. Nós temos um combinado aqui e peço para tu estares cumprindo. Este é um 761 espaço democrático sim, mas a gente tem que ter respeito com as regras que nós mesmos 762 designamos aqui dentro. Tá? Então, sobre o Tribunal de Contas do Estado nós já 763 solicitamos com o grupo de trabalho aqui mesmo neste Plenário e foi dito que não existe o 764 grupo de trabalho. Então, nós enquanto Núcleo de Coordenação estamos com a pauta dos 765 laboratórios. O Ministério Público do Estado, já estamos encaminhando e o Tribunal de 766 Contas do Estado também já solicitamos. Então, vamos encerrar esta pauta e vamos para o 767 parecer da Secretaria Técnica. A SRA. MARIA LETÍCIA DE OLIVEIRA GARCIA – CDS 768 Glória/Cruzeiro/Cristal: Para a Câmara Municipal também. A SRA. MIRTHA DA ROSA 769 ZENKER – Associação de Terapia Ocupacional do Rio G rande do Sul e Coordenadora 770 CMS/POA: Nós já encaminhamos. Todos os encaminhamento já foram executados. A SRA. 771 MARIA LETÍCIA DE OLIVEIRA GARCIA – CDS Glória/Cruze iro/Cristal: E os demais? A 772 SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapia Ocupacional do Rio 773 Grande do Sul e Coordenadora CMS/POA: Todos já foram encaminhados. A SRA. 774 MARIA LETÍCIA DE OLIVEIRA GARCIA – CDS Glória/Cruze iro/Cristal: E quando vai 775 voltar para o Plenário? A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapi a 776 Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS /POA: Podemos estar 777 informando o Plenário de todos os encaminhamentos que foram dados, o retorno dos 778 encaminhamentos a gente vai dando de informe aqui neste Plenário. A SRA. MARIA 779 LETÍCIA DE OLIVEIRA GARCIA – CDS Glória/Cruzeiro/Cr istal: Vamos marcar uma data 780 para esta plenária. Eu penso que a gente deve encaminhar uma data de retorno desta 781 questão no Conselho, não vamos encerrar sem nenhuma deliberação, senão fica solto. A 782 SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapia Ocupacional do Rio 783 Grande do Sul e Coordenadora CMS/POA: A deliberação quanto aos encaminhamentos, 784 a gente vai estar dando um informe dos retornos para este plenário. A SRA. MARIA 785 LETÍCIA DE OLIVEIRA GARCIA – CDS Glória/Cruzeiro/Cr istal: Marca uma data de 786 retorno. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapi a Ocupacional do 787 Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS/POA: Mas novamente uma data para os 788 laboratórios? Nós vamos definir em reunião do Núcleo e depois... A SRA. MARIA LETÍCIA 789 DE OLIVEIRA GARCIA – CDS Glória/Cruzeiro/Cristal: A definição é aqui, o plenário do 790 Conselho é deliberativo, o Núcleo não é. Sinto muito! A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER 791 – Associação de Terapia Ocupacional do Rio Grande d o Sul e Coordenadora 792 CMS/POA: O Núcleo dentro das suas atribuições... (Manifestações da plenária fora do 793 microfone). Por favor, vamos continuar a pauta, porque temos ainda... A SRA. MARIA 794 LETÍCIA DE OLIVEIRA GARCIA – CDS Glória/Cruzeiro/Cr istal: O Plenário do Conselho é 795 deliberativo. Este Conselho, que fez parte do grupo de trabalho não teve nenhum momento 796 para poder falar, teve os seus 3 minutos cortados, assim como o Terres. Então, nós 797 queremos propor que tenha um prazo para retorno. O Núcleo não é deliberativo. A SRA. 798 MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapia Ocupa cional do Rio Grande do 799 Sul e Coordenadora CMS/POA: Letícia, com licença. Nós estamos em uma plenária, que 800 tem uma rotina, um regramento, que não fui eu que inventei, foi uma rotina que esta 801 plenária tinha feito e os 3 minutos foram consagrados, quando eu nem estava no Conselho 802 Municipal de Saúde. Então, nós enquanto Coordenação da Mesa gostaria de ter respeito no 803 mínimo de estar cumprindo os 3 minutos. (Manifestações da plenária fora do microfone). 804 Posso continuar, Letícia? O SR. ALBERTO MOURA TERRES – Conselho Regional de 805 Serviço Social: Desde que se cumpra o regimento! A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – 806 Associação de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS/POA: 807 Eu posso continuar? A SRA. MARIA LETÍCIA DE OLIVEIRA GARCIA – CDS 808 Glória/Cruzeiro/Cristal: Não. Enquanto a senhora não cumprir o regimento e não fizer a 809

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deliberação proposta a plenária não vai continuar. Nós temos que deliberar... A SRA. 810 MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapia Ocupa cional do Rio Grande do 811 Sul e Coordenadora CMS/POA: Eu posso continuar, Letícia? Eu não estou falando que 812 não vou continuar o encaminhamento. Com licença. Vocês estão desmobilizando o 813 movimento da plenária. (Manifestações da plenária fora do microfone). Por favor, Jussara e 814 sem ficar falando fora do microfone... Jussara Cabeda! Então, a plenária que é soberana 815 está solicitando, e não é a plenária, é uma das conselheiras deste plenário que está 816 solicitando uma data de retorno para este plenário. Então, quero ver... A SRA. MARIA 817 LETÍCIA DE OLIVEIRA GARCIA – CDS Glória/Cruzeiro/Cr istal: Sessenta dias. A SRA. 818 MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapia Ocupa cional do Rio Grande do 819 Sul e Coordenadora CMS/POA: Vamos colocar para maio de 2017, porque já temos 820 quatro pautas designadas. Temos o PAS, o Grupo da Atenção Básica e a Programação do 821 Plano Municipal. Então, vai ficar para maio, mas não vai ser pauta única, porque temos mais 822 pautas. O SR. ALBERTO MOURA TERRES – Conselho Regional de S erviço Social: 823 Tem que colocar em votação para constar em ata. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – 824 Associação de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS/POA: 825 Em votação que aprova que tenha retorno do GT dos Laboratórios em maio de 2017 que 826 levante o seu crachá. Dos encaminhamentos, das deliberações do plenário sobre as 827 análises clínicas. (Contagem de votos: 34 votos favoráveis). Contrários? Abstenções? Cinco 828 abstenções. APROVADO. Retorno sobre análises dos laboratórios, retorno em maio de 829 2017. Agora o parecer da Secretaria Técnica. PARECERES: 01/17 – SMS - Adesão ao 830 incentivo de custeio da Central de Regulação de Con sultas e Exames. Quem está 831 representando é o próprio Secretário. Pode ser, Erno? (Leitura do Parecer nº 01/2017). 832 Alguma consideração do Plenário? Questionamentos? Então, em regime de votação, quem 833 é favorável à habilitação da Central de Regulação de Consultas e Exames levante seu 834 crachá. (Contagem de votos: 37 votos favoráveis). Contrários? Abstenções? Uma 835 abstenção. APROVADA a habilitação da Central de Regulação de Consultas e Exames da 836 Secretaria Municipal de Saúde. Informes, Maria Letícia, 3 minutos. INFORMES. A SRA. 837 MARIA LETÍCIA DE OLIVEIRA GARCIA – CDS Glória/Cruze iro/Cristal: O meu informe é 838 bem rápido. Na semana passada fizemos uma reunião aqui, onde foram apresentados 839 diversos temas relativos a nossa Vigilância em Saúde. Nós tivemos uma bela apresentação 840 do trabalho da Vigilância Sanitária, que é reconhecido por este Conselho ao longo dos anos. 841 Isto nós temos dito, nós temos avaliado isso no nosso relatório de gestão. Inclusive, um dos 842 apontamentos feitos nesse relatório de gestão, especialmente na questão das 843 recomendações ao Prefeito, nós temos observado a falta de servidores na vigilância, 844 inclusive um dos apontamentos foi relativo à questão de constituir, fazer um diagnóstico de 845 recursos humanos, que eu acho que está sendo feito pela gestão. Era a Cristiane que 846 estava a frete disso, não sei se foi concluído ou não. Tá? Mas eu acho que está andando. Aí 847 me causou surpresa, vem aí a minha pergunta, que eu fiquei sabendo que o Guaraci, que é 848 uma das pessoas que compõe o trabalho da vigilância, especialmente o trabalho que foi 849 apresentado de educação popular, foi requisitado pela Secretaria da qual ele é oriundo, que 850 eu acho que é o DMAE, está solicitando o Guaraci de volta. Então, eu queria pedir ao 851 Secretário, à luz de todo esse trabalho que é feito pela vigilância, pelas recomendações que 852 o Conselho tem feito em relação a isso, de manter o Guaraci aqui, até porque é um servidor 853 que vai sair da Saúde para o DMAE, vai voltar ao DMAE, que até onde eu seu é uma 854 entidade superavitária, que tem dinheiro bastante. Então, não sei qual é a falta que vai fazer 855 para o DMAE. Era isso. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapi a 856 Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS /POA: Jussara Cabeda. A 857 SRA. JUSSARA CABEDA – CDS Glória/Cruzeiro/Cristal: A gente quer apresentar a 858 nossa discussão do Conselho Distrital de Saúde ontem, onde a nossa pauta era segurança, 859 lembrando que o próprio Secretário esteve lá quando tratamos do tema, dizendo que não 860 era unicamente o prédio do PACS que tinha que fazer segurança. Então, temos um caso 861 sério, porque foi feita a Av. Tronco e não foi terminada. Ali eles destruíram uma galeria que 862 tinha e atualmente está esfacelada, cada vez que chove alagam as casas. Temos um vídeo, 863

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mas pelo horário não vai dar para passar. As casas estavam com água pela cintura, 864 destruiu tudo que as pessoas tinham em casa. Receberam doação, mas choveu e de novo, 865 alagou tudo. Então, falta à ação da SMOV, de quem tem que fazer. Só que aconteceu uma 866 coisa, o pessoal estava reunido fazendo protesto sobre isso e a Brigada chegou, correu o 867 pessoal, jogando gás lacrimogêneo, inclusive dentro da casa das pessoas. Então, é uma 868 questão que vamos encaminhar na Câmara de Vereadores. Só para dizer que a nossa 869 preocupação com a segurança, terça-feira ficou bem claro, tem um contrato milionário da 870 segurança particular e os seguranças não estão na frente. E no dia que queimaram o 871 ônibus, por acaso a Guarda Municipal que sempre está lá não estava e os seguranças 872 ficaram atrás das portas, não foram para a frente para defender as entradas do prédio. 873 Então, temos que ter segurança nas três entradas que não está tendo. A gerência propôs 874 um trabalho, trabalhar como as pessoas devem agir em um momento de crise, porque o gás 875 lacrimogêneo entrou no prédio também, as pessoas ficaram afogadas lá dentro. Então, a 876 gente tem que fazer toda uma discussão e um plano bem sério sobre a segurança do prédio 877 todo. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapi a Ocupacional do Rio 878 Grande do Sul e Coordenadora CMS/POA: Gilson Nei. O SR. GILSON NEI – CDS 879 Glória/Cruzeiro/Cristal: Boa noite. Eu estou com o ofício da Osmar Freitas, que estavam 880 pedindo um odonto. Custaram muito a fazer a obra, a obra está pronta, só falta o odonto. 881 Esse Osmar Freitas vai atender a Orfanatrófio e a Anita também, só falta o odonto, a sala 882 está pronta. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapi a Ocupacional 883 do Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS/POA: Luiz. O SR. LUIZ AIRTON DA SILVA - 884 CDS Eixo Baltazar: Secretário, é uma demanda antiga, da outra gestão, pediram para eu 885 voltar a falar aqui, que é referente a dois postos de saúde na Eixo Baltazar, que é a UBS 886 Rubem Berta e a Passo das Pedras. Esses dois conselhos locais já encaminharam as suas 887 demandas, que é a falta de profissionais nos postos de saúde, que tem uma vasta área de 888 abrangência, diferente das estratégias. É uma população carente ali e que necessita de 889 uma atenção da secretaria, não fomos contemplados com os médicos naquela região e eu 890 acho que deve estar na visão do Prefeito, porque na campanha ele prometeu postos até às 891 22 horas, foi feito projeto para um dos postos ir até às 22 horas, mas está com carência de 892 profissionais lá. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapi a 893 Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS /POA: Gilmar. O SR. GILMAR 894 CAMPOS – CDS Lomba do Pinheiro: Vai ter um curso no CPCA para os haitianos, e a 895 PUC e a Paróquia Santa Clara que estão dando. É dia 11/03 que inicia o curso, é de 896 português para os haitianos e senegaleses. E vamos ter uma audiência pública, dia 17/03, 897 às 19 horas, a respeito da previdência social. Vai estar neste dia o Henrique Fontana, a 898 Maria do Rosário e fizeram convite para o Ministério Público, encaminharam um documento, 899 que eu achei meio estranho, também para o Seu Alceu Moreira, para ir lá nos dar 900 explicação, mas acho que ele não vai. (Risos da plenária). Eu acho que ele é o relator, né. 901 Então, é dia 17/03. Antes de encerrar quero mostrar como ficou a Panorama. Olha como era 902 antes o nosso posto (slides). O nosso posto era assim, pessoal. Foi uma luta de 10 anos 903 suados e nós temos que acreditar. Eu não estou naquela foto. (Aplausos da plenária). 904 Quero agradecer, quando nós fomos discutir a planilha de obras aqui, Secretário, a gente 905 teve muitos embates. Então, quero agradecer pela compreensão dos conselheiros, que às 906 vezes a gente saiu brabo daqui, arrancando os cabelos, mas aconteceu. Obrigado e está aí 907 a nossa unidade. Uma luta de 10 anos. Só vamos ter que resolver com o Secretário o 908 problema dos funcionários. Obrigado. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação 909 de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coord enadora CMS/POA: Aloysio 910 Schmidt. Não? Patrícia Ribeiro. Hoje é o último dia da Patrícia. A gente está com muito 911 pesar, se a gente pudesse estar articulando outra forma ia estar, mas há regramentos 912 dentro da Prefeitura, ela não venceu, não ganhou a licitação. Então, passo a palavra para a 913 Patrícia. SRA. PATRÍCIA COSTA RIBEIRO – Serviço de Taquigraf ia: Boa noite. Eu 914 resolvi escrever em poucas palavras o que vivi aqui. Infelizmente, hoje venho me despedir e 915 aceitar que é a hora certa de parar e descansar. E aqui uma pequena prestação de contas: 916 de 2013 a 2016 foram 114 atas, aproximadamente 2.830 páginas (de uma média de 25 917

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páginas). Então, infelizmente, hoje venho me despedir e aceitar que é a hora certa de parar 918 e descansar. Há 15 anos estou nos Conselhos Municipais e há 15 anos sem férias. Isto se 919 refletiu nos últimos anos em um esgotamento mental e físico, a ponto de não estar 920 cumprindo satisfatoriamente meu trabalho. Peço que me desculpem por qualquer 921 contratempo ocasionado. Minhas amadas e infinitas atas, que sempre cuidei que fossem o 922 retrato fiel de todas as plenárias. Este é o sentido da taquigrafia, dar vida e transparência às 923 letras frias de um simples papel. Vocês receberão uma competente empresa para o próximo 924 ano, estarão bem atendidos, com bons profissionais, mas jamais com o amor e carinho que 925 tenho. Levo comigo cada um de vocês, desde aqueles que apenas troquei sorrisos, um 926 simples “boa noite”, até aqueles que se tornaram parte da minha vida pessoal. O Conselho 927 de Saúde foi uma escola, aqui compreendi que o SUS não é apenas o postinho de saúde do 928 bairro. O SUS come e dorme dentro dos nossos lares, está em tudo, por isso a importância 929 de lutar por ele. Uma das regras de um bom profissional é não se envolver, mas não sou 930 uma máquina, taquigrafo com o coração. Eu me envolvi com cada história deste Conselho. 931 É a faculdade de vida da Dja e de tantos outros que dão aula para muitos doutores. Foi a 932 paz nas meditações da Mirtha. Foi meu grito de alegria contido junto com o Gilmar na 933 comunicação de recebimento do seu raio-x. Foi o sentimento de amor do Seu Citolin pelo 934 Conceição. É o choro da Maria Letícia trancado na minha garganta, choro que me toca a 935 alma, porque é o choro dos brasileiros, da mágoa, da revolta, da vontade de mudar este 936 quadro em que se encontra o nosso país. Choro este que não contive na perda do nosso 937 querido Conselheiro Paulo Goulart. Então, não teve como não amar este Conselho e as 938 engrenagens de tudo isto, que é o Anderson, a Joana, o Brígido, as carinhosas estagiárias e 939 a sábia Heloísa. Este foi o meu nível de concentração e atenção em vocês, como uma 940 grande carga de energia recebida e sentida de cada um. Deixo minha gratidão ao Conselho 941 Municipal de Saúde. Vocês sempre dizem: “Viva ao SUS!” Mas o “viva” é a cada um de 942 vocês que estão aqui. (Aplausos da plenária). A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – 943 Associação de Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordenadora CMS/POA: 944 Pessoal, ainda não encerrou. Agradeço, Patrícia, do fundo do coração, foi um momento 945 bem importante tu participares da festa de encerramento do Conselho Municipal de Saúde. 946 a gente aprendeu a gostar de ti, assim como tu conheces a gente, como falaste, a gente 947 também já te conhecia quando chegavas. Então, muito obrigada, eu agradeço e que a gente 948 possa ter um retorno em breve para este conselho, que a gente possa continuar o trabalho 949 em conjunto. Erno. O SR. ERNO HARZHEIM – Secretário Municipal de Saúde e 950 Coordenador Adjunto do CMS/POA: Eu vou responder primeiro aos informes de vocês, 951 porque depois tenho alguns da Secretaria. Maria Letícia, eu já recebi esta solicitação, a 952 gente está tentando reverter, tá? O pessoal da Vigilância já me informou e tal, eu sei o que 953 ele faz lá. Não estou prometendo nada, eu vou ver o que conseguimos fazer. A questão da 954 segurança, a gente vai ter uma reunião com o Secretário quanto às obras agora, não é, 955 Jussara? E eu tenho certeza que uma obra inacabada acarreta mais problemas de 956 segurança, como tu te referiste agora. Uma via expressa daquelas pode melhorar o fluxo na 957 região e tal, ajudar no desenvolvimento local. Além disso, essa pauta com o Sabino, só para 958 informar vocês, tem a ver com um melhor cuidado das nossas unidades básicas por parte 959 do serviço, sob o guarda-chuva da Secretaria do Sabino. A gente cortou a grama da 960 unidade lá da Restinga... Ajuda, Djanira... No Núcleo Esperança. Nós visitamos a 961 Orfanatrófio na sexta para colocar a câmara fria de vacinas. Estava toda suja em volta, a 962 grama estava alta também. A gente cortou, falei com o enfermeiro, ele disse que já tinha 963 solicitado várias vezes. Então, não depende eu saber que a grama está grande para ser 964 cortada, né. Se eu tiver que mandar cortar grama alguma coisa está errada. Vocês 965 concordam, né. Então, esta matéria está descentralizada nos territórios, tudo bem, quando 966 eu vou a uma unidade tento implementar a melhoria que é possível e imediata, mas isso 967 não pode ser assim. Eu não estou falando que a gente cortou a grama de todas as unidades 968 como se fosse uma vantagem, não, foi mais uma demonstração de que a gente tem que 969 melhorar as unidades. E quando a capina passa na rua não entra na unidade, é um 970 equipamento público. Então, quando passar a capina entra no terreno da unidade, né, 971

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porque é nosso. A gente não tem uma resposta imediata para o odonto, tá, Gilson? Lá na 972 Osmar Freitas. A gente chamou uma odontologista no chamamento da semana passada, 973 saiu no DOPA de hoje a lista dos candidatos que a gente falou na semana passada. Está 974 aqui já, agora vamos torcer para que todos venham se apresentar, tragam a documentação 975 e depois sejam contratados. (Manifestações da plenária fora do microfone). A SRA. 976 MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de Terapia Ocupa cional do Rio Grande do 977 Sul e Coordenadora CMS/POA: Jussara, não dá para falar fora do microfone, não dá, é 978 assim! O SR. ERNO HARZHEIM – Secretário Municipal de Saúde e Coordenador 979 Adjunto do CMS/POA: Eu não tenho resposta para ti agora, porque não tem cadeira na 980 Castelo, a gente tem que ver o que pode fazer ali. A Rubem Berta e Passo das Pedras, tem 981 processo para chamar profissionais, mas isso não significa grande coisa, né. Eu não vou 982 dar respostas burocráticas a vocês, como eu prometi no primeiro dia. A gente não tem 983 nenhuma capacidade no momento de estar repondo profissionais via chamamento de 984 concurso de servidor, com exceção de condições que melhorem a relação econômica que a 985 gente está neste momento. Nós estamos chamando 12 pediatras para trabalhar nos três 986 prontos atendimentos próprios aqui da Prefeitura. Eu nem tinha comentado isso com vocês, 987 aproveito para já fazer este informe, que a gente está trocando uma terceirizada. Viu, 988 Terres, por servidor. (Aplausos da plenária). A Lomba, o PACS e a Bom Jesus. É mais caro 989 a gente ter o emergencial, essa terceirizada, onde tem que chamar o pediatra, né. Então, é 990 uma vantagem econômica a gente chamar o servidor nesse problema. Vocês vão reclamar 991 de mim, vão falar e falar que eu falo na questão econômica. É o ônus e o bônus, a gente 992 tem que pagar o ônus, eu não vou empurrar o ônus. Essa vai ser uma diferença. Seria muito 993 fácil eu pegar a minha barriga, diminuindo um pouco desde que eu assumi, mas ela era bem 994 mais graúda, que bom que está diminuindo, porque a gente poderia empurrar o ônus, é bem 995 fácil, é só continuar fazendo contrato desse jeito que a gente empurra o ônus, nós não 996 vamos empurrar o ônus, a gente vai quitar o ônus, porque o ônus e não sei se é quitável, 997 talvez seja, mas pode melhorar um pouco, né, pode voltar a crescer com a arrecadação, 998 aumenta a arrecadação do Tesouro. Isso é uma coisa que a gente não pode fazer – Ah, 999 não, vamos aceitar isso, vamos entrar em outra situação de risco e criar mais um ônus para 1000 a Secretaria Municipal de Saúde, porque a gente tem certeza que a gente vai arrecadar 1001 mais no ano que vem. Isso eu não vou fazer. Então, é começar a quitar o ônus. A 1002 Panorama, meus parabéns! Vamos ver se vai ser lá, é uma boa opção para as 22 horas, 1003 mas nós não estamos com isso definido ainda. A gente visita uma unidade por semana, o 1004 Gabinete, fomos na Orfanatrófio na semana passada, na outra o Alto EMBRATEL, já fomos 1005 na Osmar Freitas. Nas duas primeiras semanas não fomos a lugar nenhum, ficamos 1006 trancados aqui tentando entender um pouco o funcionamento da casa, mas vamos no 1007 Guarujá amanhã, porque tem aquela questão de extrema violência no Morro do Sargentos, 1008 talvez um deslocamento temporário da equipe do Morro dos Sargentos para o Guarujá. A 1009 gente vai lá conversar com as pessoas para encaminhar uma solução, ver as posturas 1010 diferentes entre o Conselho Local e o Conselho Distrital. Então, vamos ver no que a gente 1011 evolui nessa questão. O que ficou pendente? Os meus próprios informes. Eu já falei um, 1012 que é a questão do DOPA e das contratações. Eu comentei a questão do GT de Saúde 1013 Mental na minha outra manifestação. Nós estamos trabalhando para apresentar a vocês 1014 uma nova política de saúde mental. Então, a gente teve, eu acho que uma conversa com 1015 bastante consonância, mas o que eu pedi para a gente elaborar é um detalhamento maior, 1016 que talvez caiba mais no plano municipal de saúde do que na política, mas mesmo na 1017 política algum detalhamento para a gente ter as ações mais concretas, e aí a gente não é 1018 apontado por não ter como medir as coisas. Isso é responsabilidade dos servidores também 1019 e não só do gestor. No momento em que a gente desenha uma política, tem um GT com a 1020 participação do Conselho e dos servidores, que não envolve diretamente o gestor, esse GT, 1021 essa política tem que dar condições de medir o que ela faz, porque se ela é texto, ela vira 1022 uma contratação de texto e depois vem o TCU e diz que a gente não consegue contar as 1023 coisas. Eu já disse isso também, fazer uma análise indicativa dos processos não é o 1024 suficiente, mas é completamente essencial, tem que ser o primeiro passo. Se a gente não 1025

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tem uma avaliação quantitativa do que a gente vai fazer, seja uma política, seja uma 1026 contratação, o que a gente coloca de subjetivo e qualitativo em cima, não tem nenhum 1027 valor, porque a gente não consegue contar quando aparecer o problema. É aí que dá relato 1028 – Ah, não, mas eu fiz; mas me disseram; eu contei, estava bonito, estava feio. Em algum 1029 momento tem que colocar um pauzinho em cima do outro, tem que ter número, inclusive da 1030 saúde mental. Indo para a saúde mental, o atendimento das crianças e adolescentes no 1031 PACS, problema de 8 anos, né. Quando me colocaram ele, a gente ficou com a impressão 1032 que o troço estava acontecendo há 6 meses, né, mas não, tinha 8 anos. A gente começa o 1033 processo de qualificação entre os dois plantões em março, junto com a equipe de psiquiatria 1034 do Presidente Vargas. Março é amanhã, né, é semana que vem, Carnaval, é março. Tem 6 1035 dias uteis até chegar a março. E tem gente de férias, né, todo mundo reconhece essas 1036 questões. Em março a gente tem 4 leitos para crianças de 6 a 12 anos do HPV, que não 1037 tínhamos, para dois meninos e duas meninas. Então, já é um acréscimo. São 4 leitos para 1038 meninas de 14 a 17 anos e o resto dos leitos a gente está trabalhando, pelo menos a gente 1039 está trabalhando, não temos nenhuma resposta neste momento. É em março, tudo a partir 1040 de março. A regulação clínica que a gente comentou que quando indicar internação vai ter 1041 que discutir com a psiquiatria infantil do HPV para ver se está indicada. Eu também disse 1042 isso na minha manifestação, a gente cria demandas que não são reais, daí a gente não 1043 consegue dar conta de todas, só se a gente conseguir criar as demandas de maneira mais 1044 adequada, talvez os recursos que a gente tem não sejam tão insuficientes o quanto 1045 parecem, né. Então, isso nem começa em marca, não 24 horas, tá? Porque não tem essa 1046 cobertura do HPV, mas tem um horário bastante ampliado. Durante o horário comercial sim. 1047 Então, se chegar uma criança lá a meia noite nós vai ter com quem falar até de manhã. Se 1048 a criança está com indicação de internação, também tem algum procedimento que vai se 1049 fazendo até passarem-se as horas, até conseguir fazer a discussão, aí faz a discussão do 1050 horário. Se a gente conseguir expandir isso melhor. Uma coisa casa com a outra, para ter 1051 mais leitos lá significa ter mais psiquiatria lá, com mais psiquiatria lá aumenta a regulação, 1052 mas a gente não consegue resolver o problema de 8 anos em 46 dias. E a última, nós 1053 recebemos a família do Paulo na sexta-feira seguinte, após a bonita explanação que vocês 1054 fizeram aqui. Foi o irmão e a esposa dele ao Gabinete, conversamos, expomos todo o 1055 detalhamento do processo administrativo e indicamos o ponto que eles têm que abordar em 1056 relação ao processo administrativo para tentar rever a questão da pensão dela. Também 1057 nos colocamos à disposição deles, qualquer dúvida que tenham para a gente poder ajudar. 1058 Isso está na SMA, tem que pegar o processo na SMA, a gente não pode fazer interferência 1059 nisso, porque pode ser mais prejudicial do que benéfico. Se eu cometo um ato que não é 1060 legitimo da minha parte nesse processo, isso prejudica o andamento administrativo. Então, 1061 eles foram bem orientados, falamos de como devem fazer as coisas, demos sugestões, 1062 entregamos o estatuto do servidor, apontando claramente os pontos que eles podem 1063 trabalhar. Talvez eles falem com vocês, procurem um advogado. Achamos que é 1064 interessante conversar com um advogado, porque nas coisas burocráticas todo mundo se 1065 perde. Então, o que a gente pode fazer a gente fez e continuamos à disposição. Era isto, 1066 muito obrigado. Boa noite a todos. A SRA. MIRTHA DA ROSA ZENKER – Associação de 1067 Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul e Coordena dora CMS/POA: Pessoal, eu 1068 preciso dar só um informe sobre o Plano Municipal de Saúde. Foi discutido em várias 1069 gerências distritais. O Núcleo participou de todos até este momento. Então, foi organizado 1070 dentro do Núcleo de Coordenação que vai ser entregue pela gestão o plano até o final de 1071 fevereiro, com o plano pronto vamos discutir nos conselhos distritais e nas comissões do 1072 Conselho Municipal de Saúde. Então, em março de 2017 vai retornar com as propostas e 1073 demandas dos conselhos distritais e das comissões para a primeira plenária de abril. Então, 1074 este era o encaminhamento. Houve reuniões da Conferência Municipal da Saúde da Mulher, 1075 a próxima reunião da comissão temática é segunda-feira, às 16 horas e da comissão 1076 organizadora vai ser às 18 horas. Nós estamos acordando que a gente possa estar 1077 fechando a nominata da organização até quarta-feira para encaminhar ao DOPA. Tá, 1078 Secretário? Tem que encaminhar. Encerramos a plenária, mas antes eu gostaria de estar 1079

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frisando enquanto Coordenadora eleita deste Conselho Municipal de Saúde com alguns 1080 conselheiros, porque eu respeito a todos aqui, a todos, eu dou a palavra a todos, só que eu 1081 também gostaria de ter este respeito desta plenária para comigo enquanto coordenadora do 1082 Conselho Municipal de Saúde, eleita por este conselho. Muito obrigada. A SRA. MARIA 1083 LETÍCIA DE OLIVEIRA GARCIA – CDS Glória/Cruzeiro/Cr istal: É só respeitar o 1084 regimento, respeito a gente conquista, a gente não obriga a ter. (Falas concomitantes em 1085 plenária). Encerram-se os trabalhos do plenário às 21h15min. 1086

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1088 MIRTHA DA ROSA ZENKER DJANIRA C ORRÊA DA CONCEIÇÃO 1089 Coordenadora do CMS/POA Vice – C oordenadora do CMS/POA 1090 1091 1092

ATA APROVADA NA REUNIÃO PLENÁRIA DO DIA 22/06/2017 1093