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Revista sobre cães e lobos propriedade do Centro Canino Vale de Lobos
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Outubro | Novembro ! Dezembro
2014
… e donos responsáveis!
Departamento de Formação do:
Características do Curso
Objectivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre Criação Canina, todos os criadores, ou que pretendam vir a sê-lo, na medida em que, este Curso abarca toda esta temática, desde os conceitos de Genética Canina até à entrega do cachorro ao futuro dono.
Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: +/- 6 meses ou 500 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do formando). A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Criadores Caninos que sintam algumas lacunas no seu conhecimento acerca dos Temas propostos no mesmo. É igualmente dirigido a todos aqueles que pretendam iniciar esta apaixonante e nobre atividade que é a Cria-ção Canina. Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de Criação Canina. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, Criar cães, uma vez que está na posse de formação técnica e científica específica necessária para o fazer.
Estrutura Programática (Resumida)
Tema 1 - A Genética Canina Tema 2 - O Período Reprodutivo Tema 3 - A Reprodução Tema 4 - A Gestação Tema 5 - A Patologia da Reprodução Tema 6 - A Alimentação da Cadela gestante Tema 7 - O Parto Tema 8 - A Amamentação Tema 9 - O Desmame Tema 10 - Primeiras etapas do desenvolvimento do Cachorro Tema 11 - Enfermidades do Período neonatal Tema 12 - O Crescimento do cachorro Tema 13 - Desparasitação e Vacinação dos Cachorros Tema 14 - A entrega dos Cachorros Tema 15 - Identificação e Registo dos Cachorros
Curso destinado a todos os criadores, ou potenciais criadores caninos.
http://formacaoccvl.weebly.com/curso-de-psicologia-canina.html
Formamos:
Profissionais competentes...
É tudo novo!
Findo o verão é altura de renovação e nós também aproveitá-
mos este momento para fazermos uma revista toda nova, só
ficou o nome. Design do título, o layout, a forma de inserir as
fotos e os artigos, os espaços livres que foram criados para tor-
nar a revista mais leve e mais atrativa, etc., tudo foi repensado
e alterado. Ficou melhor? Os nossos leitores o dirão.
Depois dos mais de 10.000 leitores que nos deram a honra de
perder algum tempo a ler-nos no número anterior da revista,
com este pretendemos ir bastante mais além, temos a cons-
ciência que trabalhámos arduamente para o conseguir.
Agradecemos a todos os colaboradores que, de forma total-
mente graciosa aceitaram o desafio de partilhar as suas ideias
e opiniões connosco e com os leitores, reconhecemos que é
preciso alguma coragem, mas é de pessoas com essa fibra que
nós e o universo canino necessitam.
Queríamos relembrar que todos os conteúdos foram produzi-
dos por formados e formandos dos cursos de formação canina
que o CCVL - Academia disponibiliza. Essa é uma condição que
nos orgulhamos de manter desde o primeiro número.
Boas leituras e até Janeiro 2015
A Redação
Navegue connosco nas ondas da web
Centro Canino de Vale de Lobos
www.ccvlonline.com
Departamento de Formação do CCVL
http://formacaoccvl.weebly.com
Departamento de Divulgação do CCVL
Blogue: http://comportamento-canino.blospot.com
Fórum: http://comportamento-canino.forumotion.net
www.facebook.com/ccvlobos
Revista Cães & Lobos
www.facebook.com/
revistacaeselobos
2
Apresentação ao cão de um novo
membro da família
(Vanda Botelho)
7, 11 e 15
Homenagem à Dra. Sophia Yin
(Andreia Lauro)
10
Sensiência Animal
(Karin Medeiros)
13
A importância do exercício no com-
portamento canino
(Sílvio Pereira)
17
Terapia Bowen para cães
(Maria do Céu Martins)
21
Será o Halti uma boa ferramenta
de trabalho?
(Francisco Barata)
27
Cão. Um amigo para sempre
(Ricardo Duarte)
30
Higiene oral dos cães (Ricardo Duarte)
33
Livro recomendado
(Inês Pereira)
35
Enriquecimento ambiental para
cães
(Vanda Botelho)
45
Será que eles sentem culpa?
(Sílvio Pereira)
47
A importância do Microchip
(Ricardo Duarte)
48
Ser voluntário
(Nídia Rodrigues)
50 - Espaço Lobo
56 - Espaço “Adestramento
Positivo Project”
Apresentação ao cão
de um novo membro
da família
Autoria: Vanda Botelho da
A chegada de um bebé tem como consequência várias
mudanças no seio familiar, influenciando não só, a
rotina diária da família como também, a interacção
entre a família e o cão! Novos Barulhos, odores, e
novos horários poderão influenciar o comportamento
do cão de uma forma negativa. Para evitar que surjam
comportamentos não desejados por parte do cão, é da
responsabilidade dos seus proprietários prepará-lo
para as mudanças que se avizinham.
O período ideal para a preparação do cão é ainda
durante a gravidez, é exactamente nesta fase em que
a família em conjunto, deverá elaborar um plano de
acção e colocá-lo em prática. Caso o cão demonstre
sinais e sintomas típicos de algum problema compor-
tamental ainda não resolvido, durante estes nove
meses essa será uma das prioridades! O tempo de
gestação será mais que suficiente para resolvê-lo ou
atenuá-lo. Porém, a família deverá ter consciência de
que problemas comportamentais já instalados, exigem
sempre a orientação de um com um profissional da
área do adestramento e comportamento canino, auxi-
liando em todo o processo de alteração comportamen-
tal.
Investir tempo num plano de preparação do cão e num
plano de apresentação do bebé ao cão, fundamental
para construir uma base sólida que será um forte alicer-
ce para uma relação saudável e duradoura entre o cão e
a criança, prevenindo a ocorrência de incidentes graves
que tão frequentemente são relatados através da
imprensa.
Antecipe as mudanças
Com a chegada do novo membro irá ser estabelecida
uma nova rotina e horários logo, é fundamental criar con-
dições semelhantes antes do bebé vir para casa. Desta
forma, o cão irá adaptar-se gradualmente a uma nova
rotina, evitando alterações bruscas que normalmente se
associam a alterações comportamentais consideráveis.
A chegada de um novo membro poderá alterar a estrutu-
ra da matilha (família humana), reduzir gradualmente a
atenção disponibilizada ao cão bem como, delimitar as
áreas da casa a que este não terá acesso antes da che-
gada do novo membro, permite que o cão se adapte pro-
gressivamente às novas alterações sem as associar à
presença do bebé, sentindo que a sua posição como
membro da matilha continua garantida. O facto de redu-
zir a atenção disponibilizada ao cão, obrigará a alternati-
vas para auxiliar nos períodos de tempo em que o cão
ficará sozinho. Recorrer a brinquedos interactivos estimu-
lando-o cognitivamente poderá ser uma das opções.
Outra opção poderá ser o aumento da intensidade de
desgaste físico durante os passeios diários, aumentando
o ritmo de caminhada no passeio ou recorrendo ao jogo
do “busca” de forma mais intensa.
Apresente o odor do bebé
Com o bebé ainda na maternidade, é importante que
sejam levadas para casa algumas roupinhas usadas do
bebé. A apresentação do odor do bebé deve ser feita por
um dos donos do cão. Ao contrário do que se possa pen-
sar habitualmente, devemos inicialmente, evitar que o
cão entre em contacto directo com os objectos impregna-
dos com o odor a apresentar, o cão deverá senti-lo à dis-
tância, sem tocar!
Apresentação ao cão de um novo membro da família | por Vanda Botelho
Pois se associarmos o odor do bebé a uma brincadeira
com contacto físico, corremos o risco que o cão associe o
bebé a um brinquedo, ao qual ele terá permissão para
tocar e empurrar em qualquer altura. A apresentação do
objecto deve ser feita na mão do dono permitindo ao cão
sentir o seu odor à distância, podendo aproximar-se até
uma distância que o dono considere segura. Caso o cão
insista em aproximar-se ou “abocanhar” o objecto, o dono
deverá repreender e criar um limite. Sempre que o cão
respeitar o limite imposto pelo dono, deverá ser recom-
pensado com um biscoito. Desta forma, estamos não só a
mostrar ao cão que se exceder o limite ocorre algo desa-
gradável mas também, que se respeitar este limite algo
de agradável ocorre.
Este exercício deverá ser repetido sempre que o dono se
deslocar a casa antes de trazer definitivamente o bebé,
ou antes de fazer a apresentação real do bebé ao cão.
A chegada do bebé
Ao chegar a casa da maternidade, o ideal é agir com natu-
ralidade sem demonstrar demasiada alegria ou ansieda-
de. Para a apresentação do bebé, escolha uma hora em
que o cão esteja mais calmo e relaxado, poderá ser a
seguir a um passeio longo, ou uma sessão de brincadeira
intensa com os donos. Caso tenha mais que um cão, faça
a apresentação individual, pois será mais fácil controlar
um só cão do que vários simultaneamente. É frequente
que os cães estranhem o choro do bebé, mostrando curio-
sidade, tentando aproximar-se e elevando-se para tentar
chegar ao bebé ao colo dos donos. Não permita que o cão
salte para cima de quem tem o bebé ao colo, repreenda e
estabeleça um limite de aproximação, assim que o cão
respeitar os limites estabelecidos, recompense-o com
uma guloseima ou festa.
A recompensa deverá ser fornecida ao cão sempre que
este demonstrar um comportamento calmo na presença
do bebé e sempre que demonstre alguma curiosidade
Apresentação ao cão de um novo membro da família | por Vanda Botelho
curiosidade usando o nariz para sentir o odor do bebé,
respeitando a distância de segurança. Porque alguns cães
ficam desconfiados e estranham o choro da criança e
seus movimentos, evite sempre o contacto directo do foci-
nho do cão com o bebé. A aproximação deve ser gradual,
de acordo com o comportamento do cão face ao bebé, e
sempre supervisionado por um adulto consciente das
regras e limites estabelecidos pelos pais do bebé.
As visitas em casa
Nestas primeiras semanas irá com certeza ter mais visitas
em casa do que o habitual, o que poderá deixar o seu cão
mais nervoso e ansioso. Para que o cão não associe estes
comportamentos de nervosismo e excitação ao bebé ou
às visitas, deverá instruir as suas visitas para ignorarem
inicialmente o comportamento do cão caso se encontre
num estado mais excitado e nervoso, e só deverão dar
uma guloseima ou festa quando o cão se acalmar. Se as
visitas não pretenderem dar atenção ao cão quando este
se acalma, deverá ser o dono a fazê-lo, para que o cão
sinta que a presença das visitas e do bebé não significa
ser completamente ignorado, sendo mesmo recompensa-
do quando demonstra um comportamento calmo e rela-
xado. Caso o comportamento de excitação seja demasia-
do intenso, poderá colocar uma trela para o controlar
melhor, usando repreensões para que o cão entenda que
um comportamento extremamente excitado não é de
todo aceitável, mas lembre-se sempre que assim que o
cão demonstrar o comportamento desejado deverá ser
recompensado com uma guloseima.
Dividir a atenção entre o cão e o bebé
Sempre que estiver ocupado a tratar do bebé ou simples-
mente a dar-lhe alguma atenção extra, lembre-se de
manter o seu cão também ocupado com algo. Antes de
iniciar a muda da fralda, ou a brincadeira com o bebé, dê
um brinquedo ao seu cão, um brinquedo interactivo com
guloseimas no interior ou ossos para roer. Para além de
estar ocupado, não incomodará os donos evitando
repreensões na presença do bebé. Desta forma, o cão
associará algo de positivo à presença do bebé sem que
tenha necessariamente de estar em contacto directo
com o bebé ou os donos.
O quarto do bebé
Estabeleça desde o início limites em relação ao quarto do
bebé. O cão não deverá ter acesso permanente a este
local, deverá criar um limite à entrada do quarto pois,
este é um local onde o bebé poderá no futuro estar a
brincar no chão, caso o cão tenha acesso permanente a
esta divisão, poderá ter contacto directo com o seu filho
sem supervisão de um adulto o que poderá também con-
duzir a incidentes desagradáveis. Crie uma rotina de
comportamentos ou seja, o seu cão deverá habituar-se a
manter-se à porta do quarto e somente entrar quando o
dono chamar. Inicialmente, poderá usar um gradeamento
de protecção para bloquear a entrada no quarto do bebé.
Repita o exercício de espera à porta do quarto várias ve-
Apresentação ao cão de um novo membro da família | por Vanda Botelho
zes durante o dia, recompensando o cão sempre que ele
demonstrar o comportamento desejado. Poderá iniciar
este exercício mesmo antes do nascimento do bebé.
Criança, família e cães
Com o passar dos anos a confiança vai aumentando e a
aproximação pode ser maior. A convivência entre cães e
crianças é muito benéfica para ambos, pode e deve ser
incentivada! Porém, mesmo que o seu cão seja dócil e
calmo, as brincadeiras entre os seus filhos e o cão devem
ser sempre supervisionadas por um adulto responsável.
Lembre-se que o cão não deve ser esquecido nunca! Os
seus passeios, as brincadeiras com a família ou entre um
dos donos, devem continuar a existir!
Os limites que estabeleceu inicialmente também devem
manter-se. Muitas vezes, na tentativa de “compensar” o
tempo que se passa longe do cão, o dono permite que cão
faça o que quiser... E isso nunca deverá acontecer!
Supervisione sempre a interacção
Uma criança em crescimento terá vontade de explorar
tudo o que a rodeia. É importante que os pais mantenham
uma supervisão constante, e acima de tudo, ensinem a
criança a lidar e a cumprimentar cães em geral. Agarrar e
puxar as orelhas e a cauda, saltar para cima do cão, colo-
car as mão no interior da boca e nariz, poderá ser bastan-
te desagradável para alguns cães e poderão responder
com um comportamento um pouco mais agressivo do que
o habitual. A criança não saberá ler estes sinais de aviso!
Será da responsabilidade do adulto repreender a criança
quando esta demonstra atitudes que possam conduzir a
uma potencial agressão por parte do cão.
Apresentação ao cão de um novo membro da família | por Vanda Botelho
A CRIANÇA DE VERÁ SER ENSINADA A:
CUMPRIMENTAR O CÃO ADEQUADAMENTE: SEM GRITOS,
SEM CORRERIAS OU GESTOS BRUSCOS;
RESPEITAR O ESPAÇO DO CÃO: EVITANDO ACORDÁ-LO,
INCOMODÁ-LO QUANDO ESTE DESCANSA NA CASOTA,
NÃO MEXENDO NO COMEDOURO QUANDO ESTE COME,
EVITANDO RETIRAR O BRINQUEDO DA BOCA SEM QUE O
COMADO “LARGA” TENHA SIDO PREVIAMENTE ENSINA-
DO AO CÃO;
RESPEITAR O CÃO COMO SER VIVO; EVITANDO INFLIGIR-
LHE DOR ATRAVÉS DOS PUXÕES DE ORELHAS E CAU-
DAS, EVITANDO PEQUENOS TOQUES REPETITIVOS OU
QUALQUER OUTRA ATITUDE QUE PODERÁ MAGOAR O
CÃO;
Homenagem à Dra. Sophia Yin falecida no mês de Setembro 2014 | traduzido por Andreia Lauro
Autoria: Karin Medeiros da
Senciência animal é a capacidade de os animais sentirem
sensações e emoções como dor, medo, prazer, alegria e
stress. O estudo da senciência animal é recente, mas tem
ganho relevância, influenciando os hábitos de consumo e
comportamento das sociedades.
Um grupo de neurocientistas canadenses, chefiados pelo
doutro Philip Low, comprovou cientificamente a
senciência dos animais através de estudos comparados
entre o cérebro humano e o de animais. Ao concluir a
pesquisa, dr. Philip subscreveu um manifesto ao mundo
científico sobre a comprovação de que os animais
possuem consciência, tal como nós.
O estudo da senciência inicialmente atingia os animais de
trabalho e de consumo, mas hoje em dia abrange todos
os animais, selvagens, domésticos e até mesmo os
invertebrados. O objetivo da senciência é procurar
alternativas para elevar o bem estar e qualidade de vida
dos animais, através da conscientização da
responsabilidade do homem no que diz respeito a
exploração e ao seu tratamento.
No caso dos animais de trabalho e de consumo, são
estudadas formas de criação e manejo que não causem
stress nem dor aos animais, incentivando os governos a
procurar sistemas produtivos alternativos.
A caça comercial de animais também é vista com maus
olhos, levando países a optar pelo lucrativo e educativo
turismo de observação, como no caso das baleias.
Sensiência Animal | por Karin Medeiros
No âmbito dos animais domésticos, a senciência vem
ajudando a consciencializar sobre a posse responsável,
através de campanhas de esterilização e de vacinação,
reduzindo os casos de abandono e maus tratos.
No futuro pode ser que a senciência nos leve a não
termos mais animais domésticos, mas enquanto isso não
acontece, devemos nos preocupar com o seu bem estar,
já que dependem exclusivamente de nossos cuidados.
Com o crescente número de cães e gatos nos grandes
centros, crescentes também são os problemas de
comportamento consequentes da falta de manejo
adequado e da humanização dos animais. Sabendo-se
então, que o animal doméstico pode sofrer de doenças
psicológicas, é fundamental que as pessoas aprendam
sobre sua natureza, sua forma de comunicação e
estrutura social para tentar minimizar os efeitos da
domesticação, permitindo que eles realizem seus
instintos ao invés de reprimi-los por achar que são
inadequados ao seu ambiente e convivência.
O adestramento pode fazer parte desse processo
auxiliando as pessoas a criar hábitos de convivência mais
adequados aos animais, levando em consideração suas
emoções e sensações, ao invés de acharem que os
animais precisam “entender” e se adaptar ao estilo de
vida humano.
Sensiência Animal | por Karin Medeiros
Homenagem à Dra. Sophia Yin falecida no mês de Setembro 2014 | traduzido por Andreia Lauro
A importância do
exercício no
comportamento
canino
Autoria: Sílvio Pereira
do
“Um cão cansado é um cão bem
comportado!”
Isto tem sido dito de forma intuitiva ao longo dos anos,
mas existe uma base fisiológica que confirma esta afirma-
ção.
A investigação mostra que a estimulação física exerce
uma influência terapêutica significativa na fisiologia do
cão (Lindsey 2000). O exercício físico estimula a produção
de serotonina, noradrenalina e certas endorfinas
(hormonas do prazer e bem-estar), o que explica porque é
que a estimulação física tema a capacidade de alterar o
humor de forma tão significativa. O exercício estimula a
libertação de noradrenalina e de várias hormonas do eixo
hipotalâmico-pituitário-adrenocortical (HPA), como são os
casos das hormonas betaendorfinas, a hormona adreno-
corticotrófica e o cortisol (Lindsey 2000). O exercício breve
e explosivo pode exercer uma influência stressante negati-
vo sobre o corpo enquanto que a estimulação física mais
moderada e de maior duração produz os efeitos benéficos
mencionados anteriormente.
A importância do exercício no comportamento canino | por Sílvio Pereira
Numa prova de força com cães os investigadores chega-
ram à conclusão que o exercício agudo tende a gerar
angustia nos animais e a reduzir a quantidade de noradre-
nalina, provocando, em alguns casos, indefesa aprendida
(decisão de não se defender). Concluíram também que o
exercício regular favorece a actividade noradrenégica e
aumenta as quantidades de noradrenalina armazenadas
em diferentes partes do cérebro e de serotonina na amíg-
dala central (Lindsey 2000). Parece então existir uma
base fisiológica que apoia o uso da estimulação física
regular em caso de cães que sofrem de stress, ansiedade,
reactividade ou agressividade. Lindsey descreve o seu uso
da seguinte maneira:
“A descoberta que o exercício favorece a actividade
serotonérgica é importante para o uso do exercício no
controlo de problemas comportamentais relacionados
com o stress. Dentro da neuroeconomia do cérebro, a
serotonina joga um importante papel moderador sobre
o stress e o controlo de comportamentos impulsivos
indesejáveis. Dey e seus colegas (1992) apresentaram
um prometedor estudo que fundamenta que a relação
funcional entre a produção de serotonina e o exercício
ao demonstrar uma alteração significativa da activida-
de serotonérgica central em cobaias expostas a um
exercício regular. Chegou-se à conclusão que o exercí-
cio regular gerava um incremento sustentável e mar-
cado do metabolismo da serotonina em várias áreas
do cérebro, incluído o córtex cerebral. Os autores
sugerem que o córtex é provavelmente o lugar do sis-
tema nervoso que medeia os exercícios benéficos do
exercício sobre a depressão. Os estudos mencionados
anteriormente corroboram a hipótese de que o exercí-
cio, especialmente o exercício diário e a longo prazo,
tem em potência efeitos benéficos sobre a neuroeco-
nomia do cão…
Genericamente, a resposta ao exercício dos subtipos
receptores da serotonina foi muito similar aos efeitos
produzidos por antidepressivos tricíclicos” (Lindsey
2000)
Homenagem à Dra. Sophia Yin falecida no mês de Setembro 2014 | traduzido por Andreia Lauro
Autoria: Maria do Céu Martins da
A Terapia Bowen é uma terapia natural, manual desenvol-
vida na Austrália por Tom Bowen nos anos 50 e 60. É uma
técnica pouco invasiva que originalmente foi usada para
ajudar pessoas com dores músculo-esqueléticas e visce-
rais.
Esta Terapia foi agora adaptada para tratar animais de
uma forma também não invasiva.
Esta terapia é usada em animais feridos ou se lesionam
por qualquer razão, ao mudarem a forma como se movi-
mentam num esforço para aliviar a dor. Ao fazerem isso
estão a colocar pressão sobre outras partes do seu corpo.
A Terapia Bowen é aplicada, fazendo movimentos Bowen
nos músculos, tendões e ligamentos do animal em deter-
minados pontos.
São enviados, através da fáscia, impulsos neurológicos
para o cérebro, o que ajuda o corpo a encontrar o seu
equilíbrio, relaxando os músculos e reduzindo a dor.
A Terapia Bowen é usada em todos os tipos de animais:
cavalos, cães, gatos, lobos e porcos são alguns dos ani-
mais tratados com esta terapia.
A terapia é usada em animais domesticados e selvagens,
que sofrem de lesões, maus tratos ou doença.
Alguns exemplos de sintomas tratados com a Terapia
Bowen incluem dor músculo-esquelética, recuperação
após a cirurgia ou lesão e ansiedade.
A Terapia Bowen resulta no aumento da circulação sanguí-
nea e do metabolismo dos tecidos, o que elimina toxinas e
diminui o inchaço. Esta Terapia também pode melhorar o
tónus muscular e a flexibilidade, o que contribui para ace-
lerar a cura física.
A Terapia Bowen é uma técnica de toque minimalista bas-
tante eficaz (pois atua na causa) para tratar dores e sinto-
mas variados. Através da aplicação da terapia em locais
específicos, o próprio corpo responde restaurando a
homeostase e corrigindo os desequilíbrios. Embora suave
os seus efeitos sobre o corpo são profundos.
O processo de cura ocorre de dentro para fora do organis-
Terapia Bowen para Cães | por Maria do Céu Martins
mo, respeitando a capacidade individual de cada um nas
respostas ao tratamento. A interferência do terapeuta é
mínima.
A Terapia Bowen é uma terapia corporal, capaz de actuar
na fáscia muscular ativando os recetores presentes na
sua membrana que sinalizam respostas do sistema nervo-
so central. Atua de forma a equilibrar os sistemas simpáti-
co e parassimpático, desencadeando um profundo relaxa-
mento.
Após os tratamentos Bowen, os animais mostram um bem
estar geral e podem mostrar alivio em problemas digesti-
vos, alergias, problemas de pele, etc. Pode também aliviar
estados de stress emocional e comportamental.
A Terapia Bowen para cães é indicada
para:
* Rigidez e lesões musculares;
* Melhorar a mobilidade das articulações,
como é o caso, por exemplo, da displasia
coxo-femural, disfunção na zona lombar ou
nas patas traseiras, tensão no ombro, etc.;
* Complementar tratamentos veterinários
de doenças crónicas e artrites;
* Assistir na reabilitação e recuperação de
ferimentos ou cirurgias;
* Ajudar a resolver problemas comporta-
mentais e de stress;
* Ajudar a manter o equilíbrio corporal do
animal.
Terapia Bowen para Cães | por Maria do Céu Martins
Nota do editor:
Indo contra os princípios que regem a
edição desta revista, os conteúdos
serem sempre da autoria de formados
ou formandos do CCVL - Academia,
decidimos publicar este artigo da tera-
peuta Bowen Maria do Céu Martins,
para dar a conhecer esta nova forma
de proporcionar melhor qualidade de
vida aos nossos animais e pelo facto
de a Maria do Céu Martins estar sem-
pre disponível para colaborar com o
CCVL, e o APP, em todas as iniciativas
organizadas por estas instituições.
Autoria: Francisco Barata da
O Halti é um aparelho utilizado pela maioria dos treinado-
res e donos cujos cães apresentam problemas comporta-
mentais, como é o caso da agressividade para com outros
cães ou a tendência de arrastarem os seus donos durante
os passeios.
Para escrever esta crónica baseei-me em artigos credí-
veis e em entidades que apoiam e validam o bom funcio-
namento mecânico dos animais e prezam a utilização
consciente dos aparelhos, como é o caso da Federação
Internacional Equestre.
Desde muito novo que o meu gosto e interesse pelos ani-
mais surgiu de uma forma involuntária e natural. Sempre
vivi rodeado de cães, cavalos e outros animais domésti-
cos.
Com cinco anos comecei as aulas de equitação num cen-
tro hípico perto de casa e desde então nunca mais parei.
Chegada a idade de optar qual a profissão que queria
seguir, escolhi enveredar por uma carreira profissional na
área equestre, tirei o curso Técnico de Gestão Equina, o
Curso de Monitores de equitação e algumas formações e
estágios adicionais. Também tive o privilegio de trabalhar
em casas de referência, como a Quinta das Varandas e
entre outras.
A minha grande fonte de inspiração para escrever sobre
este aparelho baseia-se num outro dispositivo com o mes-
mo tipo de utilização, mas adaptado aos cavalos, que em
casos da má utilização, pode criar danos irreversíveis a
nível das vértebras cervicais, lombares e sacrais. Esse
aparelho tem o nome de “rédea alemã” e, como o nome
indica, teve a sua origem na Alemanha, na idade média,
com os objectivos de muscular a linha de cima do cavalo
(pescoço, dorso e garupa) e estabilizar a atitude do pesco-
ço do equino, dando maior controlo ao cavaleiro.
Como referi, a “rédea alemã” usada indevidamente pode
criar lesões bastantes graves, como é o caso de inflama-
ções ao nível do ligamento nucal, provocado pelo stress
excessivo dos músculos, lesões ósseas, nomeadamente o
desgaste nas vértebras, que causam dores localizadas e
Será o Halti uma boa ferramenta de trabalho? | por Francisco Barata
afectam a massa muscular circundante, provocadas pela
híper-flexão do pescoço.
A híper-flexão é um método de trabalho no qual o animal é
obrigado a contrair o pescoço. Este procedimento tem
suscitado muita polémica a nível mundial. Em 2006 a
Federação Equestre Internacional (FEI), juntamente com
cavaleiros, treinadores, médicos veterinários, e juízes al-
Fig. 1 e 2
Utilização indevida da “Rédea Alemã”
Fig. 3 e 4
Crescimento ósseo na inserção do crâneo
teraram os regulamentos de avaliação das provas, com o
objectivo de mudarem as mentalidades e zelarem pelo
bem estar dos animais.
Fig. 1 e 2
Utilização indevida da “Rédea Alemã”
Fig. 3 e 4
Crescimento ósseo na inserção do crâneo
Fig. 5, 6 e 7
Hiper-flexão do pescoço
Será o Halti uma boa ferramenta de trabalho? | por Francisco Barata
Outro ponto que gostaria de referir é que o aparelho
Haltis tem uma correia que passa pela chanfro do cão,
bem junto aos olhos, e em muitos casos encostado aos
mesmos, o que me suscita a seguinte questão: será
que o canal lacrimal e o globo ocular não são afecta-
dos, podendo sofrer danos graves?
A dacriocistite é a consequência da obstrução do canal
nasolacrimal que resulta numa infecção que faz com que
a zona que circula o saco lacrimal fique dorida, inchada e
vermelha. O olho liberta pus, torna-se vermelho e lacrime-
jante.
Também um impacto brusco pode fazer com que o olho
recue na cavidade ocular, sendo provavelmente danifica-
das as estruturas superficiais (a pálpebra, a conjuntina, a
esclerótica, a córnea e o cristalino) e mesmo a parte pos-
terior do olho (a retina e os nervos).
Olhando para os dois aparelhos as semelhanças são evi-
dentes. Será que é assim tão benéfico para os cães o uso
deste aparelho, mesmo sabendo que muitos deles nunca
se vão adaptar ao Halti? Por quanto tempo vão os donos e
treinadores insistir no fracasso?
Fig. 8
Halti - Colocação do aparelho
Fig. 9 e 10
Obstrução do canal lacrimal
Fig. 11 e 12
Úlcera profunda da córnea
Será o Halti uma boa ferramenta de trabalho? | por Francisco Barata
Fontes:
Pinto, António Filipe Canelas. “O Processo de Hiperflexão”.
Tese para obtenção do grau de mestre de equitação.
Sousa, Ana. Animais de Quinta, Problemas de Dorso nos
Cavalos.
http://fep.com
http://www.fei.org
http://www.mundodosanimais.pt
http://www.manualmerck.net
http://www.ene.pt
Fig. 13 e 14
Parece que as semelhanças são evidentes, não?
Será o Halti uma boa ferramenta de trabalho? | por Francisco Barata
Autoria: Ricardo Duarte
A escolha de um animal de estimação em geral e de um
cão em particular deve ser uma escolha bastante ponde-
rada. Não nos podemos esquecer que um amigo destes
dependerá de nós para sempre e como tal, as nossas roti-
nas diárias terão também que se adaptar às suas necessi-
dades.
Todos nós decerto já ouvimos um comentário do género
“Oh que cachorrinho fofinho… também quero um destes!”,
no entanto, não nos podemos esquecer que o filhote vai
crescer e vai ter necessariamente que ter o seu espaço, a
sua rotina e que será necessário disponibilidade e carinho
por parte dos donos para o educar e fazer crescer feliz e
saudável. O que acontece muitas vezes quando estas con-
siderações não são tidas em conta é o abandono do ani-
mal em canis ou na rua. Embora Portugal tenha adotado
algumas medidas como a obrigatoriedade de identificação
eletrónica (chip) em todos os animais nascidos depois de
Junho de 2008, infelizmente o número de abandonos tem
aumentado nos últimos anos, tendo-se registado em
2013 cerca de 29.645) abandonos (tanto cães como
gatos), sem falar claro nos animais que são resgatados
por particulares, e que por esse motivo não entram para
as estatísticas.
Muitas são as desculpas dadas para o abandono, desde
problemas de saúde como alergias e mobilidade, separa-
ções e falta de tempo, a crise e o mau comportamento do
patinhas, entre outras. No entanto, ao olhar para estas
desculpas não consigo deixar de pensar que acima de
tudo o que deveria contar era a amizade, a fidelidade e o
companheirismo entre ambos sabendo de antemão que
nós nunca seriamos os abandonados e que fomos acolhi-
dos como um dos seus.
Muitas vezes o erro começa na escolha de um compa-
nheiro patudo, pois Por vezes esta escolha passa por ser
algo apenas emocional. No entanto o nosso lado racional
deve sempre estar presente. Devemos ter em conta o nos-
so estilo de vida, as características e necessidades do
filhote, os custos em alimentação e veterinário, maiores
ou menores facilidades de aprendizagem, necessidade de
Cão, um amigo para sempre | por Ricardo Duarte
espaço, entre outros. Seguem-se alguns exemplos:
Se sou uma pessoa recatada e que gosta de ficar em
casa não devo escolher um patinhas que necessi-
te de muito exercício como por exemplo Labrado-
res, Dálmatas, Pastores Alemães entre outros;
Se sou uma pessoa que gosta de desporto, de correr
e que saio várias vezes por semana para longos
passeios no parque não deverei escolher raças
como por exemplo Bulldog Francês, Pug, Pequi-
nês, Rafeiro do Alentejo, entre outros;
Se sou uma pessoa que tem alguma propensão para
alergias uma das hipóteses que tenho é o Sch-
nauzer
Se tenho crianças pequenas em casa uma boa hipó-
tese passa por Pastores Alemães, Golden Retrie-
vers ou Dálmatas
A ideia é ter em conta a nossa personalidade e do tipo de
vida que temos, o tempo que podemos despender com o
nosso patinhas e a partir daí procurar informação sobre
raças que mais se adequam a cada um de nós.
Contudo existe ainda outro fator que deve ser tido em
conta na hora da escolha: a adoção ou a compra. Como
todos sabemos, existem milhares de amiguinhos em asso-
ciações e canis e como tal, na altura da escolha devemo-
nos colocar uma questão: será que realmente se justifica
a compra de um patinhas? Ou será que não encontrarei o
meu grande companheiro numa associação de abrigo de
animais? Julgo que esta pergunta deve também estar pre-
sente durante a vossa escolha e caso não exista uma
razão específica para uma determinada raça penso que
uma boa solução pode passar pela adoção de um animal
abandonado e indefeso, dando-lhe uma família e tornan-
do a vida de um desses patinhas bem mais feliz.
É importante também que os donos saibam que a partir
do momento da sua escolha não se encontram sozinhos.
Por exemplo, imaginemos que surgiu finalmente aquela
oportunidade de que tanto esperava para uma viagem
aquele destino que tanto anseia, ou que por motivos de tra-
balho vai ter que chegar um pouco mais tarde a casa e
não tem ninguém que possa cuidar do seu amigo. Hoje
em dia em Portugal existem dezenas de hotéis caninos
por todo o país e serviços de dog walking ou petsitting que
pode solicitar e que garantem o bem-estar do seu amigo
na sua ausência. Pode ainda planear as suas férias tendo
em conta sítios para pernoitar onde aceitem cães. Vai
ficar surpreendido com a quantidade de hotéis que acei-
tam os nossos amigos, nacionais e internacionais!
Se se deparar com algum problema comportamental do
seu patinhas para o qual não encontre justificação e que
sinta que não consegue resolver, não desespere nem
desista! Existem atualmente muitos treinadores que os
podem guiar e ajudar a ultrapassar esses pequenos pro-
blemas!
Felizmente a 1 de Outubro de 2014 foi publicada uma lei
que criminaliza os maus tratos e abandono de animais,
como mais uma medida para inverter esta realidade, no
entanto não nos podemos apoiar apenas em leis e puni-
ções, devemos sim mudar mentalidades para evoluir e
compreender que um animal de estimação é um amigo,
um companheiro e que decerto as nossas vidas serão
mais completas se os tratarmos com o amor e respeito
que merecem.
Mahatma Gandhi
Cão, um amigo para sempre | por Ricardo Duarte
Higiene Oral nos cães
Tal como os seres humanos, os cães também sofrem de
afecções orais, por este facto neste artigo vamos abordar
6 questões muito importantes para poder ter uma higiene
oral saudável no seu amigo de 4 patas.
1- Como se desenvolvem os dentes?
Os dentes de leite do cachorro (28 no total) são progressi-
vamente substituídos pelos dentes definitos (42 dentes) a
partir dos 4 meses.
Cronologia de erupção dos dentes definitivos :
Incisivos 4 a 5 meses
Caninos 4 a 5 meses FIG.1
Pré-molares 4 a 5 meses
Molares 5 a 7 meses
É frequente, principalmente nos cães de raça pequena,
que um ou mais dentes de leite persistam, sendo neces-
sário a sua extração. De facto, a persistência de um dente
de leite pode, não só impedir a correcta erupção do dente
definitivo, como também favorecer a acumulação de partí-
culas alimentares e a consequente formação de tártaro.
Mau Hálito
Um hálito desagradável pode ser resultado de várias cau-
sas e deve ser motivo para uma ida ao médico veterinário.
Só um exame detalhado permite descobrir qual a origem
exacta desta halitose: abcesso, doença periodontal, pro-
blemas digestivos, insuficiência renal, entre outros.
2-A placa dentária e o tártaro são visíveis a “olho nu”?
Fase 1 - Placa dentária: Não visível
Os micro-organismos (mais de 300 espécies de bactérias)
naturalmente presentes na cavidade oral, misturam-se
com a saliva e com os detritos alimentares para formar, á
superfície do dente, um biofilme: a placa dentária. Esta
placa necessita de ser corada para ser observada, uma
vez que é invisível á vista desarmada.
Fase 2 - Tártaro: Visível
Após a escovagem dos dentes, a placa dentária reaparece
ao fim de 6 horas. Se esta placa não for removida (por
uma escovagem diária), é mineralizada pelo cálcio salivar,
o que leva á formação de tártaro, um depósito duro e
acastanhado observado na superfície do dente. O tártaro
não é removido com uma simples escovagem dos dentes,
mas sim através de uma destartarização realizada pelo
Médico Veterinário. O crescimento bacteriano causa a
inflamação das gengivas (que ficam vermelhas e tumefac-
tas). A gengivite, nome dado a esta inflamação, é respon-
sável pela diminuição do apetite e pela dor sentida pelo
animal durante a mastigação. O mau hálito resulta da
libertação, por parte das bactérias, de compostos sulfura-
dos voláteis com odor nauseabundo.
Fase 3 - Mobilidade dentária
Numa fase mais avançada, as bactérias alojam-se junto á
raiz do dente e atacam o osso no qual o dente está
implantado (osteólise). Nesta fase, o risco de formação de
abcessos é considerável.
A Doença Periodontal é a junção das 3 fases: Fase 1 –
Placa dentária, Fase 2 – Tártaro e gengivite e Fase 3 –
Mobilidade dentária.
3- Quais as consequências da doença periodontal?
A doença periodontal é a afecção mais frequente diagnos-
ticada nos animais de companhia. No entanto, um animal
afectado pode não apresentar sintomatologia evidente.
Autoria: Vanessa Correeia da:
Fig. 1
Primeiros sinais
- Mau hálito progressivo: As bactérias multiplicam-se e
decompõem as proteínas alimentares, libertando compos-
tos sulfurados voláteis, responsáveis por um hálito desa-
gradável.
- Salivação excessiva (hipersiália): um animal com doença
periondontal produz uma grande quantidade de saliva.
- Dificuldade em alimentar-se: as gengivas estão inflama-
das e irritadas e os dentes estão mais sensíveis. A dor
provocada pela mastigação impede o animal de se ali-
mentar correctamente.
Consequências
- Descarnação, com eventual queda do dente: após a des-
tuição do ligamento periodontal pelas bactérias da cavida-
de oral, os dentes deixam de estar fixos e podem inclusi-
vamente cair.
- Formação de abcessos: nos cães de raça pequena, a
formação de abcessos juntos á raiz do dente pode levar á
fractura da mandíbula.
- Infecções secundárias de outros orgãos: o coração, os
pulmões, or rins e o fígado podem ser infectados pela
entrada das bactérias na circulação sanguínea.
4- Como e quando fazer uma destartarização?
Tudo depende da fase em que a doença periodontal se
encontra. Se apenas existir placa dentária, e se o animal
colaborar, a escovagem diárias dos dentes, complementa-
da com um alimento e ou brinquedo para a higiene oral
pode ser suficiente.
Procedimento a adoptar FIG. 2
Numa fase mais avançada, apenas uma destartarização
realizada sob anestesia permite remover o tártaro. O seu
médico veterinário poderá informá-lo acerca da necessi-
dade, altura ideal e método utilizado para destartarizar o
Seu animal
Intervenção sob anestesia
A destartarização é um procedimento médico que deve
ser realizado unicamente sob anestesia geral, para evitar
qualquer sensação dolorosa e stress associados á utiliza-
ção da máquina de ultra-sons. Todos os dentes são des-
tartarizados, um a um, tanto na face interna, como na
fase externa.
Para finalizar a operação, normalmente procede-se ao
polimento dos dentes que permite alisar todas as irregula-
ridades existentes na sua superfície dificultando, assim,
uma nova implantação bacteriana.
A destartarização é, igualmente, o momento certo para
proceder á remoção de qualuqer dente que se encontre
descarnado e que apresente mobilidade
Acompanhamento bucodentário
Na altura da destartarização, o Médico Veterinário pode
prescrever um tratamento e indicar quais os cuidados a
ter com a higiene oral do animal, nomeadamente qual o
alimento mais adequado. Ao remover a placa dentária
regularmente, as medidas de higiene oral permitem evitar
ou diminuir a formação de tártaro reduzindo, assim, a fre-
quência das destartarizações.
5- Que cuidados de higiene oral se devem ter com o
animal?
Escovagem dos dentes
Este método é o mais eficaz para lutar contra a placa den-
tária. Para os animais que já apresentem alguns indícios
de doença periodontal, a escovagem diária é a única solu-
ção para limitar o desenvolvimento desta doença.
Alimentação
Já existem rações no mercados com diferentes formas e
texturas do croquete já especificamente estudados para
Fig. 1
Fig. 2
aumentar o efeito de escovagem. Permite um efeito abra-
sivo suave no dente durante a mastigação. Esta acção
permite desagregar a rede de bactérias que constitui a
placa dentária. Por este motivo, e para conservar o seu
efeito benéfico, é importante não humedecer os croque-
tes ou parti-los.
Suplementos e barras dentárias
No cão, uma barra dentária oferecida regularmente com-
pleta a eficácia da escovagem, graças ao efeito da masti-
gação prolongada que permite eficazmente a acumulação
de placa dentária ou caso não seja possível realizar a
escovagem (ausência de disponibilidade do proprietário,
não cooperação do animal, etc).
Brinquedos
Existe no mercado variadíssimos brinquedos com resis-
tências, formas, e características diferentes que ajudam á
higiene dos dentes, bolas com dentes especiais que mas-
sajam as gengivas e faz efeito de escovagem nos dentes
enquanto eles mordem e brincam.
Por fim mas não por último…
6- Como escovar os dentes do seu canino?
Escovar os dentes de um animal de estimação não é tare-
fa fácil, por este motivo recomenda-se que o habitue des-
de cedo a este ritual.
Comece o mais cedo possível
Embora os dentes de leite sejam rapidamente substituí-
dos pelos dentes definitivos, a sua escovagem frequente
é importante porque permite que o animal se habitue a
esse procedimento, tornando-o mais fácil de realizar após
o aparecimento dos dentes definitos.
Alguns conselhos para realizar a
escovagem dos dentes
-Coloque-se preferencialmente ao lado e não á
frente dele,
- Posicione o animal o mais confortável possível,
por exemplo, no seu colo
- Escolha uma escova suave e com um tamanho
adaptado ás mandíbulas do animal.
- Utilize um dentífrico formulado especialmente
para animais de companhia.
- Espalhe o dentífrico e pressione-o para o interior
das cerdas da escova para evitar que o animal o
retire ao lamber.
- Comece a escovagem de modo progressivo esco-
vando alguns dentes de cada vez (de preferencia
os molares e os pré-molares) depois aumente o
número de dentes escovados em cada movimen-
to.
- Inicialmente pode ser difícil alcançar o interior
da boca do animal. Neste caso escove apenas as
faces externas dos dentes, especialmente ao lon-
go das gengivas.
Se o animal for cooperante, pode começar logo a
escovar os dentes da região interior da boca.
Depois da escovagem é importante recompensar
o animal com algo que ele goste muito, um
biscoito, uma barrita, um brinquedo, um
passeio
Título: Um amigo chamado Henry
Autor: Nuala Gardner
Editora: Casa das Letras
Publicação: 2009
Sinopse:
Quando Jamie e Nuala Gardner escolheram um
cachorrinho para o filho Dale, não
eram uma família como qualquer
outra à procura de um animal de
estimação. O autismo de Dale era
tão profundo que o mais pequeno
desvio à sua rotina podia provocar-
lhe um assustador acesso de fúria. A
vida familiar fora praticamente
devastada pela sua doença e os
Gardner passavam a maior parte do
tempo a tentar entrar no mundo
autista do filho e dar-lhe o auxílio de
que ele tanto precisava.
Porém, depois de anos de esforços
constantes e progressos lentos, as
suas vidas transformaram-se ao aco-
lherem um novo membro na família,
Henry, um cachorrinho golden retrie-
ver lindíssimo. Os laços criados
entre Dale e o seu cão ajudaram
finalmente os pais deste menino a
atingir o objectivo quase milagroso
que tanto haviam procurado e a pro-
porcionar-lhe uma vida preenchida e
feliz.
Livro do trimestre | recomendado por Inês Pereiras
Autoria: Vanda Botelho da
Desde sempre que o Homem tem vindo a manter em cativeiro espécies exóticas por diversas razões, no entanto nos dias de hoje, a
sua manutenção fora do seu habitat natural prende-se essencialmente, com a problemática da conservação de espécies em vias
de extinção.
A manutenção de animais selvagens em cativeiro traz inúmeros desafios, principalmente em relação ao seu bem-estar. Para evitar
determinados comportamentos desviantes e anómalos melhorando o seu bem-estar em geral, houve, desde sempre, a necessida-
de de realizar intervenções no ambiente do recinto onde o animal está alojado. Estas intervenções são levadas a cabo através de
um processo dinâmico que tem como objectivo estimular os comportamentos naturais de cada espécie.
Pensado de forma a respeitar os hábitos sociais da espécie, organizando os animais de acordo com as suas relações e hierarquias
no meio natural.
Apostando na promoção da procura de alimento e caça, através da introdução de alimentos com maior ou menor grau de dificulda-
de de alcance, tal como aconteceria num habitat natural.
Encontra-se relacionado com as estruturas das instalações, bem como a locomoção dos animais. Utilizam-se cordas, lagos, redes,
plataformas de madeira, tudo para tornar a instalação mais naturalista, de acordo com o habitat natural.
Tem como principal objectivo estimular os sentidos dos animais, oferecendo-lhes cheiros e texturas diferentes.
Visa desenvolver cognitivamente o animal, despertando-lhe interesse e proporcionando-lhe ocupação para que se mantenha activo.
•Enriquecimento ambiental, o que é e para que serve?
•O enriquecimento ambiental integra 5 dimensões:
•O enriquecimento social
•O enriquecimento alimentar
•O enriquecimento físico
•O enriquecimento sensorial
• O enriquecimento ocupacional
Os cães, apesar de animais domésticos, tal como os animais selvagens mantidos em cativeiro, também têm necessidades parti-
culares. O dispêndio energético, tanto físico como mental são algumas das principais. É da responsabilidade do proprietário de
um cão assegurar que as suas necessidades sejam sempre supridas.
Apesar de a maioria dos donos assegurar alimento, abrigo e afecto aos seus cães, a verdade é que existem outras tão importan-
tes quanto estas últimas! Quando não são satisfeitas, é frequente o aparecimento de problemas comportamentais, fruto da falta
de actividade física, mental e social. Entre vários problemas comportamentais em cães, os mais comuns são:
•Comportamentos estereotipados:
-O cão passa muito tempo a perseguir insectos, pássaros, a própria cauda e até sombras de uma forma compulsiva;
-O cão lambe compulsivamente determinadas partes do corpo, geralmente as mãos e pés. Alguns lambem compulsivamente o
próprio nariz;
-O cão morde-se a si próprio até apresentar ferimentos consideráveis, geralmente nas almofadinhas plantares e às vezes na cau-
da.
-Faz sempre a mesma trajectória, formando padrões de movimentação;
-O cão destrói plantas, cava buracos no quintal, rói paredes, mastiga portas e pés de mesas e cadeiras, destrói sofás e colchões,
etc…;
-Late sem parar e sem motivo aparente, geralmente de forma cadenciada e constante;
-A maior parte dos episódios ocorre na ausência dos proprietários;
•Agressividade:
-O cão desenvolve possessividade por um objecto, comida ou local em particular, não permitindo que outros cães ou pessoas se
aproximem;
-O cão demonstra sinais de agressividade quando se encontra com receio, ou lhe tocam em determinados locais do corpo ou
simplesmente, quando a brincadeira com pessoas e/ou outros cães se torna muito intensa;
Para evitar que surjam comportamentos anómalos e desviantes em cães, fruto da falta de actividade física e mental, Os donos
de cães poderão recorrer às técnicas de enriquecimento ambiental.
O principal objectivo será sempre manter o cão ocupado num ambiente apelativo que contribua para que o cão possa desenvol-
ver e expressar os comportamentos naturais da sua espécie. Enquanto um cão estiver ocupado com actividades consideradas
normais e saudáveis para a espécie canina, não incomodará pessoas nem destruirá a casa. Ocupá-lo é sempre a opção mais
saudável comparativamente à opção de simplesmente impedi-lo de fazer o que ele quer.
É fácil entreter um cão durante a interacção entre este e o seu dono, actividades como passear, brincar com uma bola ou brincar
com uma corda de tracção, são das actividades mais comuns. Mas poucos sabem como entretê-lo enquanto conversam com
alguém, vêem televisão ou dão atenção a uma visita. O segredo consiste em planear e antecipar estes momentos, aplicando as
várias técnicas de enriquecimento ambiental em todas as suas dimensões.
•Ansiedade de separação:
•Como entreter um cão?
1- actividade física é fundamental!
O passeio, no caso dos cães, poderá ser encarado como uma técnica de enriquecimento social, pois acaba por ser uma activi-
dade partilhada com o seu dono (considerado pelo cão como um membro da sua matilha). É das actividades mais importan-
tes na vida de um cão doméstico. Infelizmente, muitos proprietários não lhe dão a devida importância! A actividade física rea-
lizada durante um passeio estruturado e bem orientado tem inúmeros benefícios para um cão, nomeadamente:
—A Diminuição dos níveis de ansiedade e hiperactividade;
–A manutenção do peso corporal;
–Excelente oportunidades de socialização intra e inter-espécie;
—Contribui para a introdução de comandos básicos de obediência
social.
Para além do passeio, poderá ainda interagir com o seu cão, criando
uma pista de obstáculos no jardim ou simplesmente brincar ao “busca”.
Estas sessões podem de aproximadamente 30 – 40 minutos, com algumas pausas de descanso de 3 a 5 minutos, depen-
dendo da motivação do cão para brincar e interagir com o dono.
Se o dono planear uma sessão de actividade física antes de receber uma visita, com certeza o cão estará ocupado a descan-
sar nas próximas horas.
2- À procura de comida…
Uma forma de enriquecimento alimentar é a exploração das várias possibilidades de fornecer alimento a cães, criando dife-
rentes rotinas de alimentação.
A maior parte dos animais no seu habitat natural, passam grande parte do seu tempo à procura de alimento. Este comporta-
mento é natural e saudável permitindo que estes desgastem alguma energia mental e física.
Em alternativa ao habitual fornecimento de ração num comedouro, pode-se optar por oferecer o alimento de uma forma lúdi-
ca e divertida, mantendo o cão ocupado e prolongando o tempo de alimentação, proporcionando-lhe actividade física e men-
tal. Existem no mercado vários artigos destinados a este efeito. Desde comedouros com diferentes formas passando por
alguns artigos com formas redondas e ovais nos quais é possível introduzir ração no seu
Outra opção viável e económica para que o cão se mantenha ocupado durante
bastante tempo, será fornecer pedaços de comida previamente cozidos
ou até ração, no interior de um cubo de gelo.
Não nos podemos ainda esquecer, que os cães canalizam grande parte do seu
comportamento na sua boca, usando-a para morder, lamber, latir, etc…
Por esta razão, para além da procura de alimento, será fundamental introduzir
artigos próprios para roer interior.
3- Um espaço só para ele!
Uma forma de manter o seu cão ocupado através do enriquecimento físico, poderá ser a alteração do espaço destinado somente
ao cão.
A introdução de novos elementos estruturais, tais como:
São opções a que os donos de cães poderão recorrer facilmente. Com a introdução de novos elementos estruturais no espaço
destinado ao cão, estará a oferecer a oportunidade para que este se mantenha entretido a explorar todas as novidades introduzi-
das.
Outra opção também bastante útil, poderá ser a simples alteração da disposição dos objectos e estruturas já existentes no local.
É importante referir que o enriquecimento físico pode ser aplicado em prática também em apartamentos, desde que exista uma
varanda ou um quarto arejado com dimensões suficientes para criar um espaço somente destinado ao cão. Neste espaço pode-
se também criar uma zona destinada somente às necessidades fisiológicas do cão, usando por exemplo, uma caixa de areia de
dimensões adequadas ou, os mais actuais, tapetes de erva sintética com escorredor vendidos em várias lojas de animais para o
efeito.
•Uma pequena piscina onde o cão possa refrescar-se no verão;
•Uma rampa de acesso a um local mais elevado;
•Um novo abrigo ou casota;
•Um túnel ou outros obstáculos para o cão explorar;
•Uma corda com um brinquedo ou pedaço de pneu pendurado;
•Vegetação (não tóxica) que também lhe permitirá ter mais sombra no verão;
4- Não esquecer a diversidade de materiais
O enriquecimento sensorial, é uma das dimensões do enriquecimento ambiental que se encontra intimamente ligado ao enri-
quecimento físico, sendo que o principal objectivo nesta dimensão será a introdução de elementos que estimulam os sentidos
dos cães.
Para atingir este objectivo, poderemos optar por usar materiais de várias texturas nas diferentes estruturas físicas que estão
incluídas no no espaço destinado ao cão. Tais como:
Com estas pequenas mudanças estaremos a disponibilizar diferentes tipos de pisos que naturalmente estimulam a sensação
táctil do cão sempre que este se movimenta pelo espaço.
•Casota ou abrigo de madeira ou pedra;
•Plataformas e passadeiras em metal;
•Zona de brincadeira em relva artificial;
•Zona para necessidades fisiológicas em gravilha ou areia;
•Zona de repouso com um pequeno colchão ou tapete;
•Zona de acesso à casa em mosaico;
5- Escolher as ferramentas correctas!
A capacidade mental do cão é estimulada por meio de jogos desenvolvidos especialmente para cães, estes jogos podem ser consi-
derados ferramentas úteis a incluir nas técnicas de enriquecimento ocupacional. A maioria destes jogos estão relacionados tam-
bém com o enriquecimento alimentar, visto que na sua maioria, incluirão sempre petiscos escondidos.
Existem no mercado várias opções, no entanto uma opção bem mais
económica pode ser o uso de materiais resistentes para criar jogos
para o seu cão.
Apesar de o adestramento não ser considerado por alguns autores como uma técnica de enriquecimento ambiental propriamen-
te dito, na verdade, é que muitos outros autores mais actuais consideram que poderá ser integrado em duas das dimensões de
enriquecimento ambiental. Sendo considerado por alguns como uma técnica de enriquecimento cognitivo e social visto que,
para além de ser uma interacção entre dono e cão, é também um momento de aprendizagem de novas respostas por parte do
cão face a determinados estímulos.
O adestramento em obediência social torna-se por isso fundamental! acima de tudo, porque é algo que contribui significativa-
mente para uma forte relação entre cão e dono, melhorando a eficácia da comunicação entre ambos.
Para além do adestramento em obediência social, o dono deve manter-se consciente que o cão necessita de disciplina.
Estabelecer regras e limites ao seu cão desde tenra idade, contribuirá para que o cão venha a associar facilmente quais os com-
portamentos que deve oferecer em determinadas situações, evitando incidentes desagradáveis em locais públicos que o dono e
cão frequentem diariamente, bem como incidentes no interior da sua própria casa.
•O papel do adestramento em obediência social!
•A importância da disciplina
A maior parte das pessoas proprietárias de cães, principalmente aquelas cuja residência se encontra em meios urbanos, acha difí-
cil manter uma rotina com tantas actividades e/ou novidades para o seu cão. Na verdade, a tão célebre e conhecida expressão:
“falta de tempo” nada mais é do que falta de organização, motivação e disciplina!
A partir do momento em que decide coabitar com um cão ou outro animal de qualquer espécie domestica, passa a ser responsável
pelo seu bem-estar. Certificar-se que consegue satisfazer as suas necessidades é fundamental. A gestão de tempo bem como a
motivação e a manutenção da disciplina em relação aos horários e rotina, são fundamentais para que possa desfrutar da compa-
nhia do seu cão da melhor forma possível.
Não se centre somente nas suas necessidades, e lembre-se de que o seu cão só está consigo porque assumiu a responsabilidade
e tomou a decisão de tratar dele! Seja realista em relação às condições e disponibilidade de tempo que pode oferecer à sua mas-
cote, caso não possua o requisitos necessários para supriras necessidades de um cão, então adquirir ou adoptar não será uma
opção válida para si!
-Uma adequada sociabilização;
-Adestramento em obediência social;
-Disciplinar o seu comportamento face a outros cães e pessoas;
-Disciplinar o seu comportamento em locais públicos;
-Garantir que a disciplina e o adestramento são cumpridos por todos os membros da família;
-Garantir que a disciplina e o adestramento não são impostos com recurso à violência.
•Organize-se!
•Ser um dono responsável é garantir ao seu cão:
O comportamento do seu cão espelha a sua O comportamento do seu cão espelha a sua
personalidade!personalidade!
Autoria: Sílvio Pereira do
Quantas vezes ouvimos os donos de cães dizer coisas
como: “o meu cão sabe quando faz algo de mal, vem ter
comigo com cara de culpa”, será que realmente isso é
verdade? Os nossos cães na realidade têm sentimentos
de culpa?
Foi para esclarecer este mito que a Psicóloga e investiga-
dora da Barnard College de Nova Iorque Alexandra Horo-
witz dedicou alguma da sua investigação.
Ao criar condições em que o proprietário estava mal infor-
mado sobre do seu cão havia cometido alguma infração,
ela consegui descobrir as origens da “cara de culpa” dos
cães.
Horowitz mostrou que a tendência humana em atribuir
culpa ao olhar de um cão não se deve ao facto de ele ser
realmente culpado. Em vez disso, as pessoas vêm esse
sentimento quando simplesmente acreditam que o cão
fez algo que não deveria ter feito, mesmo se ele for ino-
cente.
Durante os estudo, os proprietários de 14 cães foram con-
vidados a deixarem uma sala após ordenarem aos ani-
mais para não comerem um determinado alimento.
Enquanto o dono estava ausente, Horowitz deu a alguns
dos cães esse alimento proibido antes de pedir aos pro-
prietários que voltassem para a sala. Em certos casos,
eles foram informados que o animal havia comido o ali-
mento, noutros receberam a informação de que o cão se
havia comportado de forma adequada. Porém, isso nem
sempre correspondia à verdadeira situação.
Ou seja, o “olhar de culpa” dos cães pouco ou nada tem a
ver com o facto de serem realmente culpados. Na verda-
de, os que foram obedientes e não comeram, mas que
haviam sido repreendidos pelos seus (desinformados)
donos, pareciam mais “culpados” do que aqueles que
tinham, de facto, comido o petisco.
A cara de culpa funciona como uma resposta ao compor-
tamento do dono, e não necessariamente um indicativo
de qualquer julgamento dos próprios erros caninos.
Este estudo lançou uma nova luz sobre o antropomorfis-
mo – tendência natural do ser humano em comparar o
comportamento animal com o comportamento humano e
se existe alguma semelhança superficial entre eles. Isso
inclui a atribuição de emoções de ordem superior como a
culpa, ou o remorso, para o animal, mesmo que este não
esteja com esses sentimentos, segundo Horowitz.
O estudo é uma demonstração da necessidade de projec-
tos experimentais cuidadosos se quisermos compreender
a relação cão-humano e não apenas afirmar os nossos
preconceitos naturais sobre o comportamento animal.
Será que eles sentem culpa? | por Sílvio Pereira
Certamente muitos de vós já ouviram falar da implantação
de um microchip nos nossos amigos patudos, mas o que é
realmente o microchip canino e para que serve? Será
incómodo ou poderá causar algum tipo de problemas de
saúde ao vosso amiguinho? Neste artigo vamos tentar
explicar e desmistificar um pouco este assunto.
Já imaginaram um passeio pelo parque com o vosso pati-
nhas e de repente quando menos esperam ele corre atrás
de algo e desaparece… procuram-no mas não o encon-
tram… Pois é, este tipo de situações é mais frequente do
que possam pensar. Nestes casos o microchip pode apre-
sentar-se como uma ajuda preciosa para a recuperação
do vosso amiguinho. Mas então o que é o microchip?
O microchip é acima de tudo o bilhete de identidade do
vosso patinhas. Trata-se de um microcircuito eletrónico do
tamanho de um grão de arroz (cerca de 12mmx2mm) com
o seu próprio código de registo e que é colocado na face
lateral esquerda do pescoço do seu cão através de uma
injeção subcutânea.
Esta injecção, embora seja feita com uma seringa de agu-
lha ligeiramente maior do que o normal não causa qual-
quer tipo de dor extra ao animal, não existindo a necessi-
dade de anestesiar o patinhas. Ao colocar o microchip, o
veterinário vai enviar também a informação sobre o cão
(nome e morada) para uma base de dados nacional (SIRA)
que poderá ser consultada por qualquer veterinário.
A lei portuguesa exige, desde 1 de Julho de 2008, que
todos os cães nascidos após esta data possuam tal identi-
ficação sendo uma das principais medidas tomadas pelo
governo para prevenir a perda, abandono e o roubo de
animais.
Embora o microchip possa ser colocado após as 2 primei-
ras semanas de vida do cachorro, normalmente este é
apenas ministrado conjuntamente com o terceiro “cocktail
de vacinas” aos 3 meses de idade. Ao contrário do que
possam pensar este objeto não causa qualquer descon-
forto ao animal não apresentando também qualquer tipo
de risco para o cachorro. O microchip é inerte e está
encapsulado em vidro cirúrgico biocompatível, de forma a
prevenir qualquer tipo de reação alérgica ou inflamatória.
Este componente é também envolvido numa substancia
que evita que o microchip se desloque dentro do corpo do
patinhas.
Sem qualquer tipo de bateria integrada, o microchip per-
manece inativo a maior parte do tempo, não emitindo
qualquer tipo de sinal ou radiação, e sendo apenas ativa-
do na altura em que recebe o sinal enviado pelo leitor de
microchips (Figura 2 e 3). A durabilidade deste então não
está dependente de qualquer tipo de recarga e como tal
estima-se que a sua durabilidade seja de cerca de 100
anos que corresponde ao tempo de degradação do biovi-
dro utilizado para encapsular o microchip.
Resumindo, a utilização do microchip é essencial por duas
razões principais:
O microchip proporciona maior facilidade em encontrar o
seu cão caso este se perca ou seja roubado;
Não necessita de qualquer tipo de manutenção e não pro-
voca qualquer tipo de desconforto ou problemas de saúde
ao animal.
Autoria: Ricardo Duarte
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Figura 2: Seringa, microchip e scan de leitura do chip
Figura 3: Procedimento de leitura do microchip
Enquanto voluntária numa associação de animais aban-
donados, venho aqui contar um pouco da minha experiên-
cia.
No primeiro dia em que entrei no canil senti um misto de
emoções. Entusiasmo, por começar a fazer voluntariado, e
algum choque, porque por mais que pudesse imaginar
como seria, nunca estamos preparados.
Fui com um grupo de amigos e logo antes de chegarmos à
porta já se sentia aquele odor forte e ácido que quase faz
arder os olhos. Mais tarde, foi algo a que nos habituámos,
tal como a roupa suja de fezes, urina, por vezes até san-
gue. Não é fácil de início, mas chega uma altura que já nem pensamos nisso.
Foi uma surpresa ver que os cães estavam todos visivel-
mente bem tratados, sem sinais de magreza nem doença
na sua maioria, tendo em conta as péssimas condições
do canil. De uma forma geral pareciam cães comuns, que
podiam ser de qualquer um de nós. Mas, com o tempo,
vamos aprendendo a ler no seu olhar. Tanta excitação por
verem pessoas novas! Tudo saltava e ladrava! Uns mais
efusivos, outros mais recatados, muitos curiosos. Tantos
olhos postos em nós.
Distribuídos por várias zonas, havia muito mais cães. To-
dos diferentes mas em comum o abandono, o esqueci-
mento. Estavam "a mais" nalgum sítio e ali foram parar.
As condições do canil eram terríveis, buracos no chão por
onde andam ratazanas, abrigos partidos e remendados
onde entra a chuva, uma fossa constantemente cheia e
entupida, portões corroídos pela ferrugem, redes metáli-
cas retorcidas e partidas, paredes cobertas pela humi-
dade e sujidade. Os voluntários e os tratadores tentam
manter as zonas minimamente limpas, mas com tantos
animais e com estas condições é uma tarefa ingrata ten-
tar dar algum conforto e bem-estar a estes cães.
Munidos de galochas e roupas impermeaveis, pás, vas-
souras e muita vontade, os voluntários fazem o que
Autoria: Nídia Rodrigues
muitos se recusaram. Cuidar dos animais, distribuir ração
e água fresca, dar medicação, limpar, brincar e acarinhar,
ajudar em tudo o que for necessário.
Alguns cães vão partindo, porque são finalmente adopta-
dos ou porque chegaram ao final da sua vida, mas outros
tantos vão entrando. O canil deveria ser um abrigo tem-
porário mas para muitos infelizmente não o é.
A melhor parte do trabalho são os passeios, as brincadei-
ras, os mimos. Vê-los felizes a brincar nas poças de água,
a correr, para que possam ter um bocadinho daquilo que
os nossos têm, nas nossas casas. A distribuição de biscoi-
tos e mantinhas no Natal é uma alegria! Ficam tão con-
tentes com tão pouco e agradecem-nos sempre, cada um
à sua maneira.
Mas dói... dói sair de lá e deixá-los para trás, dói não po-
der fazer mais, dói o sentimento de incapacidade e im-
potência perante determinadas situações. Muitas vezes
saímos de lágrimas nos olhos e com um nó na garganta. O
choque de estar num canil é brutal para alguns cães que
não se adaptam. Alguns parece que desistem mesmo de
viver.
As adopções têm sempre um sabor agridoce. Nenhum
merece viver num canil, mas a verdade é que todos eles
são um pouco de nós e nós deles. Quando há uma
adopção o sentimento é de alívio e felicidade por saber-
mos que vai ter uma casa e a família a que têm direito.
Fica para trás a saudade e a recordação dos momentos
que passou conosco, daquele passeio, aquele carinho, do
seu olhar.
Revoltante é quando alguns voltam passados dias, meses
ou anos. Porque não se adaptaram, porque os humanos
esperavam mais deles, porque fazem as necessidades
fora do sítio, porque vai haver uma mudança de casa, a
família aumentou, porque as condições de vida se altera-
ram. Para algumas pessoas a solução é "despejar" o cão
no canil novamente porque se tornou um "empecilho". Em
alguns casos este ciclo repete-se várias vezes, tornando,
consequentemente, ainda mais difícil o processo de
adopção e adaptação desse cão que já foi abandonado
tantas vezes e perde toda a confiança nas pessoas. São
tratados como coisas que se compram, trocam e de-
volvem.
Ser voluntário é gratificante, mas também revoltante
quando nós percebemos que muitas vezes não se faz
mais porque não se quer, porque existem outros inter-
esses envolvidos nos canis, nas associações em geral. Por
vezes quem devia proteger os animais que tem a seu
cargo, é quem os prejudica também.
Anualmente são abandonados centenas ou milhares de
animais domésticos, muitos desses encontram-se em
canis municipais, muitos ainda com política de abate, em
associações, FAT‘s, etc. Outros vivem na rua, sobre-
vivem com a ajuda de alguns amigos dos animais ou
daquilo que encontram, ficam doentes, feridos e morrem
sozinhos.
Antes de adoptarmos/comprarmos um cão ou gato, deve-
mos pensar seriamente se estamos dispostos a nos re-
sponsabilizarmos por ele para o resto da sua vida, inde-
pendentemente das circunstâncias.
Autoria: Nídia Rodrigues
Fotos gentilmente cedidas por:
Living With Wolves
Grupo Lobo
Cães & Lobos
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Cães & Lobos
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Espaço dedicado à divulgação das actividades do “Adestramento Positivo
Project” iniciativa criada e dinamizada pelo Dep. de Divulgação, em estreita
colaboração com Dep. de Formação do CCVL, com o objectivo de divulgar e
difundir o ensino animal sem castigos, cujo lema é:
O Projecto A convite do CCVL, três adestradores formados pelo Dep. de Formação do Centro Canino Vale de Lobos, decidiram
unir-se para criar o presente "Adestramento Positivo Project".
As Adestradoras Tânia Carvalho da TC-Treino Canino, Ana Bártolo e o Adestrador Francisco Barata da Oficina dos
Cães, mais tarde entraram Vanda Botelho e Ricardo Pinto da Ativanimal e mais recentemente Andreia Lauro da Dog
Instinct com o apoio técnico e logístico do Centro Canino de Vale de Lobos, acharam que o panorama do ensino
canino em Portugal não reflectia o que já se fazia nesta área por essa Europa fora. As suas formações tiveram como
suporte o adestramento científico baseado no condicionamento operante com a apresentação de um estímulo agra-
dável e o que acontece é que os métodos tradicionais da obrigação, da subjugação e dos castigos físicos e psíqui-
cos ainda é o mais utilizado no nosso país o que é totalmente errado e retrógrado. A ciência já nos permite ensinar
animais sem recorrer a esses métodos, e são essas evoluções da ciência da aprendizagem que este projecto pre-
tende divulgar e difundir.
A particularidade deste projecto está em que todos os profissionais que o compõem terem feito a sua formação cino-
técnica no Centro Canino de Vale de Lobos - Cursos de Formação Canina
Durante os últimos 3 meses foram estabelecidas uma série de
parcerias com diversas entidades do universo canino
Organização: Francisco Barata
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Veja uma reportagem fotográfica deste evento em:
http://www.approject.pt/#!dia-mundial-do-animal-2014/clmv
Veja uma reportagem fotográfica deste evento em:
http://www.approject.pt/#!dia-mundial-do-animal-2014/clmv
Veja uma reportagem fotográfica deste evento em:
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Cães & Lobos Edição Nº 1
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Cães & Lobos Edição Nº 1
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Estrutura Programática do Curso
Formamos:
Profissionais competentes...
… e donos responsáveis!
Departamento de Formação do:
CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS
Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos
que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores
caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles
que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como
profissionalmente.
Primeiro curso administrado em Portugal com base nas últimas investigações
Presencial
Módulo 1 (teórico)
1.1 CONHECER O CÃO
1.1.1 Conhecer como funciona um cão
1.1.2 O Carácter num cão
1.1.3 O Temperamento num cão
1.1.4 A Comunicação canina
1.1.5 Os Instintos Básicos caninos
1.1.6 Conhecer o cão que se vai adestrar
1.2 MÉTODOS DE ADESTRAMENTO
1.2.1 Métodos de Adestramento
1.2.2 Traçar objetivos
1.2.3 Escolher o melhor método de Adestramento
1.2.3.1 Em função do cão
1.2.3.2 Em função do dono
1.2.3.3 Em função dos objetivos
1.2.4 As várias fases do Adestramento
1.3 CONDICIONAMENTO OPERANTE
1.3.1 Definição
1.3.2 O que é o Clicker
1.3.3 O treino com Clicker
Módulo 2 (prático)
2.1 O ADESTRAMENTO EM OBEDIÊNCIA SOCIAL
2.1.1 Material de adestramento
2.1.1.1 Material de contenção
2.1.1.2 Material de assistência
2.1.1.3 Material didático
2.1.2 Postura corporal do adestrador
2.1.3 Desenvolvimento da motivação do cão
2.1.4 Condicionamento e aquisição de hábito
2.1.5 Exercícios de Obediência Básica
2.1.5.1 Exercício de andar ao lado
2.1.5.2 Exercício de sentar
2.1.5.3 Exercício de deitar
2.1.5.4 Exercício de deitar e ficar quieto
2.1.5.5 Exercício de chamada
2.2 SOCIABILIZAÇÃO
2.2.1 Sociabilização intraespecífica
2.2.2 Sociabilização interespecífica
Cães & Lobos Edição Nº 4
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Entrevista Cães & Lobos Edição Nº 1
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Cães & Lobos Edição Nº 1
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Formamos:
Profissionais competentes...
… e donos responsáveis!
Departamento de Formação do:
CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS
Módulo 3 (prático)
3.1 ADESTRAMENTO EM GUARDA E DEFESA
3.1.1 Determinar as aptidões do cão
3.1.2 O Figurante (Homem de ataque)
3.1.2.1 Vestuário
3.1.2.2 Equipamento
3.1.2.3 Formação
3.1.3 O trabalho de motivação
3.1.4 O treino técnico das mordidas
3.1.5 O treino da inibição da mordida (larga)
3.1.6 O treino da fuga do figurante
3.1.7 O treino da busca do figurante
3.1.8 O treino do ataque surpresa ao guia
3.1.9 O treino do ataque longo
Módulo 4 (teórico)
4.1 COMPORTAMENTOS ANÓMALOS E DESVIANTES
4.1.1 Agressividades
4.1.1.1 Definição e tipologias
4.1.2 Micção ou defecação inadequadas
4.1.2.1 Definição
4.1.2.2 Tratamento
4.1.3 Ansiedade por separação
4.1.3.1 Definição
4.1.3.2 Tratamento
4.1.4 Fobias
4.1.4.1 Definição
4.1.4.2 Tratamento
4.1.5 Manias Maternais
4.1.5.1 Definição
4.1.5.2 Tratamento
4.1.6 Hiperatividade e hiperexceptibilidade
4.1.6.1 Definição
4.1.6.2 Tratamento
4.1.7 Comportamentos estereotipados
4.1.7.1 Definição
4.1.7.2 Tratamento
4.1.8 Ingestão Inadequada
4.1.8.1 Alimentação Estranha
4.1.8.2 Coprofagia
4.1.8.3 Objetos
4.1.9 Síndrome de Disfunção Cognitiva
Curso intensivo de formação de monitores de
adestramento científico canino (presencial)
Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como profissionalmente
Características do Curso
Tipo de Curso: Curso presencial ministrado em sistema intensivo de 15 dias de duração, com uma carga horária lectiva diária de 4 horas, incluindo as componentes prática e teórica. Início do Curso: A combinar com o formando
Local das Aulas: Campo de Trabalho do Centro Canino de Vale Lobos – Vale de Lobos - Sintra Método de Ensino: Científico Quantidade de Alunos por Curso: 1
Documento fim de Curso: Certificado com informação detalhada sobre as avaliações intercalares e finais e matéria leccionada
Estrutura Programática do Curso Módulo 1 (teórico)
Módulo 2 (prático) Do Curso de duração normal
www.facebook.com/doginstinctpt
www.ativanimal.com
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Propriedade:
Centro Canino de Vale de Lobos
www.ccvlonline.com
Edição:
Dep. Divulgação do CCVL
http://Comportamento-
canino.blogspot.com
Revista Digital de Cães e
Lobos Editor:
Sílvio Pereira
Colaboraram nesta Edição:
Andreia Lauro, Francisco Barata, Inês Pereira, Karin Medeiros,
Maria Céu Martins, Nídia Rodri-
gues, Ricardo Duarte, Vanda Botelho, Vanessa Correia
Paginação e execução gráfica:
Sílvio Pereira
Nota:
Todo o material publicado nesta
edição é da exclusiva responsa-bilidade dos seus autores.
_________________________ Página web: http://revistacaeselobos.weebly.com
Cães & Lobos Nº 12
Colaboradoraram nesta edição:
Andreia Lauro
Francisco Barata
Inês Pereira
Karin Medeiros
Maria do Céu Martins
Nídia Rodrigues
Ricardo Duarte
Vanda Botelho
Vanessa Correia
Formamos:
Profissionais competentes...
… e donos responsáveis!
Departamento de Formação do:
Curso destinado a todos os proprietários que queiram adestrar os seus cães em casa
(portanto, no seu território) evitando assim as sempre stressantes e por vezes
traumatizantes idas às escolas de treino canino.
Características do Curso Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: De 2 a 4 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do aluno).
A quem é dirigido este Curso: Com este Curso o dono dispensa as sempre angustiantes e traumáticas idas às escolas de trei-no, uma vez que o cão aprende no seu próprio território, portanto, qualquer pessoa está em condições de frequentar este curso, a única limitação prende-se com a obrigatoriedade de possuir um cão (seja ele de que raça for) uma vez que numa das fases do Curso terá que aplicar na prática, as técnicas que vão sendo estudadas.
Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/teórica e conhecimento profundo do aspeto funcional do cão, assim como uma identificação da interação dos mecanismos da aprendizagem com os vários tipos de condicionamento. No aspeto prático adquire-se um conhecimento básico dos princípios gerais do Condicionamento Operante assim como a utiliza-ção do clicker como instrumento fundamental no moderno treino científico canino. Resumindo, o formando fica perfeitamente preparado não só para poder treinar o seu cão positivamente mas também para com-preender a sua linguagem, o seu carácter, a sua personalidade e o seu temperamento.
Módulo 1 (teórico)
1ª Parte - Conhecer o Aspeto Funcional do Cão
2ª Parte - O Carácter e o Temperamento num Cão
3ª Parte - A Comunicação Canina
4ª parte - Os Instintos
5ª Parte - Condicionamento Operante
6ª parte - Descobrir o Clicker
Estrutura Programática (resumida)
Módulo 2 (prático)
7ª Parte - O Adestramento em Obediência Social
8ª Parte - Motivar e Condicionar o Cão
9ª parte - Exercícios de Obediência Básica
10ª Parte - Sociabilização
http://formacaoccvl.weebly.com/curso-on-line-de-adestramento-positivo-canino.html
Formamos:
Profissionais competentes...
… e donos responsáveis!
Departamento de Formação do: CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS
Características do Curso
Objetivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre a identificação, diagnóstico, tratamento e prevenção dos Comportamentos anómalos, desviantes e patológicos dos cães que vivem integrados na sociedade humana. É um Curso abrangente uma vez que é transversal a todos os Problemas Comportamentais dos canídeos domésticos.
Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: +/- 3 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do for-mando).
A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Adestradores Caninos que sentem dificuldades na interpretação e tratamento destas patologias cada vez mais presentes na interação dos cães com os seus donos e o meio envolvente. Mas tam-bém a todos os interessados na temática do Comportamento Canino e nas alterações causadas por via da domesticação.
Perspetival de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de interpretação, diagnóstico, tratamento e prevenção das Patologias do Comporta-mento. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, resolver todos os problemas ligados à área Com-portamental.
Tema 1 - Como Funciona um Cão
Tema 2 - O Carácter
Tema 3 - O Temperamento
Tema 4 - A Comunicação Canina
Tema 5 - Os Instintos Básicos de Sobrevivência
Tema 6 - Os Condicionamentos Tema 7 - As Agressividades
Tema 8 - Ansiedade por Separação
http://formacaoccvl.weebly.com/curso-de-psicologia-canina.html
Estrutura Programática do Curso (Resumido)
Tema 9 - Síndrome de Disfunção Cognitiva
Tema 10 - Fobias
Tema 11 - Manias Maternais
Tema 12 - Hiperatividade e Hiperexcitabilidade
Tema 13 - Comportamentos estereotipados
Tema 14 - Ingestão Inadequada
Tema 15 - Eliminação Inadequada