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D copywright © Escola Intercultural, empresa municipal newsletter E I P A Nº 46 - Agosto 2015

Nº 46 - Agosto 2015 newsletter - escolaintercultural.pt · EIPDA newsletter 02 “Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha

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E I P A

Nº 46 - Agosto 2015

EIPDA newsletter

02

“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa

Adelino SerrasDiretor-Geral

Texto de reflexão

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03

Comunicar em língua InglesaDurante as aulas de Comunicar em Língua Inglesa, os formandos foram realizando pequenos projetos que procurassem desenvolver outras capacidades, articulando-as com o uso da língua inglesa. Assim, mostramos um pouco do que os formandos foram fazendo:

TCP 2 - Yearbook "Memories are made to be remembered"

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04

Comunicar em língua Inglesa

TCP 7 - Oral presentations on Global Issues "Look around you!"

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05

Comunicar em língua Inglesa

TCP 6 / TCP 7 / TL 4 - Project work "Nature is Speaking"

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06

Mensagens da TCP1 e TCP5

TCP1

TCP5

THE TCP5 CLASS WISHES NICE HOLLIDAYS TO

ALL!!!

IN SEPTEMBER THE CLASS WILL SPREAD

“CARING FOOTPRINTS”, AS AN ASSIGNMENT

OF THE ENGLISH CLASSES!!!

TEACHER: Cristiana Palma

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Eu escolho a EIPDA!

3 Atletas Federadas de Futsal feminino escolheram a Escola Intercultural e das Profissões para fazer formação

É com enorme prazer que temos connosco 3 formandas federadas em Futsal. A Cristiana Martinho começou a praticar esta modalidade desde os 11 anos, a Joana Pinheiro aos 12 anos e a Tânia Sousa aos 9 anos. Os pais sempre as apoiaram, desde que os estudos façam parte do seu percurso. Treinam cerca de 9 horas por semana, das 22 às 23:00 horas. Só jantam quando chegam a casa. As três atletas frequentam o mesmo curos, cozinha e pastelaria, e estão no 2º ano. Referem que a área de cozinha está ligada ao desporto, pois para se ser uma bom desportista há que “saber comer.” São jovens simpáticas, bem-dispostas e adoram o que fazem. Parabéns às três!

Cristiana Martinho• BicampeãpeloBenficaépoca2012/13e2013/14• Ganhouataçanacionalem2013• Campeãem2003pelosNovosTalentos• Foiàseleçãodistrital• Participounotorneio“internacional2015”O seu sonho é jogar numa equipa no estrangeiro.

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Eu escolho a EIPDA

Tânia Sousa • CampeãdistritaldeLisboaépocade2013/14• Campeãdataçanacionalépocade2013/14• CampeãjunioresfemininopeloBenficanaépoca2008/09• Campeãpelaseleçãofutsalde7eFutsal2008• FinalistadaTaçadePortugalO seu sonho é ter presença assídua na Seleção Nacional

Joana Pinheiro• CampeãdistritaldeLisboaem2015• Vicecampeãem2015• Campeãdataçanacionalnaépocade2013/14• Campeãpelaseleçãodistritaldefutsalem2014• FinalistadaTaçadePortugal

O seu sonho é ir à Seleção Nacional, jogar no estrangeiro e ser campeã nacional.

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VencedoresdosDesafiosmensaisdematemática

O vencedor dos “Desafios

Mensais de Matemática”

deste mês, no Pólo da

Reboleira, foi a formanda

Janice Semedo do Curso

de Técnico de Electrotecnia

da turma 1 do Sistema

Aprendizagem.

Parabéns à vencedora!

O vencedor dos “Desafios

Mensais de Matemática”

destemês,noPólodaVenda

Nova, foi a formanda Rita

VenturadoCursodeTécnico

de Cozinha Pastelaria 7 do

Sistema Aprendizagem.

Parabéns à vencedora!

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Trabalhos realizados pelos alunos do Projecto 12/15 durante o ano lectivo 2014/2015

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TCP7 - UFCD Portugal e a Europa

A turma TCP7 realizou trabalhos sobre as organizações governamentais e não governamentais no âmbito da ufcd Portugal e a Europa. Eis o resultado!

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12Testemunhos

Foi no momento mais difícil da minha vida que apareceu uma solução que achava ser impossível. Numa altura em que queria estudar e cuidar do meu filho acabado de nascer, para no futuro termos uma vida melhor.Assim houve uma solução, a sala de acolhimento para bebés e crianças da Escola Intercultural, onde deixei o Rodrigo todos os dias para poder continuar a estudar. Não desisti.O Rodrigo tinha 4 meses, ficava todos os dias na sala de acolhimento. No início ficava com o coração nas mãos, mas não foi por isso que desisti de ir à escola. Pouco a pouco ganhámos confiança e vontade de estar a caminhar todos os dias para a escola.Foi na Sala de Acolhimento, com muito amor e carinho da Helena Ribeiro, Sandra, Dália e Odete que o meu filho começou a gatinhar, a andar, a falar, a brincar, a partilhar e muito mais. Só tenho a agradecer imenso e do fundo do coração pela dedicação do trabalho de todos. Tenho muito que agradecer à Helena, por ser uma grande segunda mãe/avó do Rodrigo. À minha Sandra pela paciência que tinha com o meu filho.Obrigada por tudo. Obrigada pelos três anos de dedicação. Sem vocês não conseguiria concluir os estudos e agora já tenho o 12º ano, o estágio feito e vou começar a trabalhar.

Rute BarbosaAluna da Escola Seomara da Costa Primo

Não desisti.

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VisitadeestudodaTRB1aoMuseudaCerveja

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Claudio Naranjo: “A educação atual produz zumbis"

ARTIGO DO MÊS

O psiquiatra chileno diz que investir numa didática afetiva é a saída para estimular o autoconhecimento dos alunos e formar seres autônomos e saudáveis

O psiquiatra chileno Claudio Naranjo tem um currículo invejável. Formou-se em medicina na Universidade do Chile, especializou-se em psiquiatria em Harvard e virou pesquisador e professor da Universidade de Berkeley, ambas nos EUA. Desenvolveu teorias importantes sobre tipos de personalidade e comportamentos sociais. Trabalhou ao lado de renomados pesquisadores, como os americanos David McClelland e Frank Barron. Publicou 19 títulos. Sua trajetória pode ser classificada como irrepreensível pelo mais ortodoxo dos avaliadores. Ele é, inclusive, um dos indicados ao Nobel da Paz deste ano. É comum, no entanto, que Naranjo seja chamado, em tom pejorativo, de esotérico e bicho grilo. Há mais de três décadas, ele e a fundação que leva seu nome pregam que os educadores devem ser mais amorosos, afetivos e acolhedores. Ele defende que essa é a forma mais eficaz de ajudar todos os alunos – não só os melhores – a efetivamente aprender “e assim mudar o mundo”, como ele diz. Claudio Naranjo esteve no Brasil para participar do evento sobre educação básica Encontro de Educadores.

ÉPOCA – O senhor é psiquiatra e desenvolveu teorias importantes em estudos de personalidade. Hoje trabalha exclusivamente com educação. Por que resolveu se dedicar a esse tema?

Claudio Naranjo – Meu interesse se voltou para a educação porque me interesso pelo estado do mundo. Se queremos mudar o mundo, temos de investir em educação. Não mudaremos a economia, porque ela representa o poder que quer manter tudo como está. Não mudaremos o mundo militar. Também não mudaremos o mundo por meio da diplomacia, como querem as Nações Unidas – sem êxito. Para ter um mundo melhor, temos de mudar a consciência humana. Por isso me interesso pela educação. É mais fácil mudar a consciência dos mais jovens.

A educação é a única forma de mudar o mundo.

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ÉPOCA – Quais os problemas do modelo educacional atual na opinião do senhor?

Naranjo – Temos um sistema que instrui e usa de forma fraudulenta a palavra educação para designar o que é apenas a transmissão de informações. É um programa que rouba a infância e a juventude das pessoas, ocupando-as com um conteúdo pesado, transmitido de maneira catedrática e inadequada. O aluno passa horas ouvindo, inerte, como funciona o intestino de um animal, como é a flora num local distante e os nomes dos afluentes de um grande rio. É uma aberração ocupar todo o tempo da criança com informações tão distantes dela, enquanto há tanto conteúdo dentro dela que pode ser usado para que ela se desenvolva. Como esse monte de informações pode ser mais importante que o autoconhecimento de cada um? O nome educação é usado para designar algo que se aproxima de uma lavagem cerebral. É um sistema que quer um rebanho para robotizar. A criança é preparada, por anos, para funcionar num sistema alienante, e não para desenvolver suas potencialidades intelectuais, amorosas, naturais e espontâneas.

ÉPOCA – Como é possível mudar esse modelo?

Naranjo – Podemos conceber uma educação para a consciência, para o desenvolvimento da mente. Na fundação, criamos um método para a formação de educadores baseado em mais de 40 anos de pesquisas. O objetivo é preparar os professores para que eles se aproximem dos alunos de forma mais afetiva e amorosa, para que sejam capazes de conduzir as crianças ao desenvolvimento do autoconhecimento, respeitando suas características pessoais. Comprovamos por meio de pesquisas que esse é o caminho para formar pessoas mais benévolas, solidárias e compassivas. Hoje a educação é despótica e repressiva. É como se educar fosse dizer faça isso e faça aquilo. O treinamento que criamos está entre os programas reconhecidos pelo Fórum Mundial da Educação, do qual faço parte. Já estive com ministros da Educação de dezenas de países para divulgar a importância dessa abordagem.

ÉPOCA – E qual foi a recepção?

Naranjo – A palavra amor não tem muita aceitação no mundo da educação. Na poesia, talvez. Na religião, talvez. Mas não na educação. O tema inteligência emocional é um pouco mais disseminado. É usado para que os jovens tomem consciência de suas emoções. É bom que exista para começar, mas não tem um impacto transformador. A inteligência emocional é aceita porque tem o nome inteligência no meio. Tudo o que é intelectual interessa.

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Não se dá importância ao emocional. Esse aspecto é tratado com preconceito. É um absurdo, porque, quando implementamos uma didática afetuosa, o aluno aprende mais facilmente qualquer conteúdo. Os ministros da Educação me recebem muito bem. Eles concordam com meu ponto de vista, mas na prática não fazem nada. Pode ser que isso ocorra por causa da própria inércia do sistema. O ministro é como um visitante que passa pelos ministérios e consegue apenas resolver o que é urgente. Ele mesmo não estabelece prioridades. Estou mais esperançoso com o novo ministro da Educação de vocês (Renato Janine Ribeiro). Ele me convidou para jantar, para falarmos sobre minhas ideias. É a primeira vez que a iniciativa parte do lado do governo. Ele é um filósofo, pode fazer alguma diferença."Quando há amor na forma de ensinar, o aluno aprende mais facilmente qualquer conteúdo" ÉPOCA – Para quem decidiu ser professor, não seria natural sentir amor, compaixão e vontade de cuidar do aluno?

Naranjo – Uma vez dei uma aula a um grupo de estudantes de pedagogia na Universidade de Brasília.Fiqueimuitodecepcionadocomafaltadeinteresse.Vendominhaexpressão,ocoordenadorme disse: “Compreenda que eles não escolheram ser educadores. Alguns prefeririam ser motorista de táxi, mas decidiram educar porque ganham um pouco mais e têm um pouco mais de segurança. Estão aqui porque não tiveram condições de se preparar para ser advogados ou engenheiros ou outra profissão que almejassem”. Isso acontece muito em locais em que a educação não é realmente valorizada. Quem chega à escola de educação são os que têm menos talento e menos competência. Não se pode esperar que tenham a vocação pedagógica, de transmitir valores, cuidar e acolher.

ÉPOCA – O senhor diz que o sistema de educação atual desperdiça talentos, rotulando-os com transtornos e distúrbios. Pode explicar melhor esse ponto?Naranjo – Humberto Maturana, cientista chileno, me contou que a membrana celular não deixa entrar aquilo que ela não precisa. A célula tem um modelo em seus genes e sabe o que necessita para construir-se. Um eletrólito que não lhe servirá não será absorvido. Podemos usar essa metáfora para a educação. As perturbações da educação são uma resposta sã a uma educação insana. As crianças são tachadas como doentes com distúrbios de atenção e de aprendizado, mas em muitos casos trata-se de uma negação sã da mente da criança de não querer aprender o irrelevante. Nossos estudantes não querem que lhe metam coisas na cabeça. O papel do educador é levá-lo a descobrir, refletir, debater e constatar. Para isso, é essencial estimular o autoconhecimento, respeitando as características de cada um. Tudo é mais efetivo quando a criança entende o que faz mais sentido para ela.

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ÉPOCA – Por que a educação caminhou para esse modelo?Naranjo – Isso surgiu no começo da era industrial, como parte da necessidade de formar uma força de trabalho obediente. Foi uma traição ao ideal do pai do capitalismo, Adam Smith, que escreveu A riqueza das nações. Ele era professor de filosofia moral e se interessava muito pelo ser humano. Previu que o sistema criaria uma classe de pessoas dedicadas todos os dias a fazer só um movimento de trabalho, a classe de trabalhadores. Previu que essa repetição produziria a deterioração de suas mentes e advertiu que seria vital dar a eles uma educação que lhes permitisse se desenvolver, como uma forma de evitar a maquinização completa dessas pessoas. Sua mensagem foi ignorada. Desde então, a educação funciona como um grande sistema de seleção empresarial. É usada para que o estudante passe em exames, consiga boas notas, títulos e bons empregos. É uma distorção do papel essencial que a educação deveria ter.

ÉPOCA – Há algo que os pais possam fazer?Naranjo – Muitos pais só querem que seus filhos sigam bem na escola e ganhem dinheiro. Acho que os pais podem começar a refletir sobre o fato de que a educação não pode se ocupar só do intelecto, mas deve formar pessoas mais solidárias, sensíveis ao outro, com o lado materno da natureza menos eclipsado pelo aspecto paterno violento e exigente. A Unesco define educar como ensinar a criança a ser. As Constituições dos países, em geral, asseguram a liberdade de expressão aos adultos, mas não falam das crianças. São elas que mais necessitam dessa liberdade para se desenvolver como pessoas sãs, capazes de saber o que sentem e de se expressar. Se os pais se derem conta disso, teremos uma grande ajuda. Eles têm muito poder de mudança.

Fonte: http://epoca.globo.com/ideias/noticia/2015/05/claudio-naranjo-educacao-atual-produz-zumbis.html

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AGOSTO 2015Todos nós sentimos faltaDe gozar nosso cantinho

Se sentes que estás em altaBrinca, mas com juizinho

Vai á praia, vai ao campoAproveita a descansar

Não te esqueças no entretanto Que precisas cá voltar

Vive, o teu dia-a-dia Em forma, e em ribalta

Não esquecendo, por um diaDesta escola, e desta malta

Em Setembro, vais voltar Com vontade e alegria Ocupando o teu lugar

Com carradas de energia

Zulmira Martins

Páginas de poesia

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www.escolaintercultural.pt

Nesta edição colaboraram: Dália Miranda, Paula Pereira, Zulmira Martins, Filomena Palhas, CristianaPalma,PedroPinto,PedroVideira,CatarinaCarvalho.