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No início dos anos 20, a Europa foi
sacudida por uma onda de greves e por
um crescente desemprego, provocado
pela queda da produção agrícola e
industrial.
Financiou sua reconstrução com
empréstimos norte americanos.
A partir da segunda metade dos anos 20 a
Europa retomou a produção industrial e
foi beneficiada pelo consumo dos
Estados Unidos.
Nesse contexto a Europa vivenciou um
período de grande efervescência
cultural, em que vários pintores,
escritores, cineastas e dançarinos
criaram obras e costumes inovadores.
A Primeira Guerra Mundial serviu de precioso
argumento para os críticos da sociedade
moderna.
Intelectuais e artistas de nacionalidades distintas
esboçavam pensamentos que procuravam
questionar a forma de conduzir a vida na época.
Em vez de exaltarem o progresso tecnológico da
sociedade, denunciavam seus efeitos
perniciosos na vida das pessoas como a guerra
e a submissão do indivíduo ao ritmo das
máquinas.
O experimentalismo dos artistas dessa
chamada “vanguarda” questionou o
conceito de arte valorizado pelos
museus.
Os escritores rompiam com o romance
moderno. A música e a dança
incorporaram a sensualidade na criação
e na apresentação.
Dois revolucionários da arte, Francis Picabia e Tristan Tzara,
fundaram, em 1916, o Dadaísmo, que defendia a liberdade na
arte e na vida. O movimento dadaísta agrupou artistas como
Marcel Duchamp e George Grosz, que criaram formas
revolucionárias de produção artística.
Os homens do dadaísmo negavam as formas tradicionais de arte
e apresentavam objetos comuns como se fossem obras de
arte. Um bom exemplo é a obra Presente (1921) de Man Ray,
que consiste em um ferro de passar roupas da época,
acrescido de pregos pontiagudos soldados na base, que
normalmente seria lisa. Marcel Duchamp dedicou uma
inscrição à obra:
“Use um quadro de Rembrandt como tábua de passar
roupa”.
Além de atribuir importância a coisas que normalmente
eram desprezadas, os dadaístas pretendiam tirar a arte
dos museus, levando-a ao cotidiano das pessoas. O
dadaísmo propunha uma arte provocativa,
transformadora, e não meramente contemplativa. A arte
deveria incomodar, e não agradar ao público e à
sociedade.
A partir dos anos 20 a europa passou a se
interessar mais pela cultura norte americana.
Na efervescente cidade de Paris dos anos 1920,
uma dançarina negra norte-americana
provocava paixão e ditava a moda feminina.
Seu cabelo curto e liso virou uma febre entre as
mulheres. A influência de Josephine estimulou
em suas fãs o hábito de tomar banho de sol
porque sua pele era morena.
As dançarinas de Jazz do grupo de
Josephine, La Revue, chocavam e ao
mesmo tempo fascinavam os que
assistiam aos espetáculos. A nova
dança, o Charleston, era acompanhada
pelos ritmos contagiantes e
enlouquecidos do jazz.
Para os socialistas, a transformação nas artes era
tão necessária quanto a transformação social,
pois criaria uma nova cultura.
Nos primeiros anos após a revolução, houve
muitas obras que retratavam a vida e a luta dos
trabalhadores. Houve a criação de novas
formas de expressão, diferentes e mais radicais
que as tradicionais.
Com a chegada de Stalin essas manifestações
radicais das vanguardas soviéticas foram
reprimidas e consideradas burguesas.
Sob o regime stalinista, a arte devia representar
apenas o mundo dos trabalhadores, segundo a
visão do governo, e enaltecer o nacionalismo:
soldados em guerra, operários e camponeses
fortes e felizes, mineiros sujos de fuligem. A
produção cultural do país foi controlada,
uniformizada e direcionada para ser
exclusivamente um instrumento de propaganda
política.
Nos anos 1920 o rádio transformou-se num importante
veículo de informação popular e de toda forma de
propaganda.
Os mais pobres podiam compra-lo, trazendo o mundo
para suas casas.
Em 1920 foi implantada na Torre Eiffel, em Paris, uma
das primeiras estações de rádio do mundo. Embora
tivesse alcance limitado, causava sensação por ter
sido instalada num ponto turístico da França.
Fim da unidade 3