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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE INTERVENÇÃO EM SAÚDE
Dra. Ana KarkowCesuca – Faculdade INEDICurso de Psicologia
Saúde
Constructo multifatorial Resultado de uma interação complexa entre
fatores culturais, sociais, psicológicos, físicos, biológicos e espirituais
PSICOLOGIA DA SAÚDE
• Área da psicologia• Aplicação das teorias, métodos e investigação
psicológicos à saúde, à doença e aos cuidados de saúde
• Preocupa-se com os aspectos psicológicos da promoção e da manutenção da saúde, do confronto com a doença e dos próprios cuidados de saúde
• Contextos individual, familiar, organizacional, cultural e comunitário.
Caracterizar e contextualizar a intervenção psicológica na área da Saúde;
Valorizar a intervenção nos cuidados de saúde primários, secundários e terciários;
A intervenção dos psicólogos está sendo cada vez mais discutida na área da saúde;
Objetivo da disciplina
PSICOLOGIA DA SAÚDE Poucos profissionais nos Serviços de Saúde; Em países da Europa e dos EUA, psicólogos já
contribuem significativamente para a promoção de saúde, projetos de prevenção, humanização dos serviços de saúde e promoção da qualidade dos cuidados;
No Brasil, área em expansão, necessitando de discussões teórico-práticas.
DIFICULDADES PRESENTES NO CAMPO DA SAÚDE
Precária qualidade dos cuidados de saúde; Falta de resposta às necessidades psicológicas
e de apoio dos sujeitos em crise que recorrem aos serviços;
Dificuldades de adaptação dos indivíduos às situações de doença;
Problemas e dificuldades familiares; Falta de comunicação entre paciente e
profissional – gerando não adesão ao tratamento Despersonalização do paciente – prejudica a
qualidade da relação profissional de saúde-usuário.
NÃO-ADESÃO DO PACIENTE AO TRATAMENTO PSICOTERÁPICOComunicação precária entre paciente – equipeCompreensão das condutas que o paciente deve
adotarCaracterísticas do tratamento Reações do paciente ao tratamento
Rebeldia contra as maneiras arbitrárias e autoritárias da equipe de saúde
Papel passivo que é imposto ao paciente pelo profissional de saúde e pela própria doença
Presença de agentes estressores do cotidiano (falta de tempo, de dinheiro, problemas intrafamiliares - como instabilidade e conflitos em casa ...)
PAPEL DA PSICOLOGIA NA ÁREA DA SAÚDEPromoção e prevenção de saúde;Tratamento das doenças e das
disfunções psicológicas individuais e familiares;
Papel do Psicólogo como ciência e como profissão, que se insere nos contextos
sociais, culturais, ambientais, relacionados à saúde e à doença.
A abordagem psicológica em saúde Sujeito FamíliaTécnicos de saúde Equipe e todo suporte social envolvido
Utiliza modelos integrados de avaliação e de intervenção, bem como uma perspectiva multissetorial que abrange o sistema de saúde e o sistema social, e atualmente, os de segurança social e de suporte comunitário.
OS PARÂMETROS DA PSICOLOGIA EM SAÚDE Do objeto
Sujeito e sua família As relações com sua doença e com a equipe de
saúde; Dos objetivos
Mudanças de comportamentoConfronto com a doença e com os
procedimentos decorrentes delaQualidade de vida e de saúdeQualidade dos cuidados de saúde;
Dos modelos teóricos diversificados Modelo biopsicossocialTeorias sóciocognitivas, relevantes na educação
e promoção da saúde e na prevenção das doenças;
Métodos de avaliação Individual (entrevista clínica, exame psicológico)
Familiar e rede de apoio
Métodos de intervençõesModelos e técnicas de aconselhamentoIndividual e familiarTécnicas cognitivas e comportamentais Psicoterapia de apoioIntervenção na crise Técnicas de intervenção comunitária.
INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NOS CUIDADOS DE SAÚDE
PRIMÁRIOS
Programas de promoção da saúde e de prevenção das doenças em diferentes fases do ciclo vital;
A intervenção psicológica na promoção de saúde e prevenção consiste em:Ações de informação e educação para a saúde e
para a doença;Prestar atenção às características da
comunidade que podem ter efeitos desfavoráveis sobre a saúde e doença
Otimizar recursos afetivos e cognitivos individuais e familiares
Contribuir para o desenvolvimento de competências que minimizem comportamentos de risco.
Delinear intervenções adequadas às diferentes fases do desenvolvimento psicológico.
Modalidades de intervenção podem ser diversas, mas têm que considerar não só o indivíduo, mas também o sistema familiar.
IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NAS INTERVENÇÕES PSICOLÓGICAS EM SAÚDE Pesquisas mostram que quando a
cooperação dos membros da família é obtida, a adesão é mais alta.
Os familiares podem ajudar o paciente e o profissional de saúde a integrar o tratamento nas atividades cotidianas.
ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO CAMPO DA SAÚDE Fatores psicológicos relacionados aos
comportamentos saudáveis e de risco Determinantes psicológicos da mudança de
comportamentos em saúde Influência do stress e do suporte social na saúde e
na doença Implementação da qualidade de vida relacionada
à saúde.
Intervenções psicológicas centram-se na perspectiva da promoção da saúde individual e familiar e da prevenção, bem como do confronto e adaptação à doença (física e mental) e aos seus tratamentos.
Importância de intervenções de cunho individual, familiar e de casal
O aconselhamento psicológico em saúde e as intervenções sistêmicas tem sido às mais adequadas para as intervenções psicológicas em equipes de cuidados de saúde primários.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A intervenção psicológica Promove adaptação mais satisfatória à situação,
por parte do sujeito e da família. Estratégias de confronto e de ajustamento
psicológico à hospitalização, à cirurgia, à dor crônica, bem como às consequências de traumatismos causados pelo contexto da doença.
O psicólogo poderá também desempenhar papel de mediador entre a equipe de saúde e a equipe de reabilitação, bem como entre a equipe de saúde e os suportes comunitários necessários para a integração.
REFERÊNCIAS Taylor, S.E. (1986). Interação profissional de saúde
– paciente. Health Psychology. New York: Random House. Capítulo 10 (pp. 240-263). (Adaptação e tradução: Eliane Maria Fleury Seidl)
Trindade, I. & Teixeira, J. C. (1998). Intervenção psicológica em centros de saúde: o psicólogo nos cuidados de saúde primários. Análise Psicológica, 2 (XVI): 217-229.