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PONTUAÇÃO
Emprego da vírgula A vírgula corresponde a uma breve pausa. De um modo geral, podemos afirmar que: 1) Na ordem direta (sujeito, verbos, complementos ou adjuntos), não se usa a vírgula. Ex.: Aquela menina fez a redação no colégio. Assim, não se separa o verbo de seu sujeito ou de seus complementos por meio de vírgula. 2) Na ordem inversa, normalmente se usa vírgula. Ex.: No colégio, aquela menina fez a redação. 3) Na ordem direta, haverá vírgulas quando uma expressão de valor explicativo ou adverbial ficar intercalada, separando o sujeito do verbo ou este de seus complementos. Ex.: Aquela menina, aluna exemplar, fez a redação no colégio. Note bem: A expressão fica entre vírgulas; com apenas uma vírgula, haveria erro.
Principais situações de uso da vírgula 1) Para separar um aposto. Ex.: Teu irmão, aluno da primeira série, está dispensado. 2) Para separar o vocativo. Ex.: Aqui está, crianças, o que prometi. 3) Para separar as orações coordenadas, exceto as começadas por E. Ex.: Pintou a casa de branco, mas não ficou satisfeito. 4) Para separar as orações subordinadas adverbiais deslocadas. Ex.: Para que o notassem, subiu numa árvore. Obs.: Vindo depois da principal, a vírgula torna-se facultativa. Ex.: Chorou muito, porque se machucou. Chorou muito porque se machucou. 5) Para separar termos deslocados no período e que se pronunciam com pausa. Ex.:Depois do almoço, fomos ao cinema (adj.adv.deslocado) 6) Para separar termos de mesmo valor usados numa coordenação. Ex.:Ela era alta, bonita, simpática, sincera. 7) Para separar orações começadas por E, quando têm sujeito diferente da primeira. Ex.:Antônio leu o livro, e Paulo escreveu a carta. Mas: Antônio leu o livro e escreveu a carta. 8) Para intercalar qualquer termo, normalmente de valor explicativo ou adverbial. Ex.:Mário trabalha muito, ou melhor, demais.
Agora, disseram eles, precisamos sair. Espero que, enquanto estejam ali, não façam bobagens.
9) Nas datações. Ex.:Rio de Janeiro, 28 de junho de 1986.
10) Para indicar supressão de verbo. Ex.:Lúcia irá ao cinema; Carla, ao teatro. (irá) 11) Para separar conjunções adversativas e conclusivas deslocadas. Ex.:Falou pouco; estava, porém, cansado. 12) Para separar orações subordinadas adjetivas explicativas. Ex.:Paulo, que estuda ali, falará hoje.
Observação Não se usa vírgula para separar: 1) O verbo de seu sujeito ou objeto. Ex.:Pedro, saiu cedo. (errado) Pedro saiu cedo. (certo) 2) O nome de seu complemento ou adjunto. Ex.:Tinha medo, de tudo. (errado) Tinha medo de tudo. (certo) 3) O verbo de seu predicativo. Ex.:Essa menina é, bastante levada. (errado) Essa menina é bastante levada. (certo)
4) As orações substantivas de sua principal.
Ex.: Ele sabia, que ia conseguir. (errado)
Ele sabia que ia conseguir. (certo)
Emprego do ponto-e-vírgula 1) Para separar dois grupos distintos de coordenação.
Ex.: Ele trouxe coxinhas, sanduíches, pastéis; eu, refrigerantes, refrescos, pratos e copos.
2) Para separar os itens de uma enumeração.
Ex.: O candidato precisa fazer três coisas:
a) chegar com antecedência de uma hora;
b) trazer identidade;
c) trazer o material adequado para a prova.
3) Para separar as orações adversativas ou conclusivas, quando se quer alongar a pausa.
Ex.: Havia muitas pessoas à minha espera; contudo preferi ficar no escritório.
4) Para separar orações coordenadas quando a conjunção está deslocada.
Ex.: Estudou a tarde toda; estava, portanto, preparado.
5) Para separar os considerandos de uma lei ou decreto.
Ex.: Considerando que...; Considerando que...; Decreta que...
Emprego de dois-pontos 1) Antes de uma citação.
Ex.: Disse o filósofo: “Só sei que nada sei.”
2) Antes de uma enumeração.
Ex.: Aqui nós encontramos: material de escritório, roupas, rádios etc.
Obs.: Nesse caso, o uso de dois-pontos não é obrigatório.
3) Para introduzir um aposto ou oração apositiva.
Ex.: Só queria algo: seu afeto.
Desejava uma coisa: que o compreendessem. 4) Antes de um exemplo, nota, observação. Ex.: Nota:
Obs.:
Ex.:
5) Antes de um esclarecimento. Ex.: “Não foi a razão que motivou esta ternura: foi a amizade.”
Emprego de reticências Normalmente, usam-se reticências para indicar a interrupção de uma idéia. Ex.: Estava pensando.. .Bem, não importa.
Emprego de aspas 1) No começo e no fim de uma citação ou transcrição. Ex.: Algum sábio já afirmou: “Agir na paixão é embarcar durante a tempestade.”
2) Para indicar gíria, estrangeirismo, neologismo. Ex.: Se “pintar” uma oportunidade, estarei lá.
Estavam no “hall” do hotel.
O professor disse que o aluno cometera um “lingüicídio.”
3) Para reproduzir um erro gramatical. Ex.: Vamos a “Petrópolis”.
Emprego do ponto Serve para marcar o fim de um período. Ex.: Encontramos belas flores na cesta.
Obs.: Usa-se o ponto nas abreviaturas; nunca, porém, naquelas que são símbolos técnicos de
tempo, distância, peso etc.
Ex.: Sr., pág., apart., dr.
Mas: m (metro ou metros), h (hora ou horas), g (grama ou gramas), min (minuto ou
minutos).
Pelo que se observa, tais símbolos são escritos sempre com letras minúsculas, sem ponto e
sem o S do plural.
Emprego do ponto de exclamação De um modo geral, serve para marcar frases exclamativas.
Ex.: Não faça isso, meu filho!
Puxa! Como você é irônico!
Emprego do ponto de interrogação Serve para marcar as frases interrogativas, nas interrogações diretas. Ex.: Quem disse isso? (interrogação direta) Mas: Ignoro quem disse isso. (interrogação indireta)
Emprego do travessão 1) Para destacar uma palavra ou frase. Ex.: “Uma palavra — liberdade — te converte em escravo. 2) Para destacar nos diálogos mudança de interlocutor. Ex.: — Posso falar-te agora? — Aguarde só um momento. 3) Para ligar palavras que formam uma cadeia na frase. Ex.: Perdeu os documentos na ponte Rio - Niterói.
Emprego de parênteses Via de regra, servem para acrescentar frases, orações, expressões de valor acessório; ficam,
pois, intercalados no período.
Ex.: Chegaram-se a nós algumas pessoas (será que podemos chamá-las assim?) que nos
deixaram bastante confusos.