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NOITE DE MúSICA - metropolitana.pt graficas/201110... · a itália, índia, Coreia do sul, macau, tailândia e áustria. em 2009 tocou em Cabo--verde, numa ocasião histórica em

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ClassifiCação etária: maiores de 3 anos

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METROPOlITANAtravessa da galé 36, Junqueira | 1349-028 lisboatelefone 213 617 320

PRóXIMOS CONCERTOS METROPOlITANA

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sábado, 22 de outubro, 21h00grande auditório do CCb

No Bicentenário de liszt (22/10/1811)temporada de Concertos CCb | metropolitana

Orquestra Metropolitana de lisboa Eldar Nebolsin piano Jaime Martín direção musical

anton bruckner | franz liszt | richard wagner

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27, 28 e 29 de outubroCiclo Música de Câmara – Solistas da Metropolitana

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NOITE DE MúSICAorquestra metropolitana de lisboareinaldo guerreiro direção musical

obras de António Leal Moreira, Franz Joseph Haydn, Franz Schubert e Wolfgang Amadeus Mozart

sábado, 15 de outubro, 21h30

temporada 2011|2012

20 anos – tocar o futuro

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Reinaldo Guerreiro direção musical

nascido em 1970, iniciou estudos musicais aos 8 anos na sociedade filarmónica operária amorense, sob a orientação do prof. manuel barros seabra, tendo estudado mais tarde com o maestro antónio gonçalves. em 1988 obteve o 1.º prémio ex-aequo no 1.º Concurso Jovens músicos do seixal e de almada. aos dezoito anos ingressou na banda do exército onde permaneceu 21 anos, exercendo as funções de trombone solo e de professor nos diversos cursos aí ministrados. após ter estudado com os professores emídio Coutinho e Hermenegildo Campos, concluiu o 8.º grau de trombone na escola de música do Conservatório nacional, com a média final de dezassete valores. no ano 2000 concluiu o Curso superior de instrumentista de orquestra da academia superior de orquestra, na classe do professor stéphane guiheux, que lhe confere o grau de licenciatura com a classificação final de dezassete valores. Já colaborou com a orquestra gulbenkian, orchestrutópica, sinfónica Juvenil, metropolitana de lisboa, académica metropolitana. tocou como solista na orquestra de sopros de sintra, orquestra académica metropolitana e banda do exército. entre 2000 e 2004, foi primeiro trombone da orquestra metropolitana de lisboa, tendo neste contexto aparecido frequentemente em recitais a solo e música de câmara. desde 2000, desempenha as funções de professor da classe de trombone (incluindo repertório e excertos de orquestra e música de câmara) da academia superior de orquestra. atualmente acumula a função de docente na escola profissional metropolitana. em 2008, concluiu a licenciatura em direção de orquestra, na classe do maestro Jean -marc burfin, com média final de dezassete valores. dirigiu a banda da sociedade recreativa musical trafariense. atualmente dirige a orquestra de sopros da metropolitana, a orquestra de Câmara de sintra e a banda da sociedade filarmónica união arrentelense.

Orquestra Metropolitana de lisboaCesário Costa direção artística

a orquestra metropolitana de lisboa (oml) estreou--se no dia 10 de Junho de 1992. desde então, os seus músicos asseguram uma extensa atividade que compreende os repertórios barroco, clássico e sinfónico – integrando, neste último caso, os jovens intérpretes da orquestra académica metropolitana. distingue--se igualmente pela versatilidade que lhe permite abordar géneros tão diversos como a música de Câmara, o Jazz, o fado, a Ópera ou a música Contemporânea, proporcionando a criação de novos públicos e a afirmação do caráter inovador do projeto da metropolitana. esta entidade, que tutela a orquestra, tem como singularidade o inter--relacionamento das práticas artística e pedagógica, beneficiando da convivência quotidiana de músicos profissionais com alunos das suas escolas – a academia superior de orquestra, o Conservatório e a escola profissional metropolitana. este desígnio faz parte da identidade da oml, à semelhança de uma participação cívica que se traduz na regular apresentação em concertos de solidariedade e eventos públicos relevantes. Cabe--lhe, ainda, a responsabilidade de assegurar programação anual junto de várias autarquias da região centro e sul, para além de promover a descentralização cultural por todo o país. desde o seu início, a oml é referência incontornável do panorama orquestral nacional. além--fronteiras, e somente um ano após a sua criação, apresentou--se em estrasburgo e bruxelas. deslocou--se depois a itália, índia, Coreia do sul, macau, tailândia e áustria. em 2009 tocou em Cabo--verde, numa ocasião histórica em que, pela primeira vez, se fez ouvir uma orquestra clássica naquele arquipélago. no final de 2009 e início de 2010, efetuou uma digressão pela China. tem gravados onze Cds – um dos quais disco de platina – para diferentes editoras, incluindo a emi Classics, a naxos e a rCa Classics. ao longo de quase duas décadas de atividade, colaborou com maestros e solistas de grande reputação nos planos nacional e internacional, de que são exemplos os maestros Christopher Hogwood, theodor guschlbauer, michael zilm, arild remmereit, nicholas Kraemer, lucas paff, victor Yampolsky, Joana Carneiro, brian schembri, ou os solistas monserrat Caballé, Kiri te Kanawa, José Cura, José Carreras, felicity lott, elisabete matos, leon fleisher, maria João pires, artur pizarro, sequeira Costa, antónio rosado, natalia gutman, gerardo ribeiro, anabela Chaves, antónio meneses, sol gabetta, michel portal, marlis petersen, dietrich Henschel, thomas walker, mark padmore, entre outros. em sucessivos períodos, a direção artística esteve confiada aos maestros miguel graça moura, Jean-marc burfin, álvaro Cassuto e augustin dumay, sendo desde a temporada de 2009/2010 da responsabilidade de Cesário Costa.

Noite de música no Museu Nacional dos Coches

orquestra metropolitana de lisboareinaldo guerreiro direção musical

antónio leal Moreira (1758-1819) – sinfonia em si bemol maior

franz Joseph Haydn (1732-1809) – sinfonia n.º 84 em mi bemol maior, In nomine Domini i. Largo - Allegro ii. Andante iii. Minuetto: Allegretto - Trio iv. Finale: Vivace

Intervalo

franz Schubert (1797-1828) – abertura em ré maior, d. 590, Em estilo italiano

wolfgang amadeus Mozart (1756-1791) – sinfonia n.º 35 em ré maior, Kv 385, Haffner i. Allegro con spirito ii. Andante iii. Minuetto - Trio iv. Finale: Presto

Notas ao programa por Rui Campos leitão abrem-se as portas de um dos mais carismáticos museus do nosso país para fazer ouvir música clássica. fruto da nova parceria que vem juntar ao longo da presente temporada o museu nacional dos Coches e a orquestra metropolitana de lisboa, irão ecoar no antigo picadeiro real de belém sons carregados de história lado a lado com a igualmente impressiva história patente nas viaturas de gala da realeza portuguesa expostas no espaço.

primeiro, uma curta obra orquestral do compositor português antónio leal moreira, um dos compositores mais próximos da corte da rainha maria i – a mesma monarca vê-se representada nesta coleção por intermédio de vários coches que estiveram ao seu serviço. trata-se de uma sinfonia em jeito de abertura operática, conforme à tradição italiana e com contornos semelhantes à obra de franz schubert que também se inclui neste programa.

lugar ainda a duas outras sinfonias, estas no formato vienense daquela época, ou não tivessem sido escritas pelo dois compositores austríacos mais importantes do período clássico musical. ambas com quatro andamentos, escuta-se de Haydn a sinfonia In nomine Domini, que vê emprestado o nome de uma melodia de cantochão que nela se faz ouvir (Em nome do Senhor), e a sinfonia Haffner de mozart, inspirada numa serenata escrita anteriormente a propósito da cerimónia de nobilitação do filho do burgomestre da cidade de salzburgo.

Primeiros Violinosana pereira (concertino)adrian florescualexêi tolpygoliviu scripcarudiana tzonkovaCarlos damas

Segundos Violinoságnes sárosieldar nagievanzela akopyanelena Komissarova daniela radu

Violasirma skenderiJoana Cipriano (convidada)gerardo gramajoandrei ratnikov

Violoncelospeter flanaganJian HongJoão matos *

Contrabaixosercole de Concavladimir Kouznetsov

Flautasnuno ináciorui maia (convidado)

Oboésbryony middletonbethany akers (convidada)

Clarinetesnuno silvaJorge Camacho

Fagotesbertrand raoulxCatherine stockwell (convidada)

Trompasricardo silva (convidado)Jerôme arnouf

Trompetessérgio Charrinhorui mirra

Tímpanosfernando llopis

* aluno da academia superior de orquestra da metropolitana

ORQUESTRA METROPOlITANA DE lISBOA

fazer ouvir de novo os instrumentos da Charamela real guardados no museu nacional dos Coches é um dos desafios a que a orquestra metropolitana de lisboa se propôs esta temporada, em concerto a anunciar no âmbito deste ciclo. pretende-se assim fazer o cruzamento entre a música e o património histórico que torna único o museu dos Coches. Criado pela rainha d. amélia, este espaço guarda para além de cinquenta e cinco veículos (carruagens diversas em que eram transportados os monarcas e infantes portugueses), partituras e os instrumentos usados pela Charamela real, da época de d. José i. sendo inicialmente o nome dado a um instrumento medieval, antecessor do clarinete, a Charamela passou a designar mais tarde um grupo de músicos, incluindo sopros, timbales ou tambores, que marcavam os cerimoniais complexos e esplendorosos da corte. Conjunto de peças de importante valor histórico, cuja sonoridade hoje raramente se ouve, e de que é exemplo a trombeta natural em ré, de autor desconhecido, datada de 1761, e construída em prata e madeira. «Trombeta da Charamela Real composta por tubo dobrado, terminando em pavilhão e campânula. É reforçada por coroa de prata dourada, revirada para o interior da campânula e recortada na extremidade superior, onde se inscreve a seguinte decoração: cercadura enfaixada, legenda transcrita e friso de rosetas em campo puncionado. Ainda as armas reais em cartela, três vezes repetidas, encimadas por coroa fechada que se sobrepões à moldura. A meio do pavilhão, um nó achatado em prata dourada, onde se repetem as armas usadas por D. José I, separadas entre si por banda entrançada pouco saliente. O nó é prolongado por dois encaixes dourados e recortados, com motivos fitomórficos incisos. No ponto de intersecção dos tubos existem cinco encaixes em tudo idênticos aos descritos, com decoração espiralada. Um destes encaixes tem soldada uma argola de suspensão. O suporte do bocal, atualmente inexistente, repete o mesmo esquema decorativo. Os tubos são unidos por peça de madeira transfurada longitudinalmente, em torno da qual se enrola o cordão de prata de quatro cabos, rematado por borlas franjadas do mesmo material.

Trombeta natural em ré (no actual diapasão), antigamente em mi bemol. Fazia parte da Charamela Real, corpo de trombetas de corte e legítimo sucessor da alta música do século XVI, composto por 24 trombetas de prata e 4 tímbales. Durante muito tempo os vocábulos charamela e trombeta foram sinónimos, embora a primeira consistisse num instrumento de madeira com dez orifícios, tocado unicamente por homens de raça negra. Por determinação do Senado, em 25 de Agosto de 1717, pretendeu-se pôr fim a esta tradição burlesca sem que, contudo, ela fosse inteiramente suprimida. Assim, charamela passou a ter um significado coletivo, designando o conjunto de instrumentos de sopro. As vinte trombetas do acervo do Museu Nacional dos Coches – a que se juntam duas outras datadas de 1785 –, imitavam as trombetas da guarda de corpo de Versalhes, como se pode avaliar pelas recolhas de música da Charamela. Os músicos organizavam -se em quatro grupos de seis trombetas e um timbale e interpretavam 54 cortejos diferentes, que compõem os ainda intactos livros de música. Estes cortejos testemunhavam do virtuosismo dos instrumentistas, sendo os excertos musicais tocados ininterruptamente e sem que os instrumentos pudessem ser regulados, pois não possuem quaisquer orifícios de afinação. A versão histórica divulgada pela antiga bibliografia, segundo a qual as trombetas teriam sido utilizadas por ocasião das cerimónias de inauguração da estátua equestre de D. José I, parece hoje pouco verossímil pelo hiato existente entre as datas gravadas nos instrumentos e a referida estátua, inaugurada para comemorar os vinte anos do Terramoto de 1755». (in ficha de inventário do programa matriz)www.museudoscoches.pt