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NBR 15.575 visa atender às exigências cada vez maiores do mercado consumidor Pág. 18 NBR 15.575 visa atender às exigências cada vez maiores do mercado consumidor Pág. 18 Norma de Desempenho Norma de Desempenho CUB FEVEREIRO 0,043% REVISTA MENSAL DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NO ESTADO DE GOIÁS - SINDUSCON-GO ANO I1, Nº 21 ABRIL/2012 ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA AGÊNCIA GOIANA DE HABITAÇÃO (AGEHAB), MARCOS ABRÃO RORIZ Pág. 8

Norma de Desempenho - comunidadedaconstrucao.com.br · TODOS ESSES CONSTRUTORES ESTÃO NO SINDUSCON-GO. JUNTE-SE A NÓS! ... Joelma Pinheiro | Reportagem: Aymés Beatriz B. Gonçalves

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NBR 15.575 visa atender às exigências cada vez maiores do mercado consumidor Pág. 18

NBR 15.575 visa atender às exigências cada vez maiores do mercado consumidor Pág. 18

Norma de DesempenhoNorma deDesempenho

CUB FEVEREIRO

0,043%

REVISTA MENSAL DOSINDICATO DA INDÚSTRIA DA

CONSTRUÇÃO NO ESTADODE GOIÁS - SINDUSCON-GO

ANO I1, Nº 21ABRIL/2012

ENtREvIstA cOm O pREsIDENtE DA AgêNcIA gOIANA DE HABItAçãO (AgEHAB), mARcOs ABRãO RORIz Pág. 8

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EM GOIÁS

UNS CONSTROEM CASAS,

OUTROS CONSTROEM PRÉDIOS

E TAMBÉM CONSTROEM PONTES,

QUE CONSTROEM AEROPORTOS,

QUE CONSTROEM LONGAS ESTRADAS,

QUE CONSTROEM SHOPPINGS,

QUE CONSTROEM CONDOMÍNIOS,

QUE CONSTROEM HOSPITAIS,

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QUE CONSTROEM CRECHES...

QUE ABRIGAM A VIDA.

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ABRIL 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 3

D I T O R I A LE

NORmA DE DEsEmpENHOaprimorará o relacionamento das empresas com os clientes

Nos últimos meses a indústria da construção brasileira está envolta em acirradas discussões em torno da NBR 15.575, a Norma de Desempenho. Ela teoriza parâmetros que abran-gem os aspectos que devem ser observados nos novos imóveis residenciais a serem edificados no País, envolvendo requisitos gerais, estruturas e fundações, vedações, pisos, coberturas, instalações hidrossanitárias, sendo que desempenho acústico, desempenho térmico e vida útil do projeto foram os temas que apresentaram discussões mais acaloradas.

Para conhecer os aspectos que impactarão a rotina das empresas com a adoção da Norma, a revista Construir Mais foi buscar as últimas informações sobre o assunto com a enge-nheira Geórgia Grace Bernardes, assessora técnica da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC); com a engenheira Tatiana Jucá, superintendente do ICQ Brasil, e com o engenhei-ro Fabio Villas Bôas, diretor técnico da Tecnisa e coordenador nacional da Comissão de Estudos da Norma de Desempenho.

Os três especialistas, obviamente cada um com o seu pon-to de vista, são unânimes em avaliar que a Norma de Desem-penho trará reflexos positivos para a indústria da construção. É um caminho sem volta. O mercado consumidor está aquecido e cada vez mais os cidadãos têm a noção exata dos seus direi-tos. Daí passaram a exigir das empresas itens que até então, às vezes, eram despercebidos no momento da aquisição de um imóvel, como por exemplo, se ele oferece boa acústica, se é bem ventilado, se os materiais empregados são certificados, enfim se o imóvel oferece garantias de uso prolongado.

Do nosso ponto de vista todos têm a ganhar com a Norma de Desempenho, pois ela orienta as empresas a construírem com mais qualidade, adotando padrões que certamente as di-ferenciarão daquelas que não se sensibilizarem a acompanhar

a evolução que ela propõe. Já os clientes passarão a adquirir imóveis com mais garantias, evitando aborrecimentos, espe-cialmente no pós-venda.

De tudo isso, a nossa maior preocupação é com a escassez de laboratórios adequados para efetuar os ensaios nos mate-riais de construção. Afinal, do que adianta falar em Norma de Desempenho, se os materiais de construção empregados nas obras também não adotarem rigorosos padrões de qualidade? É por isso, que o Sinduscon-GO em parceria com outras enti-dades está trabalhando para que os Arranjos Produtivos Locais (APL’s) sejam efetivamente estabelecidos em Goiás.

É preciso ressaltar que em todas as frentes de trabalho no Sinduscon-GO temos grandes companheiros, que nos auxiliam na árdua tarefa de administrar a enorme gama de assuntos que afetam a gestão de nossas empresas e, no caso do estudo da Norma de Desempenho, queremos regis-trar o comprometimento do nosso diretor adjunto da Co-missão de Materiais e Tecnologia, Renato de Sousa Correia, que tem nos representado nas inúmeras reuniões de análise da NBR 15.575.

Mas, como em todas as edições da Construir Mais temos vários outros assuntos de interesse do setor da construção: entrevista com o presidente da Agehab, Marcos Abrão Roriz; artigo do diretor de Educação e Tecnologia do Sesi/Senai, Ma-noel Pereira da Costa, além de matérias nas áreas de tecnolo-gia, segurança, recursos humanos, jurídico, saúde e registro de eventos.

Para conferir só nos resta sugerir a você uma excelente leitura!

JUstO OLIvEIRA D´ABREU cORDEIROPresidente do Sinduscon-GO

DIREtORIA EXEcUtIvA DO sINDUscON-gO (2010/2013)PRESIDENTE: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro - 1º Vice-Presidente: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior - 2º Vice-Presidente: Eduardo Bilemjian Filho - Diretor Administrativo: Manoel Garcia Filho - Diretor Adjunto Administrativo: Daniel Jean Laperche - Diretor Financeiro e Patrimonial: José Rodrigues Peixoto Neto - Diretor Adjunto Financeiro e Patrimonial: Rodrigo Campos Ferreira - Diretor da Comissão de Economia e Estatística: Ibsen Rosa - Diretor Adjunto da Comissão de Economia e Estatística: Dinésio Pereira Rocha - Diretor da Comissão da Indústria Imobiliária: Roberto Elias de Lima Fernandes - Diretor Adjunto da Comissão da Indústria Imobiliária: Mário Andrade Valois - Diretora da Subcomissão de Habitação: Maria Amélia Alves e Silva - Diretor da Subcomissão de Legislação Municipal: Ilézio Inácio Ferreira - Diretor de Materiais e Tecnologia: Sarkis Nabi Curi - Diretor Adjunto de Materiais e Tecnologia: Renato de Sousa Correia - Diretor da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas: Valdivino Dias de Oliveira - Diretor Adjunto da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas: José Carlos Gilberti - Diretor de Qualidade e Produtividade: Humberto Vasconcellos França - Diretor Adjunto de Qualidade e Produtividade: Marcelo Alves Ferreira - Diretor de Construção Pesada: Carmerindo Rodrigues Rabelo - Diretor Adjunto de Construção Pesada: Jadir Matsui - Diretor da Construção Metálica: Cezar Valmor Mortari - Diretor Adjunto da Construção Metálica: Joaquim Amazay Gomes Júnior - Diretor de Assuntos Jurídicos: Ricardo José Roriz Pontes - Diretora Adjunta de Assuntos Jurídicos: Patrícia Garrote Carvalho - Diretor da Subcomissão de Política e Relações Trabalhistas e Sindicais: Jorge Tadeu Abrão - Diretor de Saúde e Meio Ambiente: Moacyr Soares Moreira - Diretor Adjunto de Saúde e Meio Ambiente: José Augusto Florenzano - Diretor de Setor Elétrico e Telefonia: Carlos Vicente Mendez Rodriguez - Diretor Adjunto de Setor Elétrico e Telefonia: Osney Valadão Marques Júnior - Diretor Social e de Comunicação: Darci Moreira de Lima - Diretora Adjunta Social e de Comunicação: Eliane Carvalho Lima - CONSELHO CONSULTIVO: José Alves Fernandes Filho, Paulo Afonso Ferreira, Mário Andrade Valois, Joviano Teixeira Jardim, Sarkis Nabi Curi, José Rodrigues Peixoto Neto, Roberto Elias de Lima Fernandes, Alan Alvarenga Menezes, Marcos Alberto Luiz de Campos e Álvaro Castro Morais. SUPLENTES: Élbio Braz Moreira, Marco Antônio de Castro Miranda e João Arthur Rassi. CONSELHO FISCAL: Amós Vieira, Wilson Luiz da Costa e André Luiz Baptista Lins Rocha. SUPLENTES: Doriel Natalício da Fonseca, Célio Eustáquio de Moura e Naldo Alves Mundim. REPRESENTANTES JUNTO À FIEG: Roberto Elias de Lima Fernandes e Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro. SUPLENTES: Marcos Alberto Luiz de Campos e Guilherme Pinheiro de Lima. REPRESENTANTE JUNTO À CBIC: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro. SUPLENTES: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior e Mário Andrade Valois.

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • ABRIL 20124

U M Á R I OS

EntrevistaO presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Marcos Abrão Roriz, aborda como o governo pretende executar o Plano de Habitação, que visa diminuir o déficit habitacional no Estado.

Artigo“Sesi e Senai construindo conhecimentos para construção” é o tema do artigo do diretor de Educação e Tecnologia do Sesi/Senai, Manoel Pereira da Costa.

Espaço JurídicoO envio de e-mail’s ou ligações feitas a empregado após a jornada normal de trabalho é caracterizado como hora extra? Confira a orientação da Assessoria Jurídica do Sinduscon-GO.

Construção SustentávelCoberturas como aliadas à sustentabilidade, conforto e estética predial é o tema tratado nesta edição.

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Inovar é PrecisoIsotelha Colonial: inovação e economia para sistemas de cobertura.

Passado & Presente Tradição, comprometimento e inovação contribuem para o crescimento da Brookfield Incorporações.

Registro de Eventos Acompanhe os últimos eventos realizados pelo Sinduscon-GO.

Viva com SaúdeProteja-se do câncer. Verifique as orientações do Seconci Goiás.

Indicadores EconômicosConfira o valor do Custo Unitário Básico (CUB) referente ao mês de fevereiro/2012.

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Matéria de CapaNorma de Desempenho de Edificações começa a valer em março de 2013.A NBR 15.575 teoriza parâmetros que abrangem os aspectos que devem ser observados nos novos imóveis residenciais a serem edificados no País, envolvendo requisitos gerais, estruturas e fundações, vedações, pisos, coberturas, instalações hidrossanitárias, sendo que desempenho acústico, desempenho térmico e vida útil do projeto foram os temas mais discutidos.

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EspAçO EmpREsARIAL

INFORME-SE: (62) 3095-5155

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REvIstA cONstRUIR mAIs - Revista mensal do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO)sinduscon-gO - Filiado à CBIC e FIEG. Rua João de Abreu, n° 427, Setor Oeste, Goiânia-Goiás - CEP 74120-110. Telefone: (62) 3095-5155 / Fax: (62) 3095-5177 - Portal: www.sinduscongoias.com.br | presidente: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro | Diretor social e de comunicação: Darci Moreira de Lima gerente Executiva: Sebastiana Santos | Edição: Joelma Pinheiro | Reportagem: Aymés Beatriz B. Gonçalves ([email protected]), Joelma

Pinheiro ([email protected]) e Valdevane Rosa ([email protected]) | Fotografia: Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-GO e Sílvio Simões | projeto gráfico e Diagramação: Duart Studio | publicidade: Sinduscon-GO - telefone: (62) 3095-5155 | Impressão: Gráfica Art3 | tiragem: 6.000 exemplares | publicação dirigida e distribuição gratuita. *As opiniões contidas em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Consciente das questões ambientais e sociais, o

Sinduscon-GO trabalha em parceria com a gráfica

Art3, que utiliza papéis com certificação FSC (Forest Stewardship Council)

na impressão dos seus materiais.

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ABRIL 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 5

O T Í C I A S D O S P A R C E I R O SN

CASA COR GOIáS APRESENTA O QUE ESTá NA MODA COM ESTILO E TECNOLOGIA

Investindo em ações sociais e promovendo o desenvolvimento pessoal dos seus colaboradores, a Consciente Construtora e a Bambuí Empreendimentos, em parceria com o Sesi-GO, criaram em 2009, o projeto Alfabetização no Canteiro de Obras, que em fevereiro formou sua primeira turma. A cerimônia foi realizada no empreendimento La Musique, na T-3, Setor Bueno, em Goiânia. A formatura representou o esforço da equipe de trabalhadores, que durante três anos se esforçou para concluir o curso de alfabetização e do ensino fundamental. As aulas eram realizadas de segunda-feira a quinta-feira, após o expediente. O projeto, que foi desenvolvido com base no Programa Sesi Educação do Trabalhador (PET), teve como intuito oferecer educação básica e de qualidade, dando uma nova oportunidade àqueles que querem ter de novo a oportunidade do aprender e ter maiores oportunidades na vida.

Para contribuir na formação dos alunos, a Consciente e a Bambuí disponibilizaram uma videoteca com filmes e livros educativos, buscando facilitar o aprendizado dos alunos. Além do curso de alfabetização, as empresas realizaram também cursos de capacitação profissional para 42 funcionários, formando pedreiros, marceneiros e armadores. A qualificação resultou não só em aperfeiçoamento de suas atividades, mas no crescimento de suas carreiras no ramo da construção civil. Este ano, a construtora dará prosseguimento ao projeto e já vai abrir vagas para o ensino médio, voltado para aqueles que querem dar continuidade aos estudos ou que abandonaram a escola nesta etapa do ensino.

EDUCAçãO PARA A VIDA

PRIMEIROS FORMANDOS DO PROJETO ALFABETIzAÇÃO NO CANTEIRO DE OBRAS

Em 2012, a Casa Cor Goiás apresenta o tema “Moda. Estilo. Tecnologia.”, retratando o universo fashion que se faz cada vez mais presente nos projetos de decoração. Trata-se de um novo momento, afinal as estampas, materiais, elementos, texturas e cores que servem de referência para os estilistas, estão sendo rapidamente absorvidos e ganham novas interpretações nos projetos de arquitetura, design de interiores e nos itens de construção. Nos últimos anos, importantes nomes do mundo fashion têm lançado produtos e coleções que incluem artigos para cama, mesa e banho, objetos de decoração e eletrodomésticos, em parceria com grandes marcas, tornando-se peças e obras únicas de valor inestimável.

ORGANIzADORAS DA CASA COR GOIÁS, SHEILA PODESTÁ E ELIANE MARTINS

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Reconhecida como o maior evento de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas, e o segundo maior do mundo, a Casa Cor tem o poder de renovar a percepção do morar bem de seus visitantes. Organizada pelas arquitetas Eliane Martins e Sheila Podestá, a 16ª edição do evento será realizada de 18 de maio a 26 de junho, na Rua T-34 com a praça T-23, Quadra 96, Lotes 14/16, no Setor Bueno, em Goiânia. Durante 40 dias, o público poderá conferir 41 ambientes projetados por mais de 50 renomados arquitetos, decoradores, designers e paisagistas do Estado, que terão o desafio de materializar tendências em ambientes reais, mostrando que criatividade e boas ideias cabem em qualquer espaço. Sempre em busca da inovação e da originalidade, a Casa Cor Goiás surpreende a cada ano com a escolha do local. Neste ano, um imóvel residencial de 2,7 mil m² abrigará o evento. Após a realização da mostra, a área será transformada em um empreendimento vertical residencial da Opus Inteligência Construtiva, parceira da Casa Cor.

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • ABRIL 20126

O M U N I D A D E D A C O N S T R U Ç Ã OC

Resultado do Programa OBRAs mONItORADAs

e de ensaios tecnológicos, bem como rastreabilidade dos ma-teriais utilizados. No segundo grupo estão os indicadores que não envolvem questões financeiras, havendo, portanto, o con-trole apenas dos indicadores de paredes e lajes, onde foram controlados o nivelamento e o prumo.

As empresas que participaram do projeto relataram que a coleta e análise de dados resultaram na oportunidade de me-lhoria contínua nos processos executivos, maior controle sobre o desperdício de materiais, bem como aumento na produtivi-dade dos funcionários envolvidos. A partir dos resultados quan-titativos do programa, será lançado um ativo para a difusão de melhores práticas em todo o território nacional. O programa tem previsão de continuar as atividades ao longo do ano de 2012 e será aberto a todas as empresas que participarem do 6º Ciclo de Ações e que possuam empreendimentos em alvena-ria estrutural com blocos de concreto. Mais informações sobre o programa com a arquiteta Carolina Chendes, telefone (62) 3095-5178 ou [email protected].

Dentre vários processos construtivos à base de cimento que se adequam ao esperado pelas empresas envolvidas no Progra-ma Minha Casa Minha Vida, o principal é a alvenaria estrutural com blocos de concreto. Para se obter uma boa alvenaria es-trutural é necessário rigoroso controle de qualidade do projeto e dos materiais empregados (blocos e argamassa), bem como do processo executivo, uma vez que a espessura das juntas, o prumo e a altura da alvenaria implicam em sua capacidade de absorção de esforços. Apesar de estar no mercado há mais de 30 anos, o sistema construtivo em questão sofreu com a falta de conhecimento técnico dos profissionais envolvidos, o que resultou no surgimento de diversas patologias, não havendo, portanto, o ganho esperado pelas empresas que trabalharam tal processo.

Com o intuito de contribuir para a melhoria tanto desse sis-tema construtivo, como de outros à base de cimento Portland, a Comunidade da Construção possui um projeto de acompa-nhamento de obras, que atua de forma pontual em obras de-terminadas pelas construtoras participantes de cada polo.

O monitoramento ocorre em vários polos da Comunidade, sendo possível a criação de um banco de dados a nível nacional. A partir daí é possível que se avalie as condições de produção para que as empresas obtenham melhorias contínuas em seus processos executivos, além de promover a difusão de melhores práticas em todo território nacional, elevando os padrões de qualidade, produtividade e desempenho da construção civil. Polos como os de Salvador, Recife e Goiânia puderam moni-torar indicadores de desempenho de processos construtivos à base de cimento, somando aproximadamente 37 empreendi-mentos. O polo de Belo Horizonte começa seu monitoramento este ano, aumentando cada vez mais as informações no banco de dados gerados pelo projeto.

Em Goiânia, a Comunidade da Construção lançou em seu 5º Ciclo (ano de 2011) o Programa Obras Monitoradas, que acompanhou sete obras de alvenaria estrutural com blocos de concreto. Foram selecionados alguns indicadores, que de forma geral, englobam todas as fases do processo de produ-ção. Estes indicadores foram coletados periodicamente du-rante todo o ano de 2011 e as informações foram lançadas em planilhas, que ao todo somam 17 documentos. O objetivo principal do processo é que as empresas criem a cultura de monitoramento dos indicadores de desempenho para que as informações geradas durante as medições forneçam aos ge-rentes envolvidos dados necessários para a tomada de decisões e desenvolvimento de ações de melhoria de qualidade e pro-dutividade dos processos construtivos, a fim de acompanhar os progressos alcançados pela empresa. Os indicadores mo-nitorados foram divididos em dois grupos: os que envolveram alteração nos custos e os que envolveram apenas a produção. No primeiro grupo estão os indicadores de produtividade, blo-cos de concreto, argamassa e graute, onde foram efetuados o acompanhamento de consumo (monitoramento de perdas)

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ABRIL 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 7

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Empresário e economista formado pela Pontifícia Univer-sidade Católica de Goiás (PUC-Goiás), Marcos Abrão Roriz in-tegra a equipe de gestores da administração Marconi Perillo, estando à frente da Agência Goiana de Habitação (Agehab). Ele assumiu a presidência da instituição em janeiro de 2011 com a missão de executar um arrojado Plano de Habitação no Governo de Goiás para combater o déficit habitacional do Estado, estimado em 163 mil moradias. Com poucos meses de gestão, reposicionou a Agehab como um dos órgãos mais ativos do governo, com a retomada do Cheque-Moradia, res-ponsável pela abertura em 2011 de canteiros de obras em mais de 100 municípios para a construção 5.220 unidades habitacionais. Ele também estruturou e está executando o “Casa Legal”, programa de regularização fundiária de Goiás.

Na vida pública há mais de uma década, Marcos Abrão Roriz foi ainda diretor técnico e presidente da Agência Goiana de Desenvolvimento Industrial (2003-2007) e presidente da Goiasindustrial (2007).

Ele começa o ano animado com a meta fixada pelo gover-nador Marconi Perillo de cons-trução de 50 mil unidades ha-bitacionais nos próximos anos. “Nossa missão na Agehab é construir casas para famílias que realmente precisam do Es-tado para ter acesso a um dos bens mais preciosos do ser hu-mano, a casa própria, que é o sonho da maioria dos brasilei-ros”, sintetiza Marcos Abrão, ao falar sobre a filosofia de trabalho adotada na condução dos programas habitacionais. Confi-ra, a seguir, a entrevista que ele concedeu a Construir Mais.

COMENTE, EM LINHAS GERAIS, A ATUAçãO DA AGEHAB EM GOIáS, SUA CONSTITUIçãO E SEUS SERVIçOS.

A Agehab é responsável, em Goiás, pela implementação da política pública de Habitação de Interesse Social, com o objetivo de universalizar o acesso à moradia. Paralelamente, ela tem a missão de promover o desenvolvimento social das comunidades atendidas, por meio de sua inserção à cidade e aos equipamentos sociais. Além da promoção de moradias, a Agehab atua no planejamento habitacional. Atualmente, ela desenvolve o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (Pehis) e presta assistência técnica aos municípios para desen-volverem seus planos municipais. A Agehab também promo-ve a regularização fundiária nos conjuntos habitacionais do Estado e é responsável pela carteira imobiliária, herdada em grande parte da antiga Cohab, antecessora da Agência.

N T R E V I S T AE

“vAmOs cONstRUIR mORADIAsem todos os 246 municípios goianos”

QUAIS TêM SIDO AS AçõES DA AGEHAB EM PARCERIA COM AS ADMINISTRAçõES MUNICIPAL E FEDERAL PARA A REDUçãO DO DéFICIT HABITACIONAL NO INTERIOR DO ESTADO E NA GRANDE GOIâNIA?

A Agehab cadastrou 147 municípios no Programa Minha Casa Minha Vida na modalidade de municípios de até 50 mil habitantes. Os projetos cadastrados no Ministério das Cida-des foram para os municípios que apresentaram áreas para a construção de conjuntos habitacionais em parceria com o Estado, que dará a contrapartida do Cheque-Moradia. A Agehab continua conclamando as prefeituras a apresentarem áreas. A Agência também conseguiu a destinação de R$ 50,7 milhões em recursos do Programa de Aceleração do Cresci-mento (PAC-2) para obras de saneamento e urbanização de assentamentos precários do Jardim Curitiba e Madre Germa-na. A Caixa é outra grande parceira. Nós sentamos semanal-

mente com a Caixa para discutir projetos em andamento.

DIANTE DA CRESCENTE DEMANDA POR HABITAçõES, QUAIS AS AçõES DESTINADAS A INCREMENTAR O VOLUME DE NOVAS MORADIAS NO ESTADO?

A meta é produzir e reformar um total de 50,9 mil moradias para famílias com renda de 0 a 3 salários mínimos até 2014.

A Agehab elaborou ao longo de 2011 o Programa Habitacional de Goiás – 2011/2013, cuja meta é contemplar os 246 municípios nos programas habita-cionais, englobando a construção de conjuntos habitacionais com no mínimo 50 unidades em cada um deles. As obras do Residencial Real Conquista são executadas diretamente pela Agência. Iniciamos a construção do nono e último módulo do empreendimento. Com o Módulo IX serão totalizadas 2.400 moradias no bairro. Ainda na capital, está sendo licitada a retomada das obras do Residencial João Paulo II – paralisadas no governo passado – para a construção de 626 unidades ha-bitacionais, com um investimento total de R$ 19,4 milhões.

O CHEQUE-MORADIA, RECENTEMENTE REATIVADO, PODE ASSEGURAR RESULTADOS AINDA MELHORES NO ACESSO ÀS HABITAçõES DE INTERESSE SOCIAL?

O Cheque-Moradia é o principal instrumento do Governo Estadual para financiamento de construção de habitação de interesse social e uma das marcas mais lembradas da admi-

MARCOS ABRÃO RORIz

Em gOIás, EXIstE UmA DEmANDA pARA REgULARIzAçãO sUpERIOR A 90 mIL ImóvEIs. mAIs DE 36 mIL mORADIAs Já EstãO Em pROcEssO DE REgULARIzAçãO NA AgEHAB, 14 mIL NA REgIãO NOROEstE DE gOIâNIA”

SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • ABRIL 20128

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nistração Marconi Perillo, por sua eficiência e credibilidade. Trata-se de uma renúncia fiscal viabilizada através de crédito outorgado de ICMS pelo Estado. O programa tem desper-tado o interesse de outros Estados em adotar o modelo de Goiás. Além de ajudar diretamente as famílias a construírem suas casas, o Cheque-Moradia tem efeito multiplicador na economia, pois contribui para o crescimento da indústria da construção civil, fortalece o comércio nos municípios, gera empregos diretos e indiretos e aumenta a arrecadação de im-postos. Com isso, promove o desenvolvimento econômico e social de Goiás como um todo.

QUE ANáLISE FARIA DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA PARA A EFETIVAçãO DE UMA POLíTICA HABITACIONAL EFICAz NO PAíS E EM GOIáS? – A SEGUNDA FASE PREVê 63 MIL UNIDADES, CONFORME Já ANUNCIADO.

A Agehab é a principal parceira do Programa em todos os municípios goianos e, no ano passado, a segunda etapa foi muito relevante para Goiás. O Estado foi um dos cinco que mais contrataram em 2011, ao lado de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Juntos esses Estados con-trataram 55% de todas as uni-dades no País. A informação foi destaque recentemente no jornal Valor Econômico. Goiás saltou de 48 mil unidades con-tratadas na primeira fase, entre 2009 e 2010, para 88 mil nos seis meses de 2011 em que a segunda fase esteve em vigência. Das 63 mil unidades para Goiás na segunda fase, quase 40 mil já foram contratadas.

COMENTE SOBRE O PROCESSO DE REGULARIzAçãO FUNDIáRIA EM GOIáS, PRINCIPAL EIxO DE ATUAçãO DO óRGãO JUNTAMENTE COM A CONSTRUçãO DE MORADIAS URBANAS E RURAIS.

Trata-se de um trabalho essencial, que não podia mais esperar. Em Goiás, existe uma demanda para regularização superior a 90 mil imóveis. Mais de 36 mil moradias já estão em processo de regularização na Agehab, 14 mil na Região Noroeste de Goiânia. Em alguns casos estamos bem avança-dos. No início de fevereiro, por exemplo, começamos a colher assinaturas nas escrituras de mais de 600 famílias do bairro São Domingos. Este é o penúltimo passo para que a escritura seja entregue. Além disso, já entregamos escrituras na Vila Mutirão, Chácara do Governador, Parque Atheneu e no Resi-dencial Tempo Novo, em Palmeiras de Goiás.

NESSE CONTExTO, QUAL A IMPORTâNCIA DO PROGRAMA CASA LEGAL PARA ACELERAR O MECANISMO DE REGULARIzAçãO E ENTREGA DE ESCRITURAS EM GOIáS?

O Casa Legal foi lançado para ser o maior programa de regularização fundiária da história de Goiás. Ele foi estruturado

para também focar nas parcerias neces-sárias. O Estado não consegue promover a regularização fundiária sozinho. Precisa de parceiros, como Ministério Público e prefeituras. Com o Programa, o gover-nador Marconi Perillo determinou que a regularização fundiária seja transformada em política de Governo.

FAçA UM BALANçO DO DESEMPENHO DA AGEHAB EM 2011, PONTUANDO AS PRINCIPAIS AçõES IMPLEMENTADAS NESTE PERíODO.

Em um ano de gestão, comemoramos resultados positi-vos. Ainda há muito trabalho, mas o retorno interno e exter-no nos levou a essa avaliação. Além da regularização, com o Casa Legal, a Agehab focou na entrega de moradias nos meios urbano e rural. Conseguimos reativar o Cheque-Mo-radia e retomamos convênios para construir 5.220 moradias em 111 municípios. O investimento foi de R$ 87 milhões – R$ 23 milhões do Estado e R$ 64 milhões junto ao governo fe-deral. Temos uma equipe muito determinada e pretendemos acelerar ainda mais o trabalho.

EM 2012, QUAL A PREVISãO DE ATUAçãO DO óRGãO PARA CONSOLIDAR O DESAFIO DO ATUAL GOVERNO DO ESTADO DE TRANSFORMAR GOIáS EM UM IMENSO CANTEIRO DE OBRAS?

Será um ano de construção. Levantamos áreas do Estado disponíveis e cadastramos no Ministério das Cidades projetos para construção de conjuntos habitacionais nos municípios. A determinação do governador Marconi Perillo foi para que os 246 municípios fossem beneficiados. Para se ter uma ideia, uma das principais metas do Programa Habitacional de Goiás é construir conjuntos em todos os municípios, com no míni-mo 50 casas em cada um.

UmA DAs pRINcIpAIs mEtAs DO pROgRAmA HABItAcIONAL DE gOIás é cONstRUIR cONJUNtOs Em tODOs Os mUNIcípIOs, cOm NO míNImO 50 cAsAs Em cADA Um”

MARCOS ABRÃO RORIz, PRESIDENTE DA AGEHAB

ABRIL 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 9

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • ABRIL 201210

R T I G OA

mANOEL pEREIRA DA cOstA

As construtoras repaginam ruas para lançar imóveis, embelezando os arredores dos prédios como estratégia empreendedora. Da mesma forma, o Sesi e o Senai repa-ginam seus cursos para atender ao setor da construção.

Atributo importante para o mundo do trabalho é a capacidade de transferir conhecimentos adquiridos na vida cotidiana para o ambiente organizado no sistema produtivo. A aquisição de atributos conduz, inevitavel-mente, ao desenvolvimento da capacidade de iniciativa e da aspiração profissional, o que é importante tanto para o trabalhador quanto para a empresa.

Exige-se do trabalhador da construção cada vez mais competências, ou seja, qualificação para resolver, dar continuidade, ou intervir também em contextos diferen-ciados do comum ou do esperado. A ação competente considera, simultaneamente, tanto os elementos de efici-ência (dos meios) como os de eficácia (dos resultados). A ação competente exige graus de conhecimentos de duas naturezas. O primeiro, know-how, um conjunto de sabe-res científico-tecnológicos sobre os fenômenos naturais, sociais e humanos acumulados pela história da humanida-de, aprofundados em alguma área de aplicação especial caso a caso, mas sempre referida a uma individual visão geral da realidade. O segundo, know-why, um conjunto de saberes sobre o sentido, finalidades, objetivos ou me-tas a serem alcançadas a partir das ações desenvolvidas pelo próprio indivíduo, equipe, instituição ou sociedade, mas sempre referida a uma individual postura ética.

Dentro dessa ótica para minimizar o déficit de recur-sos humanos, o Senai, em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon--GO), realizou em 2011 por volta de 5 mil matrículas para o setor. Desenvolveu, também, o projeto Sinduscon e Se-nai no Canteiro de Obras, que possibilitou capacitar pes-soas e diminuir a falta de mão de obra. Ainda em 2011, a instituição ampliou a oferta de vagas gratuitas com a criação do curso de auxiliar de obras civis, ministrado pe-las unidades Senai Vila Canaã, em Goiânia, e Faculdade de Tecnologia Senai Roberto Mange, em Anápolis.

Além dessas ações, o Senai ofereceu gratuitamente os cursos de pedreiro de edificações, instalador hidráulico, ges-seiro, pintor de obras, carpinteiro de formas/telhadista, ar-mador de ferragens, assentador de revestimento cerâmico, encarregado de obras e introdução à eletricidade predial.

sEsI E sENAIconstruindo conhecimentos para construção“... como um pássaro sem asas, ele subia com as casas que lhe brotavam na mão...Tijolos ele empilhava com pá, cimento e esquadria... Tudo o que existia era ele que o fazia ele, um humilde operário um operário que sabia exercer a profissão...”

Vinícius de Moraes

EXIgE-sE DO tRABALHADOR DA cONstRUçãO cADA vEz mAIs cOmpEtêNcIAs, OU sEJA, qUALIFIcAçãO pARA REsOLvER, DAR cONtINUIDADE, OU INtERvIR tAmBém Em cONtEXtOs DIFERENcIADOs DO cOmUm OU DO EspERADO”

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ABRIL 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 11

mANOEL pEREIRA DA cOstAé diretor de Educação e Tecnologia do Sesi/Senai,

mestre em Qualidade pela Unicamp e doutor em Educação pela UFG

to Cerâmico; Pedreiro de Acabamento; Pedreiro de Al-venaria; Instalador Hidráulico; Desenho Técnico Elétrico; Eletricidade Aplicada; Gestão Ambiental; Gestão da Pro-dução; Gestão da Qualidade e da Produtividade; Gestão de Projetos; Higiene e Segurança; Legislação Trabalhis-ta; Meio Ambiente; Segurança do Trabalho; Auxiliar de Obras Civis;

•Qualificação Profissional EaD: Eletricista Instalador Predial; Gestão de Custos;

•Habilitação Profissional EaD: Segurança no Trabalho;

•Aperfeiçoamento Profissional EaD: Segurança no Trabalho.

Além das ações do Senai, há ações do Sesi, entre elas:a) inclusão digital na construção civil como forma de er-radicar o analfabetismo na área de informática;b) mosaico em cerâmica, com azulejista, transformando o lixo, montando painéis temáticos;c) nove encontros para captação de mão de obra;d) atendimentos nos canteiros de obras com os servi-ços de odontologia e com PCMAT (Programa de Controle Médico no Ambiente de Trabalho);e) torneio entre as empresas da área de construção civil em comemoração ao Dia da Construção Social (agosto a novembro);f) consultorias em balanço social, em pesquisa de clima organizacional;g) disponibilização, a todo o momento, em lugares ade-quados, da Educação de Jovens e Adultos, em todas as suas vertentes, bem como da biblioteca móvel, com títu-los atualizados; com DVDs para os alunos e a oferta de cursos diversos em educação continuada.

Dessa forma, o Sesi e o Senai entendem que educar é sonhar, educar é caminhar e educar é realizar. Muito se fez, muito há de se fazer.

Informações nos sites: senaigo.com.br e sesigo.com.br ou 08006421313.

O Senai, em 2012, oferece 7.500 vagas para o setor, como especificado:

1. De forma presencial

•Qualificação Profissional: Eletricista Instalador Pre-dial; Gesseiro; Pedreiro Edificações; Mestre de Obras; Segurança em Instalação e Serviços NR 10; Instalador Hidráulico; Habilitação Profissional: Técnico em Edifica-ções; Segurança no Trabalho; Técnico em Manutenção de Máquinas Pesadas;

•Aperfeiçoamento Profissional: Montagem de Gesso Acartonado; Assentamento de Revestimento Cerâmico; Leitura e Interp. de Prog. na Construção Civil; Alvena-ria Estrutural; Segurança na Operação de Equipamentos da Const. Civil; Impermeabilização com Manta Asfálti-ca; Alvenaria Estrutural; Aperfeiçoamento para Mestres de Obras; Carpinteiro de Formas - Telhadista; Hidráulica Básica para Vendedores; Leitura e Interpretação de Pro-jetos - Construção Civil; Operação de máquinas pesadas - Escavadeira; Segurança no Sistema Elétrico de Potência; Segurança em Instalação e Serviços NR 10; Condições e Meio Ambiente de Trabalho - NR 18; Técnicas de aplica-ção de Revestimento; Técnicas de Armação de Ferragens; Gerenciamento de Obras;

•Pós-graduação: Segurança no Trabalho; Gestão Am-biental; Gestão da Produção;Gestão Empresarial;Logística Empresarial; Gestão da Construção de Edificações; Ges-tão Estratégica de Design.

2. Em Educação a Distância – EaD

•Iniciação Profissional EaD: Segurança no Trabalho; Armador de Ferragens; Carpinteiro de Formas; Pedreiro de Assentamento; Pintor de Obras; Operador de Grua; Gerenciamento de Obras; Assentamento de Revestimen-

A AqUIsIçãO DE AtRIBUtOs cONDUz, INEvItAvELmENtE, AO DEsENvOLvImENtO DA cApAcIDADE DE INIcIAtIvA E DA AspIRAçãO pROFIssIONAL, O qUE é ImpORtANtE tANtO pARA O tRABALHADOR qUANtO pARA A EmpREsA”

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • ABRIL 201212

S P A Ç O J U R Í D I C OE

A AssEssORIA JURíDIcA DO sINDUscON-gO REspONDE

cARLOs ALBERtO DE pAULA mOURA JúNIOR, sócIO pROpRIEtáRIO DA cAmINHO ENgENHARIA E cONstRUçõEs LtDA.

O ENvIO DE E-mAIL’s OU LIgAçõEsfeitas a empregado após a jornada normal de trabalho é caracterizado como hora extra?

Em dezembro de 2011 foi sancionada pela presi-dente Dilma Rousseff a Lei 12.551/2011, que cria o pa-rágrafo único do artigo 6º da CLT dizendo que não se distingue o trabalho realiza-do no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracteriza-da a relação de emprego.

O parágrafo único enun-cia que os meios telemáticos e informatizados de coman-do, controle e supervisão se

equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.

A dúvida que eventualmente surge é quanto à ex-pressão “meios telemáticos” visto que há quem entenda que o simples fato de mandar um e-mail ou fazer uma ligação fora do horário de trabalho para o empregado caracterizaria pagamento de hora extra com seus respec-tivos adicionais.

Entretanto, a nosso ver, tal preocupação não deve prosperar. A intenção do legislador foi tão somente ra-tificar que o trabalho realizado à distância, ou seja, fora do estabelecimento empresarial, qualificada pela possibi-lidade de transmissão eletrônica de informações e dados, e que tenha os mesmos requisitos previstos no artigo 3º da CLT (pessoa física, com pessoalidade, não-eventuali-dade, onerosidade e subordinação) será caracterizado como relação de emprego. Assim, a Lei 12.551/2011 não traz nenhuma novidade.

O simples envio de e-mail ou ligações esporádicas fora do horário normal de trabalho por si só não confi-

guram a hora extra, exceto se for cobrado ao empregado que este fique à disposição do empregador até que algu-ma demanda seja resolvida.

Nessa hipótese será devido ao empregado a sobrejor-nada independentemente do texto da Lei 12.551/2011, pois estará à disposição de seu empregador, na forma do artigo 4º da CLT que enuncia o seguinte: “Art. 4º – Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguar-dando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada”.

Por todo o exposto percebe-se que a alteração legal somente deu contornos à caracterização da figura do empregado que trabalha em domicílio ou outro local di-ferente do estabelecimento empresarial, o que é muito comum, por exemplo, na área de informática. A lei não inovou quanto aos direitos trabalhistas, mas afastou as dúvidas acerca da existência de relação de emprego ao chamado “teletrabalhador” afirmando que este possui os mesmos direitos que o empregado “presencial”.

O sImpLEs ENvIO DE E-mAIL OU LIgAçõEs EspORáDIcAs FORA DO HORáRIO NORmAL DE tRABALHO pOR sI só NãO cONFIgURAm A HORA EXtRA, EXcEtO sE FOR cOBRADO AO EmpREgADO qUE EstE FIqUE à DIspOsIçãO DO EmpREgADOR Até qUE ALgUmA DEmANDA sEJA REsOLvIDA”

CARLOS ALBERTO DE PAULA MOURA JúNIOR

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ABRIL 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 13

AmANDA mIOttO

Essa é uma expressão utilizada para caracterizar a demissão sem justa causa do empregado no período de 30 dias anteriores a data-base da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Nos anos em que a inflação tinha altos índices de oscilação era comum que os trabalhadores chegassem às vésperas da data-base da categoria com uma gran-de defasagem salarial. Assim, o empregado demitido às vésperas da data-base tinha a sua recomposição salarial prejudicada, sendo as verbas rescisórias calculadas a par-tir de um salário reduzido em seu valor real.

Por essa razão, em 1979 foi editada a Lei nº 6.708 e posteriormente a Lei nº 7.238/84, ambas instituindo indenização adicional equivalente ao salário mensal do empregado, devida por todo o trabalhador dispensado sem justa causa no período de trinta dias que antecede a data da sua correção salarial, fosse ele optante ou não pelo sistema do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

Cumpre ressaltar que a rescisão do contrato de tra-balho somente se verifica quando expirado o período de aviso prévio, que indenizado ou não, sempre integra o tempo de serviço do empre-gado, nos termos do § 1º do art. 487 da CLT.

Assim, considerando que a data-base da indústria da construção é em 1º de maio, caso o empregador dispense sem justa causa o emprega-do e o término de seu aviso recaia no mês de abril, es-tará sujeito ao pagamento de uma indenização adicio-nal equivalente a um salário mensal do trabalhador.

Ainda que o empregador pague as verbas rescisórias com base no salário reajus-tado, não haverá isenção do pagamento da indenização adicional, conforme enten-dimento do Tribunal Superior do Trabalho por meio do Enunciado nº 314.

Contudo, este adicional não será devido caso o pedi-do de demissão seja de iniciativa do empregado. É certo que nos tempos atuais não mais se justifica a subsistên-cia da indenização adicional. Contudo, até que referidos dispositivos legais sejam expressamente revogados, os empregadores deverão acautelar-se quanto às demissões cuja projeção do aviso recaia no mês de abril.

Por fim, informa-mos que no decorrer do mês de abril o Sin-duscon-GO, por meio de sua Diretoria de As-suntos Jurídicos e da Subcomissão de Política e Relações Trabalhistas e

Sindicais, estará negociando com os Sindicatos dos Tra-balhadores as cláusulas da Convenção Coletiva de Traba-lho – Biênio 2012/2014.

Contamos com a participação dos empresários nas negociações deste e dos próximos anos, nos auxiliando na defesa contínua dos interesses do setor da construção no Estado de Goiás.

Atenção empregadores: abril é o mês do tRINtíDIO LEgAL

AmANDA mIOttOé advogada e assessora jurídica do Sinduscon-GO

cONsIDERANDO qUE A DAtA-BAsE DA INDústRIA DA cONstRUçãO é Em 1º DE mAIO, cAsO O EmpREgADOR DIspENsE sEm JUstA cAUsA O EmpREgADO E O téRmINO DE sEU AvIsO REcAIA NO mês DE ABRIL, EstARá sUJEItO AO pAgAmENtO DE UmA INDENIzAçãO ADIcIONAL EqUIvALENtE A Um sALáRIO mENsAL DO tRABALHADOR”

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • ABRIL 201214

O N S T R U Ç Ã O S U S T E N T Á V E LC

O uso de coberturas sustentá-veis é frequente nos grandes cen-tros internacionais, mas no Brasil a aplicação nos projetos ainda é incipiente. Contudo, segundo o mestre em Meio Ambiente e Ar-quitetura Bioclimática, gerente de Projetos Sustentáveis da Susten-tech Desenvolvimento Sustentá-vel (SP), Henrique Sala Benites, já existe uma tendência para que os projetos de arquitetura optem por soluções de cobertura com base em princípios técnicos a fim de reduzir seu impacto ambiental. “O

mercado da construção civil tem se mostrado cada vez mais sensível a essas questões e passa a entender que a construção civil gera muitos impactos ambientais não só durante a fase de obras, como também ao longo de sua vida útil. Com o aumen-to das certificações de edifícios, o uso deste tipo de cobertura aumenta” destacou.

Benites explica que ao se selecionar uma cobertura para um projeto, o arquiteto e as equipes envolvidas devem avaliar o con-texto do projeto e seu entorno, quais os possíveis impactos que poderão ser gerados tanto na escala urbana quanto na edifica-ção, como também o resultado estético desejado. A cobertura representa uma superfície de grande área em um edifício. Um de seus principais objetivos é proteger os ocupantes da ação do tempo (chuva, calor, ventos, etc.), bem como trazer privacida-de. “Quando pensamos apenas no edifício, uma cobertura bem projetada deve barrar a entrada de calor no edifício no verão, e no inverno evitar a perda de calor para o exterior. Ao tratarmos da escala urbana, devemos avaliar o efeito estético dessa cober-tura e também os problemas que podem ser ocasionados. O uso de materiais e cores escuras acaba por reter o calor, que se transforma em radiação e é devolvido à atmosfera. Em situação urbana, o conjunto de coberturas e das ruas asfaltadas, mais a falta de vegetação, criam o que se denomina ‘efeito ilha de calor’. É fácil entender isso ao compararmos a temperatura no centro de uma cidade à de um parque”, ressaltou.

Para a escolha da cobertura em uma edificação alguns cri-térios devem ser observados. Para o mestre em Meio Ambiente e Arquitetura Bioclimática, Henrique Benites, é muito impor-tante avaliar detalhadamente o edifício em que será instalada a cobertura (existente ou novo) e ao seu entorno. No caso das coberturas frias, as restrições são menores, mas é muito impor-

tante ater-se ao incômodo que pode causar a vizinhança um edifício com cobertura altamente refletante em edifícios mais altos do entorno. No caso dos telhados verdes, deve-se verificar a capacidade de carga da estrutura, considerando a presença de água armazenada no substrato e eventual cisterna de arma-zenamento. O sistema de impermeabilização deve ser muito bem executado por empresas de confiança e prever proteção anti-raízes, bem como uma drenagem adequada. Deve-se ava-liar se esta cobertura será ou não transitável, se a água armaze-nada será direcionada para reuso, se o sistema será modular ou de camadas construídas in loco, e qual a inclinação. A previsão de manutenção do sistema também deve ser detalhada ainda na fase de projeto. E juntamente com a seleção das espécies vegetais, avaliar se será necessário prever algum sistema de ir-rigação ou não.

Vários são os tipos de coberturas que podem ser usadas para tornar o empreendimento mais sustentável. Um exemplo de destaque é a cobertura que ‘consome’ CO², como a que será usada no estádio Mané Garrincha em Brasília e o projeto do TJDFT (Fórum do Meio Ambiente e da Fazenda Pública do Dis-trito Federal), também em Brasília. Conheça os tipos mais rele-vantes e as vantagens do uso destas técnicas, segundo Benites.

tIpOs DE cOBERtURAs

telhado verdeO uso dos telhados verdes remonta ao início da civilização,

quando os zigurates, templos construídos na Mesopotâmia, adotavam vegetação em seus terraços. O exemplo mais famoso de telhado verde é o construído pelo imperador Nabucodono-sor II em 450 a.C. para sua esposa Semiramis – os Jardins Sus-pensos da Babilônia. Os sistemas construtivos podem variar e tem evoluído nos dias de hoje para soluções de grande técnica

cOBERtURAs cOmO ALIADAs à sUstENtABILIDADE, conforto e estética predial

HENRIQUE SALA BENITES

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ABRIL 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 15

que resolvem os principais problemas relatados, como as infil-trações. Consistem basicamente de uma camada de imperme-abilização sobre a cobertura, com uma membrana de proteção anti-raízes, um substrato e a vegetação. O tipo de substrato e a altura da camada irão ajudar na seleção das espécies, que preferencialmente devem ser resistentes, de baixa necessidade hídrica e adaptadas às condições climáticas extremas que ocor-rem na cobertura: forte ação dos ventos e exposição contínua ao sol e calor – dependendo do local, também há as geadas que devem ser consideradas. Podem ser previstas cisternas para armazenamento da água.

coberturas friasPodemos elencar aqui as coberturas de cor clara, que dimi-

nuem a entrada de calor no edifício. As características térmicas que caracterizam este tipo de cobertura são a refletância solar e a emissividade térmica, que devem ser altas. O mercado já tem disponibilizado tintas e acabamentos que podem ser aplicados sobre lajes e telhas já existentes, ou telhas que já vêm pintadas de fábrica. Deve-se ter atenção que embora o simples uso de tintas de cor branca auxilie no resultado desejado (pode-se to-mar como exemplo os vilarejos gregos todos brancos), o uso de um produto de qualidade irá melhor o desempenho obtido, bem como garantir uma maior longevidade. Produtos especial-mente desenvolvidos para esse fim não irão sujar com facilida-de, nem irão descascar.

OutrosPodem-se destacar ainda inúmeras outras técnicas, muitas

delas antigas e utilizadas há décadas em projetos de arquitetura bioclimática. O sombreamento das coberturas com pergolados, o armazenamento de água sobre a cobertura, a previsão de ventilação permanente sobre a laje ou cobertura (facilitando a retirada de calor com a ação dos ventos e evitando a formação de um colchão de ar quente).

vANtAgENs mAcRO AmBIENtAIs EscALA URBANA

Efeito ilha de calorDiminuição da re-irradiação de calor, ajudando a reduzir

as temperaturas nos centros urbanos. A redução do efeito ilha de calor diminui também a distribuição de poeira e material particulado na atmosfera e a produção do smog – camada de poluição que recobre as cidades em alguns dias.

melhoria do ecossistemaPela atração da avifauna e a formação de corredores ver-

des na cidade que ajudam a ligar as diversas áreas verdes. Estes espaços podem se converter facilmente em lares para plantas pouco encontradas no nível do solo e pássaros que podem fazer seus ninhos, já que aí estarão menos sujeitos a incômodos.

qualidade do ar urbanoAtravés da fotossíntese, as plantas convertem carbono em

oxigênio, água/luz do sol em glicose. Este processo cíclico for-nece aos animais oxigênio e retira CO² da atmosfera. 1,5 m² de grama produzem suficiente oxigênio para as necessidades de um humano durante um ano. Ao reduzir a temperatura do ar, reduz-se o movimento do ar, filtrando-o. 1m² de grama é capaz de remover até 2 kg de material particulado anualmen-te, dependendo do tipo de folhagem. Dentre seus mecanismos para remoção de poluentes estão: absorção pelas folhas; acu-mulação ou metabolização no organismo vegetal; deposição de partículas e aerossóis sobre a superfície da folha; barreira de particulados formada pela parte inferior das folhas e vegetação.

Retenção e filtragem de águas pluviais – prevenção de enchentes

Parte da água é armazenada pelo substrato e absorvida pelas plantas, de onde retorna à atmosfera através da eva-potranspiração. No verão, dependendo do tipo de plantas e espessura do substrato, um telhado verde pode reter de 70 a 90% da precipitação. Além disso, a água, ao passar pelo telha-do, é naturalmente filtrada e retorna com melhor qualidade ao meio. O aumento do tempo em que a água retorna ao meio também ajuda a reduzir as enchentes, um problema frequente das grandes cidades.

vANtAgENs mIcRO AmBIENtAIs EscALA DA EDIFIcAçãO

• Conforto térmico;• Conforto acústico;• Vantagens psicológicas de integração com a natureza.

AO sE sELEcIONAR UmA cOBERtURA pARA Um pROJEtO, O ARqUItEtO E As EqUIpEs ENvOLvIDAs DEvEm AvALIAR O cONtEXtO DO pROJEtO E sEU ENtORNO, qUAIs Os pOssívEIs ImpActOs qUE pODERãO sER gERADOs tANtO NA EscALA URBANA qUANtO NA EDIFIcAçãO”

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E G U R A N Ç A D O T R A B A L H OS

EXEcUçãO sUmáRIAdo empregador em benefício da Previdência Social

Recentemente, observa-se o aumento de ações ajuizadas pelo INSS visando ao ressarcimento das despesas com benefícios previ-denciários concedidos aos segura-dos (aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, auxílio-acidente e pensão por morte), vinculados a eventos acidentários cuja ocorrên-cia decorreria da negligência dos empregadores em cumprir as nor-mas de segurança e higiene no am-biente do trabalho.

Essas ações têm como base legal o artigo 120 da Lei nº 8.213/91, no entanto, tem se visto que parte dessas ações não procedem porque, muitas vezes, comprovam-se em perícias de investigação de acidente do empregador, da Polícia Civil, da Justiça do Trabalho e do Ministério do Trabalho, que a responsabilidade do acidente é do empre-gado vitimado que, o mesmo, orientado e treinado pelo empregador, assumiu, por conta própria, o risco do aciden-te acontecer.

São as citadas perícias de investigação de acidente que podem identificar a culpabilidade do empregado e/ou do empregador e não as perícias médicas do INSS, em atendi-mento à Instrução Normativa INSS/PRES 31/2008, que tem como base o agravo à saúde do segurado e, por isso, são essas perícias médicas que servem como fonte para gerar ações regressivas na Justiça Federal contra o empregador e que se transformaram em uma nova fonte de custeio para a Previdência Social desvirtualizando a finalidade constitucio-nal da ação regressiva.

Lamentavelmente, para se obter maior celeridade nos julgamentos de ações trabalhistas, as perícias de investi-gação de acidente têm deixado de ser solicitadas/deferidas pela Justiça do Trabalho. No entanto, seria mais justo que a Justiça do Trabalho tratasse em condições de igualdade o empregador e o empregado, determinando sempre a exe-cução de perícia de investigação de acidente e, posterior-mente, a perícia médica nas ações de indenização de aci-dente do trabalho, mesmo naquelas aparentemente óbvias da culpabilidade do empregador. Caso contrário, a Justiça do Trabalho estará prestando um excelente serviço à Previ-dência Social, contribuindo com mais recursos para esta.

Desabafando, chega de usura com o empregador, com quem é empreendedor.

LEONARDO OLIvEIRA mEtRANé diretor técnico científico da Agest, engenheiro

civil e de segurança do trabalho, especialista em Gestão Ambiental e de Construção - [email protected]

LEONARDO OLIVEIRA METRAN

sERIA mAIs JUstO qUE A JUstIçA DO tRABALHO tRAtAssE Em cONDIçõEs DE IgUALDADE O EmpREgADOR E O EmpREgADO, DEtERmINANDO sEmpRE A EXEcUçãO DE pERícIA DE INvEstIgAçãO DE AcIDENtE E, pOstERIORmENtE, A pERícIA méDIcA NAs AçõEs DE INDENIzAçãO DE AcIDENtE DO tRABALHO”

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ABRIL 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 17

N O V A R É P R E C I S OI

IsOtELHA cOLONIAL: inovação e economia para sistemas de cobertura

Um novo conceito em te-lha metálica, térmica e acús-tica. É assim que a empresa fabricante distingue a Isotelha Colonial, lançada em caráter pioneiro no Brasil pela Isoeste Construtivos Térmicos, de Aná-polis (GO). O produto alia a re-sistência do aço, o isolamento térmico e acústico do núcleo de poliuretano, além do aca-bamento inferior em filme de alumínio, mantendo o design de telha colonial convencional.

“Uma combinação perfeita entre matéria prima de alta qualidade, avançado processo de produção, conforto, resistência, economia e sustentabilidade. Um produto re-volucionário, produzido através de sistema contínuo, com a mais avançada tecnologia e mantendo as principais ca-racterísticas de seus produtos, como rigidez, resistência, mecânica superior, manutenção nula, durabilidade, estan-queidade e eficiência de isolamento”, qualifica o diretor co-

mercial da empresa, engenheiro Sérgio Bandeira. Devido às suas dimensões e características, a utilização da Isotelha Colonial não agride o meio ambiente, não gera desperdícios ou entu-lhos na obra e garante econo-mia de mão de obra e material, reduzindo 61% da estrutura do telhado, proporcionando maior rapidez na montagem.

O núcleo de Poliuretano do insumo proporciona mínima

transmissão de calor e ruídos para o interior do ambiente gerando também economia de energia e dos sistemas de climatização, e o acaba-mento inferior dispensa o uso de forro ou laje. “A Isote-lha Colonial é ideal para casas, comércios e renovação de edifícios históricos, e seu acabamento transmite so-fisticação, conforto e beleza, perfeitos para valorizar o projeto arquitetônico e o bem-estar do consumidor”, completou o engenheiro Sérgio Bandeira.

DEvIDO às sUAs DImENsõEs E cARActERístIcAs, A UtILIzAçãO DA IsOtELHA cOLONIAL NãO AgRIDE O mEIO AmBIENtE, NãO gERA DEspERDícIOs OU ENtULHOs NA OBRA E gARANtE EcONOmIA DE mãO DE OBRA E mAtERIAL”

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Norma de Desempenho de Edificações começa a valer em março de 2013

sendo que desempenho acústico, desempenho térmico e vida útil do projeto foram os temas mais discutidos. “Houve evolução no trato do assunto, num processo amplo e acessível aos interessados”, atesta a engenheira Geórgia Grace Bernardes, assessora técnica da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). “As plenárias da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) são abertas à participação da sociedade, com públicos diversificados e interesses distintos: as reuniões tiveram presença expressiva

A T É R I A D E C A P AM

Termina em setembro próximo a prorrogação do prazo de exigibilidade da Norma de Desempenho 15.575 em todas as suas partes. No entanto, a Comissão de Estudos da referida Norma informa que esse prazo será acrescido de seis meses, carência necessária para os diversos setores se adaptarem às novas mudanças.

As quatro últimas plenárias previstas no cronograma de revisão da Norma de Desempenho de Edificações foram realizadas ao longo do mês de março. Com o encerramento do prazo para questionamentos e ajustes das seis partes em que foi contextualizada, a Norma de Desempenho 15.575 teoriza parâmetros que abrangem os aspectos que devem ser observados nos novos imóveis residenciais a serem edificados no País, envolvendo requisitos gerais, estruturas e fundações, vedações, pisos, coberturas, instalações hidrossanitárias,

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de representantes de toda a cadeia produtiva, uma média de 60 a 70 pessoas provenientes de vários segmentos, como a universidade, peritos da área de engenharia, fabricantes de materiais de construção, advogados, empresários construtores e incorporadores”.

Dentre os pontos positivos, a engenheira explica que a Norma de Desempenho vai além do prescrever, pois define critérios técnicos, os parâmetros de referências para atender, por exemplo, o desempenho acústico ou térmico satisfatório para os habitantes da edificação. “A novidade é que esta Norma não está focada no como fazer, mas sim nos resultados”, comenta Geórgia Bernardes. “Apesar de estarmos atrasados em relação a outros países no ritmo da evolução do setor construtivo, hoje convivemos com um usuário bem mais consciente. Ele quer que o imóvel lhe ofereça conforto acústico, conforto térmico, segurança etc., pois quem quer morar onde se ouve o salto alto no andar de cima, o ruído forte da rua barulhenta, num imóvel em que o ar não circule convenientemente para assegurar uma ventilação adequada, entre outros quesitos básicos?”.

A própria globalização, as facilidades na troca de informações e as viagens ao exterior resultam em parâmetros comparativos quanto à qualidade do que se constrói no Brasil em relação aos países mais avançados. Conforme a engenheira, “um consumidor mais exigente e cônscio de seus direitos está obrigando as empresas a rever seus procedimentos. É um caminho sem volta, despertando cada vez mais o interesse do setor em se adequar a essa evolução desejada no mercado imobiliário, inicialmente nos imóveis de alto padrão, mas disseminando-se na produção voltada para outras faixas de consumo”.

EntravesMas como é possível observar esses novos padrões e cumprir

com o nível de exigências do consumidor contemporâneo? No entendimento da assessora técnica da CBIC, um grande obstáculo inicial para imprimir maior velocidade à disseminação da Norma de Desempenho de Edificações no Brasil está no pequeno número de profissionais projetistas capacitados em desempenho para se responsabilizar frente aos órgãos públicos, agentes financeiros e à própria fiscalização dos usuários. Hoje verifica-se um volume crescente de questionamentos e queixas sobre problemas detectados nos imóveis, e não raros os casos de construtoras acionadas judicialmente invocando-se o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor. “Daí a necessidade da empresa contar com um arcabouço técnico e segurança jurídica para respaldar os seus produtos e equilibrar a sua relação com o adquirente do imóvel, eliminando margens para questionamentos em comprovações técnicas”.

Além da falta de respaldo de novos profissionais preparados nas universidades, outro entrave é a inexistência de uma efetiva rede laboratorial, ou seja, falta maior número de laboratórios capacitados para realizar

testes de resistência de materiais ao fogo, para citar apenas um exemplo. Uma terceira preocupação da Comissão de Estudos da Norma Técnica reside na indústria de materiais de construção que, via de regra, não fornece as características e o desempenho dos produtos fabricados, até mesmo por questões advindas da diversidade regional, econômica e cultural no País. “Esses pontos já deveriam ter sido colocados desde o planejamento original da Norma, cujos estudos foram iniciados no ano 2000”.

Publicada oito anos mais tarde, a Norma de Desempenho 15.575 passou pela fase de internalização até 2010, entrando na etapa de revisão pública para reavaliar padrões realmente exequíveis pelo mercado. Concluída agora a etapa de discussão para se chegar a um texto consensual, haverá uma nova consulta pública da ABNT estabelecida no prazo de seis meses. Em setembro de 2012 começará a contar mais um período de seis meses para as empresas adaptarem os novos projetos habitacionais ao novo texto normativo, o qual deverá vigorar já a partir de março de 2013. Vale acrescentar que a Norma de Desempenho de Edificações Residenciais, embora definitiva, não é estática, pois estará sujeita a revisões sempre que necessário para acompanhar e adaptar-se à evolução do dinâmico processo construtivo.

NBR 15.575: uma norma

Um cONsUmIDOR mAIs EXIgENtE E côNscIO DE sEUs DIREItOs Está OBRIgANDO As EmpREsAs A REvER sEUs pROcEDImENtOs. é Um cAmINHO sEm vOLtA, DEspERtANDO cADA vEz mAIs O INtEREssE DO sEtOR Em sE ADEqUAR A EssA EvOLUçãO DEsEJADA NO mERcADO ImOBILIáRIO”

GEóRGIA GRACE BERNARDES, ASSESSORA TÉCNICA DA CâMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (CBIC)

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A T É R I A D E C A P AM

ligada mais ao usuário do que ao produto

Historicamente, o conceito de desempenho teve origem nas exigências de segurança estrutural de produtos da indústria bélica e aeroespacial na Segunda Guerra Mundial, nos idos de 1939. Na época, o controle da qualidade na fabricação não se mostrou suficiente para evitar inadequação dos produtos quando em uso, demonstrando que era necessário agir desde a concepção e projeto para assegurar o comportamento adequado nas condições de uso. Conforme a linha do tempo elaborada pela Tecnisa, foi só em 1962 que o conceito de desempenho começou a ser tratado na construção civil, a partir do 2º Congresso do Conseil International du Batiment (CIB), seguindo-se a criação, na França, do primeiro sistema de avaliação de desempenho de sistemas construtivos com base em requisitos de desempenho.

Quase meio século depois, no Brasil sucedem-se reuniões dos membros da Comissão de Estudos da Norma, na ABNT, para análise e revisão das emendas propostas ao texto final da NBR 15.575, que entrará em vigor em março do ano que vem. De maneira geral, especialistas avaliam que essa é uma norma de caráter complementar às normas prescritivas, pois define os resultados mínimos esperados do comportamento da edificação, como a sua durabilidade, e as condições de uso e manutenção da mesma. A normalização de desempenho estaria então mais ligada ao usuário do que ao produto, uma vez que visa atender da melhor forma às necessidades de conforto e segurança do morador, estimulando a percepção do cliente sobre a qualidade como valor agregado, daí o avanço que representa, avaliou em recente artigo sobre o tema o engenheiro Renato Correia, diretor adjunto da Comissão de Materiais e Tecnologia (Comat) do Sinduscon-GO.

Em Goiânia, capitaneadas pelo Sinduscon-GO, lideranças de segmentos representativos da cadeia da construção têm sido convidadas a participar de encontros regionais para estruturação de planejamento de ações que levem a indústria à adequação aos requisitos da Norma de Desempenho de Edificações. A engenheira Tatiana Jucá, representante do

ENGENHEIRA TATIANA JUCÁ, DO ICQ BRASIL

ICQ Brasil nestas reuniões, atesta que essa iniciativa foi bem recebida pelo setor da construção e que o trabalho de sensibilização tem encontrado respaldo dentro das próprias universidades e de entidades como o Crea-GO, difundindo o conceito de desempenho junto aos futuros profissionais e aos profissionais já formados. E também junto à indústria de materiais de construção e fornecedores, através de seus sindicatos, à própria Caixa Econômica Federal – demandadora da Norma, à Secretaria Estadual de Indústria e Comércio, e instituições de capacitação profissional, como o Senai-GO e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

comprometimento setorialAs ações iniciadas neste primeiro semestre serão

concluídas com a assinatura de um Termo de Compromisso dos Arranjos Produtivos Locais (APL’s) estabelecidos em Goiás. No acordo setorial, os signatários se responsabilizam desde a produção executiva (projeto, materiais e métodos construtivos adequados); incluindo a etapa de fundações e de estruturas, ou seja, os três pilares de uma obra. Esse trabalho envolvendo APL’s está sendo operacionalizado pela Comat/Sinduscon-GO, que também é responsável pela elaboração do Termo de Compromisso a ser assinado pelos integrantes da cadeia produtiva da construção.

“Existe um consenso sobre a necessidade de ampliar e capacitar a rede de laboratórios para a realização de ensaios. Por ora ainda é uma possibilidade, mas nossa expectativa é de que o Senai-GO possa vir a oferecer suporte nesse aspecto, criando um laboratório para atender a demanda da construção civil”, adianta Tatiana Jucá.

No segundo semestre de 2012 será divulgado calendário de reuniões técnicas para o planejamento de ações até o

EXIstE Um cONsENsO sOBRE A NEcEssIDADE DE AmpLIAR E cApAcItAR A REDE DE LABORAtóRIOs pARA A REALIzAçãO DE ENsAIOs. pOR ORA AINDA é UmA pOssIBILIDADE, mAs NOssA EXpEctAtIvA é DE qUE O sENAI-gO pOssA vIR A OFEREcER sUpORtE NEssE AspEctO”

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final do ano. Segundo a engenheira, paralelamente vão merecer atenção especial a adequação de laboratórios e a disponibilização de consultorias de apoio à disseminação do texto da NBR 15.575: “as empresas que ainda não despertaram para esse assunto devem buscar informações para estarem preparadas com projetos em conformidade com as especificações da Norma, evitando comprometer o planejamento idealizado para seus empreendimentos”. (Informe-se sobre APL’s ligando para (62) 3095-5181/3095-5183; e-mail: [email protected]).

tecnisa, referência no processo de instalação da NBR 15.575

Construtora originalmente focada na produção de imóveis residenciais de alto padrão em São Paulo, a Tecnisa há tempos trouxe para dentro do corpo técnico da empresa a preocupação específica com a NBR 15.575. “Essa postura remonta aos anos de 2006 e 2007, visando ao cumprimento da Norma de Desempenho de Edificações. Devido ao alto padrão das construções, o processo foi relativamente simples, pois já atendíamos aos requisitos mínimos. A Norma não é prescritiva, é até branda, por isso hoje acredito que 90% das empresas não terão grandes dificuldades e maiores problemas em cumpri-la”, avalia o engenheiro Fabio Villas Bôas, diretor técnico da Tecnisa e coordenador nacional da Comissão de Estudos da Norma de Desempenho.

Ele recorda que primeiramente a Tecnisa realizou um diagnóstico para verificar em que patamar vinha trabalhando, à época, em relação à Norma de Desempenho: quais parâmetros eram atendidos até então, quais não eram atendidos e, nesse ponto, que materiais não informavam as especificações. Como exemplos, caixilhos (janelas,

vidros em geral) e portas internas (de madeira) foram submetidos a ensaios em laboratórios para atestar se estavam em conformidade com as especificações, muitas vezes não expressas de forma clara pelos fabricantes. Entre os suprimentos, verificou-se que muitas vezes os itens importados continham especificações mais fáceis de serem checadas. “Ocorreram algumas alterações em produtos/procedimentos, mas nesse processo de adaptação não encontramos resistência interna, por parte de nossa equipe de colaboradores, para assimilar mudanças”.

A mentalidade receptiva do corpo técnico respaldou o acerto da decisão da empresa em se resguardar e estar totalmente preparada para trabalhar adaptada às exigências técnicas da Norma. “Foi uma visão inteligente, que agregou valor à marca e um diferencial no mercado”. De lá para cá, continua o engenheiro, a empresa ampliou seu foco de atuação, produzindo também imóveis para a classe média. São mais de quatro mil unidades residenciais edificadas conforme a NBR 15.575, construídas dentro dos padrões exigidos em acústica (piso), instalações hidrossanitárias (tubulações), inclusive obtendo economia a partir de inovações desenvolvidas nos projetos residenciais, como por exemplo, o reaproveitamento de cimento na argamassa igualando ao desempenho da areia na mistura. Fabio Villas Bôas destaca que é justamente esse ponto de maior mérito da Norma, ao incentivar a aplicação prática de novos conceitos de inovação no processo construtivo, conforme tem ocorrido na própria Tecnisa. Na opinião dele, “o caráter prescritivo convencional das normas, que não cabe aqui, acaba por inibir, por desestimular o processo criativo que resulta na inovação”.

“Podemos entender a NBR 15.575 como um balizador. Figurativamente, em termos comparativos se estivéssemos falando em cozinhar um bolo, a norma técnica não mencionaria a receita, os seus ingredientes, mas exigiria que, no final, o bolo ficasse fofo e tivesse um sabor gostoso, pois ela tem a visão do consumidor, que exige qualidade no produto que está adquirindo, principalmente tratando-se de investimento em moradia”. Portanto, obter esse resultado fica por conta do bom senso, das escolhas individuais, no caso de cada empresa, e obviamente as consequências também serão particularizadas.

FABIO VILLAS BôAS, DIRETOR TÉCNICO DA TECNISA A mENtALIDADE

REcEptIvA DO cORpO técNIcO REspALDOU O AcERtO DA DEcIsãO DA EmpREsA Em sE REsgUARDAR E EstAR tOtALmENtE pREpARADA pARA tRABALHAR ADAptADA às EXIgêNcIAs técNIcAs DA NORmA”

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Desmistificar é precisoQuestionado sobre qual orientação repassaria às

empresas da construção que terão de trilhar por esse mesmo caminho, tendo em vista a competitividade de um mercado cada vez mais exigente, o diretor técnico da Tecnisa respondeu que o primeiro passo é conhecer o que está sendo proposto e discutido hoje. Em curto prazo, o texto da Norma de Desempenho de Edificações em suas seis partes também estará disponível e a preço acessível, bastando ao interessado adquirir um volume ou alguns exemplares, dependendo de sua disponibilidade financeira.

É preciso desmistificar o caráter de inacessibilidade aos parâmetros exigidos pela norma, pois de acordo com Villas Bôas a Norma está condizente com a realidade brasileira, ainda abaixo dos parâmetros internacionais. “Após anos trabalhando na teoria e na prática com a NBR 15.575 posso afirmar que não há exageros, pois os parâmetros estão alinhados com o padrão de construção no País. Meu conselho é que os empresários do segmento comprem e estudem a Norma. Daqui até o início de 2013, procurem os Sinduscon’s em seus estados e a própria CBIC, pois serão oferecidas palestras ministradas por consultores capacitados a orientar e tirar dúvidas a respeito”.

O segundo passo é que as empresas realizem um diagnóstico para ver até que ponto estão alinhadas com a Norma, procurando se adaptar antes da sua vigência oficial. “Quanto à preocupação sobre a existência de poucas unidades laboratoriais para proceder aos ensaios e atender a demanda, tudo indica que serão direcionados recursos (possivelmente do Ministério das Cidades) para ampliar a rede atual. Temos de levar em conta também que muitas das características de desempenho acústico e térmico já são praxe, bastando apenas atestar, como no caso das paredes de 14 cm nas fachadas dos imóveis.

Encerrando, o engenheiro justifica o interesse do agente financeiro em propor a Norma de Desempenho

A T É R I A D E C A P AM

e acompanhar de perto a amplitude das discussões de seu texto original, culminando na versão atual. “Todos os agentes envolvidos estão interessados na produção de imóveis com qualidade e vida útil prolongada. Acredito que em futuro próximo evoluiremos para uma espécie de ranking, em que as construtoras com maior escore terão acesso a financiamentos com taxas diferenciadas, podendo assim oferecer aos clientes imóveis com melhores preços e aumentar a velocidade de suas vendas”.

qUANtO à pREOcUpAçãO sOBRE A EXIstêNcIA DE pOUcAs UNIDADEs LABORAtORIAIs pARA pROcEDER AOs ENsAIOs E AtENDER A DEmANDA, tUDO INDIcA qUE sERãO DIREcIONADOs REcURsOs (pOssIvELmENtE DO mINIstéRIO DAs cIDADEs) pARA AmpLIAR A REDE AtUAL. tEmOs DE LEvAR Em cONtA tAmBém qUE mUItAs DAs cARActERístIcAs DE DEsEmpENHO AcústIcO E téRmIcO Já sãO pRAXE, BAstANDO ApENAs AtEstAR”

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A S S A D O & P R E S E N T EP

Tradição, comprometimento e inovação contribuem para o crescimento da BROOkFIELDINcORpORAçõEs

A Brookfield Incorporações é uma das maiores incor-poradoras do Brasil. A companhia tem hoje mais de seis mil colaboradores e uma experiência de 51 mil imóveis en-tregues, totalizando cerca de 16 milhões de m² de área construída e em desenvolvimento. A incorporadora é resul-tado da união das empresas Brascan Residential Properties, Company S/A e MB Engenharia, com 30 anos de experiên-cia no mercado imobiliário brasileiro.

Em 2008, a Brookfield Incorporações, na época Bras-can, viu a necessidade de crescer. Para isso, buscou parce-rias locais com tradição em mercados onde pretendia atuar, como no caso do Centro-Oeste. Em abril de 2008, adquiriu a MB Engenharia e, em outubro do mesmo ano, realizou fusão com a Company S/A, construtora e incorporadora com forte atuação em São Paulo. Em 2009 ocorreu a mu-dança de nome para Brookfield Incorporações, que estava de acordo com a estratégia da Brookfield Asset Manage-ment, principal acionista da empresa, de alinhar suas mar-cas mundialmente. A Brookfield Asset Management é uma gestora global de mais de U$ 150 bilhões em ativos em cinco continentes e mantém investimentos nos segmentos

de energia renovável, infraestrutura, além do imobiliário.Segundo Paulo Humberto Guimarães, superintenden-

te de Operações, a história da Brookfield Incorporações no Estado remete à trajetória da MB Engenharia, fundada em 1986, em Goiânia, pelos engenheiros Marcelo Borba e Fernando Maia, que atualmente são diretores executivos da Brookfield Incorporações. “A MB Engenharia era uma das líderes desse mercado, com expertise nos segmentos de média renda e desenvolvimento de projetos inovado-res, como o conceito Show de Morar. Portanto, a aquisi-ção teve um papel importante na consolidação da atua-ção da Brookfield Incorporações no Centro-Oeste, hoje, sem dúvida, um dos principais mercados imobiliários do País e uma região estratégica para a companhia”, desta-cou o executivo.

Companhia de capital aberto listada no Novo Mercado, segmento da BM&FBovespa que exige as melhores práticas de transparência e de governança corporativa, o símbolo

A HIstóRIA DA BROOkFIELD INcORpORAçõEs NO EstADO REmEtE à tRAJEtóRIA DA mB ENgENHARIA, FUNDADA Em 1986, Em gOIâNIA, pELOs ENgENHEIROs mARcELO BORBA E FERNANDO mAIA, qUE AtUALmENtE sãO DIREtOREs EXEcUtIvOs DA BROOkFIELD INcORpORAçõEs”

PAULO HUMBERTO GUIMARÃES, SUPERINTENDENTE DE OPERAÇõES DA BROOkFIELD

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para negociação das suas ações é BISA3. Com atuação nos segmentos residencial – em todas as faixas de renda –, e de escritórios, a Brookfield Incorporações está presente nos principais mercados do País – São Paulo, Rio de Janeiro, Centro-Oeste e Sul. Uma empresa comprometida, que in-veste para o desenvolvimento sustentável das regiões onde atua por meio do Instituto Brookfield, lançado em 2010, reunindo ações voltadas para a conservação ambiental e inclusão social.

A sede da companhia está localizada no Rio de Janeiro e possui diversos escritórios nos principais mercados onde atua: São Paulo, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Cuiabá e Curitiba. Atualmente possui 14 obras em execução no Estado de Goiás, localizadas na cidade de Goiânia.

metas e desafiosDe acordo com o superintendente de Operações, Pau-

lo Humberto Guimarães, a Brookfield tem uma previsão de lançamentos entre R$ 4 e R$ 4,4 bilhões em valor geral de vendas para 2012. “Apesar dos últimos indica-dores mostrarem um crescimento menor do PIB, nossa expectativa é positiva, uma vez que a demanda por no-vas moradias no Brasil, estimada em aproximadamente 1,5 milhão de unidades por ano, ainda é bem maior que a oferta. Além disto, o segmento de média renda vem

crescendo consistentemente, principalmente em consequência do aumento de renda. Alguns es-tudos estimam que este segmento da população irá crescer mais de 45 milhões de pessoas entre 2007 e 2030. Dessa forma, esperamos sustentar taxas de crescimento saudáveis em 2012 e nos próximos anos”, completou Guimarães.

Habitação popularA Brookfield Incorporações é a responsável

pelo maior empreendimento do programa Minha Casa Minha Vida no Centro-Oeste até o momen-to, de acordo com a Caixa Econômica Federal. O Valor Geral de Vendas é estimado em R$ 600 mi-lhões. A previsão da incorporadora é construir no

Jardim do Cerrado, em Goiânia, em uma área de cinco mi-lhões de metros quadrados, 10 mil unidades populares que atenderão 40 mil pessoas. O Doce Lar Jardim do Cerrado é formado por casas e apartamentos de dois a três dormi-tórios, que variam de 42 m² a 65 m². Desde setembro de 2010, já foram lançados 1.808 apartamentos voltados para famílias com renda de até três salários mínimos, 440 lo-tes comerciais e aproximadamente 1 mil unidades de casas para um público com renda de três a seis salários mínimos.

A previsão da empresa é lançar 10 mil unidades até 2016, divididas em fases de lançamento. “Serão mais de 4.500 unidades com diversas tipologias de plantas nos pró-ximos três anos enquadradas no programa Minha Casa Mi-nha Vida e o restante das unidades para completar 10 mil até 2016”, afirmou Guimarães.

A sEDE DA cOmpANHIA Está LOcALIzADA NO RIO DE JANEIRO E pOssUI DIvERsOs EscRItóRIOs NOs pRINcIpAIs mERcADOs ONDE AtUA: sãO pAULO, BRAsíLIA, gOIâNIA, cAmpO gRANDE, cUIABá E cURItIBA”

VILA DA FELICIDADE: QUADRA MODELO CONSTRUÍDA PELA BROOkFIELD PARA APRESENTAR O EMPREENDIMENTO JARDINS DO CERRADO

PERSPECTIVA DE EMPREENDIMENTO EM ExECUÇÃO NA VILA DOS ALPES, EM GOIâNIA

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E G I S T R O D E E V E N T O SR

A Diretoria do Sinduscon-GO recebeu no dia 12 de março, na sede da entidade, convidados especiais para falar sobre as perspectivas de investimentos em obras de infraestrutura em Goiás. Estiveram presentes, o secretá-rio estadual de Infraestrutura, Wilder Pedro de Morais, a senadora e presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Lúcia Vânia, e também o vice-presidente da Agetop, Adriano Rodrigues de Oliveira, que na oportuni-dade discorreu sobre o andamento do Programa Rodo-vida no Estado.

Na opinião do presidente do Sindicato, Justo Cordei-ro, as informações recebidas não foram nada animado-ras. “Os recursos não foram direcionados para Goiás por falta de articulação política, esperamos que em 2013 seja diferente. Precisamos de mais interação entre o poder público e a iniciativa privada”, afirmou.

As obras emblemáticas e problemáticas do Estado continuam sem solução definitiva, como o Anel Viário, que já não recebe mais este nome, e o Aeroporto San-ta Genoveva. Mas, de acordo com o secretário de Infra-estrutura do Estado, Wilder Morais, muitas ações estão em andamento para que em breve a população receba um desfecho satisfatório. Em relação às rodovias, o secre-tário acredita serem obras prioritárias.

A senadora Lúcia Vânia criticou a falta de planeja-mento predominante na ges-tão do Estado e a burocracia. Segundo ela, “não há crise de pagamento, mas sim de empenho”, declarou acres-centando que muitas vezes os recursos ficam parados nos cofres públicos. Segundo ela, enquanto outros esta-dos são verdadeiros canteiros de obras, em Goiás só há duas obras rodoviárias em andamento: a BR-060, para

Autoridades apresentam perspectivas para aINFRAEstRUtURA Em gOIás

qual foram destinados cerca de R$ 240 milhões e a BR-080, que tem cerca de 47 milhões. O motivo desta tímida parcela de participação é a falta de projetos. “Não dá mais para trabalhar em cima de projetos emergenciais,

precisamos pensar o Estado a médio e longo prazo”, orientou.

De acordo com a senadora, do orçamento Federal – Minis-tério dos Transportes – para Goiás, em 2010 foram em-penhados R$ 1,28 bilhões, já durante 2011 o montante foi de R$ 1,41 bilhões. Porém em 2012, até o momento, só foram empenhados R$ 2,53 milhões da dotação inicial de R$ 1,38 bilhões. Ainda segundo ela, no programa para recuperação e

manutenção de rodovias, Crema 2, serão destinados recursos da ordem de R$ 213 mi-lhões, divididos entre as obras para o contorno de Jataí, para a BR-153 e BR-040.

Segundo o vice-presidente da Agetop, Adriano Ro-drigues de Oliveira, em quatro anos a malha rodoviá-ria deverá estar com boa trafegabilidade e sinalização. Conforme ele apresentou, o Rodovida foi adotado como programa padrão para as obras da Agetop, sendo que ele engloba todas as frentes. No Rodovida Reconstru-ção, a previsão para este ano é de que sejam recupera-dos 2.119,4 Km de rodovias, em 59 trechos, que terão o custo total de R$ 645.275 milhões, frente a R$ 386.444 milhões que foram investidos no ano anterior, destinados à 2.081,4 Km, em 42 trechos. Já no Rodovida Urbano, no período de 2011/2012 serão investidos R$ 136.836 mi-lhões do Tesouro Estadual, que beneficiarão 133 municí-pios goianos com a reabilitação de vias urbanas. Na área de conservação, o custo estimado é de R$ 220 milhões/ano, advindos do Fundo de Transportes.

Os REcURsOs NãO FORAm DIREcIONADOs pARA gOIás pOR FALtA DE ARtIcULAçãO pOLítIcA, EspERAmOs qUE Em 2013 sEJA DIFERENtE. pREcIsAmOs DE mAIs INtERAçãO ENtRE O pODER púBLIcO E A INIcIAtIvA pRIvADA”

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Entidades firmam convênio para ofereceroportunidade detRABALHO A REEDUcANDOs

O Sinduscon-GO, o Senai-GO, a Maçonaria e a Agência Prisional assinaram, no dia 06 de março, Termo de Parceria que objetiva a formação profissional de reeducandos e egres-sos do Sistema Carcerário para trabalhar nos canteiros de obras. O convênio formaliza o programa Recomeço, que tam-bém contribuirá para a reintegração social de seus envolvidos. Inicialmente serão formados nos cursos de pedreiro e azulejis-ta 20 reeducandos, que obterão redução de um dia na pena a cada 12 horas de estudo. Ao final do curso, os integrantes do regime semi-aberto serão encaminhados ao mercado de trabalho com apoio do Sinduscon-GO.

Para o presidente da Agência Goiana do Sistema de Execu-ção Penal, Edemundo Dias de Oliveira Filho, esta é uma ação simples, mas com grande significado. Em sua opinião, o be-nefício de se qualificar profissionalmente este público é trans-cendental e vai ao encontro da formação de uma sociedade melhor. Ainda, segundo ele, ações como esta são um contra-ponto para equilibrar uma realidade social onde a violência tem aumentado em todos os âmbitos.

Na oportunidade, o presidente do Sinduscon-GO, Justo Cordeiro, registrou que é uma satisfação para o segmento da construção participar de iniciativa tão importante. Ele enalte-ceu a união de esforços em prol do desenvolvimento social e desejou aos novos alunos que participarão do programa Reco-meço uma nova história baseada no crescimento profissional.

O programa foi idealizado por membros da Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás. O grão mestre da entidade, Ruy

Rocha de Macedo, destacou que acredita na ressocialização por meio do trabalho. Com a máxima “nada pode mudar o passado, mas uma chance pode mudar o futuro”, Ruy Rocha enfatizou a importância do amor fraternal, base dos princípios da maçonaria.

O diretor da Escola Senai Vila Canaã, Hélio Vilaça, fez uso da poética letra da canção de Gonzaguinha, cantada na aber-tura do evento pelo servidor da Casa, Roberto Célio (Xexeu), sob o título Um Homem Também Chora (Guerreiro Menino): “Seu sonho é sua vida/ E vida é trabalho... E sem o seu tra-balho / O homem não tem honra / E sem a sua honra (...) / Não dá prá ser feliz...”. Dessa forma, Hélio Vilaça destacou a importância de ações desta natureza e o comprometimento do Senai-GO com a Responsabilidade Social.

Finalizando, o presidente da Agência, Edemundo Dias, res-saltou que o mercado da construção civil está carente de mão de obra e oferece bons salários. Completou manifestando seu respeito ao trabalho do Sinduscon-GO, não só no desenvolvi-mento empresarial, mas também na inclusão social.

Contente com a oportunidade, o reeducando Cláudio Bor-ges, falou sobre o valor desta oportunidade e sugeriu que a sociedade participe mais de ações inclusivas e solidárias. Bor-ges trabalhou por cinco anos como cabeleireiro antes de ser recluso, agora ele quer fazer o curso de pedreiro e mudar de área quando obtiver a liberdade. Sobre o motivo do desejo de mudança, ele explica que a indústria da construção oferece mais vagas e melhores salários.

No dia 13 de fevereiro, o 1° vice-presidente do Sinduscon--GO, Carlos Alberto Moura, e o diretor da subcomissão de Po-lítica e Relações Trabalhistas e Sindicais, Jorge Tadeu Abrão, re-ceberam na sede da entidade, o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário nos Estados de Goiás e Tocantins (Feticom GO/TO), Patrocínio Braz Concentino, juntamente com representantes dos Sindica-tos dos Trabalhadores na Indústria da Construção das cidades de Rio Verde, São Simão, Caldas Novas, Itumbiara, Jataí, Goi-ânia; do SindtelGO, do Sticomit, e outros. A visita de cortesia teve como foco a união entre as partes e o fortalecimento do setor, por meio do diálogo e a convergência ideológica.

Sinduscon-GO recebe representantes dos tRABALHADOREs DO sEtOR

O REEDUCANDO CLÁUDIO BORGES RECEBE DO REPRESENTANTE DA LOJA MAÇôNICA, DIVINO

FREITAS, kIT DE EPI’S PARA USO NO CURSO

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • ABRIL 201228

AgENDA DE EvENtOsEvENtO DAtA HORáRIO LOcAL INFORmAçõEs

ABRIL Curso: Direito Civil

Realização: Sinduscon-GO e Grupo Destra

12 e 13/04 08h às 18h Sinduscon-GO Mais informações: (62) 3093-0302

ENDEREçO: Sinduscon-GO: Rua João de Abreu, nº 427, Setor Oeste, Goiânia-GO

mAIO

Curso: Contabilidade para não Contadores

16, 17 e 18/05

08h às 18h Sinduscon-GO Mais informações: (62) 3093-0302

Programa de Desenvolvimento de Construtoras

4,11 e 25/05(datas sujeitas a alterações)

16h Sinduscon-GO Mais informações: (62) 3093-5178

Encontro Empresarial 08/05 14h Sinduscon-GO Mais informações: (62) 3095-5158

As dezessete colaboradoras do Sinduscon-GO foram surpreen-didas com homenagem especial dos colegas de trabalho no dia 08 de março, data em que se comemora internacionalmente o Dia da Mulher. Ao chegar à sede do Sinduscon-GO, uma a uma, recebeu flores, brinde, cartão e recepção especial, com direito a apresenta-ção da música “Fica Sempre”, do autor Alberto Costa, interpretada por todos os homens que trabalham na entidade (voz e violão) e ta-pete contendo os nomes das 17 mulheres que atuam no Sindicato, seguidos de várias palavras que marcam a participação feminina no trabalho e na sociedade. O presidente do Sindicato, Justo Cordei-ro, acompanhado de sua esposa, Regina Cordeiro, também esteve presente à homenagem, quando agradeceu a equipe feminina do Sinduscon-GO pela dedicação e profissionalismo.

Colaboradoras do Sinduscon-GO recebem homenagem no DIA INtERNAcIONAL DA mULHER

No dia 03 de março, o Sinduscon-GO promoveu o “Sabadão da Saúde”. O evento foi destinado aos colaboradores da entidade, com foco na qualida-de de vida. Com o apoio da equipe do Clube Antônio Ferreira Pacheco (Sesi) – sede do encontro – os participantes contaram com aferição do Índice de Massa Corporal (IMC), Teste de Glicemia, café da manhã repleto de alimen-tos naturais e saudáveis e palestra sobre a qualidade de vida no trabalho, finalizando com integração e energia nas aulas de jump e spinning.

Sinduscon-GO investe na qUALIDADE DE vIDAdos seus colaboradores

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ABRIL 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 29

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • ABRIL 201230

I V A C O M S A Ú D E & V O C ÊV RH

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) afir-mam que em 2012, 520 mil novos casos de câncer irão surgir no Brasil, atingindo na mesma proporção, homens e mulhe-res. Por isso, no mês em que se comemora o Dia Mundial de Combate ao Câncer, esta seção apresenta uma síntese de 10 dicas do Inca para proteger-se da doença:1. Parar de fumar é essencial para prevenir o câncer.2. Mantenha uma alimentação saudável, comendo mais frutas, verduras, legumes e cereais; evitando enlatados, sal-gados e alimentos gordurosos. Essa mudança reduz em até 40% as chances de câncer.3. Se possível, evite a ingestão de bebida alcoólica ou ao menos limite a quantidade de drinques por dia.4. Homens entre 50 e 70 anos devem procurar orientação sobre o câncer de próstata. Porém, aqueles com histórico familiar desse tipo câncer, antes dos 60 anos, devem buscar consulta médica a partir dos 45 anos.5. Praticar atividades físicas moderadas de 30 minutos, em pelo menos cinco dias da semana auxilia não só a prevenção do câncer, mas também a hipertensão e o diabetes.6. A partir dos 40 anos, as mulheres devem realizar anual-mente o exame das mamas. Caso tenha histórico de câncer de mama na família, diagnosticado antes dos 50 anos, a mu-lher deve realizar o exame da mama a partir dos 35 anos.7. Mulheres entre 25 e 64 anos devem realizar o exame pre-ventivo ginecológico.8. Homens e mulheres, com 50 anos ou mais, precisam fazer anualmente exames de sangue oculto nas fezes.9. Use sempre filtro solar e caso não seja possível evitar a ex-posição prolongada no sol, entre 10 e 16 horas, use também chapéu, camisa de manga longa e calça comprida.10. Consulte seu cirurgião dentista regularmente e faça a higienização oral diariamente.

PROTEJA-SE DO

câNcER

Considerando o contexto atual do mercado, nota-se um movimento crescente das organizações em avaliar as com-petências técnicas e comportamentais de seus colaborado-res. São elas fatores determinantes para o sucesso da orga-nização, já que é por meio de seu pessoal que as empresas tornam-se mais ou menos competitivas. O objetivo deste artigo é esclarecer o conceito desta ferramenta e compar-tilhar, com o leitor, os benefícios que ela pode oferecer a uma instituição.

Mas, afinal, de que desempenho estamos falando? Como avaliá-lo? E qual o objetivo em fazê-lo?

Desempenho é o comportamento apresentando pelo co-laborador em face de uma expectativa negociada ou face aos padrões orientados pela política interna de uma organi-zação. Avaliar o desempenho consiste em identificar e men-surar as ações apresentadas por uma pessoa durante um determinado período.

Consideram-se três pontos importantes a serem avalia-dos, dentre outros:• Resultados das metas negociadas: refere-se à realização das atividades estabelecidas e ao alcance de seus objetivos;• Competência técnica: diz respeito à aplicabilidade dos co-nhecimentos e experiências específicas no que se referem ao uso das ferramentas, materiais, normas, procedimentos e metodologias necessárias para o desenvolvimento das ativi-dades/serviços;• Competência interpessoal: é a habilidade de lidar eficaz-mente com as relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às necessidades de cada uma e à exigência da situação, alinhada aos valores da organização.

A Avaliação de Desempenho, além de considerar o com-portamento das pessoas e seus resultados, se propõe a for-necer indicadores, importantes para a atuação da área de Gestão de Pessoas, conforme abaixo:• Nível de desempenho (produtividade) individual e coletivo;• Necessidade de treinamento e desenvolvimento de pessoal;• Necessidade em realocar pessoas e serviços;• Sugere pontos de reestruturação do Planejamento Es-tratégico;• Subsidia os dirigentes para conceder progressões, promo-ções, de forma sistematizada;• Permite feedback entre líder e liderado, contribuindo com a gestão de pessoas e resultados.

Para que esses indicadores sejam alcançados é necessário que esse processo seja conduzido de uma forma adequada. Na próxima edição veremos como realizar uma Avaliação de Desempenho.

FABIANO sANtIAgO cOstA,coordenador de Desenvolvimento Humano da

Comissão de Qualidade e Produtividade do [email protected]

COMO ANDA ODEsEmpENHODA SUA EQUIPE?

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ABRIL 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 31

BANcO DE EmpREgOs DA cONstRUçãO

Está precisando contratar colaboradores para sua empresa?Por meio do Banco de Empregos da Construção, o Sinduscon-GO disponibiliza para as empresas associadas e filiadas, a preços abaixo dos praticados pelo mercado, cadastros de profissionais de várias categorias. Confira, a seguir, algumas opções de profissionais que poderão integrar a sua equipe de trabalho.

ENgENHEIRO cIvIL gERENtE ADmINIstRAtIvO FINANcEIRO

AUXILIAR ADmINIstRAtIvO

L. H. s. m.Formação: Escola de Engenharia Kennedy – EEK (2004).Experiência: Gerenciamento dos serviços de superestrutura ferroviária, contratos de obras e serviços de engenharia, produção da execução de obras e serviços de terraplenagem, pavimentação asfáltica, reforma e adaptação de salas comerciais.

s. A. J.Formação: Universidade Federal de Goiás – UFG (1998).Experiência: Coordenação de equipes de manutenção civil e industrial, gerenciamento de projetos de infraestrutura, elaboração de relatórios gerenciais, orçamento e gerenciamento de contratos.

W. g. F.Formação: Universidade Federal de Goiás – UFG (1981).Experiência: Gestão e gerenciamento de obras de pavimentação, conservação rodoviária, terraplanagem, pavimentação asfáltica, reforma, execução de obras civis e de saneamento básico e elaboração de programas de higiene e segurança do trabalho.

g. v. s. L.Formação: Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG (1984).Experiência: Execução de obra civil, industrial, drenagem, terraplanagem e pavimentação, montagem de adutora e controle tecnológico de materiais como: concreto, aço e agregados.

A. p. m.Formação: Administração de Empresas – UCG (1995).Experiência: Controle de custos, instrutor do Sistema de Gestão da Qualidade, consultor, diretor e superintendente administrativo financeiro.

s. g. c. v.Formação: Administração de Empresas – Faculdade Ávila (2007).Experiência: Responsável pelos departamentos contábil, financeiro, segurança, pessoal, logística e recursos humanos.

g. F. s.Formação: Administração de Empresas – Instituto de Ensino e Pesquisa Objetivo (2001).Experiência: Gerente, diretor e coordenador administrativo financeiro, tesouraria e superintendência de cobrança.

m. A. R.Formação: Ciências Econômicas – Faculdade Alves Faria (2005).Experiência: Analista de compras, comercial e financeiro, auditor, consultor, controle e supervisor administrativo financeiro.

EstAgIáRIO DE ENgENHARIA cIvIL

A. g. g. N.Formação: Universidade Estadual de Goiás – UEG (Conclusão 2013).Experiência: MS Project, AutoCAD 2D, lógica de programação e programação em Delphi.

t. m. E.Formação: Universidade Estadual de Goiás – UEG (Conclusão 2014).Experiência: AutoCAD 2D, agente de fiscalização, coordenação de logística e transporte.

N. t. s.Formação: Universidade Federal de Goiás – UFG (conclusão 12/2012).Experiência: AutoCAD, AutoDesk, introdução de projetos e assistência em engenharia.

R. g. L. F.Formação: Universidade Federal de Goiás – UFG (conclusão 2013).Experiência: Auxiliar administrativo, desenvolvimento de projetos, Photoshop, PowerPoint e CorelDraw.

p. c. s.Formação: Gestão de Recursos Humanos – Faculdade Estácio de Sá (2007).Experiência: Auxiliar de apoio técnico, recursos humanos, auditoria trabalhista, cartório, cobrança interna e departamento de pessoal.

A. L. s. c.Formação: Ciências Contábeis – Unicamps (em curso).Experiência: Auxiliar administrativo, contábil, comercial, financeiro, almoxarifado e de apoio.

L. O. s.Formação: Tecnologia em Gestão Hoteleira - Cefet (2005).Experiência: Auxiliar administrativo pessoal, comercial, executivo, supervisor de área e back office.

I. F. s. s.Formação: Gestão de Recursos Humanos – Faculdades Objetivo (em curso).Experiência: Assistente administrativo de almoxarifado, compras, auxiliar contábil, comercial, faturamento, recursos humanos e logística.

OBsERvAçãO: Também dispomos no Banco de Empregos cadastros de profissionais formados pelo Senai-GO em áreas operacionais. Para mais informações procure a Comissão de Qualidade e Produtividade/Desenvolvimento Humano do Sinduscon-GO, telefone (62) 3095-5170 (Juliana Maciel ou Fabiano Santiago).

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • ABRIL 201232

U R E C O M E N D OE

pAtINAR: SINôNIMO DE JUVENTUDE, INTEGRAÇÃO E LIBERDADE

Quantas vezes você deixou de fazer algo por achar que é tarde demais e não tem mais idade para isso ou simplesmente por achar que não irá conseguir? Quantos momentos deixamos de viver por causa do “mas”, “... eu queria tanto, mas...”.

No meu caso, trabalhando e estudando todos os dias, pen-sava no que eu poderia fazer para relaxar a mente, o corpo e aliviar o coração das tensões do dia a dia. Eu queria sentir de novo aquela sensação de flutuar quando, aos 13 anos de idade, eu calçava os meus patins e junto com um bando de crianças saia voando pelas ruas do meu setor. Ah, mas o tempo já tinha passado. Equilibrar-me de novo em cima de um par de patins, eu não ia conseguir. Mas, mas, mas... Sempre há o “mas”.

E assim se passou quase um ano até que um dia comen-tei com os colegas de trabalho Leônidas (coordenador administrativo) e Caroli-na (assessora técnica) sobre como era bom patinar. Para a minha surpresa eles também compartilhavam dos mesmos pensamentos meus. Então, um dia, re-solvemos os três sair somente para olhar os patins e amadurecer a ideia de talvez

patinar novamente. Três horas depois, sem pestanejar, os três já tinham comprado o brinquedo. Não demorou muito e a nossa empolgação contagiou o Wellington (coordenador técnico) e a Leila (secretária executiva), que apesar de serem esportistas nun-ca haviam patinado. Contagiou até mesmo o Marcos (designer gráfico), que sempre tão reservado não poderíamos imaginar que ele também se juntaria a nós.

E assim enfrentávamos dia após dia o desafio de nos equi-librarmos sobre oito rodinhas. Junto com o desafio vieram também os benefícios já que, por ser uma atividade aeróbi-ca auxilia no controle do peso, fortalece articulações, ossos e músculos, desenvolve o equilíbrio e também melhora o con-dicionamento respiratório. E no nosso caso, que trabalhamos

no Sinduscon-GO, a patinação ainda nos trouxe o benefício da integra-ção, melhorando o nosso ambien-te de trabalho e nos trazendo mais qualidade de vida.

Andando pelos parques da cida-de, percebemos que há mais adultos que crianças patinando. Pesquisando um pouco mais sobre o assunto des-cobri que, a partir dos 5 ou 6 anos, qualquer um, sem limite de idade pode patinar. É lógico que os tombos são inevitáveis, mas a cautela e o uso

dos equipamentos de proteção evitam danos graves. Usar os patins adequados, ajustando-o corretamen-te e fazer uma avaliação médica (como em qualquer outra atividade física), contribuem para a segurança desse esporte.

Enfim, por ser uma terapia ao ar livre que nos traz a sensação de bem-estar, juventude, integração e liberdade é que eu decidi não me importar com o “mas” e recomendar patinar. Simples assim!

NOvOs AssOcIADOs

AMANDA MIOTTO

UsAR Os pAtINs ADEqUADOs, AJUstANDO-O cORREtAmENtE E FAzER UmA AvALIAçãO méDIcA cONtRIBUEm pARA A sEgURANçA DEssE EspORtE”

cONstRUtORA WR LtDA.A empresa foi fundada em 1º/02/2002 pelos diretores Mozart Luiz Carneiro e Marília Lins Siqueira Martins. A empresa atua nos ramos de construção civil e aluguel de equipamentos. Sua sede está instalada na Rua Itararé, nº 395, no Bairro Ipiranga, em Goiânia (GO).

AmANDA mIOttOé advogada e coordenadora do

Departamento Jurídico do Sinduscon-GO

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ABRIL 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 33

contribuição confederativa patronal 2012O prazo para o recolhimento da Contribuição Confederativa Patronal encerra-se no dia 30 de abril de 2012

1 Finalidade da Contribuição ConfederativaDe acordo com o artigo 8º, inciso IV da Constituição Federal, é uma contribuição para custeio do sistema confederativo da representação sindical. O sistema confederativo, dentro da estrutura legal da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), compõe-se dos sindicatos de base, federação, como órgão de coordenação e representação estadual ou interestadual ou até mesmo nacional e as confederações como órgãos de cúpula.

2

3

4

5

7

OBsERvAçãO:

6

Senhores empresários, segue abaixo as instruções para o recolhimento da Contribuição Confederativa Patronal 2012

Quem contribui?• O empregador (para efeito da sua organização sindical);• O trabalhador autônomo (para efeito de sua

estrutura sindical);• O profissional liberal;• O trabalhador comum.

Qual o dispositivo legal que a instituiu?A contribuição é imposta categoricamente pelo inciso IV do artigo 8º da Constituição Federal, nos seguintes termos: “A Assembleia Geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei”.

Como é fixado o valor da Contribuição Confederativa Patronal 2012?Pelo texto do artigo 8º, inciso IV da Constituição Federal, acima transcrito, ela é fixada pela Assembleia Geral Extraordinária, que foi realizada na sede do Sinduscon-GO, em 08 de dezembro de 2011, às 17:39 horas, em segunda convocação, conforme Edital publicado no jornal “Diário da Manhã”, veiculado no dia 02/12/2011, em seu caderno de Mercado Fácil, página 08. Essa Assembleia aprovou a manutenção da Contribuição Confederativa Patronal para o ano de 2012, os mesmos valores praticados no ano de 2011, ou seja, a contribuição básica será de 1/30 (um trinta avos) da folha de pagamento de janeiro de 2012 e R$ 150,00 (cento e cinquenta reais), para a contribuição mínima. Foi aprovado também o vencimento da mencionada contribuição para 30 de abril de 2012 e a penalidade pelo atraso no seu recolhimento, será de 2% (dois por cento) de multa, acrescido de 1% (um por cento) de juros de mora ao mês.

Como deverá ser feito o recolhimento da Contribuição Confederativa Patronal 2012?A empresa efetuará o pagamento da Contribuição Confederativa Patronal 2012, através de boleto bancário da Caixa Econômica Federal (os mesmos estão sendo enviados às empresas, via correio).

Arrecadação da Contribuição Confederativa Patronal 2012A Assembleia aprovou ainda o rateio da arrecadação da Contribuição Confederativa Patronal entre as seguintes entidades: Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e o Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO).

Como são aplicados os recursos da Contribuição Confederativa Patronal 2012?A Confederação Nacional da Indústria administra o Sistema CNI, formado pelo Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, pelo Sesi - Serviço Social da Indústria e pelo IEL - Instituto Euvaldo Lodi. Estruturas estas, voltadas ao desenvolvimento profissional e social dos trabalhadores, serviços, estudos, pesquisas e análises que promovem o crescimento, a qualidade e a competitividade da indústria brasileira. A Federação das Indústrias do Estado de Goiás - Fieg administra o sistema regional do Senai, Sesi e IEL, dando apoio às atividades acima mencionadas. O Sinduscon-GO oferece às empresas do setor possibilidade de desenvolvimento de ações que facilitam a gestão empresarial, estando estruturado por diretorias para a prestação de uma série de serviços. (As ações do Sindicato estão catalogadas no Manual de Produtos/Serviços do Sinduscon-GO).

Para quaisquer informações adicionais sobre o pagamento da Contribuição Confederativa Patronal 2012, solicitamos entrar em contato com o Sinduscon-GO, telefones: (62) 3095-5155 / 3095-5164 / 3095-5182; fax: (62) 3095-5176 / 3095-5177. Informações também disponíveis no portal do Sinduscon-GO: www.sinduscongoias.com.br / e-mails: [email protected], [email protected].

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • ABRIL 201234

cUB CUSTOS UNITáRIOS BáSICOS DE CONSTRUçãONBR 12.721:2006 – CUB 2006

ANO 2012FEvEREIRO

0,043%

pROJEtOs PADRÃO RESIDENCIAL

PADRãO BAIxO PADRãO NORMAL PADRãO ALTO

R-1

PP-4

R-8

PIS

845,01

767,83

729,98

559,86

R-1

PP-4

R-8

R-16

1.037,20

977,81

850,17

820,43

R-1

R-8

R-16

1.249,26

1.006,53

1.079,56

pROJEtOs PADRÃO COMERCIAL*

PADRãO NORMAL PADRãO ALTO

CAL-8

CSL-8

CSL-16

971,06

848,87

1.131,71

CAL-8

CSL-8

CSL-16

1.035,95

930,46

1.238,28*CAL: Comercial Andares Livres - CSL: Comercial Salas e Lojas

pROJEtOs

PADRÃO RESIDêNCIA POPULAR (RP1Q) 870,23

PADRÃO GALPãO INDUSTRIAL (G1) 467,01

VALOR REFERENCIAL (R$/m²) R-16A VARIAçãO MêS %

1.079,56 0,043VARIAçãO ANO %

0,374VARIAçãO 12 MESES %

8,416DESPESAS ADMINISTRATIVAS

36,34

EQUIPAMENTO

5,75

MATERIAIS MãO DE OBRA

508,81 528,66

TOTAL

1.079,56

mãO DE OBRA*

PEDREIRO DE MASSA h 5,15900 SERVENTE h 3,76200 ENGENHEIRO h 41,3600*Custo médio R$/hora

PROJETOS-PADRãO QUE COMPõEM A NORMA NBR 12.721:2006

Padrão Baixo:

Padrão Normal:

Padrão Alto:

Comercial Normal:

Comercial Alto:

Residência Unifamiliar (RI)

Residência Unifamiliar (RI)

Residência Unifamiliar (RI)

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Prédio Popular (PP)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Projeto de Interesse Social (PIS)

Residência Multifamiliar (R16)

Residência Popular (RP1Q)

Galpão IndustriaL (GI)

Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Bra-sileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de FEvEREIRO DE 2012. “Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”. “Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e insta-lações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador”.

INDIcADOREs EcONômIcOsíNDICES ECONÔMICOS

INCC (FGV) / FEVEREIRO

INPC (IBGE) / FEVEREIRO

IGP-M (FGV) / FEVEREIRO

493,584

3.529,82

474,138

VARIAçãO MÊS

0,300

0,39

-0,061

ANO

1,196

0,90

0,187

12 MESES

8,025

5,47

3,434

INFORmAçõEs: (62) 3095-5162 | www.sinduscongoias.com.br | e-mail: [email protected] (Comissão de Economia e Estatística)

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