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Norma Técnica SABESP NTS 316 SOFT STARTER DE MÉDIA TENSÃO CLASSE DE TENSÃO ACIMA DE 1kV (2,3 kV a 13,8 kV) POTÊNCIA A PARTIR DE 450CV Especificação São Paulo Julho-2016

Norma Técnica Interna SABESP · O tipo de tecnologia do sistema de partida do Soft Starter adotada pela SABESP deve ser o SCR de média tensão acima de 1kV (2,3kV a 13,8kV), com

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Norma Técnica SABESP

NTS 316

SOFT STARTER DE MÉDIA TENSÃO CLASSE DE

TENSÃO ACIMA DE 1kV (2,3 kV a 13,8 kV) POTÊNCIA A PARTIR DE 450CV

Especificação

São Paulo

Julho-2016

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S U M Á R I O 1. OBJETIVO .................................................................................................................... 1

2. NORMAS TÉCNICAS .................................................................................................... 1

3. ÊNFASE EM SEGURANÇA ......................................................................................... 1

4. CARACTERÍSTICAS ..................................................................................................... 2

4.1 Características Elétricas ........................................................................................... 2

4.2 Características Construtivas .................................................................................... 2

4.2.1. Grau de Proteção ................................................................................................... 3

4.2.2 Proteção contra Surtos e Descargas atmosféricas .............................................. 4

4.2.3 Barramento de Terra .............................................................................................. 4

4.2.4 Proteção de Segurança .......................................................................................... 4

4.3 Equipamentos ............................................................................................................ 4

4.3.1 Transformador de Comando .................................................................................. 4

4.4 Fiação, Terminais e Dispositivos .............................................................................. 4

4.4.1 Fiação para Comando e Controle .......................................................................... 4

4.4.2 Bornes Terminais para Comando e Controle ....................................................... 4

4.4.3 Conexão para Potência .......................................................................................... 5

4.4.4 Identificação dos Componentes ............................................................................ 5

5. TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE, PINTURA E ACABAMENTO .................................. 5

6. COORDENAÇÃO .......................................................................................................... 6

6.1 Coordenações em Geral ............................................................................................ 6

6.2 Proteções Elétricas .................................................................................................... 6

7. INSPEÇÃO E ENSAIOS ................................................................................................ 6

7.1 Ensaios de Rotina ...................................................................................................... 6

7.2 Acompanhamento da Fabricação e Inspeção .......................................................... 6

8. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA ...................................................................................... 7

8.1 Documentos para Análise Técnica e Aprovação ..................................................... 7

8.1.1 Documentos para Aprovação ................................................................................ 7

8.1.2 Documentos Certificados ....................................................................................... 8

8.1.3 Documentos “Como construído” .......................................................................... 8

9. RESPONSABILIDADE DO PROPONENTE/FORNECEDOR ........................................ 8

9.1 Fornecimento de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) .......................... 8

10. TREINAMENTO .......................................................................................................... 8

11. DOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM A ESPECIFICAÇÃO..................................... 8

Anexo A - Características do Soft Starter de Média Tensão ....................................... 10

Anexo B - Treinamento e Comissionamento ............................................................... 14

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SOFT STARTER DE MÉDIA TENSÃO – CLASSE DE TENSÃO ACIMA DE 1kV (2,3 kV a 13,8 kV) – POTÊNCIA A PARTIR DE 450CV

1. OBJETIVO Esta norma estabelece os requisitos mínimos para fornecimento, fabricação e ensaios do sistema de chave estática Soft-Starter para partida de Motor, classe de tensão acima de 1kV(2,3kV a 13,8kV) – potência a partir de 450CV, conforme descrição detalhada nos itens a seguir e prescrição da Norma Técnica SABESP nº 255 - Norma Geral de Fornecimento de Equipamentos Elétricos.

2. NORMAS TÉCNICAS O sistema de partida de chave estática Soft-Starter deve ter projeto, características elétricas, fabricação, ensaios, embalagem e transporte de acordo com a última edição e revisão das normas vigentes abaixo.

NTS 255 Norma Geral de Fornecimento de Equipamentos Elétricos.

NTS 266 Norma Geral para Quadros Elétricos.

NBR IEC 62271-200 Conjunto de manobra e controle de alta-tensão em invólucro metálico para tensões acima de 1kV até e inclusive 52kV

NBR IEC 60529 Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código IP)

NR-10 Norma Regulamentadora nº10 do Ministério do Trabalho

Para os itens não abrangidos pelas Normas brasileiras citadas e por esta especificação, devem ser adotadas as normas das entidades internacionais consagradas, na última edição e revisão:

ANSI - American National Standards Institute

CEE - International Commission on Rules for the Approval of Electricale Equipment

DIN - Deutsche Industrie Normen

IEC - International Electro technical Commission

IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers

NEC - National Electrical Code

NFPA - National Fire Protection Association

NEMA - National Electrical Manufacturers Association

VDE - Verein Deutscher Elektrotechniker

3. ÊNFASE EM SEGURANÇA Embora as normas atuais sejam bastante abrangentes quanto a todos os aspectos de projeto, operação, manobras, ensaios e proteção, esta norma atenta para os principais aspectos ligados a segurança, exigido pelas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho NR-10 e outras NR’s associadas, que possuem conteúdos relacionados com eletricidade.

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Esta especificação foi elaborada de forma que a construção dos quadros evite, ao máximo, dentro de condições aceitáveis, a formação, propagação e duração do arco elétrico. Sabe-se que o arco elétrico, principalmente aquele associado aos conjuntos de manobra, é a principal causa de ferimentos e mortes de pessoas envolvidas nos serviços de eletricidade. Portanto, nos itens seguintes são indicados aspectos construtivos importantes, reforçando a normalização no que tange aos aspectos de segurança.

4. CARACTERÍSTICAS O equipamento é uma chave estática para partida e parada suave de motor elétrico assíncrono, garantindo aumento e diminuição gradual da tensão, seguindo a rampa pré selecionada e mantendo a frequência da rede constante.

4.1 Características Elétricas Esta especificação aplica-se para sistemas de média tensão acima de 1000 V (2,3kV a 13,8kV) e potências definidas em cada projeto.

Tensão de comando auxiliar: 220V;

Tolerância da tensão mínima de entrada: -10%;

Tolerância da tensão máxima de entrada: +10%;

Tolerância da frequência mínima de entrada: -2%;

Tolerância da frequência máxima de entrada: +2%;

Para demais características ver Anexo A desta especificação.

4.2 Características Construtivas O tipo de tecnologia do sistema de partida do Soft Starter adotada pela SABESP deve ser o SCR de média tensão acima de 1kV (2,3kV a 13,8kV), com as seguintes características:

Faixa de temperatura de operação do equipamento deve ser de 0 a 40 °C;

Faixa de umidade relativa que deve suportar o equipamento é de 5 a 95%;

Altitude de funcionamento do sistema sem perda deve ser de até 1000 m;

Contator de entrada do sistema deve ser a vácuo;

Sistema deve possuir By-Pass com contator a vácuo incorporado;

Sistema de potencia do Soft-Starter não necessita de disjuntor de proteção na entrada, tendo em vista que essa proteção deve estar montada no painel de distribuição de força;

Porcentagem da corrente de partida deve ser de 450%;

Número máximo de partidas por hora deve ser limitado pelo motor a ser utilizado;

Sobrecarga admissível do Soft-Starter na partida deve ser de 450% por 30 segundos;

Rampa máxima de aceleração e desaceleração deve ser programável de 0 a 60 segundos;

Cabos de ligação não têm necessidade de ser blindados;

Sistema deve ter filtros de saída;

Tempo Médio entre Falhas MTBF do Soft Starter deve ser de 10 anos;

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Tempo Médio de Reparo MTTR do Soft Starter deve ser de 2 horas;

Sistema do Soft-Starter deve possuir controle de torque;

Dissipadores devem ser dimensionados para ciclo de sobrecarga pesada;

Braços de potencia devem ser independentes, possuindo rodas para facilitar a sua remoção em caso de manutenção;

Sistema deve ter detecção de arco interno da parte de potencia;

Sistema deve possuir proteção térmica para o motor;

Sistema deve possuir módulo para controle de banco de capacitor incorporado;

Sistema deve possuir funções de controle voltado para saneamento;

Sistema deve permitir ser programado com pequena lógica de controle pelo usuário;

Sistema deve possuir função de oscilografia;

Número máximo de partidas por hora deve ser limitado pelo motor.

4.2.1. Grau de Proteção O quadro e seus componentes, conforme as características do local em que são instalados e de sua acessibilidade devem oferecer um determinado grau de proteção. A norma NBR IEC 60529 define os graus de proteção por meio das letras características IP, seguidas por dois dígitos.

1° Digito característico – indica o grau de proteção contra penetração de corpos sólidos estranhos e contato acidental:

- 0 – não protegido

- 1 – protegido contra objetos sólidos maiores que Ø50 mm

- 2 – protegido contra objetos sólidos maiores que Ø12 mm

- 3 – protegido contra objetos sólidos maiores que Ø2,5 mm

- 4 – protegido contra objetos sólidos maiores que Ø1,0 mm

- 5 – protegido contra poeira

- 6 – totalmente protegido contra poeira

2° Digito característico – grau de proteção contra penetração de água no interior do quadro:

- 0 – não protegido

- 1 – protegido contra quedas verticais de gotas d’água

- 2 – protegido contra queda d’água para uma inclinação máxima de 15° com a vertical

- 3 – protegido contra água aspergida de um ângulo de 60° com a vertical

- 4 – protegido contra projeções d’água

- 5 – protegido contra jatos d’água

- 6 – protegido contra ondas do mar ou jatos potentes

- 7 – protegido contra imersão

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- 8 – protegido contra submersão

O grau de proteção de um conjunto fechado deve ser pelo menos IP2X, depois de instalado conforme as instruções do fabricante.

Para conjuntos de uso ao tempo, que não tem nenhuma proteção suplementar (cobertura ou algo semelhante), o segundo número característico deve ser pelo menos 3.

O grau de proteção deverá ser preenchido no Anexo A desta especificação.

4.2.2 Proteção contra Surtos e Descargas atmosféricas A proteção deve ser em cascata, em todos os níveis, conforme “Manual e Procedimentos – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas e Sobretensões” - SABESP.

4.2.3 Barramento de Terra Cada equipamento deve possuir uma barra de terra de fácil acesso fixado na parte inferior, identificado nas cores verde ou verde/amarelo, com furos rosqueados, dotada de parafusos e arruelas de pressão de aço cadmiado para conexão de cabos. A barra de terra deve ser de cobre eletrolítico com 99,99% de pureza, isenta de emendas, e possuir seção não inferior a 100 mm² com um furo em cada extremidade para interligação ao sistema de aterramento.

A barra de terra e seus suportes devem ser dimensionados para resistir aos esforços térmicos e mecânicos.

4.2.4 Proteção de Segurança Os dispositivos de partida Soft Starter devem apresentar, construtivamente, o maior grau possível de segurança para o pessoal encarregado da operação e da manutenção. Todas as partes vivas devem ficar completamente protegidas de modo a evitar o contato acidental.

4.3 Equipamentos

4.3.1 Transformador de Comando Os Transformadores de Corrente devem ter capacidade térmica e mecânica suficiente para suportar as correntes de curto-circuito especificadas. As relações dos transformadores de corrente devem ser as indicadas em projeto.

Para tensão de alimentação em média tensão, deverá ser prevista a instalação de Transformador de Comando com secundário em 220V.

4.4 Fiação, Terminais e Dispositivos Os cabos de alimentação, comando e sinais analógicos, devem possuir sistema de identificação através de luva em PVC transparente e etiqueta de policarbonato com inscrições feitas por meio de impressora especial a pena com tinta que interage quimicamente com o policarbonato da etiqueta conforme a NTS 266.

4.4.1 Fiação para Comando e Controle Para a fiação de Comando e Controle devem ser utilizados condutores de cobre eletrolítico, encordoamento classe 4 ou 5 de alta flexibilidade e manuseio, com isolação de composto termoplástico, não higroscópico, não propagador e auto-extinção de chamas e classe de tensão mínima 750V.

4.4.2 Bornes Terminais para Comando e Controle Os bornes terminais utilizados devem ser unipolares, classe de isolação 750V, com a parte condutora e elementos de apertos construídos em material não ferroso. Os bornes terminais devem ser fixados sobre perfilados DIN em liga de alumínio e reunidos em blocos providos de placas laterais de acabamento, molas de fixação, separadores isolantes, pontes para conexões entre dois ou mais bornes contínuos e pastilhas de plástico gravadas para identificação.

As réguas terminais devem ser instaladas em planos verticais ou horizontais, em locais de fácil acesso para instalação e inspeção, e possuir no mínimo 20% de reserva.

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Deverá ser conectado apenas um terminal em cada borne. Caso haja a necessidade de conectar 2 cabos em um borne, deverá ser utilizado um terminal duplo.

4.4.3 Conexão para Potência Para as conexões internas de potência devem ser utilizados barramentos cobre estanhado ou condutores de cobre eletrolítico, encordoamento classe 4 de alta flexibilidade e manuseio, com isolação e cobertura de composto termoplástico, não higroscópico, não propagador e auto-extinção de chamas e classe de tensão mínima 8 kV. Os condutores não podem possuir emendas.

4.4.4 Identificação dos Componentes Todos os equipamentos dos quadros devem ser identificados interna e externamente por etiquetas, sendo as externas de acrílico na medida 18 x 60 mm com inscrição em branco e fundo preto fixadas por meio de parafuso e as internas através de plaquetas brancas com material de policarbonato e inscrições feitas por meio de impressora especial com tinta que interage quimicamente com o policarbonato da etiqueta. Deverá ser utilizada a nomenclatura do esquema elétrico para a identificação dos componentes e fixadas através de abraçadeira de nylon.

Na porta do quadro deverá ser identificado o local de aplicação, potência do motor, tensão e frequência de operação, na medida 30 x 70 mm, em acrílico fundo preto, letra branca fixada através de parafusos.

Além da plaqueta com as informações básicas o quadro deve ser identificado pelo fabricante por uma placa em material não corrosível, fixada na parte frontal externa e contendo, no mínimo, as seguintes informações:

Nome do fabricante;

N.º do pedido de compra;

Tensão nominal;

Frequência nominal;

Corrente nominal;

Capacidade de curto-circuito;

TAG;

Local e data de fabricação;

Número de série de fabricação;

Nível de isolamento sob impulso;

Massa (em Kg).

Identificação conforme diagramas;

Potência nominal;

Tipo de partida.

5. TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE, PINTURA E ACABAMENTO Os processos para tratamento da superfície do equipamento, tipo de pintura e acabamento devem ser definidos pelo fabricante conforme o tipo de ambiente a ser instalado e NTS 266.

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6. COORDENAÇÃO

6.1 Coordenações em Geral As características dos dispositivos de proteção aplicados (relés, disparadores térmicos ou eletromagnéticos, fusíveis e etc.) devem ser escolhidas de modo a assegurar a operação seletiva do sistema em qualquer condição de sobrecarga ou curto-circuito.

6.2 Proteções Elétricas Todas as proteções elétricas disponíveis no sistema devem ficar ativas, mesmo com o Soft Starter ligado no modo by-pass. Os fusíveis de proteção devem ser do tipo ultra-rápidos.

7. INSPEÇÃO E ENSAIOS A contratada deve enviar à SABESP 02 (duas) vias impressas e arquivo eletrônico dos relatórios de ensaios realizados nos quadros.

Os relatórios devem conter:

a) Identificação completa do equipamento ensaiado, incluindo tipo, número de série, dados de placa de identificação; b) Resumo de cada ensaio executado com resultados e, em caso de necessidade, a interpretação destes;

7.1 Ensaios de Rotina Os ensaios de rotina a serem executados em todos os módulos devem estar de acordo com a

norma NBR IEC 62271-200:

- Inspeções visuais, incluindo layout interno e externo, e dimensões;

- Verificação de fiação e ensaios de operação elétrica e mecânica;

- Resistência de isolamento;

- Verificação das medidas de proteção e da continuidade elétrica dos circuitos;

- Tensão suportável à frequência industrial.

Todos os ensaios devem ser realizados na presença de inspetores da SABESP ou, credenciados por ela.

A data de realização dos ensaios deverá ser comunicada, pela contratada à SABESP com, no mínimo, 15 (quinze) dias de antecedência.

7.2 Acompanhamento da Fabricação e Inspeção Os equipamentos e materiais devem ser submetidos à inspeção durante a fabricação e ensaios, pelo inspetor da SABESP, o qual deverá ter livre acesso aos laboratórios, às dependências de fabricação do equipamento, local de embalagem, e etc., O fabricante deverá fornecer pessoal qualificado a prestar informações durante a fabricação e ensaios. As despesas relativas a material de laboratório e pessoal para execução dos ensaios, correrão por conta da contratada.

Se no equipamento e material forem constatadas falhas, durante os ensaios, não se eximirá à contratada da responsabilidade em fornecer o mesmo, na data da entrega acordada em contrato. Se a contratada não cumprir com a data de entrega, estará sujeita às penalidades aplicáveis no caso.

Em especial, são inspecionados os seguintes aspectos durante as fases de fabricação e ensaios:

- Espessura da chapa, pintura, acabamento e teste de aderência;

- Componentes de fixação do quadro na base e no plano vertical;

- Localização das réguas terminais e suportes para cabos em relação aos furos de saída dos módulos;

- Bitolas, polaridades e distâncias entre fase-fase e fase-terra dos barramentos e derivações;

- Apertos de parafusos das partes condutoras;

- Inscrição das etiquetas e placas de identificação interna e externa dos equipamentos;

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- Numeração dos bornes terminais e da fiação;

- Sistema de aterramento;

- Pontos de conexão por barramento ou cabo provido de parafusos e acessório;

- Componentes e montagem de acordo com os documentos certificados;

- Sobressalentes e ferramentas especiais, se necessário;

- Acionamento manual e elétrico dos dispositivos de comando, e confirmação dos valores de saída;

- Intercambiabilidade de equipamentos do mesmo tipo;

- Cor, atuação e características nominais das lâmpadas de sinalização;

- Disposição inadequada dos componentes para manutenção e energização

- Fornecimento e acondicionamento de todos os componentes de interligação para montagem no campo após separação dos módulos para transporte.

8. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

8.1 Documentos para Análise Técnica e Aprovação Conforme a NTS 255;

Toda documentação fornecida pela contratada deverá estar em língua portuguesa.

8.1.1 Documentos para Aprovação A contratada deve fornecer 02 (dois) jogos de cópias impressas dos seguintes documentos:

a) Cronograma detalhado com todos eventos do fornecimento, inclusive inspeção de fabricação, ensaios e apresentação dos documentos definitivos;

b) Vistas frontais, laterais, cortes, arranjos físicos internos e externos do sistema, mostrando a disposição dos equipamentos devidamente identificados;

c) Especificação técnica detalhada de todos os equipamentos;

d) Desenhos dimensionais com indicação de massa dos componentes completamente montados e separados para transporte;

e) Diagramas unifilares e trifilares, detalhando as ligações de medição e proteção;

f) Diagramas funcionais;

g) Diagrama de fiação de conexão;

h) Detalhes típicos de fixação e conexão;

i) Desenho de fixação da base;

j) Desenhos das réguas de bornes com indicação das conexões;

k) Listas de etiquetas e desenhos das placas de identificação;

l) Relação de materiais contendo características técnicas dos componentes e identificação conforme diagramas;

m) Catálogo e manuais de instalação, operação e manutenção dos equipamentos e acessórios do Soft Starter em português;

n) Lista de desenhos e documentos.

o) Certificado do equipamento;

p) Verificações, ensaios ou extrapolações.

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A SABESP devolverá 01 (um) jogo de cópia dos documentos, assinalando na capa uma das seguintes anotações:

- Aprovado;

- Aprovado com restrições;

- Reprovado.

8.1.2 Documentos Certificados A contratada, após receber os documentos aprovados, deve enviar:

- 02 (dois) jogos de cópias impressas dos desenhos e documentos certificados e 01 (um) arquivo eletrônico, assinalando em todas as folhas "Documento certificado";

- 02 (dois) jogos de manuais de instruções impressos e 01 (um) arquivo eletrônico para montagem, pré-operação, operação e manutenção;

- 02 (duas) vias de catálogos impressos e 01 (um) arquivo eletrônico de todos os componentes e acessórios devidamente identificados.

8.1.3 Documentos “Como construído” A contratada deve enviar:

- 02 (dois) jogos de cópias impressas e 01 (um) arquivo eletrônico dos documentos, assinalando em todas as folhas “Como construído”;

9. RESPONSABILIDADE DO PROPONENTE/FORNECEDOR É da inteira responsabilidade do proponente/fornecedor suprir a SABESP com todas as informações solicitadas, bem como a entrega dos equipamentos em perfeitas condições de operação, quando este for liberado para fabricação, com todos os elementos e acessórios necessários, de acordo com o estabelecido nesta especificação;

Como a especificação estabelece condições técnicas gerais, os itens ou serviços não mencionados na mesma, porém necessários ao funcionamento perfeito do sistema, devem fazer parte integrante do fornecimento;

A omissão em esclarecer a ausência de qualquer serviço necessário ao funcionamento perfeito implica que os mesmos são fornecidos a SABESP sem qualquer ônus.

9.1 Fornecimento de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) É de responsabilidade do proponente/fornecedor a emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) sobre o serviço de montagem e fornecimento dos quadros especificados nessa NTS.

10. TREINAMENTO Caso necessário treinamento sobre equipamentos, preencher itens no anexo B. Se requisitado, a contratada deve fornecer treinamento qualificado sobre o funcionamento de seus equipamentos, atendendo a todas as necessidades de parametrização, operação, manutenção e programação. Deverá ser encaminhado o cronograma, conteúdo programático e ser ministrado em português, incluindo material didático.

11. DOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM A ESPECIFICAÇÃO - NTS 255;

- NTS 266;

- Manual e Procedimentos – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas e Sobretensões – SABESP.

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ANEXOS. Características a serem fornecidas pela SABESP e pela Proponente

Características a serem fornecidas pela SABESP e pela Proponente.

Os anexos devem ser preenchidos com os seguintes objetivos:

- Anexo A: Características do Soft Starter de Média Tensão;

- Anexo B: Treinamento e Comissionamento.

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Anexo A - Características do Soft Starter de Média Tensão

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP PROPONENTE

A1 CARACTERÍSTICAS DO MOTOR

A1.1 Potência kW / CV /

A1.2 Nº de fases trifásico

A1.3 Tensão nominal V

A1.4 Corrente nominal A

A1.5 Frequência nominal Hz 60

A1.6 Velocidade síncrona rpm

A1.7 Fator de serviço 1,15

A1.8 Classe do motor IEC Frame

A2 CARACTERÍSTICAS DO “SOFT STARTER”

A2.1 Dados do Equipamento

a) Fabricante

b) Modelo

c) Corrente A

d) Potência kW

A2.2 Alimentação

a) Tensão nominal V

b) Faixa de tensão V

c) Tolerância da tensão de entrada % 10

d) Frequência nominal Hz 60

e) Compatibilidade eletromagnética Norma IEC

f) Corrente de curto-circuito simétrico kA

A2.3 Grau de proteção

a) Gabinete metálico IP

A2.4 Ajuste de parâmetros

a) Por chave ( ) Por IHM ( X ) IHM

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Anexo A - Características do Soft Starter de Média Tensão (continuação)

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP PROPONENTE

A2.5 Condições Ambientais

a) Temperatura de operação C 0 – 40

b) Umidade relativa sem condensação % 5-95

c) Altitude m Até 1000

d) Vibração mm Norma IEC

A2.6 Características Elétricas

a) Tensão de comando V

220 ( ) int.

( ) ext.

b) Monitoração de corrente por malha fechada ( ) sim

( ) não

c) Tempo mínimo ajustável de aceleração com

seleção de rampa linear ou em “S” s 0 – 60

d) Tempo mínimo ajustável de desaceleração

com seleção de rampa linear ou em “S” s 0 – 60

e) Conjugado de partida ajustável % 10 – 80

f) Tensão de partida ajustável % 25 – 90

g) Impulso de tensão na partida s 0 – 2

h) Número de partidas por hora

i) Limite de corrente (Ip / In) 1 – 4

j) Número de repartidas automáticas

programável (1 a 5) após falha

( ) sim

( ) não

k) Intervalo de tempo programável entre

repartidas

( ) sim

( ) não

l) Rearme programável (automático / manual)

após sobrecarga

( ) sim

( ) não

A2.7 Entradas digitais

a) Quantidade mínima un 3

A2.8 Saídas a relé

a) Quantidade mínima un 2

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Anexo A - Características do Soft Starter de Média Tensão (continuação)

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP PROPONENTE

A2.9 Proteções (sim ou não)

a) Sobrecarga térmica com seleção de curvas

de desarme

b) Sobrecarga instantânea

c) Desbalanceamento de fase

d) Inversão de fase

e) Subcorrente

f) Fusíveis ultra-rápidos

g) Falha de comunicação

h) Temperatura excessiva nos dissipadores

térmicos

i) TRIAC ou equivalente

A2.10 Comunicação (sim ou não) sim

a) RS-485 para comunicação em rede em

protocolo aberto

b) RS-232 para programação via “software”

A2.11 Interface homem-máquina (sim ou não) sim

a) Mostrador de cristal líquido com luz de fundo

b) Extraível, com cabo e suporte para instalação

na porta do módulo

c) Botão de rearme sim

d) Borne de operação local / remota sim

e) Botões que possibilitem programação total

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Anexo A - Características do Soft Starter de Média Tensão (continuação)

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP PROPONENTE

A2.12 Programação (sim ou não) sim

a) Senha de habilitação para programação

b) Visualização de falhas

c) Armazenamento das últimas falhas 3 últimas

d) Rearme manual / automático

e) Rearme automático de falhas permissíveis

f) Número e tempo entre rearmes automáticos

g) Tempo de aceleração e desaceleração (em

rampa linear ou em “S”)

h) Corrente do motor

i) Tensão do motor

j) Potência do motor

k) Conjugado de partida

l) Tensão da rede

m) Frequência da rede

n) Partida de motor em movimento (rotação de

operação e reversa)

o) Impulso de tensão na partida

p) Leitura real de todas as grandezas elétricas

q) Controle de torque

A2.13 Capacitor trifásico de potência para correção

de fator de potência

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Tensão nominal de isolamento V

d) Frequência nominal Hz 60

e) Corrente nominal A

f) Resistores de amortecimento Ω / W *PP

*PP = Proposto Pela Proponente

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Norma Técnica SABESP NTS 316: 2016

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Anexo B - Treinamento e Comissionamento

Itens a serem preenchidos pela SABESP caso necessário treinamento:

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP

B1 Quantidade de participantes -

B.2 Carga Horária h

B.3 Realizado In Company (sim / não)

B.4 Equipamentos a serem treinados:

B.4.1 - Softstarter (sim / não)

B.4.2 - CLP (sim / não)

B.4.3 - IHM (sim / não)

B.4.4 - Multimedidor (sim / não)

B.4.5 - Modem (sim / não)

B.4.6 - Outros _____________________ (sim / não)

Itens a serem preenchidos pela SABESP caso necessário comissionamento:

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP

B.5 Comissionamento em campo (sim / não)

O comissionamento deverá ser realizado em Start-up e operação assistida e executado com participação conjunta dos técnicos do fabricante e da SABESP.

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Norma Técnica SABESP NTS 316: 2016

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SOFT STARTER DE MÉDIA TENSÃO – CLASSE DE TENSÃO ACIMA DE 1kV (2,3 kV a 13,8 kV) – POTÊNCIA A PARTIR DE 450CV

Considerações finais:

1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser enviados ao Departamento de Acervo e Normalização Técnica - TXA, por meio do email: [email protected].

2) Essa norma foi elaborada pela Subcomissão de Quadros Elétricos da Sabesp e tomaram parte dos trabalhos da atual edição:

DIRETORIA UNIDADE DE

TRABALHO NOME

M

MMOE Andre Raul Costa Santos

MTP Antonio Carlos Batista

MMOE Marcelo Ribeiro Palavicini

MAMS Vanderlei F. Castilho

C CSQ Carlos Alberto Guia Pereira

T

TOG Celso Haguiuda

TGT Claudio Codevila Goffi

TOE Geraldo Kodaira

TOE Marcelo de Souza

TGT Reinaldo Shoiti Yamashita

R ROM Tainã Soares Bomfim Milanelo

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Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

Diretoria de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente - T

Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação - TX

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900

São Paulo - SP - Brasil

Palavras Chave: Automação, Média tensão, Quadros Elétricos, Soft Starter

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