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LEI N o 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei; DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acôrdo com o disposto no art. 5º, inciso XV, letra b, da Constituição Federal. TÍTULO I Da Lei de Orçamento CAPÍTULO I Disposições Gerais Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade. § 1° Integrarão a Lei de Orçamento: I - Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Govêrno; II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, na forma do Anexo nº. 1; III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação; IV - Quadro das dotações por órgãos do Govêrno e da Administração. § 2º Acompanharão a Lei de Orçamento: I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais; II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos ns. 6 a 9; III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Govêrno, em têrmos de realização de obras e de prestação de serviços. Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá tôdas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. 1

Normas Gerais de Direito Financeiro Para Elaboração e Contrôle Dos Orçamentos e Balanços

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LEI No 4.320, DE 17 DE MARO DE 1964.Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaborao e contrle dos oramentos e balanos da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal. Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei;DISPOSIO PRELIMINAR Art. 1 Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaborao e contrle dos oramentos e balanos da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal, de acrdo com o disposto no art. 5, inciso XV, letra b, da Constituio Federal.TTULO IDa Lei de OramentoCAPTULO IDisposies Gerais Art. 2 A Lei do Oramento conter a discriminao da receita e despesa de forma a evidenciar a poltica econmica financeira e o programa de trabalho do Govrno, obedecidos os princpios de unidade universalidade e anualidade. 1 Integraro a Lei de Oramento: I - Sumrio geral da receita por fontes e da despesa por funes do Govrno; II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econmicas, na forma do Anexo n. 1; III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislao; IV - Quadro das dotaes por rgos do Govrno e da Administrao. 2 Acompanharo a Lei de Oramento: I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicao dos fundos especiais; II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos ns. 6 a 9; III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Govrno, em trmos de realizao de obras e de prestao de servios. Art. 3 A Lei de Oramentos compreender tdas as receitas, inclusive as de operaes de crdito autorizadas em lei. Pargrafo nico. No se consideram para os fins deste artigo as operaes de credito por antecipao da receita, as emisses de papel-moeda e outras entradas compensatrias, no ativo e passivo financeiros . (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Art. 4 A Lei de Oramento compreender tdas as despesas prprias dos rgos do Govrno e da administrao centralizada, ou que, por intermdio dles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2. Art. 5 A Lei de Oramento no consignar dotaes globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, servios de terceiros, transferncias ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu pargrafo nico. Art. 6 Tdas as receitas e despesas constaro da Lei de Oramento pelos seus totais, vedadas quaisquer dedues. 1 As cotas de receitas que uma entidade pblica deva transferir a outra incluir-se-o, como despesa, no oramento da entidade obrigada a transferncia e, como receita, no oramento da que as deva receber. 2 Para cumprimento do disposto no pargrafo anterior, o calculo das cotas ter por base os dados apurados no balano do exerccio anterior aquele em que se elaborar a proposta oramentria do governo obrigado a transferncia. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Art. 7 A Lei de Oramento poder conter autorizao ao Executivo para: I - Abrir crditos suplementares at determinada importncia obedecidas as disposies do artigo 43; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) II - Realizar em qualquer ms do exerccio financeiro, operaes de crdito por antecipao da receita, para atender a insuficincias de caixa. 1 Em casos de dficit, a Lei de Oramento indicar as fontes de recursos que o Poder Executivo fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura. 2 O produto estimado de operaes de crdito e de alienao de bens imveis smente se incluir na receita quando umas e outras forem especficamente autorizadas pelo Poder Legislativo em forma que jurdicamente possibilite ao Poder Executivo realiz-las no exerccio. 3 A autorizao legislativa a que se refere o pargrafo anterior, no tocante a operaes de crdito, poder constar da prpria Lei de Oramento. Art. 8 A discriminao da receita geral e da despesa de cada rgo do Govrno ou unidade administrativa, a que se refere o artigo 2, 1, incisos III e IV obedecer forma do Anexo n. 2. 1 Os itens da discriminao da receita e da despesa, mencionados nos artigos 11, 4, e 13, sero identificados por nmeros de cdigos decimal, na forma dos Anexos ns. 3 e 4. 2 Completaro os nmeros do cdigo decimal referido no pargrafo anterior os algarismos caracterizadores da classificao funcional da despesa, conforme estabelece o Anexo n. 5. 3 O cdigo geral estabelecido nesta lei no prejudicar a adoo de cdigos locais.CAPTULO IIDa Receita Art. 9 Tributo e a receita derivada instituda pelas entidades de direito publico, compreendendo os impostos, as taxas e contribuies nos termos da constituio e das leis vigentes em matria financeira, destinado-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Art. 10. (Vetado). Art. 11. A receita classificar-se- nas seguintes categorias econmicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. 1 So Receitas Correntes as receitas tributria, patrimonial, industrial e diversas e, ainda as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito pblico ou privado, quando destinadas a atender despesas classificveis em Despesas Correntes. 2 So Receitas de Capital as provenientes da realizao de recursos financeiros oriundos de constituio de dvidas; da converso em espcie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito pblico ou privado destinados a atender despesas classificveis em Despesas de Capital e, ainda, o supervit do Oramento Corrente. 3 O supervit do Oramento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, apurado na demonstrao a que se refere o Anexo n. 1, no constituir item da receita oramentria. 4 A classificao da receita por fontes obedecer ao seguinte esquema: RECEITAS CORRENTES Receita Tributria Impostos. Taxas. Contribuies de Melhoria. Receita Patrimonial Receitas Imobilirias. Receitas de Valores Mobilirios. Participaes e Dividendos. Outras Receitas Patrimoniais. Receita Industrial Receita de Servios Industriais. Outras Receitas Industriais. Transferncias Correntes Receitas Diversas Multas. Contribuies Cobrana da Divida Ativa. Outras Receitas Diversas. RECEITAS DE CAPITAL Operaes de Crdito. Alienao de Bens Mveis e Imveis. Amortizao de Emprstimos Concedidos. Transferncias de Capital. Outras Receitas de Capital. Art. 11 - A receita classificar-se- nas seguintes categorias econmicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. (Redao dada pelo Decreto Lei n 1.939, de 20.5.1982) 1 - So Receitas Correntes as receitas tributria, de contribuies, patrimonial, agropecuria, industrial, de servios e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito pblico ou privado, quando destinadas a atender despesas classificveis em Despesas Correntes. (Redao dada pelo Decreto Lei n 1.939, de 20.5.1982) 2 - So Receitas de Capital as provenientes da realizao de recursos financeiros oriundos de constituio de dvidas; da converso, em espcie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito pblico ou privado, destinados a atender despesas classificveis em Despesas de Capital e, ainda, o supervit do Oramento Corrente. (Redao dada pelo Decreto Lei n 1.939, de 20.5.1982) 3 - O supervit do Oramento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, apurado na demonstrao a que se refere o Anexo n 1, no constituir item de receita oramentria. (Redao dada pelo Decreto Lei n 1.939, de 20.5.1982) 4 - A classificao da receita obedecer ao seguinte esquema: (Redao dada pelo Decreto Lei n 1.939, de 20.5.1982)RECEITAS CORRENTES RECEITA TRIBUTRIA ImpostosTaxas Contribuies de Melhoria RECEITA DE CONTRIBUIOES RECEITA PATRIMONIAL RECEITA AGROPECURIA RECEITA INDUSTRIAL RECEITA DE SERVIOS TRANSFERNCIAS CORRENTES OUTRAS RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL OPERAES DE CRDITO ALIENAO DE BENS AMORTIZAO DE EMPRSTIMOS TRANSFERNCIAS DE CAPITAL OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL CAPTULO IIIDa Despesa Art. 12. A despesa ser classificada nas seguintes categorias econmicas:DESPESAS CORRENTESDespesas de CusteioTransferncias CorrentesDESPESAS DE CAPITALInvestimentosInverses FinanceirasTransferncias de Capital 1 Classificam-se como Despesas de Custeio as dotaes para manuteno de servios anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservao e adaptao de bens imveis. 2 Classificam-se como Transferncias Correntes as dotaes para despesas as quais no corresponda contraprestao direta em bens ou servios, inclusive para contribuies e subvenes destinadas a atender manifestao de outras entidades de direito pblico ou privado. 3 Consideram-se subvenes, para os efeitos desta lei, as transferncias destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como: I - subvenes sociais, as que se destinem a instituies pblicas ou privadas de carter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa; II - subvenes econmicas, as que se destinem a emprsas pblicas ou privadas de carter industrial, comercial, agrcola ou pastoril. 4 Classificam-se como investimentos as dotaes para o planejamento e a execuo de obras, inclusive as destinadas aquisio de imveis considerados necessrios realizao destas ltimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisio de instalaes, equipamentos e material permanente e constituio ou aumento do capital de emprsas que no sejam de carter comercial ou financeiro. 5 Classificam-se como Inverses Financeiras as dotaes destinadas a: I - aquisio de imveis, ou de bens de capital j em utilizao; II - aquisio de ttulos representativos do capital de emprsas ou entidades de qualquer espcie, j constitudas, quando a operao no importe aumento do capital; III - constituio ou aumento do capital de entidades ou emprsas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operaes bancrias ou de seguros. 6 So Transferncias de Capital as dotaes para investimentos ou inverses financeiras que outras pessoas de direito pblico ou privado devam realizar, independentemente de contraprestao direta em bens ou servios, constituindo essas transferncias auxlios ou contribuies, segundo derivem diretamente da Lei de Oramento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotaes para amortizao da dvida pblica. Art. 13. Observadas as categorias econmicas do art. 12, a discriminao ou especificao da despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou rgo de govrno, obedecer ao seguinte esquema:DESPESAS CORRENTESDespesas de CusteioPessoa CivilPessoal MilitarMaterial de ConsumoServios de TerceirosEncargos DiversosTransferncias CorrentesSubvenes SociaisSubvenes EconmicasInativosPensionistasSalrio Famlia e Abono FamiliarJuros da Dvida PblicaContribuies de Previdncia SocialDiversas Transferncias Correntes.DESPESAS DE CAPITALInvestimentosObras PblicasServios em Regime de Programao EspecialEquipamentos e InstalaesMaterial PermanenteParticipao em Constituio ou Aumento de Capital de Emprsas ou Entidades Industriais ou AgrcolasInverses FinanceirasAquisio de ImveisParticipao em Constituio ou Aumento de Capital de Emprsas ou Entidades Comerciais ou FinanceirasAquisio de Ttulos Representativos de Capital de Emprsa em FuncionamentoConstituio de Fundos RotativosConcesso de EmprstimosDiversas Inverses FinanceirasTransferncias de CapitalAmortizao da Dvida PblicaAuxlios para Obras PblicasAuxlios para Equipamentos e InstalaesAuxlios para Inverses FinanceirasOutras Contribuies. Art. 14. Constitui unidade oramentria o agrupamento de servios subordinados ao mesmo rgo ou repartio a que sero consignadas dotaes prprias. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Pargrafo nico. Em casos excepcionais, sero consignadas dotaes a unidades administrativas subordinadas ao mesmo rgo. Art. 15. Na Lei de Oramento a discriminao da despesa far-se- no mnimo por elementos. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) 1 Entende-se por elexentos o desdobramento da despesa com pessoal, material, servios, obras e outros meios de que se serve a administrao publica para consecuo dos seus fins. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) 2 Para efeito de classificao da despesa, considera-se material permanente o de durao superior a dois anos.SEO IDas Despesas CorrentesSUBSEO NICADas Transferncias Correntes I) Das Subvenes Sociais Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concesso de subvenes sociais visar a prestao de servios essenciais de assistncia social, mdica e educacional, sempre que a suplementao de recursos de origem privada aplicados a sses objetivos, revelar-se mais econmica. Pargrafo nico. O valor das subvenes, sempre que possvel, ser calculado com base em unidades de servios efetivamente prestados ou postos disposio dos interessados obedecidos os padres mnimos de eficincia prviamente fixados. Art. 17. Somente instituio cujas condies de funcionamento forem julgadas satisfatrias pelos rgos oficiais de fiscalizao sero concedidas subvenes. II) Das Subvenes Econmicas Art. 18. A cobertura dos dficits de manuteno das emprsas pblicas, de natureza autrquica ou no, far-se- mediante subvenes econmicas expressamente includas nas despesas correntes do oramento da Unio, do Estado, do Municpio ou do Distrito Federal. Pargrafo nico. Consideram-se, igualmente, como subvenes econmicas: a) as dotaes destinadas a cobrir a diferena entre os preos de mercado e os preos de revenda, pelo Govrno, de gneros alimentcios ou outros materiais; b) as dotaes destinadas ao pagamento de bonificaes a produtores de determinados gneros ou materiais. Art. 19. A Lei de Oramento no consignar ajuda financeira, a qualquer ttulo, a emprsa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenes cuja concesso tenha sido expressamente autorizada em lei especial.SEO IIDas Despesas de CapitalSUBSEO PRIMEIRADos Investimentos Art. 20. Os investimentos sero discriminados na Lei de Oramento segundo os projetos de obras e de outras aplicaes.Pargrafo nico. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, no possam cumprir-se subordinadamente s normas gerais de execuo da despesa podero ser custeadas por dotaes globais, classificadas entre as Despesas de Capital.SUBSEO SEGUNDADas Transferncias de Capital Art. 21. A Lei de Oramento no consignar auxlio para investimentos que se devam incorporar ao patrimnio das emprsas privadas de fins lucrativos. Pargrafo nico. O disposto neste artigo aplica-se s transferncias de capital conta de fundos especiais ou dotaes sob regime excepcional de aplicao.TTULO IIDa Proposta OrcamentriaCAPTULO IContedo e Forma da Proposta Oramentria Art. 22. A proposta oramentria que o Poder Executivo encaminhar ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos nas Constituies e nas Leis Orgnicas dos Municpios, compor-se-: I - Mensagem, que conter: exposio circunstanciada da situao econmico-financeira, documentada com demonstrao da dvida fundada e flutuante, saldos de crditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigveis; exposio e justificao da poltica econmica-financeira do Govrno; justificao da receita e despesa, particularmente no tocante ao oramento de capital; II - Projeto de Lei de Oramento; III - Tabelas explicativas, das quais, alm das estimativas de receita e despesa, constaro, em colunas distintas e para fins de comparao: a) A receita arrecadada nos trs ltimos exerccios anteriores quele em que se elaborou a proposta; b) A receita prevista para o exerccio em que se elabora a proposta; c) A receita prevista para o exerccio a que se refere a proposta; d) A despesa realizada no exerccio imediatamente anterior; e) A despesa fixada para o exerccio em que se elabora a proposta; e f) A despesa prevista para o exerccio a que se refere a proposta. IV - Especificao dos programas especiais de trabalho custeados por dotaes globais, em trmos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos servios a prestar, acompanhadas de justificao econmica, financeira, social e administrativa. Pargrafo nico. Constar da proposta oramentria, para cada unidade administrativa, descrio sucinta de suas principais finalidades, com indicao da respectiva legislao.CAPTULO IIDa Elaborao da Proposta OramentriaSEO PRIMEIRADas Previses Plurienais Art. 23. As receitas e despesas de capital sero objeto de um Quadro de Recursos e de Aplicao de Capital, aprovado por decreto do Poder Executivo, abrangendo, no mnimo um trinio. Pargrafo nico. O Quadro de Recursos e de Aplicao de Capital ser anualmente reajustado acrescentando-se-lhe as previses de mais um ano, de modo a assegurar a projeo contnua dos perodos. Art. 24. O Quadro de Recursos e de Aplicao de Capital abranger: I - as despesas e, como couber, tambm as receitas previstas em planos especiais aprovados em lei e destinados a atender a regies ou a setores da administrao ou da economia; II - as despesas conta de fundos especiais e, como couber, as receitas que os constituam; III - em anexos, as despesas de capital das entidades referidas no Ttulo X desta lei, com indicao das respectivas receitas, para as quais forem previstas transferncias de capital. Art. 25. Os programas constantes do Quadro de Recursos e de Aplicao de Capital sempre que possvel sero correlacionados a metas objetivas em trmos de realizao de obras e de prestao de servios. Pargrafo nico. Consideram-se metas os resultados que se pretendem obter com a realizao de cada programa. Art. 26. A proposta oramentria conter o programa anual atualizado dos investimentos, inverses financeiras e transferncias previstos no Quadro de Recursos e de Aplicao de Capital.SEO SEGUNDADas Previses Anuais Art. 27. As propostas parciais de oramento guardaro estrita conformidade com a poltica econmica-financeira, o programa anual de trabalho do Govrno e, quando fixado, o limite global mximo para o oramento de cada unidade administrativa. Art. 28 As propostas parciais das unidades administrativas, organizadas em formulrio prprio, sero acompanhadas de: I - tabelas explicativas da despesa, sob a forma estabelecida no artigo 22, inciso III, letras d, e e f; II - justificao pormenorizada de cada dotao solicitada, com a indicao dos atos de aprovao de projetos e oramentos de obras pblicas, para cujo incio ou prosseguimento ela se destina. Art. 29. Caber aos rgos de contabilidade ou de arrecadao organizar demonstraes mensais da receita arrecadada, segundo as rubricas, para servirem de base a estimativa da receita, na proposta oramentria. Pargrafo nico. Quando houver rgo central de oramento, essas demonstraes ser-lhe-o remetidas mensalmente. Art. 30. A estimativa da receita ter por base as demonstraes a que se refere o artigo anterior arrecadao dos trs ltimos exerccios, pelo menos bem como as circunstncias de ordem conjuntural e outras, que possam afetar a produtividade de cada fonte de receita. Art. 31. As propostas oramentrias parciais sero revistas e coordenadas na proposta geral, considerando-se a receita estimada e as novas circunstncias.TTULO IIIDa elaborao da Lei de Oramento Art. 32. Se no receber a proposta oramentria no prazo fixado nas Constituies ou nas Leis Orgnicas dos Municpios, o Poder Legislativo considerar como proposta a Lei de Oramento vigente. Art. 33. No se admitiro emendas ao projeto de Lei de Oramento que visem a: a) alterar a dotao solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a inexatido da proposta; b) conceder dotao para o incio de obra cujo projeto no esteja aprovado pelos rgos competentes; c) conceder dotao para instalao ou funcionamento de servio que no esteja anteriormente criado; d) conceder dotao superior aos quantitativos prviamente fixados em resoluo do Poder Legislativo para concesso de auxlios e subvenes.TTULO IVDo Exerccio Financeiro Art. 34. O exerccio financeiro coincidir com o ano civil. Art. 35. Pertencem ao exerccio financeiro: I - as receitas nle arrecadadas; II - as despesas nle legalmente empenhadas. Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas no pagas at o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das no processadas. Pargrafo nico. Os empenhos que sorvem a conta de crditos com vigncia plurienal, que no tenham sido liquidados, s sero computados como Restos a Pagar no ltimo ano de vigncia do crdito. Art. 37. As despesas de exerccios encerrados, para as quais o oramento respectivo consignava crdito prprio, com saldo suficiente para atend-las, que no se tenham processado na poca prpria, bem como os Restos a Pagar com prescrio interrompida e os compromissos reconhecidos aps o encerramento do exerccio correspondente podero ser pagos conta de dotao especfica consignada no oramento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possvel, a ordem cronolgica. Art. 38. Reverte dotao a importncia de despesa anulada no exerccio, quando a anulao ocorrer aps o encerramento dste considerar-se- receita do ano em que se efetivar. Art. 39. As importncias relativas a tributo, multas e crditos da Fazenda Pblica, lanados mas no cobrados ou no recolhidos no exerccio de origem, constituem Dvida Ativa a partir da data de sua inscrio. Pargrafo nico. As importncias dos tributos e demais rendas no sujeitas a lanamentos ou no lanadas, sero escrituradas como receita do exerccio em que forem arrecadas nas respectivas rubricas oramentrias, desde que at o ato do recebimento no tenham sido inscritas como Dvida Ativa. Art. 39. Os crditos da Fazenda Pblica, de natureza tributria ou no tributria, sero escriturados como receita do exerccio em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas oramentrias. (Redao dada pelo Decreto Lei n 1.735, de 20.12.1979) 1 - Os crditos de que trata este artigo, exigveis pelo transcurso do prazo para pagamento, sero inscritos, na forma da legislao prpria, como Dvida Ativa, em registro prprio, aps apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita ser escriturada a esse ttulo. (Pargrafo includo pelo Decreto Lei n 1.735, de 20.12.1979) 2 - Dvida Ativa Tributria o crdito da Fazenda Pblica dessa natureza, proveniente de obrigao legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dvida Ativa no Tributria so os demais crditos da Fazenda Pblica, tais como os provenientes de emprstimos compulsrios, contribuies estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributrias, foros, laudmios, alugueis ou taxas de ocupao, custas processuais, preos de servios prestados por estabelecimentos pblicos, indenizaes, reposies, restituies, alcances dos responsveis definitivamente julgados, bem assim os crditos decorrentes de obrigaes em moeda estrangeira, de subrogao de hipoteca, fiana, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigaes legais. (Pargrafo includo pelo Decreto Lei n 1.735, de 20.12.1979) 3 - O valor do crdito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira ser convertido ao correspondente valor na moeda nacional taxa cambial oficial, para compra, na data da notificao ou intimao do devedor, pela autoridade administrativa, ou, sua falta, na data da inscrio da Dvida Ativa, incidindo, a partir da converso, a atualizao monetria e os juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos dbitos tributrios. (Pargrafo includo pelo Decreto Lei n 1.735, de 20.12.1979) 4 - A receita da Dvida Ativa abrange os crditos mencionados nos pargrafos anteriores, bem como os valores correspondentes respectiva atualizao monetria, multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1 do Decreto-lei n 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3 do Decreto-lei n 1.645, de 11 de dezembro de 1978. (Pargrafo includo pelo Decreto Lei n 1.735, de 20.12.1979) 5 - A Dvida Ativa da Unio ser apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional. (Pargrafo includo pelo Decreto Lei n 1.735, de 20.12.1979)TTULO VDos Crditos Adicionais Art. 40. So crditos adicionais, as autorizaes de despesa no computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Oramento. Art. 41. Os crditos adicionais classificam-se em: I - suplementares, os destinados a refro de dotao oramentria; II - especiais, os destinados a despesas para as quais no haja dotao oramentria especfica; III - extraordinrios, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoo intestina ou calamidade pblica. Art. 42. Os crditos suplementares e especiais sero autorizados por lei e abertos por decreto executivo. Art. 43. A abertura dos crditos suplementares e especiais depende da existncia de recursos disponveis para ocorrer a despesa e ser precedida de exposio justificativa. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) 1 Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que no comprometidos: (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) I - o supervit financeiro apurado em balano patrimonial do exerccio anterior; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) II - os provenientes de excesso de arrecadao; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) III - os resultantes de anulao parcial ou total de dotaes oramentrias ou de crditos adicionais, autorizados em Lei; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) IV - o produto de operaes de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) 2 Entende-se por supervit financeiro a diferena positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos crditos adicionais transferidos e as operaes de credito a eles vinculadas. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) 3 Entende-se por excesso de arrecadao, para os fins deste artigo, o saldo positivo das diferenas acumuladas ms a ms entre a arrecadao prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendncia do exerccio. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) 4 Para o fim de apurar os recursos utilizveis, provenientes de excesso de arrecadao, deduzir-se-a a importncia dos crditos extraordinrios abertos no exerccio.(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Art. 44. Os crditos extraordinrios sero abertos por decreto do Poder Executivo, que dles dar imediato conhecimento ao Poder Legislativo. Art. 45. Os crditos adicionais tero vigncia adstrita ao exerccio financeiro em que forem abertos, salvo expressa disposio legal em contrrio, quanto aos especiais e extraordinrios. Art. 46. O ato que abrir crdito adicional indicar a importncia, a espcie do mesmo e a classificao da despesa, at onde fr possvel.TTULO VIDa Execuo do OramentoCAPTULO IDa Programao da Despesa Art. 47. Imediatamente aps a promulgao da Lei de Oramento e com base nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade oramentria fica autorizada a utilizar. Art. 48 A fixao das cotas a que se refere o artigo anterior atender aos seguintes objetivos: a) assegurar s unidades oramentrias, em tempo til a soma de recursos necessrios e suficientes a melhor execuo do seu programa anual de trabalho; b) manter, durante o exerccio, na medida do possvel o equilbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, de modo a reduzir ao mnimo eventuais insuficincias de tesouraria. Art. 49. A programao da despesa oramentria, para feito do disposto no artigo anterior, levar em conta os crditos adicionais e as operaes extra-oramentrias. Art. 50. As cotas trimestrais podero ser alteradas durante o exerccio, observados o limite da dotao e o comportamento da execuo oramentria.CAPTULO IIDa Receita Art. 51. Nenhum tributo ser exigido ou aumentado sem que a lei o estabelea, nenhum ser cobrado em cada exerccio sem prvia autorizao oramentria, ressalvados a tarifa aduaneira e o impsto lanado por motivo de guerra. Art. 52. So objeto de lanamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato. Art. 53. O lanamento da receita, o ato da repartio competente, que verifica a procedncia do crdito fiscal e a pessoa que lhe devedora e inscreve o dbito desta. Art. 54. No ser admitida a compensao da observao de recolher rendas ou receitas com direito creditrio contra a Fazenda Pblica. Art. 55. Os agentes da arrecadao devem fornecer recibos das importncias que arrecadarem. 1 Os recibos devem conter o nome da pessoa que paga a soma arrecadada, provenincia e classificao, bem como a data a assinatura do agente arrecadador.(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) 2 Os recibos sero fornecidos em uma nica via. Art. 56. O recolhimento de tdas as receitas far-se- em estrita observncia ao princpio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentao para criao de caixas especiais. Art. 57. Ressalvado o disposto no pargrafo nico do artigo 3. desta lei sero classificadas como receita oramentria, sob as rubricas prprias, tdas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operaes de crdito, ainda que no previstas no Oramento. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)CAPTULO IIIDa Despesa Art. 58. O empenho de despesa o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigao de pagamento pendente ou no de implemento de condio. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Art. 59. O empenho da despesa no poder exceder o limite dos crditos concedidos. Art. 59 - O empenho da despesa no poder exceder o limite dos crditos concedidos. (Redao dada pela Lei n 6.397, de 10.12.1976) 1 Ressalvado o disposto no Art. 67 da Constituio Federal, vedado aos Municpios empenhar, no ltimo ms do mandato do Prefeito, mais do que o duodcimo da despesa prevista no oramento vigente. (Pargrafo includo pela Lei n 6.397, de 10.12.1976) 2 Fica, tambm, vedado aos Municpios, no mesmo perodo, assumir, por qualquer forma, compromissos financeiros para execuo depois do trmino do mandato do Prefeito. (Pargrafo includo pela Lei n 6.397, de 10.12.1976) 3 As disposies dos pargrafos anteriores no se aplicam nos casos comprovados de calamidade pblica. (Pargrafo includo pela Lei n 6.397, de 10.12.1976) 4 Reputam-se nulos e de nenhum efeito os empenhos e atos praticados em desacordo com o disposto nos pargrafos 1 e 2 deste artigo, sem prejuzo da responsabilidade do Prefeito nos termos do Art. 1, inciso V, do Decreto-lei n. 201, de 27 de fevereiro de 1967. (Pargrafo includo pela Lei n 6.397, de 10.12.1976) Art. 60. vedada a realizao de despesa sem prvio empenho. 1 Em casos especiais previstos na legislao especfica ser dispensada a emisso da nota de empenho. 2 Ser feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante no se possa determinar. 3 permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento. Art. 61. Para cada empenho ser extrado um documento denominado "nota de empenho" que indicar o nome do credor, a representao e a importncia da despesa bem como a deduo desta do saldo da dotao prpria. Art. 62. O pagamento da despesa s ser efetuado quando ordenado aps sua regular liquidao. Art. 63. A liquidao da despesa consiste na verificao do direito adquirido pelo credor tendo por base os ttulos e documentos comprobatrios do respectivo crdito. 1 Essa verificao tem por fim apurar: I - a origem e o objeto do que se deve pagar; II - a importncia exata a pagar; III - a quem se deve pagar a importncia, para extinguir a obrigao. 2 A liquidao da despesa por fornecimentos feitos ou servios prestados ter por base: I - o contrato, ajuste ou acrdo respectivo; II - a nota de empenho; III - os comprovantes da entrega de material ou da prestao efetiva do servio. Art. 64. A ordem de pagamento o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga. Pargrafo nico. A ordem de pagamento s poder ser exarada em documentos processados pelos servios de contabilidade (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Art. 65. O pagamento da despesa ser efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente institudos por estabelecimentos bancrios credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento. Art. 66. As dotaes atribudas s diversas unidades oramentrias podero quando expressamente determinado na Lei de Oramento ser movimentadas por rgos centrais de administrao geral. Pargrafo nico. permitida a redistribuio de parcelas das dotaes de pessoal, de uma para outra unidade oramentria, quando considerada indispensvel movimentao de pessoal dentro das tabelas ou quadros comuns s unidades interessadas, a que se realize em obedincia legislao especfica. Art. 67. Os pagamentos devidos pela Fazenda Pblica, em virtude de sentena judiciria, far-se-o na ordem de apresentao dos precatrios e conta dos crditos respectivos, sendo proibida a designao de casos ou de pessoas nas dotaes oramentrias e nos crditos adicionais abertos para sse fim. Art. 68. O regime de adiantamento aplicvel aos casos de despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerrio a servidor, sempre precedida de empenho na dotao prpria para o fim de realizar despesas, que no possam subordinar-se ao processo normal de aplicao. Art. 69. No se far adiantamento a servidor em alcance nem a responsvel por dois adiantamento. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Art. 70. A aquisio de material, o fornecimento e a adjudicao de obras e servios sero regulados em lei, respeitado o princpio da concorrncia.TTULO VIIDos Fundos Especiais Art. 71. Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que por lei se vinculam realizao de determinados objetivos ou servios, facultada a adoo de normas peculiares de aplicao. Art. 72. A aplicao das receitas oramentrias vinculadas a turnos especiais far-se- atravs de dotao consignada na Lei de Oramento ou em crditos adicionais. Art. 73. Salvo determinao em contrrio da lei que o instituiu, o saldo positivo do fundo especial apurado em balano ser transferido para o exerccio seguinte, a crdito do mesmo fundo. Art. 74. A lei que instituir fundo especial poder determinar normas peculiares de contrle, prestao e tomada de contas, sem de qualquer modo, elidir a competncia especfica do Tribunal de Contas ou rgo equivalente.TTULO VIIIDo Contrle da Execuo OramentriaCAPTULO IDisposies Gerais Art. 75. O contrle da execuo oramentria compreender: I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadao da receita ou a realizao da despesa, o nascimento ou a extino de direitos e obrigaes; II - a fidelidade funcional dos agentes da administrao, responsveis por bens e valores pblicos; III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em trmos monetrios e em trmos de realizao de obras e prestao de servios.CAPTULO IIDo Contrle Interno Art. 76. O Poder Executivo exercer os trs tipos de contrle a que se refere o artigo 75, sem prejuzo das atribuies do Tribunal de Contas ou rgo equivalente. Art. 77. A verificao da legalidade dos atos de execuo oramentria ser prvia, concomitante e subseqente. Art. 78. Alm da prestao ou tomada de contas anual, quando instituda em lei, ou por fim de gesto, poder haver, a qualquer tempo, levantamento, prestao ou tomada de contas de todos os responsveis por bens ou valores pblicos. Art. 79. Ao rgo incumbido da elaborao da proposta oramentria ou a outro indicado na legislao, caber o contrle estabelecido no inciso III do artigo 75. Pargrafo nico. sse controle far-se-, quando fr o caso, em trmos de unidades de medida, prviamente estabelecidos para cada atividade. Art. 80. Compete aos servios de contabilidade ou rgos equivalentes verificar a exata observncia dos limites das cotas trimestrais atribudas a cada unidade oramentria, dentro do sistema que fr institudo para sse fim.CAPTULO IIIDo Contrle Externo Art. 81. O contrle da execuo oramentria, pelo Poder Legislativo, ter por objetivo verificar a probidade da administrao, a guarda e legal emprgo dos dinheiros pblicos e o cumprimento da Lei de Oramento. Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestar contas ao Poder Legislativo, no prazo estabelecido nas Constituies ou nas Leis Orgnicas dos Municpios. 1 As contas do Poder Executivo sero submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer prvio do Tribunal de Contas ou rgo equivalente. 2 Quando, no Municpio no houver Tribunal de Contas ou rgo equivalente, a Cmara de Vereadores poder designar peritos contadores para verificarem as contas do prefeito e sbre elas emitirem parecer.3