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Nós de Aruanda artistas de terrei ro | 2014

Nós de Aruanda, artistas de terreiro 2014

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Curadoria Grupo de Estudos e Pesquisa Roda de Axé/ UFPA, pesquisadores: Alan Patrick da Costa Fonseca/// Alef Monteiro de Souza/// Amadeu Lima de Deus/// Arthur Leandro/// Aurilene Pereira Ferreira/// Eleanor Gomes Palhano/// Isabela do Lago /// Joao Simões Cardoso Filho/// Jocimara Fideles Alves/// Katia Simone Alves de Araujo/// Lorena Alves Mendes/// Marilu Marcia Campelo/// Mírian Aparecida Tesserolli/// Raimundo Jorge Nascimento de Jesus/// Shirley Muryel Ferreira Albuquerque/// Sttefane da Costa Trindade/// Walter Hugo Diaz Pinaya/// Zélia Amador de Deus

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domínios riscados

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Conversões subterrâneas: invenções, convenções ou contravenções?

A palavra galeria vem do italiano galleria (1554), corredor subterrâneo; este do francês galerie (1316), átrio de igreja; e este do latim galeria – possível corrup-

tela de galilaea, átrio ou claustro de igreja (o que nos leva a Galiléia, região dos gentios, o povo pagão, oposta a Judéia, terra do povo eleito nas Escri-turas); o átrio das igrejas era o lugar onde se espremia o povo a conversão. Há ainda em seus arredores etimológicos a palavra galera: embarcação de guerra, grupo de torcedores, de pessoas que têm em comum uma qualidade marcante, ou ainda um grupo de pessoas condenadas a remar nas galeras (HOUAISS, p.1416).

Não é muito difícil aferir, através desse breve passeio por suas raízes dicio-narescas, o que significa este espaço destinado a abrigar a produção artística

contemporânea de uma comunidade, uma cidade, um país. É um lugar de pas-sagem, tanto para os artistas, quanto para as obras, e mais ainda para os visi-tantes que, frequentemente desavisados, apenas muito tardiamente podem se dar conta de estar num espaço de efemérides – apesar de sua aparência estática.

Expor é um ato violento; uma contrição muito específica, na qual o artista é, a um só tempo, quem comete o crime e quem julga, elaborando um veredicto-enigma: a própria obra. Quem visita uma galeria é convidado a remar nesse corredor subterrâneo, onde, entre possíveis conversões ao imaginário gentio dos artistas, pode repentinamente emergir desta profunda escuridão identi-ficado, ressignificado, afetado por pulsões ulteriores da Cultura, da História, do inconsciente coletivo.

Renato Torres

músico, poeta e arte-educador

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Padê Urbe. Performance. Carlos Cruz. 2014. Mansu Nangetu.

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Nós de Aruanda – artistas de terreiro: Nossa segunda Edição:

“Quando foi mesmo que ela chegou pela primeira vez a meus ouvidos, não sei. Era apenas uma palavra, mas trazia um cheiro violento de terra e de liberdade, gosto de fruta madura, uma palavra apenas, porém usando paladar e olfato. Por que me embalava tanto como se fossem os braços de minha mãe? Pés se arrastavam, corpos dançavam, vozes cantavam e ela vinha clara e sonora, não se explicando ou definindo, mas evocando lembranças, saudades, passado, distante país, tempos idos, mocidade, vida vivida... Aruanda é o país que sempre trazemos dentro de nós, país de Liberdade e de Paz, país sem desigualdades nem ódio, sem injustiças ou crueldades. (...) Aquele que carregamos como uma arma ou uma jóia tão bri-lhante, pois foi por nós construído, vivido, criado, e por nós defendido. (...) Em Aruanda o lírio é mais lírio e as estrelas brilham com maior intensidade, porque tomamos parte direta na construção de toda a paisagem.”

Eneida de Moraes (“Aruanda” [crônicas], Livraria José Olympio Editora – Rio de Janeiro, 1957)

Aruanda é uma referência ao porto de São Paulo de Luanda, lugar de onde partiam os negros sequestrados e trazidos ao Brasil na condição de escravos, e a referência ficou na memória coletiva como o lugar onde se encon-traria novamente a liberdade que vinha com as lembranças do continente de origem. Aruanda chama, Aruanda acolhe, Aruandas dão-se as mãos!Nós de Aruanda, nossas Aruandas, nosso passado, nosso presente e nosso futuro! E ao mesmo tempo um tempo-lugar-fantasia-documento de nós, sobre nós. Nós que somos filhos e filhas de tantos santos quanto são os tempos das Áfricas amazônidas. Espaços-tempo reunidos para superar concepções que separam a arte da religiosidade e das tradições afro-brasileiras. Arte-Aruanda deve ser entendida como território tradicional negro que tem uma vontade imensa de transpor esse muro gigantesco que separa comunidades tradicionais do mun-do branco normatizado.Na contra-corrente da indústria cultural, nós de Aruanda caminhamos em qualquer lugar e transitamos por es-trada trilhada entre folhas que não separam a vida da arte, caminhamos para a política da construção do nosso lugar em todos os lugares. Misturados ao solo que nos abriga, somos parte desta terra preta, terra fértil, que alimenta novos brotos em território/terreiro que gera a vida!Vidas exuberantemente diversas, selvagens, fortes, mágicas, e, porque não, criativas...Verás de tudo um pouco, de memórias, objetos do cotidiano, oferendas, práticas ritualísticas, enfrentamento político, afirmação de identidades a construir sonhos, narrativas e poéticas.... Práticas artísticas diversificadas, e se por aqui a arte te parecer mais viva, é porque revertemos a violência colonizadora para nos tornarmos paisa-gem de reconstrução do cosmos cultural sustentado em afetos.

Belém, março de 2014.Arthur Leandro, Isabela do Lago e Aurilene Ferreira.

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Cigana Núbia, Vovó Sebastiana, Zé Pelintra. Acrílico s/ tela. Bia Cabral. Terreiro de Umbanda Beira-Mar e Mamãe Oxum.

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Autorretrato. Fotografia. 2014. Tata Kafunlumizô (Angelo Imbiriba). Inzo d’Angola Lua Branca.

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10 Iemanja, Sakpatá, Catende, Cabocla, Recebendo o Axé. Esculturas. Modelagem em argila. 2014.César de Ogum - Terreiro de Ogum e Iemanjá

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Colares de missanga Afro. Pereira - Ilê Axé Baba Abuque

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Em uma sociedade fortemente marcada pela hierarquia de raça e de gênero, nem sempre se valoriza a luta das mulheres, sobretudo em se tratando da mulher negra e afro-religiosa, sabemos o quanto ainda é preciso lutar para libertar essa história do silêncio.

Não podemos negar que muitos dos nossos direitos conquistados (e ainda hoje amplamente reprimidos) têm a mancha do sangue e do suor de mulheres de muita garra e fé que dedicaram e dedicam até hoje, sua vida em nome da defesa da liberdade de expressar sua religiosidade, por este motivo, este é um projeto em homenagem à Mãe Doca, essa personagem cuja historiografia é importantíssima para a luta do povo afro-amazônida que pouquíssimas pessoas reconhecem.

Mãe Doca é Nochê Navakoly, essa maranhense de Codó chamou-se Rosa Viveiros. Foi iniciada nas tradições afro-brasileiras pelo africano Manoel-Teu-Santo. Seu Vodun era Nanã e Toy Jotin. Sabe-se que a partir do dia 18 de março de 1891, apenas três anos após a abolição da escravatura, Mãe Doca foi presa várias vezes porque cultuava as divindades africanas e preservava as tradições de matriz afro-amazônica, e apesar de toda violência sofrida, ela jamais desistiu de manter aberto o terreiro que dava lugar para a manutenção das tradições de suas origens negra africana em seu Terreiro de Tambor de Mina na capital paraense.

Duas ou três palavrinhas sobre a memória deste projeto pensado na universidade e compartilhado nas comunidades de terreiro:

Registro da inauguração do Monumento para a Mãe Doca. Fotografia. 2014. Tata Kinamboji (Arthur Leandro). Mansu Nangetu

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A necessidade de inserção dos artistas de terreiros no circuito de artes visuais surgiu no final de 2011 como um insight durante as aulas da disciplina “Poéticas Afro-amazônicas” para o curso de especialização em ‘Saberes africanos a afro-brasileiros na Amazônia”, ofertado pelo Grupo de Estudos Afro- Amazônicos — GEAM/ UFPA. Foi nessas aulas, em que tínhamos o objetivo de subsidiar o ensino de arte e cultura afro-brasileiras e contribuir com a implantação da Lei 10.639/03, que percebemos que a maioria das obras que a história da arte registra como “arte afro-brasileira” são de artistas euro-descendentes que não fazem parte de comunidades de territórios tradicionais negros, e, ao fim, o que percebemos é a presença maciça de um olhar preconceituoso sobre as práticas tradicionais afro-brasileiras em obras produzidas por artistas que apenas se valem da temática étnico-racial para usá-las sem nenhum envolvimento ou aprofundamento sobre as questões importantes para as africanidades na diáspora brasileira.

O problema talvez seja que as artes visuais parecem ser de uso exclusivo das camadas mais abastadas da sociedade – um mundo restrito às elites (diferente do teatro, da dança e da música), e se configuram como a mais restrita das ditas ‘linguagens artísticas’. Essa percepção estimulou o GEP Roda de Axé a iniciar o mapeamento da produção artística nas comunidades de terreiros, e nessa pesquisa encontramos vários artistas que estão em processo de inserção e legitimação no circuito das artes visuais.

A proposta é reunir todos eles/nós em um esforço coletivo de realização de uma exposição anual em homenagem à Mãe Doca para celebrar a resistência pelo direito à consciência do sagrado de Povos Tradicionais de Terreiros de Matriz Africana no Pará - em uma exposição na qual possamos apresentar a diversidade dessa produção “periférica” como um discurso afirmativo do protagonismo afro-amazônico na produção de poéticas visuais.

Neste esforço coletivo, em 2013 o Grupo de Estudos e Pesquisa Roda de Axé fez uma chamada pública para a seleção de artistas, seleção que primou pelo pertencimento a comunidades de terreiros e interesse em participação na ação artística coletiva.

A primeira versão da exposição inaugurou em 8 de março de 2013 na Galeria Theodoro Braga da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, e dela participaram: Alan Patrick Fonseca/ Pejigan Oba Gankona; Alex Leovan/ Táta Dianvula; Arthur Leandro/ Táta Kinamboji (e rede [aparelho]-:); Coletivo Abebê (Samantha Silva e Tatyane Silva); Dellean Cardoso / Táta Kitauanje; Deyze Mello; Duda Souza; Edson Catendê e Grupo Bambarê; Élida Neves; Firmo Leite/ Táta Mukundemim; Jurema de Manezinho; Mametu Kátia Hadad; Mametu Nangetu; Maurício Franco; Rodrigo Ethnos/ Táta Kafungeji; Ya Rita Gedeunsu e Lucas Tungenan; Walcir Farias Torres (Juca de Ode); Ysa Motta; Alef Monteiro; Amadeu de Deus; Isabela do Lago; Jocimara Alves; Lorena Alves; Marilu Campelo; Raimundo Jorge de Jesus; Renata Silva da Costa; Shirley Muryel; Simone Araujo e Zélia Amador. Pesquisadores da UFPA e artistas pertencentes a comunidades de povos tradicionais de terreiros de Belém, Ananindeua, Marituba e Castanhal no Estado do Pará.

Grupo de Estudos e Pesquisa Roda de Axé/ CNPq-UFPA.

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S/ título. Lucivaldo Sena. Fotografia. 2014. Mansu Nangetu.

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Arte Oferenda 3 - Rei dos Espíritos da Terra (detalhe). Instalação. 2014. Tata Kafungji (Rodrigo Ethnos). Terreiro Rudembo Ngunzoti Baburucema.

Arte Oferenda 1. Tata Kafungji (Rodrigo Ethnos). Terreiro Rudembo Ngunzoti Baburucema. 2013

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Negra Luz. Performance direcionada para fotografia. 2013. Carlos Vera Cruz (performer) e Alan Soares (fotografo). Mansu Nangetu.

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S/ título. Fotografia. 2013. Tatá Djonvula (Alex Leovan). Mansu Nangetu.

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18Ndandalunda, Bamburucema e Alfanje, Nzumbaranda, Nkossi Mokumbi, Falo de Mavambo. Mam’etu Muagilê (Elizabeth Pantoja) e Yza Motta. 2014. Terreiro Rudembo Nagunzoti Baburucema.

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Bonecos em papietagem. 2014. Mam’etu Nangetu (Oneide M. Rodrigues), Ndanda Kalamin (Aisha Silva) e N’ganga Makala (Cristiane Costa). Mansu Nangetu.

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Makudiá Girl, Dona da Porteira.

Óleo s/ porta. Isabela do Lago.Mansu Nangetu.

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Coletivo Corpo SincréticoRosilene Cordeiro, Nelson BorgesRegistro de performance Fotografias: Mateus Moura e Isabela do Lago Mansu NangetuTerreiro Ilê Asé Omindê

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Encontro. Instalação. 2014. Babá Tayandô (Luiz Loureiro Cunha)Terreiro Seara de Umbanda Ogum Beira-Mar

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Indumentárias. Instalação. 2014. Eleanor Palhano, Yá Tundê (Edivânia) e Valter de Ogum. Terreiro Ilê Asé Agaronilê

Dona Rosinha Malandra, Xangô, Seu Zé Pilintra.Pintura s/ azulejo. 2013. Emanuela Karina Lisboa. Terreirto Abassá Afro-Brasileiro Konzenzala de Kafungê.

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Símbolos Sagrados. Carimbos. 2014. Samantha Silva. Tenda Espirita de Umbanda Cabocla Yacira.

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AFAIA e Grupo Bambaré - Ilê Axé Iyá Omi Ofá Kare

Mc Bruno B.O - Mansu Nangetu

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26 Performance. Duda Souza - Terreiro de Mina do Caboco Pena Verde

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FICHA TÉCNICA GALERIA THEODORO BRAGA

Governo do Estado do ParáSimão Jatene

Secretaria Especial de Promoção Social

Alex Fiúza de Mello

Presidente da Fundação Cultural Tancredo NevesNilson Chaves

Diretora de Interação CulturalLuciete Bastos de Araújo

Gerente de Linguagem VisualFátima Silva

Gerente da Galeria Theodoro BragaEliane Moura

Equipe da Galeria Theodoro BragaCacau Novais

João Paulo do AmaralRenato TorresSan Rodrigues

Felipe Samir (Estagiário)

Projeto GráficoEliane Moura e Renato Torres

Montagem e IluminaçãoNetto Dugon, San Rodrigues e Felipe Samir

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Nós de Aruanda

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Artistas

AFAIA e Grupo Bambaré - Ilê Axé Iyá Omi Ofá Kare | Bia Cabral - Casa de Umbanda Ogum Beira-Mar e Mamãe Oxum | Babá Kyssudã (Natanael Faro) - Ilê Ase Oyá Mesen | Babá Tayandô (Luiz Loureiro Cunha) - Seara de Umbanda Ogum Beira-Mar | Carlos Vera Cruz - Mansu Nangetu | César de Ogum - Terreiro Casa de Ogum e Yemanja | Coletivo Corpo Sincrético - Ilê Asé Omindê | Duda Souza - Terreiro de Mina do Caboco Pena Verde | Eleanor Palhano - Ilê Asé Agaronilê | Ekedy Janete Oliveira - Seara de Umbanda de Pena Verde | Emanuela Karina Lisboa - Abassá Afro-Brasileiro Konzenzala de Kafungê | Isabela do Lago - Mansu Nangetu | Katia Jurema - Terreiro de Pai Caduca | Kpejigan Alan P. da C. Fonseca - Fundere Oya Jokolosy | Lucivaldo Sena - Mansu Nangetu | Mc Bruno B.O - Mansu Nangetu | Mam’etu Muagilê (Elizabeth Leite Pantoja) - Rudembo Nagunzo ti Baburucema | Mam’etu Nangetu (Oneide Monteiro Rodrigues) - Mansu Nangetu | Nazaré Cruz - Ilê Iyaba Omi | Ndanda Kalamin (Aisha Silva) - Mansu Nangetu | N’ganga Makala (Cristiane Costa) - Mansu Nangetu | Ogã Valter Vieira - Ilê Asé Agaronilê | Oya Jindecy (Izabel Cristina) - Ile Axe Oya Oju Oba | Pereira - Ilê Axé Baba Abuque | Samantha Raissa - Tenda Espírita de Umbanda Cabocla Yacira | Sttefane da C. Trindade- Fundere Oya Jokolosy | Stéfano Paixão - Rudembo Nagunzo ti Baburucema | Tata Kafunlumizô (Ângelo Imbiriba) - Inzo d’Angola Lua Branca | Tata Djanvula (Aléx Leovan) - Mansu Nangetu | Tata Kafungueji (Rodrigo Barros) - Rudembo Ngunzo ti Baburucema | Tata Kinamboji (Arthur Leandro) - Mansu Nangetu | Vodunsiahè Murilo Miranda - Fundere Oya Jokolosy | Vodunsiahè Fernando Sarmento - Fundere Oya Jokolosy | Yá Tundê (Edivânia) - Ilê Asé Agaronilê | Ysa Motta - Rudembo Nagunzo ti Baburucema | Zezinho do Mocambo - Terreiro do Pai Loroji.

Curadoria e Pesquisa: Grupo de Estudos e Pesquisa Roda de AxéAlan Fonseca | Alef Monteiro | Amadeu Lima | Arthur Leandro | Aurilene Ferreira | Eleanor G.Palhano | Isabela do Lago | Joao Simões | Jocimara F. Alves | Katia Simone Araujo | Lorena Alves | Marilu Campelo | Mírian A. Tesserolli | Raimundo Jorge N. de Jesus | Shirley Muryel Ferreira | Sttefane Trindade | Walter Pinaya | Zélia Amador de Deus.