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ASSUNTO: Sobrevivência – Falésia Atlântica Reservados os Direitos do Autor: www.Rituais.com Autores: Paulo Alves (Texto) e Afonso Cerejo (Fotos) 09-08-05 Pág. 1 Nos dias 6 e 7 de Agosto de 2005 realizámos mais uma actividade a que chamámos “Sobrevivência – Falésia Atlântica”. Já antes tínhamos feito actividades semelhantes, juntando pessoas do Núcleo de Grandes Expedições do Forum-TT. Fomos duas vez para a serra da Lousã e uma para a Reserva Natural das Dunas de São Jacinto. Desta vez decidimos apresentar a actividade aos subscritores da lista de novidades do projecto Rituais, no âmbito do “Clube do Ponto”. Tínhamos como objectivo fazer a ligação de Peniche à Nazaré, pelas praias e falésias, tendo como maiores desafios, vencer o obstáculo natural que é a Lagoa de Óbidos e também, tentar cumprir com o objectivo final. Ou seja, chegar à Nazaré! A actividade foi bem sucedida a todos os níveis. Em primeiro lugar porque as pessoas de facto aderiram. Juntámos 11 pessoas (e um cão), das quais 5 eram senhoras (de grande “fibra”). E ainda assim, houve duas desistências. Almejámos vencer os desafios a que nos propusemos, e melhor que tudo, o espírito do grupo foi excelente e a animação, uma constante. E sublinho este aspecto porque metade dos participantes não se conheciam.

Nos dias 6 e 7 de Agosto de 2005 realizámos mais uma ... · Como foi o caso do casal de nudistas por quem passámos. Entretanto fazemos várias paragens. A ... Neuparth, no meio

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ASSUNTO:Sobrevivência – Falésia Atlântica

Reservados os Direitos do Autor: www.Rituais.comAutores: Paulo Alves (Texto) e Afonso Cerejo (Fotos)

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Nos dias 6 e 7 de Agosto de 2005 realizámos mais uma actividade a quechamámos “Sobrevivência – Falésia Atlântica”.

Já antes tínhamos feito actividades semelhantes, juntando pessoas do Núcleode Grandes Expedições do Forum-TT. Fomos duas vez para a serra da Lousãe uma para a Reserva Natural das Dunas de São Jacinto.

Desta vez decidimos apresentar a actividade aos subscritores da lista denovidades do projecto Rituais, no âmbito do “Clube do Ponto”.

Tínhamos como objectivo fazer a ligação de Peniche à Nazaré, pelas praias efalésias, tendo como maiores desafios, vencer o obstáculo natural que é aLagoa de Óbidos e também, tentar cumprir com o objectivo final. Ou seja,chegar à Nazaré!

A actividade foi bem sucedida a todos os níveis. Em primeiro lugar porqueas pessoas de facto aderiram. Juntámos 11 pessoas (e um cão), das quais 5eram senhoras (de grande “fibra”). E ainda assim, houve duas desistências.Almejámos vencer os desafios a que nos propusemos, e melhor que tudo, oespírito do grupo foi excelente e a animação, uma constante. E sublinho esteaspecto porque metade dos participantes não se conheciam.

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E quem foram os participantes?

- Afonso Cerejo- Ana Nabais- Ana Paula- Andreia Henriques- Arménio Teles- Axel (Rottweiler)- Carlos Martins- Edite Pinto- Luís Lourenço- Marisa Alves- Paulo Alves- Paulo Serol

Na verdade a actividade começou na sexta-feira. Estava planeado que assimfosse para todo o grupo, mas quatro participantes não podiam começar senãono Sábado, ainda que muito cedo.

Assim, quando sai de Lisboa com a Marisa em direcção a Caldas da Rainha,já o Paulo Serol e a Andreia lá estavam. Como tinham tempo, aproveitarampara ir fazer um reconhecimento à Foz do Arelho para verem que tipo dedificuldades nos iriam esperar para a travessia. Quando finalmente nosencontrámos em Caldas, as notícias não eram nada animadoras. As marésestavam fortes e a distância entre margens ainda era considerável. Masenfim, logo usaríamos a nossa criatividade para inventar uma solução.

Era agora necessário montar a logística do transporte. Ficariam dois carrosna Nazaré, que eram os possíveis com o número de pessoas que vinhamainda na sexta-feira. Por telefone acertei-me com o Afonso que lá estaria às23:00. Mas atrasou-se bastante, o que aumentou o número de “ imperiais deentretém” . Por volta das 2:00, estávamos de volta a Caldas para dormir.

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8:00h - Acordo em sobressalto. Estávamos atrasados e tinha de arranjar maisum carro para nos levar de Caldas a Peniche. O ponto de encontro era às9:00 em Peniche, para não penalizar muito quem vinha de longe. Ligo para oLuís que já deveria vir a caminho e… fui eu quem o acordou. Pedi-lhe parase despachar porque já íamos começar na hora do calor. Liguei ao Carlosque teve de voltar um pouco para trás para vir ao nosso encontro.

10:00h - O Luís chega ao ponto deencontro. Atira a mochila para cimadas costas e metemo-nos a caminho.Não chegamos a ir à Papôa, que seriao ponto “ oficial” de partida, masantes, fazemos uma linha recta até aomar. Entramos na praia que a essahora já estava cheia de veraneantes.Olham para nós como se fossemosextraterrestres.

Em bom ritmo chegamos ao Baleal.Passamos para o outro lado da estradaque liga a antiga ilha do Baleal à costa enuma zona de rocha mais à frente,paramos para o primeiro descanso.Alguns dão o primeiro de muitosmergulhos deste fim-de-semana.

Reposto o folgo, fazemos então um longotroço que nos ligará à Lagoa de Óbidos,concretamente na Foz do Arelho.

Passamos uma zona de pedrasescorregadias e depois, durante osquilómetros seguintes, seguimos a linha deágua, sempre acompanhada de falésia àdireita.

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Aqui escasseiam os banhistas. Sãopraias de difícil acesso e por isso vempara aqui quem quer estar isolado.Como foi o caso do casal de nudistaspor quem passámos.

Entretanto fazemos várias paragens. AMarisa tem de descalçar as botasporque, apesar de serem já muito

usadas, começam a fazer-lhe muitas bolhas nos pés.

E aqui começa o “ martírio” que aacompanhará durante o resto da viagem. Tratados pés como pode, com o kit de primeirossocorros, e a Edite empresta-lhe uns chinelosque pelo menos não tocam nas bolhas laterais.

Na zona que antecede a praia do “ Rio doCortiço” , volta a haver mais gente.

A Marisa fala em desistir quando chegarmos à Lagoa de Óbidos. Está defacto a sofrer com o estado dos pés. Mas como o nome da actividade é“ sobrevivência” , o Carlos voluntaria-se para lhe levar a mochila. Daí para afrente passamos a fazer “ quartos” .

A maré sobe. O espaço disponível entreo varrimento das ondas e a falésiacomeça a ser cada vez mais curto.Chegamos a um ponto em que não hámesmo maneira de continuar. Voltamosatrás até a um ponto em que é possívelsubir a falésia.

Com o calor que está, o esforço é maior.Mas depois somos recompensados coma entrada num pinhal fresco.

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Fazemos nova paragem num ponto onde há pinheiros atarracados pelacostante fustigação da maresia que vem do mar. Deitamo-nos no espessotapete de caruma. É muito agradável!

Mas o que é bom, dura pouco. Voltamos ao trilho para logo a seguir pararnum bar de praia que tem uma irresistível placa que anuncia uma marca decerveja. Para alguns elementos do grupo, isto desvirtua muito o espírito daactividade. Mas a carne é fraca e a tentação está mesmo ali :o)

Ainda em pinhal, chegamos a uma estrada asfaltada que nos leva a um pontoalto onde podemos ver toda a Foz do Arelho. O obstáculo parece-noscolossal.

Descemos até à praia e pelo caminho discutimos as possibilidades para atravessia. As mais prováveis passam por alugar uma gaivota e fazer turnos apedalar desenfreadamente entre margens, até passar todas as pessoas emochilas para o outro lado. Mas também admitimos a hipótese de roubar umbarquito insuflável a um puto para fazer as passagens :o)

Paramos numa barraca que dá sombra a um banheiro e ao seu séquito dedonzelas e o Carlos questiona sobre as possibilidades de passagem para aoutra margem. Parece que o assunto está muito mal parado para o nossolado.

Enquanto parte do grupo se dirige para o ponto onde se alugam as gaivotas,eu, que tinha ficado mais para trás, dou de caras com o meu amigo FilipeNeuparth, no meio de um grupo de banhistas, junto a um pequeno barquito.Cumprimento-o e conto-lhe do nosso triste drama, na esperança daquelebarquito ser de alguém conhecido. E de facto era! Mas, melhor que isso, porobra e graça do Espírito Santo, ele aponta para um semi-rígido de 5,20metros que nós não tínhamos ainda visto e diz “ eu posso é passarmos comaquele…” . Ah felicidade suprema. Sem ainda sabermos bem como, o nossoproblema estava resolvido.

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Estava a começar a cair um nevoeiro denso e a marécomeçava agora a criar baixios que iriam dificultar apassagem do barco. Assobiei desenfreadamente parachamar o resto do grupo. Toda a gente na praiaolhava para mim, menos eles. Larguei a mochila ecorri para lá. Finalmente viram-me e regressaram.

Apinhámos 11 pessoas e respectivas mochilas, mais um cão e claro, o Filipe,que manobrava com mestria o barco, cuja lotação é de 8 pessoas.

Fomos escoltados pela moto de água do Mané (um dos “ sócios” do barco),agora debaixo de um nevoeiro cerrado. E lá passámos para o outro lado,onde quase nos enrolámos nas linhas dos pescadores à cana, antes defazermos um desembarque relâmpago. Os pescadores estavam atónitos comaquela acção de “ tropas especiais” . Um a segurar o barco com os pés, outroa segurar as mochilas que lhe eram atiradas e um cão levado ao colo, queuma vez em terra, com a excitação, sacode baba em abundância, para todos.

Filipe e Mané, obrigado!

Estávamos agora com pouco mais de 1/3do percurso percorrido. Estávamoscansados, mas ainda com alguns horas deluz. A Marisa voltou a tratar os pésenquanto os restantes descansavam esaboreavam uns gelados.

Por uma escada e depois em asfalto,subimos até ao topo Norte da falésia, paraaí procurar um trilho.

Fizemos mais alguns quilómetros e alguns pedaços de corta-mato, comalguma entreajuda. Quando havia subidas, chegávamos ofegantes ao topo.Aparentemente as mesmas subidas eram mais inclinadas para uns do quepara os outros ;o)

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E depois de mais um trilho que nãotinha continuação, passámos por umcampo de chorões para mais à frentedecidirmos parar para pernoitar.

Já era altura de descansar. Metadedos elementos do grupo tinham ospés muito doridos e algumas bolhaspara tratar. Os músculos estavam aprecisar de tréguas.

O local escolhido foi um ponto onde haviaalguma areia e uns arbustos que cortavam ovento que vinha do lado do mar. Todosmontaram o seu “ estaminé” . Uma toalhinhaentre o saco-cama e a areia e já está. Umavez mais, as mantas de sobrevivênciaprovaram ser uma protecção eficaz paraquem dorme ao relento.

Relativamente a comida, as opções foram variadas. Desde a tradicional“ sandocha” feita em casa, até às tâmaras (seguindo a experiência dosviajantes do deserto) e os leofilizados, terminando nos enlatados (quentes efrios). Fecha-se com uma charutada e um alcoolzinho para quem gosta emuita conversa que se vai extinguindo à medida que os resistentes sedem aosono.

Mas com metade do grupo já a dormir, toca o telefone do Arménio. Era onosso amigo Zinga que, não podendo vir à actividade, queria vir ao nossoencontro para dar dois dedos de conversa. Dadas as referências, o Teles foibusca-lo à estrada. Vinha com a mulher e o filho.Ainda tentou desencantar a malta para uma cervejinha na Foz-do-Arelho,mas todos estavam “ mais para lá do que para cá” :o)Ficou combinado que no dia seguinte voltaria ao nosso encontro no início datarde.

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E no dia seguinte, acordámos ao nascer do dia. Verificámos que o Carlostinha preferido ir dormir para outro lado porque aparentemente havia um“ coro de vocalizadores” que não o deixavam dormir.

Comemos qualquer coisa, arrumámos as poucastralhas que trazíamos connosco e reiniciámos amarcha, rumo a Norte.A Marisa sente-se melhor e já leva novamente umamochila. E de uma forma geral o sono regeneroutodo o grupo.

Voltámos a tentar seguir uma linhaparalela à costa. Fizemos váriosensaios mas verificámos que todos oscaminhos ligavam a estrada ao bordoda falésia. Eram caminhos depescadores, contrários ao nossoobjectivo de progressão. Pelocaminho discutiam-se teorias emrelação ao porquê desta orientaçãodos caminhos. Segundo o Carlos e oLuís, as linhas de água dirigem-se dointerior para o litoral.Por isso é menos provável que haja caminhos no sentido transversal, já quetem constantemente que vencer os rasgos no terreno, feitos por esses cursosde água.

Não conseguindo progredir a bomritmo, decidimos fazer algunsquilómetros de asfalto antes de fazernova tentativa. Acabámos por seguirdesta forma até Salir do Porto. Nãosem antes termos feito uma paragemnum café para reabastecer :o)

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Em direcção a São Martinho e depoisde passar a ponte, inflectimos para apraia para percorrer a baía na areiamolhada. Quase no final da baía,nova paragem para a banhoca. Aágua estava muito fria mas era umalívio para os pés que vinham aindamuito quentes do percurso emasfalto.

Novamente de mochila às costas, subimos àcalçada para o Luís comprar tabaco. O Telesaproveita para comer um “ hot dog” . Tudo coisasperfeitamente enquadráveis com a actividade desobrevivência :o)

Contornamos o porto de abrigo e iniciamos umapenosa subida que nos leva novamente ao topo defalésia. Quando chegamos lá em cima somosrecompensados pela vista deslumbrante sobre abaía, que aproveitamos enquanto recuperamos ofolgo.

Passamos depois para um trilho sobranceiro à praiada Gralha.

Um exímio praticante de parapente, vem-nosprovocar com um bailado espectacular, mesmo porcima das nossas cabeças.

Faz voos rasantes, de grande elegância. O Carlos ficaentusiasmado e diz que lhe apetece experimentar aquilo.Despedimo-nos do piloto com um aceno e seguimos onosso caminho.

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Passamos por casas construídas mesmo em cima da falésia e questionamo-nos sobre as diferenças de critérios que permitem barbaridades como estas.

Numa bifurcação o grupo segue pela direita. Sei que o melhor caminho épela esquerda, mas não tenho forças sequer para os alertar.

Já é tarde e à muito que sinto o estômago a reclamar por comida. Paramosfinalmente para comer. O Afonso descobre um pinheiro isolado que dásombra suficiente para todo o grupo. Paramos para comer e dormitar porpouco tempo. E quando estamos para voltar ao trilho, liga-nos o Zinga.Pergunta por onde andamos e verifica que está muito perto de nós.Vem ao nosso encontro e combinamos para nos reencontrarmos mais àfrente para umas cervejolas.

A partir daqui começamos a sentir novamente que o descanso da noiteanterior já se esgotou. Voltam as dores musculares e temos de nos abstrairpara seguir sempre em frente.

Voltamos a um troço de asfalto. A meio de mais uma subida, o Teles pára.Tira a mochila e diz que vai ligar ao Zinga para o vir buscar. Está estoirado eos pés estão no limite. Está agora plenamente consciente que, tal como oLuís, escolheu calçado desadequado para estas caminhadas.

Digo-lhe para fazer mais um esforço e que sigo mais depressa para pedir aoresto do grupo para parar. De qualquer forma, disse eu, o ponto de encontroera já a seguir a um moinho… Lá se convenceu e acabou por fazer maisalguns quilómetros e chegar ao ponto de “ reabastecimento” seguinte.Mas daí não passou. Estava estoirado e também, o caso não era de vida oude morte.

Bebemos uma cervejinha e combinámos com o Zinga que ele iria procuraruma tasca na Nazaré para à chegada comermos uns caracóis, umas amêijoase bebermos mais umas cervejolas.

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Seguimos caminho para completar os quilómetros finais que nos separavamdos carros e que não deveriam ser mais de 5. Em vez do trajecto que estavaprevisto e que nos levaria novamente pela praia, decidimos que iríamosseguir por asfalto.

Assim, os quilómetros finais desta nossa aventura foram num percurso maislinear mas também mais duro, uma vez que o asfalto nos aquece os péscomo nenhum outro piso o faz.

O final foi comemorado com uns “ calduços de mão” , já que tínhamosconseguido de facto cumprir com o percurso na sua totalidade. E agora eratempo de saltar para dentro dos carros e ir ao encontro do Zinga que afinalestava à nossa espera numa aldeia próxima, já de mesa preparada.Aguardavam-nos uns excelentes berbigões, umas amêijoas e uns queijinhosfrescos, que, bem regados com cerveja, nos saciaram por completo.

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O Zinga ainda veio até Caldas, já que tínhamos uma pessoa a mais emrelação à lotação dos carros. Depois fomos buscar os carros que ficaram emPeniche e finalmente cada um tomou o seu rumo.

E assim terminou mais uma “ sobrevivência à tuga” . Ou seja, em autonomia,por locais bonitos, com alguma aventura e sempre com bom humor.

Já há projectos para uma próxima, mas qualquer ideia é bem vinda. Quer virconnosco?

COMENTÁRIOS

Afonso Cerejo

(…)Belos os momentos, bons os companheiros, espírito de sacrifícionotável, excelente o espírito de grupo, difícil de cumprir o idealizado masnão impossível.

Assim passei eu um fim de semana na praia e arredores entre Peniche e aNazaré diferente do habitual com outros da minha espécie, seguindo Rituaispouco comuns e de que apenas alguns são capazes de dizer SIM parainscrever mais uma história invulgar na sua vida recheada de muitas outras.Um bem-haja a todos os presentes. Espero que tenham gostado no mínimotanto como eu.(…)

(…)O Axel está melhor que todos nós, deitadinho em casa a descansar e arelaxar, comeu ontem à noite a ração dele e entrou em velocidade decruzeiro quanto a intestinos.Espero que a tua, e a dos demais molestados, recuperação esteja a decorrerbem, são os meus votos sinceros.Haveria por certo muito "Homem" que não fazia o que tu e as outrasmeninas com bolhas, fizeram, os meus sinceros parabéns pelo nível desacrifício demonstrado(…)

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Ana Nabais

(… )Cá estou, pronta para outra!Gostei imenso e fiquei "cliente", aliás, eu e a Edite viemos, na viagem deregresso, a pensar num programa idêntico mas na zona do guincho...Depois conversamos,né?(… )

Carlos Martins

(… )Gostei de andar convosco, obrigado pela companhia e até à próximasobrevivência!!(… )

Marisa Alves

(… )Gostei muito do FDS. Obrigado pela vossa companhia e apoio:-)As fotos estão excelentes.(… )

Paulo Alves

(… )Também gostei muito do fim-de-semana. Penso que temos um excelentegrupo para dar continuidade a estas actividades com a merecidaregularidade.Além daqueles que já conhecia, gostei muitissimo de conhecer as carasnovas e espero poder privar outros fds convosco.(… )

Edite Pinto

(… )Estive a ver as fotos do FDS e já tenho vontade de fazer a mochila...Gostei muito da experiência e vou voltar.(… )