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||||Boletim Formativo Missão Dehoniana Juvenil ........................................ 1 Província Brasil São Paulo | ANO 1 - Outubro de 2014 | N° 7 ...nos faz missionários! Somos Missionários! Missão Dehoniana Juvenil ........................................ 1

nos faz missionários! - dehonianos.org.br · superabundância de dons e graças, tudo o que a humanidade inteira, através dos tempos, precisa para a sua salvação e santificação

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Missão Dehoniana Juvenil ........................................ 1

Província Brasil São Paulo | ANO 1 - Outubro de 2014 | N° 7

...nos faz missionários!

Somos Missionários!

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Palavra da CoordenaçãoMutirão

Por: Padre Reinaldo Braga, scj

Ecos de BarretosFaltam 100 dias!

Por: Reginaldo José Sturion scj

Formação DehonianaReparação como a expiação Por: Padre Francisco Shenen, scj

Formação EcumênicaAs religiões têm “valor salvífico”, mas não têm “autonomia salvífica” Por: Padre Marcial Maçaneiro, scj

EspiritualidadeO Caminho do Outro

Por: Padre Zezinho, scj

Formação Humano AfetivaRelação Sexual pré-matrimonial

Por: Padre Mário Marcelo, scj

Juventude Protagonista“Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo” Por: Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb

Testemunho MissionárioMeu testemunho transforma vidas

Por: Equipe de Comunicação da MDJ

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Nesta Edição

9MariologiaAgora e na hora da nossa morte

Por: Joãozinho scj

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Após o Mutirão... No meu primeiro ano de seminário, em Rio Negrinho (SC), era comum ter

alguns dias e/ou semanas de mutirão para algum serviço maior. Lembro-me de um em que fomos capinar um campo que seria usado para plantação. No segundo dia do mutirão, estávamos tão cansados que pedimos ao nosso diretor, pe. Donizete Queirós, atual superior provincial da BRM, que fizéssemos a oração da noite logo após o jantar, para dormir mais cedo. Já me preparava para dormir, quando uma das freiras que trabalhavam no hospital da cidade telefonou pedindo doadores de sangue para um caso de urgência. Meu nome foi citado, pois o meu tipo sanguíneo era compatível. Lá fomos nós, eu e mais dois colegas, doar sangue. Retornei quase meia noite.Ao deitar-me, pensei no sentido da vida consagrada. Quando se pensa que não se têm mais forças ou mais nada para entregar, há ainda o que se doar e, às vezes, quem precisa só conta com você. Como estava entrando na Congregação dos Padres do sagrado Coração de Jesus, a doação de sangue, para mim, ficou muito evidente como sinal de consagração. O símbolo do sangue e água na cruz (Jo 19, 37) é o símbolo da doação total de Jesus. Pensando bem, todos nós, cristãos, temos essa vocação: doar-nos para que o outro tenha vida. Essa foi a atitude do Mestre que sempre pensou antes no bem do outro, em trazer vida e salvação, trazer esperança. Em muitos momentos, os textos evangélicos citam que sua doação privava-o até de necessidades básicas. Essa é a vocação que também assume a Família Dehoniana, aqui entra os jovens da MDJ: viver a reparação, que é levar a vida de Deus aos outros, levar a salvação, a libertação que Cristo que nos deu com sua encarnação, vida, morte e ressurreição.Ser cristão é pensar antes no “nós”, no “ele”, do que no “eu”. Recordo-me de uma frase de d. Luciano Mendes de Almeida, saudoso arcebispo de Mariana (MG): “O cristão precisa lutar pela salvação de todos os outros, depois pensa na sua salvação”. Missão é levar essa boa nova do Cristo a quem não a conhece. Mais do que falar, é uma missão de gestos, de atitude. Pode ser que quem precise descobrir essa boa notícia esteja do seu lado. Pode ser que o evangelizado precise ser eu ou você. Meu querido jovem da MDJ, levemos Cristo aos outros ou ao nosso coração, Ele que é caminho de salvação, verdade que liberta, vida que plenifica e dá sentido ao nosso viver. No fim desse mês, a coordenação se reúne para planejar a segunda etapa da Missão Barretos. Contamos com suas orações e com sua presença em janeiro em Barretos. Mais uma vez, reforço a nossa data: 16 a 25 de janeiro de 2015. Planeje-se para estar lá.Minha benção, meu abraço.

Por: Padre Reinaldo Braga, scjPalavra da coordenação

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Faltam 100 dias!

Estamos em contagem regressiva para Barretos 2014. Hoje, dia 9 de outubro, enche nosso coração de Alegria, pois estamos a 100 dias da 2º etapa da missão Dehoniana Juvenil, em Barretos. O coração da juventude dehoniana já está repleto de expectativa. Tenho acompanhado as postagens nas redes sociais e percebido essa ansiedade à flor da pele em inúmeros jovens. Somos impulsionados a experimentar mais um ano de graças através da missão dehoniana. Em Barretos não é diferente, muitas pessoas já estão na mesma contagem a espera de vocês missionários. Querem sentir a presença de vocês, ouvi-los e principalmente, fazer a experiência de Deus através de cada um. Por isso, preparem os corações, comecem a arrumar as mochilas e encham o coração e a alma com muita força, amor, esperança e disponibilidade, para fazermos uma segunda etapa muito mais agraciada e testemunhada quanto a primeira. Que este mês missionário inspire nossos corações a buscar no testemunho dos santos a fonte inspiradora de nossa vocação. Padre Dehon sonhava com uma congregação missionária, nós, jovens, estamos respondendo a esse anseio de nosso fundador, sendo missionários nas perifeiras existenciais de tantos irmãos e irmãs que sofrem. Jovens Dehonianos, discípulos e missionários do Coração de Jesus, Até Barretos 2015!

Por: Fr. Reginaldo José Sturion, scjEcos de Barretos

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A Reparação como Expiação

Na Encíclica Miserentissimus Redemptor se diz: “(A reparação) é o dever de compensar as injúrias de algum modo feitas ao Amor incriado, se foi desprezado pelo esquecimento ou ultrajado pela ofensa. A este dever chamamos vulgarmente reparação” (n. 6). Este dever, a que nos referimos, responde a uma visão ‘dolorista’ do Coração de Jesus, assim como o Senhor o manifestou a Margarida Maria (n.1). À dificuldade teológica de como poderão estes atos (a adoração, a Hora Santa, a consagração das famílias ao Coração de Jesus) consolar a Cristo que reina glorioso no céu, a encíclica (MR) responde com a conhecida frase de Santo Agostinho: “Dá-me um coração que ame e sentirá (entenderá) o que eu digo” (n. 10). Os motivos pelos quais somos obrigados a reparar são “motivos de justiça e de amor; de justiça para expiar a ofensa feita a Deus com nossas culpas e restabelecer, com a penitência, o amor violado (...) é necessário que demos satisfação à justa vingança de Deus pelos inumeráveis pecados, ofensas e negligências (...) Mas, nenhum poder criador seria capaz de expiar as culpas humanas, se o Filho de Deus não tivesse assumido a natureza humana que haveria de redimir” (n. 14). O caráter vitimal, de quem pretende reparar a ofensa feita pelo pecado, acompanha toda manifestação espiritual. Por isso, a insistência na penitência, na imolação cultual, na expiação como compensação pelo pecado, etc.Nos manuais e devocionários, ligados a devoção ao Coração de Jesus, utiliza-se geralmente um linguajar ‘expiatório’, muitas vezes claramente sentimental, que entorpece o desenvolvimento popular da devoção e impede o crescimento de uma fé comprometida com o homem de hoje (com as pessoas concretas). Na perspectiva da encíclica de Pio XI, numerosas Congregações Religiosas dedicadas à devoção ao Sagrado Coração orientaram suas orações, práticas de piedade e adorações eucarísticas a ‘expiar a ofensa feita a Deus com nossas culpas e restabelecer a ordem violada’ (MR n.14). A expiação, entendida como uma das formas de ‘consolar’ o Coração ultrajado do Redentor continua, ainda hoje, presente em não poucas publicações que alimentam sentimentalmente a piedade de muitos. É claro que o pecado é ofensa ao Coração amante do Salvador e que este não é insensível ao desejo de reparar as injúrias cometidas, venham de onde vierem. Também é certo que todo aquele que se sente atraído à prática da Adoração Eucarística ‘sente’ o desejo de oferecer-se pelos pecadores, incluindo, em primeiro lugar, a si mesmo.

Por: Padre Francisco Shenen, scjFormação Dehoniana

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continuação...

No entanto, não devemos perder de vista a Revelação Divina que nos coloca diante de um Deus que é, somente ELE, capaz de expiar – isto é, perdoar o pecado -, fazer brilhar a salvação de seu povo, restituir-lhe a santidade original. Em o Novo Testamento, é o Filho quem assume esta missão (esta tarefa) da expiação da falta do homem em relação ao Pai: “Tu não quiseste, tu não recebeste com agrado os sacrifícios nem as ofertas, nem os holocaustos, nem as vítimas pelo pecado (quer dizer, as imolações legais). Em seguida ajuntou: ‘Eis que venho para fazer a tua vontade’” (cf Hb 10, 5-10). Foi em virtude desta vontade de Deus que temos sido santificados uma vez para sempre, pela oblação do corpo de Jesus Cristo”(Hb 10,10). A expiação realizada por Cristo, no sacrifício do Calvário, dá-nos, com superabundância de dons e graças, tudo o que a humanidade inteira, através dos tempos, precisa para a sua salvação e santificação. E, na Eucaristia, o Ressuscitado aceita o oferecimento (a oferta) dos fiéis que, conscientes de terem sido purificados (expiados) pela oblação de Cristo, lhe oferecem suas vidas, seus trabalhos, seus atos de reparação, seus ‘sacrifícios espirituais’ para uni-los à única oblação do Filho de Deus em favor de todos os homens (em favor de todos os seus irmãos e irmãs). Talvez, o conceito de ‘expiação’ deveria ser reformulado à luz da problemática moderna, ante a realidade imediata do homem de hoje que, em grande parte, perdeu: • O sentido da culpabilidade diante de Deus;• A necessidade do perdão dos pecados;• A responsabilidade dos seus atos e do sentido de liberdade e do sentido da liberdade orientada para Deus;• A dimensão eterna – culpável ou gozosa – de sua vida atual;• A perda da esperança e a garantia da vida eterna, enquanto promessa divina;• A comunhão fraterna na Igreja, seja nas comunidades paroquiais, seja nas comunidades de base. Os atos de reparação serão reais, na medida em que se conheçam as causas, os motivos pelos quais vale a pena doar-se, entregar-se pelos demais. Da mesma maneira, vai surgindo a necessidade de reparar pelos outros quando se experimentou o amor misericordioso do Pai que, em Cristo, quis oferecer-nos a filiação divina e abrir-nos, inserir-nos na intimidade do amor trinitário.

Por: Padre Francisco Shenen, scjFormação Dehoniana

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As religiões têm “valor salvífico”, mas não têm “autonomia salvífica”

O magistério da Igreja descarta tanto o exclusivismo eclesiocêntrico (que reduz a salvação à fronteira visível das Igrejas Cristãs), quanto o pluralismo eqüitativo (que pensa as religiões como autonomamente salvadoras e, portanto, equivalentes). A teologia católica evita esses dois equívocos e assume a postura do cristocentrismo inclusivo – em coerência com os enunciados do Novo Testamento: a fé na única e universal redenção em Jesus Cristo, que é o Verbo de Deus encarnado e Luz de toda a humanidade, segundo o plano amoroso do Pai e o dinamismo santificador do Espírito. Fica também sob crítica qualquer opinião que negue a centralidade de Cristo em função de um diálogo facilitado, que dissocie Cristo e o Verbo ou que separe Cristo e ação universal do Espírito, ou ainda que relativize a novidade cristã a ponto de equiparar todos os credos indistintamente.

As religiões são apreciadas como marcos constitutivos da única história de salvação: nelas se ouve a voz de Deus e se progride na busca da verdade, firmando nos corações a retidão de vida e a prática de autênticos valores espirituais e humanos, por cuja vivência e sob ação do Paráclito, os não-cristãos se associam ao mistério redentor de Cristo. O magistério católico inclui adequadamente as religiões do plano salvífico: nem as menospreza, nem diz que tudo nelas tem igual valor salvífico. O que lemos nos documentos é uma apreciação que insere as religiões no projeto salvador de Deus e as avalia teologicamente a partir das afirmações centrais da fé apostólica, sem prejuízo para a cristologia nem para eclesiologia .

Segundo o magistério católico, as religiões não possuem autonomia salvífica, mas podem ter valor salvífico . Ou seja: elas não salvam autonomamente e nem tudo nelas é igualmente salutar; mas constituem uma “mediação participada” à medida que possibilitam aos seus adeptos o acesso à “única mediação de Cristo” . Esta posição (clara em Diálogo e anúncio e Dominus Iesus) reaparece no Documento de Aparecida 236: Pelo sopro do Espírito Santo e outros meios de Deus conhecidos, a graça de Cristo pode alcançar todos os que ele remiu, para além da comunidade eclesial, de modos diferentes (cf. Diálogo e anúncio 29). Explicitar e promover esta salvação já operante no mundo é uma das tarefas da Igreja com respeito às palavras do Senhor: “Sereis minhas testemunhas até os extremos da terra” (At 1,8).

Com a indicação de “explicitar e promover esta salvação já operante no mundo” o Documento de Aparecida quer referir-se seja ao diálogo interreligioso, seja ao anúncio – que tem no diálogo sua primeira expressão. Pois, enquanto discerne o valor salvífico das religiões pela graça que ali atua, a Igreja comunica o Evangelho a todos. Deste modo, diálogo e anúncio constituem o binômio fundamental da missão, sem que um negue o outro.

Por: Padre Marcial Maçaneiro, scjEcumenismo

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O caminho do Outro O caminho para o céu, isto é, para vivermos eternamente com quem nos

criou, passa pelo outro. Sem o outro não vai haver céu para nós. Se o tratarmos como alguém inferior, menor, menos eleito, menos gente e se nos considerarmos mais do que ele, ainda que ele seja um bandido da pior espécie, corremos o risco de parar no inferno. Quem se tem em alta conta acaba pagando a mais alta de todas as contas! Quem se exalta será humilhado, disse Jesus! ( ) Se o tratarmos como alguém igual a nós, mesmo que ele seja um bandido e não nos acharmos mais importantes do que ele, só porque ele fez o que fez e nós não fizemos o que ele fez ; se tivermos a humildade de tratar a todos com bondade... Mais ainda: se tivermos a humildade de considerar muita gente maior, melhor, mais culta, mais preparada, mais importante e até mais merecedora do que nós, somos candidatos à santidade e, por conseguinte, à salvação. Estaremos em perigo de acabar no inferno todas as vezes que acharmos que somos mais do que os outros. Teremos enorme chance de chegar ao céu se tratarmos os outros com respeito e bondade, mesmo que eles não nos respeitem. Nosso caminho para o céu passa pelo outro. Se insistirmos na tangente, faremos como o astronauta que tangenciou demais e por isso não chegou. Perdeu-se para sempre porque não achou a sua transversal! O inferno é a tangente da vida. O amor é a transversal. Passa por todos e por tudo e acaba unindo tudo o que se deixou tocar por ele. Não admira que Jesus nas bem-aventuranças proclamou que estavam a caminho e em marcha para o reino os que se importavam com os outros. ( ) Faz sentido o que Ele disse a respeito dos rezadores, milagreiros e curandeiros de plantão. Nenhum deles tinha o céu garantido. Ele nem os reconhecerá se além de expulsar demônios, curar, pregar e orar em voz alta nas esquinas não tiverem mostrado gentileza e cuidado com as pessoas. ( ) Que paguem o dízimo da erva e da hortelã, mas que façam mais do que isso! Se se acharem mais do que os outros, seja lá qual for o motivo, estarão mais perto do inferno do que do céu. Tomemos cuidado com o que andamos pregando e dizendo no rádio, na televisão e nas nossas igrejas. Cuidado com as palavras “mais, especial, maior e melhor”. Já levaram muita gente para o inferno, exatamente porque implicitamente tratavam o outro como menos, qualquer, menor e pior! Os fanáticos que se cuidem!

Por: Padre Zezinho, scjEspiritualidade

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Agora e na hora da nosso morte

Eu era muito jovem quando fui ao enterro de um ente querido. Quando estava para fechar a sepultura o padre olhos para nós e disse com convicção: – “Agora, irmãos, vamos rezar uma ave-maria pelo primeiro de nós que vier a falecer”. Todos se olharam pelo canto do olho e rezaram com voz tímida e um certo contrangimento. Ninguém parecia querer aquela prece para si. Outro dia um pregador perguntou “à queima roupa” no meio de uma palestra: – “Quem quer ir para o céu…?”. Todos levantaram o braço rapidamente. Mas ele completou: – “Hoje!!!” Não ficou sequer um de braço erguido. Gostamos da idéia de ir para o céu. Mas bem que poderia ser daqui a uns 120 anos. A terra tem mil defeitos, mas diante da morte, até que é um lugar bom pra se viver. Isto não é falta de fé. É a lei da gravidade que nos prende a este chão e nos faz gostar da vida. Não é normal gostar de sofrer e desejar morrer. Aliás, quem sente desejo de morrer precisa procurar um médico, urgente. Só temos duas certezas absolutas na vida: estamos vivos e um dia vamos morrer. Mas ninguém sabe quando nem como. Esta certeza incerta nos incomoda e faz pensar. Melhor do que pensar demais e perder o sono é entregar esta realidade a Deus pelas mãos de maria. Por isso terminamos esta prece dizendo: “agora e na hora de nossa morte”. A mãe está conosco a todo momento, especialmente os mais difíceis. Esta frase é também uma reafirmação da esperança que não decepciona. Na salve-rainha rezamos: vita, ducedo et spes nostra, salve. Significa: vida, doçura e esperança nossa, salve. Aquela que esperou Jesus nove meses nos ensina a viver a vida como um grande “advento”. A morte não é mais do que o nosso “natal” definitivo. Morrer é nascer para sempre. Quando a gente nasce, começa a morrer. A vida é morrer todo dia um pouco. Quando morremos pelo irmão, aprendemos que isto é amar. Foi isso que Jesus fez e ensinou. Quem aceita morrer viverá. Quem se apegar a vida… morrerá por antecipação. Por isso o amor é vida. O salário do pecado é a morte. Quando nascemos, todos fazem festa e o recém nascido chora. Quando morremos as pessoas choram. Mas o “recém-nascido” faz festa. Maria entende muito bem da arte de consolar os que estão morrendo. esteve silenciosamente ao pé da cruz de seu filho. Nem uma palavra. Apenas olhares. Quantos que comeram o pão multiplicado, ouviram os belos sermões, viram a água transformada em vinho, paralíticos curados, cegos, pecadores… tantos. Apenas João e algumas marias ao pé da cruz. Mas para Jesus não importava tanta solidão. A mãe estava lá. Colo de mãe é bom a qualquer hora e em qualquer idade. Rezar a ave-maria é pedir colo para a Mãe de Deus, agora e na hora da nossa morte!

Por: Padre Joãozinho, scjMariologia

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Relação Sexual pré-matrimonial

É um grande desafio para a juventude viver a castidade até o matrimônio, a chamada “castidade da juventude”. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a castidade “significa a integração da sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal”. É uma vivência que, aliada à ordenação dos desejos, torna-nos sempre mais semelhantes a Cristo, conduzindo-nos a uma busca pela santidade de maneira responsável. Entretanto, a castidade é um grande desafio para os casais de noivos no tempo que antecede ao matrimônio, pois várias são os fatores que servem de estímulo à prática da relação sexual antes do casamento em uma sociedade supererotizada. Nesse contexto, no qual o jovem vive a sua sexualidade, eles são incentivados a todo o momento, e por diversos meios, à busca pelo prazer a qualquer preço, resultando na prática de relações sexuais pré-matrominiais, também conhecida como fornicação. Há os que buscam o sexo por “aventura” ou uma relação sexual “ocasional”, tipo de envolvimento que ocorre quando o jovem, na busca pelo prazer, numa experiência pessoal e prazerosa, faz da outra pessoa um objeto de satisfação momentânea. Trata-se daqueles encontros que, de modo geral, acontece em bailes, festas, na rua ou mesmo em casas de prostituição. Nesses casos. Os jovens mantêm relações sexuais com uma pessoa praticamente desconhecida, transformando a sexualidade em um passatempo, ou um modo de satisfazer um prazer egoísta. Existe também a relação sexual entre namorados que ocorre quando um casal inicia um relacionamento heterossexual com algumas características singulares (conhecimento mútuo, amizade, respeito, carinho), mas, apesar disso, se encontram em um estágio se superficialidade, pois desconhecem a linguagem do amor. Como nos casos citados anteriormente, mesmo entre namorados trata-se de um modo de satisfação momentânea, uma busca irresponsável pelo prazer, pois ainda não existe um compromisso amadurecido.

Por: Padre Mário Marcelo Coelho, scjFormação Humano Afetiva

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“Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo”

Ser “sal e luz” não é, em primeiro lugar, uma conquista nossa. É dom, graça, presente de Deus! Ele não diz que nós “seremos” isto, um dia; ele afirma que já o “somos”, mesmo se ainda de maneira limitada, não plena. Saber disto é motivo de felicidade. Esta identidade não decorre de nosso mérito próprio, mas a recebemos do amor de Deus que é, sempre, gratuidade e abundância, independentemente de nosso merecimento. Ser “sal e luz” é graça de Deus e, ao mesmo tempo, compromisso nosso. Exige-se empenho em manter o “sal” com sabor e a “luz” na sua função de iluminar. O descuido gera, portanto, ineficácia e inutilidade destes elementos. “Sal e luz” são dois conceitos que nos remetem a elementos fundamentais, tão presentes, principalmente, na fase de nossa juventude: “sentido de vida”, “alegria”, “prazer”, “valor”, “sabor” “discernimento”, “clareza de direção”, “segurança”. Se, por um lado, o verbo ser conjugado – “vós sois!” – nos dá a certeza da nossa identidade, por outro, carrega em si uma convocação: a de “ser” hoje, no meio dos outros e para os outros, protagonistas de uma nova história e da Civilização do Amor! Portanto, é um compromisso! Estamos entrando em outubro, mês Missionário, rico em memórias e celebrações que nos ajudam a fortalecer nosso coração de entrega radical ao amor de Deus e do próximo! Bebamos do testemunho de Santa Teresinha do Menino Jesus (dia 1º) que, mesmo sem ter deixado o Carmelo, tornou-se a padroeira das Missões pelas suas orações e sintonia aos desafios da evangelização no mundo. Além de nos proteger, os Santos Anjos da Guarda (dia 2) nos recordam que também nós somos, por vocação, mensageiros de Deus e guardiões das pessoas. Os mártires missionários da Igreja, recordados neste mês, nos entusiasmam pela sua coragem evangelizadora e nos animam a entregar a própria vida como fiéis discípulos do Senhor: Beatos André e Ambrósio, no Rio Grande do Norte (3);São Dionísio (9); São Calisto (14); Santo Inácio de Antioquia (17); São Lucas (18); São Simão e São Judas Tadeu (28). Aproveitemos do testemunho destes muitos santos e santas para encherem os olhos e o coração dos nossos adolescentes e jovens de entusiasmo missionário! Confiram se nos encontros de catequese e na programação dos grupos e movimentos juvenis existentes em sua Paróquia, há momentos formativos ao redor destas figuras emblemáticas que marcam nossa história cristã e desinstalam as pessoas para servir a Deus e ao próximo. “A leitura da vida dos santos e de seus escritos pode contribuir enormemente para despertar e alimentar a vida dos jovens que hoje, mais do que nunca, sentem necessidade de modelos, líderes, testemunhos” (Doc. 85, n. 128). Queridos irmãos e irmãs, adultos, vamos melhorar nossa missionariedade em direção aos nossos adolescentes e jovens que se encontram em nossos ambientes eclesiais! Ouvi-los, acolhê-los, valorizá-los, auxiliá-los, promovê-los, oportunizando-lhes condições de desenvolvimento de sua vocação e de seus dons! Vamos ajudá-los no desenvolvimento de sua vocação missionária para que se tornem, cada vez mais, alegres apóstolos de outros tantos jovens! Não sejamos mesquinhos no tempo e nos recursos gastos com as novas gerações! O investimento nelas é ganho para todos. Tenham todos um abençoado mês missionário e um marcante momento de celebração do “Dia Nacional da Juventude” que, organizado pela Coordenação da Pastoral Juvenil Nacional, convoca-nos a uma retomada da problemática do tráfico humano, abordado pela Campanha da Fraternidade deste ano (cf. www.jovensconectados.org.br). “Feitos para sermos livres, não escravos!” Com este lema do DNJ 2014, renovemos nosso compromisso de evangelizadores da juventude, chamados a auxiliá-la em sua dignidade de filiação divina. Que nenhum jovem viva em contexto de escravidão, violência e morte! E que nossos jovens, em compromisso missionário pessoal e coletivo, sejam, cada vez mais, “sal e luz” de vida e liberdade no meio de seus irmãos e irmãs.Com estima,

Por: Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb

Juventude Protagonista

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Meu testemunho Transforma vidas Mês de outubro é o mês Missionário! Este mês sai o boletim especial com testemunhos jovens da MDJ. Divulgue e espalhe estes testemunhos e entusiasme outros jovens para experimentar o Carisma Dehoniano. Assim como nos disse Dom Eduardo sobre a memória de tantos santos que nos ajudam a vivenciar melhor nossa fé, que nós pelo nosso testemunho possamos ajudar outros jovens a fazer essa experiência. Essa é a nossa missão! MDJ MUITO MAIS QUE UM PROJETO, UM JEITO JOVEM DE SER IGREJA!

Equie de Formação da MDJTestemunho Missionário

Arte 1“ exemplar: Frater José Ronaldo, scjArte, Organizador e Coordenador: Frater Reginaldo José Sturion, scjInformações: [email protected]: (12) 98129 49 25

Editorial

DEHONIANOSCongregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus

Província Brasil São Paulo