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105 anos Parabéns! 23 de setembro é aniversário do IFBA NOSSO Informativo mensal do Câmpus Salvador campus Set 2014 Ano 2 N° 14 Possibilidades de uma aposentadoria produtiva Refrigeração: tecnologia e capacitação profissional

Nosso Campus #14 - Setembro 2014

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Informativo mensal do IFBA Câmpus Salvador

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105anos

Parabéns!23 de setembro é

aniversário do IFBA

NOSSOInformativo mensal do Câmpus Salvador

campusSet 2014 Ano 2 N° 14

Possibilidades de uma aposentadoria

produtiva

Refrigeração:tecnologia e capacitação

profissional

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2 Setembro 2014

Com a palavra...

Reitor do IFBA Renato da Anunciação Filho, Diretor Geral do Câmpus Salvador Albertino Nascimento, Chefe da Divisão de Comunicação, jornalista responsável e revisora Andréa Costa - DRT-BA 1962, Reportagem Gabriela Cirqueira e Verusa Pinho, Projeto gráfico Gustavo Pontas, Diagramação Lilian Caldas, Apoio administrativo Valdinice Alcântara, Impressão Grasb | Periodicidade Mensal, Tiragem 1.000 exemplares, Circulação Câmpus Salvador e Reitoria | Endereço Rua Emídio dos Santos, s/n, Barbalho - Salvador/BA, CEP: 40301-015 | Telefone (71) 2102-9509 | Facebook IFBA_Salvador_Oficial | Site www.ifba.edu.br | E-mail [email protected]

As experiências de aprendiza-gem, de formação e de educação pe-las viagens têm um valor muito grande na (trans)formação de todos nós. Essa expressão foi o fio condutor da minha tese de doutoramento - “Por uma pe-dagogia das viagens, do turismo e do acolhimento: significados e contribui-ções das viagens à (trans)formação de si”. Inicialmente, é necessário dizer que a viagem é um movimento em três tempos: partir, viver e retornar. É uma aprendizagem em etapas: encontrar, observar, aprender e contar. É uma escola de vida. A viagem transforma o viajante!

Especialmente na estada de qua-tro meses na província do Québec, na cidade de Trois-Rivières, pude vivenciar de forma aprofundada todas as etapas de uma viagem de estudos: a prepa-ração antes de viajar (partir); a estada com seus três momentos (imersão-adaptação, imersão-compreensão e imersão-integração), além da prepara-ção para o retorno (retornar).

Antes, e ao longo dessa estada, muitas questões puderam ser analisa-das, comparativamente, de duas dife-rentes realidades, sobretudo o contex-to dos sistemas de educação do Brasil e do Canadá. Os dois são públicos. No entanto, a gestão educacional do Québec é muito mais eficaz e efetiva.

Desde os anos 1960, um grande inves-timento tem sido feito, o que conduziu o Québec aos melhores sistemas do mundo. Os estudantes pagam taxas escolares, porém, a depender da con-dição financeira, individual ou familiar, recebem bolsas para pagar as taxas escolares e se manterem estudando.

dedicam muito mais aos estudos, em virtude de todo o suporte financeiro, pedagógico (conselheiros) e tecnológi-co (espaços e equipamentos adequa-dos e suficientes).

A imersão na língua francesa, na cultura do Québec e nos modos de vida para enfrentar o inverno permi-tiu o aprofundamento dos conheci-mentos e a compreensão de vários elementos do cotidiano: política, so-ciologia, antropologia, usos e costu-mes. A inserção no meio acadêmico da Université du Québec à Trois-Ri-vières (UQTR) aconteceu na forma de tutoramento, efetuado pela profes-sora Pascale Marcotte, e me permitiu o desenvolvimento dos objetivos da pesquisa; a participação em atividades de pesquisa e ensino; visita técnica a equipamentos e serviços turísticos; apresentação das minhas pesquisas anteriores; participação em conferên-cia para apresentar a metodologia da pesquisa no Brasil; expansão das pos-sibilidades de publicações e edições científicas; dentre outras experiências profissionais que superaram as minhas expectativas.

Por Biagio AvenaProfessor do eixo tecnológico

hospitalidade e lazer e do bacharelado de administração

Se um cidadão interrompe os seus estudos no nível secundário ou colegial e, anos mais tarde, resolver retornar, recebe bolsas para se manter integralmente na universidade. Para isso, todos devem apresentar desem-penho acadêmico acima da média e os valores das bolsas são reembol-sados no retorno ou na inserção das atividades profissionais. Esse sistema é muito mais eficaz do que o brasileiro, visto que os estudantes do Québec se

“A gestão educacional do Québec é muito

mais eficaz e efetiva”

Envie o seu artigo, de 30 a 40 linhas, ou sugestão de pauta para [email protected], com nome completo, curso ou setor, além de contatos telefônicos. Serão desconsideradas as produções de caráter político-partidário e/ou religioso, bem como conteúdos preconceituosos e depreciativos a grupos e/ou pessoas.

Um professor/pesquisador em viagem de estudos ao exterior

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Espaço do Servidor

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Dar início a algo parece bem assustador para algumas pessoas, ainda mais quando se trata do fim de uma trajetória iniciada há décadas. Um mito cria-do durante esse processo é de que o encerramento da rotina de uma profissão representa o afastamen-to total de qualquer forma de produção. Mas o que a ex-servidora do Câmpus Salvador do IFBA, Vera Passos Coqueiro, tenta realmente afastar de sua vida é a imagem preconceituosa sobre a aposenta-doria.

Desde a sua chegada à instituição, em 1987, foi professora de matemática e inglês, além de coordenadora pedagógica da Rádio IFBA, projeto da então coordenação de comunicação social, finaliza-do em 2010. Após 24 anos dedicados ao trabalho, o momento de encerrar a carreira veio cercado por receios e incertezas. “Vivi muito a dúvida se a apo-sentadoria era a melhor opção, por ser uma pessoa muito ativa.” Mas ficar parada não era a sua inten-ção. Por conta própria, a mãe de dois filhos ado-lescentes decidiu traçar um novo rumo. “Eu estava cansada, a ponto de adoecer ao final da batalha - que é ser professora na realidade brasileira -, ain-da que nossa escola ofereça a melhor educação de nível técnico do estado.”

Movida pelos sonhos, Vera decidiu buscar no-vos conhecimentos e investir na realização de pro-jetos antigos. “Embora temerosa, comecei sozinha esse processo. Munida de um ‘plano de viagem’, tornei-me artesã, passei a desenvolver meu talento para a escrita, retomei o vínculo com a poesia, ao participar do grupo ‘Di Versos - Arte Poética Singu-lar’, que vem se apresentando há quase seis anos em espaços culturais da Bahia, e me tornei volun-tária da Fundação Lar Harmonia, levando poesia e música para crianças do Bairro da Paz.”

Mesmo longe da função de professora, o vín-culo com o IFBA permaneceu. Foi por meio da edu-cação que ela conseguiu realizar anseios da juventu-de: aprender um terceiro idioma, além de participar

da formação em economia solidária, oferecida pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) do Instituto, através da qual Vera pôde vislum-brar a construção de uma sociedade cujo modelo se contrapõe à competição e ao individualismo.

A concretização dessas metas não foi suficiente para deixá-la longe do contato com o ambiente edu-cacional e afastar sua vontade de ensinar às pessoas tudo aquilo que aprendeu ao longo da carreira. Era preciso mais. “É realmente muito difícil estarmos afastados das instituições para as quais dedicamos, por sucessivos anos, nossas crenças, através da con-dução de nossas vidas profissionais. Essa foi uma das razões que me levaram a aceitar o convite para ser coordenadora de cultura da atual gestão do Sindi-cato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Bahia (Sinase-fe-BA) e ministrar aulas de língua portuguesa e co-municação para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).”

A volta à sala de aula foi motivada, também, por um dos problemas trazidos com a aposenta-doria: a falta do convívio com estudantes e colegas. “Senti que, apesar de todos os esforços, repetia a tristeza anunciada no olhar dos outros aposentados ao retornarem à instituição e, por esse motivo, re-clamava por um programa efetivo e consistente de apoio aos servidores próximos da aposentadoria.”

Mesmo com todas as incertezas e adversida-des trazidas com a aposentadoria, a única questão que aflige Vera é: “O que a vida trará de novo ama-nhã?”. Com uma trajetória produtiva, a professora é o exemplo de que o término de um ciclo não signi-fica o fim definitivo de algo e, sim, a abertura de no-vas possibilidades. “Aposentados são pessoas que querem e podem contribuir com a sociedade, ainda que de um modo menos rígido e, portanto, mais prazeroso. Por fim, se há uma máxima incontestável que cabe a todos os indivíduos é a de que, um dia, iremos nos aposentar do trabalho e da própria vida.”

Um novo começo

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História, tradição e eternas recordações...

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Ao longo de 105 anos, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecno-logia da Bahia tem preparado seus es-tudantes para atuarem como profissio-nais qualificados e cidadãos conscientes, acompanhando as mudanças sociais, que também se refletiram na estrutura e nomenclatura da instituição.

De escola primária de ofícios até se tornar IFBA, passou por diferentes contextos e denominações, forman-do milhares de alunos. Mas um ponto comum que permanece, desde a cria-ção da instituição, em 1909, é o com-promisso com a educação pública de qualidade.

Em homenagem ao aniversário do Instituto, que ocorre no dia 23 de setem-bro, o Nosso Campus apresenta relatos de ex-estudantes que fizeram parte des-sa história.

“O que ainda me marca do Cefet é a sua capacidade de integração e a for-ma como todos se sentiam abraçados pela instituição, que nos mantêm em contato com professores extremamen-te bem sucedidos em suas carreiras, mostrando belas histórias de pessoas que são aquilo que almejamos no futu-ro. Sempre senti falta de ser responsável por algo que modificasse a sociedade. Hoje, como integrante do grupo Neoe-nergia, sou responsável por transmitir cerca de 1/3 de toda energia elétrica de Salvador e, finalmente, sinto que meu trabalho interfere positivamente na sociedade. Parabenizo o IFBA pela sua história, não somente a da instituição nesses 105 anos, mas, principalmente, pela história de cada um, que foi modi-ficada a partir do momento que iniciou sua caminhada. Milhares de pessoas que, como eu, ganharam não somente um diploma, mas um legado a cumprir. Obrigado!”

Neilson FerreiraEgresso de eletrotécnica do Cefet-BA

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”““O Cefet me trouxe um olhar mais

crítico sobre a vida e me preparou para um mercado de trabalho que exige co-nhecimento, maturidade, responsabili-dade e uma formação como profissional consciente do dever com a sociedade. Apesar de estar em uma área diferente da que cursei na instituição - fisioterapia - os conhecimentos adquiridos com ele-trônica contribuíram para minha apro-

vação na universidade. Uma situação marcante do período de estudante foi quando apareci em uma reportagem na TV sobre a qualidade de ensino do Cefet. Minha palavra pela instituição continua sendo ‘orgulho’, principalmente por fa-zer parte desta história de 105 anos.”

Heron dos Anjos Ex-aluno de eletrônica do Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (Cefet-BA)

“O IFBA abre horizontes para per-cebermos uma infinidade de escolhas e o compromisso com o retorno da nossa aprendizagem para a sociedade. A insti-tuição tem, de fato, excelência no ensino e, como estudantes, precisamos garantir essa excelência coletivamente. Durante os quatro anos como aluna, percebi que a formação profissional do IFBA tam-bém está aliada a uma profunda for-mação humana e cidadã, o que, junto com um acúmulo de experiências, me fizeram optar pela carreira de ciências sociais. Essa é a base para transformar-mos o mundo em um espaço melhor pra todos. Parabéns pelo aniversário da instituição, de intensa vida e de forte história, que foi construída em cada um desses 105 anos. Que o IFBA continue permeando trajetórias de sucesso!”

Gabriela Bacelar Egressa de química do IFBA e uma das idealizadoras do Coletivo Pagu no câmpus

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“Apesar de não ter concluído o curso técnico de química na antiga ET-FBA, por conta de aprovação em nível superior, tenho uma ligação muito for-te com a instituição. Meu pai estudou aqui, bem como minha irmã. Durante a licenciatura em química na UFBA, retor-nei como estagiário e, posteriormente, como professor, acompanhando todo o processo de transição da ETFBA para o Cefet. Fui coordenador de curso, sindica-lista, integrante do Conselho Diretor do Cefet, diretor de ensino, secretário geral do FDE [Fórum dos Dirigentes de Ensino da Rede Federal de Educação Profissio-nal, Científica e Tecnológica], pró-reitor de ensino, e, finalmente, diretor geral do Câmpus Salvador. Dentre os momentos que estão marcados em minha memó-ria, estão o apogeu da comemoração do

centenário no Teatro Castro Alves (TCA) e o I Congresso do Projeto Pedagógico Institucional (PPI). Também me recordo da pista de atletismo - onde praticava corrida e salto -, e dos laços de amizade estabelecidos aqui. Como diria Paulinho da Viola, ‘quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado’. O IFBA continua em construção, tem uma res-ponsabilidade social muito grande com o estado da Bahia. Ao longo dos anos, mudamos vidas, humanizamos relações e qualificamos fazeres cientificamente. Que continuemos a promover ensino, pesquisa, extensão e tenhamos um fu-turo promissor, como o passado de su-cesso que nos fez chegar até aqui! ”

Albertino NascimentoDiretor geral do Câmpus SalvadorEx-aluno da ETFBA

“Estudei de 1987 a 1990, em Si-mões Filho. A marca da instituição na época era a qualidade de ensino e a visão que já possuía sobre o mercado turístico. Fomos formados para traba-lhar privilegiando sempre o tratamento humanizado às pessoas, cuidando das suas necessidades, desejos e expectati-vas. Após a graduação, investi em novas formações na área de eventos, atuando como guia de turismo na América do Sul, quando fortifiquei os conhecimen-tos adquiridos no Centec para atuar no posterior Cefet e atual IFBA - como

docente da modalidade EJA, além do Programa Mulheres Mil, um convênio internacional entre os governos do Brasil e Canadá. Desde 2007, sou coordena-dora dos cursos da área de turismo e hotelaria, além de atualmente ministrar aulas nos cursos do Pronatec [Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego], em disciplinas relacionadas à área de turismo, atividades pelas quais sou apaixonada!”

Irailde Cézar SantosEgressa de administração hoteleira do Centro de Educação Tecnológica da Bahia (Centec-BA)

“Referente à minha trajetória na ETFBA, são muitos fatos importantes e momentos marcantes. Entrei no pri-meiro semestre de 1988, cursei o Bási-co I e II e, em seguida, optei pelo curso técnico em edificações. Para mim, na época, uma garotinha recém-saída de um colégio de freiras, entrar na ETFBA abriu a mente, tanto em aprendizado acadêmico, quanto de vida mesmo, pois tive a oportunidade de participar de mo-mentos importantes, como as primeiras eleições diretas para presidente, quando

alguns candidatos estiveram na escola, respondendo a perguntas dos alunos. Acredito que, para cada ex-aluno, o sen-timento maior é de saudade de uma época maravilhosa e também de grati-dão, pois foi uma verdadeira escola de vida! Desejo que a instituição continue sólida e cumprindo com brilho a sua a missão de formar profissionais, cidadãos conscientes e responsáveis.”

Marcia GonzalezEx-aluna de edificações da Escola Técnica Federal da Bahia (ETFBA)

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Com o intuito de aperfeiçoar o espaço físico e oferecer novos serviços à comunidade, a gráfica do Câmpus Salvador passou por re-formas no primeiro semestre deste ano. Além de mudanças estruturais, o setor - que integra a Divisão de Editoração Gráfica (Dieg), chefiada por Ediraci Matos, na estrutura da Diretoria de Administração e Plane-jamento (DAP) -, receberá, até o fim deste ano, máquinas para impres-são offset, indicada para grandes e médias tiragens, em virtude da alta produtividade com baixo custo.

De acordo com o coordenador de serviços gráficos da Dieg, Lênio Costa Pinto, a reforma é importante para a criação de novos serviços em formatos diferenciados, aprimora-mento da qualidade e redução de custos. “Pensamos em um layout

que melhorasse a organização e a logística de produção rápida (copiadora digital) e gráfica offset, além de melhorar os espaços de acabamento e recepção, com local específico para atendimento dos bolsistas do Paae [Programa de Assistência e Apoio ao Estudante]. Todas as mudanças foram conjun-tamente pensadas, prevendo as atuais necessidades da comunida-de IFBA”, descreve.

A previsão para o próximo ano é de que novas máquinas sejam ad-quiridas, a exemplo de plastificado-ra, laminadora, serrilhadeira e enca-dernadora wire-o [que permite um melhor acabamento e manuseio de páginas de cadernos e livros]. Se-gundo Lênio, a meta é transformar o setor em uma editora gráfica. “O objetivo é produzir e editar livros, catálogos e revistas de autoria da

Gráfica de cara nova planeja virar editora

própria comunidade, atualmente elaborados em gráficas externas; criar módulos didáticos dos depar-tamentos acadêmicos, que sejam disponibilizados aos alunos através da biblioteca, além de produzir ma-teriais de divulgação da instituição totalmente coloridos (policromia) e com custos reduzidos”.

Buscando formas de viabili-zar as novas ideias para a reforma, agregar valores e compartilhar co-nhecimentos, o coordenador parti-cipou, em julho, da ExpoPrint Latin America, que ocorreu em São Pau-lo. O evento, realizado a cada qua-tro anos, é o maior da indústria grá-fica e apresenta o que há de mais moderno na área. “Acreditamos que para inovar é preciso informa-ção. Temos de nos reciclar e intera-gir com o segmento gráfico de uma maneira ampla”, conclui.

Equipe da gráfica em suas atividades rotineiras

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NRCA firma convênios para capacitação e produção de novas tecnologias

Com equipe formada por do-centes e estudantes, o Núcleo de Refrigeração, Controle e Automação (NRCA), criado em 2007 no Câmpus Salvador, realiza pesquisas com o apoio de empresas nacionais e es-trangeiras, através de convênios que têm como foco a criação de sistemas alternativos de refrigeração para a redução de impactos ambientais e a capacitação de técnicos da área.

Coordenado pelo professor Luiz Gustavo Duarte, doutor em ciências térmicas, o NRCA já captou mais de 300 mil reais em convê-nios e receberá mais de 600 mil no decorrer das suas atividades. Com a multinacional Fanem, o grupo fir-mou dois convênios: um vencerá em outubro deste ano e o outro em março de 2015. As parcerias tratam do desenvolvimento de um freezer de baixíssima temperatura (-90°C) para ser utilizado em hospitais e su-permercados.

A tecnologia já existe em outros

com o intuito de capacitar mais de mil técnicos em refrigeração do esta-do da Bahia, até dezembro de 2015.

O treinamento prevê a redu-ção acentuada da emissão do fluido R22 - não produzido no Brasil, mas consumido por meio da importação de produtos -, um dos responsá-veis pela destruição da camada de ozônio e, consequentemente, pelo efeito estufa. “Já temos turmas até setembro, pois o curso é gratuito e diversas empresas estão manifes-tando interesse. Por meio desse con-vênio, recebemos, ainda, kits didáti-cos - composto por instrumentos e máquinas de refrigeração -, além de recursos financeiros para a capacita-ção”, descreve Duarte.

Já a cooperação técnica-científica estabelecida com a Funda-ção Oswaldo Cruz (Fiocruz), rendeu aparelhos para aulas práticas e pes-quisa, bem como vagas de estágio para alunos do curso de refrigeração e climatização. “Nosso trabalho é

países, mas ainda não é produzida no Brasil. Dentre diversas institui-ções brasileiras, o IFBA foi escolhido para ser o primeiro a fabricar a má-quina em solo pátrio, como destaca o coordenador do núcleo: “O NRCA é pioneiro na criação desse freezer no país. Acreditamos que o nosso será ainda melhor que os impor-tados, por já termos identificado os problemas que essa tecnologia apresenta e buscarmos melhorias”.

Com a Electrolux, o grupo tem acordo para treinamento dos téc-nicos em refrigeração da empresa e da comunidade interessada na aplicação de tecnologias voltadas a eletrodomésticos. “Como contra-partida, recebemos equipamentos e vagas de estágio para nossos alu-nos”, explica o docente. As parceiras vão mais longe e abarcam a alemã GIZ, através da qual 16 docentes do Câmpus Salvador do IFBA parti-ciparam do treinamento intitulado “Boas práticas em refrigeração”,

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treinar os estudantes para realizar manutenção nos equipamentos da Fiocruz, o que também auxilia a pes-quisa com os freezers de baixíssima temperatura”, ressalta o coordena-dor.

Ao lado do docente Luiz Gus-tavo, participam dos convênios os professores Antônio Gabriel Almei-da e Francisco Almeida, os alunos Ricardo Lordelo e Caíque Brandão, e o egresso Matheus Andrade. Con-tratado pela GIZ como técnico de refrigeração, Matheus entrou para o grupo em junho deste ano. “As atividades são bem extensas e in-teressantes porque ressaltam o que foi visto durante meu curso e esti-mulam um pensamento de criação, adaptação e outras opções para de-terminado serviço ou equipamen-to”, diz o jovem.

Caíque, integrante do NRCA há quatro meses e estudante do 4º ano de refrigeração e climatização, compartilha a opinião do colega. “A capacitação, através dos convê-nios, possibilita a continuidade do que aprendemos no curso, além de coisas novas que não estão neces-sariamente ligadas à área, como a criação de novos equipamentos e elaboração de aulas que serão apli-

Ricardo Lordelo, Caíque Brandão e egresso Matheus Andrade

cadas em laboratório. O mais im-portante é que essas parcerias nos permitem entender que a poluição de ambientes por fluidos não se res-tringe às descargas de veículos ou aerossóis, mas que existem diversas outras formas de emissão de gases, em práticas simples, como a troca de um aparelho de ar-condicionado, que também são prejudiciais ao am-biente.”

Com foco na sustentabilidade, Ricardo Lordelo, estudante do 8º semestre de engenharia mecânica, participa do núcleo com a pesquisa

“Avaliação da utilização do dióxido de carbono (CO2) como fluido refri-gerante em sistemas de refrigera-ção de pequeno porte”, através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), com recursos da Fundação de Ampa-ro à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). “Faço parte do grupo desde fevereiro. Trabalho com uma base mais teórica, que tem por pro-posta desenvolver o protótipo de um refrigerador que funcione com fluidos de CO2, gás menos poluente às camadas atmosféricas”.

Referência ambientalDesde 2013, o NRCA está

certificado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) para recolher e reciclar gases e fluidos de refrigeração. A titulação transformou o IFBA na única instituição a realizar essa tarefa na capital baiana. A logística para receber os resíduos ainda está em fase de estudo.

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