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Aprovada pela Portaria CBMERJ nº 1071, de 27 de agosto de 2019 NOTA TÉCNICA CBMERJ NT 4-05 Versão: 01 25 páginas Vigência: 04/09/2019 Gás (GLP/GN) Manipulação, armazenamento e comercialização SUMÁRIO 1 OBJETIVO 2 APLICAÇÃO 3 DEFINIÇÕES E CONCEITOS 4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS 5 PROCEDIMENTOS 6 SISTEMA DE RESFRIAMENTO PARA RECIPIENTES DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ANEXOS A - Quadro geral de distâncias mínimas de segurança B - Sistemas fixos de resfriamento para recipientes transportáveis e estacionários C - Exigências e afastamentos de segurança para áreas de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP D - Método para dimensionamento de paredes adjacentes E - Figuras referentes a afastamentos

NOTA CBMERJ TÉCNICA NT 4-05diversoespublicas.rj.gov.br/pdfs/notas-tecnicas/NT 4-05 - Gás (GLPGN... · Aprovada pela Portaria CBMERJ nº 1071, de 27 de agosto de 2019 NOTA TÉCNICA

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Aprovada pela Portaria CBMERJ nº 1071, de 27 de agosto de 2019

NOTA

TÉCNICA

CBMERJ

NT 4-05

Versão: 01 25 páginas Vigência: 04/09/2019

Gás (GLP/GN) – Manipulação, armazenamento e

comercialização

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 DEFINIÇÕES E CONCEITOS

4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

5 PROCEDIMENTOS

6 SISTEMA DE RESFRIAMENTO PARA

RECIPIENTES DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

ANEXOS

A - Quadro geral de distâncias mínimas de

segurança

B - Sistemas fixos de resfriamento para recipientes

transportáveis e estacionários

C - Exigências e afastamentos de segurança para

áreas de armazenamento de recipientes

transportáveis de GLP

D - Método para dimensionamento de paredes

adjacentes

E - Figuras referentes a afastamentos

Nota Técnica nº 4-05:2019 - Gás (GLP/GN) - Manipulação, Armazenamento e Comercialização

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1 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos para medidas de segurança

contra incêndio para os locais destinados a

manipulação, armazenamento e comercialização de

gás liquefeito de petróleo (GLP) e gás natural (GN),

regulamentando o Decreto Estadual nº 42/ 2018 –

Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico –

COSCIP.

2 APLICAÇÃO

Esta Nota Técnica (NT) aplica-se as edificações e

áreas de riscos destinadas a:

a) Bases de armazenamento, envasamento e

distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP);

b) Áreas de armazenamento de recipientes

transportáveis de GLP, destinados ou não à

comercialização;

c) Sistema de resfriamento para recipientes de gás

liquefeito de petróleo;

d) Bases e estações de manipulação e distribuição de

gás natural comprimido (GNC);

e) Qualquer edificação/área de risco,

independentemente de sua finalidade e/ou

características arquitetônicas, que possuam

recipientes estacionários de GLP/GN cujo somatório

do volume dos recipientes (capacidade em água) seja

superior a 10 m3, salvo postos de abastecimento de

veículos com GNV, que deverá cumprir a NT 4-06

Postos de serviços e abastecimento de veículos.

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

As normas e bibliografias abaixo contêm disposições

que estão relacionadas com esta NT:

a) Lei Federal n.º 11.909 de 4 de março de 2009 —

Dispõe sobre as atividades relativas ao transporte de

gás natural, de que trata o art. 177 da Constituição

Federal, bem como sobre as atividades de tratamento,

processamento, estocagem, liquefação,

regaseificação e comercialização de gás natural;

altera a Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997; e dá

outras providências;

b) Lei estadual nº 4.945, de 20 de dezembro de 2006,

que dispõe sobre o armazenamento de gás liquefeito

de petróleo - GLP e dá outra providências;

c) Decreto nº 897, de 21 de setembro de 1976, que

regulamenta o Decreto-Lei nº 247, de 21 de julho de

1975, que dispõe sobre segurança contra incêndio e

pânico;

d) Decreto nº 42, de 17 de Dezembro de 2018, que

regulamenta o Decreto-Lei nº 247, de 21 de julho de

1975, dispondo sobre o Código de Segurança Contra

Incêndio e Pânico – COSCIP, no âmbito do Estado do

Rio de Janeiro;

e) Resolução ANP nº 51, 30 de novembro de 2006 –

Estabelece os requisitos necessários a autorização

para o exercício da atividade de revenda de GLP e

sua regulamentação;

f) Portaria ANP nº 47, 24 de março de 1999 –

Estabelece a regulamentação para execução das

atividades de projeto, construção e operação de

transvazamento de sistemas de abastecimento de gás

liquefeito de petróleo – GLP a granel;

g) Resolução ANP nº 49 de 30 de novembro de 2016 –

Estabelece os requisitos necessários a autorização

para o exercício da atividade de revenda de GLP e

sua regulamentação;

h) Resolução ANP nº 70, 30 de dezembro de 2014 –

Dispõe sobre o estacionamento no interior de imóvel

onde exista área apropriada para veículos

transportadores de recipiente transportáveis de GLP;

i) Resolução SSP Nº 056, 08 DE AGOSTO DE 1995 –

Altera a disposição contida no Art.6º da Resolução

SEDEC Nº 135/93 publicada no DOERJ Nº 177, de

17/set/93, e dá outras providências;

j) ABNT NBR 5410:2004 – Instalações elétricas de

baixa tensão;

k) ABNT NBR 5419-1 – Proteção de estruturas contra

descargas atmosféricas;

l) ABNT NBR 10068:1987 – Folha de desenho –

Leiaute e dimensões;

m) ABNT NBR 10636:1989 – Paredes divisórias sem

função estrutural – Determinação da resistência ao

fogo;

n) ABNT NBR 12236:1994 – Critérios de projeto,

montagem e operação de postos de gás combustível

comprimido;

o) ABNT NBR 13714:2000 – Sistemas de hidrantes e

de mangotinhos para combate a incêndio;

p) ABNT NBR 14024:2018 – Central de gás liquefeito

de petróleo (GLP) - Sistema de abastecimento a

granel - Procedimento operacional;

q) ABNT NBR 14095:2008 – Transporte rodoviário de

produtos perigosos - Área de estacionamento para

veículos - Requisitos de Segurança;

r) ABNT NBR 14177:2008 – Tubo flexível metálico

para instalações de gás combustível de baixa

pressão;

s) ABNT NBR 15186:2005 – Base de armazenamento,

envasamento e distribuição de GLP - Projeto e

Construção;

t) ABNT NBR 15514:2007 – Área de armazenamento

de recipientes transportáveis de gás liquefeito de

petróleo (GLP), destinados ou não à comercialização -

Critérios de segurança;

u) ABNT NBR 15600:2010 – Estação de armazenagem

e descompressão de gás natural comprimido;

v) Instrução Técnica Nº 28/2018 – Manipulação,

armazenamento, comercialização e utilização de gás

liquefeito de petróleo (GLP) – CBPMESP;

w) Instrução Técnica Nº 29/2018 – Comercialização,

distribuição e utilização de gás natural (GN) –

CBPMESP.

Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico - Estado do Rio de Janeiro

4

4 DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Para efeito desta NT, além das definições constantes

no Decreto Estadual nº 42 – COSCIP e na NT 1-02

Terminologia de segurança contra incêndio e pânico,

aplicam-se as definições específicas desta seção.

4.1 Gás natural comprimido (GNC): todo gás natural

processado e acondicionado para o transporte em

ampolas ou cilindros à temperatura ambiente e a uma

pressão que o mantenha em estado gasoso.

4.2 Gás liquefeito de petróleo (GLP): produto

constituído por hidrocarboneto com três ou quatro

átomos de carbono (propano, propeno, butano e

buteno), podendo apresentar-se isoladamente ou em

mistura entre si e com pequenas frações de outros

hidrocarbonetos.

4.3 Passeio público: calçada ou parte da pista de

rolamento, neste último caso separada por pintura ou

elemento fixo, livre de interferência, destinada à

circulação exclusiva de pedestres e,

excepcionalmente, de ciclistas.

4.4 Pontos de venda de GLP: estabelecimento

comercial que juntamente a outras atividades

econômicas, se destina também ao armazenamento e

revenda recipientes transportáveis de GLP, não sendo

esta sua atividade econômica principal.

5 PROCEDIMENTOS

5.1 Bases de armazenamento de GLP em

recipientes estacionários, envasamento e

distribuição de GLP

Adota-se a norma ABNT NBR 15186, com inclusões e

adequações desta NT, para fins dos critérios de

segurança na instalação e operação das bases de

armazenamento, envasamento e distribuição de GLP.

5.1.1 As instalações destinadas ao carregamento e

envasamento de recipientes transportáveis de gás

liquefeito de GLP e os locais destinados ao

carregamento de veículos-tanque, independentemente

das características arquitetônicas, deverão possuir

sistema fixo de resfriamento conforme 6.7.

5.1.2 As instalações destinadas a bases de

armazenamento de GLP em recipientes estacionários,

envasamento e distribuição de GLP e os locais

destinados ao carregamento de veículos-tanque,

dependendo das suas características arquitetônicas,

conforme Decreto Estadual nº 42/2018 – COSCIP,

deverão possuir sistema de proteção contra descarga

atmosférica (SPDA) conforme exigências da NT 2-12

independentemente de características arquitetônicas,

ou da análise de risco prevista na NT em questão.

5.1.3 Quanto à proteção contra descargas

atmosféricas e eletricidade estática para os

equipamentos e recipientes estacionários de GLP,

estes deverão possuir aterramento dimensionado para

dissipar toda carga elétrica gerada em eventuais

descargas atmosféricas e eletricidade estática,

conforme descrito na ABNT NBR 5419.

5.1.4 Os requerimentos solicitando o Laudo de

Exigências para bases de armazenamento de GLP em

recipientes estacionários e/ou envasamento e/ou

distribuição de GLP devem obrigatoriamente ser

acompanhados da documentação, expedida pela

prefeitura municipal, que ateste a compatibilidade

entre a atividade a ser desenvolvida com a localização

pretendida.

5.1.5 Quanto à delimitação das áreas classificadas

(tais como a dos recipientes, bombeamento, carga e

descarga de veículos e demais unidades de

manipulação) deverão ser delimitadas por gradil

metálico e devem possuir acesso através de, no

mínimo, duas aberturas com 1,20 m de largura e 2,10

m de altura, que abram de dentro para fora e fiquem

localizados em lado opostos. Sendo que a distância

máxima a ser percorrida, de qualquer ponto dentro da

área de periculosidade até uma das aberturas, não

pode ser superior a 25 m.

5.1.6 Todos os recipientes estacionários de GLP

devem atender ao disposto na NT 3-02 Gás (GLP/GN)

– Uso predial quanto as características construtivas

da central de GLP, sem prejuízo das demais

prescrições da ABNT NBR 15186, devendo sempre

estar instalados no térreo em área amplamente

ventilada e ao ar livre, e possuir:

a) válvulas de bloqueio (válvulas de fechamento

rápido com comando manual e à distância), instaladas

obrigatoriamente próximo ao recipiente contendo gás

e adicionalmente instaladas no máximo a cada 30 m

da tubulação com a finalidade de facilitar a extinção

do fogo;

b) válvula de bloqueio por excesso de fluxo instalada

na saída do recipiente que abastece uma tubulação;

c) válvulas de retenção instaladas na entrada de

enchimento do recipiente, devendo também ser

instaladas em qualquer outro ponto em que a vazão

do produto tenha que ser feita em um único sentido;

d) válvula de alívio instalada a fim de que a pressão

interna dos tanques não ultrapasse o limite de

segurança;

e) em todos os recipientes, tubulações e dutos

deverão ser afixados rótulos, em locais visíveis,

indicando a natureza do produto contido e as medidas

a serem adotadas em caso de emergência;

f) quando o somatório da capacidade volumétrica

individual, em litro d’água, de todos os recipientes

estacionários de GLP for superior a 10 m3, para fins

de definição do sistema fixo de resfriamento. Deverá

ser observado o disposto na Tabela 2 do Anexo B e

suas respectivas notas;

g) quando a capacidade do maior recipiente

estacionário de GLP for superior a 1.000 m3 ou

quando a capacidade total de armazenamento for

superior a 10.000 m³, deverá possuir sistema de

injeção de água nos recipientes estacionários de

armazenamento de GLP dimensionado conforme

ABNT NBR 15186.

Nota Técnica nº 4-05:2019 - Gás (GLP/GN) - Manipulação, Armazenamento e Comercialização

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5.1.7 Em todas as áreas da edificação/área de risco,

de carga e descarga de veículos e demais unidades

de manipulação, não serão permitidas chamas,

cigarros, fósforos, qualquer equipamento ou máquina

que produz qualquer fonte de ignição que constitua

risco de incêndio. Deverão possuir sinalização de

alerta, de equipamentos e de proibição, conforme NT

2-05 Sinalização de segurança contra incêndio e

pânico.

5.1.8 Nos locais onde existirem instalações elétricas,

estas devem ser especificadas com equipamento

segundo normas ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 5418,

atentando que nas áreas classificadas, ou seja, áreas

em que a mistura gás/ar pode ocorrer,

independentemente de serem situações de

normalidade ou não, as instalações elétricas devem

ser à prova de explosão e a sua fiação elétrica feita

em eletrodutos, com os interruptores instalados fora

de tais áreas.

5.1.9 Quando o somatório da capacidade volumétrica

individual, em litro d’água, de todos os recipientes

estacionários de GLP for superior a 10 m3, ou se tratar

de instalações destinadas ao carregamento,

envasamento de recipiente de GLP e os locais

destinados ao carregamento de veículos-tanque,

deverá ser instalado sistema alarme com acionamento

manual, conforme a NT 2-07 – Sistema de detecção e

alarme de incêndio, por toda a edificação/área de

risco.

5.1.10 Nas áreas classificadas onde há produção e/ou

manuseio, incluindo as áreas de envasamento, ou

seja, áreas em que a mistura gás/ar estará presente

durante longos períodos ou durante a operação

normal, deverá existir sistema de detecção de gás

inflamável com alarme sonoro e visual, para quando a

concentração estiver superior a 25% do limite inferior

de explosividade do gás, sendo seu acionamento

automático com indicação no painel localizado no

posto de controle de segurança, possibilitando a

identificação do setor onde ocorrer o acidente. Esse

sistema deverá estar em conjunto ao sistema previsto

em 5.1.9.

5.1.10.1 Independentemente da instalação do sistema

de detecção de gás inflamável, o local destinado ao

envasamento ou manipulação, quando coberto, deverá

possuir o pé-direito de no mínimo 4,50 m e ser provido

de corredores de circulação com largura mínima de

1,00 m e os corredores que conduzem à saída com

1,20 m.

5.1.11 A edificação/área de risco deverá possuir Plano

de emergência que englobe toda a instalação, nos

casos exigidos pela Tabela 26 do Decreto nº 42/2018

– COSCIP (gases acima de 10 m3) e conforme NT 2-

10 - Plano de emergência contra incêndio e pânico

(PECIP).

5.1.12 Com relação às áreas classificadas, devem ser

atendidas além das prescrições anteriormente

indicadas (seções 5.1.5, 5.1.7, 5.1.8, 5.1.10), as

distâncias mínimas de segurança conforme Anexo A.

5.1.13 Recipientes estacionários com capacidade

individual superior a 0,50 m3 devem manter o

afastamento mínimo conforme a Tabela 1.

Tabela 1 - Afastamento mínimo de segurança para

recipientes estacionários de GLP

Capacidade

volumétrica

(m3)

Entre tanques

(m)

Edificações e

limites da

propriedade (m)

0,50 a 2,00 0 1,50

2,01 a 8,00 1 7,50

8,01 a 120,00 1,50 15,00

120,01 a

265,00

¼ da soma dos

diâmetros dos

tanques

adjacentes

23,00

265,01 a

341,00

¼ da soma dos

diâmetros dos

tanques

adjacentes

30,00

341,01 a

454,00

¼ da soma dos

diâmetros dos

tanques

adjacentes

38,00

454,01 a

757,00

¼ da soma dos

diâmetros dos

tanques

adjacentes

61,00

757,01 a

3.785,00

¼ da soma dos

diâmetros dos

tanques

adjacentes

91,00

Maior que

3.785,01

¼ da soma dos

diâmetros dos

tanques

adjacentes

122,00

Fonte: IT 28/2018 – CBPMESP – Adaptado.

5.1.14 Os afastamentos entre os tanques com

capacidade volumétrica maior ou igual a 8 m³ não

poderão ser menores que 1,50 m.

5.1.15 Na hipótese de um dos tanques ser esférico, a

distância mínima será de 7,5 m.

5.1.16 Além do disposto no Anexo B, as instalações

para bases de armazenamento de GLP em recipientes

estacionários, envasamento e distribuição de GLP,

devem ter proteção específica por extintores

instalados de acordo com NT 2-01 - Sistema de

proteção por extintores de incêndio e quantificados

pela Tabela 2.

Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico - Estado do Rio de Janeiro

6

Tabela 2 - Proteção por extintores para área de bases de

armazenamento de GLP em recipientes estacionários,

envasamento e distribuição de GLP

Proteção por extintores

Capacidade

volumétrica

(m3)

Quantidade e capacidade extintora

Extintor Portátil Extintor sobre

Rodas

Até 0,50 01 20-B:C -

0,5 até 3,5 02 20-B:C -

3,51 até 6,00 02 20-B:C 01 80-B:C

6,01 até

10,00 04 20-B:C 01 80-B:C

Acima de

10,00 04 20-B:C 01 120-B:C

Obs.: Os extintores devem ser distribuídos de tal forma

que o operador não percorra mais de 15m para

alcançar o equipamento. Fonte: IT 28 – CBPMESP.

5.1.17 O imóvel que possui instalações para bases de

armazenamento de GLP em recipientes estacionários,

envasamento e distribuição de GLP, deve possuir

saída de emergência conforme NT 2-08. Como

também possuir acesso para viaturas do Corpo de

Bombeiros, conforme NT 2-16 - Acesso de viaturas em

edificações.

5.2 Armazenamentos de recipientes transportáveis

de GLP

As áreas de armazenamento de recipientes

transportáveis, destinados ou não a comercialização,

são classificadas em função da quantidade de GLP

estocado, conforme Tabela 2, devendo ser adotado os

critérios previstos na ABNT NBR 15514, com as

demais prescrições constantes nesta NT.

Tabela 3 - Classificação das áreas de armazenamento

Classe Capacidade de

Armazenamento

(kg de GLP)

Capacidade de

Armazenamento

(botijões 13 kg)* I Até 520 Até 40 II Até 1560 Até 120 III Até 6240 Até 480

IVA Até 12480 Até 960 IVB Até 24960 Até 1920 V Até 49920 Até 3840 VI Até 99840 Até 7680

Especial Mais de 99840 Mais de 7680 Obs.:

1 - Apenas referência. A capacidade de armazenamento

deve sempre ser medida em kg de GLP.

2 - Os pontos de venda no perímetro urbano ficam

limitados a 10 unidades de botijões de 13 kg – Ver 5.2.6.

3 - Os pontos de venda no perímetro rural f icam

limitados a 30 unidades de botijões de 13 kg - Ver 5.2.6.

4 - Os pontos de venda de recipientes de GLP em postos

revendedores de combustíveis líquidos f icam limitados a

10 unidades de botijões de 13 kg - Ver 5.2.7. Fonte: ABNT NBR 15514 – Adaptado.

5.2.1 As áreas de armazenamento de recipientes

transportáveis de GLP deverão possuir sistema fixo de

resfriamento conforme Tabela 1 do Anexo B.

5.2.2 Os centros de destroca, oficinas de

requalificação e/ou manutenção e de inutilização de

recipientes transportáveis de GLP não podem

armazenar recipientes cheios de GLP. Dessa forma,

para efeito de aplicação desta NT serão classificados

como classe III, independentemente de suas

características arquitetônicas e botijões ou cilindros

usados ou parcialmente cheios que estiverem

armazenados.

5.2.3 Além do disposto no Anexo B, as instalações

para armazenamento de recipientes transportáveis de

GLP, devem ter proteção específica por extintores

instalados de acordo com NT 2-01 - Sistema de

proteção por extintores de incêndio e quantificados

pela Tabela 3.

Tabela 4 - Proteção por extintores para área de

armazenamento de recipientes transportáveis de GLP

Classe Quantidade Capacidade

Extintora I 2 20 – B:C II 3 20 – B:C III 4 20 – B:C

IVA 4 40 – B:C IVB 6 40 – B:C V 8 40 – B:C VI 10 40 – B:C

Especial 12 40 – B:C Obs.: Os extintores devem ser distribuídos de tal forma

que o operador não percorra mais de 15 m para

alcançar o equipamento. Fonte: IT28 – CBPMESP.

5.2.4 As áreas de armazenamento deverão ser,

preferencialmente, ao ar livre, admitindo-se também

áreas cobertas ou fechadas.

5.2.4.1 Para o armazenamento de recipientes

transportáveis de GLP cheios, parcialmente utilizados

ou vazios, em locais ao ar livre, devem ser

observadas as seguintes condições gerais de

segurança.

5.2.4.1.1 As áreas de armazenamento de recipientes

transportáveis de GLP cheios, parcialmente utilizados

ou vazios, deverão possuir sinalização de alerta, de

equipamentos e de proibição, tudo conforme NT 2-05 -

Sinalização de segurança contra incêndio e pânico.

Quando a área de armazenamento for em local

fechado ver 5.2.4.3.9.

5.2.4.1.2 Os recipientes transportáveis de GLP cheios

devem ser acondicionados dentro da área de

Nota Técnica nº 4-05:2019 - Gás (GLP/GN) - Manipulação, Armazenamento e Comercialização

7

armazenamento, separados dos recipientes

parcialmente utilizados ou vazios, devendo ainda

constar placas, de material incombustível, contendo

sinalização individual para cada lote de recipientes,

conforme sua destinação, fixadas a 1,60 m de altura

em relação ao piso acabado, e possuir dimensões do

formato A3 conforme ABNT NBR 10068, no sentido

horizontal (paisagem). O texto deve conter a

expressão “RECIPIENTES CHEIOS” ou

“RECIPIENTES VAZIOS OU PARCIALMENTE

UTILIZADOS” e ser representado em fonte do tipo

“ARIAL”, negrito, na cor vermelha sob fundo branco,

sendo a altura mínima das letras de 70 mm e largura

mínima das letras de 4 mm.

5.2.4.1.3 As áreas de armazenamento de recipientes

transportáveis devem ser obrigatoriamente no térreo

com ampla ventilação natural.

5.2.4.1.4 As áreas de armazenamento serão

permitidas apenas em construção de andar único,

destinada exclusivamente ao armazenamento de

botijões ou cilindros de GLP, exceção feita para os

pontos de venda de GLP enquadrados em 5.2.6.

5.2.4.1.5 Os recipientes transportáveis devem ser

armazenados sobre piso plano e nivelado, concretado

ou pavimentado, de modo a permitir uma superfície

que suporte carga e descarga.

5.2.4.1.6 Para os recipientes transportáveis que

estiverem armazenados sobre plataforma elevada

para carga e descarga, esta deve ser produzida com

materiais incombustíveis e possuir ampla ventilação

natural.

5.2.4.1.7 A marcação da área de armazenamento

deve ser por meio de pintura no piso ou cerca de tela

metálica, gradil metálico para assegurar ampla

ventilação. Áreas de armazenamento superiores à

classe III, também devem ser demarcados com pintura

no piso, os locais para os lotes de recipientes e os

corredores entre os lotes.

5.2.4.1.8 As áreas de armazenamento quando

delimitadas por gradil metálico devem possuir acesso

através de, no mínimo, duas aberturas com dimensões

mínimas de 1,20 m de largura e 2,10 m de altura, que

abram de dentro para fora e fiquem localizados em

lado opostos. Sendo que a distância máxima a ser

percorrida, de qualquer ponto dentro da área

delimitada por gradil metálico até uma das aberturas,

não pode ser superior a 25 m.

5.2.4.1.9 Com a construção de paredes resistentes a

120 min de fogo, conforme ABNT NBR 10636, as

distâncias mínimas de segurança, definidas na Tabela

1 do Anexo C, podem ser reduzidas pela metade,

excetuando-se o distanciamento entre os lotes e os

limites da propriedade. Contudo, devem ser

observadas as características constantes na seção 7

da ABNT NBR 15514, ressaltando ainda que as

paredes não podem ser adjacentes e o comprimento

total dessas paredes não deve ultrapassar 60% do

perímetro da área de armazenamento, de forma a

permitir ampla ventilação. O restante do perímetro que

delimita a área de armazenamento deve ser fechado

por cerca de tela metálica, gradil metálico ou elemento

vazado de concreto, cerâmica ou outro material

incombustível, para assegurar ampla ventilação. (Ver

observação 2 da Tabela 1 do Anexo C).

5.2.4.1.10 As áreas de armazenamento de qualquer

classe devem ter garantida a ventilação natural efetiva

e permanente.

5.2.4.1.11 Todos os requerimentos solicitando o

Laudo de Exigências para os depósitos de GLP

deverão ser acompanhados de documentação da

Prefeitura Municipal, informando se o local é

compatível com tal atividade e até que classe de

armazenagem será permitida a estocagem de GLP. A

documentação também deverá citar que não existem

edificações de reunião de público no afastamento

previsto na Tabela 1 do anexo C. O referido

documento citará o distanciamento, conforme a

classe.

5.2.4.1.12 O imóvel que possui áreas de

armazenamento de GLP deverá possuir muros de

alvenaria de 3 m de altura com paredes em alvenaria

com espessura de 0,25 m ou em concreto de 0,15 m,

isolando-os dos terrenos vizinhos e do logradouro

público, contudo para aumentar a condição de

ventilação de todo o estabelecimento, os acessos de

pessoas ou veículos devem ser confeccionados por

grades, telas ou outros materiais incombustíveis que

permitam ventilação direta para a via pública de

mínimo 1/10 da área da fachada.

5.2.4.1.13 O imóvel que possuir áreas de

armazenamento de GLP deverá ter saída de

emergência conforme NT 2-08 - Saídas de

emergências em edificações. Como também possuir

acesso para viaturas do Corpo de Bombeiros,

conforme NT 2-16 - Acesso de viaturas em

edificações, devendo em todos os casos, atentar para

o previsto em 5.2.4.1.12.

5.2.4.1.14 Os recipientes de GLP cheios, vazios ou

parcialmente utilizados devem ser dispostos em lotes.

Os lotes de recipientes cheios podem conter até 480

recipientes de massa líquida igual a 13 kg, em pilhas

de até 4 unidades e os lotes de recipientes vazios ou

parcialmente utilizados até 600 recipientes de massa

líquida igual a 13 kg, em pilhas de até 5 unidades,

conforme Tabela 4. Entre os lotes de recipientes e

entre esses lotes e os limites da área de

armazenamento deve haver corredores de circulação

com, no mínimo, 1,00 m de largura.

5.2.4.1.15 A distância da área de armazenamento

para as aberturas inferiores como: caixa de gordura,

esgoto, captação de águas pluviais, canaletas, ralos,

rebaixos, galerias subterrâneas ou similares devem

ser de no mínimo 1,50 m.

5.2.4.1.16 Na área de armazenamento deverá haver

um local aberto, afastado de mínimo 5,00 m de

qualquer botijão cheio ou vazio já utilizado e de

Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico - Estado do Rio de Janeiro

8

qualquer ponto de chama, ignição ou ainda

equipamento ou máquina que produz calor, para onde

serão transportados, em caso de vazamento, os

recipientes defeituosos.

5.2.4.1.17 Na área de armazenamento somente é

permitido o empilhamento de recipientes

transportáveis, com massa líquida igual ou inferior a

13 kg de GLP. Para recipientes de massa líquida

superior a 13 kg, estes devem obrigatoriamente ser

armazenados na posição vertical, não podendo ser

empilhados.

5.2.4.1.18 O armazenamento de recipientes

transportáveis de GLP em pilhas deve obedecer aos

limites da Tabela 4.

Tabela 5 – Empilhamento de recipientes

transportáveis de GLP

Massa líquida

dos recipientes Recipientes

Cheios

Recipientes

Vazios ou

parcialmente

utilizados

Inferior a 5 kg Altura máxima da

pilha = 1,50 m Altura máxima

da pilha =1,50 m

Igual ou superior

a 5kg até inferior

a 13kg Até 5 recipientes

Até 5

recipientes

Igual a 13 kg Até 4 recipientes Até 5

recipientes

Fonte: ABNT NBR 15514.

5.2.4.1.19 Os locais onde existirem instalações

elétricas, estas devem ser especificadas com

equipamento segundo normas ABNT NBR 5410 e

ABNT NBR 5418, atentando que nas áreas

classificadas, ou seja, áreas em que a mistura gás/ar

pode ocorrer, independentemente de serem em

situações de normalidade ou não, as instalações

elétricas devem ser à prova de explosão e a sua

fiação elétrica feita em eletrodutos, com os

interruptores instalados fora de tais áreas.

5.2.4.1.20 Deverá possuir sistema de proteção contra

descarga atmosférica (SPDA) conforme exigências da

NT 2-12, admitindo-se análise de risco prevista na NT

em questão para isenção do SPDA.

5.2.4.1.21 Somente pessoal autorizado e com o

devido treinamento, pode permanecer nas áreas de

armazenamento, sendo vedado o acesso de

consumidores na área de armazenamento.

5.2.4.1.22 Não é permitida a armazenagem de outros

materiais na área de armazenamento dos recipientes

de GLP, tais como: outros gases combustíveis ou

inflamáveis, garrafas de oxigênio, líquidos inflamáveis,

materiais combustíveis em geral. Excetuando-se

aqueles materiais exigidos pela legislação vigente,

tais como: balança, materiais para teste de

vazamento, matérias de combate a incêndio e placas

de sinalização.

5.2.4.1.23 Nos imóveis que possuem áreas de

armazenamento de GLP é terminantemente proibida a

transferência ou qualquer manipulação de inflamáveis;

estas operações são permitidas, unicamente, nas

dependências das edificações destinadas ao

envasamento. Fica proibida, também, qualquer

operação de reparo de botijões e cilindros na área dos

depósitos.

5.2.4.1.24 Quando a área de armazenamento for

superior a classe IVA (12.480Kg de GLP), deverá

possuir plano de emergência conforme NT 2-10 -

Plano de emergência contra incêndio e pânico

(PECIP) e ser instalado sistema alarme com

acionamento manual, bem como sistema de detecção

de incêndio, conforme a NT 2-07 - Sistema de

detecção e alarme de incêndio, por toda a

edificação/área de risco.

5.2.4.2 Quando a área de armazenamento for coberta

deverá cumprir todas as exigências especificadas de

5.2.4.1.1 a 5.2.4.1.24 (exigências para

armazenamento ao ar livre). E adicionalmente a

cobertura e suporte deverão ser feitos com materiais

incombustíveis, possuir no mínimo 4,50 m de pé-

direito e possuir um espaço livre permanente de, no

mínimo, 3,10 m entre o topo da pilha de botijões

cheios e a cobertura, de modo a garantir ampla

condição de ventilação. Bem como possuir sistema de

proteção contra descarga atmosférica (SPDA)

conforme NT 2-12, admitindo-se análise de risco

prevista na NT em questão para isenção do SPDA.

5.2.4.3 Quando a área de armazenamento for em local

fechado, deverá cumprir todas as exigências descritas

de 5.2.4.1.1 a 5.2.4.1.24 (exigências para

armazenamento ao ar livre) e adicionalmente deverá

também atender as seguintes exigências.

5.2.4.3.1 As paredes da área de armazenamento

deverão ser dimensionadas segundo normas técnicas

especializadas para resistir ao fogo por mais de 120

min.

5.2.4.3.2 Em todas as paredes da área de

armazenamento fechada deverá haver aberturas de

ventilação para o exterior da área de armazenamento,

localizadas em partes altas e baixas das paredes. O

somatório das áreas de ventilação de cada parede

deverá ser de no mínimo igual a 1/10 do somatório da

área das paredes de fechamento lateral, respeitado o

disposto em 5.2.4.3.5.

5.2.4.3.3 Possuir o pé-direito de no mínimo 6,00 m e

possuir um espaço livre permanente de, no mínimo,

4,60 m entre o topo da pilha de botijões cheios e a

cobertura.

5.2.4.3.4 Deverá possuir sistema de proteção contra

descarga atmosférica (SPDA), conforme NT 2-12,

independentemente de características arquitetônicas,

classe de armazenagem, ou da análise de risco

prevista na NT em questão.

5.2.4.3.5 As portas das áreas de armazenamento

fechadas devem ser do tipo corta-fogo P-60. Possuir

Nota Técnica nº 4-05:2019 - Gás (GLP/GN) - Manipulação, Armazenamento e Comercialização

9

acesso através de, no mínimo, duas aberturas com

dimensões mínimas de 1,80 m de largura e 2,10 m de

altura, que abram de dentro para fora e fiquem

localizados em lados opostos. Sendo que a distância

máxima a ser percorrida, de qualquer ponto dentro da

área de armazenamento até uma das aberturas, não

pode ser superior a 25 m.

5.2.4.3.6 Deverá possuir sistema de iluminação de

emergência conforme NT 2-06 - Iluminação de

emergência , com luminárias à prova de explosão.

5.2.4.3.7 Deverá possuir sistema de sinalização de

segurança conforme NT 2-05 - Sinalização de

segurança contra incêndio e pânico.

5.2.4.3.8 Em toda a área de armazenamento em local

fechado, independente da classe de armazenamento,

deverá existir sistema alarme com acionamento

manual e também sistema de detecção de gás

inflamável com alarme sonoro e visual, para quando a

concentração estiver superior a 25% do limite inferior

de explosividade do gás, sendo seu acionamento

automático com indicação no painel localizado no

posto de controle de segurança, possibilitando a

identificação do setor onde ocorrer o acidente.

5.2.5 Os veículos automotivos, assim como os

veículos transportadores de GLP, somente poderão

estacionar e permanecer no interior do imóvel que

possua áreas de armazenamento de GLP se

respeitada às seguintes condições:

a) as áreas destinadas ao estacionamento deverão ter

distância mínima de 3,00 m da(s) área(s) de

armazenamento e afastado no mínimo, 1,50 m de

ralos, caixas de gorduras, esgotos, galerias

subterrâneas e similares. Deverão estar situadas em

local ventilado, sinalizadas por pintura no piso,

observando-se a rota de escape utilizada pelo veículo,

em situação de emergência, de tal forma que o

mesmo não necessite realizar quaisquer outras

manobras adicionais, evitando-se assim manobras de

reposicionamento que venham a comprometer a

rápida saída do mesmo;

b) o armazenamento dos recipientes transportáveis de

GLP, cheios, parcialmente utilizados e/ou vazios

existentes no imóvel, tanto no(s) veículo(s)

transportador(es) quanto na(s) área(s) de

armazenamento, deve ter o seu somatório igual ou

inferior à capacidade máxima total da(s) área(s) de

armazenamento, em quilogramas de GLP, existente(s)

no referido imóvel;

c) a quantidade máxima de recipientes transportáveis

de GLP cheios, parcialmente utilizados e/ou vazios a

ser armazenada no veículo transportador, deve ser

igual ou inferior a 50% da capacidade máxima total

da(s) área(s) de armazenamento, em quilogramas de

GLP, existente(s) no referido imóvel;

d) a área destinada ao estacionamento de veículo

transportador carregado com GLP em sua carroceria,

além do disposto na alínea “a” de 5.2.5, deve atender

aos afastamentos de segurança aplicáveis ao

armazenamento correspondente a quantidade de

quilogramas de GLP e os parâmetros de

empilhamento previstos no Anexo A e Anexo C;

e) na existência de mais de um veículo carregado com

GLP em sua carroceria, os veículos devem estacionar

paralelamente entre si, a uma distância mínima de

1,50 m, respeitadas as disposições contidas na alínea

acima.

5.2.6 Somente será permitida a instalação de área de

armazenamento de recipientes transportáveis de GLP,

destinados à comercialização, em estabelecimentos

exclusivos para este fim. Salvo pontos de venda, que

obrigatoriamente deverão cumprir todos os requisitos

estipulados nas alíneas abaixo ou o disposto em

5.2.7.

a) área de armazenamento de GLP deve cumprir, no

que couber, os requisitos estipulados de 5.2.4.1.1 a

5.2.4.1.23;

b) acessos independentes com rotas de fuga distintas

entre a área de armazenamento e as demais áreas da

edificação/área de risco;

c) haja separação física com paredes em alvenaria

com espessura de 0,25 m ou em concreto de 0,15 m

ou equivalente a 120 min, conforme NT 2-19

Resistência ao fogo dos elementos de construção;

d) para o perímetro urbano, comprovada através da

competente certidão da prefeitura municipal, todos os

botijões de 13 kg cheios e vazios já utilizados, não

poderá exceder 10 unidades, respeitada a quantidade

máxima de 130 kg de GLP. A quantidade máxima de

GLP, estabelecidas, também deverá ser observada

para cilindros;

e) para o perímetro fora da área urbana, comprovada

através da competente certidão da prefeitura

municipal, todos os de botijões de 13 kg, cheios e

vazios, já utilizados, não poderá exceder de 30

unidades, respeitada a quantidade máxima de 390 kg

de GLP. A quantidade máxima de GLP, estabelecidas,

também deverá ser observada para cilindros;

f) a comprovação de que os imóveis ou

estabelecimentos que não tenha a venda de GLP

como sua atividade principal (ponto de venda) são

compatível com o comércio de GLP engarrafado, será

através de documentação, expedida pela prefeitura

municipal.

5.2.7 Os pontos de venda de recipientes de GLP em

postos revendedores de combustíveis líquidos ficam

limitados a uma única área de armazenamento,

somente podendo ser comercializados os botijões de

13 kg, e não poderá exceder 10 unidades, respeitada

a quantidade máxima de 130 kg de GLP, além de

todas as prescrições contidas nesta NT, devendo

cumprir também os seguintes requisitos:

a) a comprovação de que o posto de abastecimento

de veículos automotores é compatível com o comércio

de GLP engarrafado, será através de documentação,

expedida pela prefeitura municipal;

Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico - Estado do Rio de Janeiro

10

b) a permanência dos botijões de GLP nos postos de

abastecimento de veículos automotores deverá

atender às seguintes condições técnicas: (Conforme

anexo F);

c) a área de armazenamento deverá ser fixa e

destinada exclusivamente para este fim; construídas

em material incombustível sob forma de grades em

todo o seu perímetro (gaiolas), permitida a cobertura

com telhas incombustíveis leves colocadas a 0,30 m

da base superior da gaiola de forma a não permitir a

retenção de gás no caso de vazamento. Deverá ser

obrigatoriamente localizada no térreo, em local

ventilado e possuir piso plano e nivelado, concretado

ou pavimentado, de modo a permitir uma superfície

que suporte carga e descarga;

d) a área de armazenamento deverá estar localizada

ao ar livre e a uma distância mínima de 15 m das

bombas abastecedoras de combustíveis;

e) os orifícios destinados ao abastecimento dos

tanques subterrâneos do combustível, assim como o

suspiro destes, deverão estar localizados a uma

distância mínima de 15 m da área de armazenamento;

f) as canaletas para o escoamento de líquidos do piso

do posto de abastecimento não poderão estar a uma

distância inferior a 10 m da área de armazenamento;

g) a área de armazenamento deverá ficar afastada a

uma distância mínima de 5,00 m de qualquer espaço

utilizado, construção, circulação de veículos ou

logradouro público, devendo obrigatoriamente esta

distância ser protegida contra qualquer choque

mecânico, como colisão de veículos e cargas em

movimento, através de uma barreira física fixa (mureta

ou similar), ou algum outro meio eficaz, sem que haja

impedimento ao fácil acesso para área de

armazenamento;

h) a área de armazenamento não deverá possuir

pontos de eletricidade, materiais combustíveis e

outros que impliquem risco à instalação;

i) as áreas de armazenamento deverão possuir

sinalização de emergência, conforme NT 2-05 -

Sinalização de segurança contra incêndio e pânico;

j) a proteção móvel contra incêndio será feita por

intermédio de 1 extintor com capacidade 20-B:C,

exclusivo para área de armazenamento.

5.3 Bases e estações de manipulação e

distribuição de gás natural comprimido (GNC)

Para critérios de segurança, projeto, construção e

operação de estações de armazenagem e

descompressão de gás natural comprimido adota-se a

ABNT NBR 15600, com inclusões e adequações desta

NT.

5.3.1 Os afastamentos padrões para as bases e

estações de manipulação e distribuição de GNC

deverão cumprir a Tabela 2 do anexo C.

5.3.2 As Bases e Estações de manipulação e

distribuição de Gás Natural Comprimido devem ter

proteção específica por extintores de acordo com a

Tabela 5.

Tabela 6 – Proteção por extintores Bases e Estações de

manipulação e distribuição de GNC

Proteção por extintores

Capacidade

volumétrica

(m3)

Quantidade e capacidade extintora

Extintor Portátil Extintor sobre

Rodas

Até 0,50 01 20-B:C -

0,50 até 3,50 02 20-B:C -

3,51 até 6,00 02 20-B:C 01 80-B:C

6,01 até

10,00 04 20-B:C 01 80-B:C

Acima de

10,00 04 20-B:C 01 120-B:C

Obs.: Os extintores devem ser distribuídos de tal forma

que o operador não percorra mais de 15m para

alcançar o equipamento. Fonte: CBMERJ.

5.3.3 Quando o somatório da capacidade volumétrica

individual, em litro d’água, de todos os recipientes

contendo gás natural comprimido for superior a 10 m³,

para fins de definição do sistema fixo de resfriamento.

Deverá ser observado o disposto na Tabela 2 do

Anexo B e suas respectivas notas, conforme

parâmetros adotados para GLP.

5.3.4 As edificações que possuem bases e estações

de manipulação e distribuição de gás natural

comprimido deverão possuir sistema de proteção

contra descarga atmosférica (SPDA) conforme NT 2-

12.

5.3.4.1 Os equipamentos que compõem as bases e

estações de manipulação e distribuição de gás natural

comprimido deverão possuir aterramento

dimensionado para dissipar toda carga elétrica gerada

em eventuais descargas atmosféricas e eletricidade

estática, conforme descrito na ABNT NBR 5419.

5.3.5 O imóvel que possui Bases e estações de

manipulação e distribuição de gás natural comprimido

(GNC) deve possuir acesso para viaturas do Corpo de

Bombeiros, conforme NT 2-16 - Acesso de viaturas em

edificações .

5.3.6 Os requerimentos solicitando o Laudo de

Exigências para Bases e Estações de manipulação e

distribuição de Gás Natural Comprimido em

recipientes estacionários e/ou envasamento e/ou

distribuição de GLP devem obrigatoriamente ser

acompanhados de documentação expedida pela

prefeitura municipal, que ateste a compatibilidade

Nota Técnica nº 4-05:2019 - Gás (GLP/GN) - Manipulação, Armazenamento e Comercialização

11

entre a atividade a ser desenvolvida com a localização

pretendida.

5.3.6.1 As bases e estações de manipulação e

distribuição de Gás Natural Comprimido deverão

possuir sinalização de segurança, conforme NT 2-05 -

Sinalização de segurança contra incêndio e pânico.

6 SISTEMA DE RESFRIAMENTO PARA

RECIPIENTES DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO

Para fins dos critérios de exigência de sistema fixo de

resfriamento para gás liquefeito de petróleo, adota-se

a NT 2-02 Sistemas de hidrantes e de mangotinhos

para combate a incêndio, com inclusões e adequações

contidas nas tabelas do Anexo B e demais preceitos

desta NT.

6.1 Para os projetos dos sistemas de proteção

consideram-se dois conceitos fundamentais:

a) dimensionamento pelo maior risco;

b) não simultaneidade de eventos, isto é, o

dimensionamento deve ser feito baseando-se na

hipótese da ocorrência de apenas um incêndio.

6.2 O resfriamento pode ser realizado das seguintes

formas:

a) linha manual com esguicho regulável;

b) canhão monitor manual ou automático com

esguicho regulável;

c) sistema com bicos aspersores.

6.3 Reserva Técnica de incêndio

6.3.1 Atender aos parâmetros da NT 2-02 - Sistemas

de hidrantes e de mangotinhos para combate a

incêndio. O volume de água para combate a incêndio

deve ser suficiente para atender a demanda de 100%

da vazão de projeto durante o período de tempo

estabelecido por esta Norma Técnica.

6.4 Bombas de incêndio

6.4.1 Devem atender aos parâmetros da NT 2-04 -

Conjunto de pressurização para sistemas de combate

a incêndio.

6.5 Hidrantes e canhões monitores

6.5.1 Cada ponto da área de armazenamento, da

esfera ou recipiente contendo GLP/GN a ser protegido

deve ser atendido por, pelo menos, uma linha de

resfriamento, atendendo a distância máxima de 30 m

entre o hidrante e a área a ser protegida, para tanto,

não deve ser considerado o alcance horizontal do jato

compacto produzido.

6.5.2 Os hidrantes e canhões monitores usados para

resfriamento ou extinção de incêndio devem ser

capazes de resfriar todo o perímetro dos recipientes

verticais ou horizontais considerados em projeto.

6.5.3 Mesmo que apenas a instalação de um único

hidrante cumpra o disposto em 6.5.1 e

independentemente do volume de gás na área de

armazenamento de recipientes transportáveis, da

esfera ou recipiente estacionários contendo GLP/GN,

quando houver a exigência de linhas manuais de

resfriamento, conforme tabelas do Anexo B, deverá

sempre ser previsto no mínimo 2 hidrantes distintos e

localizados em lados opostos em relação aos volumes

a serem protegidos, com afastamento mínimo de 15 m

entre si.

6.5.4 Após a definição do cenário de combate ao

incêndio pelo maior risco (recipientes, esferas,

plataformas etc.), o dimensionamento do sistema

hidráulico deve levar em consideração o

funcionamento simultâneo das linhas manuais e

canhões monitores necessários para atender à

demanda de água do sistema de resfriamento.

Quando também houver o emprego de sistemas com

bicos aspersores para o dimensionamento do sistema

hidráulico não há necessidade de serem somadas as

vazões necessárias para as linhas manuais, canhão

monitor e aspersores, sendo suficiente o

dimensionamento da demanda de água para os

aspersores. (Ver Tabela 2 do anexo B)

6.5.5 Os hidrantes devem ser distribuídos e instalados

em locais de fácil acesso e permanecerem

desobstruídos. Deverá possuir afastamento mínimo de

15 m dos hidrantes com relação aos recipientes de

gás e esferas permitindo o manuseio no caso de

incêndio. No caso de áreas de armazenamento de

recipientes transportáveis os hidrantes deverão estar

distantes de qualquer lote de armazenagem de

recipientes respeitando, no mínimo, os afastamentos

previstos para os limites de propriedade, conforme a

classe de estocagem.

6.5.6 Os hidrantes e canhões monitores devem

atender aos parâmetros estipulados nas tabelas do

Anexo B.

6.5.7 Os canhões monitores podem ser fixos ou

portáteis.

6.5.8 O número mínimo de canhões monitores,

quando exigido para área de armazenamento, deve

atender à proporção mínima de 1 canhão monitor para

proteção de 49.920 kg de GLP dispostos em lotes.

6.5.9 Os canhões monitores devem permitir um giro

horizontal de 360º e um curso vertical de 80º para

cima e de 15º para baixo da horizontal. Para efeito de

projeto, deve ser considerado o alcance máximo, na

horizontal, de 45 m quando em jato .

6.6 Sistema com bicos aspersores

Toda a superfície exposta do(s) recipientes(s) ou

esfera deve estar protegida com os jatos dos

aspersores da seguinte forma:

a) os aspersores devem ser distribuídos de forma que

exista uma superposição entre os jatos, equivalente a

10% de dimensão linear coberta por aspersor;

b) o emprego de aspersores não dispensa os

hidrantes (linhas manuais), devendo, inclusive, ser

previsto pelo menos um canhão monitor portátil que

pode ser empregado no caso de falha do sistema de

aspersores. No entanto, para o dimensionamento do

sistema hidráulico não há necessidade de serem

somadas as vazões necessárias para as linhas

manuais, canhão monitor e aspersores, sendo

Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico - Estado do Rio de Janeiro

12

suficiente o dimensionamento da demanda de água

para os aspersores;

c) os aspersores, instalados acima da “linha do

equador”, dos tanques horizontais, verticais e esferas

de gás, não serão considerados para proteção da

superfície situada abaixo desta. Neste caso, é

necessária a instalação de outro anel de aspersores

abaixo da “linha do equador”.

6.6.1 A vazão destinada ao sistema de aspersores

deve ser a soma dos valores determinados conforme

os critérios abaixo:

a) taxa de lançamento de água uniformemente

distribuídos por aspersores sobre toda a superfície

dos recipientes de gás ou esfera conforme Tabela 2

do Anexo B;

b) proteção, por aspersores, da válvula de bloqueio,

curva e válvula de retenção da linha de enchimento,

quando esta penetra pelo topo do recipiente de gás ou

esfera, o número de aspersores e a respectiva vazão

devem ser calculados para que o conjunto receba,

pelo menos, 5 Lpm/m2, mas o total não deve ser

inferior a 100 Lpm;

c) nas esferas, deverá ser colocado um aspersor

adicional para a região de junção do costado em cada

coluna de suporte, a vazão de cada aspersor

corresponde a 10% do valor determinado em “a”,

dividido pelo número de colunas.

6.7 Proteção por resfriamento para as instalações

destinadas ao carregamento, envasamento de

recipiente de GLP e os locais destinados ao

carregamento de veículos-tanque:

a) nas instalações é indispensável a utilização de

sistemas fixos, projetados conforme normas técnicas

oficiais nacionais ou internacionais;

b) deve ser previsto nos pontos de enchimento dos

recipientes transportáveis, áreas de envasamento, um

sistema de aspersores, a uma taxa de no mínimo 4

l/min.m2;

c) deve ser prevista nas áreas de transferência,

abastecidas por meio rodoviário, ferroviário ou

cabotagem, a instalação de canhão-monitor ou de um

sistema de resfriamento com nebulização de água, por

aspersores a uma taxa de no mínimo 2 l/min.m²;

d) o dimensionamento deve considerar a proteção das

áreas da ilha de carregamento em torno do caminhão

ou vagão tanque. Havendo contenção de vazamentos,

toda área destinada para captação do derrame de

produto deve servir como referência para o

direcionamento da proteção;

e) a autonomia mínima para o reservatório de

incêndio deve ser de 180 min.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

7.1 Nas edificações/área de risco onde se faz a

manipulação e envase de GLP deverão possuir

brigada de incêndio especializada em emergências

com os gases inflamáveis, conforme NT 2-11 Brigada

de Incêndio.

7.2 Qualquer edificação/área de risco,

independentemente de sua classificação, finalidade

e/ou características arquitetônicas, que possuam

recipientes estacionários de GLP/GN cujo somatório

do volume dos recipientes seja superior a 10 m³,

deverão, para fins de segurança contra incêndio dos

recipientes, seguir as exigências de 5.1 para

instalações de GLP e/ou de 5.3 para instalações de

GN.

Nota Técnica nº 4-05:2019 - Gás (GLP/GN) - Manipulação, Armazenamento e Comercialização

13

ANEXO A – QUADRO GERAL DE DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA

Tabela 1 – Distância Mínima de segurança

Fonte: ABNT NBR 15186.

Localização

Distâncias de segurança (m)

A B C D E F G H I J K L

Área de transferência A - 3,0 7,5 7,5 7,5 6,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 0

Casa de bombas e

compressores de GLP B 3,0 - 3,0 7,5 7,5 - 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 0

Área de armazenamento a

granel – recipientes

estacionários

C 7,5 3,0 b) 7,5 15,0 7,5 15,0 15,0 15,0 15,0

(c)

15,0 (c)

0

Área de armazenamento de

recipientes transportáveis

cheios, parcialmente

utilizados ou vazios (d)

D 7,5 7,5 7,5 - 1,5 6,0 7,5 7,5 7,5 7,5 7,5 7,5

Área de envasamento E 7,5 7,5 15,0 1,5 - 6,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 0

Área de estocagem de

inflamáveis auxiliares F 6,0 7,5 6,0 6,0 - 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 7,5

Área de utilidades G 15,0 15,0 15,0 7,5 15,0 6,0 - 3,0 3,0 1,5 1,5 7,5

Área de apoio operacional H 15,0 15,0 15,0 7,5 15,0 6,0 3,0 - 3,0 1,5 1,5 15,0

Área administrativa I 15,0 15,0 15,0 7,5 15,0 6,0 3,0 3,0 - e) e) 15,0

Divisa de propriedade J 15,0 15,0 15,0 (c)

7,5 15,0 6,0 1,5 1,5 e) - e) 15,0

Via pública (c)

K 15,0 15,0 15,0 (c)

7,5 15,0 6,0 1,5 1,5 e) e) - 15,0

Recipientes estacionários

para decantação (d)

L 0 0 0 7,5 0 7,5 7,5 15,0 15,0 15,0 15,0 -

Observações:

a) Para a leitura desta tabela as letras maiúsculas têm o mesmo significado tanto na horizontal, quanto na vertical;

b) Ver Tabela 1 desta NT

c) Ver no Tabela 2 deste anexo a indicação da distância de segurança recomendada à divisa de propriedade ou via pública para

recipientes estacionários com capacidade volumétrica individual superior a 120 m³.

d) Válido para recipientes estacionários para decantação até 10 m3.

e) Não se aplica.

Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico - Estado do Rio de Janeiro

14

Tabela 2 – Distâncias mínimas de segurança ao limite da propriedade para os recipientes estacionários com

capacidade volumétrica individual superior a 120 m³

Capacidade (m³) Distância (m)

Maior que 120 a 265 23,0

Maior que 265 a 341 30,0

Maior que 341 a 454 38,0

Maior que 454 a 757 61,0

Maior que 757 a 3.785 91,0

Maior que 3.785 122,0

Observação:

a) Ver na Tabela 1 deste anexo a indicação da distância de segurança recomendada à divisa de propriedade ou via

pública para recipientes estacionários com capacidade volumétrica individual inferior a 120 m³.

Fonte: ABNT NBR 15186.

Nota Técnica nº 4-05:2019 - Gás (GLP/GN) - Manipulação, Armazenamento e Comercialização

15

ANEXO B – SISTEMAS FIXOS DE RESFRIAMENTO PARA RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS

E ESTACIONÁRIOS

Tabela 1 - Critérios de exigência de sistema fixo de resfriamento para recipientes transportáveis

Volume

armazenado

de GLP Hidrante

Mínimo

alcance

horizontal

do jato

compacto

(linha

manual) ¹

Diâmetro

mínimo da

tubulação

Pressão

mínima no

sistema de

hidrantes

(medida no

esguicho)

Canhão

monitor

Pressão

mínima no

canhão

monitor

Funcionamento

simultânea (para

efeitos de

cálculo)

Tempo

Inferior a

12.480 kg Não - - - Não - - -

Superior a

12.480 kg

inferior a

49.920 kg

Simples 15 m 65 mm 35 mca Não - 2 linhas manuais 30 mim

Superior a

49.920 kg

inferior a

99.840 kg

Duplo 20 m 75 mm 40 mca Sim 56 mca 2 linhas manuais e

01 canhão monitor 45 min

Superior a

99.840 kg * Duplo 20 m 75 mm 40 mca Sim 56 mca

2 linhas manuais e

01 canhão monitor 60 min

1) O alcance horizontal do jato compacto produzido pelas linhas manuais de resfriamento deve ser medido da saída do esguicho ao

ponto de queda do jato, porém este alcance deve ser desconsiderado quando da aplicação de 6.5.1.

Fonte: CBMERJ.

Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico - Estado do Rio de Janeiro

16

Tabela 2 - Critérios de exigência de sistema fixo de resfriamento para recipientes estacionários

Capacidade de

armazenamento

individual

Inferior a

10 m³

Superior a 10 m³

e igual ou

inferior 20 m³

Superior a 20

m³ e igual ou

inferior 60 m³

Superior a 60

m³ e igual ou

inferior 120 m³

Superior a

120 m³ Esferas

Hidrante simples Sim Não Não Não Não Não

Hidrante duplo Não Sim Sim Sim Sim Sim

Diâmetro mínimo da

tubulação 6mm 75mm 75mm 75mm 75mm 75mm

Pressão mínima no

sistema de hidrantes

(medida no esguicho) 35mca 40mca 40mca 40mca 40mca 40mca

Mínimo alcance

horizontal do jato

compacto (linha

manual) 8

15 m 20 m 20 m 30 m 30 m 30 m

Vazão sistema de

hidrante 200l/min 400l/min 400l/min 1000l/min 1000l/min 1000l/min

Canhão monitor Não Não Sim Sim (portátil) Sim

(portátil) Sim (Auto

oscilatório) Pressão mínima no

canhão monitor - - 56 mca 56 mca 56 mca 56 mca

Vazão canhão monitor - - 800l/min 2000l/min 2000l/min 2000l/min

Sistema com bicos

aspersores Não Não Não Sim Sim Sim

Taxa mínima dos

Aspersores - - - 5lpm/m

2 10lpm/m2 10lpm/m

2

Funcionamento

simultâneo (para

efeitos de cálculo)

2 (duas)

linhas

manuais

2 (duas)linhas

manuais

2 (duas)linhas

manuais e 01

(um) canhão

monitor

Demanda de

água somente

para os

aspersores

Demanda

de água

somente

para os

aspersores

Demanda de

água

somente

para os

aspersores

Tempo 30 mim 40 mim 60 mim 120min 180min 180min

Observações:

1) Essa tabela se aplica quando o somatório dos recipientes for maior que 10 m³ (alínea F de 5.1.6), todavia, para aplicação dos

critérios é analisado a capacidade de armazenamento individual do recipiente.

2) Caso as baterias de recipientes de GLP com capacidade individual de, no máximo, 60 m³ estiverem com afastamentos de 15

m ou mais, entre si, podem ser consideradas isoladas.

3) Deve ser previsto resfriamento para a esfera submetida ao incêndio, bem como para as esferas e baterias de recipientes de

GLP cuja distância entre costados seja inferior a 30 m.

4) Para recipientes de volume individual inferior a 200 m³ submetida ao incêndio, devem ser resfriados todos os recipientes,

independentemente de sua capacidade volumétrica cuja distância, entre costados, seja inferior a 15 m.

5) Um ou mais recipientes de volume individual igual ou superior a 200 m³ devem ser considerados equivalentes a uma esfera.

6) Quando o suprimento de água sair da rede de incêndio da edificação/área de r isco deve-se somar a maior vazão

estabelecida, ao valor correspondente ao uso de dois canhões monitores fixos (vazão individual por canhões de 1.200 Lpm).

7) A localização dos cilindros e esferas de GLP deve atender às normas técnicas oficiais.

8) O armazenamento de GLP em tanques subterrâneos não necessita de proteção contra incêndios por resfriamento.

9) O alcance horizontal do jato compacto produzido pelas linhas manuais de resfriamento deve ser medido da saída do esguicho

ao ponto de queda do jato, porém este alcance deve ser desconsiderado quando da aplicação de 6.5.1.

10) Ver alínea g) do item 5.1.6.

Fonte: CBMERJ.

Nota Técnica nº 4-05:2019 - Gás (GLP/GN) - Manipulação, Armazenamento e Comercialização

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ANEXO C – EXIGÊNCIAS E AFASTAMENTOS DE SEGURANÇA PARA ARMAZENAMENTO DE GLP E GNC

Tabela 1 - Exigências e afastamentos de segurança para áreas de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP

Exigências/Afastamentos Classe

I Classe

II Classe

III Classe

IVA Classe

IVB Classe

V Classe

VI Especial

Capacidade máxima (kg) 520 1.560 6.240 12.480 24.960 49.920 99.840 Mais de

99.840

Número de botijões - 13 Kg 40 120 480 960 1.920 3.840 7.680 Mais de

7680

Número mínimo de acessos à área

de armazenamento 2 2 2 2 2 2 2 2

Largura do corredor de circulação

para depósitos abertos (m) Não Não 1 1 3 3 3 3

Largura do corredor de circulação

para depósitos cobertos (m) Não Não 1,5 1,5 4 4 4 4

Largura do corredor de circulação

para depósitos fechados (m) Não Não 2 2 6 6 6 6

Obrigatoriedade de lotes de

recipientes de GLP Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Construções Internas (m) 1,0 2,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0

Limites da propriedade(m) 2,0 4,0 6,0 7,0 8,0 10,0 12,0 14,0

Equipamento e máquinas que

produzam calor (m) 5,0 7,5 14,0 14,0 14,0 14,0 14,0 15,0

Bombas de combustíveis,

descarga de motores a explosão

não instalada em veículos e

outras fontes de ignição (m)

1,5 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0

Locais de reunião de público (1)

(m) 10,0 15,0 40,0 45,0 50,0 75,0 90,0 90,0

Observações:

1) Para fins da aplicação desta NT, considera-se local de reunião de público todas as edificações constantes no Grupo F, E1 e E2,

H2 e H3, todas conforme as classificações constantes na Tabela 1 do Anexo II do Decreto Estadual nº 42 – COSCIP.

2) Com a construção de paredes resistentes a 120 min de fogo, as distâncias mínimas de segurança podem ser reduzidas pela

metade, excetuando-se o distanciamento entre os lotes e os limites da propriedade. Observar o disposto em 5.2.4.1.9 como também

a seção 7 da ABNT NBR 15514.

3) A distância da área de armazenamento às aberturas para captação de águas pluviais, canaletas, ralos, rebaixos ou similares deve

ser de, no mínimo, 1,50 m.

4) Os veículos transportadores que necessitarem permanecer estacionados no interior do imóvel devem distar, no mínimo, 3 m dos

limites da área de armazenamento.

5) Os afastamentos, inclusive para os Locais de reunião de público, escolar e cultura física e serviços de saúde, deverão serem

demonstrados na planta de situação e localização

Fonte: ABNT NBR 15514 – Adaptado com a Lei Estadual Nº 4945/06.

Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico - Estado do Rio de Janeiro

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Tabela 2 – Afastamentos de quaisquer componentes de estação de armazenagem e descompressão de GNC

Componente

Afastamentos (m)

Capacidade volumétrica total de armazenagem (m3)

Até 80 81 a 200 201 a 1200 1201 a 3000 3001 a 10000 10001 a 27000

Parede

comum

/grade

Parede

com

TRRF=4

Parede

comum

/grade

Parede

com

TRRF=4

Parede

comum/

grade

Parede

com

TRRF=4

Parede

comum/

grade

Parede

com

TRRF=4

Parede

comum/

grade

Parede

com

TRRF=4

Parede

comum

/ grade

Parede

com

TRRF=4

Divisa de local

público / Limite

de propriedade 0/3 0 1/3 0 3 1 4 1 6 2 10 2

Projeção

vertical de

aberturas (por

exemplo,

janelas, portas,

dutos)

3 1 3 1 3 1 4 1 8 2 10 2

Inflamáveis 5 1 5 1 5 1 5 1 6 1 6 1

Produtos

tóxicos e

perigosos 6 3 6 3 6 3 6 3 6 3 6 3

Fontes de

ignição/

Chama aberta 7,5 1 7,5 1 7,5 2,5 7,5 2,5 10 5 10 5

Observações:

a) As Distâncias mínimas dos afastamentos são determinadas em função da capacidade total da estocagem e do tipo de fronteira

encontrada (parede comum ou grade, ou parede de TRRF=4);

b) Para a existência, na área adjacente a estocagem, de circulação de pessoas e/ou veículos, de aberturas ou janelas em qualquer

construção ou de limite de propriedade, as distâncias mínimas de afastamentos apresentadas na tabela 2 são sempre entre a estocagem

e as fronteiras físicas (parede comum ou grade, ou parede de TRRF=4) de separação;

c) A parede TRRF=4 deve ter altura mínima de 2,0m e ultrapassar a estocagem em no mínimo 1,00 m das extremidades laterais. As

distâncias de afastamentos devem obedecer à coluna de paredes TRRF=4;

d) Para o caso das aberturas de edifícios adjacentes posicionadas em alturas superiores às das paredes corta-fogo, devem ser adotadas

as distâncias para parede comum ou grades;

e) Para capacidade volumétrica total de armazenamento de até 200 m3, caso a divisa de local público e/ou limite de propriedade seja com

grade, a distância mínima para armazenamento deve ser 3 m;

Fonte: ABNT NBR 15600.

Nota Técnica nº 4-05:2019 - Gás (GLP/GN) - Manipulação, Armazenamento e Comercialização

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ANEXO D – MÉTODO PARA DIMENSIONAMENTO DE PAREDES ADJACENTES

1 EQUAÇÃO GERAL

Perímetro da área de armazenamento

de GLP = 2X + 2Y

Lados que estão sendo protegidos por parede corta-fogo = Y

+ Y = 2Y

___2Y____< 60%

(2X + 2Y)

2 CASOS QUE SERÃO ACEITOS PELO CBMERJ

Exemplo 1:

Perímetro da área de armazenamento

de GLP = 2 x (4,5) + 2 x (4,5) = 18

Lados que estão sendo protegidos por paredes corta-fogo =

4,5 + 4,5 = 9

9/18 = 0,50= 50,00%

Exemplo 2:

Perímetro da área de armazenamento de GLP = 2 x (3,5) + 2

x (4,5) = 16

Lados que estão sendo protegidos por paredes corta-fogo =

3,5 + 3,5 = 7

7/16 = 0,4375 = 43,75%

Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico - Estado do Rio de Janeiro

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Exemplo 3:

Perímetro da área de armazenamento de GLP = 4 x (4,5) + 4 x (4,5) + 4 x (4,5) = 54

Lados que estão sendo protegidos por paredes corta-fogo =

2 x (4,5) + 2 x (4,5) + 2 x (4,5) = 27

27/54 = 0,50 = 50,00%

3 CASOS QUE NÃO SERÃO ACEITOS PELO CBMERJ

Exemplo 1: Paredes Adjacentes

Exemplo 2: Lados que estão sendo protegidos por parede corta-fogo > 60% em relação ao perímetro da área de

armazenamento

Perímetro da área de armazenamento

de GLP = 2 x (2,5) + 2 x (4,5) = 14

Lados que estão sendo protegidos por paredes corta-fogo =

4,5 + 4,5 = 9

9/14 = 0,6428 = 64,28%

Nota Técnica nº 4-05:2019 - Gás (GLP/GN) - Manipulação, Armazenamento e Comercialização

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ANEXO E – FIGURAS REFERENTES A AFASTAMENTOS

Figura 1 –Revendedor classe I – capacidade 520 Kg

Fonte: CBMERJ.

Figura 2 – Revendedor classe I em posto de abastecimento e serviço

Fonte: CBMERJ.

Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico - Estado do Rio de Janeiro

22

Figura 3 – Revendedor classe II – capacidade 1560 Kg

Fonte: CBMERJ.

Figura 4 – Revendedor classe III – capacidade 6240 Kg

Fonte: CBMERJ.

Nota Técnica nº 4-05:2019 - Gás (GLP/GN) - Manipulação, Armazenamento e Comercialização

23

Figura 5 – Revendedor classe III com área de apoio

Fonte: CBMERJ.

Figura 6 – Revendedor Classe IVA – capacidade 12.480 Kg

Fonte: CBMERJ.

Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico - Estado do Rio de Janeiro

24

Figura 7 – Revendedor classe IVB – capacidade 24.960 Kg

Fonte: CBMERJ.

Figura 8 – Revendedor classe V – capacidade 49.920 Kg

Fonte: CBMERJ.

Nota Técnica nº 4-05:2019 - Gás (GLP/GN) - Manipulação, Armazenamento e Comercialização

25

Figura 9 – Revendedor classe VI – capacidade 99.840 Kg

Fonte: CBMERJ.