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BOLETIM SEMANAL RESERVADO 1 BS N° 37/16 SEMANA: 14/11/16 a 25/11/16 ASSUNTOS: COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA NOVOS CABOS SUBMARINOS COMPARTILHAMENTO DE POSTES – RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL ANEEL OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015 IMPLANTAÇÃO DA FAIXA DE 700 MHz E DIGITALIZAÇÃO DA TV A REVISÃO DO MODELO – O FOCO DA COMISSÃO DO MINICOM NOTA: OS TENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES. 01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA Índice Lei das Agências Reguladoras – Texto Final da Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional Tramitação do PL Nº 3.453/2015 Mediação entre Oi e Anatel Presidente da Anatel fala sobre o caso Oi Novo Assessor Financeiro da Oi para atuar no PRJ Bilionário Egípcio interessado na Oi vai à Anatel Participação do Presidente da Anatel no Painel Telebrasil 2016 BNDES anuncia financiamento para Provedores Regionais ... Será para valer? Agenda Digital do Setor de Telecomunicações e Informática para 2017 Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo

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BS N° 37/16

SEMANA: 14/11/16 a 25/11/16

ASSUNTOS:

COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA NOVOS CABOS SUBMARINOS COMPARTILHAMENTO DE POSTES – RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL ANEEL OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015 IMPLANTAÇÃO DA FAIXA DE 700 MHz E DIGITALIZAÇÃO DA TV A REVISÃO DO MODELO – O FOCO DA COMISSÃO DO MINICOM

NOTA: OS TENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.

01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

Índice

Lei das Agências Reguladoras – Texto Final da Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional Tramitação do PL Nº 3.453/2015 Mediação entre Oi e Anatel Presidente da Anatel fala sobre o caso Oi Novo Assessor Financeiro da Oi para atuar no PRJ Bilionário Egípcio interessado na Oi vai à Anatel Participação do Presidente da Anatel no Painel Telebrasil 2016 BNDES anuncia financiamento para Provedores Regionais ... Será para valer? Agenda Digital do Setor de Telecomunicações e Informática para 2017

Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo

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Lei das Agências Reguladoras – Texto Final da Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional

A Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional aprovou o texto final do PL nº 52/2013, do Senador Eunício de Oliveira que:

“Dispõe sobre as regras aplicáveis às Agências Reguladoras, relativamente à sua gestão, à organização e aos mecanismos de controle social. Estabelece o processo de decisão das agências reguladoras. Determina a obrigação das agências de apresentar relatório anual de atividades, de firmar contrato de gestão com o Ministério a que estiver vinculada, e de ter em cada agência um ouvidor que atuará junto à Diretoria Colegiada ou Conselho Diretor. Dispõe sobre a interação entre as agências reguladoras e os órgãos de defesa da concorrência e sobre a interação operacional entre as agências reguladoras e os órgãos de regulação estaduais, do distrito federal e municipais. Altera a Lei nº 9.472, de 1997 (dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações, a criação e funcionamento de um órgão regulador e outros aspectos institucionais), a Lei nº 9.478, de 1997 (Dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo), a Lei nº 9.782, de 1999 (define o sistema nacional de vigilância sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a Lei nº 9.961, de 2000 (Cria a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS), a Lei nº 9.984, de 2000 (Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas - ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos), a Lei nº 9.986, de 2000 (Dispõe sobre a gestão de recursos humanos das Agências Reguladoras), a Lei nº 10.233, de 2001 (Dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes), a Lei nº 11.182, de 2005 (Cria a Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC).”

Trata-se de um PL amplo por meio do qual se procura disciplinar, uniformizar dentro do possível, e dar maior transparência às atividades das Agências Reguladoras Federais, na forma da Ementa acima descrita, transcrita do Site do Senado Federal.

De modo geral, a Anatel – Agência Reguladora de Telecomunicações – já atuava dentro do espírito do PL proposto. Contudo algumas alterações foram introduzidas pelo que o BS julga interessante transcrever o texto final aprovado na referida Comissão, depois de uma longa tramitação que envolveu amplas discussões e diversas Audiências Públicas. Tal texto está inserido como ANEXO do presente BS.

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Na transcrição do ANEXO, para efeito de síntese, deixaram de constar os Artigos 38 e 40 a 47 do CAPÍTULO VII – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS, que dizem respeito a Agências Reguladoras de outros Setores, que não as Telecomunicações (Art. 39).

Diversos aspectos são relevantes, mas um chama especial atenção: o mandato dos Conselheiros tem período definido e não é permitida a recondução.

Em termos de tramitação está transcorrendo o prazo para a intermposiçao de recursos por parte dos Membros da Comissão, o que provavelmente não ocorrerá. A expectitva é que, na sequência, a matéria seja pautada para discussão no Plenário do Senado Federal onde deverá ter uma rápida tramitação sem alterações significativas. Depois, o texto vai à Camara dos Deputados onde também se espera que a tramitação seja agilizada já que se trata de assunto do máximo interesse para o Governo Federal.

O PL tem características estratégicas para a movimentação da economia do País. A intenção é sinalizar para os investidores que o Brasil possui um Marco Regulatório estável capaz de dar a necessária segurança ao retorno esperado dos recursos que forem aplicados na infraestrutura dos Setores Regulados.

Tramitação do PL Nº 3.453/2015

Conforme era previsível, houve recurso quanto ao caráter terminativo do PL Nº 3.453/2015, na CCJ, da Câmara dos Deputados. O autor foi o Deputado Helder Salomão que havia proferido um voto vencido contrário à aprovação do PL, com uma argumentação bem estruturada, independentemente do mérito que se faça sobre o seu texto.

Apesar de ter conseguido o número mínimo de assinaturas no Recurso necessárias para levar a matéria a discussão Plenário, houve algum problema na protocolização do documento. Conforme pode se verifica na sequência, o Recurso do parlamentar não foi “conhecido” pela MESA por ser “intempestivo”. Ao que consta foi ultrapassado o prazo regimental para a apresentação do documento.

Como consequência, foi encaminhado, de imediato, à CCJC para elaboração da Redação Final, o que deverá ser executado pelo Relator Deputado Sérgio Souza e ser aprovado em próxima reunião da Comissão que, provavelmente, ocorrerá nos dia 29 ou 30 da próxima semana. Diante das circunstâncias que determinaram o indeferimento, é possível que haja alguma manobra por parte da Oposição. Contudo, as chances de alguma mudança são pequenas. Não está descartada a possibilidade de um recurso ao Judiciário.

Nestas condições, o PL será encaminhado ao Senado Federal onde há a expectativa de que possa tramitar em regime de urgência. Manifestação positivia neste sentido já havia sido sinalizada pelo

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Presidente Renan Calheiros durante visita que o Ministro Kassab fez ao seu Gabinete na semana retrasada. Agora, ele acena para a possibilidade de o PL ser incluído na Pauta prioritária de uma possível convocação extraordinária do Congresso Nacional durante o recesso parlamentar. Isto ocorreria já a partir do inicio de janeiro de 2017.

Confirma-se, assim, o indicativo de que o Governo está fortemente empenhado na rápida aprovação da matéria, conforme se pode depreender das declarações do alto escalão do MCTIC. O Projeto de Lei faz parte das medidas emergenciais do Executivo no sentido de dar confiança regulatória ao mercado e atrair mais investimentos para o Setor de Telecomunicações.

Novo Marco Regulatório

O PL está sendo anunciado como o novo Marco Regulatório das Telecomunicações. As medidas que ele proporcionará em sendo aprovado na forma como se encontra são importantes e terão alguns impactos na ampliação das Redes e na prestação dos Serviços. No entanto, o BS insiste na posição de que o texto está longe de configurar um “Novo Marco” para o Setor de Telecomunicações.

Ainda que se defenda a aprovação da matéria – apesa dos “senões” apontados pelo BS no texto do PL, em uma edição anterior – o trato do assunto desta forma “pomposa” pode dar uma errônea ideia de que as telecomunicações brasileiras estão sendo inseridas em um contexto vanguardista que atenda aos desenvolvimentos tecnológicos dos últimos anos e aqueles que estão para vir. Na verdade, o que está sendo feito são alguns “ajustes” da LGT que vêm se constituindo em entraves sérios para o desenvolvimento do Setor no curto prazo.

O BS tem sérias dúvidas – e espera que esteja equivocado nesta avaliação – de que o texto que está sendo aprovado venha a se constituir em um instrumento capaz de incentivar fortemente a vinda de novos investidores para o Setor. Por certo, melhora as condições para os que nele já atuam possam investir mais livres de algumas “amarras” regulatórias existentes na atual legislação e regulamentação. Pode permitir aguns ajustes e “consolidações” do mercado atual.

Contudo, declarações recentes dos dirigentes das maiores Operadoras jogam uma “pá de cal” nesta possibilidade, ao anunciarem que reduzirão seus investimentos nos próximos dois anos. Então, há um necessário trabalho a ser feito no sentido de que os esforços do Governo para melhorar o ambiente regulatório e torna-lo mais propício e livre de “surpresas”, sejam acompanhados de iniciativas dos Operadores no sentido de se esforçarem também na revisão de seus Planos Estratégicos e encontrarem maneiras de expandir as Redes e melhorar a qualidade dos Serviços prestados.

Neste particular, não se pode perder de vista dois aspectos que, assim parece, ainda não estão no foco das medidas em andamento: a) a imperiosa necessidade de melhorar a prestação do Serviço

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de Banda Larga nas regiões menos favorecidas do País e nas camadas de mais baixa renda da população urbana; b) dar forte apoio aos Pestadores Regionais (Pequenos Provedores) que são peça essencial para a interiorização das telecomunicações brasileiras dentro de um processo competitivo.

Seguem, abaixo, os passos mais recentes da tramitação do PL.

PL-03453/2015 - Altera a Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, permitindo à Anatel alterar a modalidade de licenciamento de serviço de telecomunicações de concessão para autorização.

24/11/2016 - Apresentação do Recurso contra apreciação conclusiva de comissão (Art. 58,

§ 1º c/c art. 132, § 2º, RICD) n. 174/2016, pelo Deputado Helder Salomão

(PT-ES), que: "Recurso contra poder conclusivo das comissões pelo parecer

contrário ao Projeto de Lei nº 3.453/15, de autoria do Deputado Daniel Vilela

que 'Altera a Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, permitindo à Anatel alterar

a modalidade de licenciamento de serviço de telecomunicações de concessão

para autorização.'".

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA)

25/11/2016 – Despacho no Recurso n. 174/2016: "Não conheço do presente Recurso, por ser

intempestivo. Publique-se. Oficie-se. Arquive-se

- Ofício SGM-P 1745/2016 à CCJC encaminhando este projeto para elaboração da

Redação Final, nos termos do Artigo 58, §4 e Artigo 24, II, do RICD.

- Encaminhado à CCP.

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC)

25/11/2016 - Recebimento pela CCJC.

-Designado Relator da Redação Final, Dep. Sergio Souza (PMDB-PR)

Mediação entre Oi e Anatel

O Processo de Recuperação Judicial da Oi tomou um rumo pouco convencional quando a Justiça determinou que deve haver um processo de mediação entre a Companhia e a Anatel, no que diz

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respeito a multas aplicadas pela segunda à primeira no escopo da atividade de controle e fiscalização da prestação de serviços de telecomunicações. Soa um tanto quanto estranho que um Órgão Regulador seja envolvido em um processo de mediação com uma de suas “Reguladas”, mas, assim decidiu a Justiça!

Foi uma decisão monocrática de um Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que denegou pedido da Procuradoria Especializada da Anatel no sentido de que tal mediação não ocorresse. Não sem certa surpresa, o Tribunal de Contas da União absteve-se de se manifestar neste sentido. Desta forma, a AGU ficou praticamente isolada no posicionamento sobre a questão já que o Governo de modo geral e a Área Técnica da Anatel, em particular, consideram ser positivo tentar encontrar uma solução para o caso da Oi. Isto, passa pela aprovação de um TAC em que a Empresa se comprometa a executar um determinado valor de investimentos em locais de menor competição, em troca do pagamento de parte do valor das multas já decididas em última instância administrativa.

Fica a dúvida se a prevista “mediação” estará focada neste aspecto. E, se em lugar de a “mediação” ter a Agência Reguladora como condutora do processo (mediadora) – como é usual, ela própria será mantida como uma das Partes envolvidas no processo na condição de “mediada”. Neste caso o “mediador” seria o Poder Judiciário que, normalmente, julga. Mas, com um detalhe particularmente relevante: o Mediador deve ser um agente externo ao processo, designado pelo Juiz que conduz a Recuperação. Assim, uma Entidade do Estado estaria sendo “mediada” por uma agente privado. É possível que o BS esteja interpretando o processo de forma incorreta, mas, aparentemente, é isto que irá ocorrer, caso não haja alguma “reviravolta”.

Esta possibilidade ficou configurada a partir da reunião realizada na 7ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro no últim dia 23/11/2016 na qual o Juiz Fernando Viana determinou que fossem instaurados dois processos de mediação entre a Oi e a Anatel, com prazo de 90 dias. Tal prazo poderá ser prorrogado.

Um dos processos envolve débitos da Prestadora que já estão sendo cobrados judicialmente. O outro se refere a casos que ainda estão sendo tratados pela Anatel, na esfera administrativa . Neste caso, situações que estão sendo encaminhadas administrativamente parece que poderiam ser objeto de uma “mediação” antes da decisão administrativa. Certamente, algumas dúvidas podem ser levantadas sobre este aspecto, à luz do estabelecido no Regimento Interno da Agência e dos Regulamentos que regem este tipo de matéria.

É provável que a AGU recorra da decisão do Juiz da 7ª Vara. Na verdade, é possível que esteja se abrindo uma brecha para a negociação de débitos com o Tesouro Nacional em casos de Recuperação Judicial de Empresas. E, mediante um processo de mediação!

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Além do mais, fica a questão de uma Agência Reguladora que tem como uma de suas missões controlar e fiscalizar Empresas reguladas de sua esfera de atuação seja instada a negociar em processo de mediação débitos sobre os quais ela, em última instância, já se posicionou sobre o mérito.

No entanto, representantes da própria Anatel vêm defendendo uma posição técnica mais prevalente e menos jurídica de que seria possível negociar a substituição do débito com a União – ou parte dele pelo menos – por compromissos de investimento. Isto ocorreria em segmentos de manifesto interesse público, como é o caso da Banda Larga em regiões onde ela não está disponível ou não há competição (somente uma Prestadora).

Os compromissos seriam formalizados mediante a assinatura de TACs – Termos de Ajustamento de Conduta. No caso, obviamente, eles não seriam específicos do caso Oi, mas, poderiam se estender a outras Empresas que estão em situação similar, ainda que não tão crítica quanto a desta Companhia. Este é o caso, por exemplo, de TAC que a Agência já aprovou com a Telefônica e que aguarda uma manifestação do TCU.

O BS gostaria de ressaltar suas limitações de conhecimento mais profundo sobre aspectos jurídicos levantados nas considerações postas neste item.Portanto, pode estar incorrendo em alguns equívocos de interpretação. Mas, entende ser interessante expor tais considerações dentro do propósito de colocar aos seus leitores situações que mereçam sua própria reflexão, certamente, com base em conhecimentos da matéria superiores aos do BS.

A imprensa geral vem tratando do assunto diante da relevância do caso Oi. Na sequência, o BS reproduz, uma parte de matéria do jornal Valor Econômico que trata da reunião realizada em 24/11/2016, na 7ª Vara já mencionada.

Começa mediação entre Oi e Anatel

Valor Econômico, 25/11/2016

Por Rodrigo Carro e Rafael Bitencourt | Do Rio e de Brasília

Em audiência preliminar realizada ontem, o juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, determinou a instauração de dois processos de mediação entre a Oi e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com prazo de conclusão de 90 dias corridos, prorrogáveis. Um dos processos de mediação vai abranger débitos da operadora com a Anatel que já estão sendo cobrados por meio de ações judiciais. O segundo englobará créditos que ainda estão sendo apurados em processos administrativos, ou seja, não chegaram à fase de cobrança judicial.

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O mediador escolhido foi o ex-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Marcus Vinícius Furtado Coelho. Outros dois mediadores vão auxiliar Coelho: Juliana Loss de Andrade, professora da Escola da Magistratura do Rio de Janeiro (Emerj), e Mariana Gaensly Blattner, advogada militante.

Até a véspera da audiência, a Anatel tentava evitar na Justiça a tentativa de acordo via mediação com a Oi. Um recurso da agência reguladora nesse sentido acabou indeferido no fim da tarde de quarta-feira pelo desembargador Cezar Augusto Rodrigues Costa, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Na ata da reunião do TJ-RJ, representantes da Anatel deixaram registrado que o fato de comparecerem à audiência não significa que concordam com a mediação nem que abrem mão de futuros recursos judiciais contra este processo. Já o representante do Tribunal de Contas da União (TCU) disse não haver qualquer objeção quanto à instauração do processo de mediação.

A audiência - que serviu para instaurar o processo de mediação - começou ontem às 15h e durou cerca de uma hora. Numa segunda fase, de negociação, serão realizadas audiências com a participação dos mediadores nas quais poderão ser apresentadas propostas para quitação dos débitos.

A Anatel estima que tem R$ 20,2 bilhões a receber da Oi e - no recurso negado pelo desembargador - argumentava que esses créditos não podem ser classificados como sendo quirografários (sem garantia real). Os créditos quirografários estão sujeitos à recuperação judicial. Na lista de credores publicada pelos administradores judiciais da Oi em setembro, a Anatel aparece como credora de aproximadamente R$ 11 bilhões. O presidente da Anatel, Juarez Quadros, disse ontem que a atuação do órgão regulador na negociação de multas aplicadas à Oi, via processo de recuperação judicial, está totalmente atrelada aos limites definidos pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Quadros disse que uma parcela bilionária das penalidades aplicadas à Oi poderia ser submetida à negociação pela via da recuperação judicial, a partir de novo entendimento da AGU. Trata-se do valor classificado como multas "não constituídas", ainda estão sujeitas à apresentação de recurso no âmbito da agência ou judicial. Segundo Quadros, mesmo com a possibilidade de negociar multas pela via da recuperação judicial, a AGU ainda teria que definir as condições específicas para que o acordo seja aceito.

Presidente da Anatel fala sobre o caso Oi

Em Audiência Pública realizada na Câmara dos Deputados o Presidente da Anatel forneceu importantes dados em relação à posição da Agência diante do caso Oi.

Conforme se sabe, a Oi está se defrontando com um peculiaríssimo caso de Pedido de Recuperação Judicial, sendo uma Concessionária de Serviço Explorado no Regime Público (Serviço Telefônico Fixo Comutado- Serviço de Telefonia).

A situação pode, até, soar estranha, pois os Contratos de Concessão firmados com o Poder Público, via de regra, dispõem de Cláusula prevendo o seu Equilíbrio Econômico-Financeiro, como um instrumento para evitar situações como a que está ocorrendo com a Oi. Sabe-se que tal Cláusula faz parte do Contrato de Concessão celebrado pela União com a Oi, por meio da Anatel, e que, evidentemente, algo não funcionou em relação à aplicação da mesma.

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Os fatos apresentados na Comissão de Defesa do Consumidor e na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, de modo geral, já haviam sido colocados pelo Presidente da Anatel em outras oportunidades. Contudo, a colocação pública no ambiente de uma Audiência Pública, em uma das Casas do Congresso Nacional, dá uma outra dimensão perante a opinião pública no sentido de se ter uma ideia mais exata da real posição do Poder Público diante da crítica situação de uma Empresa que, conforme já foi dito, é Concessionária de um Serviço Explorado no Regime Público.

Segue, abaixo, o texto de Nota retirada do Site da Anatel que sintetiza a participação do seu Presidente no referido evento.

Talvez caiba uma ressalva em relação ao título da Nota, pois, ao que conste, não houve até agora “investimentos públicos” na Oi. O que ocorreu é que Entidades controladas pelo Estado (BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) fizeram empréstimos com características bancárias à Companhia para seus investimentos. Estes empréstimos, inclusive, fazem parte do conjunto da dívida cujo pagamento está sendo negociado no âmbito do Pedido de Recuperação Judicial.

Presidente da Anatel descarta novos investimentos públicos na Oi

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros, participou nesta terça-feira (22), na Câmara dos Deputados, de audiência pública conjunta das comissões de Defesa do Consumidor e de Ciência e Tecnologia para tratar do processo de recuperação judicial da Oi. Durante a audiência, Quadros descartou a possibilidade de o governo fazer novos investimentos na companhia. "A posição é que não se conte neste processo com nenhum recurso público", disse Quadros. Explicou ainda que há a impossibilidade legal de a administração pública conceder descontos. Ele informou também que as dívidas da Oi com os consumidores não entram no processo de recuperação judicial. O grande foco da Agência são os consumidores, completou.

Juarez Quadros disse ainda que a Anatel está pronta para intervir na Oi se for necessário, e que ela tem que estar preparada. Ele afirmou que na Lei Geral de Telecomunicações (LGT) existem dispositivos que permitem esta intervenção.

No processo de criação da Telemar houve uma avaliação equivocada, mas nenhuma ilegalidade. A mudança do Plano Geral de Outorgas (PGO) em 2008, criticou, permitiu uma associação entre a Brasil Telecom e a Oi. Mas as duas empresas tinham dívidas realmente altas e que vieram a aumentar este volume. A situação piorou com a associação da Portugal Telecom com a Oi. "O [a mudança no] PGO nunca deveria ter acontecido", disse.

A Agência tem atuado, disse Juarez Quadros, e lembrou que o total da dívida da Oi junto à Anatel ultrapassa os R$ 20 bilhões. Ele contou ainda que a Anatel precisou abrir um processo administrativo e baixou uma cautelar para impedir que representantes do fundo Société Mondiale participassem das decisões do conselho da empresa sem a devida Anuência Prévia da Anatel.

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Novo Assessor Financeiro da Oi para atuar no PRJ

A Oi publicou Comunicado ao Mercado informando ter contratado um Assessor Financeiro para auxiliar a Companhia no Processo de Recuperação Judicial.

Não está explícito no COMUNICADO tratar-se de uma nova Assessoria, se é em substituição de alguma Assessoria anterior, ou, se é uma Assessoria adicional. No caso, trata-se da LAPLACE Finanças.

O BS registra o fato sem nenhuma consideração adicional, tão somente para registro por envolver aspectos ligados ao Processo de Recuperação Judicial da Companhia.

COMUNICADO AO MERCADO

Contratação de Assessor Financeiro

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial ("Companhia") comunica que contratou a LAPLACE Finanças como seu assessor financeiro para auxiliar a Companhia no processo de recuperação judicial envolvendo a Companhia e suas subsidiárias Telemar Norte Leste S.A. - Em Recuperação Judicial, Oi Móvel S.A. - Em Recuperação Judicial, Copart 4 Participações S.A. - Em Recuperação Judicial, Copart 5 Participações S.A. - Em Recuperação Judicial, Portugal Telecom International Finance B.V. - Em Recuperação Judicial e Oi Brasil Holdings Coöperatief U.A. - Em Recuperação Judicial.

Rio de Janeiro, 21 de novembro de 2016.

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial Ricardo Malavazi Martins

Diretor de Finanças e de Relações com Investidores

Bilionário Egípcio interessado na Oi vai à Anatel

Representantes do bilionário egípcio Naguib Sawiris estiveram na Anatel. O encontro que estava previsto para ocorrem em 25/11/2016, foi antecipado em dois dias e foi realizado no dia 23/11.

As informações públicas relativas ao encontro foram escassas, limitando-se a informar que tais pessoas se encontraram com membros da Agência para conhecer detalhes da regulamentação. Não está claro se o próprio Naguib esteva pessoalmente no evento.

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Mas, o fato é um importante sinalizador de um potencial novo player interessado nas telecomunicações brasileiras com vínculos operacionais. Ou seja: não se trata, somente, de um investidor financeiro à busca de oportunidades no mercado de telecomunicações brasileiro. Um mercado que por diversas razões se desestabilizou nos últimos anos e que procura reencontrar caminhos seguros para voltar a se expandir e consolidar dentro de um cenário em permanente mutação tecnológica.

Tudo indica, ser um Operador interessado em expandir suas fronteiras operacionais e que encontra no Brasil possibilidades e ambiente para que isto possa ocorrer caso determinadas medidas de ordem legal e regulatória sejam instituídas. Seria uma retomada de alguns conceitos que nortearam as grandes mudanças ocorridas no Setor brasileiro de Telecomunicações no final da década de 90, que proporcionaram os grandes investimentos subsequentes. Naturalmente, agora, ajustados às condições dos “novos tempos”.

Na verdade é isto que o BS tende a considerar o que seria um “Novo Marco Regulatório”.

Participação do Presidente da Anatel no Painel Telebrasil 2016

O BS tem aproveitado os pronunciamentos do Presidente da Anatel, Juarez Quadros, para apontar aos seus leitores pontos do que se pode considerar sua agenda inicial de trabalho à frente da Agência. Algo importante em situações nas quais se verifica uma descontinuidade de mandato, como aconteceu no caso de João Rezende, por decisão pessoal. É natural que, nestas circunstâncias, possam ocorrer mudanças no rumo de iniciativas que estavam em andamento ou surjam outras antes não consideradas, as quais podem ter influência nos destinos do Setor.

No recente Painel da Telebasil, diante de altas autoridades do Governo e dos representantes mais qualificados do Setor ele fez um pronunciamento interessante, abaixo reproduzido, no qual se assinalam os temas de maior relevância.

O BS não fará comentários específicos, deixando aos leitores a interpretação da apresentação do Presidente da Agência.

Complexidade da Regulamentação...Necessidade de Simplificação...Consistência Reguladora

"É grande o volume e a complexidade da regulamentação. A Anatel vem conduzindo uma série de propostas normativas todas pautadas no princípio da simplificação regulatória, na redução da carga associada, tentando melhorar a consistência reguladora. Ontem em um dos painéis desse evento, o

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superintendente de Competição, Carlos Baigorri, discorreu sobre o regulamento de interconexão, uma vez que o atual é de 2005, e se tenta dar mais agilidade ao curso dos processos.

Custo Regulatório...Consulta Pública sobre o Fator X...Convite para contribuições

Outra questão é do aumento do custo regulatório. Foi feito um questionamento sobre o Fator X, e o que eu posso falar nesse momento é que a proposta de metodologia de cálculo sobre fator de transferência, aplicado para reajuste de STFC, está em Consulta Pública por 45 dias, desde 14 de novembro. Então apresentem as suas contribuições.

Na súmula 7 nós temos um problema porque o parecer jurídico da procuradoria especializada da Anatel, no sentido que sejam incluídas as receitas de interconexão pelo uso dos recursos integrantes de rede no cálculo das contribuições. Na Súmula 13 há um parecer da procuradoria, mas há uma posição firme do Conselho Diretor em debater mais o tema especialmente no sentido de utilizar o cálculo do ônus somente nas receitas obtidas com a frequência a ser prorrogada e não sobre a receita global da prestadora.

Regulamento Geral de Qualidade

Com relação ao RGQ [Regulamento Geral de Qualidade], o item sobre a pesquisa de satisfação de qualidade percebida, esses aspectos estão sendo tratados, de forma que a pesquisa seja trazida no projeto de avaliação do modelo de qualidade.

Leilões para Uso de Radiofrequência...Certames Menos Arrecadatórios ...Foco em Investimentos

Na questão dos leilões para autorização do uso de radiofrequência, que são voltados para arrecadação, por conta de orientações da área econômica do governo, há uma proposta de consulta pública para reavaliar essa metodologia de precificação do direito de exploração de radiofrequência que foi distribuída recentemente para o Conselho Diretor. A proposta é realizar certames menos arrecadatórios, mantendo o foco em investimentos que é bom para a sociedade.

Unificação da Jurisprudência da Anatel...Evitar Decisões Contraditórias...Possibilidade de Revogação de Súmula

Há também uma proposta de unificação da jurisprudência da Anatel, evitando decisões contraditórias. Aqui, o regimento interno da Anatel dispõe que a secretaria do Conselho Diretor poderá ou deverá

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periodicamente analisar e indicar ao presidente as deliberações reiteradas a fim de se avaliar a necessidade de fixar ou o entendimento para revogação das sumulas.

Majoração de Multas Aplicadas...Possibilidade de Notificação para Reformulação de Alegações de Recorrente Inconformado, Antes da Decisão Final da Agência

Outra reivindicação é sobre a majoração de multas já aplicadas, o que se está fazendo. Digo aos senhores que o órgão competente para decidir o recurso e ele pode confirmar, modificar, anular ou derrogar, total ou parcialmente a decisão recorrida. Se na aplicação dessa disposição decorrer algo que não seja interessante para o recorrente, esse deverá ser notificado para que reformule suas alegações antes da decisão final.

Impacto Regulatório...Levantamento de Problemas e Possíveis Alternativas Antes da Submissão dos Textos à Consulta Pública

Quanto a análise de impacto regulatório, o que se está fazendo durante a análise é realizada a tomada de subsídios junto aos setores envolvidos, especialmente em temas mais complexos. Antes mesmo da submissão dos textos normativos à consulta pública, quando ainda se está iniciando as discussões se estão levantando os problemas e as possíveis alternativas.

Obrigatoriedade de Revisar e Tornar Disponíveis Comentários da Anatel das Contribuições Apresentadas na Consulta Pública de Regulamentos, em até 30 Dias Após a Publicação do Ato

Quanto às consultas públicas, a portaria 927 de 2015, que aprova o processo de regulamentação da Anatel, estabelece como obrigação da equipe de projeto responsável pela elaboração da ordem normativa, revisar e tornar disponíveis os comentários da Anatel das contribuições apresentadas na consulta pública em até 30 dias da publicação da resolução do ato.

Defesa da Regulamentação...Participação da Anatel em Processos Judiciais como “amiga da corte”...

Quanto ao item da defesa da lei de regulamentação, a Anatel tem atuado sim em defesa da lei, por meio de respostas escritas quando demandada. Além disso, a agência participa quando solicitada em processos judiciais na condição de amiga da corte. Recentemente, o diretor executivo do SindiTelebrasil, em uma questão em cidade paulista, mas que poderia derivar para todo o País, fiz uma

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visita a um ministro do Supremo Tribunal Federal em defesa do setor. E isso estarei sempre disposto a fazer.

Lei das Antenas...Dois Projetos Normativos em Curso na Agência...Revisão do Regulamento de Compartilhamento de Infraestrutura de 2001...Anatel Atua na Defesa da Lei e se Posiciona Junto a Governos Municipais

Sobre a Lei de Antenas, a regulamentação está sendo tratada em dois projetos normativos em curso na agência. Quanto a revisão do regulamento, que foi aprovada em 2001, sobre o compartilhamento de infraestrutura, cuja consulta pública foi encerrada neste mês e também na reavaliação no modelo de licenciamento e outorga, cuja proposta de consulta pública já foi encaminhada à procuradoria da agência e atualmente se encontra na área técnica para análise do parecer para fins de encaminhamento ao Conselho Diretor.

Ainda nesse tema, sobre a atuação na esfera municipal, a Anatel tem sim atuado em defesa da lei, sempre que demandada. A atuação pode ser feita pelos escritórios regionais como pela própria presidência. A superintendência de Planejamento e Regulamentação tem analisado as leis municipais para subsidiar a agência nesses temas.

Termos de Ajustamento de Conduta...Suspensão de Processos Incluídos não Pode Ultrapassar 20 meses

Sobre os Termos de Ajustamento de Condutas (TACs), a suspensão de processos incluídos não pode ultrapassar 20 meses e deve reestabelecer a tramitação, nos termos da regulamentação.

Atendimento de Obrigações em Áreas Rurais...Uso de Satélite como Alternativa...Editais da Área Técnica sem o Devido Planejamento Estratégico...Não Avaliação da Evolução Tecnológica

Outra questão importantíssima levantada pelos senhores é a de atendimento de de obrigações nas áreas rurais por meio de uso de satélite alternativamente está sendo avaliado, mas eu concordo plenamente, mas precisamos ver como tratar o tema, já que há um parecer da procuradoria vinculando o edital e que afirma que não é possível. Mas é uma tese que está sendo trabalhada para ver qual alternativa possível, considerando o fator interesse público. E ai eu me questiono e aos conselheiros, quando vem da área técnica determinados editais de licitação, sem o devido planejamento estratégico, que se deixa de avaliar a evolução tecnológica e esse é um caso típico, já que cria amarras.

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Regimento Geral de Qualidade...Princípio da Regulação Responsiva...Resolução dos Problemas e a Melhoria da Qualidade Percebida pelos Usuário Antes Mesmo de Qualquer Iniciativa Sancionatória

Quanto ao Regimento Geral de Qualidade, a proposta de reavaliação está em curso na Anatel, a proposta elaborada já foi apresentada à procuradoria especializada, atualmente área técnica está avaliando o parecer jurídico para enviar a proposta de uma consulta pública ao Conselho Diretor. A proposta está balizada em princípios da regulação responsiva, visando a resolução dos problemas e a melhoria da qualidade percebida pelo usuário antes mesmo de qualquer iniciativa sancionatória.

Custeio da Entidade Administradora da Qualidade (EAQ)...Custo Suportado pelas Operadoras...Livre Seleção e Contratação de Nova Entidade

Essa revisão somente será concluída no próximo ano. Há também uma questão relativa ao custeio da entidade administradora da qualidade (EAQ) e isso está em debate na Anatel, até porque a regra atual impõe os custos para as operadoras. O contrato atual entre a operadora e a entidade vence no final do ano, momento em que as prestadoras deverão proceder a livre seleção e contratação de nova entidade.

Regulamento Geral dos Consumidores...Proposta Regulatória para o Biênio 2017 – 2018...Reavaliação da Regulamentação dos Direitos dos Consumidores...Análise de Impacto Regulatório

Quanto ao Regulamento Geral de Consumidores, a proposta da agenda regulatória da Anatel para o biênio 2017 e 2018, em elaboração na área técnica da agência prevê a reavaliação da regulamentação dos direitos dos consumidores e a realização de uma análise de impacto regulatório. Haverá reuniões e tomadas de subsídios junto aos prestadores antes mesmo da submissão da proposta à consulta pública. A questão do Regulamento de Acessibilidade, a norma não traz obrigações novas além das previstas na lei de acessibilidade. Se algo está fora, nos aponte os problemas que nós trataremos.

Gestão de Riscos e Acompanhamento das Redes

Quanto a gestão de riscos e acompanhamento das redes, esta está sendo avaliada na revisão do regulamento de qualidade, visando eliminar as questões referentes à gestão e acompanhamento da rede, deixando apenas a questão do mapeamento de infraestruturas críticas, bem como gestão de riscos associados.

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Quanto o aperfeiçoamento do regulamento de sanção, a proposta de agenda regulatória prevê a reavaliação sobre as regras de aplicação de sanções administrativas, com a realização de análise de impacto regulatório, realização de reuniões e tomadas de subsídios, antes mesmo da submissão da proposta à consulta pública.

Resolução Conjunta Anatel – Aneel...Descontentamento pelo Preço do Uso de Postes Estabelecido na Resolução...Sobrecarga nos Postes...Instalação de um Grupo de Trabalho Conjunto Anatel - Aneel

Por último, é a questão de resolução conjunta entre a Anatel e a Aneel. Na semana passada eu recebi o diretor geral da Aneel, que expôs o descontentamento das empresas do setor elétrico quanto ao valor estipulado na resolução conjunta, bem como relatar o problema de sobrecarga nos postes, que são utilizados por uma série de prestadoras, tanto outorgadas como não outorgadas, clandestinas e de toda ordem. Eu decidi, junto com o diretor da Aneel, instalar um grupo de trabalho, com integrantes da área técnica das duas agências para estudar a revisão da resolução, em que a Anatel e a Aneel enviasse esforços para fazer valer as disposições constantes na resolução, mas infelizmente eu reconheço que há sim, por parte da utilização dos postes, porque mesmo com a evolução tecnológica, se nota uma sobrecarga e nisso dou razão à Aneel, mas isso deve ser parte de uma conversa com os dirigentes das empresas para dar uma solução à questão, já que enfraquece muito a Anatel.

Com relação aos projetos legislativos que sustam os atos normativos do Poder Executivo, a Anatel já se manifestou formalmente contra ao projeto e tem atuado junto aos deputados em defesa da resolução conjunta da Anatel e Aneel."

BNDES anuncia financiamento para Provedores Regionais ... Será para valer? Uma auspiciosa possibilidade foi anunciada pelo BNDES, através da Chefe do Departamento de TICs, Irecê Kauss Loureiro, durante o Painel da Telebrasil 2016. A criação dentro da Instituição de Crédito de um Programa chamado “Conectividade Inclusiva”, que deverá ser lançado nas próximas semanas. O Projeto abrirá uma linha de financiamentos para as redes de Banda Larga em regiões com baixa atratividade econômica. Os recursos poderão ser acessados por Operadoras de qualquer porte que se comprometam a fazer os investimentos com as características mencionadas. No entanto, os Provedores Regionais, usualmente alijados deste tipo de financiamentos, serão contemplados na medida em que consigam atender as condições de garantias exigidas pelo Banco.

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Esta questão, geralmente é um empecilho sério para que as Empresas de Pequeno Porte consigam se habilitar. Contudo, a representante do BNDES deixou evidente o interesse do Banco em adotar uma posição o mais flexível possível, dentro do atendimento da legislação e das regras internas da Instituição. Deixou a mensagem de que os procedimentos poderão ser ainda mais simplificados caso seja aprovado o “Fundo Garantidor” que, há algum tempo, é perseguido pelo MCTIC e “objeto de desejo” dos Provedores Regionais. Há, também, a expectativa de que este Fundo possa ser aprovado em curto espaço de tempo. O BS considera esta medida essencial para o desenvolvimento de um número de projetos bem superior ao dos que estão em andamento, principalmente no Interior do País, e, nas regiões periféricas das grandes Metrópoles. Será uma forma efetiva de dotar os Provedores Regionais com meios e recursos que permitam incrementar suas atividades. A indústria fornecedora de equipamentos agradece, o mercado também agradece, e, os usuários têm fortes razões para acreditar que algo de novo pode acontecer nessas regiões menos favorecidas pelos serviços de telecomunicações, incluindo a ampla disponibilidade de Banda Larga compatível com as necessidades mais urgentes das populações que vivem nesses locais. Agenda Digital do Setor de Telecomunicações e Informática para 2017 O Secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, Maximiliano Martinhão, anunciou, durante o Painel Sinditelebrasil 2016, a preparação de uma “Agenda Digital” para o Setor. Para tanto, deverá ser lançada uma Consulta Pública ainda no primeiro trimestre do próximo ano e se procura o “engajamento” do maior número possível de Órgãos do Governo no processo. O BS julga bastante oportuna a iniciativa do MCTIC, mas, deixa à consideração dos formuladores do processo viabilizar o envolvimento da iniciativa privada. Seja através das Operadoras com maior presença no Mercado, seja pela própria indústria fornecedora de Bens, Equipamentos, Terminais de Usuários, Sistemas, e, Infraestrutura. Em iniciativas de escopo similar desenvolvidas no passado, cujos resultados ficaram bem abaixo das expectativas iniciais, a ausência desses segmentos pode ser constatada, configurando um distanciamento que certamente contribuiu para não se alcançar o sucesso pretendido.

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Não parece adequado que em um Modelo de prestação de serviços no qual os investimentos privados constituem a quase totalidade dos recursos aplicados, esses segmentos não sejam ouvidos e envolvidos, de forma mais inclusiva, no momento em que se formula uma política pública. Mesmo que se trate de uma iniciativa de Governo e visando um determinado aspecto do interesse público, a participação da iniciativa privada é fundamental, no entendimento do BS. Por outro lado, na materialização de uma Agenda desta natureza, a definição da preparação de um Plano Nacional de Banda Larga, com características técnicas detalhadas e, não somente um instrumento de intenções, é bastante desejável para se definir o rumo do Setor para os próximos 5 a 10 anos, além de contribuir para as ações de mais curto prazo.

02. UNIVERSALIZAÇÃO DA BANDA LARGA

O Programa Banda Larga para Todos não teve evoluções significativas pelas razões expostas nos BS editados até o Nº 13/16. Na verdade, dá agora para perceber que se tratava mais de um Plano “midiático” do que propriamente algo estruturado para um desenvolvimento consistente.

O anterior Ministro das Comunicaões parece ter percebido as dificuldades e tentou imprimir um status mais atual ao Programa procurando, quem sabe, marcar a sua administração. Neste sentido foi lançado o Programa “Brasil Inteligente” que, no entanto, foi “atropelado” pela sua saída da Pasta em razão das mudanças político institucionais pelas quais passa o País. Até agora, não houve movimentos expressivos no sentido de criar uma nova política para a efetiva concretizaão deste Projeto.

A questão básica é que o PPA 2016 – 2019 não contemplava recursos significativos para este Programa. Agora, deve-se esperar o posicionamento do Ministério do Planejamento para se verificar os rumos que tal PPA tomará. Note-se que havia um potencial esforço dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento na administração anterior no sentido de dar um status diferenciado ao Setor de Telecomunicações procurando atrair investimentos da iniciativa privada.

Este enfoque parece ter sido mantido e, até, incrementado com as intenções estabelecidas no Programa PPI, do Governo em Exercício.

Merece registro a Portaria Nº 1.455, do Ministério das Comunicações, comentada no item inicial do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA, do BS Nº 10/16, que ainda está em vigor. Muito provavelmente tal Portaria será “revisitada” pelo novo Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações.

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De qualquer maneira o BS manterá o texto que trata do PPA 2016 – 2019. Até para comparação com eventual revisão que vier a ser emitida. Não há dúvidas que algumas alterações devem ser introduzidas até para estabelecer níveis de prioridade que certamente serão distintas entre os dois Governos.

PPA 2016 - 2019

O DOU de 11/01/16 publicou o Plano Plurianual para o período 2016 - 2019. Nele estão contidas metas para o Setor de Telecomunicações. Surpreendentemente, há metas quantitativas para a Banda Larga Móvel e não estão incluídas para a Rede Fixa (Banda Larga Fixa; Backbone; e Backhaul). Para estes segmentos há apenas algumas metas de qualidade a serem perseguidas.

No caso da Banda Larga Móvel espera-se que ao final do período 90% dos usuários móveis (sem fio) tenham a ela acesso. Isto pode caracterizar uma aposta do governo no sentido de que a Banda Larga no País, principalmente, nas regiões do Interior seja provida pelas Redes Móveis e não pelas Fixas. Se este é o objetivo aumenta a necessidade de se acelerar a implantação das redes de 700 MHz bem como da construção de Backbones e Backhauls. Ocorre que as perspectivas de momento apontam de forma categórica em sentido contrário!

Também há metas relacionadas com a digitalização da TV; programas de inclusão digital em cidades do Interior; incentivo à produção nacional de conteúdo; estações de rádio comunitárias; emissoras educativas; incentivos ao desenvolvimento e produção de equipamentos e software nacionais; e outros de menor relevância.

Assim, pode-se concluir que o crescimento da Banda Larga no País, no período do PPA, estará mais condicionado às ações da iniciativa privada – portanto do mercado – do que, propriamente, por ações diretas do governo. Na visão do BS, em princípio, este não será um grande problema desde que sejam tomadas medidas para reativar a economia do País, criando-se mecanismos para sair da crise em que se encontra no momento. As perspectivas de curto prazo neste sentido não são animadoras.

Por outro lado, está contemplado o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas; lançamento do cabo submarino Brasil – Europa; implantação da Rede Privativa da Adminstração Pública Federal; e, realização de leilões reversos para a implantação de redes de transporte ópticas capazes de atender aos Pequenos Provedores. Claramente, estes projetos, estão relacionadas com atividades nas quais a Telebras estará envolvida. Uma outra incógnita, pois são de conhecimento geral as dificuldades de ordem econômica e financeira pelas quais pass a Empresa. Será um enorme desafio para a atual Diretoria conseguir equalizar este aspecto com a real necessidade da implementação dos projetos em causa.

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Os fatos reais cada vez mais apontam no sentido de a Telebras enfrentar dificuldades de difícil transposição devido à falta de recursos. Muito dificilmente, ela disporá de recursos públicos para o desenvolvimento de novos projetos e as condições de acesso ao mercado financeiro, no momento são praticamente inexistentes.

No campo da gestão do Setor de telecomunicações estão previstas diversas medidas que fazem parte do Planejamento da Anatel para o período em questão, já divulgadas pelo BS em edição anterior. No entanto, as iniciativas para implementar tais medidas correm com velocidade reduzida.

03. NOVOS CABOS SUBMARINOS

O item é mantido como referência por se tratar de tema que tem um grande interesse para o País por tratar de Backbones Internacionais que criam novas alternativas de interligação entre o Brasil (e o Continente Sul Americano) e as Américas do Norte e Central, bem como a Europa e a África diretamente e a Ásia, indiretamente.

Há diversos comentários sobre o assunto feitos em BS anteriores. Por exemplo:

“Brusa – Novo Cabo Submarino entre Brasil (Br) e Estados Unidos (USA)” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 08/16.

Data Center da Telefónica em Virginia Beach, conforme posto no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 015/16.

”Cabo Submarino Brasil – Angola” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 10/16).

“Novo Cabo Submarino Transatlântico” com informações no BS Nº 16/16 e adicionais no BS Nº 17/16.

“Compartilhamento de infraestrutura de Cabo Submarino” publicado no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 22/16).

“Cabos Submarinos – Fortaleza se consolida como Hub Internacional publicado no BS Nº 30/16, no qual se faz uma atualização dos cabos submarinos que estão em operação ou sendo lançados com terminação no Brasil. 04. COMPARTILHAMENTO DE POSTES – DIFICULDADES PARA NEGOCIAR O ALUGUEL Este item é de importância relevante para as Concessionárias de Energia Elétrica e para as Prestadoras de Serviços de Telecomunicações, em particular, as que oferecem Serviço Fixo. Assim mantém-se atual o texto do BS N° 18/15 com os comentários feitos nos BS 22/15 e BS 23/15.

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Chama-se, no entanto, a atenção dos leitores para a leitura atenta do item 11 do BS 33/15 “COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013”. E, também, se sugere a leitura do item 11. “FIOS & POSTES – UMA SITUAÇÃO QUE INCOMODA”do BS 34/15.

Sugere-se a leitura do item “Jogos Olímpicos – Uma oportunidade perdida...em Telecom – O Case Avenida das Américas” inserido no BS 03/16 e sua complementação no BS 05/16, sob o título “Rede Aérea de Telecomunicações – Avenida das Américas – Rio de Janeiro – Trajeto Olímpico”. Tendo como referência as obras realizadas na Avenida das Américas devido à realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, o BS aproveitou o caso para comentar a ausência de planejamento integrado em obras de grande vulto e o fato de ser mantida nos postes desta via uma cabeação instalada em condições precárias.

Também deve ser objeto de leitura o item ”Os Postes, o SNOA, a Revisão do Modelo” que faz parte do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 10/16. Sugere-se também a leitura do item “O Jogo do 5G na Europa e desdobramentos no mundo” publicado no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS Nº 22/16.

05. OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA

Este tema também continuará sendo mantido na forma de edições anteriores do BS por se tratar de assunto de interesse geral e multidisciplinar no contexto das Empresas Prestadoras de Serviços de interesse público.

A Anatel deverá se posicionar sobre o assunto agora que a Lei das Antenas foi aprovada. O compartilhamento no rais de 500 m só é obrigatório, ressalvadas condições técnicas, para os sites implantados de maio de 2009 em diante.

Espera-se a aprovação da regulamentação em que serão estabelecidas as situações dispensadas do compartilhamento obrigatório previsto na Lei No. 11.934/2015, conforme abordado no RELATÓRIO SEMANA No. 13/15.

Ver item “Compartilhamento de Infraestrutura” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 32/15 e sugere-se fortemente a leitura do item 11 do BS 33/15 “COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013” bem como o item 11 do BS 34/5, já identificado no item 04 acima.mSugere-se, também, a leitura do item “Telefónica cria uma Empresa de Infraestrutura” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 04/16.

Sugere-se, ainda, a leitura do item “Workshop de Infraestrutura de Telecomunicações 16 da FIESP e Considerações sobre Compartilhamento” no BS Nº 27/16.

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Ver, ainda, o item “Compartilhamento Compulsório de Torres” na edição do BS Nº 35/16.

06. LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015

Não houve alterações em relação a este ítem durante a semana. Permanecem os comentários do RELATÓRIO SEMANAL N° 13/15. Aguarda-se uma manifestação da Anatel (regulamentação da Lei aprovada com os vetos da Presidente de República) que deverá colocar proposta de regulamentação em Consulta Pública.

A expectativa é que o assunto evolua na medida em que se tenta envolver algumas Prefeituras que já aprovaram legislação municipal aderente aos princípios desta legislação e outras que ainda têm dificuldades em fazê-lo.

No entanto, sugere-se aos leitores atentarem para o texto do item 11 do BS 33/15 “COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013” no qual são feitas referências relacionadas com a Lei das Antenas. Também se aconselha ler o item “Lei das Antenas - Mantido o Veto Presidencial” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 34/15.

07. IMPLANTAÇÃO DO LTE NA FAIXA DE 700 MHz E DA TV DIGITAL

Continuam as atividades para a migração em Brasília, nas Cidades Satélites do DF e Cidades do Entorno do DF, no Estado de Goiás. A data limite para a migração plena é 17/11/2016.O Gired, finalmente, tomou a decisão em relação ao Set-top Box que será distribuído às famílias elegíveis ( “O Set-top Box terá o Ginga numa versão light”) no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 26/16).

Com o fim do mandato de Conselheiro de Rodrigo Zerbone, a responsabilidade de Coordenar o Gired foi assumida pelo próprio Presidente da Anatel, Juarez Quadros. Este pode ser um indicativo de que o desenvolvimento do Projeto está enfrentando problemas em decorrência das históricas divergências entre os Radiodifusores e as Prestadoras do SMP.

08. A REVISÃO DO MODELO – O NOVO AMBIENTE DAS COMUNICAÇÕES

Diante da tramitação do PL Nº 3.453/2015 o BS passa a considerar que ele será, pelo menos nos próximos meses, o balizador do que se pode chamar “Revisão do Modelo” e um fato novo no “Novo Ambiente das Comunicações”.

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Em assim sendo, a partir da presente edição do BS este fato será levado em conta incluindo as observações já feitas em alguns de seus itens, incluindo os recentes posicionamentos do Presidente da Anatel, Juarez Quadros. Em particular, o desenvolvido por ocasião da abertura do Painel Telebrasil 2016 que consta como um dos itens do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS Nº 37/16.

Entretanto, serão mantida as referências a comentários anteriores casos os leitores desejem acessar alguns dos textos anteriores.

REP1. MODELO REGULATÓRIO DO SETOR DE TELECOM alguma consulta.2025 – DECISÕES DE INVESTIMENTOS E CONSOLIDAÇÃO DO SETOR (BS 01/16)

REP2. O FUTURO DA REDE BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES E A TEORIA DOS $200 BILHÕES DE INVESTIMENTOS, EM 10 ANOS (BS 01/16)

REP3. VoWiFI e VoLTE - UMA ABORDAGEM TECNOLÓGICA COM REPERCUSSÕES REGULATÓRIAS NO STFC e no SMP (BS 01/16)

REP4. A UNIVERSALIZAÇÃO E CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS EXPLORADOS EM REGIME PÚBLICO (BS 01/16)

REP 5. COMENTÁRIOS DA TELEFÔNICA NA CONSULTA PÚBLICA (BS 01/16)

08A. COMENTÁRIOS DA INTERVOZES NA CONSUTLA PÚBLICA (BS 02/16). 08B. COMENTÁRIOS DA Oi NA CONSULTA PÚBLICA (BS 02/16).

Segue o ANEXO com o Texto Final da Lei das Agências Reguladoras (Comissão Especial)

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ANEXO

“LEI DAS AGÊNCIAS REGULADORAS”

COMISSÃO ESPECIAL DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL

TEXTO FINAL

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 52, DE 2013

Dispõe sobre a gestão, a organização, o processo decisório, e o controle social das Agências Reguladoras, acresce e altera dispositivos das Leis nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, nº 9.472, de 16 de julho de 1997, nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, nº 9.984, de 17 de julho de 2000, nº 9.986, de 18 de julho de 2000, nº 10.233, de 5 de junho de 2001, e da Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de setembro de 2001, da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, e da Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de 2001, e dá outras providências.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre as regras aplicáveis às Agências Reguladoras, relativamente a sua

gestão, organização, processo decisório e mecanismos de controle social e acresce e altera dispositivos das Leis nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, nº 9.472, de 16 de julho de 1997, nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, nº 9.984, de 17 de julho de 2000, nº 9.986, de 18 de julho de 2000, nº 10.233, de 5 de junho de 2001, da Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de setembro de 2001, da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, e da Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de 2001.

Art. 2º Consideram-se Agências Reguladoras, para os fins desta Lei, bem como para os fins da Lei nº 9.986, de 2000:

I – a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); II – a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); III – a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); IV – a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);

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V – a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); VI – a Agência Nacional de Águas (Ana); VII – a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq); VIII – a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); IX – a Agência Nacional do Cinema (Ancine); e X – a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Parágrafo único. Ressalvado o que dispuser a legislação específica, em cada caso, aplica-se o

disposto nesta Lei às autarquias especiais caracterizadas, nos termos desta Lei, como Agências Reguladoras, criadas a partir da sua vigência.

Art. 3º A natureza especial conferida às Agências Reguladoras é caracterizada pela ausência de tutela ou subordinação hierárquica, por investidura a termo dos dirigentes e estabilidade durante os mandatos e autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e demais disposições constantes desta Lei ou de suas leis específicas voltadas à sua implementação.

§ 1º Cada Agência Reguladora, bem como eventuais fundos a ela vinculados, deverá corresponder a um órgão setorial do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal e de Administração Financeira Federal, de Pessoal Civil, de Organização e Inovação Institucional do Governo Federal, de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação e de Serviços Gerais.

§ 2º A autonomia administrativa é caracterizada pelas seguintes competências: I – solicitar diretamente ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão: a) autorização para a realização de concursos públicos; b) provimento dos cargos autorizados em lei para o quadro de pessoal da Agência, observada a

disponibilidade orçamentária; c) alterações no quadro de pessoal da Agência, fundamentadas em estudos de dimensionamento

e de forma coerente com as competências legais de cada Agência, bem como os respectivos planos de carreira de seus servidores, respeitado o inciso XI do art. 37 e observado o disposto no art. 169 da Constituição Federal;

II – conceder diárias e passagens em deslocamentos nacionais e internacionais e autorizar afastamentos do País a servidores da Agência;

III – celebrar contratos administrativos ou prorrogar contratos em vigor relativos a atividades de custeio independentemente do valor.

CAPÍTULO I

DO PROCESSO DECISÓRIO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS Art. 4º As Agências Reguladoras deverão observar, em suas atividades, a devida adequação entre

meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquela necessária ao atendimento do interesse público.

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Art. 5º As Agências Reguladoras deverão indicar os pressupostos de fato e de direito que determinem suas decisões, inclusive a respeito da edição ou não de atos normativos.

Art. 6º A adoção e as propostas de alterações de atos normativos de interesse geral dos agentes econômicos, de consumidores ou usuários dos serviços prestados serão, nos termos do regulamento, precedidas da realização de Análise de Impacto Regulatório (AIR), que conterá informações e dados sobre os possíveis efeitos do ato normativo.

§ 1º O regulamento disporá sobre o conteúdo e a metodologia da AIR, os quesitos mínimos a serem objeto de exame, bem como sobre os casos em que será obrigatória sua realização e aqueles em que poderá ser dispensada.

§ 2º O regimento interno de cada agência disporá sobre a operacionalização da AIR em seu âmbito.

§ 3º O Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada manifestar-se-á, em relação ao relatório de AIR, sobre a adequação da proposta de ato normativo aos objetivos pretendidos, indicando se os impactos estimados recomendam a sua adoção, e, quando for o caso, os complementos necessários.

§ 4º A manifestação de que trata o § 3º integrará, juntamente com o relatório de AIR, a documentação a ser disponibilizada aos interessados para a realização de consulta ou de audiência pública, quando o Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada decidir pela continuidade do procedimento administrativo.

§ 5º Nos casos em que não for realizada a Análise de Impacto Regulatório, deverá ser disponibilizada, no mínimo, nota técnica ou documento equivalente que fundamentou a proposta de decisão.

Art. 7º O processo de decisão das Agências Reguladoras atinente à regulação terá caráter colegiado.

§ 1º As Diretorias Colegiadas ou Conselhos Diretores das Agências Reguladoras deliberarão por maioria absoluta dos votos de seus membros, dentre eles o Diretor-Presidente, Diretor-Geral ou Presidente, conforme definido em regimento interno.

§ 2º É facultado à Agência Reguladora adotar processo de delegação interna de decisão, assegurado ao Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada o direito de reexame das decisões delegadas.

Art. 8º As reuniões deliberativas dos Conselhos Diretores ou Diretorias Colegiadas das Agências Reguladoras serão públicas e gravadas em meio eletrônico.

§ 1º As pautas das reuniões deliberativas dos Conselhos Diretores ou Diretorias Colegiadas das Agências Reguladoras deverão ser divulgadas no sítio da agência, na Internet, com antecedência mínima de 3 (três) dias úteis.

§ 2º Somente poderão ser deliberadas matérias que constem das pautas das reuniões deliberativas dos Conselhos Diretores ou Diretorias Colegiadas das Agências Reguladoras, divulgadas na forma do § 1º.

§ 3º A gravação de cada reunião deliberativa do Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada deve ser disponibilizada aos interessados na sede da Agência e no seu sítio na Internet até 15 (quinze) dias úteis após o encerramento da reunião.

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§ 4º A ata de cada reunião deliberativa do Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada deve ser disponibilizada aos interessados na sede da Agência e no seu sítio na Internet até 5 (cinco) dias úteis após sua aprovação.

§ 5º Não se aplica o disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo às matérias urgentes e relevantes, a critério do Presidente, Diretor-Presidente ou Diretor-Geral, cuja deliberação não possa submeter-se aos prazos neles estabelecidos.

§ 6º Não se aplica o disposto neste artigo às deliberações do Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada que envolvam:

I – documentos classificados como sigilosos; II – matéria de natureza administrativa. § 7º As Agências Reguladoras deverão adequar suas reuniões deliberativas às disposições deste

artigo no prazo de até 1 (um) ano a contar da entrada em vigor desta Lei, e definir o rito em regimento interno.

Art. 9º Serão objeto de consulta pública, previamente à tomada de decisão pelos Conselhos Diretores ou Diretorias Colegiadas, as minutas e propostas de alterações de atos normativos de interesse geral dos agentes econômicos, consumidores ou usuários dos serviços prestados.

§ 1º A consulta pública é o instrumento de apoio à tomada de decisões por meio do qual a sociedade é consultada antes da deliberação de proposta de norma regulatória aplicável ao setor de atuação da Agência Reguladora.

§ 2º Ressalvada a exigência de prazos diferentes decorrentes de legislações específicas, acordos ou tratados internacionais, o período de consulta pública terá início após a publicação do respectivo despacho ou aviso de abertura no Diário Oficial da União e no sítio da Agência na Internet, e terá a duração mínima de 45 (quarenta e cinco) dias, ressalvados os casos excepcionais de urgência e relevância, devidamente motivados.

§ 3º As Agências Reguladoras deverão disponibilizar, na sede e no respectivo sítio na Internet, quando do início da consulta pública, o relatório da Análise de Impacto Regulatório, os estudos, os dados e o material técnico utilizado como fundamento para as propostas colocadas em consulta pública, ressalvados aqueles de caráter sigiloso.

§ 4º As críticas e sugestões encaminhadas pelos interessados deverão ser disponibilizadas na sede e no sítio da Agência Reguladora na Internet até 10 (dez) dias úteis após o término do prazo da consulta pública.

§ 5º O posicionamento da Agência Reguladora sobre as críticas ou contribuições apresentadas no processo de consulta pública deverá ser disponibilizado na sede e no sítio da Agência Reguladora na Internet até 30 (trinta) dias úteis após a reunião do Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada para deliberação final sobre a matéria.

§ 6º As Agências Reguladoras deverão estabelecer, nos regimentos internos, os procedimentos a serem observados nas consultas públicas.

§ 7º Compete ao órgão responsável no Ministério da Fazenda opinar, quando considerar pertinente, sobre os impactos regulatórios das minutas e das propostas de alterações de atos normativos

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de interesse geral dos agentes econômicos, de consumidores ou usuários dos serviços prestados submetidos a consulta pública pelas agências reguladoras.

Art. 10. As Agências Reguladoras, por decisão colegiada, poderão realizar audiência pública para formação de juízo e tomada de decisão sobre matéria considerada relevante.

§ 1º A audiência pública consiste em facultar manifestação oral dos interessados em sessão pública previamente destinada ao debate da matéria relevante

§ 2º A abertura do período de audiências públicas será precedida de despacho ou aviso de abertura publicado no Diário Oficial da União e outros meios de comunicação, até 5 (cinco) dias úteis antes de sua realização.

§ 3º As Agências Reguladoras deverão disponibilizar, em local específico e em seu sítio na Internet, em até 5 (cinco) dias úteis antes de seu início, o relatório da Análise de Impacto Regulatório, os estudos, os dados e o material técnico utilizado como embasamento para as propostas de ato normativo colocadas em audiência pública, ressalvados aqueles que possuam caráter sigiloso.

§ 4º As Agências Reguladoras deverão disponibilizar, em local específico e em seu sítio na Internet, em até 5 (cinco) dias úteis antes de seu início, nota técnica ou documento equivalente que fundamenta a proposta colocada em audiência pública, quando não se tratar de minuta de ato normativo.

§ 5º As Agências Reguladoras deverão estabelecer, nos regimentos internos, os procedimentos a serem observados nas audiências públicas, aplicando-se o § 5º do art. 9º às contribuições recebidas.

Art. 11. As Agências Reguladoras poderão estabelecer, nos regimentos internos, outros meios de participação de interessados em suas decisões, diretamente ou por meio de organizações e associações legalmente reconhecidas, aplicando-se o § 5º do art. 9º às contribuições recebidas.

Art. 12. Os relatórios da audiência pública e de outros meios de participação dos interessados nas decisões a que se referem os art. 10 e 11 deverão ser disponibilizados na sede e no sítio da Agência Reguladora na Internet, em até 30 (trinta) dias úteis após o seu encerramento.

Parágrafo único. Em casos de grande complexidade, o prazo de que trata o caput poderá ser prorrogado por igual período, justificadamente, uma única vez.

Art. 13. As Agências Reguladoras deverão decidir as matérias submetidas à sua apreciação nos prazos fixados na legislação e, nos casos de omissão, no seu regimento interno.

CAPÍTULO II

DA PRESTAÇÃO DE CONTAS E DO CONTROLE SOCIAL

Seção I

Do Controle Externo e do Relatório Anual de Atividades Art. 14. O controle externo das Agências Reguladoras será exercido pelo Congresso Nacional,

com auxílio do Tribunal de Contas da União.

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Art. 15. As Agências Reguladoras deverão elaborar relatório anual circunstanciado de suas atividades, nele destacando o cumprimento da política do setor, definida pelos Poderes Legislativo e Executivo, e o cumprimento dos seguintes planos:

I – do Plano Estratégico vigente, previsto no art. 17 desta Lei; II – do Plano de Gestão Anual, previsto no art. 18 desta Lei. § 1º São objetivos dos referidos planos: I – aperfeiçoar o acompanhamento das ações da Agência Reguladora, incluindo sua gestão,

promovendo maior transparência e controle social; II – aperfeiçoar as relações de cooperação da Agência Reguladora com o Poder Público, em

particular no cumprimento das políticas públicas definidas em lei; III – promover o aumento da eficiência e da qualidade dos serviços da agência reguladora de

forma a melhorar o seu desempenho, bem como incrementar a satisfação dos interesses da sociedade, com foco nos resultados;

IV – permitir o acompanhamento da atuação administrativa e a avaliação da gestão da Agência. § 2º O Relatório Anual de Atividades de que trata o caput deverá conter sumário executivo e será

elaborado em consonância com o Relatório de Gestão, integrante da prestação de contas da Agência Reguladora, nos termos do art. 9º da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992, devendo ser encaminhado pela Agência Reguladora, por escrito, no prazo de até 90 (noventa) dias após a abertura da sessão legislativa do Congresso Nacional, ao Ministro de Estado da pasta a que estiver vinculada, ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados e ao Tribunal de Contas da União, e disponibilizado aos interessados na sede da Agência e no seu sítio na Internet.

§ 3º Os dirigentes máximos das agências reguladoras comparecerão ao Senado Federal, em periodicidade anual, observado o disposto no regimento interno dessa Casa do Congresso Nacional, para prestar contas sobre o exercício de suas atribuições e o desempenho da Agência, bem como para apresentar avaliação das políticas públicas no âmbito de suas competências.

§ 4º É do Presidente, Diretor-Presidente ou Diretor-Geral da Agência Reguladora o dever de cumprir os prazos estabelecidos neste artigo, sob pena de responsabilidade.

Art. 16. As Agências Reguladoras deverão implementar, em cada exercício, planos de comunicação voltados à divulgação, com caráter informativo e educativo, de suas atividades e dos direitos dos usuários perante a agência reguladora e as empresas que compõem o setor regulado.

Seção II

Do Plano Estratégico, do Plano de Gestão Anual e da Agenda Regulatória Art. 17. A Agência Reguladora deverá elaborar, para cada período quadrienal, em consonância

com o Plano Plurianual – PPA, Plano Estratégico que conterá os objetivos, metas e resultados estratégicos esperados das ações da Agência Reguladora relativos às suas competências e atribuições regulatórias, fiscalizatórias, normativas, e à sua gestão, e a indicação dos fatores externos, alheios ao controle da Agência, que poderão afetar significativamente o cumprimento do Plano.

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§ 1º O Plano Estratégico será compatível com o disposto no Plano Plurianual – PPA em vigência e será revisto, periodicamente, com vistas à sua permanente adequação.

§ 2º A Agência Reguladora, no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, contados da sua aprovação pelo Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada, disponibilizará o Plano Estratégico no sítio da Agência Reguladora, na Internet.

Art. 18. O Plano de Gestão Anual, alinhado aos direcionadores estabelecidos no Plano Estratégico, será o instrumento anual do planejamento consolidado da Agência Reguladora e contemplará ações, resultados e metas relacionadas aos processos finalísticos e de gestão.

§ 1º A Agenda Regulatória integrará o Plano de Gestão Anual para o respectivo ano. § 2º O Plano de Gestão Anual será aprovado pelo Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada da

Agência Reguladora até 10 (dez) dias úteis antes do início do seu período de vigência, e poderá ser revisto periodicamente, com vistas à sua adequação.

§ 3º A Agência Reguladora, no prazo máximo de 20 (vinte) dias úteis, contados da sua aprovação pelo Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada, dará ciência do Plano de Gestão Anual ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados e ao Tribunal de Contas da União, bem como disponibilizará, para os interessados, o seu conteúdo na sede e no sítio da Agência Reguladora, na Internet.

Art. 19. O Plano de Gestão Anual deverá especificar, no mínimo, as metas e as metas de desempenho administrativo, operacionais e de fiscalização a serem atingidas durante a sua vigência, compatíveis com o Plano Estratégico, e a estimativa dos recursos orçamentários e o cronograma de desembolso dos recursos financeiros necessários ao alcance das metas definidas.

Parágrafo único. As metas de desempenho administrativo e operacional referidas no caput incluirão, obrigatoriamente, as ações relacionadas à:

I – promoção da qualidade dos serviços prestados pela Agência; II – promoção do fomento à pesquisa no setor regulado pela Agência, quando couber; III – promoção da cooperação com os órgãos de defesa da concorrência e com os órgãos de defesa

do consumidor e de defesa do meio ambiente, quando couber. Art. 20. Regimento interno de cada Agência Reguladora disporá sobre as condições para a revisão

e a sistemática de acompanhamento e avaliação do Plano de Gestão Anual. Art. 21. As Agências Reguladoras implementarão, no respectivo âmbito de atuação, a Agenda

Regulatória, que será o instrumento de planejamento de sua atividade normativa, alinhada com os objetivos do Plano Estratégico e inserida no Plano de Gestão Anual.

Art. 22. A Agenda Regulatória corresponde ao conjunto dos temas prioritários a serem regulamentados pela Agência durante sua vigência.

Art. 23. A Agenda Regulatória será aprovada pelo Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada e será disponibilizada na sede e no sítio da Agência Reguladora na Internet.

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Seção III

Da Ouvidoria Art. 24. Haverá, em cada Agência Reguladora, um Ouvidor, que atuará sem subordinação

hierárquica e exercerá as suas atribuições sem acumulação com outras funções. § 1º São atribuições do Ouvidor zelar pela qualidade e tempestividade dos serviços prestados pela

Agência Reguladora, acompanhar o processo interno de apuração das denúncias e reclamações dos interessados contra a atuação dela e elaborar o Relatório Anual de Ouvidoria sobre as atividades da Agência.

§ 2º O Ouvidor terá acesso a todos os processos da Agência Reguladora. § 3º O Ouvidor deverá manter em sigilo as informações que tenham caráter reservado ou

confidencial. § 4º Os relatórios do Ouvidor deverão ser encaminhados ao Conselho Diretor ou Diretoria

Colegiada da Agência Reguladora, que poderá se manifestar no prazo de 20 (vinte) dias úteis. § 5º As matérias constantes dos relatórios do Ouvidor não terão caráter impositivo, cabendo ao

Conselho Diretor ou Diretoria colegiada, em última instância, deliberar a respeito dos temas afetos ao setor de atuação da Agência Reguladora.

§ 6º Transcorrido o prazo para manifestação do Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada, o Ouvidor deverá encaminhar o relatório e, se houver, a respectiva manifestação do Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada da Agência Reguladora, ao titular do Ministério a que a Agência estiver vinculada, à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal e ao Tribunal de Contas da União, divulgando-os no sítio da Agência, na Internet.

Art. 25. O Ouvidor será escolhido pelo Presidente da República e por ele nomeado, após prévia aprovação do Senado Federal, nos termos da alínea "f" do inciso III do art. 52 da Constituição Federal, devendo não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade previstas no inciso I do caput do art. 1º da Lei complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, e ter notório conhecimento em administração pública, ou em regulação de setores econômicos, ou no campo específico de atuação da Agência Reguladora.

§ 1º O Ouvidor terá mandato de 3 (três) anos, vedada a recondução, no curso do qual somente perderá o cargo em caso de renúncia, condenação judicial transitada em julgado ou condenação em processo administrativo disciplinar.

§ 2º É vedado ao Ouvidor ter participação, direta ou indireta, em empresa sob regulação da Agência Reguladora.

§ 3º O processo administrativo contra o Ouvidor somente poderá ser instaurado pelo titular do Ministério ao qual a Agência está vinculada, por iniciativa de seu Ministro ou do Ministro de Estado de Transparência, Fiscalização e Controle, inclusive em decorrência de representação promovida pelo Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada da respectiva Agência.

§ 4º Ocorrendo vacância no cargo de Ouvidor no curso do mandato, este será completado por sucessor investido na forma prevista no caput, que o exercerá pelo prazo remanescente, admitida a sua recondução se tal prazo for igual ou inferior a 2 (dois) anos.

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Art. 26. O Ouvidor contará com estrutura administrativa compatível com suas atribuições e com espaço em canal de comunicação e divulgação institucional da Agência.

CAPÍTULO III

DA INTERAÇÃO ENTRE AS AGÊNCIAS REGULADORAS E OS ÓRGÃOS DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA

Art. 27. Com vistas à promoção da concorrência e à eficácia na implementação da legislação de defesa da concorrência nos mercados regulados, os órgãos de defesa da concorrência e as Agências Reguladoras devem atuar em estreita cooperação, privilegiando a troca de experiências.

Art. 28. No exercício de suas atribuições, incumbe às Agências Reguladoras monitorar e acompanhar as práticas de mercado dos agentes dos setores regulados, de forma a auxiliar os órgãos de defesa da concorrência na observância do cumprimento da legislação de defesa da concorrência, nos termos da Lei nº 12.529, de 30 de novembro de 2011.

§ 1º Os órgãos de defesa da concorrência são responsáveis pela aplicação da legislação de defesa da concorrência nos setores regulados, incumbindo-lhes a análise de atos de concentração e a instauração e instrução de processos administrativos para apuração de infrações contra a ordem econômica.

§ 2º Na análise e instrução de atos de concentração e processos administrativos, os órgãos de defesa da concorrência poderão solicitar às Agências Reguladoras pareceres técnicos relacionados aos seus setores de atuação, os quais serão utilizados como subsídio à instrução e análise dos atos de concentração e processos administrativos.

Art. 29. Quando as Agências Reguladoras, no exercício das suas atribuições, tomarem conhecimento de fato que possa configurar infração à ordem econômica, deverão comunicá-lo imediatamente aos órgãos de defesa da concorrência para que esses adotem as providências cabíveis.

Art. 30. Sem prejuízo das suas competências legais, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE notificará as Agências Reguladoras do teor da decisão sobre condutas potencialmente anticompetitivas cometidas no exercício das atividades reguladas, bem como das decisões relativas aos atos de concentração julgados por aquele órgão, no prazo máximo de quarenta e oito horas após a publicação do respectivo acórdão, para que sejam adotadas as providências legais.

CAPÍTULO IV

DA ARTICULAÇÃO ENTRE AGÊNCIAS REGULADORAS Art. 31. No exercício de suas competências definidas em lei, duas ou mais Agências Reguladoras

poderão editar atos normativos conjuntos dispondo sobre matéria cuja disciplina envolva agentes econômicos sujeitos a mais de uma regulação setorial.

§ 1º Os atos normativos conjuntos deverão ser aprovados pelo Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada de cada Agência Reguladora envolvida, como se fosse um ato normativo isolado, observando-se em cada agência o procedimento específico previsto no respectivo regimento interno para o exercício de competência normativa.

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§ 2º Os atos normativos conjuntos, editados nos termos do caput deste artigo, deverão conter regras sobre a fiscalização de sua execução e mecanismos de solução de controvérsias surgidas na sua aplicação, podendo prever a solução mediante mediação, nos termos da Lei nº 13.140, de 2 de junho de 2015, ou arbitragem por comissão integrada, entre outros, por representantes de todas as Agências Reguladoras envolvidas.

Art. 32. As Agências Reguladoras poderão constituir comitês para o intercâmbio de experiências e informações entre si e/ou com os órgãos integrantes do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, visando a estabelecer orientações e procedimentos comuns para o exercício da regulação nas respectivas áreas e setores, bem como para permitir a consulta recíproca quando da edição de normas que impliquem mudanças nas condições dos setores regulados.

CAPÍTULO V

DA ARTICULAÇÃO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS COM OS ÓRGÃOS DE DEFESA DO CONSUMIDOR E DO MEIO AMBIENTE

Art. 33. No exercício de suas atribuições, e em articulação com o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor – SNDC e com o órgão de defesa do consumidor do Ministério da Justiça e Cidadania, incumbe às Agências Reguladoras zelar pelo cumprimento da legislação de defesa do consumidor, monitorando e acompanhando as práticas de mercado dos agentes do setor regulado.

§ 1º As Agências Reguladoras poderão se articular com os órgãos e entidades integrantes do SNDC, visando à eficácia da proteção e defesa do consumidor e do usuário de serviço público no âmbito de sua esfera de atuação.

§ 2º As Agências Reguladoras poderão firmar convênios e acordos de cooperação com os órgãos e entidades integrantes do SNDC para colaboração mútua, sendo vedada a delegação de competências que tenham sido a elas atribuídas por lei específica de proteção e defesa do consumidor no âmbito do setor regulado.

Art. 34. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, as Agências Reguladoras ficam autorizadas a celebrar, com força de título executivo extrajudicial, Termo de Ajustamento de Conduta com pessoas físicas ou jurídicas sujeitas à sua competência regulatória, aplicando-se os requisitos do art. 4º-A da Lei nº 9.469, de 10 de julho de 1997.

§ 1º Enquanto perdurar a vigência do correspondente Termo de Ajustamento de Conduta, ficarão suspensas, em relação aos fatos que deram causa à celebração do instrumento, a aplicação de sanções administrativas de competência da agência reguladora contra a pessoa física ou jurídica que o houver firmado.

§ 2º A Agência Reguladora deverá ser comunicada quando da celebração de Termo de Ajustamento de Conduta a que se refere o § 6º do art. 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho 1985, quando envolver matéria de natureza regulatória de sua competência.

Art. 35. As Agências Reguladoras poderão se articular com os órgãos de defesa do meio ambiente mediante a celebração de convênios e acordos de cooperação visando ao intercâmbio de informações, à padronização de exigências e procedimentos, à celeridade na emissão de licenças ambientais e à maior eficiência nos processos de fiscalização.

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CAPÍTULO VI

DA INTERAÇÃO OPERACIONAL ENTRE AS AGÊNCIAS REGULADORAS E OS ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO ESTADUAIS, DO DISTRITO FEDERAL E MUNICIPAIS

Art. 36. As Agências Reguladoras de que trata esta Lei poderão promover a articulação de suas atividades com as das agências reguladoras ou órgãos de regulação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de competência, implementando, a seu critério, a descentralização de suas atividades fiscalizatórias, sancionatórias e arbitrais, mediante acordo de cooperação, exceto quanto a atividades do Sistema Único de Saúde, que observarão o disposto em legislação própria.

§ 1º É vedada a delegação de competências regulatórias. § 2º A cooperação de que trata o caput será instituída desde que as Agências Reguladoras ou

órgãos de regulação da unidade federativa interessada possuam serviços técnicos e administrativos competentes, devidamente organizados e aparelhados para a execução das respectivas atividades, conforme condições estabelecidas em regimento interno da Agência Reguladora Federal.

§ 3º A execução, pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, das atividades delegadas, será permanentemente acompanhada e avaliada pela Agência Reguladora, nos termos do respectivo acordo.

§ 4º Na execução das atividades de fiscalização objeto de delegação, o órgão regulador estadual, do Distrito Federal ou municipal que receber a delegação observará as normas legais e regulamentares federais pertinentes.

§ 5º É vedado ao órgão regulador estadual, do Distrito Federal ou municipal conveniado exigir de concessionária ou permissionária sob sua ação complementar de fiscalização, obrigação não prevista previamente em contrato.

§ 6º Além do disposto no § 2º deste artigo, a delegação de competências fiscalizatórias, sancionatórias e arbitrais somente poderá ser efetivada em favor das agências estaduais, distritais ou municipais que gozarem de autonomia assegurada por regime jurídico compatível com o disposto nesta Lei.

§ 7º Havendo a delegação de competências, a Agência Reguladora delegante permanecerá como instância superior e recursal das decisões tomadas no exercício das competências delegadas.

Art. 37. Em caso de descentralização da execução de atividades sob responsabilidade da Agência Reguladora, parte da receita arrecadada pela Agência poderá ser repassada ao órgão ou entidade reguladora, para custeio de seus serviços, na forma do respectivo acordo de cooperação.

Parágrafo único. O repasse de que trata o caput deste artigo deverá ser compatível com os custos do órgão ou entidade reguladora local para realizar as atividades delegadas.

CAPÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 39. A Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 7º As normas gerais de proteção à ordem econômica são aplicáveis ao setor de telecomunicações.

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........................................................ § 2º Os atos de que trata o § 1º serão submetidos à aprovação do Conselho

Administrativo de Defesa Econômica (Cade). ........................................................” (NR) “Art. 20. O Conselho Diretor será composto pelo Presidente e por 4 (quatro)

Conselheiros e decidirá por maioria absoluta. Parágrafo único. Cada membro do Conselho Diretor votará com independência,

fundamentando seu voto.” (NR) “Art. 23. Os membros do Conselho Diretor serão brasileiros, de reputação

ilibada, formação universitária e elevado conceito no campo de sua especialidade, devendo ser escolhidos pelo Presidente da República e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea “f” do inciso III do art. 52 da Constituição Federal, observado o disposto na Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000.” (NR)

“Art. 24. O mandato dos membros do Conselho Diretor será de 5 (cinco) anos, vedada a recondução, nos termos da Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000.

........................................................” (NR) “Art. 29. Caberá também aos membros do Conselho Diretor a direção dos

órgãos administrativos da Agência.” (NR) “Art. 49. A Agência submeterá anualmente ao Ministério do Planejamento,

Desenvolvimento e Gestão a sua proposta de orçamento, bem como a do FISTEL, para inclusão no projeto de lei orçamentária anual a que se refere o § 5º do art. 165 da Constituição Federal.

........................................................” (NR) Art. 48. O § 1º do art. 4º e o § 1º do art. 11 da Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de 2001, passam

a vigorar com a seguinte redação: “Art. 4º .......................................... ........................................................ § 1º Os órgãos setoriais são as unidades de planejamento e orçamento dos

Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência, da Secretaria de Governo da Presidência da República e das Agências Reguladoras Federais.

.......................................................” (NR) “Art. 11. ......................................... ........................................................ § 1º Os órgãos setoriais são as unidades de programação financeira dos

Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência, da Casa Civil da Presidência da República e das Agências Reguladoras.

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.......................................................” (NR) Art. 49. Até que sejam organizadas as Ouvidorias na Agência Nacional de Energia Elétrica

(Aneel), na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e na Agência Nacional de Águas (Ana), as competências do Ouvidor poderão ser exercidas, cumulativamente, por um dos membros do Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada, definido em ato do Presidente, Diretor-Presidente ou Diretor-Geral da Agência Reguladora.

Parágrafo único. As Ouvidorias previstas no caput deverão ser organizadas em até 120 (cento e vinte) dias após a entrada em vigor desta Lei.

Art. 50. A apreciação pelos órgãos de defesa da concorrência dos atos de que trata o § 1º do art. 7º da Lei nº 9.472, de 1997, observará o disposto nos art. 27 a 30 desta Lei.

Art. 51. Ficam mantidos os prazos de encerramento dos atuais mandatos dos Diretores, dos Conselheiros, do Presidente, do Diretor-Geral ou do Diretor-Presidente de Agências Reguladoras.

Parágrafo único. Será admitida a recondução dos membros do Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada cujos mandatos se encerrem em prazo igual ou inferior a 2 (dois) anos a partir da entrada em vigor desta Lei, desde que não tenham sido reconduzidos anteriormente, observada a regra da não coincidência de mandatos disposta no art. 52.

Art. 52. De forma a cumprir a regra da não coincidência de mandatos, disposta no art. 4º da Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000, como regra de transição, os mandatos dos membros do Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada nomeados a partir da entrada em vigor desta Lei terão as durações fixadas de acordo com as hipóteses a seguir:

I – encerramento de 5 (cinco) mandatos em um mesmo ano: os prazos dos mandatos subsequentes, contado do primeiro mandato que se encerra, serão, respectivamente, de 2 (dois), 3 (três), 4 (quatro), 5 (cinco) e 6 (seis) anos, permitida uma única recondução do membro com mandato de 2 (dois) anos para exercer mandato de 5 (cinco) anos;

II – encerramento de 4 (quatro) mandatos em um mesmo ano: os prazos dos mandatos subsequentes, contado do primeiro mandato que se encerra, serão, respectivamente, de 2 (dois), 3 (três), 4 (quatro) e 5 (cinco) anos, permitida uma única recondução do membro com mandato de 2 (dois) anos para exercer mandato de 5 (cinco) anos;

III – encerramento de 3 (três) mandatos em um mesmo ano: os prazos dos mandatos subsequentes, contado do primeiro mandato que se encerra, serão, respectivamente, de 2 (dois), 3 (três) e 4 (quatro) anos, permitida uma única recondução do membro com mandato de 2 (dois) anos para exercer mandato de 5 (cinco) anos;

IV – encerramento de 2 (dois) mandatos em um mesmo ano: os prazos dos mandatos subsequentes serão de 5 (cinco) anos.

Art. 53. Revogam-se: I – o art. 6º, o art. 7º e o art. 22 da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996; II – os incisos XXVI e XXIX do art. 19 e os art. 27, 42 e 45 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de

1997; III – os art. 12, 19 e 20 da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999;

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IV – os art. 8º, 14 e 15 da Lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000; V – o art. 10 da Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000; VI – o art. 7º, o parágrafo único do art. 9º e o parágrafo único do art. 11 da Lei nº 9.986, de 18 de

julho de 2000; VII – o parágrafo único do art. 63 e o art. 78 da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001; VIII – o art. 18 da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005. Art. 54. Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias de sua publicação oficial. Sala da Comissão, em 23 de novembro de 2016

Senador Otto Alencar, Presidente

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NOTA: Os comentários do presente BOLETIM SEMANAL bem como a edição final do texto são de responsabilidade de Antonio Ribeiro dos Santos, Consultor Principal da PACTEL. A precisão das informações não foi testada. O eventual uso das informações na tomada de decisões deve ocorrer sob exclusiva responsabilidade de quem o fizer. Também não se assume responsabilidade sobre dados e comentários realizados por terceiros cujos termos o BS não endossa necessariamente. É apreciado o fato de ser mencionada a fonte no caso de utilização de alguma informação do BOLETIM SEMANAL.