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- 1 - GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE SUBSECRETARIA DE INFRAESTRUTURA COORDENADORIA DE RECURSOS HÍDRICOS Av. Prof. Frederico Hermann Junior, 345 - Alto de Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05459-900 Tel: (11) 3133-5979 Nota Técnica Ref.: Necessidade de atualização e adequação do Componente 1 do Convênio de Cooperação Técnica BID-SIMA, para Fortalecimento da Capacidade de Prevenção e Gestão de Crises Hídricas no Estado de São Paulo a) Histórico 1. Em 13 de novembro de 2018 foi assinada a Carta-Convênio de Cooperação Técnica entre o Estado de São Paulo, através da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos SSRH (atualmente incluída na Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente - SIMA) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, visando ao apoio para o fortalecimento da capacidade de prevenção e gestão de crises hídricas no Estado de São Paulo; 2. O objetivo desse Convênio é o de apoiar o Estado de São Paulo (SIMA, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SABESP e o Departamento de Águas e Energia Elétrica DAEE) na elaboração e implantação das medidas necessárias para fortalecer a capacidade de prevenção e gestão das crises hídricas, essenciais para enfrentar, de maneira sustentável, os problemas da escassez de água; 3. O citado Convênio era constituído, originalmente, de 3 componentes principais: (i) Componente 1 Fortalecimento do sistema de informação e de gestão dos recursos hídricos em situação de crise hídrica; (ii) Componente 2 Fortalecimento do sistema de gestão dos serviços de abastecimento de água em situação de crise hídrica; e (iii) Componente 3 Fortalecimento Institucional para a gestão das crises hídricas. O custo total estimado dessa Cooperação Técnica era de US$ 1.060.000,00 sendo US$ 950.000,00 do Banco e o Estado de São Paulo faria uma contribuição de US$ 110.000,00 como contrapartida não financeira mensurada por meio de cessão de seus recursos humanos e infraestrutura, e sem ônus para o orçamento do Estado de São Paulo: 4. Para os Componentes 1 e 3 o Órgão Executor será o Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente - SIMA, na qual foi criada a Unidade Executora do Projeto (UEP). O Componente 2 também seria executado pela UEP, mas, com a participação direta da SABESP, através de sua Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, e para tal, a SIMA firmaria um Convênio com a SABESP. 5. Porém, em 15 de abril de 2019, o BID diante da inviabilidade constatada, da execução do Componente 2 mediante Convênio da SIMA com a SABESP , propôs a minuta de aditivo ao citado Convênio visando alterar o órgão executor do Componente 2 da

Nota Técnica - Microsoft · 2020. 1. 20. · Nota Técnica Ref.: Necessidade de atualização e adequação do Componente 1 do Convênio de Cooperação Técnica BID-SIMA, para Fortalecimento

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    Nota Técnica

    Ref.: Necessidade de atualização e adequação do Componente 1 do Convênio de Cooperação Técnica BID-SIMA, para Fortalecimento da Capacidade de Prevenção e Gestão de Crises Hídricas no Estado de São Paulo

    a) Histórico

    1. Em 13 de novembro de 2018 foi assinada a Carta-Convênio de Cooperação Técnica entre o Estado de São Paulo, através da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos – SSRH (atualmente incluída na Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente - SIMA) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, visando ao apoio para o fortalecimento da capacidade de prevenção e gestão de crises hídricas no Estado de São Paulo;

    2. O objetivo desse Convênio é o de apoiar o Estado de São Paulo (SIMA, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP e o Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE) na elaboração e implantação das medidas necessárias para fortalecer a capacidade de prevenção e gestão das crises hídricas, essenciais para enfrentar, de maneira sustentável, os problemas da escassez de água;

    3. O citado Convênio era constituído, originalmente, de 3 componentes principais: (i) Componente 1 – Fortalecimento do sistema de informação e de gestão dos recursos hídricos em situação de crise hídrica; (ii) Componente 2 – Fortalecimento do sistema de gestão dos serviços de abastecimento de água em situação de crise hídrica; e (iii) Componente 3 – Fortalecimento Institucional para a gestão das crises hídricas. O custo total estimado dessa Cooperação Técnica era de US$ 1.060.000,00 sendo US$ 950.000,00 do Banco e o Estado de São Paulo faria uma contribuição de US$ 110.000,00 como contrapartida não financeira mensurada por meio de cessão de seus recursos humanos e infraestrutura, e sem ônus para o orçamento do Estado de São Paulo:

    4. Para os Componentes 1 e 3 o Órgão Executor será o Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente - SIMA, na qual foi criada a Unidade Executora do Projeto (UEP). O Componente 2 também seria executado pela UEP, mas, com a participação direta da SABESP, através de sua Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, e para tal, a SIMA firmaria um Convênio com a SABESP.

    5. Porém, em 15 de abril de 2019, o BID – diante da inviabilidade constatada, da execução do Componente 2 mediante Convênio da SIMA com a SABESP –, propôs a minuta de aditivo ao citado Convênio visando alterar o órgão executor do Componente 2 da

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    Cooperação Técnica, que passaria a ser a SABESP, alteração esta acordada por ocasião da Missão de Supervisão de 25 de fevereiro de 2019 e tornando desnecessária a assinatura de Convênio entre a SIMA e a SABESP.

    6. Assim, o primeiro aditivo ao Convênio BID-SIMA foi assinado em 12 de agosto de 2019 e o custo total estimado da Cooperação Técnica passou a ser de US$ 701.969,70 sendo US$ 621.969,701 do BID, e US$ 80.000,00 de contrapartida (não financeira) do Estado de São Paulo, cujas fontes de financiamento são indicadas no seguinte orçamento:

    Custo e financiamento (em US$)

    Componente Financiamento do

    BID / OC-SDP Infraestrutura

    Financiamento do BID/MAF

    *Contraparte Local

    Custo Total (US$)

    Componente 1: Fortalecimento do sistema de informação e de gestão dos recursos hídricos em situação de crise hídrica2

    412.878,79 60.000,00 472.878,79

    1.1 Consultoria para Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Outorga de Direitos de Uso da Água

    – 56.818,18 – –

    1.2 Consultoria para Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Monitoramento e Fiscalização do Uso da Água

    – 115.151,52 – –

    1.3 Consultoria para Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Cobrança pelo Uso da água – 218.181,82 – – 1.4 Consultoria para Aperfeiçoamento dos Conteúdos e Conceitos dos Planos de Bacias Hidrográficas

    – 22.727,27 – –

    Componente 3: Fortalecimento Institucional para a gestão das crises hídricas

    109.090,91 – 20.000,00 129.090,91

    3.1 Estudos de Alternativas para Melhorar o Modelo de Governança dos Recursos Hídricos do Estado.

    48.484,85 – – –

    3.2 Organização e Realização de Eventos de Intercâmbio de Experiências. 60.606,06 – – – Outros Custos de execução (referentes aos componentes 1 e 3) – 100.000,00 – 100.000,00

    4.1 Apoio à Unidade Executora do Projeto – 81.818,18 – – 4.2 Auditoria, Relatório Final e Avaliação de Resultados – 18.181,82 – –

    Total por Fonte, US$ 109.090,91 512.878,79 80.000,00 701.969,70

    TOTAL 621.969,70

    Obs. O plano poderá ser modificado com a anuência do Banco. *A contrapartida local dos componentes 1 e 3 será não-financeira (in-kind).

    7. Por outro lado, a UEP foi criada por meio do Decreto no 64.132 de 11-mar-2019 (dispondo sobre a organização da SIMA), no seu artigo 7o e artigo 12, inciso VII. As Resoluções SIMA nos 53 e 54, de 08-ago-2019, cuidaram respectivamente da definição

    1 Em vez dos US$ 950.000,00 constantes do Convênio original, de 13-nov-2018. 2 Os componentes 1 e 3 serão executados pelo Estado de SP, através de sua Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. O Componente 2 (excluído do presente quadro) será executado pela SABESP, de acordo com os termos e condições do Convênio que será celebrado entre a SABESP e o BID.

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    das atribuições da UEP-BID e de designação dos seus responsáveis. E, no Processo SIMA no 6.005/2019 (NIS no 2152932) v.1 encontra-se em andamento as providências para a contratação do consultor que apoiará a Unidade Executora do Projeto UEP-BID. Além disso, providências para a abertura de conta bancária para o gerenciamento dos recursos oriundos do BID também se encontram em andamento por meio da equipe alocada na UEP-BID, da SIMA, visando o primeiro desembolso.

    8. Reunidas assim, as condições para o início das atividades, foi realizada na SIMA/CRHi – no dia 28-ago-2019, a partir de 10h – uma reunião de trabalho com a participação de:

    BID: Gustavo Mendez; Paula Valente Lins. SIMA/CRHi: Rui Brasil Assis; Hiroaki Makibara. SIMA/Gabinete, Subsecretaria de Infraestrutura: Mário Sérgio de Almeida. SIMA/Gabinete/UEP-BID: Maíra Monteiro Eugênio; Silvia Santana. SIMA/GSPOFP: Fernando Augusto Evans Del Campo DAEE/DPO: Luiz Fernando Carneseca; SABESP/TX: Fabiana Rolato de Lacerda Prado; Eridane Furlan.

    Nessa reunião o BID apresentou sucintamente os procedimentos administrativos a serem obedecidos pela equipe técnica da UEP-BID, assim como, para o preenchimento de formulários diversos de detalhamento do Plano de Aquisições com os recursos do BID e os protocolos a serem observados. Agendou-se também, por videoconferência, a reunião de capacitação da UEP, em Aquisições, para o dia 10 de setembro p.f.

    Em seguida, discutiu-se a necessidade de atualização e adequação dos 4 subcomponentes do Componente 1, conforme descrito no item (b) a seguir.

    b. Necessidade de atualização/adequação dos subcomponentes do Componente 1

    9. O Componente 1 foi estimado em US$ 412.878,79 e composto por quatro subcomponentes: (i) Consultoria para Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Outorga de Direitos de Uso da

    Água, estimado em US$ 56.818,18. (ii) Consultoria para Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Monitoramento e

    Fiscalização do Uso da Água, estimado em US$ 115.151,52. (iii) Consultoria para Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Cobrança pelo Uso da água,

    estimado em US$ 218.181,82. (iv) Consultoria para Aperfeiçoamento dos Conteúdos e Conceitos dos Planos de Bacias

    Hidrográficas, estimado em US$ 22.727,27.

    Deve-se ressaltar – inicialmente – que os Componentes 1, 2 e 3 do Convênio original resultaram de um estudo do consultor contratado pelo BID, de título “Apoio à Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo na preparação de uma

    proposta de Conceito Estratégico e definição do conteúdo de um Programa de

    Assistência Técnica em Segurança e Manejo de Crises Hídricas no Estado de São Paulo,

    construindo Resiliência e Capacidade de Adaptação”, desenvolvidos com os dados

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    coletados ao longo do ano de 2016 e concluídos em abril de 2017. O Convênio com BID, na ocasião de sua formulação original em 2018, com 3 componentes, optou por selecionar 7 dos 9 programas propostos por esse consultor. E, no Componente 1 são abordados 4 instrumentos principais da Política Nacional de Recursos Hídricos: Outorga, Monitoramento e Fiscalização (que se inserem no instrumento Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos), Cobrança pelo Uso da água, e Planos de Bacias Hidrográficas.

    No entanto, cabe ressaltar que em relação aos instrumentos da Política de Recursos Hídricos houve, de 2016 até os dias de hoje, uma evolução substancial no Estado de São Paulo, de forma que os 4 tópicos propostos no Componente 1 acima, hoje requerem atualizações que a seguir são comentadas caso a caso.

    10. Subcomponente (1) Consultoria para Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Outorga de Direitos de Uso da Água: Este subcomponente requer mais detalhamento com ampliação de escopo e também, de custo, considerando-se inclusive as evoluções já ocorridas, quando comparadas com a situação encontrada pelo consultor que elaborou – em 2016 – os subsídios que serviram de base para a preparação da Cooperação Técnica do BID com a SIMA. A seguir, portanto, descrevem-se um breve histórico e as evoluções que já ocorreram no DAEE, com relação a outorga de direitos de uso da água.

    A Política Estadual de Recursos Hídricos, estabelecida pela Lei no 7.663 de 30 de dezembro de 1991, instituiu os instrumentos de gestão, entre eles a outorga de direitos de uso dos recursos hídricos, inicialmente regulamentada pelo Decreto Estadual no 41.258 de 31/10/1996, e substituído pelo Decreto Estadual no 63.262 de 09/03/2018.

    A partir da Portaria DAEE no 1.630 de 31 de maio de 2017, e das instruções técnicas complementares, aliado à implementação da primeira fase do Sistema de Outorga Eletrônica – SOE, o DAEE possibilitou a desburocratização dos procedimentos com a simplificação e a agilização dos processos de emissão das outorgas e descentralizou a regularização de usos e interferências considerados insignificantes.

    Pouco antes da nova regulamentação, a partir da crise hídrica de 2014 e 2015, foi publicada a Resolução Conjunta ANA/DAEE no 50 de 21 de janeiro de 2015, que estabeleceu regras e condições de restrição de usos na região das bacias dos rios Jaguari, Camanducaia e Atibaia. Concomitantemente, ocorreu o desenvolvimento e a implementação, no âmbito da Diretoria da Bacia do Médio Tietê - BMT, do Sistema para Declaração das Condições de Uso de Captações – SiDeCC, regulamentado pela Portaria DAEE no 761 de 09 de março de 2015, tornando obrigatória a declaração dos valores das leituras obtidas nos equipamentos medidores de volumes de água utilizados, por parte dos usuários cadastrados, com periodicidade regulamentar.

    O fato é que o antigo procedimento do DAEE tornava o fluxo global de outorga demasiadamente burocrático, cartorial e oneroso, para o usuário e para os técnicos, dificultando a operacionalização do instrumento de outorga de direito de uso.

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    Por meio do Sistema de Outorga Eletrônica simplificaram-se também os requerimentos enviados pelos usuários, promovendo-se a desoneração documental até então exigida na análise técnica.

    Com o Sistema de Outorga Eletrônica, possibilitou-se a tramitação eletrônica desde o requerimento na Internet até a publicação da portaria de outorga, no Diário Oficial. Com a Portaria no 1.630/2017 e a entrada em operação do Sistema de Outorga Eletrônica, no início de 2018, o DAEE registrou um aumento de 30% no quantitativo anual de outorgas emitidas. Aproveitou-se para introduzir avanços metodológicos de forma que hoje, o requerimento de outorga permite lidar com vazões sazonais e na análise técnica, com diferentes vazões de referência.

    O fluxograma a seguir ilustra um exemplo de rotina adotada no Sistema de Outorga Eletrônica, para captações superficiais.

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    Fonte: Sistema de Outorga Eletrônica – SOE: Manual do Usuário, DAEE/DPO, abril de 2019. p. 143

    Não obstante essa evolução para o público usuário, por meio desse Sistema de Outorga Eletrônica – SOE, destaca-se ainda deficiências no que se pode denominar de “Fase interna” de análise técnica das informações, no DAEE, e que na figura acima está indicada com um “envelope” vermelho. Trata-se da parte não visível para o público usuário, do Sistema de Outorga Eletrônica – SOE, e que envolve toda a rotina de análise técnica dos pedidos de outorga, mormente os relacionados com o balanço hídrico considerando-se todas as outorgas existentes à montante, e as disponibilidades hídricas no local pretendido pelo novo usuário que solicita a outorga.

    Assim, com o propósito de modernizar os procedimentos de análise técnica, o DAEE iniciou há alguns anos, mediante contrato com o LabSid da Escola Politécnica da USP, o desenvolvimento de um módulo auxiliar ao Sistema de Outorga Eletrônica – SOE denominado de SSD-Balanço Hídrico-DAEE/Web, cuja primeira fase foi concluída em outubro de 2017.

    O SSD-Balanço Hídrico-DAEE/Web é ferramenta de uso interno do DAEE, opera via Web, com base em cartografia digitalizada. A base cartográfica na escala 1:50.000, contém, entre outros, toda a hidrografia do Estado e sua discretização por bacias, sub-bacias e microbacias, classificadas e numeradas segundo o método de Otto Pfafstetter.

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    Tela do Sistema de Outorga Eletrônica-SOE e o link com o documento gerado pelo SSD

    No SSD-Balanço Hídrico-DAEE/Web a contabilização da disponibilidade hídrica natural e das vazões de captação e lançamento são processados de montante para jusante. As análises e os resultados podem ser feitas por trechos de rio ou por polígonos. Os resultados podem ser disponibilizados em gráficos e mapas temáticos. O SSD permite integrar usos de águas superficiais e subterrâneas. Todas as outorgas de captações estão sendo analisadas pelos técnicos do DAEE com o uso dessa ferramenta. O Sistema de Outorga Eletrônica-SOE utiliza internamente o SSD-Balanço Hídrico-DAEE/Web de forma automatizada, permitindo análises simplificadas e imediatas das bacias hidrográficas em verificação.

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    Exemplos de tela do SSD-Balanço Hídrico-DAEE/Web

    O SSD-Balanço Hídrico-DAEE/Web, apesar de ser já um produto disponibilizado para os técnicos do DAEE– em sua primeira versão –, demonstrou, após quase 2 anos de uso, que diversas dificuldades de ordem prática deveriam ser sanadas requerendo correções, modificações e aperfeiçoamentos. Os aperfeiçoamentos dizem respeito a algumas simplificações que foram adotadas e que se mostraram inadequadas, ou critérios técnicos que se mostram insatisfatórios. Os relatórios que são gerados pelo SSD também requerem aprimoramento de seus conteúdos, ou precisam ser redesenhados. E também, as correções de alguns erros e melhorias na customização do software.

    Assim, o escopo previsto para os trabalhos a serem desenvolvidos pela consultoria a ser contratada – neste subcomponente –, visa a aperfeiçoar o Sistema de Outorga Eletrônica (SOE) no seu módulo SSD-Balanço Hídrico-DAEE/Web compreendendo:

    Etapa 1 – Análise do produto finalizado em 2017 e pesquisa de inovações. 1.1. Levantamento, análise e transcrição de todos os procedimentos de cálculo do SSD-

    Balanço Hídrico-DAEE/Web finalizado em 2017. 1.2. Revisão de procedimentos de cálculo, tanto no modo PTO (Parecer Técnico de

    Outorga), quanto no modo Planejamento, principalmente com relação aos reservatórios de regularização.

    1.3. Análise das novas soluções de cálculo propostas pelo DAEE (incluindo a realização de oficinas a respeito do tema balanço hídrico/SSD).

    1.4. Banco de dados para uso do SSD: Frequência de atualização. 1.5. Definição das modificações a serem introduzidas no produto existente: Cálculos e

    seus fluxogramas; Planilhas de dados e resultados – apresentação e recuperação; Gráficos e mapas temáticos; Telas apresentadas na interface; Relatórios nos modos PTO e Planejamento: conteúdos, organização, resultados, apresentação,

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    principalmente em relação a explicitação dos dados utilizados na obtenção dos resultados e sua demonstração geoespacial; Relatórios para atividades de fiscalização, principalmente na identificação de áreas críticas e usuários relevantes.

    Etapa 2 – Desenvolvimento dos aprimoramentos definidos na Fase 1. 2.1. Implementação das modificações definidas na Fase 1. 2.2. Algoritmos e fluxos de cálculo. 2.3. Dicionário de dados. 2.4. Planilhas, mapas, telas e gráficos modificados. 2.5. Testes em conjunto com DAEE. 2.6. Instalação de ambiente de homologação no DAEE.

    Etapa 3 – Transferência de tecnologia, para o DAEE. 3.1. Curso de uma semana, de formação com técnicos do DAEE, multiplicadores. 3.2. Assessoria na transferência tecnológica no ambiente do DAEE (compilação final). 3.2. Assistência ao DAEE na operação e manutenção inicial do SSD - Balanço Hídrico

    – DAEE/Web/2.

    Prevê-se que os trabalhos poderão ser executados em 12 meses.

    11. Subcomponente (2) Consultoria para Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Monitoramento e Fiscalização do Uso da Água: Com referência ao monitoramento do uso da água convém destacar que o tema já foi implementado na rotina administrativa do DAEE, por meio das Portarias: (i) DAEE no 5.578 de 05 de outubro de 2018, estabelecendo as condições e procedimentos para a instalação e a operação de equipamentos medidores de vazões e volumes de água captados ou derivados, relacionados com outorgas de direito de uso de recursos hídricos ou sua dispensa. (ii) DAEE no 5.579 de 05 de outubro de 2018, que dispõe sobre procedimentos relativos à declaração periódica de medições de volumes relacionados a usos e interferências de recursos hídricos superficiais e subterrâneos de domínio do Estado de São Paulo. (iii) DAEE no 6.987 de 18 de Dezembro de 2018, estabelecendo as condições e os procedimentos a serem adotados com relação à declaração, do USUÁRIO ao DAEE, de vazões e de volumes de recursos hídricos, captados e medidos, regulamentando o disposto no artigo 7o da Portaria DAEE no 5579, de 06 de outubro de 2018.

    Diz o artigo 7o da Portaria DAEE no 5579/2018 que o “DAEE, por meio de ofício do Diretor da Diretoria de Bacia onde se localiza o uso ou interferência, poderá exigir que

    a declaração dos dados medidos, objeto desta Portaria, seja efetuada por meio de

    transmissão remota de dados, em tempo real, conforme for estabelecido em regulamento

    pelo DAEE”.

    Como consequência, e visando ao monitoramento do uso da água e o fornecimento de informações para a fiscalização dos usuários, a Diretoria de Bacia do Médio Tietê do DAEE (DAEE/BMT) foi a pioneira em implantar o Sistema de Declarações das Condições de Uso de Captações (SiDeCC) e o Sistema Remoto de Declaração das Condições de Uso de Captações (SiDeCC-R).

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    Todos os usuários que possuem captações, superficiais ou subterrâneas, obrigados a instalar equipamentos medidores de volumes, deverão declarar ao DAEE os dados medidos no SiDeCC. Por ora, os usuários somente precisam declarar os dados após receberem ofício emitido pelo Diretor da Diretoria de Bacia do DAEE, informando os códigos de acesso ao SiDeCC. No momento, somente captações localizadas na Bacia do Médio Tietê – BMT estão sendo inseridas gradativamente no SiDeCC.

    Os dados recebidos pelos SiDeCC e SiDeCC-R são sistematizados no Banco de Dados e disponibilizados para consulta, de forma a facilitar a visualização das inconformidades.

    A aplicação da Portaria DAEE no 5579/2018, nas demais Diretorias de Bacia do DAEE, dar-se-á de modo gradativo, por meio de Portarias específicas do DAEE.

    Exemplo de monitoramento do usuário “BRK AMBIENTAL LIMEIRA” em ago-2019

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    Com referência à fiscalização do uso da água deve-se mencionar – inicialmente – que o inciso IX, do artigo 36 da Lei no 7.663/19913, estabeleceu como um dos recursos financeiros do FEHIDRO o resultado de aplicações de multas cobradas dos infratores da legislação de águas. E que, a Lei no 16.337 de 14 de dezembro de 2016 introduziu o §2o nesse artigo 36 prevendo que: Para as receitas previstas no inciso IX deste artigo, o Conselho de Orientação do Fundo Estadual de Recursos Hídricos - COFEHIDRO deve

    estabelecer formas de aplicação, de maneira vinculada à melhoria institucional e da

    infraestrutura de fiscalização dos órgãos e entidades responsáveis pela aplicação das

    multas.

    Por outro lado, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, no exame das contas do exercício de 2016 (TC 5198/989/16), dentre outras recomendações pertinentes à área de atuação da SSRH (atual SIMA), e referente ao DAEE, recomendou que: Elabore-se um plano de fiscalização que integre e aperfeiçoe as atividades fiscalizatórias das diversas

    diretorias de Bacia (do DAEE).

    Ocorre que as campanhas de fiscalização do DAEE têm sido caracterizadas, na maioria dos casos, pela realização de inspeções decorrentes de atendimento às denúncias e de eventuais demandas de instituições e/ou de outros usuários.

    Mais recentemente, o DAEE instituiu o Programa de Fiscalização Continuado - PROFISC-DAEE visando avançar no processo de modernização da gestão dos recursos hídricos no Estado de São Paulo iniciado com a nova regulamentação da outorga e a intensificação da fiscalização por ela preconizada, vislumbrando a utilização de recursos do FEHIDRO decorrentes do resultado de aplicações de multas cobradas dos infratores da legislação de águas. Submetido o assunto à apreciação do Conselho de Orientação do Fundo Estadual de Recursos Hídricos – COFEHIDRO resultou a Deliberação COFEHIDRO no 199, de 19-dez-2018 que trata do Programa de Fiscalização Continuado PROFISC-DAEE. A estruturação do programa se embasou na experiência de fiscalização da Diretoria da Bacia do Médio Tietê - BMT que, em função de algumas particularidades como o grau de criticidade de suas sub-bacias, o elevado grau de desenvolvimento urbano

    3 Lei no 7.663/1991, Artigo 36 - Constituirão recursos do FEHIDRO:

    I - recursos do Estado e dos Municípios a ele destinados por disposição legal; II - transferência da União ou de Estados vizinhos, destinados à execução de planos e programas de recursos hídricos de interesse comum; III - compensação financeira que o Estado receber em decorrência dos aproveitamentos hidroenergéticos em seu território; IV - parte da compensação financeira que o Estado receber pela exploração de petróleo, gás natural e recursos minerais em seu território, definida pelo Conselho Estadual de Geologia e Recursos Minerais - COGEMIN, pela aplicação exclusiva em levantamentos, estudos e programas de interesse para o gerenciamento dos recursos hídricos subterrâneos; V - resultado da cobrança pela utilização de recursos hídricos; VI - empréstimos, nacionais e internacionais e recursos provenientes da ajuda e cooperação internacional e de acordos intergovernamentais; VII - retorno das operações de crédito contratadas, com órgãos e entidades da administração direta e indireta do Estado e dos Municípios, consórcios intermunicipais, concessionárias de serviços públicos e empresas privadas; VIII - produto de operações de crédito e as rendas provenientes da aplicação de seus recursos; IX - resultados de aplicações de multas cobradas dos infratores da legislação de águas; X - recursos decorrentes do rateio de custos referentes a obras de aproveitamento múltiplo, de interesse comum ou coletivo; XI - doações de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, nacionais, estrangeiras ou multinacionais e recursos eventuais.

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    e industrial e a grande quantidade de pequenas propriedades rurais, entre outras, acabou por desenvolver gradativamente procedimentos e parcerias que, apesar das limitações estruturais, geraram rotinas de fiscalização que, consequentemente, viabilizaram a obtenção de dados e informações capazes de orientar o desenvolvimento do planejamento da fiscalização pelo DAEE.

    Ficou indicada, então, a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos – SSRH (atual SIMA), para representar o Estado de São Paulo na celebração, com o Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, de instrumento jurídico adequado a ser proposto pelas respectivas áreas técnicas e analisado pelas instâncias jurídicas, para o financiamento e execução do Programa de Fiscalização Continuado - PROFISC-DAEE, que foi classificado como “programa especial de interesse público”, para efeito de financiamento pelo FEHIDRO.

    No PROFISC-DAEE, as demandas de fiscalização estão previstas para envolver as seguintes situações: (i) Combate à clandestinidade; (ii) Portarias de Outorga vencidas; (iii) Portarias de Outorga com condicionantes, que são válidas somente a partir de seu cumprimento; (iv) Descumprimento dos prazos estabelecidos pela fiscalização; (v) Processos em análise, e com indícios de irregularidades; (vi) Indeferimentos; (vii) Declaração de Requerimentos Desertos, mas que demandam fiscalização; (viii) Infrações constatadas pelo SiDeCC.

    A experiência do DAEE, em especial da sua Diretoria da Bacia do Médio Tietê – BMT, nos últimos 8 anos, possibilitou montar a estatística de sua ação de fiscalização indicando os números de inspeções realizadas e de penalidades aplicadas a cada ano, bem como os valores totais das multas emitidas e os efetivamente pagos.

    Pode-se, inclusive, observar os efeitos da crise hídrica ocorrida no ano de 2014/15, além da implementação do SiDeCC e a contratação de equipe de apoio em 2015, que impulsionaram significativamente as campanhas de fiscalização da BMT.

    O PROFISC-DAEE estabelece dois modelos principais de atuação: O Modelo 1 prevê a atuação mínima de uma equipe de fiscalização, devidamente estruturada e custeada diretamente pelo DAEE. O Modelo 2 é inspirado na parceria da BMT com a Agência-PCJ, e prevê a terceirização de serviços para o fornecimento de apoio técnico e logístico, com equipes dimensionadas em função das metas estabelecidas e da disponibilidade de recursos.

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    O programa será contínuo, prevendo o desenvolvimento de suas etapas de forma a se ampliar progressivamente, intensificando a fiscalização do DAEE em todo Estado de São Paulo, observadas as especificidades de cada região, em função do desempenho e da disponibilidade de recursos de cada uma de suas Diretorias de Bacia.

    Desnecessário esclarecer que, em situações de crise hídrica, caso venha a se repetir no futuro, o SiDeCC e SiDeCC-R, bem como o PROFISC-DAEE serão os instrumentos que mais revelarão a sua utilidade.

    Diante do Programa já em andamento, no DAEE, com recursos do FEHIDRO, considera-se que o Subcomponente (2) do Convênio do BID com a SIMA, para Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Monitoramento e Fiscalização do Uso da Água, já está desatualizado e pode ser dispensado.

    12. Subcomponente (3) Consultoria para Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Cobrança pelo Uso da água: A cobrança pela utilização dos recursos hídricos está respaldada no Código Civil, que prevê a remuneração pela utilização dos bens públicos de uso comum, no Código de Águas, ao dispor que o uso comum das águas pode ser gratuito ou retribuído, e na Política de Meio Ambiente, que adota o princípio do usuário-pagador aplicado aos recursos naturais.

    Em rios de domínio do Estado de São Paulo, a cobrança é regida pela Lei no 12.183/2005, tendo como princípios a simplicidade, a progressividade e a aceitabilidade, e os principais objetivos: (i) Reconhecer a água como um bem público de valor econômico, dando ao usuário uma indicação de seu real valor; (ii) Incentivar o uso racional e sustentável da água; (iii) Obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos e de saneamento; (iv) Utilizar a cobrança da água como instrumento de planejamento, gestão integrada e descentralizada do uso da água e seus conflitos.

    A Cobrança pelo Uso da água é fundamentalmente um instrumento de conscientização para a melhor gestão da água, resultante de um processo de negociação entre os diversos agentes e setores sociais de determinada bacia hidrográfica, no qual serão estabelecidos valores para os diversos usos e, consequentemente, implicará na arrecadação de recursos para financiamento de ações prioritárias para a melhoria dos aspectos quantitativos e qualitativos dos recursos hídricos.

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    A regulamentação da Cobrança pelo Uso da água se deu pelo Decreto Estadual no 50.667/2006.

    A Deliberação CRH no 90 de 10 dezembro de 2008, aprovou limites e condicionantes para a cobrança, fornecendo mais subsídios para a implantação deste instrumento de gestão.

    Até o momento, só estão sujeitos à cobrança os usos urbanos e industriais.

    Para a implantação da Cobrança é necessário observar diversas etapas, resumidas na figura ao lado:

    O mapa e a tabela a seguir mostram a situação atual dos CBHs, quanto às etapas já cumpridas para a implantação da cobrança.

    Verifica-se que – diferentemente da época em que foram desenvolvidos os estudos que embasaram a Cooperação Técnica com o BID – hoje, a situação é bem diferente. Antes de 2016, apenas 6 CBHs estavam com a Cobrança implementada, com a emissão de boletos.

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    O quadro acima e o mapa mostram que a Cobrança teve uma evolução apreciável após 2016 e está praticamente implantada em todos os CBHs do Estado de São Paulo, com a emissão de boletos. Há apenas 3 CBHs, remanescentes com decretos autorizativos do governador assinados em 2018 e 2019 faltando apenas a etapa de Ato Convocatório e a elaboração de cadastros finais para emissão de boletos.

    Pode-se afirmar, portanto, que a etapa mais complexa – a de mobilização para se aprovar o início da Cobrança pelo uso da água –, já está superada no Estado de São Paulo. Há necessidades de seu aperfeiçoamento principalmente quanto a atualização dos preços a

    UGRHI Decreto estadual (*) Início da emissão de boletos

    02 – Paraíba do Sul 51.450, de 29.12.2006 jul/0751.449, de 29.12.2006 jul/07

    61.430, de 17.08.2015 abr/16: Revisão de valores

    10 – Tietê/Sorocaba 55.008, de 10.12.2009 nov/1007 – Baixada Santista 56.501, de 09.12.2010 mar/1219 – Baixo Tietê 56.504, de 09.12.2010 jun/1306 – Alto Tietê 56.503, de 09.12.2010 mai/1416 – Tietê/Batalha 56.502, de 09.12.2010 mai/1613 – Tietê/Jacaré 56.505, de 09.12.2010 ago/16

    11 – Ribeira de Iguape/Litoral Sul 58.814, de 27.12.2012, republicado em 04.02.2014

    ago/16

    04 – Pardo 58.771, de 20.12.2012 ago/17

    08 – Sapucaí/Grande 58.772, de 20.12.2012, republicado em 14 e 15.02.2014

    out/17

    12 – Baixo Pardo/Grande 58.813, de 27.12.2012, republicado em 12 e 28.12.2013

    out/17

    09 – Mogi-Guaçu 58.791, de 21.12.2012, republicado em 16.01.2014

    dez/17

    01 – Mantiqueira 58.804, de 26.12.2012, republicado em 28.12.2013

    jan/18

    15 – Turvo/Grande 61.346, de 06.07.2015 abr/1822 – Pontal do Paranapanema 61.415, de 07.08.2015 jun/1817 – Médio Paranapanema 61.386, de 23.07.2015 jul/1820/21 - Aguapeí-Peixe 61.347, de 06.07.2015 nov/18

    14 – Alto Paranapanema 63.263, de 09.03.2018 Ato Convocatório em andamento03 – Litoral Norte 64.292, de 18.06.2019 Ato Convocatório Não Iniciado18 – São José dos Dourados 64.305, de 28.06.2019 Ato Convocatório Não Iniciado

    05 – PCJ

    (*) Decreto Estadual aprovando e fixando os valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hídricos. Passo seguinteserá o Ato Convocatório para fins cadastrais dos usuários e a Emissão de Boletos de Cobrança.

    Situação da Cobrança pelo Uso da Água no Estado de São Paulo - Junho de 2019

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    serem cobrados, para que a Cobrança seja um Instrumento Econômico de Gestão (IEG) efetivo. Antes, porém, é necessário implantar a cobrança junto ao setor agrícola, assunto tecnicamente superado, mas que ainda encontra dificuldades de ordem política, somente contornáveis com o tempo.

    Diante desse panorama considera-se que o Subcomponente (3) do Convênio do BID com a SIMA, para Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Cobrança pelo Uso da água, também está desatualizado e pode ser dispensado.

    13. Subcomponente (4) Consultoria para Aperfeiçoamento dos Conteúdos e Conceitos dos Planos de Bacias Hidrográficas: Embora constante do Plano de Trabalho do Convênio assinado entre a SIMA e o BID, deve ser lembrado que as bases técnicas para o seu conteúdo foi desenvolvido pelo consultor contratado pelo BID ao longo do ano de 2016, e seus estudos finalizados em abril de 2017. Nessa época, na então Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH), estava sendo elaborado o Termo de Referência para a contratação de Subsídios Técnicos para o Plano Estadual de Recursos Hídricos – PERH 2020-2023. Esse trabalho foi licitado em 2018 e em dezembro de 2018 foi contratada para sua elaboração a empresa COBRAPE - Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos.

    No trabalho contratado com a COBRAPE está incluída uma atividade referente à elaboração de um roteiro metodológico para a elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos – PERH. O objetivo desse roteiro metodológico é a sistematização dos trabalhos de atualização do PERH, a cada 4 anos, de forma que os serviços possam ser realizados pela equipe técnica da CRHi/SIMA, com o apoio das entidades integrantes do CORHI, evitando o excessivo dispêndio de recursos humanos, de tempo e de recursos financeiros a cada elaboração do PERH.

    Os trabalhos do roteiro metodológico para elaboração do PERH foram inspirados no modelo que já existe para os Planos de Bacia Hidrográfica (PBHs) e que constam no documento Anexo da Deliberação CRH no 146 de 11-dez-2012 de título Roteiro para elaboração do Plano de Bacia Hidrográfica.

    Considerando-se o que estabelece o artigo 16 da Lei no 7.663/1991, atualizado pela Lei no 16.337, de 14-dez-2016, de que “O Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH deve ser periodicamente atualizado com base nos Planos de Bacias Hidrográficas....” a SIMA concluiu que o trabalho de “Aperfeiçoamento dos Conteúdos e Conceitos dos Planos de Bacias Hidrográficas” – como proposto pelo BID – era mais pertinente à COBRAPE, mediante desenvolvimento paralelo ao roteiro metodológico para a elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos – PERH. Nesse sentido, está sendo providenciado um aditivo contratual para que a COBRAPE inclua nos seus trabalhos a revisão do Roteiro metodológico para elaboração do Plano de Bacia Hidrográfica (documento anexo à Deliberação CRH no 146 de 11-dez-2012).

    Por outro lado, o escopo previsto nas atividades do Convênio do BID com a SIMA, neste subcomponente, partia do pressuposto de que poderão acontecer novos eventos de crise

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    hídrica no Estado de São Paulo. Assim, esperava-se aqui elaborar as diretrizes que devem ser incluídas nos Planos de Bacias Hidrográficas para que tais crises sejam abordadas com antecedência, e em consequência, mitigando os impactos sobre a disponibilidade dos recursos hídricos e seus efeitos negativos no meio ambiente e nas atividades socioeconômicas. Os trabalhos deveriam conter a indicação de como os Planos de Bacias Hidrográficas poderão – em situações de crises hídricas – chegar a intervir em determinados segmentos de usuários das águas, com o objetivo de minimizar seus impactos sobre as disponibilidades hídricas.

    Nesse sentido, bastaria que o aditivo contratual com a COBRAPE incluísse também essa abordagem do BID quanto a situações de crises hídricas futuras e com isso, este subcomponente passaria a ter – no Convênio do BID com a SIMA – custo zero.

    14. Em resumo, a situação atual dos 4 subcomponentes do Componente 1 é a seguinte:

    (i) Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Outorga de Direitos de Uso da Água, estimado em US$ 56.818,18. Este subcomponente requer mais detalhamento com ampliação de escopo, conforme justificado no item (10) desta Nota Técnica, com custo estimado em US$ 253.548,24 e execução prevista em 12 meses.

    (ii) Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Monitoramento e Fiscalização do Uso da Água, estimado em US$ 115.151,52. Este subcomponente seria substituído por outro tema convergente com os objetivos da Cooperação Técnica, conforme justificado no item (11) desta Nota Técnica.

    (iii) Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Cobrança pelo Uso da água, estimado em US$ 218.181,82. Este subcomponente seria substituído por outro tema convergente com os objetivos da Cooperação Técnica, conforme justificado no item (12) desta Nota Técnica.

    (iv) Aperfeiçoamento dos Conteúdos e Conceitos dos Planos de Bacias Hidrográficas, estimado em US$ 22.727,27. O conteúdo previsto para este subcomponente será desenvolvido pela SIMA, por meio de um contrato em andamento com a COBRAPE, referente a elaboração de Subsídios Técnicos para o Plano Estadual de Recursos Hídricos – PERH 2020-2023, e terá, portanto, custo zero.

    Diante do exposto a SIMA propõe a substituição dos itens (ii) e (iii) acima pelos 2 itens descritos em sequência.

    c. Proposta de substituição de 2 subcomponentes do Componente 1

    15. Considerando-se os estudos do consultor que embasaram o BID, na preparação da Cooperação Técnica, foram identificados mais dois temas convergentes com os seus objetivos, mas que não tinham sido priorizados no Convênio originalmente assinado em 13-nov-2018, que são:

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    (i) Diretrizes, critérios e procedimentos para efetivação e/ou atualização do Enquadramento dos Corpos D'água superficiais de domínio do Estado de São Paulo;

    (ii) Estudo de alternativas de dispositivo legal para proteção e recuperação da área de afloramento do SAG - Sistema Aquífero Guarani no Estado de São Paulo.

    Em face da experiência vivida em São Paulo com a crise hídrica de 2014-15, e dos avanços ocorridos nos demais instrumentos de gestão de recursos hídricos, nos últimos anos, a SIMA considera esses dois temas igualmente prioritárias e nos itens seguintes apresentam o detalhamento e as justificativas para a sua inclusão, na Cooperação Técnica, em substituição aos 2 subcomponentes considerados dispensáveis (itens 11 e 12 desta Nota Técnica).

    16. Elaboração de diretrizes, critérios e procedimentos para efetivação e/ou atualização do enquadramento dos corpos d'água superficiais de domínio do Estado de São Paulo: Trata-se da contratação de serviços de consultoria com o desenvolvimento de produtos a serem discutidos e implementados no âmbito do Sistema Integrado de Gerenciamento dos Recursos Hídrico – SIGRH do Estado de São Paulo. O enquadramento dos corpos d’água em classes de uso preponderante – aqui designado simplesmente de enquadramento – consiste no estabelecimento da meta ou objetivo da classe de qualidade da água a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em segmento de corpo hídrico, de acordo com os usos preponderantes mais restritivos (atuais ou pretendidos), ao longo do tempo. O enquadramento expressa as metas finais a serem alcançadas, tendo por base os níveis de qualidade que os corpos hídricos devem possuir para atender aos múltiplos usos, sendo que podem ser fixadas metas progressivas intermediárias visando a sua efetivação. Assim, o enquadramento deve ser constituído de Medidas Estruturais (tratamento de efluentes, controle da poluição difusa, etc.) e Medidas Não Estruturais voltadas ao alcance das metas de qualidade e à manutenção da classe de enquadramento no longo prazo.

    O enquadramento, portanto, deve ser dinâmico e revisto periodicamente, tendo em vista as mudanças socioeconômicas que ocorrem no território e as mudanças no perfil de demandas para os diferentes tipos de uso da água, e também em função da evolução tecnológica no saneamento e nos instrumentos de planejamento territorial. As metas de enquadramento devem visar à melhoria e a conservação da qualidade da água e da qualidade ambiental, porém sem desconsiderar a viabilidade técnica e financeira para não incorrer em restrições excessivas que não sejam factíveis de serem alcançadas.

    A Lei no 7.663/1991 estabeleceu que os Planos de Bacias Hidrográficas contivessem as propostas de enquadramento dos corpos d’água superficiais em classe de uso preponderante, e de acordo com o estabelecido no Decreto Estadual no 10.755, de 22 de novembro de 1977, que dispõe sobre o enquadramento dos corpos de água. Posteriormente este Decreto foi alterado, definindo novas classes de qualidade para corpos d'água específicos através dos Decretos estaduais nos 24.839/1986 e 39.173/1994, e das Deliberações CRH nos 03/1993, 162/2014 e 168/2014 e 202/2017.

    O enquadramento dos corpos d'água deverá levar em consideração as normas e procedimentos definidos pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH e pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CRH, e deve estar de acordo com o Plano

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    Nacional de Recursos Hídricos – PNRH e com o Plano Estadual de Recursos Hídricos – PERH, assim como com o Plano de Recursos Hídricos da Bacia e o Plano Integrado de Recursos Hídricos – PIRH (no caso das bacias hidrográficas interestaduais).

    O enquadramento deve também basear-se em estudos específicos, denominados de “Estudo de Fundamentação para proposta de atualização do enquadramento dos corpos d'água”, o qual é aprovado pelas instituições competentes do SIGRH. O “Programa de Efetivação” – programa de metas e ações necessárias para a efetivação do enquadramento, por sua vez, após aprovado, passa a integrar o Plano de Bacia da UGRHI, conforme estabelecido na Deliberação CRH nos 146, 147 e 188.

    Concomitantemente à legislação citada acima, normas federais regulamentam os aspectos técnicos e os procedimentos gerais do enquadramento dos corpos d’água superficiais4. Segundo as Leis estaduais no 7.663/1991 e no 16.337/2016 compete ao CRH a atribuição de efetuar o enquadramento de corpos d’água em classes de uso preponderante, com base nas propostas dos CBHs (o citado “Estudo de Fundamentação para proposta de atualização do enquadramento dos corpos d'água”), compatibilizando-as em relação às repercussões interbacias e arbitrando os eventuais conflitos decorrentes.

    E compete aos CBHs aprovarem a proposta do plano de utilização, conservação, proteção e recuperação dos recursos hídricos da bacia hidrográfica, em especial o enquadramento dos corpos d’água em classes de uso preponderantes, com o apoio de audiências públicas (art. 26, inciso III). Estas competências estão ratificadas e detalhadas no Parecer da Consultoria Jurídica da SSRH no 186, de 01 de setembro de 2014.

    Em concordância com as Leis nos 7.663/1991 e 16.337/2016, a Deliberação CRH no 146, de 11 de dezembro de 2012, dispõe que cabe ao Plano de Bacia Hidrográfica - PBH indicar as diretrizes e critérios gerais para subsidiar o Estudo de Fundamentação para proposta de atualização do enquadramento dos corpos d'água da UGRHI – o qual identificará se há ou não necessidade de atualização da classe dos corpos d'água – e também estabelecer as metas e ações necessárias para a efetivação do enquadramento, através do Plano de Ação e respectivo Programa de Investimentos.

    O tema é complexo e até hoje os PBHs pouco avançaram no enquadramento. Em parte esse fato deve-se à ausência de critérios e procedimentos metodológicos para realização dos estudos, sendo a Resolução CNRH no 91, de 05 de novembro de 2008, que dispõe sobre procedimentos gerais para o enquadramento dos corpos de água superficiais e subterrâneos uma referência existente até o momento. Por ora, o CBH-PCJ é o único que dispõe no seu Plano de Bacia5 de propostas objetivas de atualização do Enquadramento dos Corpos d’Água e de Programa para Efetivação do Enquadramento dos Corpos d’Água. Mesmo assim, até agora apenas o Rio Jundiaí teve sua classe de qualidade

    4 Tais como as Resoluções: Conama no 357/2005 que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento; Conama no 430 de 13 de maio de 2011 que dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes; e CNRH no 91 de 05 de novembro de 2008 que dispõe sobre procedimentos gerais para o enquadramento dos corpos de água superficiais e subterrâneos. 5 Comitês PCJ, Plano das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010 a 2020, Cobrape, 2011.

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    alterada de 4 para 3, por meio da Deliberação CRH no 202, de 24-04-2017, referendando a proposta contida na Deliberação dos Comitês PCJ no 261/16, de 16-12-2016.

    Diante do quadro exposto acima, faz-se necessária a realização do presente estudo, que se constituirá num dos subsídios para que os CBHs elaborem o respectivo “Estudo de Fundamentação da Proposta de Atualização do Enquadramento dos Corpos D'água da UGRHI”. O escopo dos serviços a serem desenvolvidos compreende: a. Análise de referências técnicas.

    b. Elaboração, com base nessas referências, de diretrizes, critérios e de procedimentos metodológicos de estudos técnicos que embasem uma proposta de efetivação e/ou atualização do enquadramento dos corpos d'água superficiais, de forma a possibilitar a sua efetiva aplicação no Estado de São Paulo.

    c. Elaboração de uma proposta de regulamentação e estratégia de efetiva implementação do enquadramento, contemplando os aspectos técnicos, operacionais, procedimentos e de métodos para a aplicação adequada do enquadramento, pelo CRH, CBHs e órgãos gestores de recursos hídricos e de meio ambiente (CETESB e DAEE).

    Esta proposta de implementação do enquadramento, sendo um instrumento de planejamento intrinsecamente ligado aos planos de recursos hídricos (PBH e PERH), deverá considerar as mesmas diretrizes definidas para esses, no art. 9 da Lei no 16.337/2016 e no art. 2º da Deliberação CRH no 146/2012.

    O enquadramento representa elemento de articulação e integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental e a sua implementação exige a articulação das respectivas instituições. O enquadramento dos corpos d’água representa referência para o licenciamento ambiental, a outorga e a cobrança, assim como base para a execução do plano de recursos hídricos.

    Para que a meta do enquadramento seja alcançada é necessária a integração entre os diversos instrumentos de gestão, tais como: Planos de Bacia, Outorga de direito de uso de recursos hídricos, Cobrança pelo uso dos recursos hídricos, Sistema de informação em recursos hídricos (incluindo o monitoramento quali-quantitativo d’água) e Licenciamento ambiental de fontes poluidoras, Fiscalização e Zoneamento ambiental.

    O consultor contratado deverá apresentar uma proposta de diretrizes, critérios e procedimentos para efetivação e/ou atualização do enquadramento dos corpos d’água superficiais, com as respectivas justificativas, considerando a correlação do enquadramento com os demais instrumentos da gestão citada acima. Deverá ser considerada também a necessidade de promover a gestão compartilhada e articulada dos recursos hídricos para o estabelecimento de metas comuns e consensuais entre as UGRHIs, e a proposição de um mecanismo de integração aplicável à gestão das bacias interestaduais.

    Deverá incluir também a análise e proposição de alternativas relativas à vazão de referência (ver item 5 de Condicionantes dos Serviços, mais adiante) a ser adotada para fins de implementação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos, com destaque para a efetivação do enquadramento dos corpos d’água.

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    Deve-se mencionar também que a Resolução CNRH no 91/2008 estabeleceu a elaboração periódica, pelos órgãos gestores de recursos hídricos e de meio ambiente (CETESB e DAEE), de Relatório Técnico de atendimento ao enquadramento dos corpos d’água,6 a ser encaminhado aos CBHs.

    O consultor contratado deverá apresentar a proposta de conteúdo mínimo para este Relatório Técnico de atendimento, o qual deve, preferencialmente, ser elaborado de forma conjunta, resultando em um relatório único. A proposta deve considerar, também, que este relatório deverá subsidiar os CBHs na elaboração do Relatório de Situação dos recursos hídricos da UGRHI.

    Os serviços realizados deverão ser reunidos em 2 produtos principais:

    Nota Técnica Preliminar, ilustrado com tabelas, gráficos e produtos cartográficos, conforme se mostrar necessário em função da apresentação de informações e/ou dados;

    Nota Técnica Final contemplando a apreciação da versão preliminar, pela CRHi/SSRH e CORHI.

    17. Estudo de alternativas de dispositivo legal para proteção e recuperação da área de afloramento do SAG - Sistema Aquífero Guarani no Estado de São Paulo: Trata-se da contratação de serviços de consultoria com o desenvolvimento de produtos a serem discutidos e implementados no âmbito do Sistema Integrado de Gerenciamento dos Recursos Hídrico – SIGRH do Estado de São Paulo. O Aquífero Guarani compreende uma área situada na metade oeste do território paulista com extensão total de 143.000 km2, se estendendo por sete estados brasileiros (Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) além de três países do Mercosul: Argentina, Paraguai e Uruguai. No Estado de São Paulo, o ponto focal objeto dos trabalhos é a região central que representa uma porção territorial de um importante manancial de águas subterrâneas, conforme figura a seguir.

    6 Resolução do CNRH no 91/2008, Art. 13. Os órgãos gestores de recursos hídricos, em articulação com os órgãos de meio ambiente, deverão elaborar e encaminhar, a cada dois anos, relatório técnico ao respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica e ao respectivo Conselho de Recursos Hídricos, identificando os corpos de água que não atingiram as metas estabelecidas e as respectivas causas pelas quais não foram alcançadas, ao qual se dará publicidade.

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    Parte do SAG, no Estado de São Paulo, é composta por rochas expostas na superfície, denominada Área de Afloramento (ou Área de Recarga), que ocorre desde o município de Rifaina, ao norte, a Fartura, ao sul, passando pela região de Ribeirão Preto e Botucatu numa extensão de 15.000 km2. No restante, o SAG é recoberto por rochas sedimentares e por espessas camadas de rochas basálticas, denominado de Área Confinada, onde o topo do Aquífero ocorre em profundidades variáveis, até o extremo oeste do Estado, junto ao Rio Paraná, local em que chega a atingir 1.300 metros abaixo do nível do mar.

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    Essas características morfológicas e sua enorme extensão territorial engendram condição bastante peculiar ao SAG, cujo potencial de abastecimento por meio de poços tubulares profundos varia de 10 a 500 m3/hora. São águas em geral de boa potabilidade e com temperaturas que podem variar de 21ºC a mais de 60ºC na região do Pontal do Paranapanema e ao longo das proximidades do Rio Paraná.

    Por outro lado, há aspectos de maior fragilidade na região de exposição das rochas do SAG na superfície, onde ocorrem as maiores taxas de recarga, e que devem ser objeto de implantação de formas de manejo sistemático e harmônico, integrando as políticas públicas de uso e ocupação do solo com as de gestão dos recursos hídricos.

    As águas subterrâneas, por seu caráter de jazimento em subsuperfície, não visível, suas condições de recarga, infiltração e circulação, levam sua gestão a ser mais complexa que a das águas superficiais. À primeira vista pode parecer que as rochas, nos interstícios das quais se encontram essas águas, as protegem de todos os impactos das atividades socioeconômicas sobre elas, o que não é verdade, pois, apesar de serem naturalmente mais protegidas da contaminação do que as águas superficiais, por exemplo, quando se observam anomalias provocadas pela ação do homem, muitas vezes o dano ambiental pode ser de grandes proporções e com elevados custos econômicos e sociais para sua remediação ou recuperação, quando possível.

    No caso do SAG os cuidados devem ser redobrados, uma vez que possíveis contaminantes poderão se alojar a dezenas de metros de profundidade, milhares de metros à jusante da área de afloramento, tornando praticamente impossível a remediação. É importante salientar que existem municípios cuja área encontra-se totalmente sobre a área de afloramento do SAG, assim como há municípios que dependem do Aquífero Guarani para o abastecimento de sua população.

    Para compreender melhor esta equação de uso, proteção e conservação, o conhecimento do meio físico é peça fundamental, sendo necessário aprofundar continuamente os estudos hidrogeológicos com vistas a fundamentar tecnicamente, e na mesma medida, as políticas públicas e suas intervenções de caráter normativo, dirigidas às atividades socioeconômicas, potencialmente danosas ao ambiente.

    Estudos7 contratados pela CPLA/SMA8 promoveram amplo diagnóstico do ponto de vista físico e socioambiental oferecendo um conjunto de diretrizes visando o uso sustentável das águas subterrâneas utilizadas no abastecimento dos municípios do Estado, não só os da área de recarga, como também os da área confinada, cuja segurança hídrica, numa visão mais ampla e de longo prazo, depende das condições de uso e proteção da área de recarga.

    7 Subsídios ao Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental da Área de Afloramento do Sistema Aquífero Guarani no Estado de São Paulo, estudo elaborado entre 2009 a 2010, com recursos financeiros do FEHIDRO, sendo tomadora a CPLA/SMA, e o executor, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT. 8 CPLA/SMA = Coordenadoria de Planejamento Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo.

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    Um dos produtos do projeto, denominado de Lei de Proteção de Mananciais, é a “Minuta de Lei Específica de Proteção e Recuperação da Zona de Afloramento do Manancial Sistema Aquífero Guarani – APRM/SAG”. A minuta contempla os aspectos técnicos, novas formas de organização do sistema de gestão do SAG, referenciando as diretrizes propostas no estudo. Em 2013 a CPLA/SMA apresentou a referida proposta de minuta de lei específica aos CBHs localizados na área de afloramento do SAG, sem, contudo, contemplar um amplo debate e encaminhamento efetivo do assunto, havendo inclusive manifestações contrárias a esse instrumento legal.

    Verifica-se que do ponto de vista da proteção há alguns instrumentos legais no âmbito estadual, tais como o Decreto no 32.955/91 (que regulamenta a Lei no 6.134/88 dispondo sobre a preservação dos depósitos naturais de águas subterrâneas), bem como no âmbito nacional, no que compete a Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei no 9.433/97), quanto à gestão e preservação de recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Existem também Deliberações dos CBHs que se encontram na área de afloramento e do CRH normatizando algumas questões relativas à utilização destes recursos hídricos.

    O estudo contratado pela CPLA mostra as 25 áreas submetidas às condições impostas por atos estaduais e federais voltadas à proteção ambiental, como as unidades de conservação e áreas correlatas da Lei Federal no 9.985/2000 que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), por exemplo. A minuta de anteprojeto de Lei Específica da APRM/SAG prevê compatibilizá-la com aquelas unidades e as diretrizes do estudo técnico.

    Mas, não se tem a convicção da eficácia destes instrumentos. E não se sabe também que outro instrumento deve ser submetido à consulta dos CBHs e municípios situados na área de afloramento do SAG, razão pela qual, está em aberto o debate sobre as tipologias de medidas áreas de proteção e recuperação aplicáveis neste caso.

    Diante desta situação propõe-se para o consultor a ser contratado o desenvolvimento das seguintes atividades:

    a. Pesquisa bibliográfica dos instrumentos técnicos e legais relativos à matéria em estudo, incluindo os relatórios do estudo “Subsídios ao PDPA-Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental da Área de Afloramento do Sistema Aquífero Guarani no Estado de São Paulo”, contratado pela CPLA/SMA.

    b. Análise comparativa dos instrumentos legais e infralegais aplicáveis ao caso abordando vantagens/desvantagens, pontos fortes/fracos e facilidades/dificuldades de implementação relacionadas aos objetivos pretendidos para o SAG, considerando, no mínimo, os seguintes instrumentos: Áreas de Proteção e Recuperação de Mananciais, Áreas de Restrição e Controle do Uso de Águas Subterrâneas, Planos Diretores Municipais, Planos de Bacia, Plano Estadual de Recursos Hídricos, Unidades de Conservação, Zoneamentos Ambientais (ZEEs), e outros que venham a ser considerados pertinentes;

    c. Recomendação da figura jurídica mais adequada para a gestão da área, do ponto de vista legal e institucional, tais como Leis, Portarias, Resoluções, Deliberações (do CRH, por exemplo), etc. A recomendação deverá estar acompanhada das justificativas

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    pertinentes e indicação dos arranjos institucionais apropriados, de modo a subsidiar a avaliação de tipologias alternativas de áreas de proteção e recuperação da área de afloramento do Sistema Aquífero Guarani no Estado de São Paulo, por parte das instâncias do SIGRH;

    d. Participação nos Seminários reunindo os representantes dos CBHs localizados na área de afloramento do SAG, com vistas a promover o debate sobre o tema e propor alternativas de proteção da área. O consultor deverá apresentar a síntese dos trabalhos desenvolvidos – escopo, metodologia, variáveis analisadas e recomendações – de modo a permitir a perfeita compreensão de seu conteúdo e subsidiar o mais amplo debate sobre o tema.

    e. Apresentar critérios e/ou variáveis para comparação dos diferentes instrumentos, e requisitos para recomendações sobre as figuras jurídicas mais apropriadas na gestão da Zona de Afloramento do SAG.

    f. Apresentar os produtos da seguinte forma:

    Relatório Técnico Preliminar, ilustrado com tabelas, gráficos e produtos cartográficos, conforme se mostrar necessário em função da apresentação de informações e/ou dados;

    Relatório Técnico Final, contemplando a apreciação da versão preliminar, pela CRHi/SSRH e CORHI;

    Material expositivo do resumo do estudo, organizado por meio de recursos audiovisuais, em software do tipo MS – Power Point ou similar.

    18. Componente 1 e a revisão na estimativa de custos: Concluindo, com a substituição de 2 subcomponentes como proposto na presente Nota Técnica e em face da nova estimativa de custos, os Componentes do Convênio BID-SIMA seriam as seguintes.

    Para fins comparativos, a última coluna à direita contém os custos estimativos conforme consta no Convênio assinado em 13-nov-2018.

    Deve-se destacar que a estimativa de custo aqui apresentada está baseada na adoção de preços unitários do Banco de preços para Estudos, Projetos e Serviços de Apoio, SABESP, de maio/2019, convertidos para US$ com base em R$ 4,00 por 1 US$ (28-ago-2019).

    Por fim, o Anexo 1 contém o cronograma geral revisado, já incluindo as substituições dos subcomponentes.

    E, o Anexo 2a contém a estimativa de cargas horárias previstas, dos serviços de consultoria, e o Anexo 2b apresenta a planilha de orçamento para cada um dos subcomponentes, os quais, incluem também a estimativa de alocação de carga horária da contrapartida nacional, quando pertinente.

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    Anexo 1: Cronograma geral, revisado

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

    01 - Fortalecimento do sistema de

    informação e gestão

    01.01. Outorga de Direitos de Uso da Agua 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

    01.02. Proteção do Aquífero Guarani 1 2 3 4 5 6

    01.03. Enquadramento dos Corpos d´água 1 2 3 4 5

    01.04. Planos de Bacias Hidrográficas 1 2 3 4 5 6 7

    03 - Fortalecimento Institucional

    03.01. Melhoramento do modelo de governança 1 2 3 4

    03.02. Eventos de intercâmbio de experiências 1 1 1

    04. Outros

    04.01. Apoio à Unidade Executora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

    04.02. Auditoria e Relatório Final 1 1 1 1 1 1 1 1

    Convênio assinado em 13-nov-2018

    13-d

    ez-1

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    Execução do trabalhoEdital, Licitação, Julgamento, No Objection e Contratação

    Componentesmês (i)

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    Anexo 2a – Cargas horárias

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    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

    01.01. Outorga de Direitos de Uso da Agua

    Engenheiro - Sênior (P Juridica) h-hora 65,48 176 352 528 528 528 352 352 352 176 176 176 176

    Engenheiro - Sênior (Contrapartida) h-hora 65,48 44 44 44 44 44 44 44 44 44 44 44

    01.02. Proteção do Aquífero Guarani

    Consultor Externo h-hora 88,12 120 176 176 176 176 176

    Engenheiro - Sênior (Contrapartida) h-hora 65,48 44 44 44 44 44 44 44

    01.03. Enquadramento dos Corpos d´água

    Consultor Externo h-hora 88,12 100 176 176 176 176

    Engenheiro - Sênior (Contrapartida) h-hora 65,48 44 44 44 44 44 44 44

    01.04. Planos de Bacias Hidrográficas

    Consultor Externo h-hora 88,12

    Engenheiro - Sênior (Contrapartida) h-hora 65,48 8 8 8 8 8 8 8

    03.01. Melhoramento do modelo de governança

    Consultor Externo h-hora 88,12 80 120 176 176

    Engenheiro - Sênior (Contrapartida) h-hora 65,48 44 44 44 44 44 44 44

    03.02. Eventos de intercâmbio de experiências

    Passagens Aéreas unidade 1.500,00 12 4

    Diárias do Intercâmbio unidade 350,00 60 12

    Despesas diretas do evento evento global 1 1

    04.01. Apoio à Unidade Executora

    Consultor Externo h-hora 88,12 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48

    04.02. Auditoria e Relatório Final

    Consultor Externo h-hora 88,12 24 24 24 24 24 24 24 32

    Componentes US$/hora(*)unidademês (i)

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    Anexo 2b – Custos revistos dos subcomponentes

    Orçado, US$ Horas 2019 2020 2021 2019 2020 2021

    01.01. Outorga de Direitos de Uso da Agua

    Engenheiro - Sênior (P Juridica) 253.548,24 3.872 - 242.023,32 11.524,92

    Engenheiro - Sênior (Contrapartida) 31.693,53 264 11.524,92 20.168,61 -

    01.02. Proteção do Aquífero Guarani

    Consultor Externo 88.122,50 1.000 - 88.122,50 -

    Engenheiro - Sênior (Contrapartida) 20.168,61 176 5.762,46 14.406,15 -

    01.03. Enquadramento dos Corpos d´água

    Consultor Externo 70.850,49 804 - 70.850,49 -

    Engenheiro - Sênior (Contrapartida) 20.168,61 308 - 20.168,61 -

    01.04. Planos de Bacias Hidrográficas

    Consultor Externo -

    Engenheiro - Sênior (Contrapartida) 3.667,02 56 1.047,72 2.619,30 -

    03.01. Melhoramento do modelo de governança

    Consultor Externo 48.643,62 552 - 48.643,62 -

    Engenheiro - Sênior (Contrapartida) 20.168,61 308 - 20.168,61 -

    03.02. Eventos de intercâmbio de experiências

    Passagens Aéreas 24.000,00 - 24.000,00 -

    Diárias do Intercâmbio 25.200,00 - 25.200,00 -

    Despesas diretas do evento 8.650,00 2.750,00 5.900,00

    04.01. Apoio à Unidade Executora

    Consultor Externo 76.137,84 864 16.919,52 50.758,56 8.459,76

    04.02. Auditoria e Relatório Final

    Consultor Externo 17.624,50 200 2.114,94 8.459,76 7.049,80

    708.643,57 19.034,46 560.808,25 32.934,48 18.335,10 77.531,28 -

    708.643,57

    Componentes

    Soma, US$

    BID, US$ Contrapartida, US$Total

    612.777,19 95.866,38